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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Turma: K

Sinapses do Sistema Nervoso Central

Medardo de Oliveira Mateus – Código: 708210943

Quelimane, Abril de 2023

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE


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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Turma: K

Sinapses do Sistema Nervoso Central

Curso: Licenciatura em Ensino de


Biologia
Disciplina: Fisiologia Humana e Animal
Ano de Frequência: 3º

O Tutor: José Luís Ventura

Quelimane, Abril de 2023

Índice
1. Introdução............................................................................................................................3
2

2. Objectivos............................................................................................................................4

2.1. Geral.................................................................................................................................4

2.2. Específicos.......................................................................................................................4

3. Metodologia do Trabalho....................................................................................................4

4. Sistema Nervoso..................................................................................................................5

4.1. Os Neurónios....................................................................................................................5

4.1.1. Tipos de Neurónios.......................................................................................................6

4.1.2. Estrutura dos Neurónios................................................................................................6

4.2. Sinapses............................................................................................................................7

4.2.1. Tipos de Sinapse............................................................................................................8

4.3. Diferenças entre a Sinapse Eléctrica e Sinapse Química.................................................9

Considerações Finais.............................................................................................................10

Referências Bibliográficas....................................................................................................11

1. Introdução
O presente trabalho de campo referente à disciplina de Fisiologia Humana e Animal,
visa abordar de forma detalhada aspectos ligados ao Sistema Nervoso Central, este que é a
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parte do sistema nervoso formada pelo encéfalo e pela medula espinhal. Mas, concretamente,
neste trabalho falar-se-á das sinapses desse sistema. Nele irá se traçar um breve caminho
sobre o Sistema Nervoso Central, trazendo os principais conceitos e características da
estrutura dos Neurónios. Assim, um neurónio ou uma célula nervosa, pode fazer muita coisa:
ele pode manter um potencial de repouso, tensão através da membrana. Pode também disparar
impulsos nervosos, ou potenciais de acção e, pode realizar os processos metabólicos
necessários para permanecer vivo. Entretanto, importa frisar que, esta acção acontece na
sinapse, o ponto de comunicação entre dois neurónios ou entre um neurónio e a célula alvo,
como um músculo ou uma glândula. Vemos que na sinapse, o disparo de um potencial de
acção em um neurónico pré-sináptico gera, a transmissão de um sinal para outro neurónico
pós-sináptico, tornando mais ou menos provável que o neurónio pós-sináptico dispare seu
próprio potencial de acção.

No entanto, como veremos no desenvolvimento do trabalho, cada sinapse tem duas


partes: o terminal axónico da célula pré-sináptica e a membrana da célula pós-sináptica. Em
um reflexo neuronal, a informação se transfere da célula pré-sináptica para a célula pós-
sináptica. É daí que as células pós-sinápticas podem ser neurónios ou não.

2. Objectivos

2.1. Geral
 Debruçar-se em torno das sinapses do Sistema Nervoso Central.
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2.2. Específicos
 Definir os neurónios;
 Caracterizar a estrutura dos neurónios;
 Descrever a estrutura de uma sinapse;
 Distinguir os diferentes tipos de neurónios;
 Apresentar um esquema ilustrativo de uma sinapse;
 Diferenciar a sinapse eléctrica da sinapse química.

3. Metodologia do Trabalho
Para Fonseca (2002), “methodos” significa organização, e “logos”, estudo sistemático,
pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem
percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência.
Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer
uma pesquisa científica.

Assim sendo, para a elaboração do presente trabalho, foi utilizado o método de cunho
bibliográfico, que consistiu na consulta de materiais electrónicos e também o módulo de
Fisiologia Humana e Animal do Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia do CED da
UCM, e outros estudos científicos e académicos que relatam este tema, para que, em um
primeiro instante fossem identificados os princípios do conhecimento dessas abordagens
sobre as sinapses do Sistema Nervoso Central.

4. Sistema Nervoso
De acordo com Santos (2020), o sistema nervoso é fundamental para a percepção do
mundo que nos cerca e também para o funcionamento do corpo e a realização de actividades,
como locomoção, raciocínio e memória. Ele é constituído por neurónios e pelas células da
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glia, que garantem, entre outras funções, um micro-ambiente adequado para os neurónios.
Assim, o sistema nervoso pode ser classificado em sistema nervoso central (SNC) e sistema
nervoso periférico (SNP).

