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Carla Girardi
Florianópolis
2003
Carla Girardi
Florianópolis
2003
CARLA GIRARDI
Banca Examinadora
RESUMO
ABSTRACT
University of Santa Catarina was studied. The sample consisted of 32 female and 16
third molar teeth were obtained. The radiographic study was divided into two parts:
by two oral and maxillofacial radiologists. The pericoronal tissues surgically removed
were prepared and stained with hematoxylin-eosin and Mallory trichrome techniques,
and the sections were analyzed by two oral pathologists. The results pointed out that
the pericoronal space varied from 0.8 to 5.3 mm, 76% of the teeth from the sample
being considered pericoronal follicles and 24% dentigerous cysts, according this
criterion. The test of Kappa eviced a moderate agreement between the diagnoses
obtained from width of the pericoronal space and radiographic examiners 1 and 2,
and there was a weak level of agreement between the diagnoses of radiographic
could allow to distinguish between pericoronal follicles and dentigerous cysts. Thus,
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 16
2 REVISÃO DA LITERATURA........................................................................ 20
2.1 Odontogênese....................................................................................................... 20
2.1.1 Banda epitelial primária................................................................................. 20
2.1.2 Lâmina vestibular e lâmina dentária.............................................................. 21
2.1.3 Fase de botão......................................................................................................... 21
2.1.4 Fase de capuz......................................................................................................... 22
2.1.5 Fase de campânula................................................................................................ 23
2.1.6 Fase de coroa......................................................................................................... 27
2.1.7 Fase de raiz................................................................................................... 27
2.2 Amelogênese......................................................................................................... 29
2.2.1 Fase morfogenética e de histodiferenciação................................................. 30
2.2.2 Fase secretora......................................................................................................... 30
2.2.3 Fase de maturação................................................................................................. 31
2.2.4 Fase de proteção................................................................................................... 32
2.3 Dentes não irrompidos e parcialmente irrompidos................................. 34
2.3.1 Terminologia e conceituação........................................................................ 34
2.3.1.1 Dentes retidos......................................................................................................... 34
2.3.1.2 Dentes impactados........................................................................................ 34
2.3.2 Etiologia das impacções dentais................................................................ 35
2.3.3 Freqüência de dentes não irrompidos e parcialmente irrompidos.................. 37
2.3.4 Possíveis alterações associadas a dentes não irrompidos e parcialmente
irrompidos................................................................................................................ 39
2.3.4.1 Folículo pericoronário.................................................................................... 43
2.3.4.2 Cisto dentígero....................................................................................................... 45
2.3.4.3 Tumor odontogênico adenomatóide (TOA)................................................... 53
2.3.4.4 Fibroma ameloblástico.................................................................................. 56
2.3.4.5 Ceratocisto odontogênico.............................................................................. 58
2.3.4.6 Cisto paradental............................................................................................ 60
2.3.4.7 Ameloblastoma.............................................................................................. 65
2.3.5 Intervenção cirúrgica..................................................................................... 67
2.3.6 Características radiográficas dos tecidos pericoronários.............................. 85
2.3.7 Características histopatológicas dos tecidos pericoronários......................... 95
2.3.8 Características macroscópicas dos tecidos pericoronários.......................... 125
3 PROPOSIÇÃO.............................................................................................. 127
4 MATERIAL E MÉTODOS............................................................................. 128
4.1 Material......................................................................................................... 128
4.1.1 População..................................................................................................... 128
4.1.2 Amostra......................................................................................................... 129
4.2 Método.......................................................................................................... 130
4.2.1 Delineamento............................................................................................... 130
4.2.2 Etapas........................................................................................................... 130
4.2.2.1 Cadastro do paciente.................................................................................... 130
4.2.2.2 Estudo radiográfico....................................................................................... 131
4.2.2.3 Análise histopatológica dos tecidos pericoronários....................................... 137
4.2.2.4 Análise e interpretação dos resultados/análise estatística............................ 141
5 RESULTADOS.............................................................................................. 142
5.1 Distribuição da amostra segundo os gêneros feminino e
masculino..................................................................................................... 142
5.2 Distribuição da amostra segundo a faixa etária....................................... 143
5.3 Distribuição dos dentes da amostra segundo a sua localização........... 143
5.4 Distribuição da amostra radiográfica segundo a largura dos espaços
pericoronários............................................................................................. 144
5.5 Resultados dos diagnósticos dos observadores radiográficos e
relação dos mesmos, com a largura dos espaços pericoronários de
33 dentes da amostra.................................................................................. 147
5.6 Distribuição dos dentes da amostra segundo os parâmetros
histopatológicos dos tecidos pericoronários........................................... 150
6 DISCUSSÃO................................................................................................. 167
6.1 Distribuição da amostra segundo os gêneros feminino e
masculino..................................................................................................... 167
6.2 Distribuição da amostra segundo a faixa etária....................................... 168
6.3 Distribuição dos dentes da amostra segundo a sua localização........... 168
6.4 Intervenção cirúrgica de terceiros molares não irrompidos ou
parcialmente irrompidos............................................................................. 169
6.5 Distribuição de 33 dentes da amostra segundo a largura dos espaços
pericoronários............................................................................................. 171
6.6 Relação entre os diagnósticos dos observadores radiográficos e dos
mesmos, com a largura dos espaços pericoronários de 33 dentes da
amostra......................................................................................................... 175
6.7 Distribuição da amostra segundo os parâmetros histopatológicos
dos tecidos pericoronários dos dentes da amostra................................ 178
6.7.1 Associação entre os diagnósticos dos observadores histopatológicos 1 e 2
com o gênero, a faixa etária e a arcada envolvida........................................ 179
6.7.2 Concordância entre os diagnósticos dos observadores histopatológicos 1
e 2.................................................................................................................. 181
6.7.3 Concordância entre os diagnósticos dos observadores histopatológicos 1
e 2 com a largura dos espaços pericoronários e com os diagnósticos dos
observadores radiográficos 1 e 2.................................................................. 183
7 CONCLUSÕES............................................................................................. 186
REFERÊNCIAS............................................................................................. 188
APÊNDICES................................................................................................. 198
ANEXOS................................................................................................................... 214
16
1 INTRODUÇÃO
Segundo Barroso et al. (1985) os dentes que, esgotada a época normal para a
sua erupção não a fazem, são chamados de dentes inclusos, impactados, retidos
(1977); Carvalho, São José (1985) constituem algumas das indicações cirúrgicas
adjacentes.
17
Stanley e Diehl (1965); Laskin (1971); Lavalle et al. (1974); Bishara e Andreasen
(1983); Shafer; Hine; Levy (1987) relataram que além das razões de ordem
neoplasias.
adultos jovens, mas também pode estar associado a qualquer idade, incluindo
parcialmente irrompidos possui objetivos profiláticos, na maioria dos casos. Por sua
vez, Mercier e Precious (1992) defendem que nem todos os dentes não irrompidos
cirúrgica.
Apesar deste tema já ter sido abordado em outros trabalhos, mais estudos são
irrompidos.
20
2 REVISÃO DA LITERATURA1
1987).
dental humana.
2.1 Odontogênese
(1999a); Ten Cate (2001) afirmaram que o epitélio oral primitivo em proliferação, por
1
Baseada na NBR 10520:2002 da ABNT.
21
apresenta a forma de uma ferradura e está posicionada no local dos futuros arcos
dentários.
Arana-Chavez (1999a); Ten Cate (2001) a banda epitelial situada do lado externo,
degeneram dando origem a uma fenda que corresponderá ao futuro vestíbulo, entre
responsável pela formação dos dentes e por isto é chamada de lâmina dentária.
(1999a) afirmaram que nesta fase formam-se 10 pequenos brotos, em cada arco,
que invadem o ectomesênquima nesta fase denominada botão. Desta forma, inicia-
ainda, que nesta fase, os elementos formadores do dente e seus tecidos de suporte
Segundo Ten Cate (2001) o termo mais apropriado para órgão do esmalte é
órgão dentário, por retratar, exatamente todas as suas funções, tais como
separação das células. Estas por sua vez, mantêm pontos de ligações entre si,
adquirindo uma forma estrelada. Desta forma, esta porção central é chamada de
esmalte e da papila dentária, sofre uma condensação e forma uma cápsula. Esta
apresentar uma forma de sino, denominando esta fase de campânula (FIG. 1).
