MINISTÉRIO DA SAÚDE - Conselho Nacional de Saúde - Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – CONEP

PROJETO DE PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS

Projeto de Pesquisa:
INFLUÊNCIA DO TABAGISMO NA PREVALÊNCIA E REPARO DAS ALTERAÇÕES PERIAPICAIS.

Informações Preliminares
Responsável Principal

CPF/Documento: 010.009.473-27 Nome: LUIZ CARLOS TREVIA MORAIS CORREIA VIANA

Telefone: 85996869995 E-mail: luizcarlostrevia@unifor.br

Instituição Proponente

CNPJ: Nome da Instituição: UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

É um estudo internacional? Não

Assistentes
CPF/Documento Nome
512.079.903-53 Christina Cesar Praça Brasil

Área de Estudo

Grandes Áreas do Conhecimento (CNPq)

Grande Área 4. Ciências da Saúde
Propósito Principal do Estudo (OMS)
Saúde Coletiva / Saúde Pública
Título Público da Pesquisa: INFLUÊNCIA DO TABAGISMO NA PREVALÊNCIA E REPARO DAS ALTERAÇÕES PERIAPICAIS.

Contato Público
CPF/Documento Nome Telefone E-mail
010.009.473-27 LUIZ CARLOS TREVIA MORAIS CORREIA 85996869995 luizcarlostrevia@unifor.br

Contato Científico: LUIZ CARLOS TREVIA MORAIS CORREIA VIANA

Data de Submissão do Projeto: 09/10/2023 Nome do Arquivo: PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_PROJETO_2224535.pdf Versão do Projeto: 1

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 Desenho de Estudo / Apoio Financeiro

Desenho:
Trata-se de estudo quantitativo, observacional, descritivo, retrospectivo com delineamento transversal.

Apoio Financeiro
CNPJ Nome E-mail Telefone Tipo
Financiamento
Próprio

Palavra Chave

Palavra-chave
tabagismo
lesões periapicais
Saúde pública
endodontia

Detalhamento do Estudo

Resumo:
O tabagismo é considerado um dos maiores problemas de saúde publica no Brasil e no mundo. A fumaça produzida pelo tabaco é extremamente
prejudicial a saúde e esta ligada diretamente ao acometimento de diversas doenças na população mundial (KIRCHMAIER et al,2023). Assim, o
objetivo deste estudo é analisar a influência do tabagismo na prevalência e reparo das alterações periapicais. Trata-se de estudo quantitativo,
observacional, descritivo, retrospectivo com delineamento transversal, a ser realizado de novembro de 2023 a fevereiro de 2026.
O estudo será realizado no serviço de Odontologia da Universidade de Fortaleza, localizado em Fortaleza, Ceará, Brasil. O referido local foi fundado
em 1997, é um serviço de excelência que realiza atendimentos a população da capital do Estado do Ceará e do interior, encontra-se vinculado ao
Sistema Único de Saúde (SUS), prestando atendimentos nas seguintes áreas: restauração, tratamento de canal, cirurgia, prótese, aparelho
ortodôntico, odontopediatria, e exame radiológico. A referida clínica-escola atende semestralmente uma média de 2.500 pacientes de todas as
idades. O presente estudo contempla três etapas: Na primeira etapa (março de 2023 a fevereiro de 2024), objeto deste edital, será analisado o perfil
das lesões periapicais em pacientes tabagistas e os efeitos na saúde bucal. Destaca-se que não haverá gastos adicionais para a execução desta
etapa, pois o material a ser analisado é de pacientes regularmente atendidos no serviço de Odontologia da Universidade de Fortaleza. Na segunda
etapa a ser iniciada em janeiro de 2024, será selecionado um grupo de pacientes tabagistas e não tabagistas com lesões periapicais para aplicação
do tratamento. Após um ano, os resultados dos dois grupos serão comparados para verificar se há influências do tabagismo na resposta terapêutica.
Na terceira etapa, início de 2025 será aplicado um questionário a cirurgiões-dentistas com o objetivo de investigar seus conhecimentos com relação
à associação das lesões periapicais com o tabagismo.Hipotetiza-se que, ao avaliar e comparar todas as radiografias de pacientes fumantes e não-
fumantes atendidos na Clínica Odontológica da Universidade de Fortaleza, no período de 2015 a 2024, analisando os resultados obtidos ao longo de
todo o tratamento, será possível identificar e comparar a frequência de lesões periapicais nos dois grupos e os efeitos na saúde bucal.

