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UNIVERSIDADE SANTA CECÍIA – UNISANTA

FACULDADE DE FISIOTERAPIA

Nome: Caroline Guedes de Andrade Santos


Ra: 230893

ESTRUTURA E BIOLOGIA GERAL DOS VIRUS: COVID-19 E O VÍRUS SARSCoV-2

- Estrutura do vírus;
- Interação vírus-célula;
- Replicação do vírus;
- Covid-19 (SARSCov-2) – sinais e sintomas, papel da fisioterapia no tratamento.

O agente responsável pela Covid-19, a síndrome respiratória aguda grave (SARS), é um vírus
que pertence à família Coronaviridae, denominado SARS-CoV-2, que causam infecções
respiratórias. O SARS-CoV-2 é um vírus de ácido ribonucleico (RNA), seu material genético é
representado por uma única molécula de RNA positivo (RNA+). Todo o seu genoma contém
menos de 30.000 nucleotídeos, cada um deles formado por uma molécula de açúcar (ribose),
um ácido fosfórico e uma base nitrogenada. Por ser um vírus RNA, as bases nitrogenadas são
adenina, citosina, guanina e uracila. Aproximadamente 29 diferentes proteínas virais são
identificadas; entre elas, as mais relevantes são a glicoproteína de pico, reconhecida como
proteína S, e a proteína N, do nucleocapsídeo viral.

Estrutura do SARS-Cov-2
M: membrana lipídica; S: espícula de contato do vírus com receptores celulares; E: envoltório
glicoproteico; RNA+: material genético viral; N: capsídeo proteico

O vírus são acelulares e realizam a replicação viral no interior das células vivas, as células-
hospedeiras, que tem em sua membrana proteicas especificas que leem os peplomeros
constituídos por glicoproteínas dos vírus que permitem interação vírus -celular.

O vírus usa o receptor ECA2 (presente principalmente nas células pulmonares), TMTRSS2 na
membrana para se ancorar as células hospedeiras usando para isso as Proteínas Spike
divididas em S1 e S2, que auxiliam a endocitose do vírus ao se ligar aos receptores celulares,
logo após este ancoramento, a proteína deve ser quebrada por uma enzima para poder
penetrar na célula, ou o vírus pode se neutralizado por anticorpos que desestabilizam a ligação
da proteína S com ECA-2.

Quando ocorre a liberação do material genético viral no citosol da célula uma vesícula celular
(endossomo) é formada, e então o vírus é retido e multiplicado dentro da célula. É dentro dos
endossomos que são produzidas as novas moléculas de RNA+ devido as enzimas replicasses
que já existe, no vírus. Quando então a produção de uma molécula de RNA negativo (RNA-)
ocorre a partir da molécula de RNA+, típica do vírus. A molécula de RNA- é transitória e, a
partir dela, são produzidas inúmeras moléculas de RNA+ que são idênticas ao RNA+ original.
Portanto, a molécula transitória de RNA- serve como modelo para a produção de moléculas de
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RNA+; cada uma delas descenderá do vírus que infectou a célula; esses descendentes
parasitarão a célula e se produzirão no interior dela.

Os vírions são produzidos na célula pela junção das moléculas de RNA+ e capsídeos
proteicos, que passam pela membrana plasmática liberando grande quantidade do vírus para o
exterior, ou pode causas suicídio celular que contribui para os danos causados aos pulmões
pela Covid-19.

SINAIS E SINTOMAS

Caso assintomático – Teste positivo para covid-19 com ausência de sintomas.

Caso leve – Presença de sintomas não específicos como tosse, dor de garganta ou coriza, com
ou não presença de diarreia, dor abdominal, calafrios, mialgia, fadiga etc.

Caso moderado – Os sintomas podem incluir desde a sinais leves da doença como tosse e
febre até sinais de piora como adinamia, prostração, hiporexia, diarreia, além de pneumonia .
sem sinais ou sinais graves.

Casos graves – considera-se Síndrome respiratória aguda grave, taquipneia, hipoxemia,


desconforto respiratório, alteração da consciência, lesão miocardia, elevação de enzimas
hepáticas, letargia, convulsões etc.

Caso crítico – Sepse, síndrome de desconforto respiratório agudo, insuficiência respiratória


grave, disfunção de múltiplos órgãos, pneumonia grave, necessidade de suporte respiratório e
internações em unidades de terapia intensiva.

O auxílio da fisioterapia nas internações por covid-19 é capaz de acelerar o processo


de recuperação do paciente, diminuindo a necessidade de medicamentos e o risco de
sequelas após a internação, é necessária nos casos menos graves aos mais graves e
invasivos em UTI

Além de fortalecer a musculatura esquelética e reduzir a perda de massa muscular durante


esse período, a fisioterapia desempenha um papel crucial para reduzir os sintomas
cardiorrespiratórios decorrentes da doença.

Nas unidades de terapia intensiva, as intervenções do fisioterapeuta incluem o manejo


respiratório e o gerenciamento da postura do paciente, além da realização de atividades
de mobilização precoce para evitar complicações decorrentes da imobilidade. Uma manobra
muito utilizada é a pronação que consiste em deixar o indivíduo de barriga para baixo, para
evitar o acúmulo de secreção na base do pulmão, reativar as vias aéreas e reduzir a
sobrecarga cardíaca. Realizam atendimentos em casos leves a casos críticos.

Em casos graves de covid-19, o paciente sai com um grande enfraquecimento muscular ,


devido a falta de mobilidade e a alimentação restrita e controlada na internação, ou com sérios
danos em seu sistema respiratório, necessitando de fortalecimento e principalmente de
fisioterapia respiratória, desenvolvendo um papel de extrema importância na recuperação do
paciente.
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