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ALUNA: JESSICA DAYANE CRUZ SILVA

PRECEPTORA: ÂNGELA CRUZ DA SILVA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II – REALIZADO NO HOSPITAL DE


URGÊNCIA DE SERGIPE GOVERNADOR JOÃO ALVES FILHO (HUSE) ALA 100

ARACAJU – SE
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................... 3
2 DESENVOLVIMENTO......................................................... 4
3 CONCLUSÃO....................................................................... 5

3. INTRODUÇÃO
O HUSE FOI INAUGURADO EM 7 DE NOVEMBRO DE 1986, MAS SÓ
PASSOU A FUNCIONAR TRÊS MESES DEPOIS, NO DIA 2 DE
FEVEREIRO DE 1987. ATUALMENTE, O HOSPITAL CONTA COM 3.964
FUNCIONÁRIOS ESTATUTÁRIOS E CELETISTAS, QUE SÃO
RESPONSÁVEIS POR UMA MÉDIA MENSAL DE 11.300 ATENDIMENTOS
DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DURANTE O ANO DE 2022. O HUSE É
DE EXTREMA IMPORTÂNCIA PARA A POPULÇÃO SERGIPANA, É O
MAIOR HOSPITAL DO ESTADO DE SERGIPE, QUANTO AO
ATENDIMENTO, O HUSE TEM O COMPROMISSO DE ATENDER
PACIENTES DE ALTA E MÉDIA COMPLEXIDADE, CUJO SERVIÇO É
CONSIDERADO UMA REFERÊNCIA ESTADUAL, PRINCIPALMENTE NA
ÁREA DE TRAUMATOLOGIA. EM TODO O HOSPITAL, SÃO
OFERECIDOS TRATAMENTOS E ASSISTÊNCIA DE ALTA
COMPLEXIDADE EM NEUROLOGIA/NEUROCIRURGIA; UNACON COM
SERVIÇOS DE RADIOTERAPIA, HEMATOLOGIA, ONCOLOGIA
PEDIÁTRICA; ASSISTÊNCIA A QUEIMADOS DE MÉDIA E ALTA
COMPLEXIDADE; ASSISTÊNCIA DE ALTA COMPLEXIDADE EM TERAPIA
NUTRICIONAL, BANCO DE TECIDO OCULAR HUMANO E ASSISTÊNCIA
DE TRAUMATO-ORTOPEDIA, SENDO O PORTO SEGURO DA
POPULAÇÃO SERGIPANA, QUE CONTA COM PLANTÃO EM TODAS AS
ESPECIALIDADES E OS MELHORES ESPECIALISTAS EM CADA ÁREA.

4. DESENVOLVIMENTO
 DATA: 25/06/2023

ÀS 13:00 PACIENTE ACAMADA , EM DECUBITO DORSAL, CALMA,
CONSCIENTE, ACIANÓTICA, ANICTÉRICO, EM USO DE TQT +
GTT, UTILIZANDO FRALDA, LESÃO NA SACRAL E FERIMENTO
NO MIE, O MESMO SEGUE NO LEITO SEM QUEIXAS NO
MOMENTO E AOS CUIDADOS DA EQUIPE. ESTAGIÁRIA JÉSSICA
DAYANE CRUZ SILVA, KUALITY BRASIL.
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Neurocrânio

Conforme mencionado previamente, o neurocrânio é subdividido em


neurocrânio membranoso e neurocrânio cartilaginoso. As estruturas destes subgrupos
são distribuídas de acordo com a camada germinativa da qual elas derivam, da área
do neurocrânio em que elas estão situadas, da estrutura adulta que elas
eventualmente se tornam e finalmente do processo de ossificação que sofrem.

