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HOSPITALARES - EBSERH
Brasília/DF
Elaboração
Andre Luiz Dos Santos Nunes
Danielly Stéfany Barbosa de Castro
Elen Oliveira Pernin
Fábio Campelo Santos da Fonseca Ribeiro
Fernanda Barreto Meneses Pessoa Lima
Gabriel Gonçalves Ferreira
Lilian Leite de Resende
Marina Torres Santana
EDIÇÃO
Serviço de Regulação Assistencial –
SRA/CGC/DEPAS
Comissão Científica
Elen Oliveira Pernin
Ana Bolena Lima da Costa
Ana Karina Lima Alves Cerdeira
Elizabeth Queiroz
Enia Maluf Amui
Fábio Campelo Santos da Fonseca Ribeiro
Gustavo Benetti
Juliana Ranali Rinaldi
Juliana Rodrigues de Souza
Leonardo Rodrigues dos Santos
Livia Costa da Silveira
Márcia Amaral Dal Sasso
Mariana Benevides Paiva Machado
Ricardo Malaguti
Rosana Reis Nothen
Rosiane de Jesus Gomes
Saulo Bezerra Xavier
Taiana Moita Koury Alves
Comissão Científica
SUMÁRIO
Ana Carolina Policarpo Cavalcante; Ruan Pierre de Oliveira; Priscilla Tereza Lopes Souza; Ana Paula Teixeira Costa;
Fernanda Darliane T de Luna; Milena Késsia Tenório Leopoldino; Deborah Curvelo; Mayra Ferreira
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ANÁLISE DO ATENDIMENTO E SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DE SAÚDE COM O
SERVIÇO DE TELEMEDICINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO.
Dharlene Giffoni Soares; Andreia Paula de Oliveira Aguiar; Francisca Édla Santos Leite Gurgel; Isabel Cristina Leão de
Lima Oliveira; Sandra Lucia Alves Siqueira, Luis Leal Mariano Silva; Gracyelle Alves Remígio Moreira; Rachel Verônica
Benício Correia Pereira
Introdução: A telemedicina está sendo vista como uma ferramenta importante para enfrentar os
desafios dos sistemas de saúde frente a pandemia do novo coronavírus. Esse serviço vem se
consolidando como uma promissora oportunidade de promover maior fluidez no processo regulatório,
garantindo a qualidade da assistência prestada ao usuário do sistema de saúde. Objetivo: Analisar o
atendimento e o nível de satisfação dos usuários de saúde com o serviço de telemedicina. Materiais e
Métodos: Trata-se de um relato de experiência sobre o nível de satisfação das usuárias de um serviço
ambulatorial especializado durante a implantação da telemedicina em uma maternidade pública do
município de Fortaleza. Iniciado no final do mês de setembro de 2020, com duas médicas gestantes
realocadas para esse serviço, cumprindo uma carga horária de 12 horas semanais e uma média de 15
pacientes agendadas em cada turno. Resultados e Discussão: Analisando os primeiros 15 dias de
implantação do serviço, em que foram disponibilizadas 55 consultas na modalidade de teleatendimento,
o serviço de regulação ambulatorial agendou e realizou 77,20% dessas consultas ofertadas. Havia um
interesse da equipe de regulação, em mensurar a satisfação e as dificuldades dos usuários com a nova
modalidade de atendimento proposto, visando ampliar a oferta e garantir uma assistência segura e
humanizada. A pesquisa de satisfação foi conduzida pelo serviço de ouvidoria da instituição, este
serviço escolheu aleatoriamente 26 pacientes para participarem da pesquisa, a qual contava com um
questionário de 03 perguntas objetivas, que avaliava o atendimento da equipe durante o agendamento
da teleconsulta, o atendimento médico e o nível de confiança e satisfação geral do usuário com a
modalidade de consulta por meio do teleatendimento. Dentre os resultados apresentados, 53,85 %
consideraram ótimo o atendimento da equipe durante o agendamento da teleconsulta, 57% estavam
satisfeitos e 43% muito satisfeitos com a consulta realizada pelas médicas. Quanto ao nível de confiança
no serviço ofertado e satisfação global entre todos os aspectos avaliados na teleconsulta, foi utilizado
um parâmetro de 0 a 10, onde 10 é o melhor índice de satisfação, para esse quesito o resultado da
pesquisa variou entre 69,23% das pacientes pesquisadas consideram a nota 10 enquanto o melhor índice
de satisfação, 23,07% consideraram uma nota entre 9 e 8 e 7,70% um índice de satisfação com nota
6. Conclusão: A realização de pesquisas de satisfação pode ser especialmente importante para o campo
da telemedicina, devido à escassez de evidências de sua utilização. Essas avaliações permitem que o
serviço se organize desenvolvendo políticas e estratégias locais já que a adoção de sistemas de
telemedicina exige a aceitação dos usuários envolvidos no processo. A proposta atual em manter o
acesso aos serviços de saúde por meio da telemedicina oferece várias vantagens para a paciente,
prestador e gestor do SUS, pois permite a continuidade do cuidado da paciente, reduz filas de esperas,
evita a aglomeração de pacientes vulneráveis na instituição e otimiza o plano de cuidados proposto pelo
ambulatório. A pesquisa de satisfação apresentou vários pontos favoráveis para a ampliação da oferta
do serviço, pois além da redução do número do absenteísmo, esses resultados destacaram uma nova
proposta de transformação da cultura hospitalar, com impacto sobre a segurança e a qualidade do
cuidado.
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RESUMO SOBRE A EXPERIÊNCIA DO USO DA TELEMEDICINA EM SERVIÇO
AMBULATORIAL PEDIÁTRICO
Camila Marques de Valois Lanzarin; Thaïs Cristina Rejane Heim; Aldo von Wangenheim; Fernanda de Souza Nascimento;
Harley Miguel Wagner; Heloisa Silva Abel; José Djalma da Silva Júnior; João Carlos Xikota.
Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC)
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TELEMONITORAMENTO EM OFTALMOLOGIA NA PANDEMIA COVID-19:
ESTRATÉGIA PARA AMPLIAÇÃO DO ACESSO E ASSISTÊNCIA
Edgar Andrade Lisboa; Suzana Batista Vereza De Oliveira; Luciana Silveira Bernardes.
Hospital Universitário Cassiano Antônio Morais da Universidade Federal do Espírito Santo (HUCAM-UFES)
Introdução: A pandemia COVID-19 impôs adaptações nas rotinas e hábitos no mundo. No âmbito da
saúde, consultas, exames e procedimentos presenciais foram suspensos, o que sobrecarregou a gestão
dos sistemas de regulação - já enfrentam desafios, e prejudicou o acompanhamento de pacientes, em
especial os portadores de doenças crônicas (grupo de risco para o COVID-19). A partir de legislações
federais, o emprego da telemedicina no Brasil foi autorizado e o serviço de oftalmologia de um Hospital
Universitário ligado à Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) iniciou ações
estratégicas com o emprego do modelo de telemonitoramento em Oftalmologia em seus pacientes.
Objetivo: Monitorar, a partir da telemedicina, pacientes do serviço de oftalmologia de um Hospital
Universitário pertencentes ao grupo de risco do COVID-19. Materiais e Métodos: Trata-se de um relato
de experiência a partir do acompanhamento de 45 pacientes do serviço de oftalmologia (19 do Programa
de Glaucoma e 28 do Programa de Retina), ocorrido no período de junho a julho de 2020 pela
plataforma Microsoft Teams. Durante os atendimentos, foi utilizado roteiro com questões de fácil
interpretação relacionadas ao perfil demográfico, saúde ocular, comorbidades, atividades de vida diária
e demandas assistenciais oftalmológicas. Os atendimentos foram registrados em prontuário eletrônico
e os dados dos questionários tabulados para posterior análise. Resultados e Discussão: Dentre os
atendidos, 18 eram homens, 27 mulheres e a média da idade foi 67,4 anos. As principais comorbidades
foram Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica. A severidade da doença oftalmológica e suas
consequências foi identificada dentre os atendidos, pois 62% eram portadores de olho único, 42%
sofreram queda nos últimos 6 meses e 42% dos portadores de glaucoma usam 3 colírios ou mais para o
controle de sua pressão intraocular. A maioria dos pacientes (73,3%) são dependentes exclusivamente
do sistema público de saúde. Dificuldade para realizar atividades da vida diária (comer, vestir-se,
higienizar-se) foram relatadas por 69% dos pacientes. Demandas assistenciais surgiram em 71% dos
casos. Dentre estes, mais de 60% das demandas foram solucionadas pelo telemonitoramento. Outras
foram encaminhadas para atendimento presencial prioritário por agendamento interno.
A teleoftalmologia representa uma grande estratégia no atendimento de pacientes de regiões remotas,
aqueles do grupo de risco para a pandemia, ou até mesmo os que não desejam comparecer ao
atendimento presencial por medo de adoecer ou para seguir as normas de isolamento social. Neste
ínterim, a e-oftalmologia contribui enormemente pois pode diminuir entre 16 % a 48% de consultas
presenciais nos serviços de saúde. Conclusão: A telemedicina é uma ferramenta importante para
qualquer rede de assistência à saúde, garantindo ampliação do acesso e assistência à saúde, além de
reduzir as enormes filas de agendamentos com especialistas e os custos com transporte sanitário de
saúde, dentre outros. No contexto da pandemia, permitiu que pacientes prioritários recebessem
orientações de prevenção de quedas e garantiu laudos médicos, receitas de óculos e a prescrição rápida
de colírios hipotensores, sem os quais pacientes poderiam evoluir de forma mais rápida para a cegueira.
Portanto, torna-se essencial a ampliação da teleoftalmologia no Brasil.
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AMPLIAÇÃO DE LEITOS DE TERAPIA INTENSIVA PARA O ENFRENTAMENTO DA
PANDEMIA PELO NOVO CORONAVÍRUS
Shirley Barbosa Ortiz Lima; Mara Regina Rosa Ribeiro; Eglivani Felisberta Miranda; Lennon Rodrigues Silva.
Introdução: A ampliação da oferta de leitos de terapia intensiva no estado de Mato Grosso foi uma das
principais medidas para o enfrentamento da pandemia pelo novo Coronavírus (covid-19). Nesse
sentido, um hospital referência em infectologia, teve sua capacidade de leitos ampliada em 100%,
entregando a comunidade 16 leitos para o atendimento de pacientes graves com Covid-19. Uma
pactuação realizada por meio de um plano de contingência elaborado pelo Comitê de Gestão da Crise
do Hospital em consonância com as Secretarias Estadual e Municipal de Saúde do Estado. Para
aumentar o número de leitos a serem disponibilizados a população e contar com um espaço que
respeitasse as legislações sanitárias e resoluções referentes ao funcionamento de Unidades de Terapia
Intensiva (UTI) houve uma decisão colegiada para a transferência da unidade para
então Clínica Cirúrgica do hospital. O plano contou com uma organização de diversos profissionais de
diferentes áreas de atuação para entregar um espaço reformulado, com reparos e obras necessários para
a prestação de um atendimento seguro e de qualidade. Objetivo: Relatar as experiências relacionadas
à ampliação de leitos de terapia intensiva para o enfrentamento da pandemia. Materiais e Métodos:
Relato de experiência das ações promovidas em um hospital para ampliar o número de leitos de terapia
intensiva para o atendimento de casos graves da Covid-19. Resultados e Discussão: Com o
envolvimento das áreas assistenciais e divisão de logística e infraestrutura, cerca de trinta dias, foi
possível ampliar 100% a capacidade de leitos da UTI, e entregar 16 leitos para a comunidade. São
espaços pensados para atender de forma segura e com mecanismos modernos, operacional e
organizacional. A unidade passou a contar com locais distintos para paramentação
e desparamentação dos profissionais, sistema de portas de barreiras com acionamento eletrônico,
divisão dos leitos entre isolamento de coorte para casos positivos e quartos privativos, sistema de
exaustão e filtragem de partículas, bactérias e vírus, além uma central de vide monitoramento e painel
central de sinais vitais. A unidade teve todos os quartos adaptados para realização de hemodiálise, os
corredores ganharam 03 estações de higienização das mãos e paramentação, distribuídas em locais
estratégicos com intuito de incentivar os profissionais para correta paramentação e segurança ao prestar
seus atendimentos. A ampliação dos leitos só obteve êxito graças ao envolvimento interdisciplinar das
categorias de saúde além de arquitetos, engenheiro civil, e mecânico. Desta forma o projeto estrutural,
operacional e organizacional foi rapidamente construído e levou em consideração os protocolos,
fluxogramas e rotinas da instituição para o enfrentamento da pandemia. Conclusão: A pandemia trouxe
para o contexto hospitalar novas perspetivas de comunicação, fortalecimento de vínculos profissionais,
visibilidade de ações conjuntas que resultaram num produto de qualidade, segurança e com inovações
tecnológicas com intuito de atender a demanda da sociedade e contribuindo também para o prestígio do
hospital frente ao combate da pandemia.
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DESAFIOS FRENTE À COVID-19 NA ASSISTÊNCIA AO BINÔMIO EM ALOJAMENTO
CONJUNTO
Icleia Parente Rodrigues; Elisângela Guerra de Souza; Silvimary de Lima Teles; Livia de Paulo Pereira; Brena Luthe Viana
do Nascimento; Sara Nogueira Silveira Lima; Maria Socorro Morais Sisnando.
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GESTÃO DE LEITOS E ESPAÇO FÍSICO COMO ESTRATÉGIA PARA MANTER
PROCEDIMENTOS NA PANDEMIA DE COVID-19
Introdução: Quando se fala em Regulação, uma das primeiras associações que fazemos é em relação
ao acesso aos serviços de saúde. No entanto, também há de ser considerada a organização interna da
unidade hospitalar e como é feita a gestão desse acesso. Com a pandemia do vírus da COVID-19
passamos por um momento que torna imprescindível o desenvolvimento de habilidades de gestão que
permitam atender à demanda por leitos sem comprometer a segurança do paciente e do profissional.
Neste cenário, a Gestão de Leitos como instrumento de Regulação em Saúde foi a ferramenta
encontrada por uma equipe de um Hospital de grande porte na região Sudeste do Brasil para gerenciar
a alta demanda já existente para a realização de procedimentos cirúrgicos. A situação foi agravada pelo
impacto da redução do número de profissionais em afastamento e pela destinação de leitos exclusivos
para tratamento de sintomáticos respiratórios e COVID. Para manter os atendimentos, foi destinado um
espaço e criado um fluxo de atendimento para receber pacientes que necessitavam ser submetidos a
procedimentos cirúrgicos sem necessidade de internação prolongada. No local, há reduzida equipe
especializada, poltronas reclináveis e estrutura básica de atendimento como armário para guarda de
pertences, vestiário, maca e suporte ventilatório. Além de receber pacientes em pré e pós-operatório, o
espaço é ainda destinado àqueles que já receberam alta hospitalar e aguardam transporte, liberando o
leito onde estavam e priorizando a rotatividade da enfermaria. Objetivo: O objetivo deste estudo é
apresentar os resultados da iniciativa desenvolvida pela equipe de gestão deste Hospital para garantir a
continuidade da realização de procedimentos cirúrgicos comprometidos pela pandemia. Materiais e
Métodos: Foi utilizada a técnica de análise dos dados coletados durante os atendimentos realizados nos
meses de agosto, setembro e outubro de 2020 para quantificar os resultados obtidos. Resultados e
Discussão: Foram realizados 241 atendimentos nos três meses avaliados neste estudo, sendo a maioria
(32%) de cirurgias oftalmológicas contribuindo com a redução da lista de espera dos pacientes de
correção de catarata e controle de glaucoma. Procedimentos invasivos no tórax como broncoscopia e
toracocentese ocupam o segundo lugar no número de atendimentos com 24%. As equipes de urologia
foram responsáveis por 22% das abordagens no Centro Cirúrgico. Os demais casos incluem
procedimentos ginecológicos, vasculares e biópsias. Estes números representam os resultados da
iniciativa da equipe de Regulação/Gestão de Leitos para contornar as dificuldades de realização de
procedimentos cirúrgicos classificados como Procedimentos Especiais e Procedimentos de Alta
Complexidade, que até então eram destinados a leitos comuns em uma enfermaria cirúrgica atualmente
em uso para atendimento a casos de COVID. Conclusão: Como resultado desse processo de adaptação
e reformulação do acesso por meio da criação deste espaço dinâmico de atendimento, promoveu-se o
aumento da eficiência no atendimento cirúrgico e em procedimentos de alta complexidade sem a
necessidade de uma grande estrutura tanto física quanto de pessoal.
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IMPLEMENTAÇÃO DE NOVO FLUXO DE AGENDAMENTO DE CIRURGIAS NUM
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: MAIS RÁPIDO, TRANSPARENTE e MELHOR
Camila de Araújo Dornelas; Tereza Cristina Novaes Pimenta; Mara Rúbia Falcão; Ariane Joelma de Oliveira Bezerra da
Silva; Paula Letícia da Costa Avance; e Fabiane Valentim.
Introdução: A despeito dos avanços do Sistema Único de Saúde nas últimas décadas, permanecem
diversos desafios relacionados ao acesso, qualidade e resolutividade, evidenciado pelas enormes filas
cirúrgicas eletivas, com elevado tempo de espera para efetivação do tratamento (VIACAVA et al.
