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ROTEIRO DO
LABORATÓRIO
MORFOFUNCIONAL
CURSO DE MEDICINA
Orientadores:
Aécio Braga
Anivaldo Junior
Ermilton Freitas
Arannadia Barbosa
EPIDEMIOLOGIA
Objetivos:
1. Conceituar importantes termos utilizados na Epidemiologia;
2. Caracterizar e entender as medidas de frequência de doenças;
3. Conhecer os principais sistemas de notificações de doenças;
4. Caracterizar os principais protozoários causadores de doenças.
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1) Conceituar importantes termos utilizados na Epidemiologia;
a) Epidemiologia:
A epidemiologia pode ser definida como o ramo da ciência destinado a estudar “tudo sobre a
população”. A origem da palavra é proveniente do grego – epi (sobre) + demos (população) + logia
(estudo). Epidemiologia – Martins.
É o estudo da distribuição e dos fatores determinantes da frequência de uma doença (ou outro
evento). Isto é, a epidemiologia trata de dois aspectos fundamentais: a distribuição (idade, sexo,
raça, geografia etc.) e os fatores determinantes da frequência (tipo de patógeno, meios de
transmissão etc.) de uma doença. Parasitologia Humana – Neves.
Objetivos
• descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas populações humanas;
• identificar e entender o agente causal e fatores relacionados aos agravos à saúde;
• identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças;
• estabelecer metas e estratégias de controle;
• estabelecer medidas preventivas;
• auxiliar no planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde ao elencar as prioridades
b) Morbidade:
Denomina-se morbidade à ocorrência de doenças e agravos à saúde em uma dada população.
Os indicadores de morbidade são genericamente definidos como proporção entre número de casos
de uma doença e a população (número de habitantes ou de pessoas que estão expostas à doença
em um lugar e tempo definidos). Epidemiologia e Saúde – Almeida.
Expressa o número de pessoas doentes com relação a população. Exemplo: na época do inverno,
a morbidade da gripe é alta [isto é, o número de pessoas doentes (incidência) é grande].
Parasitologia Humana – Neves.
c) Mortalidade:
A mortalidade se refere ao número de óbitos que ocorreram em determinada população, em
determinado período de tempo.
Determina o número geral de óbitos em determinado período de tempo e com relação a população.
Exemplo: em Belo Horizonte morreram 1 .O32 pessoas no mês de outubro de 2004 (acidentes,
doenças etc.). Parasitologia Humana – Neves.
Define-se genericamente a taxa de mortalidade como a proporção entre a frequência absoluta de
óbitos e o número de indivíduos expostos ao risco de morrer (população exposta), no mesmo
período de referência e no mesmo local. Epidemiologia – Martins.
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d) Fecundidade:
A fecundidade é um indicador de saúde que estima a média do número de filhos que uma mulher
teria até o final do seu período fértil. Sendo assim, esse indicador mensura a condição de
reprodução média das mulheres em um determinado local. Essa medida é útil para comparações
entre grupos populacionais, avalia tendências demográficas cujo conhecimento se faz necessário
para o planejamento das políticas públicas de saúde.
o conceito de Coeficiente geral de fecundidade (CGF) é a razão entre o número médio de nascidos
vivos tidos por mulher em idade fértil de uma população e calculado diretamente por meio de
estudos censitários pelo somatório dos coeficientes de fecundidade específicos por idade.
Epidemiologia – Martins.
CGF = Número de nascidos vivos em uma determinada área no ano
População de mulheres em idade fértil no mesmo período) × 1000.
e) Incidência:
A incidência de uma doença expressa a dinâmica com que os casos aparecem no grupo. Por
exemplo, ela informa quantos, entre os sadios, se tornam doentes em dado período de tempo, ou
então quantos, entre os doentes, apresentam complicação ou morrem, decorrido algum tempo.
Portanto, a incidência de doenças, em uma população, significa a ocorrência de novos casos
relacionados à unidade de intervalo de tempo, seja ele dia, semana, mês ou ano.
Define-se taxa de incidência como a proporção entre o número de casos novos de uma doença,
ocorridos em um intervalo de tempo determinado, e a população exposta ao risco de adquirir a
referida doença no mesmo período, e no mesmo local, multiplicado o resultado por uma potência
de 1O. Epidemiologia – Martins.
f) Prevalência:
Descreve a força com que subsistem as doenças na coletividade. Portanto, trata-se de um indicador
de morbidade. A taxa de prevalência, por sua vez, indica uma medida que permite estimar e
comparar, no tempo e no espaço, a ocorrência de determinada doença em relação a variáveis
referentes à população, como idade ou grupo etário, gênero, ocupação, etnia, entre outras. A
prevalência, em outras palavras, representa o estoque de casos, ou seja, a proporção da população
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que apresenta dada doença. Ela aumenta com os casos novos e decresce com os casos de cura
ou de óbito. Epidemiologia – Martins.
A taxa de prevalência pode ser definida como a relação entre o número de casos conhecidos de
dada doença e a população, multiplicando o resultado pela base referencial da população, expressa
usualmente como potência de 10, ou seja: 1.000, 10.000 ou 100.000.
g) Surto:
É uma ocorrência epidêmica, na qual, os casos estão relacionados entre si, atingindo uma área
geográfica delimitada ou uma população restrita.
h) Epidemia:
É doença geralmente infecciosa, de caráter transitório, que ataca simultaneamente grande número
de indivíduos em uma determinada localidade. Epidemiologia – Martins.
i) Endemia:
É a ocorrência habitual de uma doença ou de um agente infeccioso, em determinada área
geográfica; pode significar, também, a prevalência usual de determinada doença nessa área.