 O neurocrânio membranoso consiste de células da crista neural, e do mesoderma


paraxial, que forma a principal porção do teto e das paredes laterais do neurocrânio.
As células da crista neural criam o osso frontal do adulto e a porção escamosa
do osso temporal. O mesoderma paraxial produz a porção intraparietal do osso
occipital e o próprio osso parietal. Todas as estruturas sofrem ossificação
intramembranosa.
O neurocrânio cartilaginoso também é constituído de mesoderma paraxial e de células
da crista neural. A crista neural mantém o desenvolvimento do neurocrânio pré-cordal
anterior à sela túrcica. Enquanto isso, o mesoderma paraxial é responsável pelo
crescimento do neurocrânio cordal, posterior à sela túrcica. O neurocrânio pré-cordal e
cordal amadurece nos ossos etmoide e esfenoide, bem como nas porções petrosa e
mastóidea do osso temporal e osso occipital, respectivamente. Todos eles
sofrem ossificação endocondral.
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Fisiologia

O Sistema Nervoso é responsável por coordenar funcionalmente


todos os órgãos e sistemas do corpo humano. Ele pode ser dividido
em Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico.

Como funciona o Sistema Nervoso?

O sistema nervoso atua diretamente na coordenação funcional dos órgãos e


sistemas do organismo, através do armazenamento de informações, da captação
de sensações e da efetuação de reações através de mecanismos hormonais e
motores. O Sistema Nervoso pode ser dividido em dois:
 Sistema Nervoso Central (SNC)
 Sistema Nervoso Periférico (SNP)

O principal componente do Sistema Nervoso é o neurônio, que são especializados


na condução e recepção de impulsos elétricos, e são os responsáveis por
transmitir toda a informação ao Sistema Nervoso.
O Sistema Nervoso também é responsável pela percepção das variações do
ambiente pelo organismo, difusão das modificações que essas variações produzem
e executam as respostas adequadas para manter o equilíbrio interno do corpo.

Funções do Sistema Nervoso


 Função Sensitiva: os nervos sensitivos são responsáveis por captar
informações do meio interno e externo do corpo e as conduzem ao Sistema
Nervoso Central;
 Função Integradora: a informação sensitiva trazida ao SNC é processada ou
interpretada;
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 Função Motora: os nervos motores conduzem a informação do SNC para todo


o organismo (músculos e às glândulas do corpo), levando as informações
transmitidas pelo SNC.

Como é a estrutura do Neurônio?

O neurônio é constituído por um corpo celular, denominado também


de pericárdio, e também por prolongamentos. Em seu corpo celular estão presentes
o núcleo e uma grande parte do citoplasma que o envolve.

Tipos de neurônios

 Sensitivo: conduz a informação da periferia em direção ao SNC, sendo


também chamado neurônio aferente;
 Motor: conduz informação do SNC em direção à periferia, sendo conhecido
como neurônio eferente. Os neurônios sensitivos motores são encontrados
tanto no SNC quanto no SNP.
 Interneurônios: estabelecem conexões entre outros neurônios formando
circuitos complexos.

Existem dois tipos de prolongamentos dos neurônios:


 Dendritos: são curtos, muito ramificados e sua espessura diminui ao passo
que o dendrito se distancia do corpo celular;

 Axônio: é geralmente único, tem espessura constante e se ramifica apenas na


sua extremidade, que o é local onde realiza sinapses.
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 Bainha de mielina:é o revestimento presente no axônio e sua função é isolar a


eletricidade que passa por dentro do axônio;

 Os nódulos de ranvier:presentes entre as bainhas de mielina,são


responsáveis por aumentar a velocidade do impulso elétrico que passa pelo
axônio.

 O terninal axonal ou terminal sináptico tem por função se ligar a outros


neurônios.

Onde ocorre a sinapse?


