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Grupo: II
Docente
(Msc.Massigue )
ÍNDICE
1. Introdução..................................................................................................................5
2. Objectivos..................................................................................................................6
2.3. Metodologia....................................................................................................6
3. Contextualização.............................................................................................7
4. Pares Cranianos...............................................................................................8
4.1. Olfatório..........................................................................................................8
4.2. Óptico..............................................................................................................8
4.3. Oculomotor.....................................................................................................9
4.4. Troclear.........................................................................................................10
4.5. Trigémeo.......................................................................................................11
4.7. Facial.............................................................................................................13
4.8. Vestíbulo-Coclear.........................................................................................13
5. Vago..............................................................................................................15
5.2. Acessório.......................................................................................................16
5.3. Hipoglosso.....................................................................................................16
6. Conclusão......................................................................................................18
7. Referências Bibliograficas............................................................................19
1. INTRODUÇÃO
A execução de uma atitude é estabelecida através dos doze pares de nervos cranianos.
Os pares de nervos cranianos são assim chamados, pois seus núcleos, com excepção do
I e do II, se originam no tronco encefálico. Em sua maior parte, inerva a estrutura da
cabeça e do pescoço e alguns destes nervos trazem informações dos órgãos dos sentidos
ao cérebro, outros servem aos músculos de controle; outros nervos cranianos conectam-
se a glândulas ou órgãos internos como o coração e ao pulmão (Martin, 1989).
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2. OBJECTIVOS
2.1. Objectivo Geral
2.3. Metodologia
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3. CONTEXTUALIZAÇÃO
Os nervos cranianos são aqueles que fazem conexão com o encéfalo. Existem 12 pares
desses nervos, cada um possui nomenclatura própria e são numerados em algarismos
romanos.
São eles: olfatório (I), óptico (II), oculomotor (III), troclear (IV), trigêmeo (V),
abducente (VI), facial (VII), vestibular (VIII), glossofaríngeo (IX), vago (X), acessório
(XI) e hipoglosso (XII).
Os pares cranianos fazem, de maneira geral, o suprimento sensitivo e motor da cabeça e
do pescoço. Podem ser classificados em eferentes/motores, quando a informação sai do
sistema nervoso central, aferentes/sensitivos, quando a informação entra no sistema
nervoso central, ou mistos (Welle S, 1978).
A origem real desses pares cranianos são onde o seu núcleo está localizado. Já a origem
aparente é onde suas fibras aparecem no sistema nervoso, e a origem óssea corresponde
aos forames por onde esses nervos passam (Ninomiya, 1994).
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4. Pares cranianos
4.1. Olfatório
É um nervo exclusivamente sensitivo, contém fibras aferentes viscerais especiais. Sua
emergência craniana se localiza na lâmina crivosa do osso etmoide e a encefálica, no
bulbo olfatório, na porção inferior do lobo frontal; o seu núcleo é o olfatório anterior,
logo, é responsável pela inervação da mucosa olfatória (Komisaruk, 1997).
Está distribuído no epitélio olfatório da cavidade nasal, formado por neurônios bipolares
que são as células receptoras olfatórias. Seus axônios se dividem em: estria medial e
lateral. A lateral envia estímulos para o hipocampo e para a amigdala, já a medial, envia
para o tálamo e depois para o córtex orbitofrontal, responsável pela percepção do cheiro
(Welle S, 1978).
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4.2. Óptico
É um nervo unicamente sensitivo, suas fibras são somáticas especiais e é responsável
pela visão, mais especificamente por transmitir impulsos aferentes especiais de luz para
o cérebro. Sua emergência craniana é o canal óptico e a encefálica é o quiasma óptico; o
seu núcleo é o geniculado lateral. As fibras ópticas provenientes da parte nasal da retina
cruzam no quiasma óptico para o lado oposto, enquanto as da parte lateral permanecem
do mesmo lado (Martin, 1989).
O trato óptico é a continuação intracraniana desse nervo e é uma estrutura par, formada
pelas fibras citadas anteriormente. Algumas dessas fibras podem terminar no núcleo
pré-tectal e no colículo superior (Amaral, 1998).
