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RESUMO

SAÚDE AMBIENTAL E VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Aula 1:

• Compreender que a saúde é um direito de todos e uma dimensão essencial do


crescimento e desenvolvimento do ser humano.

• Compreender que a condição de saúde é produzida nas relações com o meio biológico,
econômico e sociocultural, identificando fatores de risco à saúde pessoal e coletiva
presentes no meio em que vivem.

PROCESSO SAÚDE E DOENÇA: NÃO REPRESENTA A MESMA COISA PARA TODAS AS PESSOAS.

Saúde e Doença = são estados de um mesmo processo; estão interligadas e são consequências
dos mesmos fatores que se modificam nos diversos momentos históricos e do desenvolvimento
científico da humanidade.

Processo saúde-doença = variáveis que envolvem a saúde e a doença de um indivíduo ou


população.

SAÚDE:

• Diversos estudiosos, diferentes conceitos.

• A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou a carta de princípios fundamentais ,


em 7 de abril de 1948 (desde então o Dia Mundial da Saúde)

• Implicando o reconhecimento do direito à saúde e da obrigação do Estado na


promoção e proteção da saúde da população

• OMS 1948 - Saúde é o estado do mais completo bem-estar físico, mental e social e não
apenas a ausência de enfermidades”

O CAMPO DA SAÚDE ABRANGE: BIOLOGIA HUMANA, MEIO AMBIENTE, ASSISTÊNCIA À


SAÚDE E O ESTILO DE VIDA.

• Conceito Christopher Boorse (1977): Saúde é ausência de doença.

• SAÚDE NO BRASIL: Constituição Federativa do Brasil de 1988, artigo 196, evita discutir
o conceito de saúde, mas diz que:

• “Art. 196 - A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e
recuperação”
• A Lei 8.080 – ou Lei Orgânica da Saúde – dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes. Foi estabelecida em 19 de setembro de 1990 e instituiu o famoso
Sistema Único de Saúde (SUS).
• A Lei 8.142 que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do mesmo e
sobre os principais aspectos relacionados aos recursos financeiros.
• Lei Orgânica de Saúde nº 8.080 de 1990:
Alguns fatores determinantes e condicionantes da Saúde:

- Alimentação
- Moradia
- Saneamento Básico
- Meio ambiente
- Trabalho
- Renda Familiar
- Educação
- Transporte
- Lazer
- Acesso aos bens e serviços essenciais

DOENÇA: Doença ou Enfermidade ou Patologia

• O que é considerado doença varia muito

• Como falta ou perturbação da saúde, moléstia, doença, enfermidade

• Acompanha a espécie humana com diversas representações

• A doença não pode ser compreendida apenas por meio das medições física
(fisiopatológicas), pois quem estabelece o estado da doença é o sofrimento, a dor, o
prazer, enfim os valores e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo que adoece.

• Doença é uma condição particular anormal que afeta negativamente o organismo e a


estrutura ou função de parte ou de todo um organismo, e que não é causada por um
trauma físico externo.

• História natural da doença refere-se a uma descrição da progressão ininterrupta de


uma doença em um indivíduo desde o momento da exposição aos agentes causais até
a recuperação ou a morte.

3 ELEMENTOS QUE INTERAGEM NA HISTÓRIA NATURAL OU DOENÇA:

AGENTES OU FATORES ETIOLÓGICO (Causadores de doenças: Vírus)

Característica: biológicas, baixa resistência

HOSPEDEIRO (Homem ou animal: o organismo doente ou que pode ficar doente)

Característica: Idade, sexo, raça ética e educação sexual

MEIO AMBIENTE (O lugar/espaço físico onde ocorre ou pode ocorrer a contaminação do


hospedeiro pelo agente).

Característica: Geografia, clima, instabilidade familiar, moradia, recreações inadequadas.

A doença não possui apenas o lado biológico, que facilita a sua ocorrência. Existe um
lado social, existem fatos do cotidiano da vida do indivíduo, da sua história, que também
permitem que a doença aconteça.

FASES DA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA: PRÉ PATOGÊNICO


Pré-patogênico - etapa que se inicia com a agressão ao organismo e se estende até o
momento em que ocorre reação do organismo à agressão. (Fatores que estimulam o
desenvolvimento da enfermidade)

PERÍODO PATOGÊNICO: Ocorrem alterações físicas ou psíquicas, evoluindo para cura,


incapacidade ou morte.

O Período Patogênico compreende 4 fases:

▪ Patogenia precoce - alterações bioquímicas, celulares ou teciduais podendo


ser confirmado por exames laboratoriais. Permite diagnóstico clínico, pois
apresenta sinais e sintomas.

▪ Patologia avançada – a doença já se apresenta com todas as suas


características.

▪ Convalescença – desaparecimento gradativo dos sinais e sintomas.

▪ Resultados – recuperação, cronificação ou cronicidade, incapacidade ou


morte.