Epidemiologia – Martins.
j) Pandemia:
É epidemia de grandes proporções, atingindo grande número de pessoas em uma grande área
geográfica (um ou mais continentes). Epidemiologia – Martins.
k) Risco:
Em um contexto epidemiológico, risco é entendido como a probabilidade futura da ocorrência de
um efeito adverso em determinada população exposta a circunstâncias específicas em determinado
intervalo de tempo. Epidemiologia – Martins.
l) Fatores de risco:
O termo fator de risco é usado para designar as características ou circunstâncias relacionadas com
o aumento da probabilidade de estabelecimento de um agravo. Epidemiologia – Martins.
m) Notificação:
Notificação de casos: é o procedimento medular da vigilância por meio do qual os serviços de saúde
informam de modo rotineiro e obrigatório a autoridade sanitária sobre a ocorrência de eventos
sujeitos à vigilância.
n) Subnotificação:
Acto ou efeito de subnotificar ou de notificar menos do que seria esperado ou devido
(ex.: subnotificação da doença; subnotificação de acidentes de trabalho).
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o) Epidemiologia descritiva:
Tem como base a tríade o tempo, o lugar e as pessoas. Ela se preocupa em realizar descrições
gerais relativas à relação de determinada doença com características básicas, como idade, sexo,
etnia, ocupação, classe social e localização geográfica, dentro de determinado período de tempo.
Ela sempre é observacional, nunca experimental. Um exemplo bastante atual é o levantamento do
número de recém-nascidos que foram afetados no Brasil pela epidemia do vírus Zika no ano de
2015. Como podemos visualizar, é feita uma observação da distribuição de determinada doença,
mas em nenhum momento nesse exemplo se cogitou a intervenção por meio de uma
experimentação científica. Somente é realizada uma coleta de dados. Embora ela apenas descreva
os dados, a epidemiologia descritiva é um antecedente necessário da epidemiologia analítica.
Epidemiologia – Martins.
p) Epidemiologia analítica:
Tem como base a tríade hospedeiro, ambiente e agente. Por meio do estudo epidemiológico
analítico, subconjuntos de uma população definida podem ser identificados, classificando quem
esteve, está ou estará exposto ou não exposto - ou exposto em diferentes graus - a um ou mais
fatores que acarretarão no desfecho final – seja ele saúde ou doença. Assim, como exemplo,
podemos citar novamente a epidemia do Zika. Por meio de estudos, verificou-se que o vírus
(agente) é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que se localiza em regiões mais quentes, por
isso afetando mais determinadas regiões do país que outras. Além disso, os hospedeiros
vertebrados do vírus são humanos e macacos tendo como consequência a ocorrência de
microcefalia congênita quando transmitido a gestantes e seus fetos. Epidemiologia – Martins.
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2) Entender as medidas de frequência de doenças (Incidência e prevalência) / (Mortalidade,
Morbidade e Fecundidade);
A partir dos dados do texto abaixo, construa uma tabela e obtenha a prevalência de cada doença
e a taxa de mortalidade;
“Em 1700 puérperas no Hospital Geral, foram verificadas algumas doenças congênitas, destacadas
abaixo”:
SÍFILIS → n=75 (3 óbitos)
HIV → n= 42 (14 óbitos)
TOXOPLASMOSE → n=38 (8 óbitos)
RUBÉOLA → n= 25 (0 óbito)
𝟒𝟐 𝟏𝟒 𝟏𝟒
HIV 42 𝑷= → 2,47 𝑴= → 𝟎, 𝟖𝟐 𝑳= → 𝟑𝟑, 𝟑𝟑
𝟏𝟕𝟎𝟎 𝟏𝟕𝟎𝟎 𝟒𝟐
𝟑𝟖 𝟖 𝟖
TOXOP. 38 𝑷= → 2,23 𝑴= → 𝟎, 𝟒𝟕 𝑳= → 𝟐𝟏, 𝟎𝟓
𝟏𝟕𝟎𝟎 𝟏𝟕𝟎𝟎 𝟑𝟖
𝟐𝟓 𝟎 𝟎
RUBÉOLA 25 𝑷= → 𝟏, 𝟒𝟕 𝑴= → 𝟎 𝑳= → 𝟎
𝟏𝟕𝟎𝟎 𝟏𝟕𝟎𝟎 𝟐𝟓
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3. A imagem abaixo demonstra a ocorrência da doença em 150 indivíduos em risco, de 2002
a 2004, com base nessas informações, calcule a incidência e prevalência para cada ano
(2002, 2003 e 2004), admitindo as cruzes como sendo “morte do indivíduo” para incidência
e “cura do indivíduo” para prevalência (obs: cada barra na vertical representa uma avaliação
transversal ou seja, o período em que foi avaliada a prevalência, enquanto o que se observa
entre as barras compreendem os casos novos).
5
𝑝𝑟𝑒𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 2002 = → 3,33%
150
5
𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 2002 = → 3,42%
150 − 4
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4. “Na localidade de Dourado, em 31/12/2017, haviam 800 casos de diabetes. Nessa
localidade, durante o ano de 2018, foram diagnosticados 110 novos casos dessa doença
entre seus habitantes. Neste mesmo ano, 42 pessoas dos casos antigos faleceram pela
doença, e 100 pessoas livres da doença se mudaram para a cidade. A população estimada
de Dourado era de 150.000 pessoas ao final de 2017. Pergunta-se:
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5. Cite os principais sistemas de notificações do Brasil e suas respectivas finalidades.