24
Figura 1 - Fase de campânula. Germe dentário com todos os seus constituintes; a) esquema
representativo; b) odontogênese em fase de campânula.
Outro evento importante ocorre nesta fase. A lâmina dentária que une o germe
Segundo Ten Cate (2001) a persistência destas ilhas, podem originar cistos que
dentro dos maxilares separado do epitélio bucal. Para que o dente possa executar
suas funções, a união com o epitélio bucal deve ser restabelecida para alcançar o
plano oclusal.
CATE, 2001).
26
epitélio interno se tornam cilíndricas altas. Por sua vez, o núcleo passa a se localizar
matriz de dentina.
órgão do esmalte proliferam para formar a bainha epitelial de Hertwig. Essa bainha
cresce ao redor da papila dentária, exceto na sua porção basal. A borda livre da
epiteliais de Malassez.
Chavez (1999a); Ten Cate (2001) as células do lado externo do folículo dentário
a formação da raiz, o dente inicia seu processo de erupção. A coroa ainda está
órgão do esmalte.
2.2 Amelogênese
dentário.
Por sua vez, as organelas destas células ocupam uma posição distal em relação ao
CHAVEZ, 1999b).
forma, o folículo dentário passa a ser a única fonte de nutrição, pois a primeira
papila dentária.
de autofagia.
superfície do esmalte. Por sua vez, a camada externa é formada por células
esmalte é impedir o contato entre o esmalte maduro e o tecido conjuntivo até que o
dente erupcione.
Eisenmann (2001) a morte das células mais centrais forma um canal forrado por
epitélio por onde o dente erupciona sem que ocorra hemorragia. Essa massa
junção dentogengival.
epitélio juncional pode ocorrer até 1 ano após o dente ter alcançado sua posição
Barroso et al. (1985) afirmaram que, os dentes que esgotada a época normal
para sua erupção não a fazem são chamados de inclusos, impactados, retidos ou
dentes segundo Mourshed (1964a); Shafer; Hine; Levy (1987); Freitas e Freitas
São considerados retidos, os dentes que não irromperam por falta de força
eruptiva.
Peterson (2000) afirmou que um dente impactado é aquele que não consegue
irromper dentro do tempo esperado até a sua posição normal na arcada. O termo
b) impacção óssea parcial: ocorre quando uma porção superficial do dente está
coberta por mucosa, mas a área de maior diâmetro do dente está abaixo do
espécie humana uma redução gradual no tamanho dos maxilares está ocorrendo.
diminuição dos estímulos mastigatórios. Fonseca (1956) ainda citou como fatores
supranumerários.
36
(1991) um dente não irrompido é aquele que é impedido de erupcionar até sua
Para Alonso Verri et al. (1973) a falta de espaço é o fator determinante das
examinados 243 casos para estimar a relação entre o espaço disponível para os
Araújo e Araújo (1984) citaram, ainda, como fatores etiológicos das impacções
espessados, ou ambos.
37
Segundo Hattab e Abu Alhaija (1999) o tempo de erupção dos terceiros molares
média para a erupção dos terceiros molares é de 20 anos, embora a erupção possa
Dos 1000 pacientes estudados por Fonseca (1956), 174 (17,4%) apresentaram
dentes não irrompidos, 93 eram homens. O terceiro molar inferior foi encontrado em
outro. Com relação à posição dos dentes não irrompidos em relação aos maxilares
a mésio-angular foi a mais freqüente nos terceiros molares inferiores (58%), a disto-
angular nos terceiros molares superiores (47,5%) e a posição palatina nos caninos
(96,5%).
de pacientes particulares. Destes, 276 (18,8%) tinham pelo menos um dente não
irrompido. Por sua vez, 461 dos 581 dentes não irrompidos (+/- 80%) eram terceiros
não irrompido foi o canino superior, sendo que as impacções restantes estavam
distribuídas pelos maxilares. Por sua vez, Dachi e Howell (1961) estudaram 1685
pelo menos um dente não irrompido. Pode-se notar que 213 (21,9%) dos terceiros
molares superiores e 209 (17,5%) dos terceiros molares inferiores não irromperam.
Alonso Verri et al. (1973) examinaram 3000 pacientes. Destes, 245 (8,16%)
formados na data do exame e que por impedimentos diversos não fizeram sua
erupção. Não houve predileção por sexo, mas em relação à raça, os leucodermas
pacientes.
98% de todos os dentes não irrompidos. O número de pessoas que atingem a idade
adulta com terceiros molares não irrompidos parece estar aumentando em uma
extensão epidêmica.
parcialmente irrompidos
Fonseca (1956) afirmou que os dentes não irrompidos são considerados uma
afirmaram que entre as complicações que surgem a partir de terceiros molares não
dental.
entanto, a incidência destas seqüelas é menor. Benn e Altini (1996) afirmaram que o
vez, os terceiros molares superiores apresentam uma freqüência muito mais alta de
1345 casos de cistos dos maxilares. Destes, 233 (17,3%) foram diagnosticados
como cistos dentígeros. Em 1981 o autor estudou 1259 dentes não irrompidos
(48,1%) foi quase igual à de cistos dentígeros (45,7%). Por sua vez, os terceiros
molares superiores tiveram uma freqüência mais alta de impacção (29,6%) do que
seu antagonista.
Carvalho et al. (1978) citaram alguns problemas relacionados com dentes não
terceiros molares inferiores são os mais afetados), fratura óssea, sinusite, infecção
crônica com fístula (infecção crônica na região dos terceiros molares inferiores
tende a ser mais severa), dor reumática, neuralgia, paralisia facial, oftalmopatia. A
irrompido, pode provocar dor na área de distribuição do nervo, assim como, dor
a mais prevalente.
incisivos.
à ação dos terceiros molares; o segundo acredita que os terceiros molares têm sua
influência, mas esta ação geralmente está associada a outros fatores e o terceiro
realizada pelos autores, os mesmos sugeriram que a opinião mais consistente e que
oferece maior respaldo científico é a de que os terceiros molares não devem ser
Segundo Price (1989) a pericoronarite tem uma ocorrência menos freqüente nos
dias atuais porque um número maior de terceiros molares são removidos em uma
Segundo Mercier e Precious (1992) a alveolite é uma das mais comuns e piores
angulares irrompam. Desta forma, estes dentes poderiam ser removidos em uma
idade precoce reduzindo o risco de problemas agudos. Isto pode ser explicado pelo
disto-angular pode ser maior do que a que circunda dentes verticais ou mésio-
entidades comuns dos maxilares que respondem por cerca de 15% a 20% de todos
Outras, por sua vez, são observadas quando o paciente já apresenta aumento de
envolvem dentes não irrompidos. Sendo elas: folículo pericoronário, cisto dentígero,
43
(MAROO, 1991).
permanentes tendem a ter espaços foliculares levemente maiores do que dos outros
dentes.
prevalência é o ameloblastoma.
sua vez, pode ser a origem de vários tipos de alterações patológicas durante ou
relatados.
2.3.4.1.4 Tratamento
BEAN, 1994).
45
2.3.4.2.1 Patogênese
Bozzo e Walder Júnior (1970) afirmaram que sobre a etiopatogenia dos cistos
dentígeros existem teorias diversas. Uma delas diz que, os cistos dentígeros
Stanback (1970); Miller e Bean (1994); Silva et al. (2002) afirmaram que o cisto
Stanback (1970); Fleury et al. (1994); Benn e Altini (1996); Bey et al. (1997)
Altini (1996) relataram a preferência do cisto dentígero, pela raça branca. Segundo
Shear (1999) a menor freqüência nas mulheres e em negros pode ser explicada
46
autor também afirmou que as diferenças existentes entre o sexo e a raça sugerem a
presença de um outro fator, ainda não identificado e que exerça alguma função
(1983); Craig; Wescott; Correll (1984); Thornton; Stanley; Ballard (1985); Maroo
(1991); Fleury et al. (1994); Miller e Bean (1994); Daley e Wysocki (1995); Banderas
et al. (1996); Benn e Altini (1996); Daley e Wysocki (1997); Waldron (1998); Ko;
Dover; Jordan (1999); Shear (1999), Saraiva et al. (2002); Silva et al. (2002)
Ocorrem em uma ampla faixa etária com predileção para homens da raça branca. A
Segundo Craig; Wescott; Correll (1984); Shafer; Hine; Levy (1987); Main (1989);
Regezi e Sciubba (1991); Daley e Wysocki (1995); Banderas et al. (1996); Bey et al.
