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ÍNDICE:

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................1
1.1. OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS............................................................................2
1.1.1. Objectivos Gerais..............................................................................................................2
1.1.2. Objectivos Especificos......................................................................................................2
1.2. METODOLOGIA.................................................................................................................2
2. SISTEMA LOCOMOTOR.......................................................................................................3
2.1. Problemas Que Afetam O Sistema Locomotor....................................................................3
2.2. Plano/ Eixos Posição Anatômica de Base............................................................................3
2.3. Planos do Corpo Humano.....................................................................................................4
3. SISTEMA OSTEO-ARTICULAR...........................................................................................4
3.1. Tipos de articulação (Estrutura e Acções Básicas)...............................................................5
3.2. Movimentos das articulações................................................................................................6
4. SISTEMA MUSCULAR..........................................................................................................6
4.1. Tipos De Tecido Muscular...................................................................................................7
4.2. Funções Dos Músculos.........................................................................................................7
5. SISTEMA NERVOSO.............................................................................................................8
5.1. Sistema Nervoso Central....................................................................................................10
5.1.1. Medula Espinhal.............................................................................................................11
5.1.2. Encéfalo..........................................................................................................................11
5.2. Sistema Nervoso Periférico................................................................................................12
5.3. Sistema Nervoso Autônomo...............................................................................................13
6. SISTEMA CIRCULATORIO/CARDIOVASCULAR..........................................................14
6.1. Componentes Do Sistema Cardiovascular..........................................................................15
6.1.1. Coração...........................................................................................................................15
6.1.2. Vasos Sanguíneos...........................................................................................................16
6.2. A Circulação Nos Seres Humanos......................................................................................17
7. CONCLUSÃO........................................................................................................................20
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA.....................................................................................21
YFigura 1: Planos de Corpo Humano.............................................................................................6
Figura 2: Sistema Osteo-Vascular..................................................................................................7
Figura 3: Porção do Sistema Nervoso..........................................................................................11
Figura 4: Os Neurônios que garantem a transmissão do impulso nervoso...................................12
Figura 5: O Sistema Nervoso Central...........................................................................................12
Figura 6: Sistema Nervoso Pereferico..........................................................................................15
Figura 7: As principais Partes Do Coração..................................................................................18
Figura 8: Vasos Sanguíneos.........................................................................................................19
Figura 9: Fluxo De Sangue No Coração.....................................................................................20
1. INTRODUÇÃO

O Aparelho locomotor representa um complexo de três importantes sistemas do corpo humano


responsável pela realização de todos os movimentos esqueléticos do corpo. Compõem o aparelho
locomotor o sistema esquelético, a parte passiva do aparelho e que fornece as alavancas de
movimento; o sistema muscular, a parte ativa do aparelho e que realiza os movimentos através da
contração dos músculos esqueléticos e, finalmente, o sistema articular que permite, em maior ou
menor grau, os movimentos do esqueleto.

O aparelho locomotor recebe continuamente informações do meio externo, que são captadas e
interpretadas pelo sistema nervoso. Estas permitem a criação de uma resposta condizente ao
estímulo percebido, favorecendo a adaptação do sujeito às condições do ambiente em que se
encontra (GUYTON, 1992).

O interesse em se conhecer os fatores que podem contribuir para o sujeito formular uma resposta
frente ao estímulo percebido vem sendo tema de diversas pesquisas científicas (LAGALLY et
al., 2002; PRICE et al., 1983; STEVENS, 1956; STEVENS & MACK, 1959). Este fenômeno é
estudado segundo correlações estabelecidas entre a percepção, fatores fisiológicos, fatores
biomecânicos ou aqueles relacionados às sensações obtidas através do tato e da audição.

Dependendo da eficiência do aparelho locomotor na recepção e interpretação das informações


externas, o controle sobre o movimento do corpo pode ser modificado. Desta forma, o
conhecimento da percepção das cargas externas tornar- se-ia importante quando se considera seu
papel como elemento desencadeador das estratégias de adaptação às demandas mecânicas
geradas pelo meio (EILS et al., 2004; NIGG, 1985; NURSE & NIGG, 2001; NURSE et al.,
2005; FIOLKOWSKI et al.,

2005).
1.1. OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS
1.1.1. Objectivos Gerais

Diante das discussões expostas anteriormente e sobretudo da importância do tema para o


entendimento dos mecanismos que regem o movimento humano, este estudo terá como objetivo
central verificar a fundo o funcionamento do sistema de aparelho locomotor.