▪ Agente etiológico: causador

▪ Vetor: são seres vivos que veiculam o agente etiológico desde o reservatório até o
hospedeiro potencial (animal, ser humano)

▪ Reservatório: pode ser humano ou animal, artrópode (mosquito, barbeiro, caramujo),


planta, solo ou matéria inanimada em que um agente normalmente vive, se multiplica
ou sobrevive e do qual tem o poder de ser transmitido a um hospedeiro susceptível

▪ Hospedeiro: Ser vivo que oferece, em condições naturais, subsistência ou alojamento a


um agente infeccioso.

▪ Doenças Metaxênicas: quando parte do ciclo vital de um parasita se realiza no vetor,


isto é, o vetor não só transporta o agente etiológico, mas é um elemento obrigatório
para sua maturação ou multiplicação. Ex.: malária, esquistossomose.

Processo Saúde – Doença

• Expressão usada para fazer referência a todas as variáveis que envolvem a saúde e a
doença de um indivíduo ou população que estão interligadas e são consequência dos
mesmos fatores (saúde-doença).

• Termos de sua determinação causal/causas:

Representa o conjunto de relações e variáveis que produzem e condicionam o estado


de saúde e doença de um indivíduo ou população, que variam em diversos momentos
históricos e do desenvolvimento científico da humanidade.

O que é Meio Ambiente?

• Conjunto de condições, leis, influência e interações de ordem física, química, biológica,


social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas
formas.
• É composto por toda a vegetação, animais, micro-organismos, solo, rochas, atmosfera
e os recursos naturais (a água e o ar e os fenômenos físicos do clima, como energia,
radiação, descarga elétrica e magnetismo).

Processo Saúde - Doença e Meio Ambiente

• A existência de relações entre a saúde das populações humanas e ambiente já está


presente desde os primórdios da civilização humana, através dos escritos hipocráticos
(300 a.C.).

• Séc. XIX: A Teoria Miasmática → conjunto de odores fétidos provenientes de matéria


orgânica em putrefação nos solos e lençóis freáticos contaminado causas das doenças;
propiciou a melhoria do ambiente urbano no mundo desenvolvido.

• O Conceito de Unicausalidade → uma única causa/agente etiológico.

• Séc. XX: Teoria da Multicausalidade → a doença é resultante de várias causas, que se


ordenam dentro de três categorias: o agente etiológico, o hospedeiro (a pessoa
doente), e o meio ambiente (físico, social e econômico).

Processo Saúde - Doença e Meio Ambiente


A Teoria da Nidalidade de Pavlovsky (1939)

• Estabelece a relação do ambiente natural com o aparecimento de doenças nos


homens

• O autor coloca que, praticamente, todos os patógenos vistos como novos existiram
previamente na natureza

• Os agentes causadores de tais doenças desenvolvem-se em ambientes naturais


definidos que oferecem as condições necessárias e suficientes para a sua circulação

• O homem, ao penetrar nesse ambiente, faz parte no espiral de circulação do agente,


tornando-se seu portador

MEIO AMBIENTE E SERES VIVOS: ECOLOGIA

Se encarrega de estudar a abundância e distribuição dos seres vivos no planeta Terra.

NOS ANOS 80: MEIO AMBIENTE É UM ESPAÇO DEFINIDO GEOGRAFICAMENTE E SE


ESSE ESPAÇO FOR SOCIALMENTE OCUPADO (CAPITALISMO) TEM IMPACTO DIRETO
NA SAÚDE E NO MEIO AMBIENTE.

ANOS 90: IMPACTO NAS AÇÕES HUMANAS NO AMBIENTE E CONSEQUÊNCIAS À


SAÚDE, RELAÇÃO COM O CRESCIMENTO POPULACIONAL, DESIGUALDADE SOCIAL E
QUALIDADE DE VIDA.

AUMENTO DO BURACO DE OZÔNIO E CRESCIMENTO E RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA,


POLUIÇÃO DO AR E ÁGUA.

ANOS 2000: MIN. DA SAÚDE CRIA O SISTEMA DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE.

AÇÕES QUE DETECTAM FATORES DO MEIO AMBIENTE QUE INTERFIRAM NA SAÚDE


HUMANA.
FINALIDADE DO PROGRAMA SÃO MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCO
DAS DOENÇAS E/OU AGRAVO RELACIONADO AO AMBIENTE.

O QUE É IMPACTO AMBIENTAL?

- Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,


direta ou indireta que afetam a saúde, a segurança e o bem estar da população.

EFEITO ESTUFA E AQUECIMENTO GLOBAL:

Aquecimento global – É o aumento da temperatura média do planeta. É consequência


do efeito estufa e do desmatamento, e provoca várias anomalias climáticas.

Efeito estufa - É um fenômeno natural necessário à nossa sobrevivência. Quando os


raios solares são absorvidos pela superfície do planeta, parte é liberada como
irradiação infravermelha. Alguns gases presentes na atmosfera, como os
clorofluorcarbonetos (CFCs), metano e gás carbônico, prendem estes raios, mantendo
assim a temperatura do ambiente constante.

PREVISÕES PARA 2100:

• Até o fim deste século, a temperatura média da Terra pode subir de 1,8°C até 4.°C. Na
pior das previsões, essa alta pode chegar a 6,4°C

• O nível dos oceanos vai aumentar de 18 a 59 cm

• As chuvas devem aumentar em cerca de 20%

• O gelo do Polo Norte poderá ser completamente derretido no verão

• O aquecimento da Terra não será homogêneo e será mais sentido nos continentes que
no oceano.