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6. Defina tríade epidemiológica/ecológica e descreva a sua importância para o diagnóstico e
controle de doenças.
Para que a interação aconteça é necessário que o hospedeiro seja suscetível. Fatores de
suscetibilidade humana são determinados por uma variedade de fatores, incluindo os biológicos,
genéticos, nutricionais e imunológicos. Os fatores do hospedeiro que podem ser associados ao
aumento.
O meio ambiente, conjunto de fatores que mantêm relações interativas entre o homem e o agente
etiológico, pode ser classificado em biológico, social e físico: Meio ambiente biológico: inclui
reservatórios de infecção, vetores que transmitem as doenças (moscas, mosquitos, triatomíneos),
plantas e animais. Meio ambiente social: é definido em termos da organização política e econômica
e da inserção do indivíduo dentro da sociedade. Meio ambiente-físico: inclui situação geográfica,
recursos hídricos, poluentes químicos, agentes físicos e ambientais, que são os seus componentes.
Temperatura, umidade e pluviosidade são variáveis climáticas que mais de perto se relacionam
com as doenças. Parasitologia Humana – Neves.
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7. Defina vigilância epidemiológica, e indique as suas funções.
Vigilância Epidemiológica é definida pela Lei n° 8.080/90 como “um conjunto de ações que
proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e
adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”.
O objetivo principal é fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de saúde,
que têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e
agravos, tornando disponíveis, para esse fim, informações atualizadas sobre a ocorrência dessas
doenças e agravos, bem como dos fatores que a condicionam, numa área geográfica ou população
definida.
As variações de frequência de uma doença são imediatamente notadas quando, em curto prazo, o
número de casos assume valores excepcionalmente altos ou baixos; por exemplo, as epidemias
explosivas, consequentes à intoxicação alimentar. Na maioria das vezes, porém, as mudanças de
incidência das doenças não são assim tão nítidas. Com a finalidade de detectar variações de
tendências, traçar o perfil de doenças e problemas julgados prioritários, e agir em função deste
diagnóstico, a sociedade custeia um sistema conhecido como “vigilância epidemiológica”.
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• informar sobre a magnitude e a distribuição dos agravos à saúde, na população, usualmente em
termos de morbidade e mortalidade; os dados produzidos pela vigilância epidemiológica são muito úteis
para apontar os grupos mais afetados ou sob alto risco de adoecer, a variação geográfica dos casos (ou
a progressão regional de uma doença) e a tendência do evento com o passar do tempo;
• recomendar ou iniciar ações oportunamente, a fim de circunscrever o problema, se possível, na
fase inicial de expansão, reduzir os seus níveis de morbidade e mortalidade, ou até mesmo eliminar o
agravo à saúde, na localidade. Em algumas condições, o objetivo das ações é evitar a disseminação da
doença para áreas indenes, como ocorre na vigilância do dengue;
• avaliar medidas de saúde pública; por exemplo, o impacto de campanhas de vacinação ou a
proteção e a segurança conferidas por um produto, como vacinas e medicamentos (reações colaterais,
resistência adquirida etc.)
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8. Utilizando livros citados nas referências do roteiro, monte um quadro, dos principais protozoários que acometem o trato intestinal
(Entamoeba histolytica e Giardia lamblia), o trato urogenital (Trichomonas vaginalis), sangue e tecido (Plasmodium, Toxoplasma gondii,
Trypanosoma cruzi e Leishmania).
Indique no quadro qual doença o protozoário causa e o modo de transmissão.
LOCAL PROTOZOÁRIO CAUSA TRANSMISSÃO
TRATO Entamoeba é responsável pela amebíase é adquirido pela ingestão de cistos transmitidos principalmente pela via fecal-oral a partir
INTESTINAL histolytica de alimentos e água contaminados. Também ocorre transmissão anal-oral, como, por
exemplo, entre homossexuais masculinos.
Giardia lamblia Causa giardíase A transmissão ocorre pela ingestão de cistos em alimentos e água contaminados por
fezes.
TRATO Trichomonas Causa tricomoníase O organismo é transmitido por contato sexual e, portanto, não há necessidade da forma
UROGENITAL vaginalis duradoura em cisto. As principais localizações do organismo são a vagina e a próstata.
SANGUE Plasmodium Causa a malária A malária é transmitida principalmente por picadas de mosquitos, embora a transmissão
E através da placenta, em transfusões de sangue, e por uso de fármacos injetáveis também
TECIDOS ocorra.
Toxoplasma Causa toxoplasmose, T. gondii é geralmente adquirido pela ingestão de cistos presentes na carne malcozida ou
gondii incluindo a toxoplasmose nas fezes de gatos. A transmissão transplacentária da mãe infectada para o feto também
congênita. ocorre. Não ocorre transmissão de humano para humano, exceto a transmissão
transplacentária.
Trypanosoma T. cruzi é o agente da doença Contato com fezes de triatomíneos infectados, após picada/repasto. O barbeiro pica
cruzi de Chagas (tripanossomíase preferencialmente ao redor da boca ou dos olhos, daí a denominação “besouro beijador”.
americana).
Leishmania L. donovani é a causa de A doença é transmitida pela fêmea do inseto, quando esta pica cães infectados e,
calazar (leishmaniose posteriormente, pica humanos.
visceral).
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9. Analise os ciclos abaixo e indique qual a doença está envolvida e a espécie de protozoário:
A. Malária
Protozoário do gênero Plasmodium.