1.1.2. Objectivos Especificos

Com vistas a melhor compreender os fatores que modulam a percepção e com o intuito de
analisar a correlação entre eles, constituem objetivos específicos os seguintes:

a) Verificar com maior enfâse como funciona o sistema de aparelho locomotor e a


sua importância;

b) Verificar as correlações entre os valores dinâmicos, e subjectivos da existência do


sistema locomotor, concretamente humano.

c) Conhecer a relação do sistema locomotor com as demais partes do corpo para o


funcionamento correcto do mesmo.

1.2. METODOLOGIA

Metodologia tem como função mostrar como andar no “caminho das pedras” da pesquisa, ajudá-
lo a reflectir e instigar um novo olhar sobre o mundo: um olhar curioso, indagador e criativo.
(SILVA e MENEZES; 2001;9)
Desta forma para a efectivação deste trabalho usar-se-ão dois tipos de pesquisas à saber:
“Pesquisa bibliográfica reafirma um conjunto de procedimento metodológicos importantes na
produção do conhecimento científico capaz de gerar, especialmente a postulação de hipóteses ou
interpretação que servirá de ponto de partida para pesquisa”(LAKATOS e MARCONI;2001:140)

Pesquisa documental que consiste em fazer uma análise da documentação solicitada na empresa
em estudo tais como (Tabelas, Mapas, gráficos, relatórios, e mais artigos referente ao tema em
estudo).
2. SISTEMA LOCOMOTOR

O aparelho locomotor é formado por pelo sistema osteo-articular e o sistema muscular. O osso é
o elemento passivo do movimento. O esqueleto, em conjunto com as articulações, transforma a
contracção muscular em movimento, através do sistema de alavancas. As articulações permitem
a realização de movimentos e reduzem ao mínimo o atrito entre os ossos implicados. (GUYTON,
1992).

2.1. Problemas Que Afetam O Sistema Locomotor

O sistema locomotor pode ser afetado por diferentes fatores, tais como postura inadequada,
alimentação deficiente ou mesmo prática de atividades físicas de maneira incorreta. Alguns dos
problemas que o afectam são:

 Desvios posturais: a má postura pode levar a problemas como hiperlordose (curvatura


acentuada na região lombar), hipercifose (curvatura acentuada na região torácica,
formando a famosa corcunda), e escoliose (curvatura lateral da coluna).

 Osteoporose: essa doença é caracterizada pela perda de massa óssea, que deixa os ossos
fracos e mais sujeitos a fraturas. Acomete, principalmente, pessoas idosas e, com maior
frequência, mulheres após a menopausa. Baixa ingestão de cálcio na alimentação durante
a vida pode estar relacionada com essa doença.

 Distensão muscular: quando um músculo é submetido a um estiramento excessivo e


ocorre a ruptura de fibras musculares. Apesar de ser comum em pessoas que praticam
esportes, também pode ocorrer durante atividades do dia a dia, quando submetemos nosso
músculo a um grande esforço.

2.2. Plano/ Eixos Posição Anatômica de Base

A posição anatómica de base é a posição aceite por todos os implicados na matéria como
perspectiva de referência para a descrição anatómica. Descrição da posição anatómica de base: o
indivíduo encontrasse de pé, virado para o observador, com os pés no solo, os braços ao lado do
corpo e palmas das mãos viradas para a frente. Por detrás, o sujeito encontrasse de costas (para o
observador)
2.3. Planos do Corpo Humano

Planos do Corpo Humano: O plano é uma representação imaginária que mostra o corpo na sua
posição anatómica. Os planos classificam-se da seguinte forma:

 PLANO MÉDIO-SAGITAL: É o plano que divide o corpo em duas partes iguais,


direita e esquerda.
 PLANO FRONTAL: É um plano vertical que mostra o corpo dividido em duas partes, a
anterior ou facial e a posterior ou dorsal.
 PLANO HORIZONTAL: É o plano que divide o corpo humano ou qualquer parte do
mesmo em duas metades, superior ou cefálica e inferior ou caudal.

Figura : Planos de Corpo Humano

3. SISTEMA OSTEO-ARTICULAR

O sistema osteo-articular é formado pelas articulações ou junturas. Essas estruturas podem ser


definidas como o local de conexão existente entre dois ou mais ossos. As articulações, garantem,
portanto, a união e a movimentação dos ossos, permitindo que nosso esqueleto permaneça.

O sistema osteo-articular proporciona o suporte do corpo. O tecido ósseo é o mais resistente do


corpo e permite neutralizar o efeito da gravidade. O tecido ósseo é formado por 208 ossos unidos
entre si por tecido conectivo (ligamentos e tendões).

 TENDÕES: Unem os músculos ao osso


 LIGAMENTOS: Unem os ossos entre si
Figura : Sistema Osteo-Vascular

O osso é formado por células ósseas vivas rodeadas de uma substância inerte e dura. A
composição química do osso é de 25% de água, 45% de minerais como fosfato e carboneto de
cálcio e 30% de matéria orgânica.