• O hemisfério norte será mais afetado do que o sul

MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS COM RELAÇÃO AO AQUECIMENTO GLOBAL

• - 2005: O furacão Katrina, que destruiu grande parte de Nova Orleans

• Onda de calor na Europa em 2003 quando foi registrado um excesso de mais de 35 mil
mortes,

• A seca no oeste da Amazônia em 2005, mesmo sem consenso para suas determinações
causais, contribuíram para trazer à tona e reforçar o debate sobre as origens e os
efeitos das mudanças climáticas em escala global.

CONSEQUÊNCIAS DESSAS MUDANÇAS PODEM RESULTAR EM MORTE.

• Doenças respiratórias são influenciadas por queimadas e pelos efeitos de inversões


térmicas que concentram a poluição, impactando diretamente a qualidade do ar
(principalmente nas áreas urbanas).

• Situações de desnutrição podem ser ocasionadas por perdas na agricultura,


principalmente a de subsistência, devido às geadas, vendavais, secas e cheias abruptas.

• Segundo a OMS, 50% das doenças respiratórias crônicas e 60% das doenças
respiratórias agudas estão associadas à exposição a poluentes atmosféricos.
• Queimadas provocam névoa de poluentes de extensão regional com impactos à saúde
de centenas de milhões de seres vivos.

• A interação entre poluição e clima também deve ser considerada como fator de risco
para as doenças do cardíacas e o câncer.

• Mudanças nas condições sociais (situação de moradia, alimentação e acesso aos


serviços de saúde) são fatores que aumentam a vulnerabilidade de populações
expostas aos episódios das mudanças climáticas, que somados à exposição a
poluentes atmosféricos, poderá apresentar efeitos como o agravamento de quadros
clínicos (sinais e sintomas)

DOENÇAS DA POBREZA: CHAMADAS DE DOENÇAS TROPICAIS E NEGLIGÊNCIADAS

• Malária, doença de Chagas, leptospirose, hanseníase, tuberculose, leishmaniose,


dengue, esquistossomose e diversas outras parasitoses intestinais (helmintoses,
amebíases e giardíases).

• Segundo a OMS: Problemas relacionados ao saneamento básico causam cerca de 15


mil óbitos/ano no Brasil.

• As mudanças climáticas ameaçam as conquistas e os esforços de redução das doenças


transmissíveis e não-transmissíveis.

AULA 2:

PRINCIPAL OBJETIVO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE

• Contribuir para melhorar a saúde e o bem-estar da população, atendendo às suas


necessidades de saúde.

• Pesquisa e inovação contribuem para a geração de conhecimentos e proporcionam


uma atenção à saúde eficiente e de qualidade.

O QUE TODO PROFISSIONAL DA SAÚDE PRECISA SABER?

• Conhecer o perfil dos pacientes que frequentam os serviços de saúde é o primeiro


passo para se traçar estratégias de ação para melhor atender a esta população.

- ORIGEM DO PACIENTE, AMBIENTE EM QUE VIVEM, ESCOLARIDADE, HÁBITOS DE


VIDA E OS FATORES DE RISCO.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: ENSINAR E APRENDER.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE:

• O meio externo/ambiente atua sobre o homem e

• O homem também atua sobre o meio ambiente

(há uma contribuição no sentido de

transformar ou fazer evoluir).


EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ESTRATÉGIA PARA PROMOVER A SAÚDE.

- PROMOÇÃO DA SAÚDE/PREVENÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA

ENTENDER A REALIDADE DE CADA INDIVÍDUO E ONDE ESTÃO INSERIDOS E VALORIZAR


SUAS EXPERIÊNCIAS.

EDUCAÇÃO EM SAÚDE E O MEIO AMBIENTE:

- A abordagem das ações e da educação em saúde deve considerar, além dos sinais e
sintomas das doenças, o impacto destes na funcionalidade dos indivíduos, voltado para
o entendimento de fatores sociais, psicológicos e ambientais que possam influenciar
todas as funções exercidas”.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA RELAÇÃO SAÚDE MEIO AMBIENTE E PRÁTICAS DE SAÚDE.

DÉCADA 1970: Criada a Secretaria Especial do meio ambiente (SEMA)

Seguindo os exemplos dos EUA, foram estabelecidos padrões de qualidade de ar e


água.

• Em São Paulo foi criado um órgão de controle ambiental (CETESB – Companhia


Ambiental do Est. de SP) visando controlar, num primeiro momento, a poluição de
origem industrial e, da década de 1980 em diante, também a poluição causada por
veículos.

• A Constituição Federal de 1988 expressa essa preocupação em diversos de seus


artigos:

“Art. 196 define saúde como direito de todos e dever do Estado...”

Art. 225 diz: todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo, preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.

Art. 200, incisos II e VIII fixam, como atribuição do Sistema Único de Saúde – SUS, entre
outras, a execução de ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de
saúde do trabalhador e colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido
o do trabalho.”

• Consciência de que a saúde, individual e coletiva, nas suas dimensões física e mental,
está intrinsecamente relacionada à qualidade do meio ambiente.

