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Niterói
2010
DANIELLE NOBRE LOPES
Niterói
2010
Lopes, Danielle Nobre
Avaliação das alterações observadas nos ossos maxilares em
pacientes fazendo uso de bifosfonatos para tratamento da osteoporose e
osteopenia: comparação entre dados clínicos, níveis séricos de
telopeptídeo carboxi-terminal, radiografias panorâmicas e imagem de
ressonância magnética/ Danielle Nobre Lopes. Niterói, 2010.
127 f.
Tese de mestrado (Patologia-Programa de Pós-Graduação em Patologia)
Universidade Federal Fluminense
Orientadora: Karin Soares Gonçalves Cunha
Co-orientador: Marcelo Daniel Brito Faria
Colaboradores: André de Souza Lima e Jair Eletério Neto
Bibliografia:f. 114-24.
OSSOS MAXILARES. 2. BIFOSFONATOS. 3.IMAGEM DE RESSONÂNCIA
MAGNÉTICA.
I. Universidade Federal Fluminense. II. Título.
CDD
Danielle Nobre Lopes
BANCA EXAMINADORA
momentos mais difíceis. Por toda sua ajuda como um dos principais coloboradores
desta pesquisa, que certamente sem a sua participação, não teria acontecido.
Obrigada, pela sua paciência, pois sei que estes dois últimos anos não foram fáceis
Aos meus pais, Álvaro e Edila, pela educação e oportunidade de estudo, pois
sem isso não teria conquistado mais essa vitória. Obrigada também pelo apoio nos
momentos em que precisei. À minha irmã, Sabrina e seu marido Alexandre, também
pelo apoio e pela enorme ajuda. À minha Tia Neila Nobre, pelas palavras de apoio.
Amo vocês!
uma grande amiga, pelos seus ensinamentos, pela sua incalculável ajuda, pela sua
Ao colaborador, Jair Eletério Neto, pela sua inestimável ajuda nas análises das
oportunidade de realização das ressonâncias, pois sem esta ajuda nada disso teria
sido possível.
sua ajuda nos momento em que precisei! Sua dedicação e amor por este programa
e pela patologia é um exemplo a ser seguido! Ao professor Arley Júnior, por todo o
Anete, por sua simpatia e disponibilidade nos momentos que precisei de vocês e à
Werneck, Ana Flávia, Daniela Otero, Cíntia, Terezinha Lisieux, Marcos e em especial
ao meu grande amigo Fabiano Heggerdon e às minhas fiéis amigas Juliana Noronha
e Simone Gonçalves, pela sua amizade e cumplicidade! À minha amiga Karla Bianca
À Profa. Maria Elisa Rangel Janini, pois sem seus ensinamentos, hoje não
A todos os pacientes que aceitaram participar deste trabalho. Sem vocês nada
seria possível!
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 17
2 REVISÃO DE LITERATURA............................................................................ 22
2.1 Remodelação óssea......................................................................................... 22
2.1.1 Osteoclastos..................................................................................................... 23
2.1.2 Osteoblastos..................................................................................................... 25
2.1.3 Fases de remodelação óssea.......................................................................... 26
2.2 Osteoporose e Osteopenia.............................................................................. 28
2.3 Bifosfonatos..................................................................................................... 32
2.3.1 Mecanismo de Ação......................................................................................... 35
2.3.2 Efeitos colaterais.............................................................................................. 38
2.4 Osteonecrose dos ossos maxilares associada ao uso de bifosfonatos........... 41
2.4.1 Aspectos clínicos e prevalência....................................................................... 41
2.4.2 Patogênese da Osteonecrose associada aos bifosfonatos............................. 45
2.4.3 Aspectos histopatológicos................................................................................ 50
2.4.4 Diagnóstico e exames auxiliares...................................................................... 51
2.5 Medidas de prevenção e tratamento................................................................ 57
3 OBJETIVOS..................................................................................................... 60
3.1 Objetivo geral................................................................................................... 60
3.2 Objetivos específicos........................................................................................ 61
4 MATERIAL E MÉTODOS................................................................................ 62
4.1 Amostra............................................................................................................ 62
4.1.1 Seleção dos casos........................................................................................... 63
4.1.1. Critérios de inclusão......................................................................................... 63
4.1.1. Critérios de exclusão........................................................................................ 63
4.2 Métodos........................................................................................................... 64