A sinapse pode ocorrer em três locais diferentes, dependendo unicamente do tipo de
comunicação a ser feita e a mensagem que precisa ser enviada. São eles:
Axo-dendrítica: acontece entre o axônio do primeiro neurônio e o dendrito do
segundo neurônio;
Axo-axônica: ocorre entre o axônio do primeiro neurônio e o axônio do segundo
neurônio;
Axo-somática: acontece entre o axônio do primeiro neurônio e o corpo do segundo
neurônio

 O corpo da célula é onde se inicia o estímulo elétrico que percorrerá todo o


neurônio;
 Os dendritos são as ramificações responsáveis por se unirem a outros neurônios,
iniciando uma comunicação entre eles;
 O axônio é o canal responsável por transmitir o impulso elétrico do núcleo até o final
do neurônio;
 A bainha de mielina é o revestimento presente no axônio e sua função é isolar a
eletricidade que passa por dentro do axônio;
 Os nódulos de ranvier, presentes entre as bainhas de mielina, são responsáveis
por aumentar a velocidade do impulso elétrico que passa pelo axônio;
 O terminal axonal ou terminal sináptico tem por função se ligar a outros neurônios
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Cada parte do neurônio é importante em todo o processo de qualquer tipo de


sinapse. Isso porque elas ocorrem em diferentes lugares da célula e transmitem
diferentes mensagens para o corpo.

Tipos de sinapse e como ocorrem:


Existem dois tipos de sinapse nervosa, a elétrica e a química. Ambas acontecem
no sistema nervoso, porém de formas diferentes, dependendo de ações distintas
para que a comunicação entre os neurônios aconteça.

Sinapse elétrica:
Para que a comunicação da sinapse elétrica aconteça, é preciso que dois ou mais
neurônios enviem informações um para o outro. O neurônio que está acima
da fenda sináptica, o pequeno espaço que há entre eles, chamamos de
neurônio pré-sináptico, já o que está após a fenda chamamos de neurônio pós-
sináptico.

Na sinapse elétrica os neurônios estão extremamente próximos, isso porque neste


caso a fenda sináptica é menor. Eles também possuem uma proteína de ligação
importante chamada conexina.
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As conexinas criam um caminho, como um tipo de tubulação, permitindo com que os


íons presentes no neurônio pré-sináptico passem para o pós-sináptico, e vice-versa.

 A representa em neurônio pré-sináptico;


 B representa o neurônio pós-sináptico;
 O número 1 representa as mitocôndrias, responsáveis por liberar os íons com as
informações que serão enviadas de um neurônio para o outro;
 O número 2 é a junção comunicante (ou GAP), o canal criado pela proteína
conexina, para que os íons consigam chegar de um neurônio ao outro;
 O número 3 representa a comunicação feita no citoplasma do outro neurônio.

 Como podemos perceber, a sinapse elétrica é bidirecional, ou seja, ela


permite a troca de informações de um neurônio para o outro. Ela acontece em
menor número, numa velocidade muito alta e só pode ser encontrada em
lugares específicos e restritos do cérebro.
 Esse tipo de sinapse é responsável por atuar em comunicações e estímulos
para o músculo cardíaco, bexiga e útero.

Sinapse química

Diferente da sinapse elétrica, a sinapse química é unidirecional, indo do neurônio


pré-sináptico para o pós-sináptico. Nela, os neurônios se aproximam um do outro,
mas não se tocam, porque neste caso a fenda sináptica é maior.

A sinapse química se inicia com os neurotransmissores, que são substâncias


químicas produzidas dentro do neurônio pré-sináptico e carregam as informações
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que precisam ser levadas para o neurônio pós-sináptico. Essas substâncias


possuem informações que vão gerar algum tipo de ação o corpo.
Porém, como não há uma grande aproximação dos neurônios, o processo é mais
longo e depende de outros fatores importantes.
Como ilustra a imagem abaixo, os neurotransmissores ficam dentro de vesículas
sinápticas, que são como sacos que guardam essas substâncias, esperando algum
estímulo para se romper e liberá-las.

Enquanto os sacos estão se aproximando dos botões terminais (espaços abertos


no final da membrana do neurônio pré-sináptico, responsáveis por liberar os
neurotransmissores) acontece um potencial de ação que estimula a liberação de
cálcio.
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O cálcio é a proteína responsável por criar um canal na membrana do neurônio e


“empurrar” as vesículas sinápticas até o final da membrana. Após esse estímulo elas
se rompem e liberam os neurotransmissores.