Estes minerais de cálcio dão ao osso a sua rigidez e resistência a qual varia de acordo com a
idade, evoluindo desde o tecido cartilaginoso do embrião, passando pela resistência em adultos,
até à descalcificação das pessoas na terceira idade. (GUYTON, 1992).

3.1. Tipos de articulação (Estrutura e Acções Básicas)

A articulação é a zona de contacto entre os ossos através do tecido conjuntivo. Segundo o grau
de mobilidade que se possua podemos distinguir vários tipos de articulações:

a) IMÓVEIS ou SINARTROSES: Articulações fixas sem movimento (Ex: osso do crânio)


b) SEMI MÓVEIS ou ANFIARTROSES: Articulações que permitem um grau muito
limitado de movimento (Ex: articulações intervertebrais).
c) MÓVEIS ou DIARTROSES: São as articulações móveis, como as que unem os ossos
das extremidades com o tronco, os ombros ou a bacia. Possuem uma capa externa de
cartilagem fibrosa e estão rodeados por ligamentos resistentes. As extremidades ósseas
das articulações móveis estão cobertas com cartilagem lisa e lubrificadas por uma liquido
espesso denominado líquido sinovial.
3.2. Movimentos das articulações

Em relação aos eixos de rotação descritos anteriormente falas e de acções específicas de:

a) FLEXÃO: Movimento que diminui o ângulo entre dois ossos adjacentes. (Ex: Acção de
aproximar a mão e tocar o ombro do mesmo lado).
b) EXTENSÃO: Movimento que aumenta o ângulo entre dois ossos adjacentes. (Ex: Acção
de estender as pernas ao caminhar)
c) ADUÇÃO: Acção de levar um membro à linha média. (EX: Acção de juntar as pernas ao
nadar no estilo de bruços).
d) ABDUÇÃO: Movimento contrário à adução. É o movimento de afastamento em relação
à linha média. (Ex: Acção de separar as pernas ou nadar no estilo de bruços).
e) ROTAÇÃO: Movimentos em torno de um eixo longitudinal. (EX: Movimentos
circulares do pescoço).

4. SISTEMA MUSCULAR

Movimentos como pular, correr, nadar, escrever, comer, picas os olhos e tantos outros só são
possíveis porque o corpo humano é repleto de músculos. Deste modo, os músculos compõem o
sistema muscular, parte que representa cerca de 40 a 50% do peso de uma pessoa. segundo
MILANI (2001),

Ou seja, todos os movimentos que realizamos no corpo são possíveis a partir da contração que os
músculos fazem. Além disso, a capacidade de andar, por exemplo, é uma ação que depende
também dos ossos e do sistema nervoso.

Os músculos que suportam quase metade do peso do corpo, têm como missão principal o
desenvolvimento da força necessária para a execução das actividades físicas e permitir
movimentos. Também assumem uma função termo reguladora através da produção de calor.

O sistema muscular é constituído pelo conjunto de músculos presente no organismo. Os


músculos são formados por células especializadas em contração e relaxamento. Essas células
formam diferentes tipos de tecidos e, de acordo com suas características morfológicas, permitem-
nos classificar os músculos em três tipos:

4.1. Tipos De Tecido Muscular


a) Músculo estriado cardíaco: constituído por células alongadas e ramificadas unidas por
discos intercalares. Apresentam estrias transversais, contração rítmica e involuntária;
b) Músculo estriado esquelético: constituído por células longas, cilíndricas e
multinucleadas. Apresentam estrias transversais e contração rápida e sujeita ao controle
voluntário;
c) Músculo liso: constituído por células fusiformes, não apresentam estrias transversais, a
contração é lenta e não está sujeita ao controle voluntário. Presente em diversas vísceras,
como o tubo digestivo e o útero.

Os três tipos de músculos (de cima para baixo): cardíaco, liso e esquelético

Os músculos são formados por feixes que se fixam por meio de suas extremidades. A
extremidade presa a uma peça óssea que não se desloca, ou ponto fixo, é denominada de origem.
A extremidade presa a uma peça óssea que se desloca, ou ponto móvel, é denominada de
inserção.

Os músculos fixam-se a essas extremidades por intermédio de tendões e aponeuroses.

O encurtamento da distância entre as extremidades pelo processo de contração permite que os


segmentos do corpo se movimentem. No entanto, os músculos não são responsáveis apenas pela
locomoção. Como eles unem as peças ósseas, são responsáveis também por manter a postura do
esqueleto. Os músculos também são responsáveis pelo movimento das vísceras.