4.2.1 Coleta dos dados demográficos e clínicos....................................................... 64
4.2.2 Dosagem do telopeptídeo sérico C-Terminal................................................... 64
4.2.3 Exames imaginológicos.................................................................................... 65
4.2.3.1 Exame radiográfico panorâmico dos ossos maxilares...................................... 65
4.2.3.2 Ressonância magnética.................................................................................... 66
4.2.4 Análise estatística............................................................................................ 66
5 RESULTADOS................................................................................................. 68
5.1 Resultados demográficos e clínicos................................................................. 68
5.2 Exames imaginológicos..................................................................................... 70
5.2.1 Radiografias panorâmicas................................................................................. 70
5.2.2 Imagem de ressonância magnética.................................................................. 71
5.3 Análise sérica do telopeptídeo c-terminal......................................................... 79
5.4 Resultados da Comparação dos Dados Clínicos com os
imaginológicos.................................................................................................. 79
5.5 Resultados da Comparação entre as Imagens de Ressonância Magnética e
as Radiografias Panorâmicas........................................................................... 85
5.6 Resultados da comparação entre a Análise sérica de CTX e a Imagem de
Ressonância Magnética.................................................................................. 91
5.7 Resultados da Comparação entre a análise sérica de CTX e radiografias
panorâmicas.................................................................................................... 91
5.8 Resultados da comparação entre níveis séricos de CTX e dados
clínicos................................................................................................ 92
6 DISCUSSÃO.................................................................................................. 94
7 CONCLUSÕES ............................................................................................. 111
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................. 114
9 APÊNDICE...................................................................................................... 125
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
potencial de ação mais eficaz.(RUSSEL et al., 2008; WOO et al., 2006) Devido à
drogas podem ficar incorporadas ao osso por mais de dez anos, sem sofrer
degradação. (WOO et al., 2006; CHENG et al.; 2006, MARTIN et al., 2000,
osteonecrose dos ossos maxilares associada aos bifosfonatos (OAB). Esta doença
ocorrência de trauma local, como, por exemplo, pelo uso de próteses removíveis
prévio com bifosfonato, possuir osso exposto na região maxilofacial por mais de oito
visualização das áreas que se pretende avaliar e, por este motivo, geralmente são
lesões iniciais da OAB geralmente não são identificadas através deste tipo de
especificidade e resolução. (ARCE et al., 2009) A TC, assim como a RM, são
BIANCHI et al., 2007) Estas alterações, incluindo inflamação e necrose, podem ser
2009)
exames laboratoriais, também tem sido utilizados para avaliação dos pacientes
validade deste método, uma vez que, no estudo realizado por Marx et al., todos os
et al., 2007) Para neutralizar esses efeitos, o osso é mantido por uma constante
cálcio são extraídos do osso a cada dia, de forma que 20% do esqueleto é
2.1.1 Osteoclastos
(BARTL et al., 2007; MATSUO IRIE, 2008) Sua principal função é a reabsorção
2008)
Revisão da literatura 24
direto com a superfície óssea. (SATO et al., 1991) Para que a sua diferenciação e
(RANKL), interleucina 1 (IL 1), interleucina 6 (IL 6), interleucina 11 (IL 11),
interleucina 17 (IL 17), fator de necrose tumoral (TNF) α e β. (BARTL et al., 2007) Os
18 (IL 18), interferon (IFN) β, fator de crescimento tumoral (TGF) β. (BARTL et al.,
e a inibição de sua ação se tornou uma das principais estratégias para o tratamento
LEINONEM, 2008)
2.1.2 Osteoblastos
ou “CFU-f” e sua principal função é a produção de nova matriz óssea, que pode levar
(DEXTER, 1979; BARTL et al., 2007; LADIZESK SOMOZA, 1990) Estas células
SOMOZA, 1990)
inglês, core binding factor alfa 1). (KASEMM et al., 2008) Além disto, hormônios
óssea. (BARTL et al., 2007; KASEMM et al., 2008) Com a formação do osteóide,
Revisão da literatura 26
2008)
óssea que dura entre duas e três semanas. (BARTL et al., 2007; MATSUO IRIE,
dos osteoclastos, sendo essencial para a sua sobrevivência. (BARTL et al., 2007)
importante papel regulador neste sistema RANK-RANKL, pois tem como função
impedindo a reabsorção óssea. (BARTL et al., 2007; DEL FATTORE et al., 2008)
apoptose pela via das caspases ou através do “ligante Fas induzido por estrógenos”.