B. TOXOPLASMOSE
Toxoplasma gondii
1
C. Leishimaniose
Leischimania
D. Amebíase
Entamoeba histolytica
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REFERÊNCIAS
FLETCHER, Robert H.; FLETCHER, Suzanne W.; S. FLETCHER, Grant. Epidemiologia Clínica
- Elementos Essenciais. Artmed, 2015.
SILVA, Ana Karla Da. Manual de vigilancia epidemiologia e sanitaria. AB EDITORA, 2011.
LEVISON, WARREN. Microbiologia e Imunologia Médica. 13 ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
REY, LUÍS. Bases da Parasitologia Médica. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2457274/mod_resource/content/8/Aula%20SIS%20
-%202017.pdf
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ROTEIRO DO LABORATÓRIO
MORFOFUNCIONAL
CURSO DE MEDICINA
Orientadores:
Anivaldo Junior
Ermilton Freitas
Arannadia Barbosa
Aécio Assunção Braga
VIGILÂNCIA AMBIENTAL
DOENÇAS CAUSADAS POR HELMINTOS
Objetivos:
● Caracterizar os principais helmintos causadores de doenças.
● Conhecer o processo de saneamento básico e suas etapas: lixo, água e esgoto;
● Correlacionar as condições ambientais (saneamento, resíduos...) com a etiologia e
transmissão das principais doenças, enfatizando o Maranhão;
● Compreender o papel da vigilância ambiental na saúde e bem-estar da população.
● Indicar medidas de prevenção, promoção e controle de doenças relacionados aos
determinantes: lixo, água e esgoto.
● Caracterizar os principais vetores de veiculação.
● Caracterizar os principais microorganismos de veiculação.
Vigilância Ambiental em Saúde: fatores ambientais de riscos não biológicos
Constitui-se no conjunto de ações e serviços que proporcionam o conhecimento e a detecção
de fatores de risco do meio ambiente que interferem na saúde humana. Quanto aos fatores de
riscos, pode-se dividir em fatores de riscos biológicos e não biológicos.
Saneamento Básico
● Lixo: Um grave problema no mundo moderno
O lixo pode ser classificado como “seco” ou “úmido”. O lixo “seco” é composto por materiais
potencialmente recicláveis (papel, vidro, lata, plástico etc.). O lixo “úmido” corresponde à parte
orgânica dos resíduos, como as sobras de alimentos, cascas de frutas, restos de poda etc., que
pode ser usada para compostagem.
• Etapas
A imagem abaixo descreve um modelo das etapas que o lixo pode passar, desde a sua coleta até
o processamento.
1. Cite e descreva estas etapas.
• Classificação do lixo: O lixo também pode ser classificado de acordo com seus riscos
potenciais.
2. Cite as principais categorias de classificação do lixo e as características dos produtos
descartados (domiciliar, comercial, pública, de serviços de saúde, industrial, agrícolas)
(classe I e classe II).
CLASSE I
Classe II
Não apresentam periculosidade. Por mais que não apresente risco à saúde por suas propriedades
químicas e físicas, se descartado de maneira inadequada pode gerar forte impacto ambiental —
atingindo negativamente a água, solo, fauna, flora e o ar da região. Esta classe é dividida em duas
subclasses: resíduos IIA não inertes e resíduos IIB inertes.
Lixo Comercial – gerado pelos diferentes segmentos do setor comercial e de serviços, como
supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares e restaurantes. O lixo destes
estabelecimentos é composto principalmente por papeis, plásticos, restos de alimentos e
embalagens.
Lixo Industrial – originado nas atividades dos diversos ramos da indústria. A composição desses
resíduos varia conforme o tipo de indústria, podendo ser formado por cinzas, lodos, resíduos
alcalinos ou ácidos, papeis, plásticos, metais, vidros, cerâmica, borracha, madeira, entre ouros.
Lixo dos Serviços de Saúde – produzidos por hospitais, clínicas, laboratórios, ambulatórios,
consultórios odontológicos, farmácias, clínicas veterinárias e postos de saúde. Caracteriza-se por
resto de alimentos, papéis, plásticos, seringas, agulhas, bisturis, ampolas, materiais radioativos,
Lixo Público – originado nos serviços de limpeza pública, incluindo varrição de vias públicas,
repartições públicas, limpeza de áreas de feiras livres, córregos, etc. É constituído principalmente
por restos de vegetais, podas de árvores, embalagens, jornais, madeira, papéis e plásticos.
Lixo agrícola – Resíduos sólidos das atividades agrícolas e da pecuária, como embalagens de
adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de colheita etc. Em várias regiões do mundo, estes
resíduos já constituem uma preocupação crescente, destacando-se as enormes quantidades de
esterco animal geradas nas fazendas de pecuária intensiva. Também as embalagens de
agroquímicos diversos, em geral altamente tóxicos, têm sido alvo de legislação específica, definindo
os cuidados na sua destinação final e, por vezes, co-responsabilizando a própria indústria fabricante
destes produtos.
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/classificacao-lixo.htm
• Vetores e enfermidades
Sobre os vetores descritos na tabela abaixo, cite as principais enfermidades provocadas
por cada vetor citado.
Metais pesados
Muitos dos produtos utilizados pelos humanos contêm metais pesados, como mercúrio,
chumbo, cádmio e níquel, que podem se acumular nos tecidos vivos, até atingir níveis perigosos
para a saúde. Os efeitos da exposição prolongada do homem a essas substâncias ainda não são
totalmente conhecidos. Quando não são adequadamente manejados, os resíduos perigosos
contaminam o solo, as águas e o ar.
Sobre a presença de metais pesados nos objetos, observe a tabela abaixo e aponte os efeitos
da contaminação pelo mercúrio, cádmio e chumbo nos seres humanos.