• 1998: MIN. SAÚDE montou um grupo OPAS para elaborar uma POLÍTICA NACIONAL DE
SAÚDE AMBIENTAL.

Seu propósito era: “a prevenção de agravos à saúde decorrentes da exposição do ser


humano a ambientes nocivos e a redução da morbi-mortalidade por doenças
transmissíveis, crônico-degenerativas e mentais mediante, sobretudo, a participação
do setor saúde na criação, na reconstituição e na manutenção de ambientes
saudáveis, contribuindo, assim, para a qualidade de vida da população brasileira”
• 2003: MS criou a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS)

Objetivo: Prevenir e controlar fatores de risco de doenças e de outros agravos à saúde,


decorrentes do ambiente e das atividades produtivas.

Divulgar, para o SUS e a sociedade, as informações referentes aos fatores ambientais


condicionantes e determinantes das doenças e outros agravos à saúde.

• A Vigilância Ambiental em Saúde foi definida pela Fundação Nacional de Saúde -


Funasa:

“Um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e a detecção de qualquer


mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que
interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção
e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou outros agravos à
saúde”

ATUALMENTE POLÍTICA DE SANEAMENTO AMBIENTAL:

• Caracterizada por ações socioeconômicas que objetivam o alcance da salubridade


ambiental que é o estado de higidez em que vive a população urbana e rural com sua
capacidade de inibir, prevenir e impedir a ocorrência de doenças veiculados pelo
ambiente (BRASIL, 2006).

FUNASA:

• Órgão executivo do Ministério da Saúde

• responsável em promover a inclusão social por meio de ações de Saneamento


Ambiental.

• Realiza ações de saneamento ambiental em todos os municípios brasileiros

• De atenção integral à saúde indígena

• Promovendo a saúde pública e a inclusão social

• Com excelência de gestão

• Em consonância com o SUS e com as metas de desenvolvimento do milênio.

OBJETIVO: DESENVOLVIMENTO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE AMBIENTAL, EDUCAÇÃO


INDÍGENA, VISA A INCLUSÃO SOCIAL E PROMOÇÃO A SAÚDE POR MEIO DE APOIO AO
SUS.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: ESTIMULA A PARTICIPAÇÃO, O CONTROLE SOCIAL E A


SUSTENTABILIDADE SOCIAMBIENTAL, MOBILIZAÇÃO SOCIAL, COMUNICAÇÃO
EDUCATIVA/INFORMATIVA E A FORMAÇÃO PERMANENTE.

CUIDAR DA NATUREZA É UM DEVER DE TODOS OS CIDADÃOS.

O QUE É SALUBRIDADE AMBIENTAL?

• Abastecimento de água potável

• Coleta e disposição sanitária de resíduos sólidos, líquidos e gasosos


• Promoção da disciplina sanitária de uso do solo

• Drenagem urbana

• Controle de doenças transmissíveis

• Demais serviços e obras especializadas

• Com a finalidade de proteger

• E melhorar as condições de vida urbana e rural

INSALUBRIDADE É:

• Contaminação atmosférica (industrial e doméstica)

• Contaminação acústica

• Contaminação dos mananciais

• Abastecimento de água potável

• Destino final dos dejetos e dos resíduos sólidos

• Falta de áreas verdes – secas, desertificação

• Uso de agrotóxicos

• Proliferação de vetores transmissores de doenças

• Uso indevido do solo

• Segurança e qualidade dos alimentos

• Desmatamentos e Queimadas não autorizadas

• Desastres naturais e provocados e emergências químicas

• Erosão

• Alterações climáticas

• Radiações

• Efeito estufa

• Chuva ácida

Alfabetização Ecológica

• Forma de educação voltada para a sustentabilidade

• Educação deve ser o pilar para uma nova relação entre o ser humano e o meio
ambiente.

• Educação das crianças para um mundo sustentável.

Conceitos mais importantes do Ecossistema:

- Redes, Sistemas Aninhados, Interdependência, Diversidade ciclos, Fluxos,


Desenvolvimento e Equilíbrio Dinâmico.
Redes: Consiste na reunião de pessoas que lidam com diferentes partes de um
problema em redes de suporte e diálogo, a fim de solucionar o problema de forma
duradoura.
Ex: recuperação de uma bacia fluvial

Sistemas Aninhados: Em todas as escalas da natureza, encontramos sistemas vivos


“aninhados” dentro de outros sistemas vivos.
Ex: projeto dos camarões : são camarões que vivem em águas que fazem parte de um
córrego, o qual faz parte de uma bacia hidrográfica. O córrego corre para um estuário -
que é parte de um santuário marítimo nacional – o qual faz parte de um uma
biorregião maior.

Interdependência: A sustentabilidade das diferentes populações e a sustentabilidade


de todo o ecossistema são interdependentes.
Nenhum organismo individual pode existir isoladamente.
Os animais dependem da fotossíntese das plantas para suprir as suas necessidades de
energia;
As plantas dependem do gás carbônico produzido pelos animais e do nitrogênio
produzido pelas bactérias das suas raízes.