Ao serem liberados, eles percorrem o caminho até a fenda sináptica e se ligam à


receptores do neurônio pós-sináptico, que estão preparados para receber a
mensagem e enviá-la por todo o neurônio pós-sináptico e consequentemente para a
região específica do corpo.

A ação que acontece após a liberação, depende unicamente do neurotransmissor


que será liberado. A dopamina, por exemplo, é o neurotransmissor responsável pelo
controle dos sentimento e pelo mecanismo de recompensa do sistema nervoso.

Diferenças entre a sinapse elétrica e sinapse química

 A sinapse química acontece em velocidade reduzida, por precisar de muitas etapas


ao longo do seu processo. Já a elétrica acontece em alta velocidade;

 A sinapse elétrica ocorre em regiões específicas do cérebro, enquanto a química se


realiza por todo o sistema nervoso e em maior quantidade;

 Na sinapse elétrica, os neurônios estão muito próximos e conseguem trocar


informações diretamente, enquanto na sinapse química é necessário a ajuda de
neurotransmissores, que funcionam como mensageiros das informações;

 Na sinapse elétrica a comunicação é bidirecional, ou seja, as informações são


trocadas do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico e vice-versa, já a química é
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unidirecional, com o fluxo de informações indo apenas do neurônio pré-sináptico


para o pós sináptico.

O que são as Células da glia?

Também fazem parte do Sistema Nervoso as células da Neuróglia, ou


simplesmente células da glia. Existem vários tipos de células da glia com as mais
diversas funções no tecido nervoso, tais como:

 Astroglia: é constituída por astrócitos e são responsáveis pela sustentação e


nutrição dos neurônios. Existem dois tipos principais: os astrócitos
protoplasmáticos e astrócitos fibrosos;
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 Oligodendroglia: suas células são os oligodendrócitos e sua função principal é


envolver os axônios dos neurônios visando isolá-los dos microambiente do
tecido nervoso;

 Micróglia: é constituída por células que agem como macrófagos, participando,


portanto, da defesa do tecido nervoso.

O Sistema Nervoso Central é formado pelo encéfalo e medula espinhal, e são


protegidos por partes ósseas. O encéfalo é protegido pelo crânio e a medula
espinhal pela coluna vertebral.
Encéfalo:
O encéfalo é constituído pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico. Está presente
no crânio e, em conjunto com a medula e os nervos, constituem o Sistema Nervoso
Central. O encéfalo é envolvido por membranas denominadas meninges, que tem
por função proteger o encéfalo e a medula de choques mecânicos.
Cérebro

O cérebro é o principal órgão do Sistema Nervoso, sendo responsável


por controlar ações motoras, estímulos sensoriais e atividades neurológicas como
a memória, o aprendizado, os pensamentos, a fala e etc...
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O cérebro é formado por duas partes, os chamados hemisférios direito e esquerdo,


que são separados por uma fissura longitudinal. O hemisfério direito é responsável
por controlar o lado esquerdo do corpo, assim como o hemisfério esquerdo é
responsável por comandar o lado direito.

O cerebelo tem por função manter o equilíbrio corporal, controlar o tônus muscular e
comandar a aprendizagem motora. Assim como no cérebro, o cerebelo possui dois
hemisférios separados pelo vérmis, uma fissura longitudinal estreita.

O tronco encefálico é formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo. O mesencéfalo é


a menor parte do tronco encefálico, e está localizada entre a ponte e o cérebro.
A ponte está localizada entre o mesencéfalo e o bulbo. No bulbo, a parte inferior
conecta a medula espinhal e a superior com a ponte.

A medula espinhal é a parte mais extensa do Sistema Nervoso Central. Ela é


determinada por um cordão cilíndrico, composto de células nervosas, localizado no
canal interno das vértebras da coluna vertebral.
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A função da medula é promover a comunicação entre o organismo e o Sistema


Nervoso, sendo também responsável por coordenar os reflexos (respostas rápidas
do corpo). A partir da medula espinhal se originam outros 31 pares de nervos
espinhais, que conectam a medula espinhal às células sensoriais e aos vários
músculos pelo corpo.