(1997); Waldron (1998); ko; Dover; Jordan (1999); Tsukamoto et al. (2001) o cisto
dentígero é reconhecido como uma das lesões mais comuns dos maxilares. Saraiva
et al. (2002) afirmaram que o cisto dentígero compreende 20% de todos os cistos
dos maxilares.
odontomas.
Segundo Miller e Bean (1994) o cisto dentígero é formado por uma cavidade
revestida por epitélio que se forma no espaço folicular de um dente não irrompido
Para Boyczuk e Berger (1995); Manganaro (1998) o cisto dentígero sempre está
dentígero envolve a coroa de um dente não irrompido e está preso em seu colo. Sua
de rotina.
1995; WALDRON, 1998; KO; DOVER; JORDAN, 1999). Shear e Altini (1983);
cisto dentígero se insere no colo do elemento dental afetado. Para Shear (1999);
Tsukamoto et al. (2001) o cisto dentígero apresenta uma borda bem corticalizada.
circunferencial.
49
relatado na literatura. Shear (1999) afirmou que o cisto dentígero central envolve
coroa podendo empurrá-lo na direção oposta à da erupção. Por isto que os terceiros
do folículo pericoronário em uma das faces da coroa. Este tipo é comum quando um
Shear e Altini (1983); Sheridan (1983); Craig; Wescott; Correll (1984); Maroo
(1991); Fleury et al. (1994); Miller e Bean (1994); Bey et al. (1997); Ko; Dover;
Jordan (1999); Silva et al. (2002) relataram que o cisto dentígero pode ser
raramente provoca reabsorção das tábuas ósseas. Waldron (1998) afirmou que
odontogênicos ou ameloblastomas.
Shear e Altini (1983); Waldron (1998); Shear (1999) afirmaram que os cistos
dentígeros parecem ter uma tendência maior do que outros cistos dos maxilares de
estar relacionado com sua origem a partir do folículo pericoronário, que apresenta a
maloclusão e assimetria facial. No entanto, uma radiopacidade pode ser vista dentro
decíduo infectado, é semelhante à outra forma de cisto dentígero, exceto que sua
cortical é mais fina, pode estar descontínua, assim como, osso esclerótico reacional
estratificado não-queratinizado.
Segundo Bey et al. (1997) o cisto dentígero envolve a coroa de um dente não
inflamado ou não. Quando não inflamado, o cisto apresenta uma cápsula de tecido
cúbicas. Por sua vez, no cisto dentígero inflamado, na cápsula fibrosa, observa-se
Dachi e Howell (1961); Stanback (1970); Nortjé (1974); Craig; Wescott; Correll
(1984); Thornton; Stanley; Ballard (1985); Maroo (1991); Daley e Wysocki (1995);
sendo que o início dos sintomas ocorreu antes dos 29 anos de idade em 70% dos
qualquer célula possa sofrer alteração neoplásica, parece razoável afirmar que se
cisto dentígero não tratado é o estímulo para uma eventual transformação maligna.
segundo Stanback (1970); Craig; Wescott; Correll (1984); Thornton; Stanley; Ballard
(1985); Maroo (1991); Daley e Wysocki (1995); Manganaro (1998) relataram casos
Segundo Langlais; Langland; Nortjé (1995) um cisto dentígero pode dar origem
podem originar ameloblastomas. Pelo fato dos cistos dentígeros serem mais raros
contrária a esta afirmação. O autor ainda afirmou que a confusão existente com
2.3.4.2.6 Tratamento
tratamento de eleição.
Reichart e Philipsen (2000b) afirmaram que as mulheres são afetadas 2,1 vezes a
Stafne e Gibilisco (1982) afirmaram que o TOA pode ser descoberto através de
aumento de volume dos maxilares que eles podem produzir. Estes autores
juntamente com Shafer; Hine; Levy (1987); Castellon; Valenzuela; Lira (1998);
Segundo Miller e Bean (1994) o TOA se apresenta como uma área radiolúcida
ao tumor em dois terços dos casos. Raramente dentes decíduos são envolvidos. À
55
tarefa difícil.
dente não irrompido. Estes autores ainda afirmaram que a imagem estende-se para
2.3.4.3.5 Tratamento
2000b).
2.3.4.4.4 Tratamento
paciente.
58
2.3.4.5.1 Patogênese
Ocorre em uma ampla faixa etária, cerca de 80% envolve a mandíbula, sendo mais
freqüente em homens. Pode provocar dor e aumento de volume, mas muitos são
Ocorre em uma grande variedade de idades, com um amplo pico que vai da
lobuladas, podendo envolver dentes que não irromperam (SHEAR; ALTINI, 1883).
circundadas por uma fina borda radiopaca. A periferia pode ser lisa ou lobulada
A taxa de recorrência do ceratocisto odontogênico é mais alta que dos outros cistos.
São encontradas citoqueratinas de alto peso molecular como a K10 e K11, bem
2.3.4.5.5 Tratamento
2.3.4.6.1 Patogênese
Craig (1976) afirmou que o cisto paradental tem uma origem inflamatória a partir
do epitélio reduzido do órgão do esmalte. Esta última origem é preferida uma vez
para a formação desta lesão. A primeira diz que uma destruição no periodonto com
histórico de pericoronarite.
62
Halitose, dor, edema e trismo comumente ocorrem nestes casos. Quando envolve
uma radiolucidez bem definida ocupava uma posição periapical, contudo, um exame
mais criterioso revelou que o espaço do ligamento periodontal apical estava normal
radiolucidez bem definida foi observada distalmente a um terceiro molar inferior não
vestibular separada da imagem distal. Desta forma, ficou evidente que a partir do
radiografias.
descoberta após uma pericoronarite, quando radiografias de rotina são feitas antes
normal pode ser observado distalmente às coroas dos terceiros molares inferiores
autores sugerem, que sejam aplicados os mesmos critérios para o cisto dentígero,
radiograficamente aparece como uma radiolucidez bem definida, com uma borda
64
esclerótica fina que pode estar descontínua ou fracamente visível, localizada por
ALTINI, 1983).
1987).
2.3.4.6.5 Tratamento
2.3.4.7 Ameloblastoma
2.3.4.7.1 Patogenia
GIBILISCO, 1982).
tumor aparecer mais radiopaco na radiografia que o fluido do cisto, a diferença é tão
mole.
multiloculares.
escamosa no interior das ilhotas e dos cordões e o tipo granular por apresentar
Dachi e Howell (1961); Laskin (1971) afirmaram que, com poucas exceções,
logo fique evidente que os mesmos não estão em uma posição favorável. Isto pode
assintomático é aquele que fica completamente coberto e não tem potencial para
do segundo molar.
Segundo Kiley (1972); Girod; Gerlach; Krueger (1993) os dentes não irrompidos
complexo.
tempo ideal para intervenção cirúrgica é quando dois terços do terceiro molar está
irrompido não executará uma função útil na cavidade bucal, o mesmo deve
quantidade maior de osso tem que ser removida para permitir a passagem
cujo osso é mais elástico. Uma cirurgia mais difícil requer um tempo
profunda. A menos que haja alguma dúvida sobre o futuro do segundo molar
e sobre a execução de uma função útil por parte do terceiro molar, o dente
cariado é indicada, mesmo nos casos em que a lesão ainda não atingiu a
cáries;
PETERSON, 2000).
extremos;
WHITLEY, 1981);
dor. Uma necrose por pressão na gengiva pode fornecer uma via para o
removido depois, a crista alveolar pode ser de tal forma alterada pela
molares;
(PETERSON, 2000);
WHITLEY, 1981).
dor.
76
elas:
nenhuma prótese está sendo planejada, o dente não irrompido pode ser
deixado no lugar.
WHITLEY, 1981).
seguintes situações:
ausentes;
idade de 8 anos tem sido praticada desde 1936. Aqueles que se opõem ao
procedimento explicam que por volta dos 35 anos de idade, 1 em cada 5 norte-
americanos está usando uma prótese total superior e perdeu muitos dentes
cirurgia. Por outro lado, os defensores da remoção profilática acreditam que muitos
deve ser inicialmente defendida, porque nenhuma estrutura anatômica deve ser
79
retirada, a não ser que haja uma evidência patológica. Segundo os autores, a
extração do dente não irrompido deve estar alicerçada com o interesse ortodôntico
ou protético.