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4.3. Oculomotor
É um nervo exclusivamente motor somático e visceral, que contém fibras pré-
ganglionares parassimpáticas. Sua emergência craniana é a fissura orbital superior e a
encefálica é o sulco medial do pedúnculo cerebral, seus núcleos são o oculomotor e o
Edinger-Westphal. As fibras primárias são responsáveis pela inervação dos seguintes
músculos extraoculares: levantador da pálpebra, recto inferior, superior, medial e
obliquo inferior. Já as secundárias, inervam o corpo ciliar, íris e músculo esfíncter da
pupila (Welle S, 1978).
Ele contrai o músculo ciliar, que, por sua vez, relaxa as zônulas ciliares, deixando o
cristalino mais arredondado, conferindo acuidade visual. Além disso, por possuir fibras
parassimpáticas, realiza a miose da pupila. Ao aplicar um reflexo luminoso em apenas
um olho, haverá a contracção das duas pupilas, pois será recrutado um núcleo ipsilateral
e contralateral (Martin, 1989)
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actividade motora intencional. A pessoa que adormece se desliga dos estímulos
exteriores, acomoda-se em lugares protegidos e com pouco barulho, cerrando as
pálpebras para obstruir a entrada de estímulos visuais. Quando adormece, apresenta
poucos indícios de comportamento motivado complexo: sacudidelas, viradas e
ocasionais resmungos fortuitos e sem propósito (Komisaruk, 1997).
4.4. Troclear
É um nervo exclusivamente motor, formado por fibras somáticas gerais. Sua
emergência craniana é a fissura orbital superior e a encefálica é o véu medular superior;
é o único par craniano que tem origem posterior no tronco encefálico e seu núcleo pode
ser encontrado ao nível do colículo inferior do tronco cerebral.
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Ele é responsável pela inervação do músculo obliquo superior. Esse músculo realiza os
movimentos de adução, depressão e rotação medial (interna) do olho (Welle S, 1978).
4.5. Trigémeo
É um nervo misto, ou seja, tem função motora e sensitiva, constituído por fibras
viscerais especiais e somáticas gerais. É importante salientar que a partir do gânglio
trigeminal surgem três ramos: oftálmico, maxilar e mandibular e cada um tem a sua
emergência craniana, a fissura orbital superior, forame redondo e oval, respectivamente.
Já a encefálica está localizada entre a ponte e o pedúnculo cerebral médio, seus núcleos
estão no tronco encefálico e na parte superior da medula espinhal (Welle S, 1978).
O ramo oftálmico é formado por fibras pré-ganglionares do gânglio ciliar e fibras dos
ramos periféricos. Ele forma uma sinapse com o gânglio trigeminal e inerva a região
anterior do crânio, nariz e regiões oftálmicas da face. Ao chegar à órbita, fornece três
ramos terminais, que são os nervos nasociliar, frontal e lacrimal.
O ramo maxilar inerva a região maxilar e abaixo dos olhos. Ao penetrar na cavidade
orbital passa a ser chamado de nervo infraorbital, que, por sua vez, fornece outros
ramos, como o nervo alveolar superior (Welle S, 1978).
O ramo mandibular possui dois ramos principais, o nervo lingual e alveolar inferior. Ele
tem como função a inervação da porção mais inferior da face (Amaral, 1998).
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4.5.1. Função psicológica do nervo trigémeo
Ao se relacionar a activação nervosa do V par á atitude agressiva, parte-se da
observação de que, as mandíbulas e os dentes foram, a priori, as primeiras armas de
ataque e defesa que o ser humano teve a seu alcance. Naturalmente, esta formação
anatômica serviu para formar a o comportamento agressivo, visto também como a força
activa primária da psiquê o primeiro movimento do homem em busca da sua satisfação
e do seu prazer PoKay, 1995).
A primeira delas foi realizada por PoKay (1995) da Northeastern University. Ele
estudou a exposição agonística dos peixes de briga siameses (o Beta Splendens).
Um dos mais importantes componentes do comportamento agressivo do Beta é a
exposição frontal, na qual o peixe encara o oponente directamente com a cobertura das
guelras tonicamente estendidas, criando como que um cocar a sua cabeça e dando a
impressão de ser maior do que de fato é.