Meninges
O Sistema Nervoso Central é revestido por três membranas chamadas meninges,
que são:

 Dura-máter: É a meninge mais externa, espessa e resistente, sendo


constituída por tecido conjuntivo abundante em fibras colágenas. A sua parte
mais externa fica em contato com os ossos;
 Aracnoide: É a membrana intermediária, entre a dura-máter e a pia-máter. Seu
nome se dá devido à sua estrutura, que lembra uma teia de aranha;
 Pia-máter: É a meninge mais interna e frágil, estando em contato direto com o
SNC.

Órgãos e funções do Sistema Nervoso Central Periférico

O Sistema Nervoso Periférico (SNP) é constituído pelos nervos e gânglios


nervosos. Ele tem como função ligar o Sistema Nervoso Central aos demais
órgãos do organismo e, dessa forma, realizar a condução de informações.
Os nervos são feixes de fibras nervosas que são envoltas por tecido conjuntivo.
Eles fazem a união dos SNC aos demais órgãos periféricos, e também são
responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos.

Os nervos podem ser divididos em:


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 Nervos Espinhais: compostos por 31 pares, fazem conexão com a medula


espinhal. Estes nervos inervam o tronco, os membros e algumas partes
intrínsecas da cabeça;
 Nervos Cranianos: compostos por 12 pares, fazem conexão com o encéfalo.
Estes nervos são responsáveis por inervar as estruturas da cabeça e do
pescoço.

Eles também podem ser divididos em:


Nervos Aferentes (Sensitivos)
São responsáveis por enviar sinais da periferia do organismo para o sistema
nervoso central. Este tipo de nervo consegue captar estímulos como o calor e a
luz.
Nervos Eferentes (Motores)

São responsáveis por enviar sinais do sistema nervoso central para os músculos
ou glândulas.

Nervos Mistos
São constituídos por fibras sensoriais e fibras motoras, como por exemplo, os
nervos raquidianos.

Gânglios
Os gânglios são acumulações de neurônios localizados fora do SNC e
espalhados pelo corpo. Normalmente, eles formam uma estrutura esférica.
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Sistema Nervoso Somático

É responsável por regular as ações voluntárias, ou seja, que dependem da


vontade do indivíduo. Ele age sob a musculatura esquelética de contração
voluntária.

Sistema Nervoso Autônomo

Atua em conjunto com o SNC, exercendo o controle de atividades independentes


da vontade do indivíduo, ou seja, as ações involuntárias, como as atividades
realizadas pelos órgãos internos. Ele age sob a musculatura lisa e cardíaca.

O Sistema Nervoso Autônomo é responsável por regular as atividades orgânicas,


garantindo o equilíbrio interno do organismo. Ele pode ser subdividido em:

 Sistema Nervoso Simpático: tem por função estimular o funcionamento dos


órgãos. Ele é constituído por nervos espinhais da região do tórax e lombar da
medula. Os principais neurotransmissores liberados são a noradrenalina e a
adrenalina;

 Sistema Nervoso Parassimpático: é responsável por inibir o funcionamento


dos órgãos. Ele é constituído pelos nervos cranianos e espinhais das
extremidades da medula. O principal neurotransmissor liberado é a acetilcolina.

Procedimentos Cirúrgicos (Crâniotomia)