2018). Um estudo do Conselho Federal de Medicina constatou que diversos pacientes que aguardam
cirurgia pelo SUS, eletivamente, estão na fila da regulação há mais de 10 anos. Sabe-se que a demora
no atendimento pode exercer impactos negativos para saúde do paciente e custos adicionais importantes
ao sistema de saúde (IPEA,2009; GIAMBERARDINO,2018). Objetivo: Implantação de modelo
operacional com aplicação dos conceitos do Lean no ambulatório de um hospital
universitário; sistematizar e padronizar o processo de agendamento de cirurgias eletivas; Revisão das
filas cirúrgicas, com busca ativa de pacientes; definir uma metodologia de ajustes centrados em
processos, não em pessoas; reduzir tempo de espera de pacientes nas filas cirúrgicas; e aumentar a
satisfação do usuário e trabalhador. Materiais e Métodos: As ações foram planejadas e discutidas com
as equipes. Foram criadas planilhas de controle, definidos prazos e responsáveis por cada etapa do
processo. Foram realizados treinamentos com a equipe e implantado um POP descritivo. A participação
da direção foi fundamental para implantação das novas diretrizes institucionais. Reordenou-se o fluxo
através da avaliação prévia do processo regulatório dos pacientes em atendimento nas especialidades
cirúrgicas, do controle dos pacientes inseridos nas filas com critérios objetivos e pactuados com a
Central de Regulação Estadual, e ainda, do controle operacional dos exames prévios necessários para
realização do procedimento cirúrgico e o planejamento adequado de leitos cirúrgicos para
internação. Resultados e Discussão: A implantação do processo é recente, e por isso, não é possível
avaliar todos os resultados. No entanto, destaca-se que a mudança do fluxo de agendamento dos
pacientes tem promovido acesso equânime e mais rápido, pois obedece a critérios da política nacional
de regulação. Além disso, nota-se como consequência a melhoria do processo de comunicação interna
(equipe administrativa e assistencial), com impacto no giro de leitos cirúrgicos e no uso racional dos
recursos terapêuticos disponíveis. Há melhoria da comunicação com as Centrais de Regulação, com
intuito de unificar filas e evitar retrabalhos. Os dados tabulados nas planilhas têm potencial para
contribuir no controle do tempo de espera para realização de cirurgia e seus principais gargalos.
Otimizar os recursos disponíveis e envolver a equipe é necessário para o alcance dos objetivos
propostos. Conclusão: É necessário e viável modificar fluxos e processos de trabalho com intuito de
reduzir as filas de espera cirúrgica e melhorar a qualidade do acesso, gerando maior satisfação para os
usuários, equidade e sem incorrer em maiores gastos para o sistema de saúde.
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PLANEJAMENTO NA AQUISIÇÃO DE EPIS COMO FATOR DE CONTRIBUIÇÃO PARA
OFERTA DE SERVIÇOS DE SAÚDE NA COVID-19
Gleyce Pires Gonçalves do Prado; Ana Amélia Américo Ferreira dos Santos; Andreia Cristina da Silva Jordão Emerenciano
Pontes; Denise Heleno de Souza Stopatto; Eduardo Ferreira de Sousa; Jose Reinaldo Silva Costa;
Introdução: Um bom planejamento requer tempo e processos bem estruturados, situação que não
representa o cenário pandêmico que assola as nações. O processo de enfrentamento da pandemia por
Coronavírus gerou diversas ações coordenadas na Rede Ebserh, tanto nas Unidades Hospitalares quanto
na Administração Central, primando pela assistência aos pacientes e bem-estar do profissional de saúde
e de todo o quadro de pessoal envolvido no combate à pandemia. Cada unidade hospitalar desenvolveu
seus planos de contingência, com apresentação de previsões de abertura/ampliação de leitos para
atendimento a pacientes acometidos pela COVID-19. Com isso, a Administração Central da Ebserh
iniciou tratativas de forma complementar aos processos internos de aquisição, principalmente em
relação aos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), tendo em vista o cenário de aumento de
consumo não só pelos profissionais de saúde, mas por toda a comunidade, o que gerou escassez de
insumos no mercado. Surgiu então a necessidade de uma metodologia para definição dos quantitativos
a serem adquiridos, considerando o uso racional e disponibilidade adequada de EPI. Objetivo:
Sistematizar as ações para o planejamento da aquisição de EPI necessários ao enfrentamento da
pandemia pela COVID-19, a fim de manter o abastecimento adequado dos Hospitais Universitários,
conforme os protocolos preconizados mundialmente. Materiais e Métodos: A partir dos itens
padronizados no Catálogo de Tecnologias em Saúde da Rede Ebserh foi desenvolvida metodologia de
avaliação de quantitativos para os EPI, principalmente luvas, aventais, protetor facial, óculos, touca,
máscara cirúrgica e máscara N95/PFF2. Inicialmente, levou-se em consideração os kits definidos no
"Rational use of personal protective equipment (PPE) for coronavirus disease (COVID-19)" da World
Health Organization (WHO). Dado o cenário de incerteza sobre a real demanda de pacientes, a
metodologia da WHO (número de pacientes-dia) foi adaptada com vistas ao número de leitos.
Adicionalmente, foi considerado o consumo médio mensal das Unidades Hospitalares e o número
médio de trocas na equipe assistencial, a cada leito. Resultados e Discussão: A partir da metodologia
utilizada, foram definidos e encaminhados os quantitativos para o processo de compra centralizada.
Foram adquiridas 32.286.560 luvas, 2.625.008 aventais, 6.288.850 máscaras cirúrgicas, 580.092
máscaras N95, mais de 36.222 protetores faciais, 28.008 óculos e 6.174.674 toucas; para atender a
demanda dos 37 HUF de forma a garantir a segurança dos profissionais na assistência à saúde, mesmo
com aumento da oferta de leitos. O uso de uma medida de referência definida pela WHO, associada ao
consumo médio mensal e número de trocas previstas viabilizou um aporte significativo de itens de
proteção individual às Unidades Hospitalares, favorecendo a segurança dos profissionais e
pacientes. Conclusão: Um dos desafios no cenário de uma pandemia é responder rapidamente às
mudanças que criam novos riscos. A disponibilidade de EPIs de forma adequada é fundamental na
proteção à saúde dos profissionais na linha de frente e na redução da disseminação da pandemia. A
definição de uma metodologia para o planejamento da aquisição possibilitou a disponibilização de
quantitativo complementar de EPIs, contribuindo para uma assistência mais segura e eficiente.
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REDUÇÃO DO TEMPO DE LEITO OCIOSO ENTRE ADMISSÃO PACIENTES EM UMA
UNIDADE DE CLÍNICA MÉDICA
Introdução: O leito disponível no SUS para internação em Clínica Médica tem sido insuficiente para
atender a atual demanda, refletindo na superlotação constante de prontos socorros. Considerando os
custos envolvidos na criação de novos leitos, é de grande necessidade o aumento da eficiência das
Unidades de Internação em Clínica Médica (UCLM) para que mais pacientes sejam atendidos com os
mesmos recursos. No segundo semestre de 2016 foi identificado um tempo médio de leito vago de 18
horas na UCLM de um hospital universitário. Objetivo: Reduzir o tempo de leito vago entre a alta de
um paciente e a admissão do paciente seguinte na UCLM de um hospital universitário. Materiais e
Métodos: Mensurou-se o tempo total entre a alta de um paciente e a admissão do paciente seguinte no
mesmo leito entre março de 2018 a outubro de 2020 na enfermaria de Clínica Médica. Para os leitos
reservados para as “pré-altas” da terapia intensiva contabilizou-se as horas vagas a partir das 7h da
manhã, quando os leitos eram disponibilizados para as unidades de terapia intensiva. Resultados e
Discussão: A média do tempo de leito ocioso entre admissão de pacientes reduziu-se para 9h12m em 2018, 05h44m
em 2019 e 04h05m em 2020 (até outubro). Considerando o número de admissões, a redução do tempo médio de leito
vago de 18h para 05h44m resultou em um ganho de 610 leitos-dia em 2019 e 626 leitos-dia até outubro de 2020. Isso
equivale a criação de 1,6 leito em 2019 e 1,7 leito em 2020 na UCLM. Para obtenção desse resultado foram identificadas
as etapas entre a saída de um paciente do leito e a admissão do paciente seguinte. As principais causas para o tempo
elevado entre pacientes eram problemas na identificação do leito vago, demora na distribuição do leito, dificuldades na
definição do paciente a ser internado e entraves no fluxo de transferência de pacientes. As seguintes ações foram tomadas:
1. alocação de um funcionário administrativo no posto de enfermagem responsável pela comunicação imediata à
Unidade de Regulação Assistencial (URA) da liberação de um leito e solicitação da higienização; 2. reuniões com a
Chefia e a equipe da URA para ajuste dos fluxos internos de distribuição dos leitos; 3. construção do fluxo de alta na
UCLM, com a recomendação de efetivação da alta médica até as 10h, e liberação do leito até as 13h. Houve mensuração
das estatísticas individuais dos residentes, com envio aos mesmos, aos preceptores e às coordenações dos serviços
médicos; 4. reunião com as chefias e equipes da Unidades de Cuidado Intensivo Adulto e de Atenção à Urgência e
Emergência para melhorias no processo de transferência de pacientes. Conclusão: Uma estratégia envolvendo a
URA e as unidades assistenciais, com identificação dos gargalos e otimização dos processos internos é
efetiva para a redução do tempo de leito vago, com ganho em número de leitos-dia, sem a expansão de
leitos físicos. Acreditamos que uma maior eficiência ainda é possível, com redução do tempo de leito
vago para até 2h.
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REPENSANDO O NOVO NORMAL NA GESTÃO DE SERVIÇOS: NOVAS
EXPERIENCIAS SOBRE A RETOMADA DOS ATENDIMENTOS
Wilma Nunes Martins Zorzan; Maria da Graça Pereira Trindade; Luciana Batista de Santana; Shirley Barbosa Ortiz;
Eglivani Felisberta Miranda; Cristina Alves Pereira dos Reis
Introdução: A pandemia causada pela COVID-19 é um problema emergente de saúde pública, a qual
demanda inúmeros desafios para interromper a transmissão desse vírus, sobretudo em populações mais
suscetíveis1. Por esse motivo os serviços de saúde tanto nas unidades de internação quanto nas unidades
Ambulatoriais precisaram se reorganizar para manter a continuidade do tratamento e a segurança no
ambiente assistencial tendo em vista a vulnerabilidade biológica a qual diversos pacientes portadores
de doenças crônicas e profissionais da saúde estariam expostos. Objetivo: Relatar as experiências
vivenciadas por profissionais da Unidade de Gestão Ambulatorial e do Setor de Regulação bem como
a equipe de gestão da Gerencia de Atenção a Saúde de um Hospital Universitário a fim de reorganizar
as práticas de atendimento ao público na retomada dos serviços a partir do segundo semestre de
2020. Materiais e Métodos: Trata-se de um relato de experiência, construído a partir das vivencias da
equipe no contexto atual da pandemia, no qual, se propôs refletir sobre as possibilidades na
reorganização das demandas de atendimentos aos serviços de saúde. Resultados e Discussão:
Trabalhar na Gestão Hospitalar no atual cenário mundial reforça a necessidade de uma postura técnico-
gerencial que auxilie na organização do processo assistencial voltado para os pacientes pensando nas
melhores estratégias desde a sua entrada no serviço hospitalar e passando por todos os cuidados
necessários para que ele permaneça em segurança até a finalização do seu atendimento, bem como
garantir a segurança da equipe que prestara assistência no ambiente hospitalar. Realizou-se reuniões
com a equipe multiprofissional e a alta gestão Hospitalar com a finalidade de alinhamento das condutas
a serem adotadas nesse processo de reabertura das atividades. Para tanto foi consenso a criação de
blocos de horários para agendamento dos atendimentos a fim de se evitarem as aglomerações nas
dependências do hospital, implementado os processos de orientação das boas práticas de etiqueta
respiratória, ampliado a instalação de dispensadores de álcool 70%, implementado o distanciamento
social e a distância mínima entre os assentos disponíveis nos corredores de espera, mensuração da
capacidade técnica de cada consultório com relação ao número de pessoas por sala nos momentos de
consulta. Chegou-se ainda ao consenso de retomada gradual dos atendimentos sendo pactuado em
agosto de 2020 a retomada de 50% dos atendimentos ambulatoriais sendo nesse primeiro momento
reagendado apenas as consultas de retorno e em setembro procedemos a ampliação para 75% da
capacidade instalada, com atendimentos de primeira consulta, retornos e cirurgias eletivas. Houve a
ampliação do número de leitos de internação tanto clínico quanto cirúrgico com a reabertura de salas
cirúrgicas e pequenos procedimentos ambulatoriais. Conclusão: O cenário da pandemia de COVID-19
impõe inúmeros desafios para o enfrentamento no âmbito da saúde pública (esfera financeira, gerencial
e assistencial). Portanto torna-se cada vez mais necessário redefinir medidas estratégicas de combate a
esse problema de saúde com o engajamento de todos os profissionais da saúde atentando-se para as
novas formas de atendimento, utilização de todas as medidas de barreira sem que isso interfira na
qualidade da assistência prestada.
Descritores: Administração de Serviços de Saúde; Epidemia pelo Novo Coronavírus 2019; Estratégias
Locais.
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ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE HABILITAÇÃO PARA ATENDIMENTO
EXCLUSIVO À COVID-19 NA REDE EBSERH
Yane Tainara Albonyz Pereira; Clarissa Oliveira Carvalho; Hudson Antônio Neves Xavier; Lívia Costa da Silveira e Tatiane
Lemos Senna de Sousa.
Introdução: A demanda por leitos de terapia intensiva no Sistema Único de Saúde (SUS) é, um dos
pontos críticos para a regulação assistencial, considerando-se a escassez de oferta e a elevada
necessidade de internação neste tipo de leito. A pandemia de COVID-19 gerou aumento na demanda
por leitos de terapia intensiva no mundo. No Brasil, como consequência, o Ministério da Saúde (MS)
possibilitou a habilitação de novos leitos de UTI exclusivos para atendimento à COVID-19 como
incentivo para a ampliação deste tipo de leito, permitindo que a demanda pudesse ser atendida
adequadamente. O processo de habilitação de leitos exclusivos para COVID-19 na Rede de Hospitais
da Ebserh teve início com a publicação de orientações acerca do procedimento de solicitação de
habilitação, realizado por Notas Informativas no Sistema Eletrônico de Informações – SEI da
Empresa. Objetivo: Subsidiar e orientar a atuação da Ebserh, em relação à habilitação, cadastramento
de leitos para atendimento à COVID-19, processamento da produção assistencial e contratualização
junto à gestão do SUS, a partir da elaboração de Notas Informativas, e disponibilizar Painel Habilitações
– COVID-19 da Rede Ebserh, ferramenta de acompanhamento diário do número de leitos destinados à
COVID-19. Materiais e Métodos: Diariamente, publicações sobre habilitação de leitos para COVID-
19 disponibilizadas no Diário Oficial da União são acompanhadas, havendo compartilhamento com a
Regulação Assistencial dos hospitais da Rede e, ainda, atualização do Painel Habilitações – COVID-
19. Além disso, ocorre formalização em processos específicos, no SEI, para os hospitais se
manifestarem quanto à manutenção, prorrogação ou encerramento das habilitações. Conforme
necessidade, realiza-se contato com área técnica do MS para esclarecimento de dúvidas e verificação
de publicações pendentes, comunicando-se aos hospitais para providências e/ou ciência. Resultados e
Discussão: Dos 40 hospitais da Rede Ebserh, 16 não pleitearam habilitação de leitos exclusivos para
COVID-19; 24 tiveram leitos habilitados. Deste, 13 permanecem com leitos habilitados ou prorrogados,
até o momento. Quando se observa a distribuição de HUF com leitos habilitados exclusivos para
COVID-19, por região federativa, tem-se o seguinte: cinco hospitais no Centro-Oeste (100% dos HUF
Ebserh da região), oito no Nordeste (47% dos HUF Ebserh da região), dois no Norte (50% dos HUF
Ebserh da região), cinco no Sudeste (62,5% dos HUF Ebserh da região) e quatro no Sul (66,7% dos
HUF Ebserh da região). Desde o início da pandemia, houve ampliação de 115% no número de leitos de
terapia intensiva na Rede, para atendimento ao SUS, habilitados pelo MS. Conforme Painel supracitado,
em 09 de novembro, constavam 180 leitos de UTI habilitados, além de 236 leitos de UTI desabilitados.
Ao todo, desde abril, habilitou-se 416 leitos de UTI e três de Suporte Ventilatório Pulmonar, totalizando
419 leitos para atendimento exclusivo à COVID-19, na Rede Ebserh. Conclusão: A complexidade do
cuidado do leito de terapia intensiva é fato reconhecido na literatura, na legislação e na prática
profissional. Dessa forma, estruturar etapas do processo de habilitação favoreceu organização dos
hospitais para implantação dos novos leitos de UTI e de suporte ventilatório pulmonar exclusivos para
atendimento à COVID-19, ampliando o número de leitos destinados a pacientes com suspeita ou
confirmação da doença no SUS.
15
ANÁLISE DA QUALIDADE DOS REGISTROS ANTES E DURANTE A PANDEMIA
COVID-19
Roberta Grangeiro De Oliveira Araujo; Cristiane Ribeiro Dos Santos Farias; Gracyelle Alves Remigio Moreira; Francisca
Édla Santos Leite Gurgel; Rachel Verônica Benício Correia Pereira; Polyana Carina Viana Da Silva; Clécia Reijane Lucas
De Oliveira Boecker; Dharlene Giffone Soares.
Introdução: Registro apropriado é aquele que, ao ser consultado, traz de uma forma clara e concisa as
informações necessárias do momento. A qualidade desses registros reflete a qualidade da assistência.