Sobre esse padrão cite o que cada cor representa e os materiais que devem ser depositados
neles.
• Aterro Sanitário
A. Como funciona um aterro sanitário?
A base do aterro é constituída por um sistema de drenagem de chorume. A base deve estar em
cima de uma camada impermeável de polietileno de alta densidade (PEAD), em cima de uma
camada de solo compactado para evitar que haja vazamento de líquidos para o solo. Evitando
assim contaminação dos lençóis freáticos. O interior do aterro possui um sistema de drenagem de
gases, possibilitando a coleta do biogás (constituído por metano, CO2 e vapor de água) até a
atmosfera. Este gás é queimado ou é aproveitado para geração de energia. Todos os resíduos são
cobertos por camadas de argila e também é constituído por um sistema de drenagem de águas
pluviais, protegendo de infiltrações de água de chuva no interior do aterro. Todo o aterro sanitário
deve ser monitorado. Todo o limite do aterro deve ser cercado, impedindo entrada de estranhos e
animais.
B. A cidade de Imperatriz não possui um aterro sanitário. Quais os possíveis danos físicos
e biológicos as quais as pessoas podem ser acometidas pela convivência com os lixões?
Cite os parâmetros físicos, químicos e biológicos analisados para se obter uma água de boa
qualidade.
Físicos = cor, a turbidez, a temperatura e o sabor/odor.
Químicos = ph, salinidade, a dureza, a alcalinidade, a corrosividade, a presença de íons de ferro e
manganês, presença de impurezas orgânicas e inorgânicas, presença de nitrogênio ou fósforo e
presença de agrotóxicos.
Biológicos = tratam da presença de microrganismos patogênicos, coliformes fecais, algas e
bactérias decompositoras.
Vigilância Ambiental em Saúde: fatores ambientais de riscos biológicos
A vigilância ambiental dos fatores de riscos biológicos fica desmembrada em três áreas de
concentração: vetores; hospedeiros e reservatórios e animais peçonhentos, de acordo com
esquema abaixo:
Aspectos epidemiológicos: a Febre Maculosa é uma doença febril aguda, de gravidade variável,
causada por bactéria e transmitida por carrapatos infectados.
Agente Etiológico: doença causada por bactéria Rickettisia rickettsii . Bactéria intracelular
obrigatória, sobrevivendo brevemente fora do hospedeiro. Os humanos são hospedeiros acidentais,
não colaborando com a propagação do organismo.
Modo de Transmissão: A transmissão ocorre pela picada de carrapato infectado. Para que a
rickettsia se reative e possa ocorrer a infecção no homem, há necessidade que o carrapato fique
aderido por algumas horas (de 4 a 6 h.). Pode também ocorrer contaminação através de lesões na
pele, pelo esmagamento do carrapato. Susceptibilidade e imunidade: A susceptibilidade é geral. A
imunidade provavelmente é duradoura.
Período de incubação: O homem, após receber a picada infectante, leva de 2 a 14 dias (em média
7 dias), para apresentar os primeiros sintomas. Período de transmissibilidade: Não se transmite
diretamente de uma pessoa para outra. O carrapato permanece infectante toda sua vida, mais ou
menos 18 meses. Sazonalidade - maior incidência da doença durante a primavera e o verão.
Aspectos clínicos: doença de começo súbito com febre moderada a alta que dura geralmente de
2 a 3 semanas, acompanhada de cefaléia, calafrios, congestão das conjuntivas. Ao terceiro ou
quarto dia pode se apresentar exantema maculopapular, róseo, nas extremidades, em torno do
punho e tornozelo, de onde se irradia para o tronco, face, pescoço, palmas e solas. Petéquias e
hemorragias são freqüentes . A doença pode também cursar assintomática ou com sintomas
frustros. Alguns casos evoluem gravemente, ocorrendo necrose nas áreas de sufusões
hemorrágicas, em decorrência de vasculite generalizada. Torpor, agitação psicomotora, sinais
meníngeos são freqüentes. A face é congesta e infiltrada, com edema peripalpebral e infecção
conjuntival. Edema também está presente nas pernas, que se apresentam brilhantes. Tosse,
hipotensão arterial e hipercitose liquórica são achados comuns. Hepatoesplenomegalia pouco
acentuada é observada. A letalidade é aproximadamente de 20% na ausência de uma terapia
específica. A morte é pouco comum quando se aplica o tratamento precocemente.
Sinais clínicos
Pacientes infestados por carrapatos geralmente exibem reações cutâneas nos locais da picada,
incluindo infiltração inflamatória nos tecidos, edema, hiperemia local e hemorragia. Reações
teciduais potencialmente graves e infecções secundárias podem ocorrer quando a peça bucal do
carrapato permanece na pele após a remoção do ácaro. A paralisia por picada de carrapato pode
ocorrer quando as secreções salivares de determinadas espécies de carrapatos (Dermacentor) são
introduzidas no hospedeiro. O resultado é uma toxemia, e, se o carrapato não for removido, pode
causar a morte. Parasitologia Clínica – Elizabeth.
Prevenção e Controle
A erradicação completa do carrapato é difícil, no entanto existem algumas medidas que podem ser
tomadas para prevenir a infestação. Deve-se evitar entrar em áreas infestadas por carrapatos, mas,
caso seja necessário, recomenda-se o uso de roupas protetoras e repelentes. Vacinas foram
desenvolvidas para auxiliar na proteção individual contra as riquetsioses fatais transmitidas por
carrapatos. Como a transmissão destes agentes a partir da picada do carrapato pode ocorrer a
qualquer momento, estes parasitos devem ser cuidadosamente removidos o mais rápido possível
para evitar a transmissão das doenças. Parasitologia Clínica – Elizabeth.