4.2. Funções Dos Músculos

Em síntese, o corpo humano funciona como uma máquina. Nesse sentido, para que essa máquina
funcione sem problemas, são necessários vários sistemas que operam de forma ordenada e em
conjunto. Assim, uma das partes mais importantes do corpo está o sistema muscular. Ou seja, é a
partir dele que o coração bate, nós respiramos, piscamos e tantas outras funções desenvolvidas
pelos músculos. Os músculos esqueléticos são responsáveis pelo movimento do corpo

Dessa forma, dentre as funções desenvolvidas pelo sistema muscular estão:


 Produção dos Movimentos Corporais: Movimentos gerais do corpo, como andar, pular,
correr, nadar e etc.
 Estabilização das Posições Corporais: a prática de ficar em pé ou se sentar é
consequência da estabilização que os músculos esqueléticos proporcionam ao corpo.
 Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos
músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco.
 Movimento de Substâncias dentro do Corpo: as substâncias que circulam dentro do
corpo humano são controladas pelas contrações que os músculos lisos proporcionam.
Além disso, são responsáveis por mover os alimentos, a urina e os gametas do sistema
reprodutor.
 Produção de Calor: ao se contrair o sistema muscular produz uma quantidade de calor
que é utilizada para manter a temperatura corporal.

Vale ressaltar que o corpo humano é formado por mais de 600 músculos esqueléticos. Nesse
caso, são músculos que possuem a função de se contrair de forma voluntária. Além disso, são
formados por uma composição de células alongadas e multicelulares. Por conta disso, as células
também recebem o nome de fibras musculares.

Assim, os músculos esqueléticos apresentam bandas claras e escuras denominadas de estrias.


Dessa forma, as estrias são formadas a partir de filamentos finos e espessos que formam o
músculo.

5. SISTEMA NERVOSO

Segundo MILANI (2001), o sistema nervoso é o sistema responsável


por captar, processar e gerar respostas diante dos estímulos aos quais somos submetidos. É
devido à presença desse sistema que somos capazes de sentir e reagir a diferentes alterações que
ocorrem em nossa volta e mesmo no interior do nosso corpo.

Ele pode ser dividido em duas porções:

a) Sistema nervoso central: formado pelo encéfalo e medula espinhal.


b) Sistema nervoso periférico: formado pelos nervos, gânglios e terminações nervosas.
Figura : Porção do Sistema Nervoso

O sistema nervoso é composto por um tipo especial de tecido denominado tecido nervoso, o


qual possui como tipos celulares os neurônios e as chamadas células da glia.

Os neurônios são responsáveis pela propagação do impulso nervoso e apresentam como partes


básicas o corpo celular, onde está localizado o núcleo, e dois tipos de prolongamentos, os
axônios e os dendritos. De acordo com a função desempenhada, os neurônios podem ser
classificados em dois grupos básicos: sensitivos ou aferentes (levam impulsos para o sistema
nervoso) e motores ou eferentes (levam impulsos para outras partes, como músculos e
glândulas).

Figura : Os Neurônios que garantem a transmissão do impulso nervoso


O grupo de células chamado células da glia está relacionado com várias funções, tais como
nutrição e regulação do funcionamento dos neurônios. Células ependimárias, astrócitos,
oligodendrócitos, microglia e células de Schwann são células da glia.

5.1. Sistema Nervoso Central

Figura : O Sistema Nervoso Central

O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal.

O sistema nervoso central é a parte do sistema nervoso que garante a recepção e


a interpretação dos estímulos, podendo ser considerado o centro de processamento de
informações do nosso corpo. Os constituintes do sistema nervoso central são a medula espinhal e
o encéfalo. O sistema nervoso central é o responsável pela recepção e integração de informações,
da tomada de decisões e do envio de ordens. MILANI (2001),

Já o sistema nervoso periférico transmite as informações provenientes dos órgãos sensoriais para
o sistema nervoso central, e deste para os músculos e as glândulas. O sistema nervoso periférico
é subdividido em somático e autônomo ou vegetativo.

No sistema nervoso central observa-se as chamadas substâncias branca e cinzenta. A substância


branca corresponde aos axônios dos neurônios, enquanto a substância cinzenta corresponde
aos corpos celulares. No encéfalo, de uma maneira geral, com exceção do bulbo, a substância
cinzenta localiza-se mais externamente. Na medula, por sua vez, observa-se o contrário, com a
substância branca localizada mais externamente.
O sistema nervoso central é protegido por ossos e membranas. O encéfalo, por exemplo, está
protegido pela caixa craniana, enquanto a medula espinhal está protegida pela coluna vertebral.
Tanto o encéfalo quanto a medula estão envolvidos por três membranas denominadas
de meninges. As meninges são:

 Dura-máter: mais externa e também a mais fibrosa.