(WAKEYAMA et al., 2007) O estímulo para a apoptose ocorre devido ao alto nível de
quiescência, sem a presença de atividade dos osteoclastos, pois sua ação é inibida
al., 2007)
ossos. (RIGGS, 1987) Grande parte das fraturas resulta em mudanças anatômicas,
NETO, 2008)
primária. (HERBERT et al., 2003) Esta forma pode ser subdividida em osteoporose
provém da dieta alimentar. (BARTL et al., 2007) Quando estas vitaminas são
SOMOZA, 1990) Esta por sua vez sofre a primeira hidroxilação no carbono 25,
Nos rins, ao nível dos túbulos contorcidos proximais, a 25-OH D sofre nova
(ROSEMBERG, 1991) Seus principais locais de ação são o tecido ósseo e intestino,
(VIERECK et al., 2002) Nos rins, a 1,25-OH 2D provoca a absorção ativa de fosfato
estrogênio também atua nos osteoclastos e seu efeito primário nestas células, é a
NETO, 2008)
al, 2003) Assim, teremos o termo osteopenia quando a perda de massa óssea é de
perda é maior que 2,5 DP. (HERBERT et al, 2003) Este exame é considerado mais
2.3 Bifosfonatos
possível devido ao fosfato terminal presente em sua cadeia (P-C-P), permitindo sua
(FLEISCH, 2000).
1998)
Pirofosfato
A
Bifosfonato B
a
Os bifosfonatos se distinguem um dos outros através das cadeias laterais R1 e R2 presentes em sua composição química.
Revisão da literatura 34
osso, e o restante excretado pelos rins. (Fleisch, 1981) Uma vez incorporado ao
osso, o bifosfonato pode permanecer por até dez anos, dependendo do intervalo de
sua cadeia lateral (R1 ou R2). (RUSSEL et al., 2008) As principais diferenças entre
análogos ATP tóxicos levando à apoptose dos osteoclastos. (FONT et al., 2008;
GGPP (geranilgeranil pirofosfato) que leva à inativação de GTPases (Rac, Rho, Cdc
ocorre com os bifosfonatos de primeira geração, ela não parece constituir um passo
al., 2008) Acredita-se que esta membrana seja o sítio onde enzimas lisossomais e
osteoclastos através das células da medula óssea e pela ação indireta via
RANKL pelo RANK para inibir o recrutamento dos osteoclastos e controlar, portanto,
OPG pelas células da medula óssea e pelos osteoblastos para que a interação
com elevado turnover ósseo (metástases ósseas, doença óssea de Paget), mas
Revisão da literatura 39
pela toxicidade que o bifosfonato exerce nas células epiteliais é um efeito colateral
bastante conhecido ocasionado pelo uso dos bifosfonatos orais e geralmente cessa
alendronato em uma prótese total superior, também já foi documentado. (de GROEN
et al.,1996) Apesar de não haver questionamento com relação a este clássico efeito
renais. (MONDELO et al., 1997) Esses eventos podem ocorrer quando o indivíduo
(HUGHES et al., 1962) A doença ficou conhecida na época como phossy jaw e foi
2003; SARATHY et al., 2005) Alguns autores ainda questionam a relação causal entre
bifosfonatos
presença de infecção;
Estágio II: Presença de osso exposto na cavidade oral associada à dor com
região posterior. (RUGGIERO et al., 2004; MARX et al., 2005; YAROM et al., 2007;
CHENG et al., 2005) A maxila também pode ser acometida e sua localização
2005; YAROM et al., 2007; CHENG et al., 2005) Em alguns casos, pode ocorrer o
2005)
dentários, e traumas locais, como próteses mal adaptadas. (RUGGIERO et al., 2004;
YAROM et al., 2007; MARX et al., 2005; CHENG et al., 2005) Há relatos de
foram publicados por RUGGIERO et al. em 2004 e, apesar de serem minoria, o risco
um estudo realizado por YAROM et al. (2007), onze pacientes do sexo feminino,
al., 2007)
OAB em 252 pacientes que faziam uso de bifosfonatos parenterais para tratamento
OAB, embora com uma prevalência menor que os bifosfonatos administrados por
RUGGIERO et al., 2004; MARX et al., 2005; YAROM et al., 2007; BEDOGNI et al.,
2008)
WOO et al. (2006), em sua revisão de literatura, relatam que, dos 368
caso ocorreu em um paciente que fazia uso de alendronato e ácido zoledrônico (via
via oral, é de 0,7 casos para cada 100.000 pessoas que tomam a medicação. (ADA,
2006) Tal prevalência, no entanto, pode aumentar nos próximos anos pelo fato de
taxa de prevalência da OAB por via oral variou de 0,01% a 0,04% ou 1 caso para
2009) Existe muita discussão envolvendo essa entidade, por inúmeras razões,
principalmente por ainda existir algumas dúvidas sobre o mecanismo da ação desta
Uma possível explicação para OAB ocorrer principalmente nos ossos maxilares
quando comparados a outros ossos. (MARX et al., 2005) Isto pode ocorrer porque os
al., 2005)
pela ação de citocinas como a IL-1 e TNF atrai os bifosfonatos para o local,
Otto et al. (2010), a maior concentração dos bifosfonatos nos ossos maxilares
desta condição. (WOO et al., 2002; FOURNIER et al., 2002; PHAL et al., 2007) A
remodelação óssea, causada pelo efeito que estas drogas possuem de inibir a ação
et al., 2006) Os osteoclastos têm sua atividade reduzida e não reabsorvem a matriz
mineral após a apoptose dos osteoblastos e osteócitos, que vivem em média 150
Portanto, de acordo com esta teoria, ocorre inibição na proliferação das células
osso. (MARX et al. 2005) Contra esta teoria existe o fato de que drogas
causam osteonecrose. (MARX et al. 2005; PHAL et al. 2007) Outro argumento
bifosfonatos em outros tecidos, como a mucosa oral, vêm surgindo. (ASSAEL, 2009)
2008).