(8%) em 734 pacientes com terceiros molares inferiores não irrompidos. A remoção
cirúrgica dos terceiros molares não irrompidos não deve ser recomendada na
na região do terceiro molar não irrompido e, se houver espaço suficiente entre este
não irrompido tiver que ser mantido em um paciente jovem na ausência de sinais,
sintomas, ou ambos, a cirurgia pode ser mais difícil e estar associada a problemas
80
em uma idade mais avançada. Infelizmente, não há uma forma confiável de prever
dos terceiros molares não irrompidos devem, portanto, ser ponderados em relação
aos riscos cirúrgicos. Quando um terceiro molar não irrompido é mantido, o paciente
regulares.
pericoronarite. Este autor, juntamente com Mercier e Precious (1992) afirmou que o
só levar à conclusão de que a cirurgia deve ser realizada mais cedo (AHLQWIST;
GRONDAHL, 1991).
al., 1993).
Embora haja uma concordância geral pelos dentistas de que a presença de uma
científica para dar suporte à remoção rotineira de terceiros molares não irrompidos
ficam perplexos com a falta de dados para dar suporte ao que se tornou, para
de perda dental prematura em outro lugar da arcada, não pode ser ignorada. Ainda
afirmaram que, estudos em que a idade da amostra foi menor, complicações pós-
operatórias como parestesia, foi menos observada. Nos pacientes jovens os fatores
de risco são reduzidos, como, por exemplo, impacção profunda, proximidade entre
da dentição.
Três casos foram descritos por Girod; Gerlach; Krueger (1993) nos quais,
cirúrgico para cistos grandes freqüentemente está associado com uma morbidade
concluir que alterações patológicas estão ocorrendo. O paciente deve ser informado
transplante.
Peterson (2000) afirmou que todos os dentes não irrompidos devem ser
feita tão logo o dentista tenha determinado que o dente não irrompeu evitando o
mais difícil. O período ideal, para a remoção dos terceiros molares não irrompidos é
germe dentário do terceiro molar pode ser visualizado radiograficamente a partir dos
dos cirurgiões concorda, que não há como prever se o dente em formação irá
ser postergada até que o diagnóstico de impacção do dente possa ser feito. Para
este autor, os pacientes que têm seus terceiros molares removidos antes dos 25
Clinicamente pode não haver sinais ou sintomas de formação cística, por isso que
molares não irrompidos são extremamente baixas. Desta forma, alguns profissionais
considerado.
Para Mourshed (1964b); Campos e Durr (1980); Lara (1982); Shafer; Hine; Levy
(1987); Stanley et al. (1988); Kim e Ellis (1993); Daley e Wysocki (1995); Waldron
geralmente mais fino e nítido do que a parede de um folículo, este critério é relativo
confirmadas microscopicamente antes que um diagnóstico final possa ser feito. Dos
1315 pacientes, 304 (23,1%) apresentavam dentes que não irromperam. Destes,
Não houve diferença entre os sexos. Os 304 pacientes tinham um total de 761
dentes não irrompidos. A mandíbula foi afetada em 53,1% dos casos e não houve
diferença importante entre os lados direito e esquerdo. O terceiro molar inferior foi o
o espaço pericoronário que apresenta uma largura igual ou maior que 2,5 mm pode
microscopicamente.
87
espessura de 2,5 mm, ele é sugestivo de cisto dentígero, em 80% dos casos.
medição foi o de maior largura. Somente foram incluídos, os casos que mediram
entre 0,0 e 4,9 mm, pois constituem problemas para o diagnóstico diferencial. A
maioria dos casos concentrou-se entre os intervalos de 1,0 a 2,4 mm para os dois
tipos radiografias. O autor ao fazer uma comparação entre os dados obtidos com
com panorâmica. As duas médias foram praticamente iguais, não havendo diferença
dos casos (111) apresentou espaços pericoronários que mediram até 2,5 mm. Dos
150 pacientes, 77,3 % eram do sexo feminino, 39,3% estavam na 2ª década de vida
grandes áreas radiolúcidas têm sido observadas como folículos normais (MILLER;
Barroso et al. (1985) afirmaram que a decisão quanto à exodontia dos dentes
histopatologia.
eram mulheres. O terceiro molar inferior foi o dente mais afetado, seguido pelo
de casos concentrou-se nas faixas de 1 a 3 mm, sendo que não houve diferença
significativa entre a largura dos espaços pericoronários dos dentes não irrompidos e
parcialmente irrompidos.
processo patológico.
onde 10 cistos foram vistos nos 6 casos (2 múltiplos). Destes 10 cistos, 8 eram
90
radiolúcida, unilocular, pericoronária, bem delimitada cuja largura excedia 2,5 mm.
Reabsorção radicular dos dentes adjacentes foi vista em 3 casos (MAROO, 1991).
e 60 anos de idade que fizeram parte da amostra de 1968 a 1969 foram reavaliadas
mais próximo por meio de uma régua. Os folículos com menos de 3 mm foram
considerados normais. Entre as 1418 mulheres, havia 117 (8%) com 166 dentes não
irrompidos, sendo eles: terceiros molares (85%), caninos (10%), pré-molares (3%) e
aumentada da coroa. Ao todo, 8, dos 17 dentes (47%) que tinham alterado sua
espaço maior que 2,5 mm representa, com toda probabilidade, um cisto com um
definitivo.
3,0 mm como diretriz para um espaço normal entre a coroa dental e a parede
92
medida devem ser consideradas cistos dentígeros até prova em contrário. Uma
dentígero não deve ser feito somente em evidências radiográficas, mas também
eram homens. Em 25% dos casos, os pré-molares foram envolvidos, a idade média
canino superior foi envolvido em 15% dos casos, houve predominância pelos
com 2,5 mm ou mais em qualquer dimensão, uma vez que outros investigadores
associaram lesões deste tamanho a uma alta incidência de cistos dentígeros. Para
Shear (1999) afirmou que alguns dentes não irrompidos apresentam um folículo
usando uma redução de 0,5 mm. A largura do espaço pericoronário foi dividida em
que 3 mm. A largura do espaço pericoronário variou de 0,1 a 5,6 mm, sendo que
86,6% apresentaram uma medida que variou de 1,0 a 3,0 mm. A inflamação estava
presente em 34% dos dentes não irrompidos com espaço pericoronário normal e em
estava presente em 79% dos espaços normais e em 100% dos alargados. Estes
apresentaram cavitação óssea e conteúdo cístico e, portanto, não eram cistos. Eram
mm, 2,5 mm e 5,0 mm de largura têm sido usadas como parâmetros radiográficos
onde a inflamação esteve presente em 60% dos casos, a queratinização foi mais
comum nos casos em que a inflamação estava ausente ou era mínima, o epitélio
casos, 5,5% dos casos apresentaram células mucosas no epitélio da parede cística,
queratinizado e preenchido por um líquido claro, de cor âmbar, podendo ser rico em
colesterol. Sob o epitélio há uma camada de tecido conjuntivo que pode ser frouxo
O cisto dentígero tem sido classificado como um cisto odontogênico cuja origem
ocorre por meio das alterações do epitélio reduzido do órgão do esmalte após a
SHEAR, 1999). Benn e Altini (1996) acrescentaram ainda, que o cisto dentígero se
insere no colo do dente afetado. Langlais; Langland; Nortjé (1995) afirmaram que o
cisto dentígero surge do epitélio reduzido do órgão do esmalte de um dente que não
1 paciente não foi especificado. A idade dos pacientes variou de 13 a 69 anos, com
uma média de 26,5 anos. Os espécimes foram divididos de acordo com as idades
anos ou mais foram classificados como inclusos (grupo 2). Este último grupo incluía
puro. Por sua vez, no grupo 2, o inverso foi verdadeiro, um epitélio pavimentoso
puro predominou (73,9%) com 17,4% mostrando uma mistura de epitélio do órgão
órgão do esmalte. No grupo 1 somente 14% dos folículos revestidos com epitélio do
órgão do esmalte estavam revestidos em pelo menos 50%, enquanto 60,9 dos
uma idade média de 15,8 anos. Não foi observado nenhum epitélio do órgão do
média de idade de 45,2 anos. Em todos os casos em que somente epitélio do órgão
98
hiperplasia epitelial tinha ocorrido. Sete folículos ocorreram dentro da faixa etária do
distinta com uma resposta inflamatória subjacente. Os restos epiteliais foram mais
lâmina dental foram observados. Este componente não foi visto após a idade de 26
99
anos. Por sua vez, a calcificação no interior do revestimento epitelial e dos restos foi
impedida fica aparente que certas alterações degenerativas ocorrem nos folículos
ocorre devido à pressão exercida pelo fluido que surge a partir de uma das
seguintes situações:
dentes estavam disponíveis para exame. A maioria das lesões (26) estava
esmalte. Outras lesões apresentavam uma cavidade central revestida por epitélio
diagnósticos histopatológicos:
de hiperplasia epitelial;
intervalos de 1,0 a 2,4 mm. Entre os intervalos de 2,5 a 4,9 mm houve uma
média das larguras dos espaços pericoronários foi calculada. Não houve diferença
da largura dos espaços pericoronários. Então foi feita, a comparação entre a média
dos casos de saco pericoronário normal com a média dos casos de cisto dentígero,
moderado e 2 com alterações intensas. Dos 111 casos, cujo espaço pericoronário
intensas. Por sua vez, os 39 casos, cujo espaço pericoronário mediu acima de 2,5
onde não houve diferença significativa, dos 150 casos, 76 foram considerados
até 2,5 mm. Em 111 casos, 96 (86,4%) foram considerados normais. Desta forma, a
103
em 86,4% dos casos. Foi feita também a comparação entre o número de alterações
moderadas com a largura do espaço pericoronário. Quando o espaço mediu até 2,5
mm, houve 13 casos com alterações moderadas em 111 espécimes. Por sua vez,
quando o espaço mediu mais que 2,5 mm houve 15 casos em 39 espécimes. Desta
tipo da amostra, onde somente crianças de até 12 anos de idade foram incluídas.