 Aracnoide: localizada entre a dura-máter e a pia-máter. Ela recebe essa denominação,


pois, quando vista ao microscópio, possui a aparência de uma teia de aranha. No espaço
subaracnoide, é encontrado líquido cefalorraquidiano, que também apresenta, entre
outras funções, a função de proteção.

 Pia-máter: mais interna e altamente vascularizada.

5.1.1. Medula Espinhal

A medula espinhal, também chamada medula espinal, é uma estrutura em formato cilíndrico que


está localizada no interior da coluna vertebral. Nessa estrutura, observa-se a substância branca
localizada mais externamente e a substância cinzenta central formando a letra H. MILANI
(2001),

A medula espinhal está relacionada com o ato reflexo, que se caracteriza por ser uma resposta
rápida e involuntária diante de algum estímulo, como tirar a mão ao encostar em uma chapa
quente. Nesses reflexos o encéfalo não está envolvido, o que significa que a medula espinhal
pode atuar de maneira independente. O ato reflexo é constituído basicamente por dois tipos de
neurônios, um aferente e um eferente.

5.1.2. Encéfalo

O encéfalo está localizado dentro da caixa craniana e apresenta várias partes. A seguir,


descreveremos as principais estruturas encefálicas e algumas atividades desempenhadas por elas:

 Tronco encefálico: é formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo. O mesencéfalo está


relacionado com audição, reflexos visuais e movimento de tração. A ponte, como o nome
sugere, está relacionada com a ligação entre várias partes do cérebro. O bulbo está
relacionado com o controle de diversas funções, como batimentos cardíacos, respiração e
deglutição.

 Cerebelo: está relacionado, principalmente, com a coordenação de movimentos e o


equilíbrio do nosso corpo.

 Diencéfalo: é constituído pelo tálamo, hipotálamo e epitálamo. O tálamo é responsável


por garantir que impulsos sensitivos cheguem ao cérebro. O hipotálamo, por sua vez,
está relacionado com várias funções, como regulação de água, temperatura do corpo,
controle da fome, entre outras. Essa porção do encéfalo também atua
produzindo hormônios. O epitálamo inclui a glândula pineal, a qual é responsável por
produzir melatonina.

 Cérebro: é a porção mais desenvolvida do nosso encéfalo e é dividida em duas porções:


os hemisférios esquerdo e direito. Esses dois hemisférios estão unidos pelo chamado
corpo caloso. O nosso cérebro é responsável por garantir atividades motoras, memória,
inteligência, emoção e razão.

5.2. Sistema Nervoso Periférico

O sistema nervoso periférico é composto por nervos que se projetam da medula e inervam o resto
do corpo. Além dos nervos originados na medula, existem ainda doze pares de nervos cranianos,
que inervam principalmente a cabeça e têm origem no tronco encefálico. Enquanto os nervos
espinhais são componentes dos sistemas nervosos periféricos somático e autônomo, alguns
nervos cranianos fazem parte destes sistemas periféricos e outros do sistema nervoso central.
MILANI (2001),
Figura : Sistema Nervoso Pereferico

O sistema nervoso periférico é constituído por nervos, gânglios e terminações nervosas.


O sistema nervoso periférico garante a transmissão das informações dos órgãos sensoriais para
o sistema nervoso e deste para os músculos, as glândulas e as células endócrinas. Os neurônios
responsáveis por levar informação ao sistema nervoso central são chamados aferentes, e aqueles
que levam as instruções às estruturas, após o processamento do estímulo no sistema nervoso
central, são chamados eferentes. NURSE e NIGG (2001)

O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos, gânglios e terminações nervosas. Os


nervos são fibras nervosas agrupadas em feixes, enquanto os gânglios são acúmulos de neurônios
que estão fora do sistema nervoso central.

Os nervos podem projetar-se da medula ou então originar-se do encéfalo. Os nervos


espinhais são aqueles que se projetam da medula, enquanto os nervos cranianos inervam-se do
encéfalo. Existem 31 pares de nervos espinhais e 12 pares de nervos cranianos. NURSE e NIGG
(2001)

5.3. Sistema Nervoso Autônomo

O sistema nervoso autônomo é um componente do sistema nervoso periférico que atua regulando


algumas funções involuntárias do nosso corpo, tais como ações desempenhadas pelos
sistemas respiratório, digestório, endócrino e cardiovascular.

Nele há as divisões simpática e parassimpática, as quais geralmente apresentam ações


antagônicas. A divisão simpática garante, por exemplo, que o coração bata mais rápido em
alguma situação de estresse, enquanto a parassimpática faz com que o corpo relaxe após essa
situação.