maiores que 0.1 mM, eles exercem um efeito citotóxico que pode resultar em perda
oral. (HANSEN et al., 2007; HELLSTEIN et al., 2005) Sendo assim, também tem sido
da OAB, sendo, portanto, uma infecção primária, ou se seria apenas uma infecção
co-fatores na patogênese das lesões. (ASSAEL, 2009) Segundo alguns autores, co-
WESSEL et al., 2008; ASSEL, 2009) Fatores ligados ao estilo de vida como
citados. (CAPSONI et al., 2006; HAMADA, 2007; ALLEN e BURR, 2009; ASSEL,
2009). Drogas, como metotrexato e talidomida, também têm sido associadas como
et al., 2008)
verificado que nos casos de OAB as áreas de necrose eram multifocais com
ossos maxilares sem que haja exposição óssea, caracterizando uma fase subclínica
2007)
doença.
Revisão da literatura 52
útil para avaliação dos riscos de exposição do osso, necrótico na cavidade oral,
cirúrgicos. (MARX et al. 2007) Valores de CTX inferiores a 100 pg/mL representam
risco moderado e valores acima de 150 pg/mL representam risco mínimo. (MARX et
al., 2007)
cintilografia óssea, têm sido de grande relevância para avaliação dos pacientes
seu método de realização e pelo seu baixo custo, permitindo também uma rápida
solicitados pelo clínico para a investigação de lesões dos ossos maxilares, como no
geralmente não são identificadas através deste tipo de exame. (BIANCHI et al.,
2007)
pacientes com OAB, de acordo com os relatos de PHAL et al. (2007), é a esclerose
óssea com imagens variando desde um espessamento da lâmina dura até uma
MARX et al. (2005) encontraram na maioria (73% dos casos) das imagens
pacientes foi observado somente áreas de esclerose óssea. No entanto, PHAL et al.
cortical óssea em pacientes com OAB. (CHIANDUSSI et al., 2006; BIANCHI et al.,
generalizado da lâmina dura. (CHIANDUSSI et al., 2006; PHAL et al., 2007) Por sua
OAB em sua fase subclínica. (CHIAUDUSSI et al., 2006; BIANCHI et al., 2007;
óssea, pode identificar alterações iniciais de lesões compatíveis com OAB, antes
subclínica da doença. (BEDOGNI et al., 2008; ARCE et al., 2009; KRISHNAN et al.,
2009)
análise, que são alinhados por um forte campo magnético e localizados por bobina
(GREENSPAN, 1996)
Revisão da literatura 55
potência da onda de rádio que o tecido emite após sua excitação e dois tempos de
O sistema musculoesquelético é o ideal para avaliação por IRM, uma vez que
por sua alta sensibilidade e especificidade. (ARCE et al., 2009) Uma outra vantagem
a gordura presente na medula normal. (ARCE et al., 2009) Estas mudanças são
hipersinal nas imagens ponderadas em T2. (UNGER et al., 1988) Segundo UNGER
IRM para avaliação do comportamento das lesões nas imagens ponderadas em T1,
Revisão da literatura 57
somente através da IRM e apenas cinco lesões detectáveis somente pelo exame
Nestes dois últimos casos, os autores sugeriram que as imagens observadas seriam
compatíveis com osso não viável (osteonecrose). (FERRER et al. 2008) Todas as
cirurgião-dentista para adequação da saúde bucal, porém devem ser informados que
3 OBJETIVOS
panorâmicas;
Objetivos 61
magnética;
4.1 AMOSTRA
pescoço;
Material e Métodos 64
4.2 MÉTODOS
descritos na Tabela 1.
imaginológicos.