Com relação ao sexo, a diferença foi mais significante, com predominância do sexo
infiltrado inflamatório intenso). Dos 150 pacientes, 77,3% eram do sexo feminino,
Dos 39 pacientes com espaços pericoronários maiores que 2,5 mm, 13 eram
casos de um total de 111 com espaço pericoronário medindo até 2,5 mm, houve um
pois não existem parâmetros definidos para determinar até quando se considera
histológicas.
ilhas epiteliais. Dos 130 dentes não irrompidos, o epitélio reduzido do órgão do
hiperplásico (68,5%). Quando houve aumento no número de casos com este tipo de
largura do espaço pericoronário com a inflamação. Nos dentes não irrompidos, ela
largura foi superior a 4 mm. Nos dentes parcialmente irrompidos observou-se que a
aumento do espaço pericoronário até 4 mm, caindo para larguras superiores. Para
dentes não irrompidos. Embora, a medida que o paciente aumenta a idade este
normalidade.
1966 a 1985. Setenta por cento ocorreram em homens, 60% em brancos e 85% dos
esmalte no colo do dente em 2 casos, enquanto que nos casos restantes, não havia
dos cistos foi contínua com o folículo do dente firmemente inserido no colo e na
satisfatória pode ser oferecida para a distribuição incomum pelo sexo, já que não há
pericoronarite.
paradentais são considerados cistos dentígeros. Para estes autores, tanto o cisto
em muitos locais e o cisto paradental está restrito à região dos terceiros molares
restringido para os cistos que envolvem a coroa e estão inseridos no colo dos
Stanley et al. (1988); Kim e Ellis (1993) afirmaram que o exame microscópico é
hiperplásicos Os pacientes tinham uma média de idade de 15,7 anos com uma
torno das lesões em dois casos. Os diagnósticos foram os seguintes: cisto dentígero
tinham sofrido uma metaplasia celular escamosa ou uma proliferação em botão. Por
pericoronário.
reduzido simples do órgão do esmalte. Isto não impede o epitélio reduzido do órgão
cilíndricas baixas.
dos terceiros molares. Fleury et al. (1994) afirmaram que o diagnóstico de cisto
112
Kim e Ellis (1993) recuperaram 847 lesões de 663 pacientes. Vinte e seis casos
pericoronárias com menos de 2 mm de largura e 3 tinham entre 4,0 e 5,9 mm. Entre
homens e mulheres foi de 1,4:1,0. Dos 847 espécimes, 71% estavam associados a
diagnóstico diferencial foi realizado e em 9,8% nada foi dito. Vinte por cento
28,7% dos casos de folículo com papila dental. O cisto dentígero foi o erro de
células colunares altas com polarização nuclear, tecido do tipo retículo estrelado,
destruição das corticais ósseas. A taxa mais alta de diagnóstico errôneo foi da
cística.
No estudo de Kim e Ellis (1993) o folículo pericoronário era composto por tecido
37% dos espécimes. Por sua vez, a papila dental era formada por tecido
dentígeros.
cística é constituída por uma fina camada de tecido conjuntivo, na qual ilhas de
epitélio fino inclina o diagnóstico para cisto dentígero. Afirmaram que a patogenia do
cisto dentígero não está totalmente esclarecida. Para alguns estudiosos parece
vital. A origem inflamatória dos cistos dentígeros pode ser explicada da seguinte
avaliados para 1545 dos 1662 cistos dentígeros e para 731 dos 824 folículos
aumento da idade; 90,6% dos folículos pericoronários e 50,8% dos cistos dentígeros
que os homens.
radicular, pois um dente com espaço folicular alargado e raiz completa tem seu
cistos circundavam as coroas dos dentes não irrompidos e apareciam como áreas
observados inseridos nas superfícies externas das paredes císticas em dois casos.
camadas de células cuboidais revestiu os cistos na maioria dos casos. Este epitélio
mas alguns casos estavam inteiramente revestidos por este epitélio hiperplásico e
generalizada e intensa.
houve diferença entre os sexos e a idade média foi de 23,3 anos. A largura da
menores ou iguais a 1,0 mm. Neste estudo um cisto dentígero foi definido como
Noventa e seis pacientes tiveram pelo menos um terceiro molar não irrompido
(52 espécimes) com idades que variaram de 14 a 40 anos (média 22 anos). O cisto
fibroblastos jovens distribuídos pelo estroma em conjunto com uma substância rica
casos que mostraram um espaço folicular pericoronário radiolúcido com 2,4 mm.
(OMS). Dos 3865 casos diagnosticados, 304 (7,8%) foram classificados como cistos
odontogênicos, sendo que, 169 do sexo masculino (55,6%), 129 do sexo feminino
enquanto nenhum dos 10 espécimes saudáveis foi positivo para o PCNA. Isto
sugere que a maioria dos espécimes císticos mostrou atividade proliferativa. Com
diagnóstico de cisto dentígero não pode ser feito na ausência de alteração epitelial,
Damante e Fleury (2001) afirmaram que dos 130 dentes não irrompidos que
dos terceiros molares não irrompidos foram excluídos. O espaço pericoronário não
podia ter mais que 1,0 mm de largura. A mandíbula foi afetada em 65,38% dos
sexta década, houve apenas 3 espécimes (2,88%), todas com cistos dentígeros.
que de condições normais. Nos pacientes mais jovens, o tecido normal foi mais
Segundo Saraiva et al. (2002) o cisto dentígero é definido como um cisto que se
origina pela separação do folículo da coroa de um dente não irrompido por acúmulo
de líquido.
Silva et al. (2002) afirmaram que o cisto dentígero está associado à coroa de um
idade.
idades entre 1 mês e 16 anos, com lesões císticas foram examinados. Dos 69 cistos
primordial e 1 (1,5%) cisto globulomaxilar. Com relação à idade média dos pacientes
erupção, 9,2 para o cisto radicular, 11,5 para o cisto dentígero e 13,3 para o cisto
ósseo traumático. Por sua vez, o diâmetro médio (cm) do cisto dentígero foi de 2,17;
para o cisto ósseo traumático 1,86 e para o cisto radicular 1,33. Neste estudo, 70%
maioria dos cistos, a radiografia convencional (RC) foi uma modalidade de produção
foi observado em 75,6% dos casos, dos quais, 51,6% eram do tipo inativo e 48,4%
dentre eles, 98,5% eram crônicos e 1,5% agudo, houve predomínio de inflamação
do dente envolvido.