Introdução:
O tabagismo é considerado um dos maiores problemas de saúde publica no Brasil e no mundo. A fumaça produzida pelo tabaco é extremamente
prejudicial a saúde e esta ligada diretamente ao acometimento de diversas doenças na população mundial (KIRCHMAIER et al,2023).
Em 2003, reconhecendo que o tabagismo se tratava de um problema de saúde publica mundial, as Nações Unidas propuseram um tratado chamado
de Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) com o de objetivo reduzir de maneira contínua e substancial a prevalência do consumo e
exposição à fumaça do tabaco (Ministério da saúde, 2011)
Cerca de 16 milhões de pessoas no mundo sofrem com os efeitos adversos do tabagismo, além de estarem mais propensas a doenças como:
câncer, AVC, doença pulmonar obstrutiva, bronquite, pneumonia, taquicardia, hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, degenerações
neurológicas, depressão, comprometimentos cognitivos, entre outros (RÍOS-OSORIO, 2022). O uso crônico do tabaco pode acarretar problemas,
também, na saúde bucal como: doenças periodontais, câncer da mucosa bucal, halitose, lesões periapicais, ausência de paladar, manchamento dos
dentes e hestomatites. nas estruturas de cabeça e pescoço (laringe, esôfago, faringe, outras) também são acometimentos frequentes entre os
tabagistas (Kfouri SA et al, 2018).
ROYER et al, 2008, mostra que em média 4 dentes são afetados pela cárie entre 6 à 12 anos de idade, uma média de 68,5% necessitará de
tratamento endodôntico, e entre tabagistas esse quantitativo ainda é desconhecido por não haver estudos suficientes que consolidem esses
percentuais.
Os principais problemas endodônticos são periodontais e pulpares, em que a polpa é agredida por traumas, cárie ou microrganismos, provocando a
necrose pulpar e consequentemente lesão periapical. (BASÍLIO et al., 2020).
Fumar aumenta o risco de malignidade das intercorrências nos tecidos da cavidade oral e pode levar a falhas no tratamento com implantes
dentários, devido a diminuição do pH e da capacidade do efeito tampão da saliva, além de aumentar a incidência de cárie. SOPISKA, 2020 confirma
que os componentes da fumaça do tabaco afetam negativamente o periodonto. Esse se caracteriza como o conjunto dos tecidos que revestem e
envolvem o dente, estabelecendo uma unidade funcional biológica e evolutiva que sofre modificações com o meio bucal e modificações decorrentes
da idade (CARRANZA, 2020).

Alguns produtos químicos presentes no cigarro, principalmente a nicotina, induzem a vasoconstrição e levam a diminuição da oferta de nutrientes
para os tecidos, impedindo a proliferação celular e a reparação tecidual, o que predispõe a degradação tecidual de forma progressiva, assim
dificultando a cura das doenças periodontais e lesões periapicais. (RÍOS-OSORIO 2022). A doença periodontal acomete os tecidos de suporte do
dente e se manifesta como uma inflamação na gengiva (gengivite) ou perda gradativa dos tecidos de suporte do dente (periodontite), que são
compostos pelo osso alveolar, ligamento periodontal e o cemento. Podendo ocorrer a destruição dos tecidos de suporte, representando assim, o
grau mais grave da doença (MEDRADO et al, 2020).
Sua etiologia está voltada, primordialmente, ao acúmulo de placa dentária, no entanto, cabe ressaltar que diversos outros fatores