- Áreas de osteólise;
canais. Foi utilizado o marcador multiplanar SURVEY e foram obtidas imagens nas
sequências: Plano axial (T1, T2 e STIR: espessura de corte 4,0mm, FOV1 200mm),
coronal (em T1: espessura de corte 3,0mm, FOV 190mm; em T2 e STIR: espessura
1
FOV (Field of view): Campo de visão do observador que analisa as imagens durante o exame de ressonância magnética
Material e Métodos 67
de corte 3,0mm, FOV 160mm) e sagital oblíquo (em T1, T2 e STIR: espessura de
Package for Social Sciences) versão 11.5 foi utilizado para a realização da análise
estatística.
Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-wilk.
5% (=0,05).
5 RESULTADOS
amostra.
média foi 65,6 (d.p.= 9,58) anos, variando de 46 a 86. Vinte e quatro (92%)
sódio e seu tempo médio de uso foi de 14,2 (d.p.=9,34) meses. Os cinco
Resultados 69
19%
(n=5)
19%
62%
(n=5)
(n=16)
Alendronato de sódio
Risendronato de sódio
Alendronato e risendronato
como co-morbidade.
seis (23%) faziam uso de próteses parciais removíveis e dois (7,5%) pacientes
Resultados 70
região do dente 36. Destes, um paciente possuía fatores locais de risco para
Total 26 (100%)
Nos dois tempos de análise das IRM, não houve divergências com
nas imagens ponderadas em T1, quatro (15%) exibiram alterações de sinal nas
46%
(n=12)
54%
(n=14)
Gráfico 2: Distribuição das alterações de sinal observadas nas IRM dos pacientes da amostra.
exibiram valores entre 100 e 150 pg/mL. Foram encontrados valores acima
27% (n=7)
46%
(n=12)
27% (n=7)
Gráfico 3: Distribuição dos pacientes de acordo com os resultados dos níveis séricos de CTX
alterações de sinal nas IRM, o tempo médio de uso do bifosfonato foi de 48,4
Tabela 4: Tempo médio de uso (meses) de bifosfonato de acordo com o exame de imagem com presença
de alteração.
Tipos de exame n
média d.p. (*) mínimo máximo mediana i.i.q. (*)
RM 14
48,4 38,05 6 126 48 42
Radiografia 38,7
9 37,12 6 126 30 36
(*) – d.p.: desvio padrão; i.i.q.: intervalo interquartílico com base nas juntas de Tukey
pacientes com alteração de sinal nas IRM, representando 12 (86%) casos das
14 IRM com alteração, incluindo três casos em que houve troca do alendronato
sendo a HAS a mais comum. No caso das IRM, dos 14 pacientes com alteração
de sinal nas IRM, seis (43%) apresentavam algum tipo de co-morbidade, sendo
sistêmica e o paciente com colite ulcerativa crônica que fazia uso crônico de
nas IRM.
da OAB, dos nove casos com alteração nas imagens nas radiografias
exostoses mandibulares.
(FIG.19 e 20).
óssea, oito (33%) apresentaram algum tipo de alteração nas imagens. Dois (7%)
sinal nas imagens ponderadas em T1, três (12,5%) alteração de sinal nas
sinal nas IRM e nove (35%) exibiram alterações nas imagens radiográficas.
McNemar,valor-p:0,125).
23%
42% (n=6)
(n=11)
31%
4%
(n=8)
(n=1)
Gráfico 4 :Distribuição das alterações de imagem observadas nas radiografias panorâmicas e nas IRM
Resultados 86
100 pg/mL, quatro (28%) níveis séricos entre 100 e 150pg/mL e os cinco (36%)
apresentaram alteração de sinal nas IRM, dois (17%) exibiram valores de CTX
abaixo de 100 pg/mL, três (25%) mostraram valores entre 100 e 150 pg/mL e
pg/mL, dois (22%) apresentaram valores entre 100 e 150 pg/mL e três (33%)
apresentaram valores acima dos 150 pg/mL. Dos 17 pacientes com exame
pg/mL,seis (35%) valores entre 100 e 150 pg/mL e nove (53%) exibiram valores
e Dados Clínicos
níveis séricos de CTX abaixo de 100 pg/mL (n=7) foi de 42,3 meses, variando
pacientes restantes que exibiram níveis séricos de CTX acima de 150 pg/mL
(d.p.=35,31) (TAB.5).