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4.6. Anatomia regional e funcional do nervo abducente
Este inerva o músculo rectus lateral do olho e é parte de uma colecção de fibras que
formam também o nervo facial. Através de interneuronios o núcleo do nervo abducente
inerva o núcleo do núcleo oculomotor contralateral que controlam os músculos rectos
mediais É responsável pela mirada horizontal para a direita e para a esquerda. Os
neurônios motores do núcleo abducente, próximo a linha média da ponte, no genu
interno do nervo facial enviam axônios para o músculo recto lateral ipislateral, pelo
nervo abducente (VI). Este nervo sai pela base da ponte, próxima a linha média, na
junção ponto-bulbar. Corre pela fossa posterior, até entrar na área do seio cavernoso.
(Komisaruk, 1997).
O músculo recto lateral pode ser testado isoladamente dos outros músculos oculares
pela adução e abdução a partir da mirada directa para frente.
Para que se entenda precisamente a função do nervo abducente (VI) tem-se que
entender o funcionamento dos movimentos oculares (Martin, 1989).
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4.7. Facial
É um nervo misto, possui uma raiz motora, nervo facial propriamente dito e uma raiz
sensorial, chamada de nervo intermédio, suas fibras são pré-ganglionares
parassimpáticas. Sua emergência craniana é o forame estilomastoideo e a encefálica é o
sulco bulbo pontino. Possui quatro núcleos, o lacrimal, motor, salivatório superior e o
núcleo do trato solitário (Lyonfield, 1995).
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O nervo facial possui cinco ramos principais: auricular, marginal, mandibular, bucal,
zigomático e temporal, que realizam a inervação dos músculos da expressão facial. O
intermédio inerva os 2/3 anteriores da língua, gerando o paladar. Logo, de maneira
geral, esse par craniano é responsável pela mímica facial, inervação dos 2/3 anteriores
da língua, das glândulas salivares e lacrimal (Komisaruk, 1997).
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4.8. Vestíbulo-coclear
É exclusivamente sensitivo e formado por fibras somáticas especiais. Ele penetra no
osso temporal pelo meato acústico interno e sua emergência encefálica é o sulco bulbo
pontino, possui um núcleo vestibular e outro coclear.
O componente vestibular é responsável pelo equilíbrio e possui quatro núcleos:
superior, inferior, medial e lateral (Ribeiro, 2003).
4.9. Glossofaríngeo
É um nervo misto, suas fibras são motoras e parassimpáticas eferentes. Sua emergência
craniana é o forame jugular e a encefálica é o sulco lateral posterior, possui os núcleos
ambíguo, salivatório inferior e solitário (Ribeiro, 2003).
Realiza a inervação da glândula parótida, 1/3 posterior da língua, tuba auditiva, faringe,
constritor da faringe, úvula e tonsilas. Além disso, também inerva os músculos
estilofaríngeo constritor superior da faringe (Martin, 1989).
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4.9.1. A função psicológica do nervo glossofaríngeo
A fome prepara o organismo para, depois de sentir e apreciar o sabor dos alimentos,
insalivar o alimento triturado, formando o bolo alimentar e empurrando-o para a faringe.
O processo começa na boca, onde o alimento é mastigado e as enzimas da saliva
quebram certos carboidratos. A língua e os músculos da faringe então impelem a
mistura de comida e saliva (chamada bolo alimentar) para o esôfago e daí para o
estômago, muitas percepções químicas típicas se perdem (Lyonfield, 1995).
Todo o processo de manter o corpo bem nutrido e para que a digestão aconteça de forma
adequada, através dos processos bioquímicos e mecânicos, decorre da activação do
nervo glossofaríngeo (IX par) e é por ele, junto com o nervo vago (X par), regulado. A
fome é um sinal de que o corpo esta precisando de nutrientes para que seus processos
bioquímicos se realizem e o nervo glossofaríngeo pode ser a via responsável pela
resposta a esses nutrientes e também às substancias tóxicas (Bull, 1951).
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5. Vago
É um nervo misto e o maior nervo craniano. Sua emergência craniana é o forame
jugular, enquanto a encefálica é o sulco lateral posterior e seus núcleos são o ambíguo,
vagal motor dorsal e solitário. Suas fibras são eferentes motoras e parassimpáticas e
fibras aferentes sensitivas.
