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Fisiologia Veterinária I

Unidade 3

Neuróglia

É caracterizado por células não excitáveis presentes no neurônio que possuem funções auxiliares à
célula.

• Oligodendrócitos: similar a células de shwan que sintetizam a mielina, importante para eficácia
do sistema nervoso, mesmo folheto embrionário dos neurônios.
• Astrócitos: interliga o neurônio com fins nutritivos. Enquanto uma extremidade do astrócito
estiver ligada a um capilar, por exemplo, a outra está ligada ao neurônio, para transmitir os
nutrientes que estão passando ali no sangue.
• Micróglia: folheto embrionário dos órgãos linfáticos, tem como função defesa imunológica,
equivalente aos macrófagos nos tecidos, são células fagocitarias. Elas ficam no interstício,
migra de acordo com a necessidade para fagocitar bactérias.

Barreira hematocefálica - endotélio vascular tem junção de oclusão, no encéfalo a maioria das
substâncias não passam livremente, ela bloqueia certas substâncias; é onde o astrócito age, deixando
passar o necessário.

Circuitos Neuronais

Circuito Convergente: vários neurônios


convergem a um neurônio em comum;
permite que impulsos de muitas fontes
diferentes causem alguma
resposta/sensação.
AFERENTE/SENSORIAL.

Circuito Divergente: É o circuito no


qual os ramos do axônio de um
neurônio convergem em dois ou mais
neurônios, e cada um desses, unem-se
a dois ou mais neurônios. Esse tipo de
circuito permite à amplificação de
impulsos e é encontrado no controle
de músculos esqueléticos. EFERENTE/MOTOR (músculos ou glândulas).

Circuito Reverberante: circuito


autoestimulante, movimentos
respiratórios, movimentos
peristálticos...

Melyssa S. Nacarati
Circuito Paralelo: O último
neurônio tem o limiar de
excitabilidade maior,
então ele precisa de mais
excitação para se estimular
e liberar neurotransmissores. Esse circuito faz com que a transmissão seja lenta e haver tempo de
processamento da liberação de neurotransmissores.

Circuito Simples: são possíveis muitas combinações complexas de neurônios, mas essas conexões
podem ser também diretas e simples. Dessa forma, os neurônios associados aos sentidos especiais
podem envolver não mais do que dois neurônios para sua projeção em direção ao córtex cerebral. Um
mínimo de três neurônios é necessário para transmitir um impulso nervoso da periferia pela via do
nervo espinhal para o córtex cerebral. Ajuda a fazer ligações curtas, exemplo medula encéfalo.

• As sinapses mais comuns no corpo são feitas de forma aberta, onde os neurotransmissores
são liberados no interstício.

Para determinar se uma sinapse está sendo de inibição ou estimulação, o neurotransmissor, os


receptores e os canais que foram abertos estão interligados. Caso tenha abertura de canais de sódio,
o que entrará na célula será uma carga positiva, portanto será um estímulo. Se os canais abertos forem
de cloro, por exemplo, a carga entrando será negativa, portanto, uma inibição da despolarização.

• Todo neurotransmissor precisa da entrada de cálcio para fazer transmissão:

A despolarização vai se propagando e chega na membrana da célula abrindo canas de cálcio que
deslocarão as proteínas dentro da célula, e com as proteínas deslocadas, o canal para os
neurotransmissores saírem está aberto.

Os nervos são formados por fibras nervosas, que são constituídas por axônios dos neurônios.

Dois mecanismos excitatórios e inibitórios de liberação de neurotransmissores:

• Para haver excitação, uma ação precisa abrir os canais de Na+, deixando a célula mais
carregada positivamente.
• Para haver inibição, a ação precisa abrir canais de K+ e Cl-, fazendo a célula ficar cada vez mais
negativa, hiperpolarizando-a.
• Por ação enzimática, tanto acetilcolina quanto noradrenalina e adrenalina podem excitar ou
inibir, depende do receptor a qual elas estão se ligando. Ex.: noradrenalina no intestino é
inibitória e no coração é excitatória.

Exceção principal de liberação de neurotransmissores no sistema simpático está relacionado a


liberação de acetilcolina pelo neurônio pós-ganglionar para glândulas sudoríparas, como a
suprarrenal.

Melyssa S. Nacarati
NANC - Receptores não adrenérgicos e não colinérgicos – não apresentam efeitos nos órgãos de
maneira geral. Tem função principal de co-transmissão (associado ao funcionamento do
neurotransmissor, são agentes secundários). Ajudam a determinar quanto de noradrenalina ou
acetilcolina serão liberados – neuromodulação. Pode ser positiva ou negativa.

Exemplo de neuromodulação

DOPAMINA - Substância negra – neurônios do mesencéfalo produzem e atuam controlando a


quantidade de acetilcolina que será liberada, é um freio para a produção.

SEROTONINA – estimula mais acetilcolina para centros de aprendizado, humor, memória. Com a falta
dela, as sinapses relativas a ela ficam afetadas.

Catecolaminas = adrenalina e noradrenalina

Interrupção de Catecolaminas

• Recaptação para a mitocôndria (MAO- enzima que digere a adrenalina na mitocôndria) – feita
através do receptor alfa 2.
• Diluição por difusão no interstício
• Transformação metabólica

Receptores Adrenérgicos

Receptores B (beta)

• B1: recebem tanto adrenalina quanto noradrenalina (rins, coração)


• B2: mais afinidade para adrenalina (musculo liso – brônquios, TGI e útero – vasos sanguíneos).
• B3: mais afinidade para noradrenalina (adipócitos – regulação da lipólise e termogênese).

Receptores a (alfa)

• A1: receptores pós-sinápticos (maioria dos tecido-alvo simpáticos).


• A2: receptores pré-sinápticos (TGI e pâncreas).

Receptores Colinérgicos

Receptores Muscarínicos

• M1: efeito excitatório (gânglios autonômicos, neurônios SNC e céls parietais gástricas).
• M2: efeito inibitório (miocárdio, musculo liso).
• M3 e M4: efeito excitatório (glândulas secretoras, músculos lisos e SNC. M4 pode ser
encontrado no pulmão).
• M5: glândulas salivares, íris e musculo ciliar.

Receptores Nicotínicos

Alfa e beta em:


• Junção neuromuscular – Nm
• Sinapse ganglionar – Nn
• Cérebro -Nn

Melyssa S. Nacarati
Interrupção da Acetilcolina

• Hidrolisada pela acetilcolinesterase em neurônios e sinapses colinérgicas (principalmente em


junção neuromuscular).
• Butirilcolinesterase: encontrada no plasma e no fígado (atua quando a ACh se difunde no
líquido intersticial).

Produtos de degradação da acetilcolina

• Ácido acético: recaptado para o interior da célula


• Colina: reutilizada na síntese de acetilcolina

Efeito vasodilatador da acetilcolina – efeito inibidor dos músculos lisos, receptores muscarínicos são
ligados a acetil e liberam o NO e inibem a constrição do musculo. Esses receptores estão presentem
nos fibroblastos, endotélio do musculo, em células adjacentes ao músculo.

Melyssa S. Nacarati

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