Desse modo, os registros realizados pelos profissionais de saúde são elementos imprescindíveis ao
processo do cuidar e, quando redigidos de forma adequada, retratam a realidade a ser documentada,
possibilitam a comunicação entre a equipe, além de apresentar outras finalidades, como: ensino,
pesquisas, auditorias, faturamento, processos jurídicos, planejamento, fins estatísticos e
outros. Objetivo: Analisar os registros realizados por médicos e enfermeiros de uma maternidade antes
e durante a pandemia pelo novo coronavírus (COVID-19). Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo
descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa, que teve como fonte de dados a planilha de
acompanhamento de pendências do Serviço de Auditoria de uma maternidade. Selecionaram-se
pendências de pacientes da obstetrícia, ginecologia e mastologia que se internaram durante os meses de
março a setembro nos anos de 2019 e 2020. Analisaram-se os seguintes impressos e registros: Laudo
para Solicitação de Autorização de Internação Hospitalar (AIH), Ficha Cirúrgica e
Partograma. Resultados e Discussão: Em 2019 foram encontradas 384 pendências com relação a AIH
e em 2020 foi detectado 226 pendências, dentre elas: necessidade de AIH subsequente durante a mesma
internação da paciente, AIH não preenchida e incompleta. Com relação a Ficha Cirúrgica, em 2019
contatou-se 14 pendências e em 2020 foram 24. As pendências relacionadas a Ficha Cirúrgica foram:
ausência de ficha cirúrgica, ausência de carimbo e assinatura do profissional e descrição de
procedimento que não foi realizado. A respeito do Partograma em 2019 foram encontradas 17
pendências e em 2020 detectou-se 22. Os achados de inconformidades no Partograma foram: ausência
de carimbo e assinatura do profissional que realizou o parto e ausência de preenchimento. Constatou-
se que a quantidade de pendências na AIH diminuiu em 2020, mesmo na pandemia. Isto pode ser
atribuído ao fato de ter sido realizado pelo Serviço de Auditoria um trabalho de educação com os
profissionais médicos a fim de conscientizá-los acerca da importância do preenchimento adequado da
AIH e outro fato que corroborou para a redução de inconformidades foi a mudança de sistema na
emissão de AIH. Com relação a ficha cirúrgica, houve um aumento de pendências de 71% em 2020 e a
respeito do Partograma um aumento de 29% de inconformidades em 2020. Conclusão: Dessa forma, a
incompletude e escassez de registros no período avaliado refletem uma realidade comum nos diversos
setores assistenciais. Portanto, o ato de documentar o atendimento prestado se constitui normalmente
como um desafio no cotidiano dos profissionais de saúde e em tempos de pandemia a visão dos registros
como uma obrigatoriedade burocrática, pode evidenciar-se, ficando, dessa forma, em segundo plano.
Entretanto, é necessário compreender sua importância e as implicações decorrentes da falta ou
incompletude dos dados da assistência nos documentos. Assim, reflete-se sobre a necessidade de
instituições enfatizarem e promoverem medidas que auxiliem na capacitação do profissional para que
não haja comprometimento na qualidade da assistência prestada e segurança do paciente.
16
A PADRONIZAÇÃO DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS COMO ESTRATÉGIA DE
MONITORAMENTO DE INSUMOS NA PANDEMIA
Jose Reinaldo Silva Costa; Ana Amélia Américo Ferreira dos Santos; Andreia Cristina da Silval Jordão Emerenciano Pontes;
Denise Heleno de Souza Stopatto; Gleyce Pires Gonçalves do Prado.
17
AVALIAÇÃO DA UTILIDADE DA FERRAMENTA KANBAN EM UMA MATERNIDADE
Roberta Grangeiro De Oliveira Araujo; Cristiane Ribeiro Dos Santos Farias; Gracyelle Alves Remigio Moreira; Francisca
Édla Santos Leite Gurgel; Polyana Carina Viana Da Silva; Clécia Reijane Lucas De Oliveira Boecker; Marcia Haidee
Magalhaes Guedes
Introdução: O Kanban constitui-se uma tecnologia de gestão do cuidado caracterizada pela valorização
do trabalho multiprofissional e o uso intensivo da informação o que tem sido crescentemente utilizado
para enfrentar a superlotação dos hospitais com serviço de emergência hospitalar. Nas instituições
hospitalares a metodologia Kanban está sendo utilizada como um instrumento para avaliação da
qualidade assistencial, melhorias de fluxos e indicadores, sendo uma excelente ferramenta de apoio à
gestão, permitindo otimização da oferta de leitos, redução de índice de permanência hospitalar, aumento
da rotatividade e de resolutividades no processo assistencial. Objetivo: Avaliar a utilidade da
ferramenta KANBAN através do processo de trabalho da equipe multiprofissional. Materiais e
Métodos: A ferramenta Kanban foi acompanhada durante três meses no setor de clínica cirúrgica de
uma maternidade. As observações foram registradas em diários de campo e discutidas em reuniões
semanais com os profissionais do setor e uma enfermeira do Serviço de Auditoria. Nos encontros foi
possível discutir a razão pela qual a paciente estava com o tempo de permanência excedido e traçar
estratégias de alta. Estabeleceu-se critérios de classificação por cores para a elaboração do painel de
Monitoramento – vermelha, amarela ou verde, conforme a metodologia Kanban, calculando os dias de
permanência do paciente na internação, direcionados pela competência e código SIGTAP, informado
na Autorização de Internamento Hospitalar – AIH. Resultados e Discussão: A implementação desse
método em conjunto com o sistema, qualificou o gerenciamento do cuidado, monitorando os pacientes
internados nas unidades assistenciais, permitindo e descrevendo as características da complexidade
quanto ao tempo de permanência, para auxiliar na gestão dos leitos e na produção de indicadores de
cada unidade. Além disso, através da ferramenta Kanban foi possível verificar as pacientes que estão
com tempo excedido de internação e juntamente com a equipe multiprofissional em saúde traçar
estratégias de alta. Conclusão: Identificou-se o tempo de uso dos leitos ocupados, avaliação da
qualidade da assistência, o que favorece os indicadores administrativos e de qualidade para o
monitoramento do processo de internamento, proporcionando com isso, a desospitalização.
18
CONSTRUÇÃO DE UM PAINEL ELETRÔNICO PARA O MONITORAMENTO DA
EVOLUÇÃO DA COVID-19
Paula dos Santos Grazziotin; Clayr Madeira de Albuquerque Silva; Diego Souza Silva Almeida; Rosiane De Jesus Gomes;
Gabriela Moreira Guimarães.
Introdução: A COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, tornou-se uma preocupação mundial após
declarada, pela Organização Mundial da Saúde, como uma pandemia. Por se tratar de uma doença nova,
com comportamento incerto e rápida disseminação, tem desafiado gestores de saúde a desenvolverem
e implementarem ações preditivas que evitem o colapso do sistema de saúde e auxilie no controle do
número de casos. Nesse sentido, o monitoramento e a avaliação, ao fornecer elementos que subsidiam
a tomada de decisão e proporcionaram maior eficiência, eficácia e efetividade às medidas de
enfrentamento adotadas, tornaram-se componentes essenciais para a gestão e possibilitaram a
organização dos hospitais para qualificação do acesso aos serviços ofertados pelos Hospitais
universitários Federais que compõem a Rede Ebserh. Objetivo: O objetivo desse trabalho é apresentar
os componentes de um painel eletrônico para o monitoramento de casos e óbitos por Covid-19
confirmados no Brasil, suas regiões e unidades da federação, e em todos os países mundo, permitindo
a comparação entre esses. Materiais e Métodos: A partir da parceria entre as áreas assistenciais e de
tecnologia da informação, foi realizada uma série de reuniões à distância por meio da ferramenta
Microsoft Teams, respeitando as medidas de distanciamento social. As reflexões e conclusões
produzidas nestes encontros foram utilizadas para a construção do Painel. Para a compilação e
apresentação dos dados, usou-se um software Microsoft Power BI tendo como fonte de informação os
casos e os óbitos por covid disseminados pelo Ministério da Saúde e pelo European Centre for Disease
Prevention and Control (ECDC). O Painel é atualizado diária e automaticamente, com o número de
casos e óbitos mundiais e em todos os Estados brasileiros. Resultados e Discussão: A sistematização
final do Painel apresenta a evolução da pandemia conforme número de casos novos e acumulados,
óbitos novos e acumulados, coeficiente de incidência, coeficiente de mortalidade e taxa de letalidade.
Além disso, utilizou-se a ferramenta de previsão do Power BI para construção de gráficos, esta técnica
fornece suposições bastante precisas sobre tendências futuras com base em dados históricos de séries
temporais, utiliza modelos de previsão preditiva integrados à suavização exponencial. Os gráficos
foram dispostos de acordo com a data da confirmação ou a partir do centésimo caso ou óbito confirmado
por país e Estados brasileiros, visando uma melhor qualificação e visualização na comparação dos
dados. As informações dispostas permitem avaliar e comparar, em um mesmo gráfico, as variações
geográficas e temporais da distribuição dos casos e óbitos entre os estados brasileiros e outros 211
países. Conclusão: A construção de um painel eletrônico, com elementos visuais e dinâmicos, possível
de ser acessado a qualquer momento e em qualquer localidade, além de subsidiar a tomada de decisões,
o monitoramento e a avaliação das medidas de prevenção adotadas, possibilita o planejamento
apropriado das ações que se tornarão necessárias a readequação da oferta de serviços, conforme a
evolução dos novos casos e óbitos.
19
DISSEMINAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
DURANTE A PANDEMIA DE COVID 19
Leandro Farias Rodrigues, Pedro Baptista dos Santos; Clarice Ana Dalla Vecchia Hamilton; Marcia de Lima Rodrigues.
Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. da Universidade Federal do Rio Grande (HU-FURG)
20
FAPIS: FERRAMENTA DE APRESENTAÇÃO DE PAINÉIS DE INTELIGÊNCIA EM
SAÚDE
Abel Brasil Ramos Da Silva; Hemerson Bruno Da Silva Vasconcelos; Francisco Nilson Braga Da Silva Junior; Cleisson
Silva Dos Santos
21
FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DOS
TRABALHADORES DURANTE A PANDEMIA DE COVID 19
Leandro Farias Rodrigues; Alessandra Isabel Zille; Clarice Ana Dalla Vecchia Hamilton; Ellen Sabrina Gonçalves de
Oliveira; Fábia Aparecida Alves de Souza; Fabio Rossettini; Marcia de Lima Rodrigues; Pedro Baptista dos Santos.
Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. da Universidade Federal do Rio Grande (HU- FURG)
Introdução: De acordo, com Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde até 15 de agosto, foram
notificados 1.169.398 casos de Síndrome Gripal suspeitos de COVID-19 em profissionais de saúde no
e-SUS Notifica. Destes, 257.156 (22%) foram confirmados por COVID-19. Diante desse cenário, o
setor de Vigilância em Saúde e Segurança do paciente de um dos hospitais, vinculados à Empresa
Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) começou a intensificar as ações de vigilância e notificações
dos trabalhadores da instituição. Objetivo: Este trabalho, tem por objetivo descrever as ações de
enfrentamento durante a pandemia de COVID-19 realizadas pela Unidade de Vigilância em Saúde
(UVS) visando a segurança dos pacientes e profissionais de saúde, em parceria com o Serviço de Saúde
Ocupacional e Segurança do Trabalho (SSOST). Materiais e Métodos: A Unidade de UVS teve que
ser reestruturada pelo aumento da demanda durante a pandemia, a equipe que contava com uma
enfermeira, foi ampliada para oito pessoas no intuito de qualificar as atividades. Foi elaborado um
fluxograma onde todos os profissionais de saúde com sintomas de Síndrome Gripal (SG) deveriam
entrar em contato imediatamente com o SSOST. Este, repassava as informações para a UVS que
investigava os casos e notificava os trabalhadores no e-SUS Notifica e Vigihosp. Os primeiros casos,
de trabalhadores com SG surgiram no mês de abril, de pronto eram afastados de suas atividades pelo
SSOST por no mínimo 14 dias. Desde 28 maio, os profissionais de saúde que tiveram contato com
casos positivo para COVID-19 e se mantiveram assintomáticos, agendavam com a UVS o Teste Rápido
(TR) anticorpo. Sendo esse, realizado no laboratório de análises clínicas do hospital. Além disso, no
início de junho os trabalhadores sintomáticos, passaram realizar testes para identificação do
novo coronavírus (tipo RT-PCR) na própria instituição. Resultados e Discussão: Com as informações
obtidas através das notificações dos profissionais de saúde e informações repassadas pelo SSOST, a
instituição passou a divulgar semanalmente um Boletim Interno COVID-19 em que, até o presente
momento 318 colaboradores tiveram suspeita de covid-19, sendo 91 confirmados com 0 óbitos. Foram
realizados, aproximadamente 806 TR nos trabalhadores que tiveram contato com casos positivos para
COVID-19 e 215 RT/PCR em trabalhadores sintomáticos. Totalizando 1.021 testes e notificações nos
sistemas e-SUS Notifica e VIGIHOSP de profissionais de saúde. Conclusão: A partir dessas
informações, foi possível identificar as categorias profissionais e os setores com surtos de COVID-19;
reduzir o tempo de retorno dos trabalhadores as atividades com a ampliação e realização de testagem;
planejar e executar ações de controle da pandemia junto a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
(CCIH). Com essa experiência, a UVS pretende manter ampliada sua equipe e realizar outras ações
conjuntas com o SSOST para os agravos que mais acometem os trabalhadores da saúde, buscando a
melhoria da qualidade e segurança destes e dos pacientes.
22
IMPACTO DOS INDICADORES DE RESULTADOS MONITORADOS PELO NÚCLEO
INTERNO DE REGULAÇÃO DURANTE A PANDEMIA
Polyana Carina Viana Da Silva; Polyana Carina Viana Da Silva; Andréia Paula De Oliveira Aguiar; Clécia Reijane Lucas
De Oliveira Boecker; Gracyelle Alves Remígio Moreira; Francisca Edla Santos Leite Gurgel; Wedja Morgana De Carvalho
Silva Martins; Rachel Verônica Benício Correia Pereira, Cristiane Ribeiro Dos Santos Farias.
Introdução: O Ministério da Saúde aponta três grupos de atividades para o Núcleo Interno de
Regulação (NIR), que são fundamentais para otimizar o uso da capacidade instalada do hospital:
práticas de regulação, articulação com a rede de atenção à saúde e o monitoramento. O monitoramento
de indicadores é fundamental para conhecer o desempenho do NIR e identificar áreas com oportunidade
de melhoria, como também direcionar o planejamento para estratégias de gestão. Diante do cenário
epidêmico pela COVID-19, foram necessários ajustes na organização do serviço e no processo de
trabalho da equipe do NIR com vistas a evitar ou reduzir ao máximo a transmissão da doença durante
a assistência à saúde; e o plano de ação adotado refletiu os indicadores monitorados pelo
setor. Objetivo: Comparar os indicadores de resultados monitorados pelo NIR de um hospital
universitário e sua relação com a pandemia por COVID-19. Materiais e Métodos: Trata-se de um
estudo retrospectivo e documental, com a abordagem quantitativa, fazendo um comparativo entre o
período de abril a outubro dos anos de 2019 e de 2020. A referida instituição dispõe de 173 leitos de
internação que não sofreram redução e nem aumento no número durante a pandemia. Foram
selecionados três indicadores monitorados pelo serviço: número de internações hospitalares; taxa de
ocupação hospitalar e tempo médio de permanência em dias. Esses indicadores permitem acompanhar
a demanda e o acesso dos pacientes na unidade hospitalar e o comportamento do hospital frente a esses
indicadores. Resultados e Discussão: O indicador que trata do número de internações hospitalares
reflete a demanda interna e externa por leitos de internação, os números evidenciaram uma redução de
4% no número de internações em 2020 em relação ao ano de 2019. Esse dado reflete a diminuição na
oferta de cirurgias eletivas (redução de 40%); porém, o impacto no número de internações não foi muito
expressivo em virtude do aumento das internações obstétricas. A taxa de ocupação hospitalar avalia a
eficiência da gestão dos leitos operacionais do hospital, em relação a esse indicador houve uma redução
de 89,8% em 2019 para 79,1% em 2020. Em relação ao tempo médio de permanência, indicador que
reflete a gestão eficiente do leito operacional e as boas práticas clínicas, no ano de 2019 a média foi de
5,7 dias e 5,2 dias em 2020. A literatura relata que hospitais que internam predominantemente pacientes
agudos têm tempo médio de permanência variando entre 3 e 5 dias. Conclusão: Podemos concluir que
durante a pandemia a instituição teve redução nas internações, na ocupação de leitos e na média de
permanência. No entanto, os números apresentados sugerem que a instituição conseguiu gerenciar os
leitos no contexto da pandemia de forma satisfatória atingindo as metas dos indicadores dentro do
preconizado pelo Ministério da Saúde.
23
PADRÃO DAS INTERNAÇÕES EM LEITOS UTI-COVID DE UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DA REGIÃO CENTRO-OESTE
Dalton Santos Pinheiro; Cleuzieli Moraes dos Santos; Alberto Rikito Tomaoka; Juliana Rodrigues de Souza.
Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (HUMAP-UFMS)
24
PAINEL DATASUS: MONITORAMENTO EFICIENTE DAS INFORMAÇÕES DE
PRODUÇÃO E DE GLOSA AMBULATORIAL E HOSPITALAR
Introdução: Em tempos de profundas mudanças no cotidiano onde informações precisam ser rápidas,
simples, eficientes, robustas e de fácil acesso, o desenvolvimento de relatórios de inteligência capazes
de proporcionar insumos necessários para a tomada de decisão, torna-se um ativo obrigatório nas
instituições públicas que almejam excelência em sua gestão. Esse trabalho divulga um painel completo
(produção e glosa) que possibilita melhor gestão dos indicadores de faturamento (físico e financeiro)
oriundo dos dados divulgados pelo DATASUS e pelo gestor SUS, através de consulta e visualização
em formato de BI (Business Intelligence). Objetivo: Apresentar o Painel DATASUS como parte das
estratégias de monitoramento contínuo das produções ambulatoriais e hospitalares (AIH’s) e suas
respectivas glosas ambulatoriais e hospitalares, bem como os seus impactos na gestão
pública. Materiais e Métodos: O trabalho é um estudo descritivo, quantitativo, relato de experiência,
realizado em um Hospital Universitário Federal, executado durante o período de 2017 a 2020. O Painel
consiste na consulta às bases de dados do DATASUS (SIA e SIH), mais precisamente aos dados de
produção ambulatorial (PA) e produção hospitalar de AIH’s: rejeição (RJ), reduzida (RD), erros (ER)
e serviços hospitalares (SP). Além desses dados são consultados também os micro-dados do SIGTAP.
Uma outra fonte é disponibiliza pelo Gestor SUS referente ao extrato de produção e rejeição dos
procedimentos ambulatoriais em BPA e APAC. Todas as sete fontes são reunidas e integradas em um
grande banco de dados construído através do gerenciamento em datamining, que posteriormente são
importados no Power BI da Microsoft para construção dos indicadores de faturamento e produção final
do Painel. Resultados e Discussão: O Painel disponibiliza um fluxo completo de toda a monitorização
da produção e críticas realizada por um hospital público que atende ao SUS. São produtos e indicadores
do Painel: produção ambulatorial e hospitalar (AIH’s) em todos os níveis de agrupamento dos
procedimentos da tabela SIGTAP; uso de recursos de visualização gráfica; monitoramento do
faturamento produzido, aprovado e glosa (por motivos) divulgado pelo Gestor SUS em relação à
componente ambulatorial; consulta a todos os procedimentos realizados (procedimentos secundários)
realizados dentro das AIH’s, que agregam ou não valor; detalhamento dos motivos e rejeições das AIH’s
bem como indicadores para sinalizar o acontecimento de glosas nas AIH’s, além de métricas para a
contabilização e perda do valor financeiros nas AIH’s apresentadas. Conclusão: O Painel DATASUS
vem mostrando ser uma forma de inteligência cada vez mais eficaz no dia a dia das unidades de
monitoramento, regulação e faturamento dentro de uma gestão pública inovadora e transparente,
evitando o uso de métodos manuais de verificação. Um dos grandes impactos desse Painel foi o novo
remanejamento da FPO proporcionando retornos financeiros para procedimentos estratégicos de Alta
Complexidade e FAEC. Através da disponibilização e da criação desse Painel as áreas assistenciais e
administrativas (geral ou financeira), e colaboradores, são empoderadas para melhor tomada de decisão
e conhecimento de todo o fluxo de faturamento do hospital, garantindo melhor sustentabilidade e
eficiência em prol dos serviços públicos de saúde, antecipando-se, inclusive, às possíveis perdas.
25
PAINEL DE ANÁLISE DE GLOSAS: FERRAMENTA DE APOIO A GESTÃO
HOSPITALAR DURANTE A PANDEMIA
Wedja Morgana de Carvalho Silva Martins; Hemerson Bruno da Silva Vasconcelos;Rachel Veronica Benicio Correia
Pereira;Gracyelle Alves Remigio Moreira; Cristiane Ribeiro dos Santos Farias;Andreia Paula de Oliveira Aguiar;Francisca
Edla Santos Leite Gurgel; João Paulo Lima.
Introdução: A partir da preocupação das instituições públicas de saúde com a otimização dos recursos
financeiros aplicados a suas ações, principalmente durante a pandemia, em que houve mudanças
repentinas na produção hospitalar, foi criado o painel de análise de glosas. Instrumento desenvolvido
por Business Intelligence (BI) que permite a visualização de forma dinâmica e detalhada das glosas
ambulatoriais e hospitalares, contribuindo com o processo decisório na instituição. Objetivo: Descrever
o painel de análise de glosas e a aplicabilidade desse recurso para o monitoramento financeiro e o apoio
a tomada de decisão da gestão organizacional. Materiais e Métodos. Trata-se de um relato de
experiência da implementação de ferramenta desenvolvida por gestores do Setor de Regulação e
Avaliação em Saúde em parceria com o serviço de estatística de um Hospital Universitário Federal do
Nordeste brasileiro para controle e avaliação do seu faturamento, pois apesar de não se tratar de hospital
de referência para COVID-19 precisou reorganizar demandas devido a pandemia, subsidiando assim as
ações dos gestores. A instituição em foco possui contrato de gestão firmado com a Secretaria Municipal
de Saúde (SMS), no qual foi pactuado teto orçamentário, ou seja, valor mensal pré-estabelecido para o
repasse pelos serviços prestados. Após processamento da produção, a SMS disponibiliza os dados de
rejeições e glosas que são estruturados no formato de relatório no Power BI. Resultados e Discussão:
Durante a pandemia houve a diminuição no quadro de pessoal da instituição, dificultando a análise dos
relatórios, que até então eram extensos e requeriam tempo para a ampla compreensão. Em contrapartida,
urgia a necessidade de controlar ainda mais a produção financeira já impactada pela diminuição de
procedimentos eletivos e alteração significativa do padrão de internamentos. Nesse contexto, foi
desenvolvido o painel de análise de glosas que detalha de forma ágil, clara e objetiva os valores físico-
financeiros e motivos de glosas ambulatoriais e também de rejeições de AIH, associando as
reapresentações destas e a efetiva perda financeira, permitindo identificar gargalos e subsidiando as
decisões para que estas sejam embasadas no maior número de informações e com conhecimento
agregado na análise dos dados. A praticidade da ferramenta contribuiu para tornar essa análise rotineira,
gestores de áreas assistenciais e administrativas passaram a discutir os resultados mensais e traçar
estratégias para correção ou melhoria. As principais dificuldades encontradas e as propostas de ação
são levadas para discussão com a alta gestão, proporcionando a sustentação administrativa para
potencializar os resultados esperados. Conclusão: O painel de análise de glosas, baseado nos dados dos
sistemas de informação ambulatorial e hospitalar do SUS, constitui-se potencial ferramenta de suporte,
à medida que apresenta o faturamento hospitalar de forma estruturada, provendo aos gestores à tomada
de decisão com uma comunicação objetiva. As informações sintetizadas no instrumento demonstram o
panorama de produção, aprovação e rejeição dos serviços da instituição, contribuindo, em meio a
cenário adverso, para a saúde financeira da instituição e, consequentemente, a prestação de serviços
voltados à melhoria de vida da população.
26
MONITORAMENTO DA COVID-19 NO CONTEXTO HOSPITALAR: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Tâmela Beatriz Matinada Da Silva; Gabriela de Oliveira Silva; Márcia Amaral Dal Sasso; Leili Mara Mateus da Cunha;
Bruna Mafra Guedes; Lorena Bezerra Carvalho; Ana Rita Rodrigues dos Santos de Oliveira; Kleilma Leôncio da Silva.
Introdução: A pandemia da COVID-19 (Coronavirus Disease 2019 - doença infecciosa causada pelo
novo coronavírus SARS-CoV-2) mobilizou as instituições de saúde em todo o mundo, no sentido de
aumentar a capacidade de atendimento e minimizar os impactos causados pela doença. O nível de
qualidade dos processos assistenciais tem se tornado uma preocupação dos responsáveis pelo cuidado,
sendo encarado atualmente como o objeto principal de muitos sistemas de saúde em todo o mundo, com
o intuito de garantir assistência satisfatória ao paciente. Apesar das particularidades que envolvem o
atendimento aos pacientes durante a pandemia do Novo Coronavírus, faz-se necessário mensurar os
processos e resultados do cuidado em saúde durante esse período. Objetivo: Descrever a experiência
da elaboração de um Guia contendo indicadores para monitoramento da COVID-19 em uma rede de
hospitais universitários. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, no formato de relato
experiência sobre a construção coletiva e colaborativa de um Guia para monitoramento da COVID-19
no contexto hospitalar. Resultados e Discussão: Para subsidiar a construção do Guia, houve uma Etapa
Preparatória, em que foram elaboradas trinta fichas de indicadores específicas por meio de buscas em
bases de dados nacional e internacionais, avaliação de painéis e discussão, no aplicativo Teams, por um
grupo temático de trabalho. Após análise da administração central e dos hospitais, foram definidos
dezoito indicadores para coleta dos dados e validação pela rede de hospitais considerando validade,
confiabilidade, mensurabilidade, relevância e custo-efetividade. Nesta etapa, foram estabelecidos doze
indicadores para constar no guia, sendo estes relacionados a mortalidade, letalidade, ocupação e
permanência em leitos, e confirmação de diagnóstico. O Guia foi estruturado em seis seções, sendo elas
introdução, objetivo, orientações gerais, expectativas, referências e apêndice. Na introdução,
apresentou-se importância da gestão da qualidade e conceitos básicos sobre indicadores em saúde. O
objetivo do Guia foi orientar e ressaltar a importância do monitoramento e gestão dos serviços
hospitalares utilizando os indicadores específicos para monitoramento da COVID-19. As orientações
gerais apresentaram instruções relacionadas à implantação dos indicadores COVID-19, coleta de dados
para cálculos dos indicadores, a relação dos indicadores, o prazo para coleta e envio dos dados
preenchidos em planilha eletrônica em formato Excel®, a importância do monitoramento e análise dos
indicadores no cenário pandêmico. Na seção expectativas, apontaram-se os resultados esperados com
os indicadores. O apêndice contém as fichas dos indicadores específicos para a COVID-19. O
documento está em fase de validação, e a previsão para a publicação é novembro de 2020. Conclusão:
Este relato de experiência poderá subsidiar outras instituições na elaboração de ferramentas para
monitoramento e avaliação das ações de enfrentamento da COVID-19, bem como na gestão dos
serviços hospitalares no cenário pandêmico. O formato apresentado permite que os indicadores sejam
analisados e interpretados com facilidade pelos usuários da informação.
27
MONITORAMENTO DAS HABILITAÇÕES DE LEITOS RELACIONADOS À COVID-19 E
DA PRODUÇÃO ASSISTENCIAL NA REDE EBSERH
Paula Dos Santos Grazziotin; . Fábio Landim Campos; Gabriela Moreira Guimarães; Lívia Costa da Silveira; Rosiane de
Jesus Gomes; Tatiane Lemos Senna de Sousa; Yane Tainara Albonyz Pereira.
Introdução: Diante da publicação da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre
medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do
coronavírus responsável pelo surto de 2019, o Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 356, de 11 de
março de 2020, que regulamenta e operacionaliza o disposto na supracitada lei. Nesse contexto, foram
publicadas portarias para estabelecimento de recursos financeiros, inclusão de leitos e procedimentos
na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único
de Saúde (SUS), ações de telemedicina, habilitação de leitos de terapia intensiva adulto e pediátrico
exclusivos para a COVID-19, habilitação de leitos clínicos exclusivos para a COVID-19, entre outras
questões, as quais passam por atualizações frequentes pelo Ministério da Saúde. Objetivo: Com o
objetivo de subsidiar a atuação da Ebserh, em relação à habilitação de leitos de Unidade de Terapia
Intensiva Adulto e Pediátrica, Tipo II, e leitos de suporte ventilatório pulmonar para atendimento dos
pacientes com COVID-19, incluídas previsões de repasses de recursos decorrentes dessas habilitações,
bem como, o monitoramento da produção assistencial, foi desenvolvido o painel - Habilitações COVID-
19, por meio da ferramenta - Power BI, que fornece visualizações interativas e recursos de business
inteligence. Materiais e Métodos: Compilado no item 9. Objetivo. Resultados e Discussão: O painel
- Habilitações COVID-19 possibilitou identificar o movimento de habilitações, prorrogações,
desabilitações, repasses de recursos financeiros, subsidiando o monitoramento da vigência das
habilitações, a prestação de informações à área competente quanto aos valores a serem descentralizados.
Possibilitou, ainda, acompanhar o volume de internações por COVID-19 em leitos clínicos e de UTI, o
impacto da pandemia na produção assistencial e nos indicadores de gestão da atenção hospitalar. Até
06 de novembro de 2020, foram habilitados 419 leitos de UTI e de suporte ventilatório pulmonar na
Rede Ebserh, sendo cinco para atendimento pediátrico, 411 para atendimento adulto e três para
atendimento clínico com suporte ventilatório, e foram desabilitados 178 leitos de UTI. O aporte
financeiro total das habilitações, não contabilizadas prorrogações, foi, até o momento, de R$
69.496.000,00. Na tela de produção exclusiva para a COVID-19 é possível identificar a crescente
produção dos HUF e a proporcionalidade com a expansão do volume de leitos habilitados no período
de abril a agosto. Quanto aos indicadores de produção assistencial não relacionados à COVID-19 e
indicadores de gestão da atenção hospitalar, identifica-se queda nos resultados com tendência de
retomada nas próximas competências. Os indicadores Número de Consultas e Número de Exames de
Imagem apresentaram maior impacto, com queda expressiva a partir de março, tendo atingido menor
produção em abril. Conclusão: A ferramenta permitiu o monitoramento das habilitações e dos
respectivos financiamentos, da produção assistencial e dos indicadores de gestão da atenção hospitalar,
subsidiando a tomada de decisões. Permitiu, ainda, a transversalidade de ações das áreas envolvidas na
sua concepção e gestão, proporcionando o fortalecimento da integração de atividades e serviços
desenvolvidos.
28
MONITORAMENTO DA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA COVID-19: RELATO DE
EXPERIÊNCIA DA CONSTRUÇÃO DE BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO
Leili Mara Mateus da Cunha; Gabriela De Oliveira Silva; Tâmela Beatriz Matinada Da Silva; Bruna Mafra Guedes; Márcia
Amaral Dal Sasso, Lorena Bezerra Carvalho, Ana Rita Rodrigues Do Santos De Oliveira, Kleilma Leoncio Da Silva.
29
USO DE FERRAMENTA NA OTIMIZAÇÃO DA DESCENTRALIZAÇÃO DE RECURSOS
PARA ENFRETAMENTO DA COVID-19
Eduardo Ferreira de Sousa; Ana Amélia Américo Ferreira dos Santos; Andreia Cristina da Silva Jordão Emerenciano Pontes;
Denise Heleno de Souza Stopatto; Gleyce Pires Gonçalves do Prado; Jose Reinaldo Silva Costa.
30
UTILIZAÇÃO DE POWER-BI COMO INSTRUMENTO FACILITADOR NA COLETA DE
DADO PERTINENTES A GESTÃO DE LEITOS.
Juliana Rodrigues De Souza; Dalton Santos Pinheiro.
Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (HUMAP-UFMS)
31
UTILIZAÇÃO DO PAINEL DA PROGRAMAÇÃO PACTUADA E INTEGRADA-PPI NO
MONITORAMENTO DE INDICADORES DURANTE A PANDEMIA
Cristiane Ribeiro dos Santos Farias; Gracyelle Alves Remigio Moreira; Andreia Paula de Oliveira Aguiar; Wedja Morgana
de Carvalho Silva Martins; Roberta Grangeiro Oliveira Araújo; Rachel Veronica Benicio Correia Pereira; Francisca Èdla
Santos Leite Gurgel, Dharlene Giffoni Soares.
32
VIGILÂNGIA DAS OSCILAÇÕES NO MERCADO E SOLICITAÇÕES DE COMPRAS
APÓS DECLARAÇÃO DE PANDEMIA COVID-19
Denise Heleno de Souza Stopatto; Ana Amélia Américo Ferreira dos Santos; Andreia Cristina da Silva Jordão Emerenciano
Pontes; Eduardo Ferreira de Sousa; Gleyce Pires Gonçalves do Prado; Jose Reinaldo Silva Costa.
33
34
APOIO AO PROCESSO DE RECEBIMENTO DE RECURSOS FINANCEIROS
RELACIONADOS À PANDEMIA DE COVID-19
Aretha Carolinne Cavalcante dos Santos; Fábio Landim Campos; Juliana Ranalli Rinaldi; Diana Graziele Dos Santos;
Elizabeth Queiroz.