O sistema nervoso autônomo é controlado pelo hipotálamo e é subdividido em simpáti- co e


parassimpático. Este sistema é o responsável pelo controle de todas as funções vege- tativas
inconscientes, tais como controle da frequência cardíaca, mobilização de glicose, frequência
respiratória e produção hormonal, entre outras, por inervar basicamente três tipos de tecidos:
glândulas, músculo liso e músculo cardíaco. Enquanto o sistema somá- tico prima pela
velocidade e precisão da ativação de músculos esqueléticos, o sistema nervoso autônomo atua de
forma múltipla e distribuída, cujo balanço entre inibição e ativação sinápticas permite um
controle sistêmico graduado e coordenado. NURSE e NIGG (2001)

Outra diferença entre os sistemas somático e autônomo reside em que, enquanto o primeiro
controla seus alvos por uma via monossináptica, o segundo o faz por uma via bissináptica. Os
corpos celulares de todos os neurônios do sistema nervoso autônomo estão localizados fora do
sistema nervoso central em agrupamentos denominados gân- glios. Estes neurônios,
denominados pós-ganglionares, são controlados por neurônios, cujos corpos celulares se
encontram no tronco encefálico ou na medula espinhal, e são denominados neurônios pré-
ganglionares. As subdivisões autonômicas simpática e parassimpática controlam as funções
fisio- lógicas geralmente de maneira antagônica. A divisão simpática está mais associada a
respostas relacionadas a situações pontuais de estresse, de modo que se atribui ao sistema
simpático o controle de respostas do tipo fuga-ou-luta. Já o sistema nervoso parassimpá- tico está
relacionado a funções relativas ao funcionamento coordenado do organismo a longo prazo como,
por exemplo, crescimento, digestão e armazenamento energético.

Outra diferença entre os sistemas nervosos autônomos simpático e parassimpático é o tipo de


neurotransmissor por eles utilizados. Assim como observado nos neurônios alfa e gama do
sistema nervoso somático, o principal neurotransmissor do sistema autônomo é a acetil- colina.
A acetilcolina é liberada pelos neurônios pré-ganglionares dos sistemas simpático e
parassimpático e também pelos neurônios pós-ganglionares do sistema parassimpático. Por outro
lado, os neurônios pós-ganglionares do sistema simpático utilizam a noradrenalina como
neurotransmissor. Estes neurotransmissores desencadeiam respostas intracelulares diferentes nas
células-alvo e, enquanto a acetilcolina tem um efeito mais local, a noradre- nalina geralmente se
difunde para maior distância, podendo atingir a corrente sanguínea

6. SISTEMA CIRCULATORIO/CARDIOVASCULAR

O sistema cardiovascular, também chamado de sistema circulatório, é o sistema responsável


por garantir o transporte de sangue pelo corpo, permitindo, dessa forma, que nossas células
recebam, por exemplo, nutrientes e oxigênio. Esse sistema é formado pelo coração e pelos vasos
sanguíneos. O sistema circulatório é um sistema de distribuição e vigilância. O oxigênio e os
nutrientes obtidos nos pulmões e no intestino são levados para os tecidos, enquanto o gás
carbônico e os metabólitos são transportados para os pulmões e os rins.

É através do sistema circula- tório que são transportados os hormônios produzidos nas glândulas
endócrinas e também as moléculas de alerta e defesa, responsáveis pela reação a agentes
externos. NURSE e NIGG (2001)

6.1. Componentes Do Sistema Cardiovascular

Este sistema é formado por um conjunto altamente complexo de transporte, que com- preende os
vasos sanguíneos e um sistema de bombeamento (coração); além disso, o sangue, que é o fluido
dos vasos, é composto pelo plasma e por diversos tipos celulares, que apresentam uma série de
funções fisiológicas

O sistema cardiovascular é composto pelas seguintes estruturas:

 Coração: órgão responsável por garantir o bombeamento do sangue;

 Vasos Sanguíneos: são tubos por onde o sangue passa. Os três principais tipos de vasos
sanguíneos são: artérias, veias e capilares.

6.1.1. Coração

O coração é um órgão oco, formado por quatro câmaras e é res- ponsável pelo bombeamento do
sangue para todo o organismo. As câmaras atriais ou superiores rece- bem o sangue e, por isso,
são cha- madas átrio. As câmaras inferiores são os ventrículos, portas de saída do coração. O
sangue venoso cir- cula pelo lado direito do coração, enquanto o sangue arterial circula pelo lado
esquerdo. O coração é um órgão muscular e o fato de todos os músculos que formam uma
câmara se contraírem simultaneamente é muito importante para que o sangue possa circular. O
ventrículo esquerdo, de onde o sangue arterial é bombeado para todo o organismo, é a câmara
que tem a maior densidade muscular e, portanto, bombeia com grande força.