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influenciam na presença da doença periodontal como: diabetes mellitus, estresse e predisposição genética (CARRANZA,2020).
BERNARDES; FERRES; JÚNIOR, 2003 citam que, fumantes com doença periodontal perdem mais tecido dentário do que os não fumantes,
ocorrido pela destruição do tecido de suporte, o osso alveolar que circunda o elemento dental. Devido aos produtos do cigarro retardarem o
processo de cicatrização periodontal, aumentando o risco de fracasso do tratamento.
LÓPEZ-LÓPEZ, 2012 afirma que mais da metade dos casos de doença periodontal são ocasionados pelo tabagismo. O processo de cicatrização
óssea entre fumantes apresenta atraso, por impactar os tecidos perirradiculares, reduzindo seu suprimento sanguíneo e restringindo a chegada de
oxigênio e nutrientes. Ademais, ocorre a aceleração da perda óssea e a alteração da síntese de colágeno pelos fibroblastos, interferindo na
reparação tecidual das lesões (PINTO, 2020).
Outros efeitos relacionados ao tabagismo são a diminuição da cicatrização óssea, decorrente da estimulação dos osteoclastos, o que reduz a
expressão de fatores de crescimento e a capacidade de minimizar a angiogênese. BALTO, 2019 demonstra a alteração da microflora local e
evidenciam a inflamação do periodonto marginal, contudo, foi levantada a hipótese de que teria um efeito semelhante no periodonto apical.
A doença de caráter endodôntica se manifesta tanto nos níveis pulpares quanto periapical. As reações a estímulos nocivos são caracterizadas por
um processo inflamatório neurogênico inicial, pois o sistema nervoso governa o sistema vascular, liberando potentes neuropeptídeos vasoativos que
atuam diretamente nas células endoteliais e musculares lisas, afetando a permeabilidade vascular e exercendo reações pró-inflamatórias no local da
lesão (RÍOS-OSORIO, 2022).
Kirkevang e Wenzel (2003) apresentaram um estudo epidemiológico que relatou, pela primeira vez, uma associação entre tabaco e a periodontite
apical (PA), sugerindo que um atraso na cicatrização periapical pode provocar a maior prevalência de periodontite apical em fumantes (LÓPEZ-
LÓPEZ, 2012).
A periodontite apical (PA) é uma resposta inflamatória a patógenos e suas toxinas que ocupam os canais radiculares. Costuma ser sintomática e seu
diagnóstico baseia-se em exames clínicos e radiográficos. A incidência de pessoas com, pelo menos, um dente com PA, na literatura, varia de 16%
(SKUDUTYTE-RYSSTAD; ERIKSEN 2006) a 86% (GEORGOPOULOU et al. 2005; AL-ZAHRANI et al. 2017). Essa variação ocorre de acordo com o
nível de escolaridade, idade, acesso ao sistema de saúde e as técnicas radiográficas aplicadas durante diagnóstico (TIBURCIO-MACHADO, 2021).
A PA acontece após a infecção dos canais radiculares, podendo ser classificada como primária, se ocorrer por contaminação da polpa, ou
secundária, se ocorrer após o tratamento endodôntico. Inicialmente, a infecção desencadeia a reação inflamatória inespecífica seguida de resposta
imune. Esta resposta imune específica na região periapical resulta em processos osteoimunológicos que levam a reabsorção óssea perirradicular.
Como já apresentado, fumar prejudica a cicatrização óssea, tornando-se um fator de risco para periodontite crônica. Alguns estudos encontraram
maior prevalência de lesões periapicais em fumantes em comparação aos não fumantes (THULLER, 2021).
A inflamação tem seus pros e contras, embora a inflamação cause uma reabsorção óssea grave, a mesma, em níveis adequados, se faz necessária
para o desenvolvimento de respostas imunes (AYOUB, 2017).
A literatura relata que, durante a combustão e a pirólise do tabaco, uma série de substâncias tóxicas como nicotina, monóxido de carbono e cianeto
de hidrogênio são liberados, causando impacto negativo na cicatrização da PA. Essas substâncias tóxicas podem ser causadoras importantes de
lesões nas células endoteliais, afetando a microvasculatura local. Isto pode levar a uma menor distribuição de nutrientes e oxigênio, dificultando o
processo de cicatrização (RÍOS-OSORIO 2022).
As patologias de origem endodônticas, normalmente causam dor, perda de função mastigatória, problemas estéticos e fonéticos, impactando
diretamente na qualidade de vida dos pacientes acarretando prejuízos sociais e econômicos. Sendo um dos tratamentos mais procurados na
atenção secundaria, realizados nos Centros de especializações odontológicas (CEOs).
A Universidade de Fortaleza realiza em sua clínica escola mais de 300 procedimentos endodônticos por semestre, aberto a comunidade e sem
nenhum custo. Os procedimentos são realizados pelos alunos das clínicas odontológicas e integradas com a supervisão dos professores tutores.
Atendimentos de urgência também são realizados nas disciplinas do 9º e 10º semestre, estes sendo mais de 90% oriundos de problemas pulpares e
periapicais.
Diante do cenário acima relatado, o presente estudo justifica-se pela significativa quantidade de pacientes tabagistas que são atendidos na clínica de
Odontologia da UNIFOR e que apresentam alterações periapicais, entretanto, observa-se a necessidade de um maior aprofundamento na avaliação
desses pacientes para melhor compreender os perfis, as características e implementar medidas mais assertivas no cuidado e na promoção da saúde
bucal.
Assim, questiona-se:
•Quais as principais características relativas à idade, sexo, faixa etária e tempo de tabagismo dos pacientes fumantes com lesão periapical atendidos
na Clínica Odontológica da Universidade de Fortaleza?
•Quais as características radiológicas das lesões periapicais em pacientes tabagistas?
•Existe relação entre o tempo e a frequência do uso do cigarro (ou substâncias derivadas do tabaco) com a ocorrência e a gravidade das lesões
periapicais em pacientes tabagistas atendidos na Clínica Odontológica da Universidade de Fortaleza?
•Há diferenças da resposta ao tratamento endodôntico da lesão periapical após um ano, comparando-se os resultados de pacientes tabagistas e não
tabagistas?
Hipotetiza-se que, ao avaliar e comparar todas as radiografias de pacientes fumantes e não-fumantes atendidos na Clínica Odontológica da
Universidade de Fortaleza, no período de 2015 a 2024, analisando os resultados obtidos ao longo de todo o tratamento, será possível identificar e
comparar a frequência de lesões periapicais nos dois grupos e os efeitos na saúde bucal.
Diante do exposto, o presente estudo é relevante, uma vez que seus resultados poderão trazer importantes contribuições para a ampliação das
estratégias de educação em saúde bucal indicadas a tabagistas, principalmente aqueles em processo de cessação; inclusão de informações para
triagem desses pacientes em serviços que contenham grupos voltados a cessação do tabagismo; divulgação em aplicativos e redes sociais de
estratégias de prevenção de riscos e promoção da saúde bucal destinadas a tabagistas e suas famílias; inspiração para a criação de programas e
políticas públicas de saúde para o cuidado com a saúde bucal dos tabagistas. Ademais, o estudo também mostra suas contribuições ao ampliar a
literatura que versa sobre o tema, pois poucas são as pesquisas que relacionam lesões periapicais e tabagismo.