Resultados 93
Tabela 5: Valores médios do tempo de uso do bifosfonato de acordo com as categorias de níveis séricos
de CTX.
Tempo de uso (em meses)
Categorias de CTX média
n d.p. (*) mínimo máximo Mediana i.i.q. (*)
Abaixo de 100pg/mL 42,3
7 20,21 6 62 48 18
De 100 até 150pg/mL 50,0
7 41,70 5 126 36 48
Acima de 150pg/mL 50,9
12 35,31 6 126 50,5 42
(*) – d.p.: desvio padrão; i.i.q.: intervalo interquartílico com base nas juntas de Tukey
Nos dois pacientes com presença de osso exposto, o valor médio dos níveis
séricos de CTX foi de 167,8 pg/mL (d.p= 10,96), enquanto nos 24 pacientes
sem exposição óssea o valor médio foi de 170 pg/mL, variando entre 40 pg/mL
Tabela 6: Valores médios dos níveis séricos de CTX de acordo a presença ou ausência de osso exposto
CTX (pg/mL)
Osso exposto média
n d.p. (*) mínimo máximo Mediana i.i.q. (*)
Sim 167,8
3 10,96 160 175,5 167,7 -
Não 23
170 112,372 40 566 125 145,5
6 DISCUSSÃO
possível evidência clínica da OAB, como realizado neste presente trabalho, são de
doença clínica.
maioria, com 92% dos casos e a média de idade foi de 65,6 anos.
Discussão 95
alendronato de sódio, 70 mg (62% dos casos), provavelmente pelo fato de este ter
se tornado mais popular, já que foi o primeiro lançado no mercado (década de 90)
com o relato dos médicos assistentes dos pacientes, a troca ocorreu porque os
ação mais elevado do que o alendronato de sódio devido ao seu maior poder de
nas radiografias panorâmicas e nas IRM, assim como os dois pacientes que
apresentaram lesões clínicas compatíveis com OAB, ocorreu por esta droga ter sido
a mais utilizada pela amostra, além de ter apresentado maior tempo médio de uso
quando o tratamento com estas drogas ultrapassa três ou quatro anos. (MARX et al.,
2005; RUGGIERO et al., 2004; CHENG et al., 2005; WOO et al., 2006; LO et al.,
Discussão 96
2010) Em nosso estudo, dos dois pacientes que desenvolveram lesões compatíveis
com OAB, um fazia uso de bifosfonato oral há mais de três anos e outro utilizava a
Dos pacientes que apresentavam alterações nas IRM, o tempo médio de uso
com lesões clínicas. (MARX et al., 2005; RUGGIERO et al., 2004; CHENG et al.,
2005; WOO et al., 2006; LO et al., 2010) Entretanto, uma vez que a maioria dos
pacientes não possuía diagnóstico clínico de OAB, seria esperado um tempo médio
oral.
de sinal nas IRM ter sido ligeiramente superior ao tempo médio dos pacientes com
alteração nas radiografias panorâmicas (38,7 meses), apesar de não ter sido
nas IRM apresentassem tempo médio de uso do bifosfonato menor do que o que
com a patogênese da OAB. (HAMADA et al., 2007; KHAMAISI et al., 2007; WESSEL
et al., 2008) Em nosso estudo, dos dois pacientes com lesões clínicas compatíveis
concomitantemente com esta doença tenha sido apenas uma coincidência. Além
disso, o paciente estava com a doença controlada. Mais estudos com grande
nos exames de imagem e também não possuíam lesões clínicas compatíveis com
OAB possuíam algum tipo de co-morbidade. Ainda não existem na literatura estudos
lesões clínicas.
da doença. (MARX et al., 2003; FANTASIA et al., 2009; CHENG et al., 2005;
YAROM et al., 2010) Dos 23 pacientes em que não observamos áreas de osso
Entretanto, dos dois pacientes que possuíam áreas de osso exposto, apenas um
dois faziam uso de próteses parciais removíveis. Nos pacientes sem alteração nos
exames de imagem e sem lesões clínicas, muitos apresentavam algum dos fatores
de risco. Assim como no caso dos fatores sistêmicos de risco para OAB, ainda não
al.,2007; YAROM et al., 2007; ASSAEL, 2009; YAROM et al., 2010) Similarmente,
sem dor e sem sinais clínicos de infecção e o outro no estágio II, com evidência de
para a OAB. (PHAL et al., 2007) Entretanto, a escolha do melhor exame de imagem,
2009; STOCKMAN et al., 2009) Além disso, ainda existem poucos estudos na
observadas. MARX et al. (2005) relataram, em seu estudo com 119 pacientes
e ainda a sua relação com os achados clínicos permanece incerta. Em nosso estudo,
outros trabalhos. (PHAL et al., 2007; MARX et al., 2005) É importante ressaltar,
porém, que o nosso estudo diferencia-se dos anteriormente citados, pois a grande
maioria dos nossos casos era de pacientes sem lesões clínicas de OAB.