Introdução: Um Hospital Universitário Federal da Rede Ebserh possui contratualização com gestor
municipal de saúde, e com a pandemia da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (2019-nCoV),
participou do plano de contingência do município. O Ministério da Saúde estabeleceu políticas de
incentivo e recursos relacionados ao combate à pandemia. Nesse contexto, mostra-se importante
realizar uma efetiva articulação interfederativa para a garantia da melhor forma de repasse dos recursos
financeiros aos Hospitais Universitários Federais (HUF) e a consequente oferta adequada de ações e
serviços de saúde. Objetivo: Relatar a experiência de apoio à articulação entre esferas de gestão do
Sistema Único de Saúde (SUS), com a finalidade de viabilizar o repasse de recurso financeiro destinado
ao combate à pandemia de COVID-19, diretamente a um hospital gerido pela Ebserh, devido à
impossibilidade de recebimento via fundo municipal de saúde. Materiais e Métodos: Trata-se de relato
de experiência a respeito dos esforços empreendidos para a garantia de repasse dos recursos financeiros
referentes às ações relacionadas à Pandemia por 2019-nCov, a um hospital da Rede Ebserh. Para a
realização do estudo foi feito levantamento da legislação aplicável, das experiências vivenciadas e de
documentos relacionados ao processo de pactuação e aos esforços envidados para repasse direto dos
recursos ao hospital. Resultados e Discussão: O repasse de recursos financeiros para um HUF via
Fundo Nacional de Saúde (FNS) somente ocorreu mediante articulação com uma Secretaria Municipal
de Saúde (SMS) e o Ministério da Saúde (MS), devido à impossibilidade de recebimento dos recursos,
via fundo municipal de saúde (FMS), por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU). Para a
efetivação do repasse adequado, o hospital realizou estudos para estimar qual seria o custo das ações de
enfrentamento à pandemia no âmbito do próprio hospital, demandadas pelo gestor local do SUS. Além
disso, levantou-se o montante de recursos repassados ao município, a partir de portarias publicadas pelo
MS e, considerando que esses já haviam sido transferidos para o FMS, avaliou-se qual seria o método
possível, e também mais célere, para garantir que o hospital recebesse os recursos pactuados com o
gestor de saúde. A negociação foi realizada entre a Ebserh, HUF, SMS e o MS. Após sucessivas
discussões, pactuou-se o desconto de R$ 1.096.000,00 do teto financeiro de média e alta complexidade
do município (teto MAC), cujo repasse foi autorizado por meio de ofício do gestor ao MS, garantindo
o recebimento direto pelo HUF, via FNS, de três parcelas mensais, descontadas nos meses subsequentes
do teto MAC do município, e somadas ao repasse mensal previsto ao HUF. Conclusão: A partir da
experiência relatada, percebe-se a importância da constante interação e parceria entre os atores
envolvidos no processo de financiamento da assistência à saúde, a fim de garantir a sustentabilidade
dos hospitais universitários federais. A interlocução foi imprescindível para garantir o recebimento dos
recursos, e a sustentabilidade das ações de combate ao COVID-19 pelo HUF. Conclui-se que a
readequação da forma de repasse de recursos financeiros ao hospital contribuiu para a manutenção
adequada da oferta de serviços, uma vez que o aporte de recursos foi assegurado.
35
IMPACTO NA PRODUÇÃO HOSPITALAR DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO COM A
PANDEMIDA CAUSADA PELO NOVO CORONAVÍRUS
Gracyelle Alves Remigio Moreira; Andreia Paula de Oliveira Aguiar; Cristiane Ribeiro dos Santos Farias; Wedja Morgana
de Carvalho Silva Martins; João Paulo Lima; Rachel Veronica Benicio Correia Pereira; Roberta Grangeiro de Oliveira
Araújo; Clécia Reijane Lucas de Oliveira Boecker.
Introdução: A pandemia global causada pelo novo coronavírus (COVID-19) exigiu ações pela
Vigilância em Saúde para conter a propagação da doença; o planejamento contínuo do atendimento à
saúde da população; a reestruturação e reorganização da rede de serviços de saúde, bem como a criação
de novos equipamentos para atender à crescente demanda. O impacto foi sentido nos sistemas de saúde
mundialmente, que mudaram sua rotina de procedimentos em razão do coronavírus. Objetivo: Analisar
o impacto na produção hospitalar de um hospital universitário com a pandemia de COVID-
19. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem
quantitativa, que teve como fonte de dados o Sistema de Informação Hospitalar (SIH) do Sistema Único
de Saúde (SUS) acerca da produção hospitalar de um hospital universitário no Nordeste. Vale salientar
que o hospital em foco, não foi considerado referência para atendimento a pacientes com COVID-19
pela rede de saúde local. Analisaram-se os grupos de procedimentos clínicos e cirúrgicos e seus
respectivos subgrupos. Para analisar o impacto na produção hospitalar com a pandemia de COVID-19,
foi comparado a produção dos anos de 2019 e 2020, do período compreendido de março a agosto. Os
dados foram analisados de forma descritiva. Resultados e Discussão: O grupo de procedimentos
clínicos totalizou 3.260 procedimentos no ano de 2019 e 3.559 em 2020, apresentando um aumento de
9% na produção do último ano. Analisando por subgrupo, “Tratamentos Clínicos (Outras
Especialidades) ” aumentou 7% e “Parto e Nascimento” incrementou 22,2% em relação ao ano anterior.
Em contrapartida, “Tratamento em oncologia” e “Tratamento em nefrologia” tiveram suas produções
reduzidas em mais de 90%. Em relação ao grupo dos procedimentos cirúrgicos, no ano de 2019 a
produção foi de 2.483 procedimentos e em 2020 foi de 2.447, com redução de 1,4%. Com exceção do
subgrupo “Cirurgia Obstétrica”, que aumentou 28,3% a sua produção, os demais subgrupos de cirurgia
obtiveram diminuição na produção no ano de 2020. Esses dados refletem o cancelamento das cirurgias
eletivas por um período de quatro meses, as quais não estavam sendo realizadas a fim de evitar a
presença de pacientes no ambiente hospitalar e preservar a capacidade de leitos para receber pessoas
que necessitavam de internação por COVID-19, conforme recomendação do Gestor do SUS. Por outro
lado, notou-se aumento significativo no atendimento referente aos procedimentos obstétricos, em razão
do hospital ter assumido essa demanda de outras instituições da rede que foram destinadas
especificamente ao atendimento de pacientes com COVID-19. Conclusão: A pandemia COVID-19
acarretou mudança no perfil da produção hospitalar da referida instituição, principalmente com a
diminuição da produção de cirurgias e o aumento de procedimentos na área da obstetrícia. Esses
achados, consequentemente, também geraram impactos na manutenção das metas quantitativas e
qualitativas contratualizadas com o gestor do SUS durante o período estudado.
36
O REFLEXO DA COVID-19 NA PRODUÇÃO AMBULATORIAL DE UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO
Rachel Verônica Benício Correia Pereira; Cristiane Ribeiro dos Santos Farias; Roberta Granjeiro de Oliveira Araújo; Clécia
Reijane Lucas de Oliveira Boecker; Gracyelle Alves Remigio Moreira; Andreia Paula de Oliveira Aguiar; Francisca Edla
Santos Leite Gurgel; Polyana Carina Viana da Silva
37
REALINHAMENTO DAS METAS QUANTITATIVAS E FÍSICO-FINANCEIRAS
Nayara Luiza Sousa Do Carmo; Adele Melo Silva; Inara Itany Nery Ferreira
38
REPASSES FINANCEIROS DE RECURSOS MAC E FAEC NO CONTEXTO DA COVID-
19
Diana Graziele dos Santos; Enia Maluf Amui; Ailana Rodrigues Lira; Elida Pereira Nobre; Aretha Carolinne Cavalcante
Dos Santos; Ana Clara Gava Martins; Fabio Landim Campos; Elizabeth Queiroz
39
40
ACOLHER E REORGANIZAR: EXPERIÊNCIA DE UM AMBULATÓRIO DE PRÉ-
OPERATÓRIO DE ENFERMAGEM
Priscilla Viégas Barreto de Oliveira; Edeilson Vicente Ferreira; Edinaldo Brito dos Santos; Barbara Helena de Brito Angelo;
Diana Maria de Almeida Santos Cavalcanti; Maíria de Andrade Lima Pitta Marinho Ribeiro; Sylvana Maria Alves de Barros
Correia; Magdala de Araujo Novaes.
Introdução: A gestão das filas para consultas e procedimentos tem sido um gargalo nos serviços de
saúde que se repercute em longo tempo de espera para acesso da população a procedimentos eletivos.
Quando esse tempo de espera é por procedimento cirúrgico, carrega implicações tanto para o paciente,
desde a angústia natural por não ter acesso ao cuidado de que necessita, como a possibilidade de
agravamento de sua condição inicial; quanto para o profissional de saúde e hospital, já que pode
impactar no desfecho clínico, e tempo de internação, além do custo-efetividade, mesmo considerando
a saúde na perspectiva do direito, tendo em vista o subfinanciamento crônico do SUS. Mas essa questão
não é uma exclusividade brasileira, sendo realidade em pela metade dos países da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD). Essa situação requer avaliação constante de
estratégias que possam minimizar, com vias a superar, essa situação pelos serviços e profissionais
envolvidos e garantir a visão integral do cuidado às pessoas, principalmente considerando que com a
pandemia do novo coronavírus procedimentos eletivos foram suspensos na maioria dos serviços, com
queda vertiginosa das cirurgias. Objetivo: Esse trabalho objetiva refletir criticamente acerca da
experiência de implementação de um Ambulatório de Pré-operatório de Enfermagem em hospital
universitário como estratégia de acolhimento e reorganização de processos de trabalho com impacto
nas filas cirúrgicas e busca pela garantia do acesso e da integralidade ao cuidado. Materiais e Métodos:
Trata-se de relato de experiência de implementação de Ambulatório de Pré-operatório de Enfermagem
no período de pandemia do novo coronavírus, considerando a queda abrupta de cirurgias, tendo em
vista a necessidade de suspensão nos serviços de saúde dos procedimentos eletivos. Resultados e
Discussão: A integralidade da atenção e o acolhimento efetivo trazem segurança e confiança para as
pessoas usuárias do serviço de saúde e toda a equipe. Muitos pacientes ao se depararem com a
necessidade de cirurgia, apresentam muitas dúvidas importantes acerca do procedimento ao qual será
submetido, os cuidados se tiverem doenças crônicas descompensadas, questões emocionais, sociais e
cognitivas que interferem no entendimento, especialmente no pós-operatório, além dos casos em que a
cirurgia pode ser suspensa. No Ambulatório de Pré-Operatório de Enfermagem, o paciente recebe todas
as orientações do pré, trans e pós-operatório; acessa o programa de agendamento de exames e pareceres
necessários à realização da cirurgia, além da avaliação pré-anestésica agendada e confirmada pela
equipe. A abordagem da equipe de Enfermagem se faz necessária para acolher o paciente, otimizar o
processo de convocação para a cirurgia, o que se reflete na fila cirúrgica, promove atos cirúrgicos mais
seguros e humanizados e minimiza o número de suspensões, quando estas envolvem condições do
paciente. Conclusão: Mesmo com pouco tempo de funcionamento (cerca de dois meses), já é possível
afirmar o importante papel do Ambulatório de Pré-Operatório de Enfermagem na garantia da
integralidade do cuidado, que causa impactos na gestão das filas cirúrgicas. Apesar de entender que o
tempo de espera por cirurgias eletivas varia de acordo com um conjunto de fatores, e que os extremos
de desigualdades existentes no país contribuem enormemente na falta de acesso à saúde pela população,
os serviços de saúde do sistema público devem buscar aprimorar seus processos para benefício da
comunidade, seja interna ou externa ao hospital.
41
ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE REGULAÇÃO INTERNA DE PACIENTES GRAVES
PELO NOVO CORONAVÍRUS
Shirley Barbosa Ortiz Lima; Maria da Graça Cardoso Pereira Trindade; Eglivani Felisberta Miranda; Michele Andraus.
42
ATENDIMENTO AMBULATORIAL EM TEMPOS DE PANDEMIA: EXPERIÊNCIA DE
UM SERVIÇO ESPECIALIZADO
Dharlene Giffoni Soares; Francisca Édla Santos Leite Gurgel; Andreia Paula de Oliveira Aguiar; Isabel Cristina Leão de
Lima Oliveira; Polyana Carina Viana da Silva; Clécia Reijane Lucas de Oliveira Boecker; Wedja Morgana de Carvalho
Silva Martins; Gracyelle Alves Remígio Moreira.
Introdução: Diante do atual cenário de calamidade pública vivenciado pela pandemia do novo
Coronavírus desde março/2020 e da necessidade de diminuir ao máximo a exposição das pessoas ao
vírus, para assim, reduzir a velocidade do contágio, houve a suspensão dos atendimentos ambulatoriais
eletivos nas unidades de saúde do Estado do Ceará. A maioria das consultas agendadas foram suspensas,
porém, os serviços considerados críticos, como pré-natal de alto risco, patologia do trato genital inferior
(PTGI), mastologia (câncer), atendimento à violência sexual e doença trofoblástica gestacional (DTG)
foram mantidos, garantindo às usuárias a preservação dos atendimentos, dado a urgência, manutenção
do cuidado e os riscos oriundos de possíveis adiamentos dessas consultas. Objetivo: Apresentar os
desafios vivenciados pela equipe de regulação no período da pandemia com a reorganização das
agendas ambulatoriais. Materiais e Métodos: Trata-se de estudo descritivo, do tipo relato de
experiência de uma equipe da regulação ambulatorial frente aos desafios advindos com a pandemia na
reorganização das agendas ambulatoriais. O estudo foi realizado em um hospital universitário, entre os
meses de março e novembro de 2020. Resultados e Discussão: Entre março a junho de 2020, período
crítico da pandemia do coronavírus no Estado do Ceará, foram desmarcadas 4.645 consultas
ambulatoriais. Inicialmente não foi feito novo reagendamento por conta das incertezas que o período
trouxe, sem previsões exatas de retorno dos serviços. A partir do mês de julho, iniciaram-se os
reagendamentos das consultas ambulatoriais de forma gradual e em setembro, reestabeleceu-se o
atendimento de formal integral, se mantendo o número de consultas realizadas antes da pandemia. Até
o início do mês de novembro reagendamos 3.218 consultas que representa 69,27 % de remarcações.
Desta forma, observamos que 1.427 consultas não foram remarcadas, sendo que 87,10% não foram
reagendadas por não conseguirmos contato telefônico com a paciente e apenas 12,90% remarcações
ainda serão realizadas conforme surgimento de novas vagas. Os desafios vivenciados foram imensos e
agravados pela situação social, que impõe condições de vida e saúde precária, especialmente à
população residente nas periferias dos grandes centros urbanos. O enfrentamento dessa nova doença
exigiu mudanças radicais de comportamento nos níveis individual e comunitário, para pacientes e
profissionais de saúde. Como forma de garantir maior segurança, se estabeleceu blocos de horários de
atendimento em todos os serviços ambulatoriais, agendamentos de retornos por contato telefônico e foi
instituído a telemedicina, evitando aglomerações ampliando o acesso e reestabelecendo os atendimentos
das pacientes que tiveram suas consultas desmarcadas. Conclusão: A reorganização das agendas de
consultas ambulatoriais trouxe à equipe angústias e incertezas diante dos desafios impostos pelo Covid-
19. Por outro lado, oportunizou a implementação de novos instrumentos de trabalho e a adequação de
oferta de serviços de forma não presencial. Vislumbra-se que essas ferramentas e estratégias
desenvolvidas durante a pandemia fortaleçam os serviços de saúde e oportunizem mais acesso aos
usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
43
ATUAÇÃO DO/A ASSISTENTE SOCIAL E AS MEDIDAS DE PROMOÇÃO A SAÚDE EM
TEMPOS DE PANDEMIA
Francisco Rafael De Castro Chaves; Lara Silva De Sousa; Ana Karla Batista Bezerra Zanella.
Introdução: A pandemia de COVID-19 impôs ações urgentes para o combate e prevenção do contágio
em massa. Entre as ações, os órgãos de saúde pública indicam o isolamento social e a quarentena,
eficazes na contenção do vírus. Nos hospitais, para garantir a continuidade nos serviços de saúde foram
alterados rotinas e fluxos de atendimento, como: suspensão de cirurgias eletivas, atendimentos
ambulatoriais, atividades grupais, reorganização das clínicas de internamento, implantando enfermarias
para atendimento aos pacientes com suspeita ou confirmados com COVID-19. Objetivo: Relatar a
experiência da atuação de Assistentes Sociais no contexto da pandemia de COVID-19. Materiais e
Métodos: Relato de experiência vivenciado por Assistentes Sociais em uma instituição de
saúde. Resultados e Discussão: Na saúde, o Serviço Social busca identificar os aspectos sociais,
econômicos, políticos e culturais no processo saúde-doença, mobilizando os recursos existentes para o
seu enfrentamento. Assim, no contexto da pandemia que ora se apresenta, os/as Assistentes Sociais
foram desafiados a se adaptarem às novas rotinas de atendimento, preservando suas atribuições e
competências profissionais. De acordo com as orientações e normas técnicas do Ministério da Saúde
alguns protocolos de cuidado foram adotados nos serviços de saúde, tal como, a restrição de visita e
acompanhante para pacientes durante o internamento. Em decorrência disso, na instituição de saúde
foram implantadas estratégias que possibilitassem a comunicação entre os pacientes internados e seus
familiares, a fim de minimizar o sofrimento da ausência de contato presencial. Assim, priorizou-se as
orientações aos familiares e pacientes acerca dos novos canais de comunicação durante a pandemia,
ressaltando as mudanças da rotina institucional (admissão, internação e alta). Salienta-se a ampliação
dos atendimentos sociais, acolhimento às famílias, divulgação cotidiana dos mecanismos de acesso
destas informações acerca do estado de saúde dos pacientes internados e/ou manutenção de vínculo,
através dos plantões médicos (telefone) e visitas virtuais (meios eletrônicos), sendo este último
desenvolvido pela equipe psicossocial. Conclusão: Reafirma-se, em tempos de COVID-19, a
importância da atuação do/a Assistente Social como mediador (a) importante no âmbito institucional,
vez que este (a) colabora na elaboração de ações garantidoras de direitos dos usuários da saúde e figura
como elo entre pacientes, familiares e instituição.
44
ESTRATÉGIAS DESENVOLVIDAS PELA REGULAÇÃO DE LEITOS EM MEIO AO
COVID-19: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Jaime Emanuel Brito Araujo; Bruna Ravena Bezerra de Sousa; Consuelo Padilha Vilar Salvador; Cândida Maria Cavalcanti
Diniz.