Figura : As principais Partes Do Coração

O coração dos seres humanos, assim como o dos outros mamíferos, é


um órgão muscular formado por quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios são as
câmaras responsáveis por garantir o recebimento do sangue no coração, enquanto os ventrículos
são as câmaras responsáveis por garantir o bombeamento do sangue para a fora do coração.
Appleton & Lange, 1995.

No lado esquerdo do coração, percebe-se a presença apenas de sangue rico em oxigênio,


enquanto do lado direito observa-se a presença apenas de sangue rico em gás carbônico. No
coração, há ainda a presença de quatro válvulas que impedem o refluxo do sangue, permitindo,
desse modo, um fluxo contínuo.

O coração apresenta três camadas ou túnicas: o endocárdio, o miocárdio e o epicárdio. O


endocárdio é a camada mais interna. O miocárdio é a camada média, a qual é formada por tecido
muscular estriado cardíaco, sendo ela, portanto, a responsável por assegurar que o sangue seja
bombeado adequadamente devido às contrações musculares. O miocárdio é a camada mais
espessa do coração. Por fim, temos o epicárdio, que é a camada mais externa. É no epicárdio que
se acumula a camada de tecido adiposo que geralmente envolve o órgão.
O coração é capaz de contrair e também de relaxar, sendo chamada a contração de sístole e o
relaxamento de diástole. Quando ele contrai, bombeia sangue e quando relaxa, enche-se de
sangue. Nos seres humanos, os batimentos cardíacos originam-se no próprio coração.

A região que origina o batimento cardíaco é chamada de nó sinoatrial e ele é caracterizado por
ser um aglomerado de células que produzem impulsos elétricos.

6.1.2. Vasos Sanguíneos

Figura : Vasos Sanguíneos

Os vasos sanguíneos são responsáveis por garantir o transporte de sangue pelo corpo.

Os vasos sanguíneos são um grande sistema de tubos fechados por onde o sangue circula. Os três
principais vasos sanguíneos encontrados no corpo são as artérias, veias e os capilares. Veja, a
seguir, algumas características básicas desses três vasos:

 Artérias: As artérias são vasos que levam o sangue, a partir do coração, para os órgãos e
tecidos do corpo. Nesses vasos, o sangue corre em alta pressão. As artérias ramificam-se
em arteríolas.

 Capilares: São vasos sanguíneos muito delgados que garantem a troca de substâncias


entre o sangue e os tecidos do corpo.

 Veias: Os capilares sanguíneos convergem para as chamadas vênulas, as quais


convergem para as veias. As veias são os vasos que garantem que o sangue retorne ao
coração. Nesses vasos, o sangue corre em baixa pressão e para evitar o refluxo do sangue
as veias são dotadas de valvas.
6.2. A Circulação Nos Seres Humanos

O sangue chega ao coração pelo átrio direito por meio das veias cavas. Esse sangue é rico em gás
carbônico e pobre em oxigênio. Esse sangue desoxigenado segue, então, para o ventrículo
direito. Do ventrículo direito, é bombeado para os pulmões via artérias pulmonares.

Nos pulmões, ocorre o processo de hematose, o sangue até então rico em gás carbônico, recebe
oxigênio proveniente da respiração pulmonar.

O sangue rico em oxigênio volta ao coração via veias pulmonares, chegando a esse órgão pelo


átrio esquerdo. Do átrio, ele segue para o ventrículo esquerdo.

Figura : Fluxo De Sangue No Coração.

Do ventrículo esquerdo, o sangue segue para o corpo, saindo do coração pela artéria aorta. O
sangue então segue para os vários órgãos e tecidos do corpo. Nos capilares, ocorrem as trocas
gasosas. O oxigênio presente no sangue passa para os tecidos e o gás carbônico produzido na
respiração celular passa para o sangue. Appleton & Lange, 1995.

Os capilares reúnem-se formando vênulas, que formam as veias, as quais seguem levando o
sangue pobre em oxigênio para o coração. As veias cavas superior e inferior garantem que o
sangue rico em gás carbônico seja levado até o átrio direito.
A circulação nos seres humanos é denominada de circulação dupla, uma vez que se observa a
presença de dois circuitos: a circulação sistêmica ou grande circulação e a circulação pulmonar
ou pequena circulação:

 Circulação sistêmica ou grande circulação: Diz respeito ao circuito que o sangue faz


partindo do coração em direção aos vários tecidos do corpo e depois retornando a esse
órgão. Ao chegar do pulmão, o sangue é impulsionado para o corpo. Nos capilares, são
feitas as trocas gasosas, e o sangue, agora rico em gás carbônico e pobre em oxigênio,
retorna ao coração.