Discussão 100
exame de imagem para detecção de lesões iniciais de OAB. (MARX et al., 2005;
CHIANDUSSI et al., 2006; PHAL et al., 2007) Para HUTCHINSON et al. (2010), as
entanto, RAJE et al. (2008) identificaram alterações de imagem nos ossos maxilares,
locais onde não havia exposição óssea. Em nosso estudo, identificamos alterações
através deste exame. Dos dois pacientes com lesões clínicas, não evidenciamos nas
óssea.
podem ser confundidas com pequenas áreas de osteólise. Sendo assim, não
nosso estudo sejam realmente relacionadas à OAB. Seria necessário, para isso,
autores. Para BEDGONI et al. (2008) e FERRER et al. (2008), a IRM representa um
IRM é um exame útil para a avaliação da extensão das lesões relacionadas à OAB e
inicial. STOCKMAN et al. (2009) relataram que, apesar da IRM ser um exame
destas.
IRM, se deve ao fato de a IRM ser um exame utilizado na ortopedia como padrão-
SAIFUDDIN, 2004; ARCE et al., 2009) Para UNGER et al. (1988), a IRM é um
que, mesmo nos casos dos pacientes sem lesões clínicas em que foram
Nossa comparação com o estudo de BEDOGNI et al. (2008) somente pôde ser feita
com relação à análise das imagens, uma vez que não seria apropriado, em nossa
Discussão 103
Nos 12 pacientes sem osso exposto, mas com alterações de sinal nas IRM,
hiposinal em T1, T2 e STIR o que, segundo estes autores, estaria relacionado com
Nos casos dos dois pacientes com osso exposto, não encontramos as
da face, ou seja, hiposinal em T1, T2 e STIR. Em áreas de osso ainda viável, mas
hipersinal. Porém, ao contrário de nosso estudo, estes autores não fizeram relação
ósseas em pacientes que fazem uso de bifosfonatos, mas que não apresentam
pacientes da amostra, isto não impediu a análise das imagens. Destes casos, sete
foram de pacientes que apresentaram alteração de sinal. Nos outros seis casos, a
que gera estranheza, uma vez que é muito comum encontrarmos estes tipos de
mais alterações puderam ser visualizadas com a IRM do que com as radiografias.
Nos 14 pacientes com alteração de sinal nas IRM, em apenas oito casos essas
foi observada pelo radiologista na IRM. Todos os pacientes com presença de osso
exposto apresentaram alterações de sinal nas IRM, inclusive em locais onde não
havia lesões clínicas de OAB. Todavia, nas radiografias panorâmicas, dos dois
somente no local da exposição óssea. Estes dados estão de acordo com os relatos
de STOCKMAN et al. (2009), PHAL et al. (2007) e CHIANDUSSI et al. (2006) que
medula óssea (CHIANDUSSI et al., 2006; BIANCHI et al., 2007; ARCE et al., 2009),
explicam para o fato de a IRM ter evidenciado mais alterações que as radiografias
estes.