Utilizando livros de parasitologia, analise os ciclos abaixo e indique qual o parasito
envolvido, e qual doença ele causa no ser humano.
1. Taenia solium
Doença: A forma adulta de T. solium causa tení ase. As larvas de T. solium causam
cisticercose.
2. Taenia saginata
Doença T. saginata causa tení ase. As larvas de T. saginata nã o causam cisticercose.
3. SCHISTOSOMA
Doença Schistosoma causa esquistossomose. Schistosoma mansoni e Schistosoma
japonicum afetam o trato gastrintestinal, 1 enquanto Schistosoma haematobium afeta o trato
urinário.
4. ENTEROBIUS
Doença Enterobius vermicularis causa infecção por oxiúros (enterobíase).
5. ASCARIS
Doença Ascaris lumbricoides causa ascaridíase.
6. STRONGYLOIDES
Doença Strongyloides stercoralis causa estrongiloidíase
7. WUCHERERIA
Doença Wuchereria bancrofti causa filariose. A elefantíase é uma característica marcante
dessa doença. A eosinofilia pulmonar tropical é uma reação de hipersensibilidade imediata
contra W. bancrofti no pulmão.
Existem dois importantes patógenos humanos no gênero Taenia: T. solium (tênia de suínos) e T.
saginata (tênia de bovinos).
T. saginata apresenta escólex com quatro ventosas, porém, ao contrário de T. solium, não
apresenta ganchos. Suas proglótides grávidas têm entre 15 e 25 ramificações uterinas principais,
ao contrário das proglótides de T. solium, que têm entre cinco e 10. Os ovos são morfologicamente
indistinguíveis dos de T. solium. Microbiologia médica e imunologia – Leivison.
Eles podem disseminar-se a vá rios órgãos, especialmente olhos e encéfalo, onde encistam e
formam cisticercos (Figura 54-6). Cada cisticerco contém uma larva. Na cisticercose, os humanos
adquirem a infecção ao ingerir ovos em fezes humanas; os cisticercos podem desenvolver-se em
qualquer órgão, mas são mais comuns no encéfalo, nos olhos e na pele.
Utilizando livros de parasitologia, monte um quadro, abordando sobre o Enteróbius, Ascaris, Strongyloides, Toxacara larvae,
Ancylostoma larvae, citando a doença, localização primária, modo de transmissão e diagnóstico.
UROANÁLISE E DIAGNÓSTICO
PARASITOLÓGICO NAS FEZES
Objetivos:
1. Caracterizar a metodologia da uroanálise e suas aplicações;
2. Caracterizar a metodologia da parasitoscopia fecal.
3. Aprender conceitos de uroanálise e outros relacionados à urina;
4. Conhecer a composição da urina;
5. Relacionar condições ambientais (água, saneamento básico) e a
transmissão de doenças diagnosticadas com auxílio da uroanálise.
2
As parasitoses intestinais constituem um problema em saúde pública e esta cadeia é acrescida de
diversos agentes externos, por exemplo, ingestão de alimentos crus ou mal lavados, contato direto
com o solo e água contaminados favorecendo a disseminação dos parasitos. O exame de rotina
compreende as análises macroscópicas, microscópicas e bioquímicas para detecção de diferentes
patologias.
1. Quais as principais finalidades do exame de fezes?
O estudo das funções digestivas; A dosagem da gordura fecal; As pesquisas de sangue oculto; A
pesquisa de ovos e parasitas; A coprocultura.
EXAME MACROSCÓPICO
A consistência ou o grau de umidade em uma amostra de fezes pode servir de indicador quanto à
presença de alguns parasitos. Por exemplo, fezes moles ou líquidas podem sugerir a presença de
trofozoítos de protozoários. Cistos destes organismos são mais prováveis de ser encontrados em
fezes formadas. Ovos e larvas de helmintos podem ser encontrados tanto em fezes líquidas quanto
formadas.
A cor das fezes também é importante, pois pode indicar a condição do paciente, como, por exemplo,
se sofreu algum procedimento especial recente (p. ex., enema com bário) ou se está em tratamento
com antibióticos. Cores não usuais, como roxo, vermelho ou azul, sugerem que o paciente está sob
uso de alguma medicação específica.
Anormalidades macroscópicas encontradas nas fezes incluem vermes adultos, proglotes, pus e
muco. Primeiramente, a superfície das fezes deve ser examinada em busca de parasitos, como, por
exemplo, os do gênero Enterobius (Capítulo 8), proglotes de cestódeos e vermes adultos (Capítulo 9).
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A amostra deve, então, ser revolvida – um bastão de madeira, plástico ou vidro funciona bem para
esta tarefa – e examinada mais uma vez em busca de parasitos macroscópicos, especialmente
helmintos adultos. Vermes adultos encontrados devem ser cuidadosamente lavados através de uma
peneira para identificação posterior.
Outras anormalidades macroscópicas também podem indicar a presença de parasitos. Por exemplo,
sangue e/ou muco em fezes amolecidas ou líquidas pode sugerir a presença de ulcerações
amebianas no intestino grosso. Sangue de cor vermelho-vivo na superfície de uma amostra de fezes
formada normalmente é associado à irritação e ao sangramento de mucosa. Parasitologia Clínica –
Elizabeth.