45
ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO DO PROCESSO AMBULATORIAL EM
UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO FACE À LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO
Gustavo Benetti; Fernanda Kieling Pedrazzi.
46
FLUXO DE LIBERAÇÃO DO LEITO
Adele Melo Silva; Nayara Luiza Sousa Do Carmo; Inara Itany Nery Ferreira
47
GESTÃO DO ACESSO DE PACIENTES AOS CONSULTÓRIOS MÉDICOS EM UNIDADE
AMBULATORIAL - UMA EXPERIÊNCIA EXITOSA.
Maria Catarina Cândido Árabe; Marcela Venecci Núñez Aguilera; Hélida Rosa Silva; Janna Talita Araújo Souza.
Introdução: Com o advento da pandemia causada pela propagação da COVID-19 várias medidas
sanitárias foram recomendadas à população e aos estabelecimentos que atuam na área da saúde, dentre
elas, o distanciamento social, o uso de máscaras e a higienização dos espaços comuns com produtos
adequados. Nesse sentido, o planejamento para a adoção das novas medidas de acesso aos consultórios
fez-se necessário, visando o cumprimento das recomendações de distanciamento social da Organização
Mundial de Saúde, Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde do Estado e o estabelecimento de Decreto
Municipal em relação à pandemia. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo avaliar
estatisticamente a oferta de consultas e a gestão da qualidade da assistência em relação à propositura de
escalonamento, em função do distanciamento social, de entrada do paciente nos consultórios médicos
e o impacto dessa medida no atendimento da especialidade Endócrino – Diabetes Adulto em Unidade
Ambulatorial. Materiais e Métodos: Para a análise quantitativa e qualitativa da efetividade, em relação
às estratégias de otimização de atendimento das consultas, foram utilizados dados extraídos do
Aplicativo de Gestão dos Hospitais Universitários (AGHU) no período de março a julho/2020 e as
estratégias propostas pela Gestão Hospitalar. Com a finalidade de promover o distanciamento social,
higiene adequada e absoluto cumprimento das recomendações ficou acordado, pela gestão da
Instituição, que o número de atendimentos não excederia a 20 pacientes/dia - um paciente por
consultório a cada 45 min, sendo reservados 15 minutos para limpeza do ambiente. Nesse sentido, os
dados coletados mostraram que no mês de março foram atendidos 74 pacientes (19 por dia de
atendimento); abril: 26 pacientes (5 por dia de atendimento); maio: 41 pacientes (10 por dia de
atendimento); junho: 48 pacientes (10 por dia de atendimento) e julho: 86 pacientes (17 por dia de
atendimento). Considerando, que a especialidade atende uma vez por semana, com carga horária de 04
horas/dia, e conta com uma equipe composta de um profissional especialista/preceptor e 05 residentes,
verificou-se que seria possível atender as regras estabelecidas pelo decreto municipal em relação ao
distanciamento social. Resultados e Discussão: O estudo apontou que, nesta especialidade, a oferta do
serviço já contemplava um quantitativo que poderia ter continuidade, sem prejuízos da garantia à
segurança do paciente e dos profissionais que atuam no setor. Observou-se que a entrada escalonada
proporcionou tranquilidade aos pacientes e aos profissionais de saúde em atuação nos consultórios
ambulatoriais. Além disso, limitou-se um acompanhante por paciente, sempre e somente, se necessário.
Inferiu-se com essa análise que o impacto nos atendimentos ficou evidente nos meses de abril a
junho/2020 se comparados ao mês de março, e principalmente, no mês de abril/2020 quando se deu o
início do cumprimento do decreto municipal, voltando à sua normalidade no mês de julho/2020.
Conclusão: Pela observação, dos aspectos analisados, as medidas relacionadas ao escalonamento no
horário das consultas possibilitaram que a segurança dos pacientes e dos profissionais que atuam na
Unidade, fosse preservada, ratificando a melhoria na gestão da qualidade do acesso às dependências da
Instituição, tornando a proposta uma experiência exitosa.
48
IMPACTO DA REGULAÇÃO CIRÚRGICA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Helder Ferreira De Souza; Thiana Sebben Pasa; Karine Winterhalter; Maíra Maria De Alencar Oliveira; Joseane Silva Da
Rosa; Márcia Beatriz Marzari.
Introdução: Em 2013, foi instituída a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP), a qual
estabelece as diretrizes para a organização hospitalar da Rede de Atenção à Saúde, no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS), por meio da Portaria Nº 3.390, de 30 de dezembro (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2013). No ano de 2017 esta política sofreu alterações e entre elas foi reforçada a necessidade de ser
constituído o Núcleo Interno de Regulação (NIR) a fim de viabilizar o monitoramento do paciente desde
sua entrada na instituição, suas movimentações internas, até a alta (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017).
O NIR tem o propósito de ser a interface com as Centrais de regulação, traçar o perfil dos atendimentos
no âmbito do SUS, organizando o acesso ambulatorial, aos serviços de apoio e diagnósticos
terapêuticos, estabelecer critérios e regular leitos de internação, gestão da lista cirúrgica e altas
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). Com vistas a isso a instituição deu início a Regulação Cirúrgica.
Esse serviço tinha como objetivo a organização das listas cirúrgicas e hoje, além dessa organização
juntamente com as equipes assistentes, planeja o circuito cirúrgico eletivo (realização dos exames e
avaliação pré-operatórios em ambulatório, orientações e preparo, internação, até a realização do seu
procedimento e a previsão da alta). Este planejamento influencia na otimização dos leitos
hospitalares. Objetivo: Apresentar os resultados da implantação da Regulação Cirúrgica em um
hospital universitário. Materiais e Métodos: Estudo descritivo e longitudinal, realizado em um
hospital universitário de alta complexidade, no interior do estado do Rio Grande do Sul. Para responder
o objetivo, serão apresentados dados referentes ao tempo de permanência dos pacientes na Unidade de
Cirurgia Geral e o número de cirurgias realizadas. Os dados apresentados compreendem os anos de
2014 a 2018. Ou seja, os primeiros cinco anos de implantação do serviço na instituição. Justifica-se este
período pelo fato do serviço ter organizado a lista cirúrgica partir do ano de 2014. Dessa forma, foram
avaliados os dados referentes aos cinco primeiros anos do serviço. Estes dados foram gerados pelo Setor
de Estatística da instituição. Resultados e Discussão: Os dados avaliados apontaram diminuição no
tempo de permanência dos pacientes na Unidade de Cirurgia Geral, no decorrer dos anos. Em 2014 a
média de permanência dos pacientes nesta unidade era de 12,8 dias. Em 2018, esta média cai para 5,7
dias. Esta diminuição no decorrer dos cinco anos é gradativa e se justifica pelo fato do setor organizar
os exames e avaliações pré-operatórios ambulatorialmente. Com a diminuição no tempo de
permanência dos pacientes na unidade cirúrgica, há maior rotatividade e otimização das salas cirúrgicas.
Em 2014 o número de cirurgias realizadas no Bloco Cirúrgico foram de 5404, já em 2018 este número
chegou a 7386. Observou-se aumento gradual no número de procedimento realizados no decorrer dos
anos, aumentando em aproximadamente 37% o número de cirurgias. Conclusão: O planejamento das
cirurgias eletivas refletiu no tempo de internação dos pacientes cirúrgicos e na otimização das salas
cirúrgicas.
49
IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE TRIAGEM NO CONTEXTO DA
PANDEMIA COVID-19 EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Leonardo Rodrigues Dos Santos; Leonardo Rodrigues Dos Santos; Victor Souza De Matos; Genilde Gomes De Oliveira;
Laíse Maiara Santos Santana Rosário; Silvania Carla Uanús Costa; Thais Oliveira Santos Alves.
Introdução: A pandemia de COVID-19 representa um dos maiores desafios sanitários dos últimos
anos, uma vez que a doença se apresenta clinicamente de forma variada em relação aos sintomas e à
gravidade. Sua forma de contaminação por aerossóis e fômites contribui com o aumento da demanda
nos serviços hospitalares, impondo aos gestores o desafio de garantir recursos humanos e materiais
suficientes, bem como assegurar a implementação de fluxos assistenciais eficazes, capazes de prevenir
infecções nosocômios e a contaminação dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente à
COVID-19. A questão norteadora da pesquisa foi: O fluxo delineado para a admissão de pacientes no
período de pandemia foi capaz de garantir a segurança do paciente e profissionais envolvidos? Tal
pesquisa se justifica pela necessidade de avaliar as ações desenvolvidas pelo setor de regulação de leitos
no período de pandemia, visando aprimoramento contínuo. Objetivo: Relatar o processo de admissão
de pacientes clínicos em um Hospital Universitário, durante a pandemia da COVID-19. Materiais e
Métodos: Método: trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência acerca da
implementação de protocolo padronizado de triagem e admissão durante a pandemia de COVID. Por
tratar-se de um relato de experiência, a pesquisa em questão não exige apreciação do Comitê de Ética
em Pesquisa (Inciso 7, art. 1, da resolução 510 de 07 de abril de 2016 do CONEP) tendo sido, entretanto,
autorizada previamente pela Gerência de Ensino e Pesquisa, garantindo-se a confidencialidade dos
dados. Resultados e Discussão: Resultados: Inicialmente, foi instituído o Score de risco para COVID
(Ficha de triagem de Pacientes para detecção de Sintomas Respiratórios). Essa ferramenta contribuiu
para o gerenciamento e agilidade na regulação e admissão dos pacientes no hospital, priorizando o
atendimento de acordo com a suspeita de síndrome gripal (classificado como baixo risco, médio e alto
risco), aplicado pela equipe de triagem, com o intuito de identificar os pacientes elegíveis ao
internamento em enfermaria comum. Após a triagem, o paciente era encaminhado à enfermaria de
transição, localizada no setor de infectologia, onde permanecia isolado para testagem. Em caso de
testagem negativa, o doente era transferido à enfermaria comum e, se positivo, era direcionado à
enfermaria/UTI COVID. Eventualmente, diante da inexistência de vagas na enfermaria de transição,
era realizada a testagem para COVID antes da internação (RT - PCR para COVID ou teste sorológico
específico, conforme protocolo Institucional). Nessa condição, o paciente que testasse positivo e
estivesse em condições de realizar a quarentena em casa, era orientado a fazê-lo. Entretanto, caso
apresentasse condição clínica que o impossibilitasse de aguardar esse período em domicílio, este era
orientado a procurar uma das urgências do município para atendimento inicial. Os pedidos externos de
transferência de pacientes com COVID encaminhados pelas Centrais Estadual e Municipal de Leitos
eram repassados aos médicos reguladores, diariamente, das 08 às 20hs, a fim de que fossem avaliados
para definição de prioridade e liberação de vaga, respeitando o tempo resposta máximo de 01
hora. Conclusão: A implementação de protocolos resultou em benefícios a equipe e usuários,
possibilitando maior segurança e assistência no período pandêmico.
50
IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE CONTIGÊNCIA DURANTE A PANDEMIA POR
CORONAVÍRUS NA FARMÁCIA DO CENTRO CIRÚRGICO
Francisca Marliane Teixeira de Sousa; Thaís Barbosa de Oliveira; Affonso Lucas Sanguinetti de Oliveira; Arinice de
Menezes Costa Loureiro; Aracélia Gurgel Rodrigues; Giovanni Araújo Ferreira; Aline Maria Parente de Freitas Veras.
Introdução: O contexto da pandemia por coronavírus (COVID-19) ocasionou várias adaptações nas
rotinas da assistência farmacêutica hospitalar, especialmente no centro cirúrgico. Para isso foram
desenvolvidos planos de contingência devido a situação de emergência de forma a minimizar a
contaminação entre as equipes assistenciais. Objetivo: Implementar o plano de contingência entre a
farmácia e o centro cirúrgico de forma a prevenir a contaminação entre os funcionários. Materiais e
Métodos: Foram realizadas reuniões entre os profissionais de saúde em uma maternidade pública, no
ano de 2020, para desenvolvimento desse plano entre o serviço de farmácia e o centro cirúrgico para
que fossem adotadas medidas preventivas dentro do contexto de pandemia. Resultados e Discussão:
Foi desenvolvido uma logística de fluxo dos produtos farmacêuticos nos casos suspeitos ou confirmados
de COVID-19. Durante a rotina da farmácia do centro cirúrgico foram recomendados que os psicobox
(sistema de caixas que permite uma melhor organização dos produtos para a saúde e dos medicamentos)
ficassem fora da sala cirúrgica e os anestesistas retirassem apenas os medicamentos e produtos para a
saúde os quais seriam utilizados durante a cirurgia, evitando contaminação de todos os produtos
farmacêuticos contidos nos mesmos. Em caso de desistência do uso e de devolução de medicamentos
do centro cirúrgico ou da sala de recuperação, estes deverão ser colocados em saco plástico por
profissional de saúde devidamente paramentado e ficar em quarentena por 10 dias. Nos casos de
entubação endotraqueal, os produtos para a saúde utilizados seriam repostos após solicitação da
enfermagem ou médico. Já para o recolhimento dos medicamentos e/ou produtos para saúde saídos da
quarentena para a reposição na farmácia estes serão desinfectados com álcool 70%, durante período
diurno em horário oportuno pela farmácia satélite e encaminhados à farmácia do centro
cirúrgico. Conclusão: A pandemia do COVID-19 colocou os profissionais de saúde em situações de
um novo contexto de trabalho em que novas rotinas e fluxos tiveram que serem adotados visando
minimizar a contaminação entre os profissionais de saúde do centro cirúrgico.
51
NOVA ROTINA: MUDANÇAS NO SERVIÇO DE FARMÁCIA DO CENTRO CIRÚRGICO
DURANTE A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS
Francisca Marliane Teixeira de Sousa; Thaís Barbosa de Oliveira, Affonso Lucas Sanguinetti de Oliveira, Arinice de
Menezes Costa Loureiro, Aracélia Gurgel Rodrigues, Aline Holanda Silva, Alisson Menezes Araújo Lima, Aline Maria
Parente de Freitas Veras.
Introdução: A infecção pelo coronavírus COVID-19 fez necessário a adoção de novas rotinas e fluxos
no serviço hospitalar, principalmente no serviço farmacêutico que integra a linha de frente do combate
ao COVID-19, com a adoção de nova jornada de trabalho e medidas de prevenção a saúde. Objetivo:
Descrever as mudanças na rotina e nos fluxos da farmácia do centro cirúrgico durante a
pandemia. Materiais e Métodos: Foram formulados fluxos para os profissionais de saúde no serviço
de farmácia para que fossem adotadas medidas preventivas dentro do contexto da pandemia, em uma
maternidade pública, no ano de 2020. Resultados e Discussão: Foram realizadas mudanças no turno
de trabalho dos profissionais de saúde da farmácia do centro cirúrgico como recurso da gestão de
recursos humanos, onde não deveria ter mais de quatro funcionários por turno, na tentativa de manter
distanciamento de 1,5 metros entre os mesmos, gerando uma demanda por mais espaço. Realizados
treinamentos para o uso correto dos equipamentos de proteção individual e demonstrado a importância
dos mesmos. Também foram adotadas medidas de boas práticas como a desinfecção com álcool a 70%
após recolhimentos de medicamentos e/ou produtos para saúde de casos suspeitos ou confirmados de
COVID- 19 oriundos do centro cirúrgico e armazenados em sacos plásticos após devolução, por
funcionário devidamente paramentado e permanecido 10 dias em quarentena. Além disso, os
dispositivos de transporte utilizados nas reposições dos setores seriam diariamente lavados com água e
sabão pela funcionária dos serviços gerais. Conclusão: Diante disso, é importante a adoção de medidas
de prevenção ao coronavírus pelos profissionais de saúde de forma a garantir a segurança e a qualidade
da assistência farmacêutica com o objetivo de fornecer o melhor atendimento ao paciente.
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PLANO DE CONTINGÊNCIA COMO AÇÃO ESTRATÉGICA NO ENFRENTAMENTO DA
PANDEMIA COVID-19
José de Ribamar Medeiros Lima Junio; Joyce Santos Lajes; Natalino Salgado Filho; Frankcelina Sandra de Sousa Lima;
Tereza Rachel Gomes Alencar; Ana Luiza Rodrigues Bezelga Assef; Sirlei Garcia Marques; Caroline Maranhão Melo
Marinho.