Tem como função a inervação dos músculos da faringe, traqueia, laringe, estruturas
torácicas e abdominais e conduz a inervação parassimpática para os órgãos viscerais
(Martin, 1989).
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A libido
Em seu primeiro ensaio sobre a teoria da sexualidade, Freud se refere ás necessidades
sexuais do homem e dos animais e reflecte sobre a hipótese de existir um “instinto
sexual”, da mesma forma que para explicar a fome se admite o instinto de nutrição.
Como, na linguagem popular não se conhece uma palavra para a necessidade sexual,
Freud serviu-se do termo “libido” e usou a comparação da libido com a fome, como
sendo, ambos, activadores de processo orgânico com a finalidade de suprir o corpo de
uma necessidade orgânica (Lyonfield, 1995).
Ao contrário dos demais elementos das atitudes, que são activados desde o primeiro ano
de vida, a libido sexual não se encontra amadurecida senão na puberdade. Este leva
muito tempo para estar, finalmente, pronto para exercer a sua função final - a
reprodução. Antes disso, passa por estágios de amadurecimento que foram estudas por
Freud, a fase oral, a fase anal, a fase fálica e o período de latência (Bull, 1951).
5.2. Acessório
É um nervo exclusivamente motor e é formado por uma raiz craniana e uma espinhal.
Sua emergência craniana é o forame jugular e a encefálica é o sulco lateral posterior,
possui o núcleo ambíguo e acessório espinhal.
Possui uma divisão interna e externa, a interna segue junto com o vago e forma o
laríngeo recorrente, já a externa vai para o trapézio e esternocleidomastoideo. Realiza a
inervação do musculo trapézio e esternocleidomastoideo (Martin, 1989).
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a cabeça se inclina para frente e a voz do sujeito torna-se fraca e aguda (Lyonfield,
1995).
Como função secundária atua na activação do processo da fala, modulando a voz
conforme a atitude a ser expressa.
5.3. Hipoglosso
É um nervo essencialmente motor, suas fibras nervosas se comunicam com a alça
cervical. Sua emergência craniana é o canal do hipoglosso e a encefálica é o sulco
lateral anterior do bulbo; o seu núcleo está localizado no tronco encefálico, ao nível do
trígono do hipoglosso.
Sua função é a inervação dos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua, ou seja,
permite que eles se movimentem (Joseph R, 1996).
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os axônios do hipoglosso tomam um trajecto ventral e ligeiramente lateral e emergem
do tronco encefálico, entre a pirâmide medular e a oliva inferior (Bull, 1951).
O nervo hipoglosso deixa o crânio pelo canal do hipoglosso. Seus axônios inervam a
língua ipislateral, suprindo os músculos intrínsecos da língua e os músculos
estiloglosso, hioglosso, genioglosso e gênio-hióideo.
Este nervo controla o movimento da língua através da enervação dos músculos
somáticos esqueléticos Com a destruição deste núcleo ou axônio, os músculos da língua
se paralisam. É visto que uma lesão ou tumor nesta área traz atonia ou atrofia da língua
(Bull, 1951).
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6. CONCLUSÃO
As lesões do nervo oculomotor são frequente (seis casos) e associada a lesão de outros
nervos cranianos e lesões intracranianas; etiologias traumáticas de alta energia cinéticas
(acidente motociclístico) foram as principais causas de lesão do oculomotor; sua lesão
pode ser detectada independentemente do nível de consciência do paciente. O nervo
troclear raramente é lesado isoladamente como decorrência de etiologia traumática;
quando ocorre, a fratura frontal está presente com ausência de lesões intracranianas
(Kingsley, 2000).
O nervo abducente geralmente é lesado conjuntamente com outros nervos; a maior parte
desses pacientes apresentava lesões intracranianas associadas e fraturas demonstráveis;
a totalidade dos pacientes evoluiu excelentemente para assumir as actividades da vida
diária. A lesão do nervo trigêmeo é rara e nos casos descritos ocorreu exclusivamente
em associação à lesão de outros nervos; a maior parte dos pacientes apresentou fraturas
de teto orbitário e lesões intracranianas associadas. As lesões dos nervos facial e do
vestíbulo-coclear estão relacionadas, geralmente, a fraturas e lesões intracranianas
(Ribeiro, 2003).
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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