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Antes da cirurgia, o médico deve ter pedido vários exames, como, por exemplo,
exames de sangue, eletrocardiograma, radiografia de tórax, tomografia
computadorizada, ressonância magnética, etc, para avaliar não só o objeto da
cirurgia, mas também o estado geral do paciente. O paciente deve informar
ao médico sobre seu histórico de saúde (alergias, medicamentos em uso, reações
de anestesia, cirurgias anteriores, etc.) e descontinuar todas as medicações anti-
inflamatórias e anticoagulantes, pelo menos uma semana antes da cirurgia. Além
disso, deve parar de fumar, mascar tabaco e ingerir bebidas alcoólicas uma semana
antes e duas semanas após a cirurgia. O paciente deve estar em jejum a pelo
menos 12 horas.
Sua cabeça é então fixada imóvel e uma incisão é feita na pele, atrás da linha
do cabelo, de modo a expor a tábua óssea a ser abordada. A aba de osso retirada é
removida para expor o revestimento protetor do cérebro, a dura-máter, a qual, uma
vez aberta, dá acesso direto ao cérebro. Depois de tratado o problema em causa,
a dura-máter é fechada com suturas e a aba de osso é recomposta com placas e
parafusos de titânio.
Em alguns casos, um dreno pode ser colocado sob a pele por dois dias, para
remover o sangue ou fluido a partir da área cirúrgica. Os músculos e pele antes
seccionados são reajuntados e suturados. Após a cirurgia, o paciente pode
sentir náuseas e dor de cabeça e dependendo do tipo de cirurgia, pode
ter sintomas de edema e necessitar medicamentos para prevenir convulsões.
é feita com anestesia geral, dura de 3 a 5 horas e deve ser realizada por
um neurocirurgião, que em geral trabalha com uma equipe de cirurgiões de cabeça
e pescoço, cirurgiões otológicos e oftalmológicos e cirurgiões plásticos.

Complicações possíveis da crâniotomia


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A craniotomia, como toda cirurgia, não é isenta de riscos e possíveis complicações.


Os riscos gerais incluem hemorragia, infecção, coágulos sanguíneos e reações
à anestesia.

As complicações específicas se devem ao tipo de neurocirurgia que é processada e


pode ocorrer acidente vascular encefálico, convulsões, inchaçodo do cérebro,
danos a nervos (o que pode causar paralisia muscular ou fraqueza), perda de
funções mentais e dano cerebral permanente.
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Cuidados de enfermagem (pré operatório)

O que é cuidados pré-operatório?

O pré-operatório inicia-se quando o médico indica e combina com o paciente o


procedimento cirúrgico e começa a tomar as medidas para prepará-lo para o
procedimento.
O período pré-operatório divide-se em mediato e imediato. Dependendo do tipo de
cirurgia, faz-se necessário acrescentar equipamentos ou materiais específicos.

Qual o principal objetivo do pré-operatório?

De um modo geral, o objetivo do pré-operatório é garantir adequada preparação do


doente para cirurgia, promovendo assim a segurança cirúrgica e o bem estar do
paciente.
Consentimento informado
Explicar e resolver sobre o consentimento informado que deve ser assinado pelo
paciente e pelo cirurgião. Essa atribuição é geralmente do médico e do pessoal
administrativo. Compete ao enfermeiro somente checar que foi cumprida. Em alguns
serviços, o paciente só é admitido no bloco cirúrgico ou mesmo no hospital se esse
documento estiver assinado.
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 Confirmar junto com o instrumentador se todas as próteses, órteses e


materiais especiais estão disponíveis;

 Confirmar a reserva de sangue ou plaquetas nos casos


prescritos. Geralmente a reserva de sangue é feita como rotina para cirurgia
de grande porte, sobretudo cardíacas e ortopédicas, e para cirurgia de porte
médio quando se antecipa a probabilidade de maior perda de sangue durante
a cirurgia. Pacientes com plaquetopenia (quimioterapia, depressão medular,
púrpura trombocitopênica idiopática, etc.) podem precisar de transfusão de
plaquetas, além de reservar plaquetas para transfusão durante a cirurgia;

 Pacientes internados previamente devem ser levados para a sala de cirurgia


cerca de 30 a 60 minutos antes do início da anestesia, vestido apenas com
avental e gorro devidamente coberto com cobertores suficientes (atenção ao
ar condicionado do bloco cirúrgico). Pertences e valores ficam com o
acompanhante;

 Para pacientes internados, os medicamentos a serem dados antes da cirurgia


podem ser prescritos sem horário exato especificado para ser dado quando o
bloco cirúrgico avisar que o horário da cirurgia está confirmado. Essa
medicação de sedação ou antibioticoterapia profilática deve estar preparada
para ser dada assim que bloco cirúrgico avisar. Se for deixada para fazer já
no bloco, parte do seu efeito benéfico será perdido