1. O Sistema Nervoso Central (SNC) – actua como um centro integrador, processando


todas as informações dos impulsos recebidos. É nessa região, portanto, que as
decisões são tomadas e ordens são geradas e enviadas para o órgão efector. (Santos,
S./d.). Este sistema é, formado por duas partes básicas: o encéfalo – que está contido
no interior da caixa craniana, e a medula espinhal – que está contida no interior da
coluna vertebral, no canal vertebral.
2. Sistema Nervoso Periférico (SNP) – este tipo de sistema nervoso é formado por 12
pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos espinhais. Neste contexto, os nervos
cranianos estão ligados ao encéfalo, enquanto os espinhais estão ligados à medula
espinal.

4.1. Os Neurónios
De acordo com Santos (2020), os neurónios são formados por prolongamentos e um
corpo celular, conhecido também como pericário. É no corpo celular que estão localizadas as
informações genéticas em um grande núcleo e de onde partem os prolongamentos. É neste
contexto que no Sistema Nervoso Central (SNC), essa parte do neurónio é localizada na
substância cinzenta, enquanto no Sistema Nervoso Periférico (SNP) está localizada nos
gânglios e em órgãos dos sentidos: Visão, Audição, Olfacto e Tacto e Paladar. (Abrão, S./d.).

No entanto, os nossos órgãos dos sentidos são limitados, percebem apenas uma
determinada quantidade de comprimentos de ondas luminosas, sonoras, etc. Do mesmo modo,
nosso corpo suporta somente uma determinada quantidade de pressão. Desta feita, o corpo
humano é composto de cinco sentidos já destacados anteriormente: a visão, o olfacto, o
paladar, a audição e o tacto. Eles fazem parte do sistema sensorial, responsável por enviar as
informações obtidas para o Sistema Nervoso Central que, por sua vez, analisa e processa a
informação recebida. (Abrão, S./d.).

Segundo o site https://www.todamateria.com.br (S./d.), os neurónios são as células


nervosas responsáveis pela propagação do impulso nervoso. Elas compõem o sistema nervoso
juntamente com as células glias. Neles, existem cerca de 86 bilhões de neurónios no cérebro
humano e, já se sabe que novos neurónios são produzidos ao longo da vida. (Ibdem). Assim
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sendo, os neurónios são células do sistema nervoso que estão relacionadas com a propagação
do impulso nervoso, sendo consideradas as unidades básicas desse sistema. (Santos, 2020).

A professora Carolina Baptista (S./d., p. 2), refere que os neurónios fazem a


comunicação entre os órgãos do corpo e o meio externo, isso acontece através de sinais
eléctricos. Os impulsos eléctricos percorrem toda a extensão do neurónio, indo do corpo
celular aos axónios, mas não podem passar de um neurónio a outro.

Segundo Santos (S./d., p. 2), os neurónios são células excitáveis, ou seja, conseguem
responder a estímulos com modificações da diferença de potencial eléctrico na membrana
celular. A modificação desse potencial pode propagar-se pela membrana, fenómeno
conhecido como impulso nervoso. É por meio do impulso nervoso que os neurónios
conseguem transmitir informações de um neurónio para outro ou, ainda, para as glândulas ou
músculos. Assim sendo, o neurónio actua garantindo a recepção e transmissão de
informações.

4.1.1. Tipos de Neurónios


a) Neurónios multipolares: esse tipo de neurónio possui mais de dois prolongamentos
celulares. É a ocorrência mais comum.
b) Neurónios bipolares: possuem apenas um axónio e uma dendrite. Pode ser
encontrado na mucosa olfactória, na retina e nos gânglios coclear e vestibular.
c) Neurónios pseudounipolares: esses possuem um prolongamento único, que se divide
em dois. Esse tipo de neurónio pode ser observado nos gânglios espinais. (Santos,
S./d., p. 3).

4.1.2. Estrutura dos Neurónios


 Dendritos – os dendritos são prolongamentos do neurónio que garantem a recepção
dos estímulos, levando o impulso nervoso em direcção ao corpo celular. A grande
maioria dos neurónios apresenta uma grande quantidade de dendritos.
 Axónio – representam o prolongamento que garante a condução do impulso nervoso.
Aqui, cada neurónio possui apenas um axónio, o qual é, geralmente, mais longo que os
dendritos, envolvendo assim, o axónio; em que está um isolamento eléctrico chamado
de bainha de mielina. Essa bainha é formada por dois tipos de celulares:
oligodendrócitos – no sistema nervoso central, e células de Schwann, no sistema
nervoso periférico. Entretanto, os locais onde há falha nessa bainha são chamados de
nódulos de Ranvier.
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 Corpo celular – é o local do neurónio onde está presente o núcleo, grande parte das
organelas celulares e de onde partem os prolongamentos dessa célula.

