Sistema Motor Somático

↪ NeuroFisiologia I (Juliana Ferreira Vasques)

→ Controle dos nossos movimentos voluntários Músculos Esqueléticos

a partir de vias que levam a informação do SN Célula efetora final
central até o SN periférico, de cima para baixo,
gerando ações.
→ Circuito de ativação para gerar reflexos
medulares: Nesse caso, como a ação precisa ser
rápida, como um reflexo imediato, os neurônios
motores superiores vindo lá do córtex nem agem.

Aferentes Sensoriais
(sentir dor)
↓
Interneurônios Medulares
A célula efetora final é a célula muscular ↓
esquelética, ou seja, ela que executa a ação a Neurônios Motores Inferiores
partir da ativação por um motoneurônio (neurônio ↓
motor) que está localizado na nossa medula Músculos Esqueléticos
espinhal. (Célula Efetora Final)
O axônio do neurônio sai da medula através dos
nervos e atinge a célula esquelética, gerando a
ação. → Em todos os casos, a via final comum que de
fato gera a contração muscular e a ação é:
→ Circuito de ativação para gerar a ação
voluntária: Nesse caso, os núcleos da base e o Neurônios Motores Inferiores
cerebelo regulam a ação dos neurônios motores ↓
superiores. Músculos Esqueléticos

Neurônios Motores Superiores

Córtex Motor, Tronco Encefálico
↓ Fibras Musculares
Neurônios Motores Inferiores
Medula Espinhal
↓
 São três os tipos principais: músculo
esquelético, cardíaco e liso, sendo o esquelético o
responsável pelos movimentos voluntários que
iremos focar.

→ As células musculares em sua maioria

apresentam o prefixo “sarco”.
A Sarcolema é a membrana plasmática das
fibras musculares e elas apresenta envaginações
da membrana, ou seja, ela se prolonga para o
interior da célula, formando os túbulos T que são
de extrema importância nas contrações
musculares.
Esses túbulos T estão em contato com o
retículo sarcoplasmático das células musculares
e são ricos em cálcio em seu interior, servindo
como um reservatório.
A Contração:
O impulso nervoso que chega aos músculos faz
com que o RE rugoso das fibras/células liberem
íons de Ca2+ e magnésio, com gasto de ATP.
As proteínas actina e miosina presentes nas
miofibrilas, deslizam uma sobre a outra fazendo
com que o sarcômero se encurte, logo, há a
contração das fibras musculares.
Para que haja o deslizamento entre os
filamentos as linhas Z se aproximam e fazem com
que a banda H suma.
→ As células do tecido muscular são densas e
quem faz a contração acontecer é a entrada de
íons Ca2+, mas como eles conseguem atingir
todos os sarcômeros com as células sendo
densas?
Para isso, a célula muscular esquelética
desenvolveu um sistema de tubos.
A membrana da célula, chamada de sarcolemma,
envia túbulos/projeções que penetram o
sarcoplasma da célula. Esses túbulos/projeções
interagem com o retículo sarcoplasmático da
célula fazendo o estoque de íons Ca2+, esse
túbulo é chamado de túbulo T, que junto à duas
cisternas do retículo sarcoplasmático constituem
uma tríade.
A tríade é fundamental para que exista o
estímulo da fibra/célula muscular, ou seja, é
fundamental para a contração.