EXAME MACRISCÓPICO
O exame microscópico de fezes para pesquisa de ovos e parasitos envolve três procedimentos
distintos: preparações diretas a fresco, uma técnica de concentração resultando em preparações
úmidas concentradas e um esfregaço com coloração permanente. Todos estes três procedimentos
devem ser realizados em uma amostra fresca. Caso a amostra seja recebida em solução fixadora, a
preparação direta a fresco pode ser excluída do EPF, mas as técnicas de concentração e coloração
permanente são realizadas.
Preparação Direta a Fresco. A principal finalidade de uma preparação direta a fresco (também
conhecida como exame direto a fresco) é a detecção de trofozoítos móveis de protozoários. Consiste
em preparar uma lâmina misturando-se uma pequena porção de fezes não fixadas (sem adição de
conservantes) com salina ou lugol, examinando-a posteriormente ao microscópio. A motilidade de
trofozoítos somente pode ser demonstrada em amostras frescas, especialmente aquelas de
consistência líquida ou pastosa.
Métodos de Concentração. O procedimento seguinte de um EPF é a concentração da amostra
fecal. Técnicas de concentração permitem a detecção de pequenas quantidades de parasitos que
poderiam deixar de ser observados ao se utilizar preparações diretas a fresco. A finalidade da
concentração é agregar parasitos presentes em um pequeno volume de amostra e remover o máximo
possível de detritos, os quais podem dificultar a visualização de parasitos no microscópio. Técnicas
de concentração podem ser realizadas em amostras de fezes frescas ou preservadas. Esta etapa do
EPF permite que o técnico do laboratório detecte cistos e oocistos de protozoários, larvas e ovos de
helmintos.
Colorações Permanentes. O procedimento final do EPF (Procedimento 2-5) é o preparo e o exame
de um esfregaço com coloração permanente (consiste em uma lâmina de microscópio com a amostra
fixada, a qual foi seca e subsequentemente corada). Estas lâminas são consideradas permanentes
pois, geralmente após coloração, são recobertas por lamínula e seladas, permitindo que permaneçam
intactas por longos períodos. Esta é uma etapa fundamental do EPF, pois objetiva confirmar a
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presença de cistos e/ou trofozoítos. Este procedimento permite que técnicos de laboratório observem
características detalhadas de protozoários através da coloração de organelas intracelulares.
Parasitologia Clínica – Elizabeth.
https://docente.ifsc.edu.br/melissa.kayser/MaterialDidatico/Microbiologia/Exame%20Parasitol%C3%B
3gico%20de%20Fezes.pdf
Sedimentação por centrifugação Método de Blagg, conhecido por Cistos de protozoários e de ovos e
MIFC; método de Ritchie e o larvas de helmintos
Coprotest.
5
Centrífugo-flutuação: Método de Faust Cistos e oocistos de protozoários e
de ovos leves.
https://docente.ifsc.edu.br/melissa.kayser/MaterialDidatico/Microbiologia/Exame%20Parasitol%C3%B
3gico%20de%20Fezes.pdf
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6. Preencha a tabela com as principais indicações, métodos e forma parasitária observada.
Indicação Métodos Forma(s) Parasitária(s)
Observada(s)
EXAME DE ROTINA Centrifugação e OVO
sedimentação
Ascaris lumbricoides Sedimentação OVO
espontânea ou por
centrifugação
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Coloração de tricomo de
Wheatley;
Coloração de Hematoxila
férrica¹
http://www.fcfar.unesp.br/arquivos/nbr15340.PDF
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7. Quais as principais finalidades da análise dos elementos anormais do sedimento urinário
(EAS)?
A urinálise, ou análise dos elementos anormais do sedimento urinário (EAS), é um dos
exames solicitados com maior frequência. Os resultados da urinálise são usados para
diagnosticar, tratar e permitir o acompanhamento de várias condições, sobretudo infecções
urinárias. Em geral, esse exame é solicitado em caso de sintomas de irritação, queimação, dor,
alteração na frequência de micção ou alteração do aspecto da urina.
A urinálise é um procedimento essencial nos clientes internados ou submetidos a exame físico. É um
indicador útil de saúde ou doença e continua a fazer ingralmente parte do exame do cliente.
Duas características únicas das amostras de urina podem ser responsáveis pela manutenção da
sua popularidade:
• A amostra de urina pode ser coletada de imediato e com facilidade.
• A urina fornece informações sobre muitas das principais funções metabólicas do corpo,
que podem ser obtidas por exames laboratoriais simples.
8. Com o auxílio de livros textos e dos artigos apresentados nas referências bibliográficas,
conceitue:
Anúria: A forma extrema desse processo é a anúria, a ausência total de produção de urina.
Disúria: Disúria corresponde à micção dolorosa ou desconfortável, tipicamente uma sensação aguda
de queimação.
Hipostenúria: A hipostenúria é definida como uma densidade menor que 1,008 e indica que a
osmolalidade da urina é menor que a do plasma. Concentração
Isostenúria: A isostenúria é definida por uma densidade entre 1,008 a 1,012 e indica que a
osmolalidade urinária é igual à plasmática.
Noctúria: É definida pela necessidade de acordar durante a noite para urinar. Cada micção é
precedida e seguida de um período de sono. A noctúria, aplica-se a todos os que acordam para urinar
não estabelecendo um número específico de vezes.
Bacteriúria: significa presença de bactérias na urina. Pode estar associada a uma infecção urinária.
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Cetonúria: Presença de corpos cetônicos na urina.
9. Identifique os componentes que fazem parte da urina e cite outras substâncias com
importância clínica detectados na urina.