Figura 1: Esquema de um
neurónio. Fonte: (https://www.google.com/search, 2023).

4.2. Sinapses
Segundo Baptista (S./d., p. 1), Sinapse é a região localizada entre neurónios onde
agem os neurotransmissores (mediadores químicos), transmitindo o impulso nervoso de um
neurónio a outro, ou de um neurónio para uma célula muscular ou glandular. Esses
neurotransmissores transmitem o sinal entre neurónios.

Conforme o site https://www.significados.com.br (S./d.), sinapse é a região


responsável por realizar a comunicação entre dois ou mais neurónios, ou de um neurónio para
um órgão efector, ou seja, um músculo ou uma glândula. Ela tem por função enviar sinais
através da transmissão sináptica, para ocorrer alguma acção específica no corpo.

Para Santos (S./d., p. 2), A sinapse é uma região onde há a comunicação entre os
neurónios: neste caso entre neurónios e músculos, e entre neurónios e glândulas. Na grande
maioria das sinapses, a transmissão de informação é possível graças à presença de
neurotransmissores, que são mensageiros químicos. Nesse tipo de sinapse, chamada de
sinapse química, o impulso nervoso (sinal eléctrico) de um neurónio pré-sináptico, que é
transformado em sinal químico, que actua na célula pós-sináptica.

Entretanto, é importante salientar que existem ainda as chamadas sinapses eléctricas.


Nessas sinapses, as correntes eléctricas fluem directamente de um neurónio a outro. Neste
sentido, as sinapses são junções entre a terminação de um neurónio e a membrana de outro
neurónio. São elas que fazem a conexão entre células vizinhas, dando continuidade à
propagação do impulso nervoso por toda a rede neuronal. (Baptista, S./d.). Porém, sinapse é,
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uma junção anatómica especializada entre dois neurónios, onde a actividade eléctrica de um
influencia a actividade do outro.

4.2.1. Tipos de Sinapse


a). Sinapse eléctrica

Na sinapse eléctrica os neurónios estão extremamente próximos, isso porque neste


caso a fenda sináptica é menor. Eles também possuem uma proteína de ligação importante
chamada conexina. Importa referir que as conexinas criam um caminho, como um tipo de
tubulação, permitindo com que os íons presentes no neurónio pré-sináptico passem para o
pós-sináptico, e vice-versa, como apresentado na imagem abaixo.

Figura 2: Representação da sinapse eléctrica.


(https://www.significados.com.br/sinapse/).

LEGENDA:

 A – representa em neurónio pré-sináptico;


 B – representa o neurónio pós-sináptico;
 O número 1 representa as mitocôndrias, responsáveis por liberar os íons com as
informações que serão enviadas de um neurónio para o outro;
 O número 2 é a junção comunicante (ou GAP), o canal criado pela proteína conexina,
para que os íons consigam chegar de um neurónio ao outro;
 O número 3 representa a comunicação feita no citoplasma do outro neurónio.
Entretanto, como podemos perceber, a sinapse eléctrica é bidireccional, ou seja, ela
permite a troca de informações de um neurónio para o outro. Ela acontece em menor número,
numa velocidade muito alta e só pode ser encontrada em lugares específicos e restritos do
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cérebro. Esse tipo de sinapse é responsável por actuar em comunicações e estímulos para o
músculo cardíaco, bexiga e útero. (Ibdem).

b). Sinapse química

Diferente da sinapse eléctrica, a sinapse química é unidireccional, indo do neurónio


pré-sináptico para o pós-sináptico. Nela, os neurónios se aproximam um do outro, mas não se
tocam, porque neste caso a fenda sináptica é maior. Neste sentido, a sinapse química se inicia
com os neurotransmissores, que são substâncias químicas produzidas dentro do neurónio pré-
sináptico e carregam as informações que precisam ser levadas para o neurónio pós-sináptico.
Essas substâncias possuem informações que vão gerar algum tipo de acção o corpo. Porém,
como não há uma grande aproximação dos neurónios, o processo é mais longo e depende de
outros factores importantes. (Significados, https://www.significados.com.br/sinapse/).