OU SEJA: Quando o sarcolemma sofre um

estímulo, ele se propaga ao longo do túbulo T que
interage com as membranas do retículo
sarcoplasmático, liberando cálcio na sua
intimidade. Isso faz com que o cálcio atinja todas
as miofibrillas com facilidade, gerando a
contração.
Como os neurônios enviam a
informação para que haja a contração?
→ Cada músculo é composto por muitas fibras,
mas cada fibra é inervada por um único neurônio.
Por isso, o músculo por possuir muitas fibras vai
receber informações de muitos neurônios
diferentes.
Placa motora: Nome dado à uma célula quando
um neurônio interage com várias fibras
musculares.
Pull neuronal: Todos os neurônios inferiores
localizados na medula são responsáveis pela
ativação de um determinado grupo de fibras dessa
célula muscular.
Unidade motora: Reunião do neurônio em si com
todas as fibras que ele tá inervando, é o seu
“grupinho” ativador.
Junção neuromuscular: Regiões de contato entre
o neurônio e a célula muscular. São os sítios
sinápticos.
Dentro do neurônio pré-sináptico está presente
a acetilcolina, o neurotransmissor relacionado à
inúmeras funções do SNC.
Na junção neuromuscular ela funciona como um
neurotransmissor excitatório, induzindo a
contração muscular, mas no coração ela possui o
efeito oposto, essa diversidade de funções
acontece pois, dependendo da célula, ela se liga a
receptores diferentes, o que altera sua função.
O receptor da célula muscular esquelética é o
nicotínico. Ele é um canal iônico permeável à Na+
e quando esses canais se abrem ele leva a célula a
se despolarizar e a ativar o potencial de ação.
→ Quando existir um potencial de ação chegando
no axônio desse motoneurônio, é provocado a
liberação de acetilcolina na região de contato
sináptico do músculo. A acetilcolina se liga aos
receptores nicotínicos presentes na membrana
da célula muscular e isso permite a entrada de
Na+ na célula para a despolarização e ativação do
potencial de ação (contração).
A despolarização se propaga pelos túbulos T,
provocando uma alteração na proteína localizada
na membrana do retículo sarcoplasmático, o que
leva a abrir canais de Ca+ que se liberam no
citoplasma. O Ca+ se liga a troponina, permitindo
o acoplamento da miosina e actina que se
deslizam (fenômeno chamado de ciclo das pontes
cruzadas) e esse deslizamento provoca o começo
do ciclo de contração, detalhado acima.
Para haver a interrupção desse sinal, o Ca+ é
bombardeado de volta ao retículo
sarcoplasmático, sem ele o ciclo é interrompido e
o sarcômero volta ao seu comprimento original
Classificação das fibras musculares:
→ De acordo com a sua coloração:
● Brancas: pouco vascularizadas, com
poucas mitocôndrias e mioglobinas. São
capazes de realizar um metabolismo
anaeróbico intenso, ou seja, independente
de oxigênio.
Geram ATP muito rápido para
contrações mais intensas e explosivas
(corrida) porém elas não aguentam por
muito tempo (como um maratonista, por
exemplo).
● Vermelhas: muito vascularizadas, com
muitas mitocôndrias e mioglobinas. São
capazes de realizar um metabolismo
aeróbico muito grande.
Participam das atividades sustentadas
(fibras da coluna para gerar a postura,
maratonistas) utilizando de um tempo
bem longo, mas sem necessitar de uma
força muito grande para isso.
Neurônio motor superior
Vimos a ativação do neurônio motor inferior até
a formação da contração propriamente dita, mas
para que ele seja ativado precisa haver a ativação
do neurônio motor superior que vamos ver agora.
Vindo do nosso cérebro em direção a medula,
existem muitas vias neuronais descendentes.
As principais são os tratos/vias mediais, que
estão relacionadas a regulação da nossa postura,
movimentos mais grosseiros e todos os
movimentos mais centrais do nosso corpo.
Já os tratos/vias mais distais/ laterais são
responsáveis pelo controle da musculatura dos
nossos membros, ou seja, controlam a nossa
musculatura e movimentos das laterais do corpo.
 É no córtex motor que estão localizados os
corpos celulares dos neurônios motores
superiores, que regulam e ordenam os nossos
movimentos voluntários.

Mas as outras áreas também estão diretamente

ligadas nessa área “principal”, elas organizam e
planejam os movimentos, participando
anteriormente no processamento da informação e
sendo também de extrema importância.