O diagnóstico final entre folículo pericoronário e cisto dentígero sempre deve ser
verdadeiro exibirá uma cavidade preenchida com fluido que permite que o cirurgião
esmalte do dente não irrompido. Afirmaram, que um folículo revestido por epitélio
ser dissecado da coroa dental. No entanto, esta diferença cirúrgica pode não ser útil
não são conclusivas o suficiente para fechar o diagnóstico definitivo. Desta forma, o
3 PROPOSIÇÃO
cirurgicamente;
irrompidos;
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Material
de Santa Catarina onde a Professora orientadora está lotada, tendo sido aprovado.
Federal de Santa Catarina, sob o registro n° 149/02, tendo sido aprovado no dia
4.1.1 População
4.1.2 Amostra
Catarina.
4.2 Método
4.2.1 Delineamento
4.2.2 Etapas
estrutura óssea e peso dos pacientes. O chassi utilizado foi o Kyokko, Pack Screen,
PX-III, da Kasei Optonix Ltda com filmes Kodak, TMG/RA-1, tamanho: 15 X 30 cm.
molar inferior e outra por vestibular e distal do terceiro molar superior, em um crânio
unidos entre si por linhas retas, traçadas perpendicularmente à coroa do dente (FIG.
4).
método utilizado por Amêndola (1983); Barroso et al. (1985). A unidade de medida
Figura 5 - Paquímetro eletrônico digital e demais materiais utilizados na mensuração da largura dos
espaços pericoronários.
135
cisto dentígero. Nestes casos, traçou-se uma reta ligando as cúspides e, a partir
(1983); Maroo (1991); Langlais; Langland; Nortjé (1995). Desta forma, foram
até 2,5 mm. O diagnóstico de cisto dentígero foi considerado para medidas acima
de 2,6 mm.
136
anotados em uma tabela especialmente construída para este fim (APÊNDICE C).
Esta etapa da análise radiográfica foi realizada pelo pesquisador deste estudo.
radiografias foram escaneadas com 150 dpi e salvas como arquivo JPG. As
16X10X40X®.
radiográfica especialmente elaborada para este fim com o auxílio dos radiologistas
(APÊNDICE D).
tiveram liberdade para utilizar critérios subjetivos, baseados nas suas experiências
profissionais.
A escolha destes critérios foi baseada nas afirmações de Langlais; Langland; Nortjé
categorias:
a) folículo pericoronário;
b) cisto dentígero;
d) fibroma ameloblástico;
e) ceratocisto odontogênico;
f) cisto paradental;
g) ameloblastoma;
h) outros.
Durante esta análise, alguns aspectos foram abordados, tais como: número de
(Leica DME), binocular, com aumentos de 40, 100 e 400 x. As lâminas foram
Olympus PM20) e filme fotográfico®, colorido, asa 400. As fotos das lâminas foram
e registrados de acordo com o componente tecidual. Para isto, utilizou-se uma ficha
140
E).
patologistas.
radiográficos.
FLEURY, 2001):
seguintes categorias:
a) folículo pericoronário;
b) cisto dentígero;
d) fibroma ameloblástico;
e) ceratocisto odontogênico;
f) cisto paradental;
g) ameloblastoma;
h) outros.
5 RESULTADOS
APÊNDICES F e G.
masculino
33%
Feminino
Masculino
67%
15 a 20 26 54
21 a 26 19 40
TOTAL 48 100
qual terceiro molar não irrompido ou parcialmente irrompido havia sido extraído.
144
18% 20%
Dente 18
10% Dente 28
Dente 38
Dente 48
26% Dente Não Relatado
26%
espaços pericoronários
variaram entre 0,8 e 5,3 mm. Dos 72 casos, 39 (54%) não apresentavam
radiografias panorâmicas.
145
0,1 a 1,0 2 6
1,1 a 1,5 11 34
1,6 a 2,0 7 21
2,1 a 2,5 5 15
2,6 a 3,5 2 6
3,6 a 4,0 2 6
4,1 a 4,5 3 9
+ 4,6 1 3
TOTAL 33 100
24%
76%
Tabela 3 – Associação entre o diagnóstico radiográfico obtido através da largura dos espaços
pericoronários, com o gênero, a faixa etária e a arcada envolvida
LARGURA X GÊNERO
1,162 1 0,281 não**
LARGURA X ARCADA
0,19 1 0,663 não**
* grau de liberdade
** não houve associação
147
33 dentes da amostra
30
25
20
15
10
0
Folículo Cisto Cisto
pericoronário dentígero paradental
Observ. 1 Observ. 2
Figura 8 - Espaço pericoronário considerado normal no elemento 38, compatível com o diagnóstico
radiográfico de folículo pericoronário.
Figura 10 - Espaço pericoronário considerado alterado no elemento 38, compatível com o diagnóstico
radiográfico de cisto paradental.
GRÁF.5.
30
25
20
15
10
5
0
Largura Observ. 1 Observ. 2
espaço
pericoronário
Gráfico 5 - Distribuição das larguras dos espaços pericoronários e dos diagnósticos dos
observadores radiográficos 1 e 2 de 33 dentes da amostra.
150
OR 1 X OR 2 0,308 fraca
reduzido do órgão do esmalte (FIG. 11 a 13) foi encontrado em 32 (44%) casos pelo
35
30
25
20
15
10
0
EROE EROEH EPE EPEH EMB EA
Observ. 1 Observ. 2
Figura 12 - Fotomicrografia de folículo pericoronário mostrando epitélio de mucosa bucal (a); tecido
conjuntivo fibroso (b) e epitélio reduzido do órgão do esmalte (c); coloração Tricrômico de Mallory.
Aumento no original de 33X.
154
(GRÁF. 7).
3
Observ. 1
2 Observ. 2
0
Processo inflamatório
presente
60
50
40
30 Observ. 1
Observ. 2
20
10
0
Ilhas de epitélio
odontogênico presente
fibroso (FIG. 12, 13, 18) foi observado em todos os casos (100%) e o tecido
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Mononuclear Polimorfonuclear Ausente
Observ. 1 Observ. 2
60
50
40
30
20
10
0
F CD FMB CIC I
Observ. 1 Observ. 2
Legenda: F = folículo pericoronário; CD = cisto dentígero; FMB = fragmento de mucosa bucal; CIC =
tecido conjuntivo com inflamação crônica; I = material inapropriado para análise.
30
25
20
15
10
0
Largura Observ. Observ. Observ. Observ.
Radiog. 1 Radiog. 2 Histop. 1 Histop. 2
Gráfico 11 - Distribuição dos diagnósticos das larguras dos espaços pericoronários, dos diagnósticos
dos observadores radiográficos 1 e 2 e dos diagnósticos dos observadores histopatológicos 1 e 2.
“outros”. O teste de Kappa também foi realizado para avaliar a concordância entre
(APÊNDICE G).
165
valores pobres.
OHP 1 X GÊNERO
0,02235 1 0,8812 não**
OHP 1 X ARCADA
2,843 1 0,0917 não**
OHP 2 X GÊNERO
0,354 2 0,838 não**
OHP 2 X ARCADA
2,02 2 0,3642 não**
* grau de liberdade
** não houve associação
*** houve associação
observador histopatológico 2.
167
6 DISCUSSÃO
masculino
porcentagem de casos que envolveram o gênero feminino foi o dobro (67%) que a
não o número de dentes extraídos, pois alguns pacientes removeram até 3 dentes.
preocupação das mulheres com a saúde, não tendo relação com a incidência de
168
Verri et al. (1973); Kim e Ellis (1993); Manganaro (1998); Glosser e Campbell
Pacientes com idade inferior a 15 anos e superior a 26 anos não foram encontrados
neste estudo.
(1983); Barroso et al. (1985); Damante (1987); Ahlqwist e Grondahl (1991); Kim e
irrompidos. Com relação ao lado afetado, não houve diferença entre os lados direito
Fonseca (1956); Mourshed (1964b); Alonso Verri et al. (1973); Carvalho et al.
169
(1978); Barroso et al. (1985); Eliasson; Heimdahl; Nordenram (1989); Kim e Ellis
Com relação ao lado mais afetado, não houve diferença no estudo de Mourshed
(1964a), mas no estudo de Raimundo et al. (2003) houve preferência pelo lado
esquerdo.
parcialmente irrompidos
terceiros molares, tão logo fique evidenciada a posição desfavorável para erupção
arcada dental (DACHI; HOWELL, 1961; LASKIN, 1971; CARVALHO et al., 1978;
cirurgia e do pós-operatório.