Diversidade: Por conter muitas espécies com funções ecológicas sobrepostas que
podem substituir umas as outras, o ecossistema diversificado é capaz de se recuperar
rapidamente.

Fluxos: Todos os sistemas vivos, de organismos a ecossistemas, são abertos.


A energia solar, transformada em energia química pela fotossíntese das plantas verdes,
impulsiona a maioria dos ciclos ecológicos, mas a própria energia não se recicla.
Ex.: Energia química (petróleo) → energia mecânica para acionar pistões de um
automóvel, parte dela escoa para fora e se dispersa na forma de calor.

Desenvolvimento:
Todos os sistemas vivos se desenvolvem e todo desenvolvimento envolve
aprendizagem.
Os indivíduos e o meio ambiente adaptam-se mutualmente.
Como o desenvolvimento e a evolução não são lineares, jamais podemos predizer ou
controlar de que maneira os processos que iniciamos irão se desenvolver.
Pequenas alterações podem causar efeitos profundos.

Equilíbrio dinâmico: Todos os ciclos ecológicos funcionam como laços de


realimentação, para que a comunidade ecológica possa estar sempre se auto-
regulando e se auto-organizando
Quando uma conexão de um ciclo ecológico é perturbada, todo o ciclo encarrega-se de
levar a situação de volta ao equilíbrio e, como as mudanças e perturbações ocorrem o
tempo todo no meio ambiente, os ciclos ecológicos estão em contínua flutuação.
• 2000 - Carta da Terra
• Declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, no século XXI, de
uma sociedade global justa, sustentável e pacífica... É uma visão de esperança e um
chamado à ação.
• Criação de comunidades sustentáveis pode ser uma excelente alternativa para os
diversos problemas enfrentados pela humanidade
• Tais comunidades utilizam os recursos naturais de forma consciente.
• Ecocapitalismo: ancora o capitalismo à sustentabilidade, garantindo um consumo
racional dos recursos naturais, que são também importantes para as gerações futuras.
• Ética

Importância da Existência de Comunidades Sustentáveis


• O movimento das comunidades sustentáveis apresenta uma forma de pensar os
aglomerados urbanos como ecossistemas.
• A cidade pode ser pensada como um ecossistema
• O conceito de comunidades sustentáveis intervém numa série de dimensões que estão
relacionadas com os vários aspectos que caracterizam a vida numa cidade.
• Todas as comunidades têm que ser de alta qualidade, bem desenhadas, mantidas,
seguras, acessíveis, adaptáveis, e ambientalmente e economicamente providas”

• Não desperdiçar energia e recursos;


• Produzir pouco lixo;
• Limitar a poluição de forma que possa ser absorvida pelos sistemas naturais;
• Valorizar e proteger a natureza;
• Atender às necessidades locais localmente, sempre que possível;
• Investir em segurança, para que as pessoas vivam sem medo de crimes ou
perseguições;
• Prover casa, comida e água limpa para todos; e etc

AULA 3:

Controle Social em Saúde Ambiental

• Controlar significa verificar se a realização de uma determinada atividade não se desvia


dos objetivos ou das normas e princípios que a regem.

• CONTROLE SOCIAL É a participação da sociedade na administração pública, com


objetivo de acompanhar e fiscalizar as ações de Governo, a fim de solucionar os
problemas e assegurar a manutenção dos serviços de atendimento ao cidadão.

FINAL DOS ANOS 1970 E INÍCIO DOS 1980 o país mergulhou em uma crise política,
ideológica e fiscal:

- Desemprego, Aumento de dívida pública, Queda de arrecadação, Queda de Saúde,


Exclusão da População e Várias epidemias: meningite, tuberculose, febre amarela etc.
Dessa forma, cogitou-se que a população participasse nas decisões públicas como
forma de garantir certa mudança das políticas e das práticas.
• Surgiu, no meio acadêmico e profissional, o chamado “movimento sanitário”: objetivo
de transformar o papel do Estado em relação à proteção da saúde dos cidadãos
brasileiros.
• Trazia propostas direcionadas à unificação do sistema de saúde;
• Ampliação e ao aumento de cobertura das ações sanitárias
• A garantia de participação permanente da sociedade como um todo na gestão do
sistema de saúde.

8ª Conferência Nacional de Saúde

• 1986: Pela primeira vez na história do país, a sociedade civil foi convocada e participou
de forma ampla de um debate sobre políticas e programas de governo
Grande evento fundador do SUS!!!

Princípios essenciais para a proteção ambiental - Constituição de 1988

1) Desenvolvimento sustentável - o meio ambiente sadio terá de ser garantido para as


presentes e futuras gerações. Preservação da biodiversidade.
2) Prevenção - técnicas disponíveis e ações no sentido da conservação do equilíbrio
ambiental.
3) Disponibilidade do interesse público - o meio ambiente sadio consiste em direito
difuso, interessando a todo e qualquer cidadão a preservação de sua qualidade.
4) Informação - preocupação em assegurar à coletividade o conhecimento sobre as
decisões que são tomadas e que repercutirão sobre seus interesses, essencial para
possibilitar a participação da sociedade civil na gestão pública.

POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE AMBIENTAL


O momento histórico brasileiro exige políticas públicas de saúde ambiental mediante
a:
• Preocupação com a pobreza produzida pelo desequilíbrio na distribuição da renda
• Adequação ao enfrentamento do processo de degradação ambiental
• Relacionada à transformação não-sustentável dos recursos naturais
• Geração e tratamento de resíduos
• Frequente exposição humana a substâncias e agentes químicos presentes na
produção de bens e serviços para a sociedade.
• Necessidade de atuação conjunta nos níveis intra e interministerial
• Abrangendo as áreas de Saúde, Meio Ambiente, Agricultura, Ciência e Tecnologia,
Trabalho e Emprego, Cidades, Fazenda, Minas e Energia, Educação, Esporte, Cultura,
Integração e Desenvolvimento Agrário,
• Para ações sanitárias promocionais e preventivas que objetivem minimizar os
impactos na saúde e garantir a sadia qualidade de vida da população,
• Com a sensibilização da comunidade em todo o processo.
• Nessa perspectiva, o Ministério da Saúde propõe a definição de uma Política
Nacional de Saúde Ambiental (PNSA)
(PNSA)

Art. 196: define a saúde como “direito de todos e dever do Estado”;


Art. 200: fixa como atribuições do SUS, entre outras, a execução de “ações de
vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador” e
“colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho”;
Art. 225: no qual está assegurado que todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado.
Lei Orgânica da Saúde nº 8.080, de 19 de setembro de 1990
• Art. 1º. Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde,
executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por
pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.
• 1. Proteger e promover a saúde humana
• 2. Colaborar na proteção do meio ambiente
• Por meio de um conjunto de ações específicas e integradas com instâncias de governo
e da sociedade civil organizada
• Para fortalecer sujeitos e organizações governamentais e não-governamentais
• No enfrentamento dos determinantes socioambientais e na prevenção das doenças
decorrentes da exposição humana a ambientes adversos

Controle Social - Definições


Controle social é expressão de uso recente e corresponde a uma moderna
compreensão de relação Estado-sociedade, onde a esta cabe estabelecer práticas de
vigilância e controle sobre daquele” Carvalho (1995).
Envolve a capacidade que os movimentos sociais organizados na sociedade civil têm de
interferir na gestão pública, orientando as ações do Estado e os gastos estatais na
direção dos interesses da maioria da população
Compartilhamento de responsabilidades com vistas a aumentar o nível da eficácia e
efetividade das políticas e programas públicos.
• IMPORTÂNCIA: é de extrema importância para garantir que as políticas atendam, de
fato, às necessidades prioritárias da população, para melhorar os níveis de oferta e de
qualidade dos serviços e também para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos.

Participação da Sociedade Civil - Controle Social no Meio Ambiente


• Os cidadãos devem fazer uso do seu direito, garantido pela Lei nº 10.650/2003, que
obriga os órgãos e entidades que fazem parte do Sistema Nacional de Meio Ambiente
(SISNAMA) a permitirem o acesso público às informações, aos documentos e aos
processos administrativos que tratam do meio ambiente.
• O cidadão pode fiscalizar se seus direitos estão sendo respeitados e cobrar ações
efetivas por parte do Estado.
• A participação da população acontece por meio de organizações representativas
(Conselhos) formadas por:
- Profissionais dos serviços
- Órgãos governamentais
- Usuários
- Entidades da sociedade civil (ONGs, entidades religiosas, cooperativas)
• São os direitos humanos na garantia da saúde ambiental, com controle social para a
construção de políticas de saúde ambiental, deveres e direitos de se viver em
sociedade, fortalecimento dos espaços democráticos e programas intersetoriais.

CONSELHOS DE SAÚDE:

• Não são órgãos responsáveis pela gestão ou execução de serviços


• Não têm responsabilidade direta sobre a prestação dos serviços de saúde e
saneamento básico.
• Um Conselho de Saúde é composto por pessoas que representam diferentes grupos
da sociedade, sendo 50% delas representantes de usuários do SUS; permanente, isto
é, tem sua existência garantida em qualquer circunstância.

