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Fisiologia
- Parte da biologia que estuda o funcionamento dos organismos vivos. Estuda as funções integradas do corpo e de todas as suas partes, incluindo processos biofísicos e bioquímicos. Seu
objetivo é explicar os fatores físicos e químicos responsáveis pela origem, desenvolvimento e funcionamento da vida.
- De uma maneira geral, quando é exigido uma resposta rápida, o controle é feito pelos nervos, pois possui rápida velocidade de condução, ao contrário de quando um processo é
regulado por hormônios. Além da diferença de rapidez, existe a diferença no tamanho do alvo. Um neurônio inerva um ou poucos neurônios ou células efetuadoras, proporcionando
um alto grau de especificidade espacial, já os hormônios afetam todas as células sensitivas que estão na área de atuação da corrente sanguínea.
Sistema nervoso
Comparativos
- Tecido originário do folheto embrionário - ectoderme, mais precisamente da placa neural. O sistema nervoso é o mais "antigo". Todos os animais possuem transmissão nervosa,
alguns mais rudimentares que outros.
- Quando a placa neural se fecha, forma-se o tubo neural. Nos pontos de fechamento desse tubo ocorre a - Invertebrados aquáticos: SN rudimentar; células nervosas primitivas constituem
formação da crista redes por todo o corpo: o estímulo do exterior se distribui de maneira difusa por
neural, que dá origem aos elementos periféricos do SN e às células da glia. todo o corpo com impulsos correndo nas células nervosas em qualquer direção.
No SNC temos 2 tipos de substâncias: massa cinzenta (corpos de neurônios) e Os gânglios são massas de corpos neurais fora do SNC. Podem ser de 2 tipos: sensitivos (corpos
massa branca (formada por fibras: axônio e neurônio) de neurônios sensitivos ou aferentes) e motores viscerais (corpos de neurônios motores que
inervam as vísceras).
Terminações nervosas são estruturas microscópicas encontradas nas extremidades das fibras
nervosas (axônio). É por meio delas que as fibras entram em contato com os órgãos efetuadoras.
Também podem ser sensitivas e motoras.
1. Somático = relação da vida. Integra o animal ao ambiente, já que compreende a parte sensitiva (aferente) captados na superfície do corpo ou músculos e tendões. A
função é conduzir os estímulos do ambiente para o snc. A parte motora (eferente) conduz os impulsos para os músculos esqueléticos, levando à contração.
2. Visceral = vegetativo. Inerva as vísceras. A parte aferente conduz impulsos das vísceras para o SNC, enquanto a eferente faz o contrário - SNC para vísceras.
- Parte eferente: Sistema Nervoso Autônomo.
- Dividido em Simpático ( ações que mobilizam energia) e Parassimpático (atividades relaxantes).
Funcionamento Geral
- Os neurônios apresentam diferença na concentração de íons dentro e fora da célula, o que gera DDP - diferença de potencial elétrico - entre as faces interna e externa da membrana celular.
- Quando o neurônio está em repouso apresenta uma DDP de aproximadamente -70mV (milivolts), esse é o potencial de repouso.
- O potencial em repouso depende dos canais de potássio não ligados na membrana celular e da bomba Na-K.
- Esse sistema promove o bombeamento ativo de íons pelas membranas celulares, onde o sódio é forçado a sair da célula e o potássio, a entrar, mantendo a diferença de concentração dos íons de cada um dentro e
fora da célula.
Quando em repouso, os canais de sódio ligados por voltagem, permanecem fechados, mas abrem-se rapidamente
quando essas células são estimuladas. Isto resulta num potencial de ação pela entrada do sódio dentro da célula, a
DDP passa de -70 a +35 mV.
Esta mudança de potencial da membrana axonal se chama despolarização, a qual ocorre de forma rápida. Na área
afetada pelo estímulo, a membrana permanece despolarizada por milésimos de segundos.
Após a despolarização, ocorre o fechamento dos canais de sódio e saída do potássio adicional repolariza a membrana.
- O potencial de ação que fica em uma determinada área da membrana estimulada, altera a área adjacente, levando à sua
despolarização. Dessa forma, o estímulo se propaga pelos axônios porque ocorre uma onda de despolarizações e repolarizações
ao longo da membrana do neurônio. Essa onda é o impulso nervoso.
O impulso nervoso se propaga em um único sentido na fibra nervosa
(Dendritos → corpo celular → axônio → extremidades axonais terminais→ outro neurônio ou órgão efetor)
- Através das suas terminações, os neurônios entram em contato e transmitem impulsos a outros neurônios. No caso das sinapses interneurais, a união de neurônios pode ser tão estreita que ocorre
sinapse elétrica = onda de despolarização passa direto do axônio de um neurônio a um dendrito de outro. É uma situação rara.
- A forma padrão de transmissão de impulsos é pela sinapse química. Nesse tipo de sinapse, a comunicação entre dois neurônios se dá através de canais iônicos presentes em cada uma das membranas em
contato, o que permite a passagem direta de íons de uma das células para outra. Nesse caso, não há polarização do impulso e a comunicação se faz nos dois sentidos.
Os neurotransmissores liberados e que não se ligaram aos receptores do neurônio pós-sináptico não podem ficar alí e são removidos para evitar estimulação contínua.
Os mecanismos específicos para essa remoção variam, mas de forma geral acontece o seguinte:
1- enzimas na área da sinapse degradam o neurotransmissor
2- sistemas de transporte da membrana absorvem o neurotransmissor
3- neurotransmissor difunde-se fora da área da sinapse
Velocidade de propagação
A velocidade na qual o impulso nervoso se propaga é alta e alguns fatores podem influenciar essa velocidade, como:
No casos dos mamíferos, mesmo as fibras sendo finas, há uma condução bastante rápida. Isso ocorre
por conta da cobertura do axônio pela bainha de mielina, não contínua, havendo locais amielínicas,
chamados de nódulo de Ranvier.
Os axônios desmielinizados possuem canais de sódio ligados por voltagem por toda a membrana, o que
permite a propagação dos potenciais de ação ao longo dos axônios. No caso dos mielinizados, o impulso é
conduzido em saltos (condução saltatória), de nódulo em nódulo. Os potenciais de ação ocorrem apenas
nos nódulos, já que no nódulo de Ranvier não tem mielina.