170
Por sua vez, autores mais conservadores, não aceitam esta conduta de
ser que haja alguma evidência patológica (BARROSO et al., 1985; CONSOLARO,
RAKPRASITKUL, 2000).
Ainda não está claro o que deve ser feito com os dentes não irrompidos antes
decisão for tomada quanto à remoção ou não de um terceiro molar não irrompido,
anos, mas essa erupção pode continuar até os 25 anos (PETERSON, 2000).
171
espaços pericoronários
amostra radiográfica, como, por exemplo, dados incompletos nos prontuários dos
panorâmicas. São eles: movimento do filme, relação espacial entre o filme e o plano
feitas sem considerar o fator de ampliação provocada pelo aparelho que variou de
173
9% a 23% (ver seção 4.2.2.2), a qual foi considerada como existente em todas as
(THOMA, 1964; LARA, 1982; BARROSO et al., 1985; DAMANTE, 1987). Amêndola
(1983) considerou somente a maior largura, devido à forma elipsóide dos espaços
pericoronários.
Pelo fato da largura do espaço pericoronário ser uma das principais variáveis
deste estudo, a TAB. 2 foi elaborada para mostrar a distribuição dos dentes da
amostra segundo esta variável. Pelos resultados observou-se que houve uma maior
concentração dos casos na faixa, cujas medidas variaram entre 1,1 e 2,5 mm.
Pode-se afirmar com estes resultados, que são as mensurações dos espaços
apresentaram uma medida de até 2,5 mm, representando, desta forma, folículos
Lara (1982) não coincidiu com o acima exposto. Este autor encontrou cisto
dentígero em 43,7% dos casos cujos espaços pericoronários mediram de 2,5 a 2,9
mm. As diferenças encontradas fazem pensar que nos casos em que a imagem
Não existe nenhum método para distinguir, por meio das radiografias, os
FLEURY, 2001).
com o gênero, a faixa etária dos pacientes e a arcada envolvida. Estes resultados
dentes da amostra
radiografia não for utilizada com este propósito, a destruição do tecido ósseo, bem
MILLER; BEAN, 1994; BEY et al., 1997; KO; DOVER; JORDAN, 1999; SILVA et al.,
DURR, 1980; LARA, 1982). Lara (1982) ainda acrescentou, que não é possível
histopatológico.
presuntivo, pois não oferece parâmetros seguros para o diagnóstico diferencial entre
177
1998).
saber quando o espaço folicular está alargado e representa um cisto ou outra lesão
1987; STANLEY et al., 1988; KIM; ELLIS, 1993; DALEY; WYSOCKI, 1995;
mínimos, e grandes áreas radiolúcidas têm sido observadas como folículos normais
Um espaço folicular alargado não deve ser confundido com um cisto dentígero
prévias em artigos de que um espaço maior que 2,5 mm representa, com toda
178
amostra
(GRÁF. 6). Isto está em concordância com os estudos de Miller e Bean (1994);
Rakprasitkul (2001); Miguel et al. (2002) que afirmaram que o folículo pericoronário
Shear (1999) afirmou que algumas vezes o cisto dentígero é removido intacto, mas
179
cirúrgicos.
Por sua vez, o cisto dentígero é revestido por epitélio pavimentoso estratificado
1987; KNIGHTS, 1991; MAROO, 1991; REGEZI; SCIUBBA, 1991; MILLER; BEAN,
KIM; ELLIS, 1993; FUKUTA et al., 1991; DALEY; WYSOCKI, 1995; MANGANARO,
década de vida.
observaram uma diminuição dos folículos pericoronários à medida que a idade dos
hiperplásicos. Os pacientes tinham uma média de idade de 15,7 anos, com uma
idade; 90,6% dos folículos pericoronários e 50,8% dos cistos dentígeros foram
A razão para esta diferença entre os gêneros é desconhecida, mas ela pode estar
Benn e Altini (1996) estudaram 15 cistos dentígeros onde a idade dos pacientes
encontrados.
181
cisto dentígero foi diagnosticado em 46 (45,5%). A idade média dos pacientes foi de
Shear (1999) estudou 1259 dentes não irrompidos através de radiografias. Nos
cistos dentígeros (45,7%). Por sua vez, os terceiros molares superiores tiveram uma
freqüência mais alta de impacção (29,6%) do que de cistos dentígeros (5,4%). Estes
Nos pacientes mais jovens, o tecido normal foi observado mais comumente e,
nos pacientes com mais de 20 anos, a freqüência de tecido patológico foi mais alta
(RAKPRASITKUL, 2001).
histopatológicos 1 e 2
em alguns folículos normais. A presença deste tipo de epitélio, por si só, não é
diagnóstico de cisto dentígero, uma vez que uma metaplasia escamosa do epitélio
dente que não irrompeu não é considerado uma observação histopatológica normal
(KNIGHTS, 1991).
O diagnóstico final entre folículo pericoronário e cisto dentígero sempre deve ser
1994).
183
transformação cística dos folículos pericoronários dos dentes não irrompidos. Esta
Sciubba (1991) afirmou que os livros texto de patologia continuam a ser padrões
Fleury et al. (1994); Bey et al. (1997) afirmaram que o diagnóstico de cisto
MANGANARO, 1998).
coloração HE. Neste estudo, a associação das duas técnicas de coloração auxiliou
precoce.
diferencial somente será possível quando for detectada cavitação e fluído durante a
Identificar uma cavidade cística no momento da cirurgia pode ser a única forma
7 CONCLUSÕES
radiográficos 1 e 2;
REFERÊNCIAS2
ADELSPERGER, J. et al. Early soft tissue pathosis associated with impacted third
molars without pericoronal radiolucency. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral
Radiol. Endod., St. Louis, v. 89, n. 4, p. 402-406, Apr. 2000.
ASH JUNIOR, M. M. Third molars as periodontal problems. Dent. Clin. North. Am.,
Philadelphia, v. 8, p. 51-61, 1964.
2
Baseada na NBR 6023: 2002 da ABNT.
189
BEY, E. et al. Les kystes dentigères: aspect évolutif, a propos de trois observations.
Rev. Stomatol. Chir. Maxillofac., Paris, v. 98, n. 5, p. 283-287, 1997.
CAMPOS, C. A.; DURR, D. P. Dentigerous cyst and others anomalies: a case report
in a young child. Dentomaxillofac. Radiol., Stonehan, v. 9, n. 1, p. 47-50. 1980.
FUKUTA, Y. et al. Pathological study of the hyperplastic dental folicle. J. Nihon Univ.
Sch. Dent., Tokyo, v. 33, n. 3, p. 167-173, Sept. 1991.
HINDS, E. C.; FREY, K. F. Hazards of retained third molars in older persons: report
of 15 cases. J. Am. Dent. Assoc., Chicago, v. 101, n. 2, p. 246-250, Aug. 1980.
LASKIN, D. M. Evaluation of the third molar problem. J. Am. Dent. Assoc., Chicago,
v. 82, n. 4, p. 824-828, Apr. 1971.
PRICE, C. Unerupted third molar. J. Can. Dent. Assoc., Chicago, v. 55, n. 6, p. 453,
June 1989.
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CONGRESSO E JORNADA BRASILEIRA DE ESTOMATOLOGIA, 10., 2002,
Curitiba. Anais... Curitiba: Sobe, 2002. p. 213-214.
196
SLATER, L. J. Dentigerous cyst versus dental follicle. Br. J. Oral Maxillofac. Surg.,
Edinburgh, v. 38, n. 4, p. 402, Aug. 2000.
THOMA, K. H. The circumferential dentigerous cyst. Oral Surg. Oral Med. Oral
Pathol. Oral Radiol. Endod., St. Louis, v. 18, n. 1, p. 368-371, July 1964.
APÊNDICES
199
CADASTRO DO PACIENTE
DADOS PESSOAIS
Nome:
Grau de Instrução:
Nome do Responsável:
ENDEREÇO RESIDENCIAL
Número de fragmentos
Consistência
Formato
Cor
Tamanho (cm)
200
Este documento tem como objetivo, firmar acordo por escrito, para que você
possa participar desta pesquisa. O texto que segue, contêm algumas explicações
sobre como será sua participação neste trabalho e, para que o acordo seja válido,
preciso de sua assinatura concordando com sua participação. Sua desistência será
aceita a qualquer momento e não acarretará em nenhum prejuízo ou represália a
sua pessoa.