Introdução: Os hospitais da Rede Ebserh, tem por finalidade implementar ações de ensino, pesquisa e
assistência na área de saúde e é referência nacional em vários serviços dos mais variados graus de
complexidade. Diante do atual cenário mundial que vivenciamos pela infecção do novo coronavírus
(SARS-CoV-2), vírus extremamente contagioso que pode ocasionar manifestações clínicas de leves até
a necessidade de tratamento hospitalar avançado, diante disso faz-se necessário instituir novas
estratégias para assegurar uma assistência de qualidade que possa atender as demandas dos clientes,
bem como fortalecer os processos existentes no serviço. Objetivo: Este estudo pretende relatar o plano
de contingência elaborado pela equipe como ação estratégica para o enfrentamento da pandemia do
Covid-19. Materiais e Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória, com abordagem
qualitativa a partir da elaboração de um plano de ações para o enfrentamento da pandemia atual do
coronavírus, descrevendo as estratégias utilizadas bem como os eixos de atuação específicano combate
ao novo vírus. Resultados e Discussão: A elaboração do referido plano contou com a criação prévia
do Comitê de Operações de Emergência de um hospital da rede, e tinha a participação de representantes
de áreas estratégicas para realizar a gestão institucional para enfrentamento da COVID-19, além de
definir diretrizes e dar os devidos encaminhamentos com relação a Pandemia, a partir de encontros
diários para estabelecer as ações a serem implementadas. A partir deste plano, foram elaborados
protocolos específicos contemplados em três eixos (Medidas de prevenção, diagnóstico, notificação e
controle; Fluxos/protocolos externos e internos; Gestão de itens essenciais ao atendimento). No
primeiro eixo destaca-se o treinamento de colaboradores; a elaboração de produção de material
audiovisual (cartilhas, folders e vídeos) para permitir a ampla divulgação de informações entre os
profissionais e clientes; flexibilização da jornada de trabalho para diminuir a exposição dos funcionários
ao vírus; acompanhamento psicológico dos profissionais como forma de diminuir os impactos
provocados pela pandemia; Teleorientação para profissionais e pacientes; notificação nos sistemas E-
SUS e Vigihosp; afastamento dos colaboradores com sintomas gripais e realização de Testagem (RT-
PCR), Suspensão de visitas, consultas e cirurgias eletivas. No segundo eixo onde temos os fluxos e
protocolos externos e internos, foram realizados Admissão via regulação municipal, além Admissão via
pronto atendimento; a elaboração de fluxos de atendimento, bloco cirúrgico, apoio diagnóstico e
terapêutico para organizar o serviço, bem como a formulação de termos de consentimento e também o
protocolo de atendimento ao Covid-19. No último eixo referente a gestão assistencial, foram abertos
leitos exclusivos para Covid-19, a contratação de profissionais, com escalas especificas permitindo um
tempo mínimo de exposição, bem como a estruturação de um alojamento para os profissionais
permitindo assim maior segurança e diminuindo a propagação para os familiares dos que estavam na
assistência direta aos pacientes com Covid-19. Além da garantia no abastecimento de insumos.
Conclusão: A elaboração de um plano permite uma melhor visualização dos fluxos, e organização dos
processos de trabalho, e com isso visualizou-se uma estratégia eficaz do hospital na criação e
implementação do plano no serviço.
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PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO NO APOIO AO GERENCIAMENTO DE
LEITOS
Introdução: O Procedimento Operacional Padrão (POP) é uma ferramenta de gestão da qualidade nos
serviços de saúde. No setor de regulação assistencial, é um recurso fundamental no gerenciamento de
leitos, funcionando como um instrumento de implementação de melhorias e geração de resultados,
mensurados através de indicadores de desempenho. Objetivo: Normatizar e padronizar os
procedimentos administrativos de alta hospitalar e transferências internas e externas dos pacientes,
através do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários - AGHU. Materiais e Métodos: Trata-
se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência. Após contratação de novos colaboradores para
atuarem na pandemia do COVID-19, identificamos várias inconsistências em relação as altas
hospitalares e liberação dos leitos no sistema AGHU. Os POPs da Unidade de Regulação Assistencial
foram implementados após revisão e aprovação da Gerência de Atenção à Saúde e Segurança do
Paciente. Foram disponibilizados 03 POPs de procedimentos administrativos – Alta Hospitalar,
Transferência do Paciente (Intra-hospitalar) e Transferência do Paciente (Inter-hospitalar), com o passo
a passo da descrição das atividades, ilustrações capturadas do AGHU e formulários de solicitação de
regulação (Central de Regulação Interestadual de Leitos – CRIL) e de leitos de retaguarda. Seis (06)
indicadores foram padronizados através da implantação dos POPs. Resultados e Discussão:
Diminuição dos erros rotineiros referentes ao tipo de alta – desistência do tratamento e evasão, situação
do leito – reservado e bloqueio administrativo e hora saída da alta hospitalar em tempo real,
demonstrando ser uma ferramenta prática para treinamento pelos gestores das unidades assistenciais,
alcançando uniformidade nos procedimentos administrativos de gerenciamento de leitos. Conclusão:
O impacto de uma ação de implantação de uma ferramenta que orienta e monitora os indicadores é de
fundamental importância na construção de um plano de ação que garanta uma correção dos problemas
identificados. A revisão dos POPs é necessária, monitorando e avaliando a execução dos mesmos, bem
como a adoção da estratégia de educação permanente das diferentes categorias profissionais, visando a
melhoria dos processos gerenciais.
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REGULAÇÃO DE PACIENTE SUSPEITO OU CONFIRMADO DE COVID-19 DA REDE
DE SAÚDE DO ESTADO PARA UM HOSPITAL PÚBLICO FEDERAL DE ENSINO: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Inêz Carneiro Barbosa; Ana Carolina Pastl Pontes; Erisvaldo Ferreira Cavalcante Júnior; Francisco de Assis Costa; Marcelo
Nogueira de Freitas; Valtuir Barbosa Felix.
Introdução: Com a pandemia da Covid-19 foi necessária a adoção de medidas emergenciais para
proteção individual e coletiva, levando os sistemas de saúde do Brasil a se reorganizarem e se
adaptarem. Diante disso, o hospital se disponibilizou a cumprir o seu mister, contribuindo com os
atendimentos dos pacientes com Coronavírus (Covid-19), empenhando todos os esforços com vistas a
minimizar a proliferação e a contaminação de pacientes, trabalhadores e sociedade em geral. O hospital
habilitou 22 leitos de UTI adulto e 16 leitos clínicos, totalizando 38 leitos novos exclusivos para
atendimento dos pacientes com Codiv-19, localizados na Unidade Covid-19. Para o enfrentamento da
pandemia da Covid-19, o Estado criou a Central Estadual de Regulação de Leitos Covid visando
facilitar os fluxos de transferências de pacientes das Unidades de Pronto Atendimento e Hospital Geral
do Estado para os hospitais de referência. Objetivo: O trabalho tem como objetivo apresentar a
experiência de um hospital de ensino público federal com a implantação de um Núcleo Interno de
Regulação de Leitos Covid-19 formado por médicos para realizar as transferências de pacientes com
casos suspeitos ou confirmados. Materiais e Métodos: Desse modo, o estudo caracteriza-se como
descritivo, tipo relato de experiência. Resultados e Discussão: O hospital, com o intuito de ocupar os
leitos de forma organizada, realizando transferências de pacientes com segurança e eficiência, tentando
contribuir para evitar o colapso da Rede de Leitos SUS, implantou um Núcleo Interno de Regulação de
Leitos Covid (NIRLC), funcionando 24 horas por dia, com uma equipe composta exclusivamente pelos
médicos que tiveram seus atendimentos eletivos suspensos em virtude da Pandemia. Para facilitar as
regulações foi criado um check list, validado com o Estado, com todas as informações clínicas do
paciente para facilitar as discussões dos casos entre os médicos reguladores e os médicos plantonistas
da Unidade Covid-19. O médico regulador só realizava a liberação da vaga para a Central de Regulação
Covid-19 do Estado com a autorização do médico plantonista da Unidade Covid-19 do hospital. Após
a autorização da vaga o médico plantonista da Unidade Covid-19 realizava a emissão do laudo da AIH
do paciente que seria transferido, encaminhando o laudo para o Serviço de Admissão e Alta para agilizar
a internação no Sistema de Gestão Hospitalar e a equipe de enfermagem dava início a preparação do
leito para o recebimento do paciente. No total foram regulados 192 pacientes da capital e do interior
para o hospital. O NIRLC otimizou as internações, evitando que os pacientes esperassem por
atendimento e tivessem seus quadros clínicos descompensados e agravados. Conclusão: A resposta
dada com o núcleo de regulação, durante a pandemia, demonstrou que é fundamental ampliar essa
interlocução e discussão sobre a necessidade de criação de um fluxo de regulação de leitos dos pacientes
do Estado, com o propósito de assegurar que as políticas públicas cheguem a quem realmente precisa.
Tanto a criação do NIRLC quanto da Central Estadual de Regulação de Leitos veio contribuir com a
otimização da ocupação de leitos da rede de saúde no Estado.
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REORGANIZAÇÃO DE UM SERVIÇO AMBULATORIAL PARA O ENFRENTAMENTO
DA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS
Juliana Rodrigues De Souza; Gilson Ribeiro Barboza; Andrea De Siqueira Campos Lindenberg; Cleuzieli Moraes Dos
Santos.
Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (HUMAP-UFMS)
Introdução: A Organização Mundial da Saúde classificou a Doença pelo Coronavírus 2019 (COVID-
19) como pandemia, em 11 de março de 2020, desafiando os sistemas de saúde a adaptarem suas rotinas
para o enfrentamento desta infecção, mantendo os atendimentos essenciais. Objetivo: Demonstrar os
resultados positivos da reorganização dos processos de trabalho do serviço ambulatorial de um hospital
universitário da Região Centro-Oeste durante a pandemia do coronavírus. Materiais e Métodos: Relato
de experiência de um hospital universitário, que implementou um plano de atendimento ambulatorial
adaptado ao enfrentamento da pandemia, em parceria com uma faculdade de medicina, como estratégia
para o enfrentamento do COVID-19, sem prejuízos ao calendário acadêmico do 5° ano do referido
curso. Os atendimentos foram iniciados em 19 de maio de 2020 priorizando as agendas de pacientes
egressos da própria instituição. Foram cumpridos os protocolos de biossegurança, disponibilizados
equipamentos de proteção individual, sinalizações de distanciamento e acolhimento dos pacientes e
profissionais na recepção. Implantado o agendamento de consulta com horário marcado, desinfecção
dos consultórios a cada paciente e limpeza terminal duas vezes por dia. Optou-se por não manipular
prontuários físicos nesse período, utilizando o Aplicativo de Gestão dos Hospitais Universitários
(AGHU) nos atendimentos. A marcação das consultas foi realizada via telefone, sendo orientado:
pontualidade (tolerância máxima de 10 minutos), uso de máscaras, distanciamento na recepção,
restrições sobre acompanhantes, além de informar que pacientes com sintomas respiratórios não
poderiam comparecer na consulta, mas que teriam prioridade no agendamento posterior. Coube ao
porteiro organizar a fila de pacientes fora do prédio, disponibilizando álcool para higienização das mãos
e máscaras descartáveis, além de direcionar o fluxo de acesso à triagem respiratória realizada por
enfermeiras. No caso de ausência de sintomas gripais, o paciente era direcionado à recepção do
ambulatório para o atendimento. Em pacientes com sintomas gripais era informado a impossibilidade
da realização da consulta, porém foi prevista a sensibilização para agendamento da coleta de exame
PCR no serviço drive-thru disponibilizado pelo gestor municipal, além de possibilitar a troca de receita,
acesso a laudos de exames e orientações do médico especialista. Resultados e Discussão: Observou-
se que, de maio a outubro de 2020, apenas oito pacientes compareceram no ambulatório com sintomas
gripais, demonstrando que as orientações feitas no momento do agendamento, via contato telefônico
foram efetivas. As equipes utilizaram o sistema AGHU durante as consultas, evitando manipulação dos
prontuários físicos, que foram acessados pela equipe do Serviço de Arquivo Médico, apenas para
arquivar os documentos gerados, visto que a instituição não possui prontuário eletrônico com
certificação digital. Os profissionais mantiveram a pontualidade dos agendamentos nos horários
marcados, contribuindo para o controle do número de pessoas na sala de espera, evitando aglomerações
e proporcionando humanização ao atendimento. Conclusão: As estratégias implementadas foram
positivas, ao ponto do hospital instituir um grupo de trabalho para retomada dos atendimentos
ambulatoriais e adotar tais medidas de maneira permanente, impulsionando assim a melhora dos
processos assistenciais e dos fluxos do serviço ambulatorial.
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REORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE AUDITORIA FRENTE À PANDEMIA DE COVID-
19: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Araceli Moreira De Martini Fontenele; Nídia Licia Sodré Pinheiro; João Rogério Sá dos Santos; Carlos Henrique da Silva
Santos; Rafael da Silva de Oliveira; Marta Rocha Cavalcante.
Introdução: A auditoria permite avaliar a qualidade de processos, sistemas e serviços, tendo como
objetivo maior fornecer à alta gestão as informações necessárias para um controle efetivo sobre a
organização, contribuindo para o planejamento das ações e melhoria da qualidade e efetividade dos
serviços de saúde. Considerando o cenário epidemiológico em função da pandemia do
novo coronavírus (COVID-19), a instituição necessitou readequar sua estrutura organizacional e os
serviços ofertados, a fim de viabilizar institucionalmente o enfrentamento de tal emergência de saúde
pública. Objetivo: Relatar a experiência de reorganização do Serviço de Auditoria frente à pandemia
de COVID-19. Materiais e Métodos: O Serviço de Auditoria está ligado ao Setor de Regulação e
Avaliação em Saúde-SRAS e conta atualmente com 03 médicos auditores, 01 enfermeira auditora e 02
assistentes administrativos. Para viabilizar a auditoria de prontuários frente às modificações impostas
pelo novo cenário epidemiológico, bem como codificar adequadamente os prontuários dos usuários
atendidos na instituição, considerando as normativas vigentes, foi criada uma planilha Excel para
inserção de alguns dados referentes ao usuário atendido com suspeita ou confirmação de COVID-19,
os quais: faixa etária, procedência, história clínica, comorbidades, uso de ventilação mecânica,
realização de diálise, média de permanência, desfecho e situação final (se confirmou COVID-19 ou
não). Essa planilha foi alimentada pela enfermeira auditora, que realizava diariamente busca no
Aplicativo de Gestão dos Hospitais Universitários (AGHU) dos dados referentes aos usuários, interface
com o Laboratório de Análises Clínicas (para acesso aos resultados dos exames), com as unidades
assistenciais que possuíam leitos destinados para o atendimento de casos de COVID-19 e Setor de
Qualidade e Vigilância em Saúde, a fim de garantir maior fidedignidade de codificação de AIH’s, assim
como dos dados inseridos na planilha. Resultados e Discussão: Apesar das limitações quantitativas na
equipe, houve a necessidade de expandir o olhar do Serviço de Auditoria para além das contas
hospitalares, considerando as normativas recentes acerca de valores de diárias de Unidade de Terapia
Intensiva, bem como de critérios para confirmação de diagnóstico de COVID-19, inicialmente com
base no resultado positivo de exame laboratorial e posteriormente, com base na história clínica
compatível e tratamento preconizado para tal, que passaram a determinar como seria realizada a
codificação e o faturamento dos prontuários destes usuários. A ferramenta elaborada permitiu conhecer
o perfil epidemiológico do usuário que internou por COVID-19 na instituição, bem como a forma como
essa patologia, até então nova e de comportamento desconhecida, atuou na população atendida.
Conclusão: O novo momento permitiu reavaliar e redesenhar as atividades desenvolvidas pelo Serviço
de Auditoria, que até então mantinha como escopo principal as contas hospitalares. Essas modificações
permitiram verificar aspectos inerentes à qualidade da assistência ofertada e garantir uma participação
mais efetiva no processo de auditoria clínica, embora este esteja sob responsabilidade do Setor de
Qualidade. Foi possível também conhecer as dificuldades enfrentadas pelas equipes no manejo de
usuários com COVID-19 e que tiveram relação com o desfecho dos usuários internados na instituição.
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REORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE SAÚDE DE UM HOSPITAL DECORRENTE DO
NOVO CORONAVÍRUS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Michelle Freitas de Souza; Júlya de Araujo Silva Monteiro; Beatriz Gerbassi Costa Aguiar; Gicélia Lombardo Pereira;
Larissa Costa Duarte; Clarissa Coelho Vieira Guimarães; Maristela Moura Berliz; Vanessa Oliveira Ossola da Cruz.
Introdução: Informações que chegará uma pandemia de um vírus ocorreu no final do ano de 2019.
Tratava-se de um vírus desconhecido provocando pânico em todo o mundo e mudanças extremas. O
Ministério da Saúde divulga o primeiro caso no Brasil em fevereiro de 2020. O vírus é extremamente
letal e com disseminação rápida, cujo todo mundo sofre com milhares de vidas perdidas, colapso nos
serviços de saúde, populações em desespero, governos que não sabiam como lidar com a nova doença.
Depois de muitos estudos para entender o vírus foram criadas medidas para o manejo, controle da
doença. E, por conseguinte, essas medidas se estenderam para todo o resto do mundo chamando-a de
“quarentena”. O improvável começou a ser provável, o estresse, pânico e o medo se espalhavam por
toda população, o índice de contaminação aumentando dia após dia, os governos ao meio de colapsos
dos hospitais público no atendimento das vítimas de COVID 19 se mobilizam para construção de
hospitais de campanha, hospitais de referências e especialidades especificas sendo adaptados para
atender os pacientes acometidos pela nova doença. Objetivo: Descrever e apresentar as mudanças
ocorridas em um hospital no período de pandemia decorrente do novo Coronavírus. Materiais e
Métodos: Trata-se de um relato de experiência com abordagem qualitativa com a finalidade de
descrever os desfechos provocados pela pandemia em um hospital que é referência no atendimento de
vítimas acometidas por doenças oncológicas. Resultados e Discussão: O hospital estudado em questão
precisou ser reorganizado para atendimento das vítimas acometidas pela Covid 19 e também de um
modo geral manter o atendimento dos pacientes que faz tratamento no local preservando a sua segurança
diante da contaminação do Coronavírus. A reorganização resultou nas seguintes mudanças:
Cancelamento de cirurgias eletivas, ativação de novos setores exclusivos para atender pacientes com
ou suspeita de infecção causada pelo novo Coronavírus, recebimento de pacientes de outras unidades,
visitas canceladas de todos pacientes internados, criação de um boletim médico através do telefone para
informar o estado de saúde do paciente, criação de fluxograma de entrada e saída do hospital de pessoas
com sintomas gripais, aumento na realização de exame de tomografia, fornecimento de transporte para
os profissionais chegarem ao trabalho e retornar para suas casas, pois com quarentena imposta pelos
governos, bloqueios sanitários foram feitos impedindo a entrada e saída entre municípios, contratações
imediatas de novos profissionais para compor a força de trabalho, deslocamento de funcionários para
outros setores, inserção de novos equipamento de proteção individual, treinamentos para equipe de
saúde no atendimento as vítimas da Covid 19, adequação de escalas e setores de
trabalho. Conclusão: A reorganização dos serviços de saúde e a implementação de novas medidas e
protocolos foram necessárias e importantes, porque setores foram adaptados para atender a nova
demanda de pacientes contaminados pela Covid 19 e colaborou na segurança dos pacientes já internado
prevenindo a contaminação dos mesmos. Dessa forma também, as equipes de saúde se sentiram mais
seguros para atendimento dos pacientes acometidos pelo Coronavírus contribuindo com uma
assistência humanizada e qualificada aos pacientes.