Hipótese:
Hipotetiza-se que, ao avaliar e comparar todas as radiografias de pacientes fumantes e não-fumantes atendidos na Clínica Odontológica da
Universidade de Fortaleza, no período de 2015 a 2024, analisando os resultados obtidos ao longo de todo o tratamento, será possível identificar e
comparar a frequência de lesões periapicais nos dois grupos e os efeitos na saúde bucal.
Objetivo Primário:
Analisar a influência do tabagismo na prevalência e reparo das alterações periapicais.
Objetivo Secundário:
•Realizar estudo epidemiológico sobre as lesões periapicais em tabagistas e não tabagistas atendidos na Clínica Odontológica da Universidade de
Fortaleza, no período de 2023 a 2024.
•Identificar as características relativas à idade, sexo, faixa etária e tempo de tabagismo dos pacientes fumantes com lesão periapical.
•Analisar a relação entre o tempo e a frequência de tabagismo com a ocorrência e a gravidade das lesões periapicais em pacientes tabagistas.
•Avaliar a resposta ao tratamento endodôntico da lesão periapical após um ano, comparando-se os resultados de pacientes tabagistas

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e não tabagistas.
•Propor estratégias de educação em saúde, prevenção de fatores de risco e promoção da saúde bucal voltadas a tabagistas e suas famílias.