Audiência Pública no Saneamento Básico


• A realização prévia de audiências públicas é requisito mínimo para:
• elaboração e revisões de Planos Municipais de Saneamento Básico;
• validade dos contratos de prestação de serviços públicos de saneamento básico.
• São recebidas sugestões e críticas, que serão analisadas pelo órgão ambiental.
• Todos os cidadãos têm o direito de obter informações relativas a (ao):
• qualidade do meio ambiente;
• políticas, planos e programas que podem causar impacto ambiental;
• resultados do controle de poluição e de ações em áreas que sofreram impacto
ambiental;
• acidentes, situações de risco ou de emergência ambientais;
• emissões de substâncias líquidas, gases e produção de lixo; •substâncias tóxicas e
perigosas;
• diversidade biológica;
• organismos geneticamente modificados.
VIGIAGUA: Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada à Qualidade da Água para
Consumo Humano.
Garantir à população o acesso à água com qualidade compatível com o padrão de
potabilidade estabelecido na legislação vigente, para a promoção da saúde.
VIGISOLO: Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada às Populações Expostas a
Solos Contaminados.
VIGIQUIM: Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada à Segurança Química
No programa foram selecionadas cinco substâncias classificadas como prioritárias
devido aos riscos à população: asbesto/amianto, benzeno, agrotóxicos, mercúrio e
chumbo.
VIGIDESASTRE: Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada aos
Riscos Decorrentes dos Desastres Naturais
VIGIAR: Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada à Qualidade do Ar.
VIGIAPP: Vigilância Ambiental em Saúde Relacionada aos Acidentes
Envolvendo Produtos Perigosos.
Produto perigoso pode ser compreendido como toda substância ou mistura de
substâncias que, em razão das suas propriedades químicas, físicas ou toxicológicas,
isoladas ou combinadas, constitui perigo para a saúde e o ambiente.
VIGIFIS: Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada a Fatores Físicos
(emissões de campos eletromagnéticos).
A sociedade moderna está cada vez mais dependente da utilização da energia elétrica
e de meios de telecomunicações
Duas fontes emissoras de radiações eletromagnéticas
A evolução tecnológica tem disponibilizado à população e às atividades produtivas e de
serviços equipamentos que atendem às mais diversas necessidades
Diagnóstico (setor de radiologia) e terapia medicinais (radioterapia), controle e
monitoramento de processos industriais são alguns exemplos de atividades que
utilizam equipamentos emissores de radiação.
VIGITEL - Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas
não Transmissíveis por Inquérito Telefônico.

A PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE OBRIGA OS ÓRGÃOS E ENTIDADES (SISNAMA) A


PERMITIREM O ACESSO PÚBLICO AS INFORMAÇÕES E AOS DOCUMENTOS E AOS
PROCESSOS ADM QUE TRATAM DO MEIO AMBIENTE.

AULA 4:

Órgãos Governamentais Fiscalizadores ligados ao Meio Ambiente

• A capacidade de atuação do Estado na área ambiental baseia-se na ideia de


responsabilidades compartilhadas entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
além da relação desses com os diversos setores da sociedade.

• Como é Constituído o Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA?


Órgãos e entidades da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da
qualidade ambiental.
SISNAMA

1. Órgão
2. Órgão 3. Órgão Central:
Superior: 4. Órgão 5. Órgãos
Consultivo: Ministério Meio 6. Órgão Locais
Conselho Executor: IBAMA Seccionais
CONAMA Ambiente
Governo

SISNAMA: Níveis Político-administrativos


1. Órgão Superior
Conselho de Governo
• Função de assessorar o Presidente da República
• Na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais
• Para o meio ambiente e os recursos ambientais

2. Órgão Consultivo e Deliberativo - CONAMA

• Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA


• Finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de
políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar
• No âmbito de sua competência
• Sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente
equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida.
• Reúne diferentes setores da sociedade
• Tem o caráter normativo dos instrumentos da política ambiental.
• O plenário do CONAMA engloba todos os setores do governo federal,
• Dos governos estaduais
• Representantes de governos municipais e da sociedade
• Incluindo setor produtivo, empresarial, de trabalhadores e organizações não
governamentais.

3.Órgão Central – Ministério do Meio Ambiente

Formular

E as diretrizes
governamentais para o Planejar
meio ambiente.

Controlar a política Coordenar


nacional

Supervisionar

• Responsável por executar as atividades relacionadas à fiscalização ambiental

• Além de promover ações de educação ambiental, normatização, controle,


regularização, proteção, conservação e recuperação dos recursos naturais.
4. Órgão executor: IBAMA

• Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA

• Finalidade de executar e fazer executar as políticas e diretrizes governamentais


definidas para o meio ambiente.

• Exercer o poder de polícia ambiental

• Executar ações das políticas nacionais de meio ambiente

• Licenciamento ambiental nas atribuições federais

• Controle da qualidade ambiental

• Autorização de uso dos recursos naturais

• Fiscalização, monitoramento e controle ambiental

• Zoneamento e a avaliação de impactos ambientais

• Aplicação de penalidades administrativas

• Geração e disseminação de informações relativas ao meio ambiente

• Apoio às emergências ambientais

• Prevenção e controle de desmatamentos, queimadas e incêndios florestais

• Execução de programas de educação ambiental

• Elaboração do sistema de informação

• Estabelecimento de critérios para a gestão do uso dos recursos faunísticos, pesqueiros


e florestais

5. Órgãos Seccionais

• Órgãos ou entidades da Administração Pública Federal direta ou indireta

• Fundações instituídas pelo Poder Público cujas atividades estejam associadas à


proteção da qualidade ambiental

• Ou as de disciplinamento do uso dos recursos ambientais

• Órgãos e entidades estaduais responsáveis pela execução de programas e projetos e


pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental

• Ex.: Órgão seccional coordenador – Secretaria de Estado de Meio Ambiente; Órgão


colegiado – Conselho Estadual de Política Ambiental.

Sistema Ambiental Paulista

• Responsável pela gestão ambiental no território do estado de SP

• Executar políticas que promovam um meio ambiente ecologicamente equilibrado, à


presente e às futuras gerações

• Assegurando condições ao desenvolvimento sustentável


• Aos interesses da seguridade social

• E à proteção da dignidade da vida humana.