Discussão 106
porém, mesmo assim, houve confirmação dos resultados nos dois tempos das
BEDOGNI et al., 2008; FERRER et al., 2008; STOCKMAN et al., 2008; ARCE et al. ,
cintilografias ósseas e RM) foi feita em pacientes com lesões clínicas compatíveis
com OAB e, mesmo nestes, quando encontradas alterações subclínicas, estas não
CTX, pode ser muito útil para avaliar pacientes que serão submetidos a
2007). Uma de nossas hipóteses relatava que existia correlação entre as alterações
mostraram valores abaixo de 100 pg/mL, sugerindo risco alto de exposição óssea e
dados deste presente estudo relacionando os níveis séricos de CTX com a presença
de osso exposto não foram similares aos relatos de MARX et al. (2007). Com
relação à análise dos níveis séricos de CTX em pacientes com ausência de osso
exposto realizados em nosso estudo, não foi possível comparar com os estudos
destes autores, pois estes não analisaram os níveis de CTX em pacientes sem OAB
Discussão 107
e fazendo uso de bifosfonatos. Tal fato foi duramente criticado por DODSON (2010),
pois ele acredita haver necessidade de comparação dos níveis séricos de CTX entre
pg/mL, variando de 150 a 450 pg/mL, e naqueles que não apresentaram OAB o
valor médio foi de 339 pg/mL, variando de 120 a 1.300 pg/mL. Com estes dados, os
autores concluíram que os níveis séricos de CTX não podem ser considerados como
preditores definitivos para o desenvolvimento da OAB, mas que, apesar disto, eles
No presente estudo, os valores médios de CTX dos pacientes com e sem OAB
pacientes sem OAB desenvolverem a doença, uma vez que, não era objetivo do
valores de CTX abaixo de 100 pg/mL ter sido numericamente um pouco inferior
comparado com o tempo de uso dos pacientes que tinham valores acima de 100
nos exames de imagem. Nas IRM dos 14 pacientes com alteração de sinal, cinco
apresentarem valores de CTX abaixo de 100 pg/mL e quatro entre 100 e 150 pg/mL,
que segundo MARX et al. (2007), seria um risco alto e moderado de exposição
entre os níveis de CTX e as radiografias panorâmicas, onde dos nove pacientes com
alterações nas imagens, quatro apresentaram níveis séricos de CTX abaixo de 100
MARX et al. (2007), que muitos pacientes que se enquadrassem nos grupos de risco
principalmente nas IRM, o que não ocorreu. Dois pacientes com valores abaixo de
100 pg/mL e três com valores entre 100 e 150 pg/mL não exibiram nenhum tipo de
local, apesar da nossa indicação. Muitos pacientes, devido à idade, preferiram fazer
seus exames nos locais mais próximos às suas residências e, no caso das
nas radiografias e nas IRM dos pacientes sem lesões clínicas de osteonecrose
fazem uso de bifosfonatos e que não tenham lesões clínicas de osteonecrose. Seria
bifosfonato.
Discussão 110
relevância deste trabalho. Muitos pacientes, por não apresentarem lesões clínicas,
concluir que:
está representada nesta amostra por mulheres com idade média de 65 anos, sendo
osteoesclerose.
estágios iniciais, apresentam alterações ósseas que podem ser identificadas através
ressonância magnética. Não parece haver relação dos níveis séricos de telopeptídeo
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Tempo
Uso de
Paciente Sexo Idade Doença Bifosfonato de uso Co-morbidade Outras drogas Exame Físico
corticóide
(em meses)
1 F 65 Osteoporose Alendronato 126 - - Osso exposto
APÊNDICE 1
9 F 56 Osteoporose 66 Hipotireoidismo - Levotiroxina Exostose, prótese removível
Risendronato
10 F 60 Osteoporose Risendronato 12 - - Cálcio
11 F 48 Osteoporose Risendronato 24 Hipertensão arterial - Captopril Exostose
12 F 63 Osteopenia Risendronato 6 - - Cálcio
13 F 62 Osteoporose Alendronato 48 Diabete Melito - Gliclazida
14 F 68 Osteoporose Risendronato 24 Cardiopatia - Clopidogrel
Apêndice 125
26 F 57 Osteopenia Alendronato 30 - -
Paciente IRM Radiografias Panorâmicas
1 Hipersinal em T2 e STIR (Md lado D e E) -
Hiposinal em T1, hipersinal em T2 e STIR (Md lado D)
APÊNDICE 2
12 Hiposinal em T1, hipersinal em T2 e STIR (Md lado D) Osteoesclerose emMax E e Md lado E
Apêndice 126
Apêndice 127
APÊNDICE 3
Após o início do tratamento com o bifosfonato, notou algo diferente em sua boca? O quê?
___________________________________________________________
Realizou algum tipo de cirurgia odontológica após o início do tratamento com bifosfonato?__________
Resultados 87
A B
Figura 22: A) IRM da paciente 17 exibindo hiposinal em T1 em região de mandíbula lado direito (seta branca) B) radiografia panorâmica da mesma paciente, sem
alterações.
Resultados 88
A B
Figura 23: A) IRM da paciente 26 exibindo hipersinal em T2 em região de mandíbula lado direito (seta branca). B) Radiografia panorâmica da mesma paciente exibindo área
de osteoesclerose em região de molares inferiores lados direito e esquerdo. (setas pretas)
Resultados 89
A B
Figura 24: A) IRM da paciente 12 exibindo hiposinal em T1 em região de mandíbula lado esquerdo. (seta branca). B) Radiografia panorâmica da mesma paciente exibindo área
de osteoesclerose em região de maxila esquerda. (seta preta)
Resultados 90