Metodologia Proposta:
Trata-se de estudo quantitativo, observacional, descritivo, retrospectivo com delineamento transversal, a ser realizado de novembro de 2023 a
fevereiro de 2026.
O estudo será realizado no serviço de Odontologia da Universidade de Fortaleza, localizado em Fortaleza, Ceará, Brasil. O referido local foi fundado
em 1997, é um serviço de excelência que realiza atendimentos a população da capital do Estado do Ceará e do interior, encontra-se vinculado ao
Sistema Único de Saúde (SUS), prestando atendimentos nas seguintes áreas: restauração, tratamento de canal, cirurgia, prótese, aparelho
ortodôntico, odontopediatria, e exame radiológico. A referida clínica-escola atende semestralmente uma média de 2.500 pacientes de todas as
idades.
O presente estudo contempla três etapas:
•Na primeira etapa (março de 2023 a fevereiro de 2024), objeto deste edital, será analisado o perfil das lesões periapicais em pacientes tabagistas e
os efeitos na saúde bucal. Destaca-se que não haverá gastos adicionais para a execução desta etapa, pois o material a ser analisado é de pacientes
regularmente atendidos no serviço de Odontologia da Universidade de Fortaleza.
•Na segunda etapa a ser iniciada em janeiro de 2024, será selecionado um grupo de pacientes tabagistas e não tabagistas com lesões periapicais
para aplicação do tratamento. Após um ano, os resultados dos dois grupos serão comparados para verificar se há influências do tabagismo na
resposta terapêutica.
•Na terceira etapa, início de 2025 será aplicado um questionário a cirurgiões-dentistas com o objetivo de investigar seus conhecimentos com relação
à associação das lesões periapicais com o tabagismo.
Na primeira etapa, novembro de 2023 a dezembro de 2023, será feito um estudo documental retrospectivo, com recorte transversal, com base em
exames constantes nos prontuários, incluindo pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, tabagistas e não tabagistas, que apresentarem
radiografia panorâmica e anamnese, atendidos no serviço de Odontologia da Universidade de Fortaleza, no período de janeiro de 2023 a dezembro
de 2023. Serão excluídos do estudo pacientes com anamnese incompleta não constando a informação se o paciente é fumante ou não, radiografias
de difícil visualização ou sem laudo.
O quantitativo de radiografias panorâmicas existentes no setor, no período estabelecido para análise (janeiro de 2013 a dezembro de 2023) é de
aproximadamente 4 mil. A partir de cálculo amostral realizado no software EpiInfo, será necessária uma amostra mínima de 206 prontuários. O
cálculo da amostra utilizou a prevalência de 16% referida por Skudutyte-Rysstad e Eriksen (2006), com erro amostral de 5% e intervalo de confiança
de 95%.
O pesquisador é professor do curso de Odontologia da Universidade de Fortaleza e atua no serviço sob investigação há 04 anos. Contará com uma
equipe de alunos previamente treinados que o auxiliarão nas análises das anamneses e radiografias panorâmicas, bem como no preenchimento do
instrumento de coleta de dados.
Para proceder o estudo, um Termo de Fiel Depositário (Apêndice A), autorizando a utilização dos documentos dos pacientes sob a guarda do
serviço sob investigação será assinado pelo responsável técnico. Além deste, um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE (Apêndice B)
será apresentado aos pacientes cujos exames serão analisados, e que possam ser acessados pelo pesquisador, por meio de telefone, e-mail ou
presencialmente, caso ainda estejam em acompanhamento na instituição.
Para obter os dados dos prontuários (anamneses) e radiografias panorâmicas, será utilizado o seguinte instrumento: Protocolo de Registro do Perfil
Socioeconômico e Condições de Saúde Bucal do Paciente (Apêndice C), o qual contemplará dados sociodemográficos, histórica tabágica,
condições de saúde bucal pulpar e periapical. O protocolo permitirá ainda verificar: quais e quantos dentes são acometidos por alterações
periapicais, localização das lesões, presença de cáries e outros aspectos q

Riscos:
Fase 1: A radiografia panorâmica apresenta um risco mínimo que será reduzido seguindo todos os
protocolos de segurança do nosso setor de radiologia e a imagem será armazenada e estará
em segurança e sigilo sobre tutela do curso de Odontologia da universidade de Fortaleza.

Fase 2: O tratamento endodôntico apresenta riscos como dor pós-operatória, fratura de limas endodônticas e perfurações mas todos estes serão
reduzidos seguindo todos os protocolos de segurança do nosso setor de Endodontia do curso de Odontologia da universidade de Fortaleza.

Fase 3: O questionário destinado aos cirurgiões-dentistas apresenta um risco mínimo relacionado a

um possível constrangimento do profissional que responderá a entrevista, que será reduzido
seguindo todos os protocolos éticos como a aplicação individualizada do questionário, em um
lugar reservado e com adequado período de tempo para cada resposta. As informações serão
armazenadas e estarão em segurança e sigilo sobre tutela do pesquisador responsável e sua
equipe.