• Sistema tem a Secretaria do Meio Ambiente como órgão central e é composto por
coordenadorias, institutos, fundações, Cetesb e Polícia Militar Ambiental.

6. Órgãos Locais

• Órgãos ou entidades municipais

• Responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas


jurisdições.

• Órgãos municipais responsáveis pelo controle e fiscalização de atividades degradadoras

• Prefeitura

• Conselho Municipal de Meio Ambiente

• Órgão técnico-administrativo municipal

Concluindo: Principais Funções

• Implementar a Política Nacional do Meio Ambiente.

• Estabelecer um conjunto articulado de órgãos, entidades, regras e práticas


responsáveis pela proteção e pela melhoria da qualidade ambiental

• Garantir a descentralização da gestão ambiental, através do compartilhamento entre


os entes federados (União, Estados e Municípios)

CONFERÊNCIAS NA SAÚDE E NO MEIO AMBIENTE:

São movimentos que ocorrem periodicamente em defesa da ampliação dos campos de


ação em saúde e em meio ambiente para o
alcance dos objetivos propostos.

1977 – 30ª ASSEMBLEIA MUNDIAL DE SAÚDE


1988 – OMS organizou a Primeira Conferência Internacional sobre os Cuidados
Primários de Saúde - Tema: “Saúde para Todos no Ano 2000”

1978 - Primeira Conferência Internacional sobre


os Cuidados Primários de Saúde (em Alma-Ata).
Elaboração da Declaração Alma-Ata: reafirma
a saúde como um direito do ser humano.

A Declaração de Alma-Ata gerou o conceito de saúde:


“um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de
doença”.
1986 - Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, em Ottawa
(Canadá). Papel da conferência: demonstrava uma preocupação das organizadoras em
relação à industrialização e ao impacto sobre o meio ambiente. CARTA DE OTTAWA

CARTA DE OTTAWA: Carta de Intenções para se atingir Saúde para Todos no Ano 2000 e
anos subsequentes.

Elaboração da Carta de Intenções, com objetivos de:

definir promoção da saúde;

atingir os níveis de completo bem-estar físico, mental e social junto com o meio
ambiente;

descrever os pré-requisitos básicos de saúde, como:


paz, habitação, educação, alimentação, renda, ecossistema estável, recursos
sustentáveis, justiça social e equidade.

1988 – Conferência de Adelaide

Austrália: II Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde

Tema: “Promoção da Saúde e Políticas Públicas Saudáveis”

Enfatizou a equidade e os compromissos com o impacto de tais políticas sobre a saúde


da população

1991 - Foi a primeira conferência a tocar diretamente a interdependência entre a


saúde e ambiente em todos os seus aspectos.

Enfatizou o tema ambiente não apenas à dimensão física ou natural, mas também às
dimensões social, econômica, política e cultural.

Necessidade de ações urgentes para se atingir uma maior justiça social em saúde.

2000- Carta da Terra –

Resultado de uma década de diálogo intercultural, em torno de objetivos comuns e


valores compartilhados (ONU).

Em 2000 a Comissão da Carta da Terra, uma entidade internacional independente,


concluiu e divulgou o documento como a carta dos povos.

Adesão de mais de 4.500 organizações, incluindo vários organismos governamentais e


organizações internacionais.

Declaração de princípios éticos fundamentais

Para a construção, no século XXI, de uma sociedade global justa, sustentável e


pacífica...

É uma visão de esperança e um chamado à ação.

Oferece um novo marco, inclusivo e integralmente ético para guiar a transição para um
futuro sustentável.
• Ela reconhece que os objetivos de proteção ecológica, erradicação da pobreza,
desenvolvimento econômico equitativo, respeito aos direitos humanos, democracia e
paz são interdependentes e indivisíveis.

OBJETIVOS DA PROTEÇÃO ECOLÓGICA:

• Erradicação da pobreza, Desenvolvimento econômico equitativo, Respeito aos direitos


humanos, Democracia, Paz.

PRINCÍPIOS: RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA, INTEGRIDADE


ECOLÓGICA, JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA, DEMOCRAÇÃO, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ.

IMPORTÂNCIA DAS CONFERÊNCIAS:

• A Carta de Ottawa foi crucial para inserir o meio ambiente como fator importante para
a saúde.

• Após a Carta de Ottawa, o Brasil teve grande avanço no setor da saúde – criação do
Sistema Único de Saúde (SUS), em que as suas competências e atribuições são
mantidas na Lei Orgânica de Saúde, constituída por duas principais leis: Lei nº 8.080/90
e Lei nº 8.142/90.

• O SUS tem como base os princípios da: universalidade, equidade e integralidade da


atenção à saúde da população brasileira.

• Universalidade: para a extensão de cobertura dos serviços a toda a população,


eliminando barreiras jurídicas, econômicas, culturais e sociais.

• Equidade: a superação das desigualdades sociais em saúde implica a redistribuição da


oferta de ações, independentemente de cor, raça ou posição social.

• Integralidade: um modelo de atenção integral à saúde, contemplando um conjunto de


ações de promoção da saúde, prevenção de riscos e agravos, assistência e
recuperação.

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