1) Data:
2) Data:
Carla Girardi
Pesquisadora Principal
Consentimento Pós-Informação
Florianópolis, de de 2002.
Assinatura:
R.G.:
202
ANÁLISE RADIOGRÁFICA 1
M
IDENTIFICAÇÃO
DENTE
FOLÍCULO
PERICORONÁRIO CISTO DENTÍGERO OUTROS (QUAL?)
DIAGNÓSTICO (assinale o
diagnóstico radiográfico com
um X)
M
IDENTIFICAÇÃO
DENTE
FOLÍCULO
PERICORONÁRIO CISTO DENTÍGERO OUTROS (QUAL?)
DIAGNÓSTICO (assinale o
diagnóstico radiográfico com
um X)
203
( ) Fina ( ) Espessa
OBSERVADOR:
LÂMINAS M1 M2 M3 M4 M5
Epitélio ausente
Epitélio presente
Epitélio reduzido do
órgão do esmalte
Epitélio reduzido do
órgão do esmalte
hiperplásico
Epitélio
pavimentoso
estratificado
Epitélio
pavimentoso
estratificado
hiperplásico
Epitélio de mucosa
bucal
Ilhas de epitélio
odontogênico
Infiltrado
inflamatório no
epitélio (exocitose)
Outros:
Tecido conjuntivo
frouxo
Tecido conjuntivo
fibroso
Infiltrado
inflamatório
mononuclear
Infiltrado
inflamatório
polimorfonuclear
Infiltrado
inflamatório
ausente
Outros:
Folículo
pericoronário
Cisto dentígero
Outros:
205
APÊNDICE F – Lista dos dados obtidos a partir da amostra (idade, gênero, dente e
resultados das análises radiográficas e histopatológicas).
RADIOGRÁFICOS HISTOPATOLÓGICOS
OBSERV OBSERV
IDENTIFICAÇÃO IDADE GÊNERO DENTE LARGURA OBSERV1 OBSERV2 1 2
M1 16 M 48 2 1
M2 16 F 48 1 1
M3 16 F 38 1 1
M4 24 F 38 1 1 1 2 6
M6 20 F 28 2 1 2 1 1
M7 22 F 28 1 6
M8 20 F 38 1 1
M9 19 F 18 1 1 1 1 1
M10 20 F 38 2 2 2 1 1
M11 25 F 1 1
M12 22 F 1 1
M13 20 M 1 1
M14 20 F 1 1
M15 22 F 1 1
M16 19 F 48 1 1
M17 22 F 38 2 2
M18 19 M 18 1 1 2 1 1
M19 20 F 48 2 2 1 1 1
M20 18 F 38 1 1
M21 19 F 38 1 1
M22 25 M 38 1 6
M23 20 F 28 1 2 1 1 1
M24 15 M 48 2 3 1 2 1
M25 20 F 1 6
M26 20 F 18 2 2 2 1 2
M27 19 M 38 1 3 1 1 1
M28 25 F 38 2 2
M29 25 F 48 2 2
M30 20 M 18 1 2 1 1 1
M31 M 1 1
M32 M 1 1
M33 M 1 1
M34 21 M 48 1 2
M35 17 M 18 1 1 1 1 1
M36 19 M 38 1 1
M37 20 F 4 1
206
RADIOGRÁFICOS HISTOPATOLÓGICOS
OBSERV OBSERV
IDENTIFICAÇÃO IDADE GÊNERO DENTE LARGURA OBSERV1 OBSERV2 1 2
M38 20 F 1 4
M39 20 M 2 1
M40 23 F 38 2 4
M41 23 M 48 1 4
M42 17 M 38 1 1 1 1 2
M43 24 F 38 1 1 1 1 1
M44 24 F 48 1 3 1 1 1
M45 26 F 48 1 1 1 1 1
M46 20 F 48 1 1
M47 M 48 1 1
M48 18 F 48 1 1 1 1 5
M49 21 F 38 1 6
M50 16 F 1 6
M51 26 F 48 1 1 1 1 1
M52 23 F 38 1 1 1 2 6
M53 23 F 48 2 1 1 2 2
M54 20 F 38 2 3 3 1 1
M55 21 F 48 2 1 1 1 1
M56 26 F 38 1 1 1 2 1
M57 26 F 48 1 1 1 1 2
M58 17 F 38 1 1 1 1 1
M59 15 F 48 1 1 1 1 1
M60 18 M 48 1 1 1 1 1
M61 M 18 1 1
M62 18 F 18 1 1 1 1 6
M63 20 F 18 1 2 1 1 1
M64 15 F 18 2 2 2 1 1
M65 22 M 18 1 1 1 1 1
M66 21 F 28 2 1
M67 19 M 28 1 2
M68 21 F 18 1 1
M69 19 M 18 1 1
M70 21 F 18 1 1
M71 21 F 28 1 1
M72 17 F 28 1 1 1 1 1
M73 22 F 18 1 1 1 1 1
OBSERV 2 Total
1 2
OBSERV 1 1 20 2 22
2 7 4 11
Total 27 6 33
O teste de kappa resultou valor 0,308, com valor de concordância considerado fraco
entre os dois observadores.
OBSERV 1 Total
1 2
LARGURA 1 19 5 24
2 3 6 9
Total 22 11 33
OBSERV 2 Total
1 2
LARGURA 1 23 1 24
2 4 5 9
Total 27 6 33
LARGURA Total
1 2
GÊNERO F 17 8 25
M 7 1 8
Total 24 9 33
LARGURA Total
1 2
FAIXA 15 A 18 8 2 10
19 A 22 8 6 14
23 A 26 8 1 9
Total 24 9 33
LARGURA Total
1 2
ARCADA INF 14 6 20
SUP 10 3 13
Total 24 9 33
HIST2 Total
1 2 3
HIST1 1 48 3 8 59
2 3 6 3 12
3 1 1
Total 51 9 12 72
GÊNERO Total
F M
HIST1 1 40 19 59
2 9 3 12
Total 49 22 71
FAIXA Total
15 a 18 19 a 22 23 a 26
HIST1 1 13 33 8 59
2 2 3 7 12
Total 15 36 15 71
ARCADA Total
INF SUP
HIST1 1 28 20 48
2 10 1 11
Total 38 21 59
GÊNERO Total
F M
HIST2 1 35 16 51
2 7 2 9
3 8 4 12
Total 50 22 72
FAIXA Total
15 a 18 19 a 22 23 a 26
HIST2 1 14 28 6 48
2 4 5 9
3 1 5 4 10
Total 15 37 15 67
ARCADA Total
INF SUP
HIST2 1 24 17 41
2 7 2 9
3 7 2 9
Total 38 21 59
LARGURA Total
1 2
HIST1 1 19 7 26
2 2 2 4
Total 21 9 30
O teste de kappa resultou valor 0,151, com valor de concordância muito baixo, sem
significância, e de valores pobres entre os dois observadores.
RADIOG 1 Total
1 2
HIST1 1 16 7 23
2 3 3
Total 19 7 26
O teste de kappa resultou valor 0,193, com valor de concordância muito baixo, sem
significância, e de valores pobres entre os dois observadores.
212
RADIOG 2 Total
1 2
HIST1 1 20 5 25
2 4 4
Total 24 5 29
O teste de kappa resultou valor 0,181, com valor de concordância muito baixo, sem
significância, e de valores pobres entre os dois observadores.
LARGURA Total
1 2
HIST2 1 19 8 27
2 2 1 3
Total 21 9 30
O teste de kappa resultou valor 0,02, com valor de concordância muito baixo, sem
significância, e de valores pobres entre os dois observadores.
RADIOG 1 Total
1 2
HIST2 1 17 6 23
2 2 1 3
Total 19 7 26
O teste de kappa resultou valor 0,046, com valor de concordância muito baixo, sem
significância, e de valores pobres entre os dois observadores.
213
RADIOG 2 Total
1 2
HIST2 1 22 4 26
2 2 1 3
Total 24 5 29
O teste de kappa resultou valor 0,139, com valor de concordância muito baixo, sem
significância, e de valores pobres entre os dois observadores.
214
ANEXOS
215
• Xylol 1 – 3 minutos
• Xylol 2 – 3 minutos
• Hematoxilina – 3 minutos
• Eosina – 4 minutos
• Xylol 1 – 3 minutos
• Xylol 2 – 3 minutos
• Hematoxilina – 3 minutos
• Mallory A – 5 minutos
• Mallory B – 10 minutos