Benefícios:
Fase 1: Os benefícios esperados com a pesquisa são no sentido de ajudar a população uma vez que
seus resultados poderão trazer importantes contribuições para a ampliação das estratégias de
educação em saúde bucal voltadas a tabagistas.

Fase 2: Os benefícios esperados com a pesquisa são o tratamento e cura da lesão periapical existente e
ajudar a população uma vez que seus resultados poderão trazer importantes contribuições para
a ampliação das estratégias de educação em saúde bucal voltadas a tabagistas.

Fase 3: Os benefícios esperados com a pesquisa são no sentido de melhorar a qualidade de vida e seus resultados poderão trazer importantes
contribuições para a ampliação das estratégias de educação em saúde bucal voltadas a tabagistas. Além disso, trará contribuições para o
conhecimento científico no que se refere à identificação e esclarecimento ao paciente, avanços na prevenção, tratamento e, consequentemente,
redução da taxa de insucesso do tratamento endodôntico.
Metodologia de Análise de Dados:
Na fase 1 da pesquisa o quantitativo de radiografias panorâmicas existentes no setor, no período estabelecido para análise (janeiro de 2013 a
dezembro de 2023) é de aproximadamente 4 mil. A partir de cálculo amostral realizado no software EpiInfo, será necessária uma amostra mínima de
206 prontuários. O cálculo da amostra utilizou a prevalência de 16% referida por Skudutyte-Rysstad e Eriksen

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(2006), com erro amostral de 5% e intervalo de confiança de 95%.

Na fase 2 será realizado uma tabela excel com nome dos pacientes, dente envolvido no tratamento, materiais utlizados, data de inicio do tratamento,
data de finalização e acompanhamento com 3, 6 e 12 meses.

Fase 3: Usaremos Excel e Powerpoint para podermos colocar em gráfico as respostas de cada participante. Obtendo assim, um quadro total do %
das perguntas realizadas.
Desfecho Primário:
No estado do Ceará, não há dados epidemiológicos que associem lesões periapicais e tabagismo, assim, o presente estudo após os seus resultados
poderão trazer importantes contribuições para as estratégias de educação em saúde bucal voltadas a população que faz o uso de tabaco. Um olhar
diferenciado durante a anamnese quando o paciente for encaminhado a algum setor de radiologia para realização de uma radiografia panorâmica;
outrossim, o estudo poderá demonstrar maiores contribuições sobre o tema que relaciona lesões periapicais e tabagismo, visto que são poucos
artigos encontrados na literatura a respeito deste tema.
Tamanho da Amostra no Brasil: 600

Países de Recrutamento
País de Origem do Estudo País Nº de participantes da pesquisa
Sim BRASIL 600

Outras Informações

Haverá uso de fontes secundárias de dados (prontuários, dados demográficos, etc)?