Em geral, a urina é formada por ureia e outras substâncias químicas orgânicas e inorgânicas
dissolvidas em água. As concentrações dessas substâncias podem sofrer variações
consideráveis por influência de fatores como alimentação, atividade física, metabolismo
corporal, função endócrina e até mesmo a posição do corpo. A ureia, uma escória
metabólica produzida no fígado pela decomposição de proteínas e aminoácidos, representa
quase metade do volume total de sólidos dissolvidos na urina. Outras substâncias orgânicas
incluem basicamente a creatinina e o ácido úrico. O principal sólido inorgânico dissolvido na
urina é o cloreto, seguido pelo sódio e pelo potássio. A urina também contém pequenos volumes
ou traços de muitas outras substâncias químicas inorgânicas. As concentrações dessas
substâncias inorgânicas são muito influenciadas pela alimentação, dificultando o
estabelecimento de níveis normais. Outras substâncias encontradas na urina incluem
hormônios, vitaminas e medicamentos. A urina também pode conter elementos formados,
como células, cilindros, cristais, muco e bactérias, embora não façam parte do filtrado
plasmático original. O aumento dos níveis desses elementos formados costuma indicar doença.
Exames laboratoriais e diagnósticos em enfermagem: revisão técnica.
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10. Caracterize a urina normal quanto à:
● Exame físico: (cor, odor, aspecto, densidade)
● Exame químico: (pH, presença de sangue, bilirrubina, glicose, proteínas, corpos cetônicos,
nitrito)
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11. Identifique as possíveis causas das alterações nas funções biológicas citadas abaixo:
A urina torna•se cada vez mais ácida à medida que aumentam o volume de sódio e o
excesso de ácido retido pelo corpo. A urina alcalina, que geralmente contém tampão
bicarbonato•ácido carbônico, é normalmente excretada quando há excesso de bases ou álcalis no
corpo.
• Diabetes melito
• Distúrbios endócrinos (tireotoxicose, síndrome de Cushing, acromegalia)
• Doença hepática e pancreática
• Distúrbios do sistema nervoso central (lesão encefálica, acidente vascular cerebral)
• Diminuição da reabsorção tubular:
• Síndrome de Fanconi
• Doença tubular renal avançada
• Gravidez com possível diabetes melito latente (diabetes gestacional).
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Presença de cetonas na urina:
As cetonas, que resultam do metabolismo dos ácidos graxos e da gordura, consistem princi
palmente em três substâncias: acetona, ácido βhidroxibutírico e ácido acetoacético.
Esse exame é um método rápido e indireto para detecção de bactérias na urina. Um cliente
assintomático pode ter infecção urinária significativa. Microrganismos gram•negativos comuns
contêm enzimas que reduzem o nitrato da urina em nitrito.
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Presença de bilirrubina na urina:
A bilirrubina é formada nas células reticuloendoteliais do baço e da medula óssea em virtude da
decomposição da hemoglobina; a seguir, é transportada para o fígado. Os níveis urinários de
bilirrubina aumentam e alcançam níveis significativos na vigência de qualquer doença que aumente o
volume de bilirrubina conjugada na corrente sanguínea (ver Capítulo 6). Volumes elevados surgem
quando o ciclo de degradação normal é perturbado por obstrução do ducto biliar ou quando há
lesão do fígado.
A bilirrubina urinária ajuda no diagnóstico e no monitoramento do tratamento da hepatite e da lesão
hepática. A bilirrubina urinária é um sinal precoce de doença hepatocelular ou de obstrução
biliar intra•hepática ou extrahepática. Deve fazer parte de toda urinálise, porque a bilirrubina
costuma aparecer na urina antes do surgimento de outros sinais de disfunção hepática (p. ex.,
icterícia, fraqueza). A detecção de bilirrubina urinária não apenas é um indício precoce de
hepatopatia, mas sua presença ou ausência também pode ser usada para determinar a causa
da icterícia clínica.
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REFERÊNCIAS
1. FISCHBACH, F. T.; DUNNING, M. B. Exames laboratoriais e diagnósticos em
enfermagem: revisão técnica Maria de Fátima Azevedo. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016.
2. REY, L. Bases da parasitologia médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
3. REY, L. Bases da parasitologia médica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
4. FERREIRA, M. U. Parasitologia contemporânea. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
5. ZEIBIG, E. A. Parasitologia clínica: uma abordagem clínico-laboratorial: tradução
Adriana Pittella Sudré. 1.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
6. NETO, V. A. et al. Parasitologia - Uma Abordagem Clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
7. NEVES, D. P. et al. Parasitologia humana. 11. ed. São Paulo: Atheneu, 2005.
8. DELLALIBERA-JOVILIANO, R. Uroanálise: abordagens gerais. Centro de Estudo e Pesquisa
do Desenvolvimento Regional das Faculdades Integradas Fafibe, Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP, Departamento de Cirurgia e Anatomia, São Paulo,
2011.
9. GOMES, A. P. et al. Hepatites virais: abordagem clínica com ênfase nos vírus A e E. Revista
Brasileira de ClínicaMédica, v. 10, n. 2, p. 139-146, 2012.
10. KIRSZTAJN, G. M.; BASTOS, M. G. Proposta de padronização de um programa de
rastreamento da doençarenal crônica. J Bras Nefrol, v. 29, n. 1 -Supl 1, 2007.
11. MUNDT, L. A.; SHANAHAN, K. Exame de urina e fluídos corporais de Graff. Porto Alegre:
Artmed, p. 265-78, 2012.
Link: http://www.fcfar.unesp.br/arquivos/nbr15340.PDF
Link:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/assistencialaborat
orial/Coleta_Laboratorial_Cap3.pdf
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