Neste sentido, importa frisar que, na sinapse química a despolarização ou a


hiperpolarização da membrana da célula seguinte (membrana pós-sináptica) depende da
liberação de substâncias denominadas neurotransmissores no espaço chamado de fenda
sináptica.. (Ibdem).

4.3. Diferenças entre a Sinapse Eléctrica e Sinapse Química


 A sinapse química acontece em velocidade reduzida, por precisar de muitas etapas ao
longo do seu processo. Já a eléctrica acontece em alta velocidade;
 A sinapse eléctrica ocorre em regiões específicas do cérebro, enquanto a química se
realiza por todo o sistema nervoso e em maior quantidade;
 Na sinapse eléctrica, os neurónios estão muito próximos e conseguem trocar
informações directamente, enquanto na sinapse química é necessária a ajuda de
neurotransmissores, que funcionam como mensageiros das informações;
 Na sinapse eléctrica a comunicação é bidireccional, ou seja, as informações são
trocadas do neurónio pré-sináptico para o pós-sináptico e vice-versa, já a química é
unidireccional, com o fluxo de informações indo apenas do neurónio pré-sináptico
para o pós-sináptico.

Considerações Finais
Chegado ao culminar do presente trabalho de campo referente à disciplina de
Fisiologia Humana e Animal, foi possível compilar a essência dos conteúdos abordados
durante o desenvolvimento do trabalho. Assim, por se falar do Sistema Nervoso Central, base
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desse sistema, o neurónio, é a célula característica do sistema nervoso com a capacidade de


estabelecer conexões entre si ao receber estímulos do ambiente externo ou do próprio
organismo. São os responsáveis por transmitir os impulsos nervosos ao cérebro. Temos cerca
de 86 bilhões de neurónios e sua estrutura é geralmente a mesma: há o corpo celular, que
acomoda o núcleo e as organelas celulares; o axônio, uma prolongação única, revestida de
mielina (camada lipídica que actua na condução dos impulsos nervosos) e responsável por
conduzir os impulsos; e os dendritos, que são ramificações tanto do corpo celular quanto do
axônio e realizam a comunicação entre os neurónios, por meio das sinapses. Entretanto,
importa frisar que, há três tipos principais de neurónios: os sensoriais, os motores e os
interneurónios.

Neste sentido, como se pode perceber, a sinapse eléctrica é bidireccional, ou seja, ela
permite a troca de informações de um neurónio para o outro. Ela acontece em menor número,
numa velocidade muito alta e só pode ser encontrada em lugares específicos e restritos do
cérebro. Diferente da sinapse eléctrica, a sinapse química é unidireccional, indo do neurónio
pré-sináptico para o pós-sináptico. Nela, os neurónios se aproximam um do outro, mas não se
tocam, porque neste caso a fenda sináptica é maior.
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Referências Bibliográficas
Abrão, M. S. (S./d.). Órgãos do sentido - Visão, audição, tacto, olfacto e paladar. [PDF].
Recuperado de: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/ciencias/orgaos-do-sentido-visao-
audicao-tato-olfato-e-paladar.htm?cmpid=copiaecola>.

Baptista, C. (S./d.). Sinapses. Toda Matéria. Recuperado de:


<https://www.todamateria.com.br/sinapses/>.

Santos, V. S. dos. (2020). Neurónios. Brasil Escola. Recuperado de:


https://brasilescola.uol.com.br/biologia/neuronios.htm. Acesso em 17 de Abril de 2023.

Significados. (S./d.). O que é sinapse, quais os tipos e como ocorrem. [PDF]. Recuperado de:
<https://www.significados.com.br/sinapse/>.

Sistema Nervoso: Sinapse. [PDF]. Recuperado de:


<https://www.uel.br/laboratorios/lefa/aulasfisiogeral/SISTEMANERVOSOPARTE2sinaps
e.pdf>.

Toda Matéria. (S./d.). Neurónios. [PDF]. Recuperado de:


<https://www.todamateria.com.br/neuronios/>. Acesso em 17 de Abril de 2023.

____________. (S./d.). Neurónio: o que é, tipos, função, estrutura. Mundo Educação. [PDF].
Recuperado de: <https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/neuronios.htm>.

Toda Matéria. (S./d.). Sinapses. Recuperado de: <https://www.todamateria.com.br/sinapses/>.

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