Sim
Detalhamento:
Na primeira etapa, novembro de 2023 a dezembro de 2023, será feito um estudo documental retrospectivo, com recorte transversal, com base em
exames constantes nos prontuários, incluindo pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, tabagistas e não tabagistas, que apresentarem
radiografia panorâmica e anamnese, atendidos no serviço de Odontologia da Universidade de Fortaleza, no período de janeiro de 2023 a dezembro
de 2023. Serão excluídos do estudo pacientes com anamnese incompleta não constando a informação se o paciente é fumante ou não, radiografias
de difícil visualização ou sem laudo. O quantitativo de radiografias panorâmicas existentes no setor, no período estabelecido para análise (janeiro de
2013 a dezembro de 2023) é de aproximadamente 4 mil. A partir de cálculo amostral realizado no software EpiInfo, será necessária uma amostra
mínima de 206 prontuários. O cálculo da amostra utilizou a prevalência de 16% referida por Skudutyte-Rysstad e Eriksen (2006), com erro amostral
de 5% e intervalo de confiança de 95%.O pesquisador é professor do curso de Odontologia da Universidade de Fortaleza e atua no serviço sob
investigação há 04 anos. Contará com uma equipe de alunos previamente treinados que o auxiliarão nas análises das anamneses e radiografias
panorâmicas, bem como no preenchimento do instrumento de coleta de dados.Para proceder o estudo, um Termo de Fiel Depositário (Apêndice A),
autorizando a utilização dos documentos dos pacientes sob a guarda do serviço sob investigação será assinado pelo responsável técnico. Além
deste, um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE (Apêndice B) será apresentado aos pacientes cujos exames serão analisados, e que
possam ser acessados pelo pesquisador, por meio de telefone, e-mail ou presencialmente, caso ainda estejam em acompanhamento na instituição.
Para obter os dados dos prontuários (anamneses) e radiografias panorâmicas, será utilizado o seguinte instrumento: Protocolo de Registro do Perfil
Socioeconômico e Condições de Saúde Bucal do Paciente (Apêndice C), o qual contemplará dados sociodemográficos, histórica tabágica,
condições de saúde bucal pulpar e periapical. O protocolo permitirá ainda verificar: quais e quantos dentes são acometidos por alterações
periapicais, localização das lesões, presença de cáries e outros aspectos que poderão apresentar a gravidade e a extensão do problema.Em
seguida, os Protocolos de Registro do Perfil Socioeconômico e Condições de Saúde Bucal do Paciente preenchidos serão separados e analisados,
considerando dois grupos – Grupo 1 (não tabagistas) e Grupo 2 (tabagistas). Essa estratégia possibilitará analisar o perfil das lesões periapicais na
população estudada, comparar os dois grupos e apresentar os efeitos do tabagismo na saúde bucal.A análise dos dados será feita a partir do
Statistical Package for the Social Science (SPSS Statistics 28), a partir da estatística descritiva e testes de associação. Em seguida, a literatura
sobre o tema em questão respaldará os achados.

Informe o número de indivíduos abordados pessoalmente, recrutados, ou que sofrerão algum tipo de intervenção neste centro de
pesquisa:
200

Grupos em que serão divididos os participantes da pesquisa neste centro

ID Grupo Nº de Indivíduos Intervenções a serem realizadas
Fumantes e não fumantes 50 Anamnese

O Estudo é Multicêntrico no Brasil?

Não

Propõe dispensa do TCLE?

Não

Haverá retenção de amostras para armazenamento em banco?

Não

Cronograma de Execução
Identificação da Etapa Início (DD/MM/AAAA) Término (DD/MM/AAAA)

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primeira etapa 04/12/2023 04/03/2024

Orçamento Financeiro
Identificação de Orçamento Tipo Valor em Reais (R$)
Radiografia panoramica Outros R$ 30,00
Total em R$ R$ 30,00

Bibliografia:
Convenção quadro para controle do tabaco. Ministério da saúde, 2011. Disponível em
www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/.pdf Kirchmaier M, Martins SR, Oliveira AF, Rocha LC. Controle de Tabagismo na
atenção primária. Revista DOMO. 2023; V.03; 1-9. Ríos-Osorio N, Muñoz-Alvear HD, Jiménez-Castellanos FA, et al. Association between cigarette
smoking and the prevalence of post-endodontic periapical pathology: a systematic review and meta-analysis. Restor Dent Endod. 2022
Aug;47(3):e27 Fontanelli, ML, Somonato, LE. Como o Tabagismo pode influenciar na saúde bucal, doença periodontal e câncer bucal. Revista Ibero-
Americana de Humanidades, Ciências e Educação – REASE, V.8.n.10.out.2022. Kfouri SA, Neto JE, Koifman S et al. Fraçao de câncer de cabeça e
pescoço atribuível, ao tabaco e al álcool em cidades de três regiões brasileiras. Ver Bras Epidemiol 2018,21:E180005. MEDRADO, A,; MARTINS,
G,; CARRERA, M ,; LEITE, É,; SACRAMENTO. tabagismo e cavidade oral: saiba quais são os malefícios do cigarro para a boca. iSaúde.
29/06/2020. Disponível em https://www.isaude.com.br/noticias/detalhe/noticia/tabagismo-e-cavidade-oral-saiba-quais-sao-os-maleficios-do-cigarro-
para-a-boca/. acesso em 19 out.2022. NEWMAN, CARRANZA. Periodontia Clínica. 13ºedição. Editora GEM, 2020. BERNARDES, V,FERRES, M,;
JÚNIOR, W. O tabagismo e as doenças periodontais The Smoking and Periodontal Diseases. FOL Faculdade de Odontologia de Lins/Unimep. v. 23,
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