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REPERCUSSÃO DA IMPLANTAÇÃO DO NIR - REGULAÇÃO INTERNA DE LEITOS EM
UNIDADE CIRÚRGICA
Helder Ferreira De Souza; Adriane Fleig; Thiana Sebben Pasa; Karine Winterhalter; Maíra Maria De Alencar Oliveira;
Viviane Roseli Da Cunha.
Introdução: Em 2013, foi instituída a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP), a qual
estabelece as diretrizes para a organização hospitalar da Rede de Atenção à Saúde, no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS), por meio da Portaria Nº 3.390, de 30 de dezembro (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2013). Esta política aponta para a necessidade de implantação de Núcleo Interno de Regulação (NIR)
ou Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH), com o objetivo de otimizar a ocupação dos leitos
e melhorar o atendimento aos usuários (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). Em 2017 a PNHOSP é
atualizada e é recomendado a criação do NIR nos hospitais e denomina o Núcleo Interno de Regulação
(NIR). Neste mesmo ano, nossa instituição realizou a implantação do NIR – Regulação interna de leitos,
com vistas a otimização dos leitos hospitalares e organização do atendimento aos pacientes.
Objetivo: Comparar dados antes e após a implantação do Núcleo Interno de Regulação – Regulação de
Leitos, em unidade cirúrgica de um hospital referência para a alta complexidade do Rio Grande do Sul.
Materiais e Métodos: Estudo descritivo, que acompanhou dados relacionados a internação de
pacientes em unidades cirúrgicas de uma instituição do interior do Rio Grande do Sul. As unidades
avaliadas são o Bloco Cirúrgico (BC), Recuperação Pós Anestésica (RPA) e Unidade de Cirurgia Geral
(UCG). Os dados avaliados compreendem os anos de 2016 a 2018 e foram gerados pelo Setor de
Estatística do hospital. Dentre os dados estão a média de permanência dos pacientes e rotatividade de
leitos e transferências enviadas da RPA e o número total de cirurgias realizadas no período
avaliado. Resultados e Discussão: Entre o período avaliado, observou-se que a média de permanência
na RPA diminuiu de 1,05 para 0,94 dias. Esse dado repercutiu diretamente na rotatividade de leitos e
no número de transferências enviadas, sendo que esta última aumentou 22% no período avaliado. Estes
dados vão interferir diretamente no número de cirurgias realizadas, pois a medida que há maior
rotatividade na RPA, há possibilidade de realização de maior número de cirurgias no BC. Relacionado
a isso, o número de procedimentos realizados teve aumento de 5,2%, sendo que em 2016 o número de
procedimentos realizados foi de 7053 e no ano de 2018 este número foi para 7420. Assim, esses
resultados concordam com o Manual de Implantação do NIR (2017) que orientam que o trabalho deve
ser a fim de otimizar a utilização dos leitos, mantendo a taxa de ocupação em limites adequados e
controlando o tempo médio de permanência nos diversos setores do hospital, além de ampliar o acesso
aos leitos e a outros serviços. O que possibilita o giro de leito e otimização de salas
cirúrgicas. Conclusão: Conclui-se que a implantação do NIR para Regulação de Leitos na Unidade de
Cirurgia Geral, interfere diretamente na unidade cirúrgica. Dessa forma, o impacto mostrou-se positivo,
visto que com a diminuição da média de permanência dos pacientes na RPA, há uma rotatividade maior
e a possibilidade de aumentar o número de procedimentos no BC.
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RETOMANDO CIRURGIAS ELETIVAS: A ATUAÇÃO DO SETOR DE REGULAÇÃO EM
TEMPOS DE COVID-19
Antonia Elayne Sampaio De Oliveira Pacifico; Diego Jorge Maia Lima; Jaqueline Gomes De Souza Santos; Juliana Maria
Cavalcante Teixeira Alves; Morgana Nazareh Profirio De Souza
Introdução: Realizar cirurgias eletivas em tempos de Covid-19 tem sido um desafio para toda
instituição de saúde. Filas cirúrgicas, devido a sua complexidade, sempre exigem atenção e
monitoramento constante dos gestores hospitalares. Mas como proceder quando uma pandemia afeta a
realização de procedimentos cirúrgicos considerados eletivos dentro de um hospital
universitário? Objetivo: Para a retomada de cirurgias eletivas em tempos de pandemia faz-se
extremamente necessária a atuação integrada de uma equipe transdisciplinar composta por membros da
Comissão de Infecção Hospitalar (CCIH), médicos cirurgiões, médicos residentes, enfermeiros,
bioquímicos, assistentes administrativos. Essa equipe tem como foco principal: garantir a segurança no
processo cirúrgico a fim de evitar a exposição indevida e perigosa de pacientes e profissionais ao Sars-
Cov-2, vírus causador da Covid-19. Materiais e Métodos: Visando assegurar um processo pré-
cirúrgico eivado de qualidade, o Setor de Regulação e Avaliação em Saúde (SRAS) tem desempenhado
um papel extremamente relevante: o de convocar para a realização do RT-PCR, exame que detecta a
contaminação por Sars-Cov-2, todos os pacientes considerados aptos à cirurgia eletiva. Os resultados
do RT-PCR são monitorizados pela equipe do SRAS a fim de impedir que pacientes acometidos pela
Covid-19 sejam abordados cirurgicamente e acabem pondo em risco: suas próprias vidas, a de outros
pacientes internados e a dos que compõem a equipe multiprofissional. Somente pacientes que testaram
negativo para a Covid-19 são incluídos em mapa cirúrgico. Já aqueles que testaram positivo recebem
da equipe médica as orientações quanto ao tratamento necessário, são mantidos em fila de espera e
passam por uma nova convocação passados os catorze dias após a detecção de Sars-Cov-2. Resultados
e Discussão: Tais atividades como: convocação para realização do RT-PCR, controle e avaliação dos
testes laboratoriais para detecção da Covid-19 e aplicação de check-list que visa orientar os pacientes
aptos a cirurgias eletivas são exemplos de rotinas adotadas pelo SRAS e que garantem um processo
pré-cirúrgico seguro, eficiente e efetivo. Conclusão: A atuação de uma equipe transdisciplinar focada
e comprometida é fator essencial para a oferta de um atendimento médico-hospitalar de altíssima
qualidade, mesmo em tempos de pandemia. Prova disso é a realização do RT-PCR para detecção de
Covid-19 em todos os pacientes aptos a cirurgias eletivas, estratégia implementada pela equipe
transdisciplinar e que garantiu a retomada segura das cirurgias eletivas. O sucesso alcançado por tal
medida é total uma vez que até o presente momento não foi detectada a contaminação por Sras-Cov-2
em nenhum dos pacientes admitidos na UTI pós-operatória de nossa instituição. Tal indicador nos
permite concluir que o processo de trabalho desenvolvido pela equipe transdisciplinar em parceria com
o SRAS tem logrado êxito no controle da Covid-19 dentro de nossa instituição.
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SERVIÇOS DE APOIO À HOTELARIA HOSPITALAR DA REDE EBSERH EM PERÍODO
DE ENFRENTAMENTO AO COVID-19
Alejandra Prieto de Oliveira; Sandra Satiko Kuwada; Jackeline Frade Agrizzi; Danielly Mendes Resende; Monica De Souza
Dantas.
Introdução: A Hotelaria Hospitalar é “a reunião de todos os serviços de apoio que, associados aos
serviços específicos, oferecem aos clientes conforto, segurança e bem-estar durante o seu período de
internação ou em seu contato com a Instituição de Saúde” (Boerger, 2011). Considerando o
compromisso com as melhores práticas e principalmente com a segurança das equipes dos hospitais,
próprias e terceirizadas, foram emitidas recomendações para os serviços de apoio ligados à hotelaria
para o enfrentamento ao COVID-19. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo apresentar as
principais recomendações aos serviços hotelaria hospitalar da rede Ebserh para o enfrentamento do
COVID-19. Materiais e Métodos: Foi realizado uma pesquisa em documentos oficiais do Ministério
da Saúde, ANVISA e literatura. Resultados e Discussão: Para o serviço de higienização, destacamos
que não há uma recomendação diferenciada para a limpeza e desinfecção de superfícies em contato com
casos suspeitos ou confirmados pelo COVID-19. Em relação a saneantes sabe-se que os vírus são
inativados pelo álcool a 70% e pelo cloro. Logo, os desinfetantes com potencial para desinfecção de
superfícies incluem aqueles à base de cloro, alcoóis, alguns fenóis e alguns iodóforos e o quaternário
de amônio. Portanto, preconizou-se a limpeza das superfícies do isolamento com detergente neutro
seguida da desinfecção com uma destas soluções desinfetantes ou outro desinfetante padronizado pelo
serviço de saúde, desde que seja regularizado junto à Anvisa. Em relação ao uso de enxoval hospitalar
não há uma recomendação diferenciada para o processamento de roupas utilizadas por casos suspeitos
ou confirmados pelo novo coronavírus. Somente que devem ser direcionados a hamper específico e ser
submetido a lavagem de sujidade “super-pesada” ou “pesada” normalmente utilizada pelo Hospital. Um
ponto em que houve muita discussão foi sobre aumentar o fornecimento de conjunto privativo.
Informamos que não haveria necessidade de alterar o protocolo de distribuição dos conjuntos, salvo por
determinação da CCIH e desde que apoiado em evidências. Aos serviços de distribuição de refeições,
foi publicada a Portaria-SEI nº 126, de 21/05/2020, que dispõe sobre o fornecimento de refeições aos
empregados e servidores em atividades nos HUFs, enquanto perdurar o estado de emergência de saúde
pública, sem incorrer no duplo benefício, vedado segundo o Decreto nº 3.887/2001. Além de
recomendações gerais no fornecimento de refeições e o uso dos refeitórios. Já para o serviço de resíduo
o novo coronavírus pode ser enquadrado como agente biológico classe de risco 3, seguindo a
Classificação de Risco dos Agentes Biológicos, sendo sua transmissão de alto risco individual e
moderado risco para a comunidade. Todos os resíduos provenientes da assistência a pacientes suspeitos
ou confirmados de infecção COVID-19 devem ser enquadrados na categoria A1, segundo consta no
Art. 48 da RDC n. 222/18, ou seja, os resíduos devem ser acondicionados em saco vermelhos e
encaminhados para tratamento, antes da disposição final. Conclusão: Tais recomendações procederam
no sentido de apoiar os gestores dos hospitais da rede Ebserh na tomada de decisão de suas ações.
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SETOR DE REGULAÇÃO E A RECONFIGURAÇÃO DOS LEITOS DE UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO PARA O ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA POR COVID-19
Maria do Carmo de Morais Castro Freitas; Anna Gláucia Costa Cruz; Tamara Ribeiro Torres Magalhães Xavier; Samara
Maria Moura Teixeira Sousa; Jeane Lima Chaves Galindo; Enewton Enéas de Carvalho.
Introdução: O novo agente do coronavírus (SARS-CoV-2) foi descoberto no final de 2019, após casos
registrados na China, e provoca um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros
respiratórios graves. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% dos pacientes com
COVID-19 podem ser assintomáticos e cerca de 20% dos casos podem requerer atendimento hospitalar
por apresentarem dificuldade respiratória, e, desses casos, aproximadamente 5% podem necessitar de
suporte para o tratamento de insuficiência respiratória. Diante desse cenário, iniciou-se um
planejamento em relação à reorganização da rede de atenção à saúde, sobretudo em relação a leitos de
internação, para o enfrentamento à pandemia por COVID-19. Objetivo: Relatar a experiência do Setor
de Regulação em Saúde no processo de reconfiguração dos leitos de um hospital universitário para o
enfrentamento da COVID-19. Materiais e Métodos: Trata-se de estudo descritivo, do tipo relato de
experiência, vivenciado pela Equipe do Setor de Regulação de um Hospital Universitário. Resultados
e Discussão: Com a reorganização da rede de atenção à saúde no Estado, o Hospital Universitário seria
referência terciária para assistência a COVID-19. Dessa forma, dentre tantas mudanças e adaptações
que se tornaram necessárias no novo contexto, houve uma reconfiguração geral nos leitos de internação.
Inicialmente, solicitou-se a habilitação de 15 (quinze) leitos de UTI COVID, bem como o cadastro de
21 (vinte e um) leitos clínicos COVID no Sistema de Regulação Municipal. No mês seguinte pleiteou-
se a habilitação de mais 05 (cinco) leitos de UTI COVID e a redução da oferta de leitos clínicos COVID
para 11 (onze). Posteriormente, solicitou-se a habilitação de mais 10 (dez) leitos de UTI COVID e
demandou-se a ampliação dos leitos clínicos COVID para 17 (dezessete). Essa oferta de leitos
especifica para COVID somente foi possível reduzindo-se 39 (trinta e nove) leitos eletivos de imediato,
bem como conversões flutuantes de mais leitos eletivos para atendimento à demanda do
momento. Conclusão: Com a flutuação constante no quantitativo de leitos ofertados devido ao contexto
e à demanda oscilante, o Setor de Regulação em Saúde exerceu papel fundamental na organização do
serviço em relação ao gerenciamento dinâmico dos leitos do estabelecimento, conciliando o
atendimento à demanda COVID e não COVID, considerando as medidas preventivas do risco de
infecção de profissionais e pacientes, bem como adotando medidas para impedir a saturação do serviço,
ao tempo em que realizava monitoramento das solicitações de regulação.
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TRABALHO REMOTO DURANTE A COVID – 19: EXPERIÊNCIA DO SETOR DE
REGULAÇÃO E AVALIAÇÃO EM SAÚDE
Rachel Verônica Benício Correia Pereira; Andreia Paula de Oliveira Aguiar; Cristiane Ribeiro dos Santos Farias; Wedja
Morgana de Carvalho Silva Martins; Clécia Reijane Lucas de Oliveira Boecker; João Paulo Lima; Polyana Carina Viana da
Silva; Dharlene Giffoni Soares.
Introdução: A pandemia da COVID-19 fez com que muitas mudanças fossem impostas na rotina de
todos. As autoridades ligadas à saúde defenderam o isolamento social como a melhor forma de frear a
propagação do vírus. Para tanto, milhares de trabalhadores tiveram suas atividades laborais impactadas
e tiveram que se ajustar na modalidade home-office, tanto no âmbito privado quanto no setor
público. Objetivo: Demonstrar os desafios vivenciados pela equipe do Setor de Regulação e Avaliação
em Saúde (SRAS) durante o período da pandemia na modalidade do trabalho remoto. Materiais e
Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, sobre a execução do trabalho
remoto de colaboradores vinculados ao SRAS em um hospital universitário no Nordeste, no período de
março a julho/2020. Resultados e Discussão: Foi realizado o levantamento de todos os colaboradores
administrativos lotados no setor e suas respectivas atividades, com o intuito de verificar quem poderia
executá-las em ambiente domiciliar, sem prejudicar a qualidade do serviço. Também consideraram os
fatores de risco de cada colaborador, referente a avaliação de vulnerabilidade realizada pela equipe da
Unidade de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho (USOST). No SRAS, 13 (treze) profissionais
atenderam aos critérios para trabalho remoto. Para esses colaboradores, foram definidos planos de
trabalho com metas e prazos estabelecidos para a execução das atividades de forma não presencial. Ao
final de cada mês, um relatório de produtividade era elaborado e inserido um novo plano de trabalho.
Nesse período, o SRAS teve que incrementar os processos de comunicação, através de aplicativos de
mensagens, e-mails e reuniões virtuais para o acompanhamento das atividades desempenhadas pelo
colaborador. A dimensão subjetiva, de empatia, também foi considerada na condução das atividades,
uma vez que cada colaborador vivenciou de forma diferente a pandemia. Seja por casos na família, a
ansiedade que nem sempre era controlada no meio de tantas incertezas, as dificuldades das
colaboradoras que como mães, se viam sozinhas em casa, tendo que executar suas atividades laborais e
cuidar de seus filhos, já que as aulas estavam suspensas. Não alheio a todo esse cenário, foi
desenvolvido um contato muito além de chefia versus subordinado. Houve uma preocupação em todo
o momento com a pessoa em si. O resultado desse trabalho em equipe, foi a realização de todas as
atividades além do pré-estabelecido no plano de trabalho. Foi construído, além das atividades
programadas, a elaboração e/ou restruturação dos seguintes painéis de indicadores: Contratualização
com o gestor SUS, Análise das Glosas, Produção Assistencial e Programação Pactuada e Integrada –
PPI. Esses três últimos se destacam pelo pioneirismo na rede do hospital. Conclusão: A partir da
experiência vivenciada se observa que quando há integração de todos para desenvolvimento de um
trabalho, há confiança no compromisso e habilidade de cada um da equipe, os resultados positivos são
alcançados, mesmo que em cenários adversos.
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