 Circulação pulmonar ou pequena circulação: Diz respeito ao circuito realizado pelo


sangue do coração aos pulmões e seu retorno ao coração. Nesse circuito, o sangue sai
pobre em oxigênio do coração, segue para o pulmão, onde é oxigenado, e retorna ao
coração.

O músculo cardíaco é formado por células individuais, que se comunicam e se unem através dos
discos intercalares. Estas regiões têm baixa resistência e facilitam a comu- nicação elétrica entre
as células. O coração é formado por dois sincícios, o atrial e o ventricular. A comunicação entre
ambos é feito através do nodo atrioventricular. A contração do coração é regulada de forma
muito eficiente. A cada contração (sístole) é seguido um período de relaxamento (diástole).
Durante a sístole, o sangue sai dos ven- trículos, sendo ejetado para todo o organismo. Durante a
diástole, ocorre o enchimento dos átrios e dos ventrículos. O sangue nunca volta para a câmara
anterior, porque existem válvulas que se fecham após o sangue passar para o compartimento
seguinte. O ciclo integral é conhecido como batimento cardíaco e a sua força é tão grande que
pode ser sentida em todo o organismo. Appleton & Lange, 1995.

As válvulas (ou valvas) atrioventriculares, como o próprio nome diz, fazem a interface entre o
átrio e o ventrículo impedindo o refluxo de sangue do ventrículo para o átrio durante a sístole. A
válvula tricúspide (possui três folhetos) está localizada entre o átrio e o ventrículo direito e
válvula mitral (ou bicúspede, por possuir dois folhetos) entre o átrio e o ventrículo esquerdo.

O coração também apresenta as chamadas válvulas semilunares, aórtica e pulmonar, a primeira


está localizada entre o ventrículo esquerdo e a aorta e o segundo entre o ventrí- culo direito e a
artéria pulmonar, e são responsáveis por impedir o refluxo de sangue das artérias para o coração
durante a diástole, onde com o relaxamento dos ventrículos ocorre uma pressão negativa fazendo
com que o sangue tente voltar para o coração. Appleton & Lange, 1995.

7. CONCLUSÃO

Durante o estudo tivemos uma visão ampla da anatomia humana, onde fomos capazes de
entender melhor as variações anatômicas do nosso corpo que aparecem em qualquer sistema do
organismo, sem causar prejuízo funcional. A posição anatômica é uma posição de referência e
padronizada. Temos ainda variações anatômicas individuais que decorrem de fatores como
idade, sexo, raça, tipo constitucional e evolução. Em primeiro lugar temos que ter em mente do
ponto de vista da sobrevivência, o movimento, e como consequência a locomoção, que é a
principal função do ser vivo e os Sistemas Esquelético, Muscular e Articular que formam em
conjunto o Aparelho Locomotor.

Nos vertebrados o Sistema Esquelético é considerado o elemento passivo do movimento,


enquanto que, como veremos mais adiante, o Sistema Muscular é considerado o elemento ativo
do movimento e as junturas ou articulações, que se interpõem entre os ossos, denominadas de
Sistema Articular, que irão permitir este movimento. São inúmeros os movimentos corporais que
realizamos durante o dia: levantamos da cama, tomamos banho, escovamos os dentes, levamos
os alimentos até a boca. Toda essa e outras rotinas de movimentos seriam impossível se não
fosse nosso sistema esquelético. Aproximadamente um quinto do peso total de um indivíduo
saudável é composto por seus ossos. O esqueleto humano é uma estrutura resistente, viva e
flexível que tem dentre suas funções sustentar e proteger tecidos e órgãos do corpo.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

THOMAS, J.R.; NELSON, J.K. Métodos de pesquisa em atividade física. 3.ed. Porto Alegre:
Artmed, 2002

NORTH COAST MEDICAL Inc. Touch-Test Sensory Evaluator Instructions. Morgan Hill, 2000

KANDEL, E.R.; SCHWARTZ, J.H.; JESSELL, T.M. Essentials of neural science and behavior.
Stamford: Appleton & Lange, 1995.

SAMPIERI, Roberto Hernández et al. (2006). Metodologia de Pesquisa. São Paulo:Mc Graw
Hill

LAGALLY et al., 2002; PRICE et al., 1983; STEVENS, 1956; STEVENS & MACK, 1959

MILANI, T.L.; HENNIG, E.M., LAFORTUNE, M.A. Perceptual and biomechanical variables
for running in identical shoe constructions with varying midsole hardness. Clinical
Biomechanics, v.12, n.5, p.294-300, 1997.

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