 Ao receber o paciente no bloco, tratá-lo pelo nome, mas pedir para ele repetir
o nome completo, data de nascimento, ou nome da mãe, o nome do cirurgião
responsável, o tipo de cirurgia que vai fazer e a lateralidade como primeira
verificação do Checklist Cirurgia Segura. Fazer essa checagem junto com o
acompanhante. Pedir que o paciente assinale na própria pele com caneta
dermográfica o local da cirurgia para assegurar a lateralidade, especificidade
(qual dedo, por exemplo) ou altura (da coluna, por exemplo). Perguntar se
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paciente ou acompanhante tem alguma dúvida ou problema pendente.


Conferi dados na pulseira de identificação e prontuário.
 Rever com o paciente e anotações do prontuário como passou as últimas
horas, confirmar se está de jejum (nos procedimento eletivos, pelo menos 8
horas para alimentos gordurosos, 6 horas para sólidos, 4 horas para líquidos
como leite e 2 horas para água), se tomou medicação de uso regular,
abstinência de álcool e cigarros, alergia ainda não declaradas, se urinou ou
evacuou ou precisa de assistência para usar o banheiro (risco de queda nos
sedados);
 Rever os medicamentos que o paciente já tomou em casa ou no quarto antes
de descer para o bloco cirúrgico para evitar erros de tomadas duplas ou
omissão de tomada;

 Antes de dar qualquer sedativo pré-anestésico, confirmar que foi assinado o


consentimento informado e se o paciente tiver alguma dúvida sobre riscos e
alternativas, pedir ao cirurgião que converse novamente com ele;

 O paciente externo é encaminhado ao vestiário de pacientes onde deve tirar


toda a sua roupa e vestir o avental próprio, fechado na frente e amarrado
atrás (desamarrado antes de colocar o paciente na mesa cirúrgica) e gorro.
Se o paciente for entrar andando no bloco, providenciar propés para proteger
seus pés descalços;

 Recolher e guardar em local fechado em saco plástico bem identificado ou


entregar ao acompanhante na frente do paciente suas roupas junto com todos
os pertences (documentos, carteiras, joias, alianças, telefone, óculos).

 Cuidar para que não fiquem objetos metálicos como prendedores de cabelos
ou medalhas, dentaduras e próteses dentárias móveis, etc. Apenas relatórios
médicos, exames e prontuários ficam com o paciente.
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Cuidados de enfermagem (pós operatório)

Depois da realização da crâniotomia é necessário a pessoa ficar em observação na


UTI, e depois é encaminhada para o quarto do hospital, em que poderá ficar
internada em média sete dias para receber antibióticos na veia, para evitar infecções
e remédios para aliviar a dor, como o paracetamol, por exemplo.

Durante o período em que a pessoa está internada no hospital são feitos vários
exames para testar a função do cérebro e verificar se a cirurgia causou alguma
sequela, como dificuldade para enxergar ou movimentar alguma parte do corpo.

Depois da alta hospitalar, é importante manter curativo no local aonde foi feita a
cirurgia, tomando cuidados para manter o corte sempre limpo e seco, sendo
importante proteger o curativo durante o banho. O médico poderá solicitar o retorno
no consultório nos primeiros dias, para verificar a cicatrização e retirar os pontos.
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REFERÊNCIAS

https://victorbarboza.com.br/o-que-e-uma-craniotomia/
https://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/1264834/craniotomia-o-
que-e-quando-deve-ser-realizada.htm
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cranio
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/desenvolvimento-do-cranio
https://beduka.com/blog/materias/biologia/fisiologia-do-sistema-nervoso/
https://www.significados.com.br/sinapse/#:~:text=a%20sinapse
%20%c3%a9%20a%20regi%c3o,alguma%20a%c3%a7%c3%a3o%20espec
%c3%adfica%20no%20corpo
https://www.bing.com/images/search?
view=detailV2&ccid=oqVl8GhF&id=5845A28EE2B744E1EFF5950687DC543769F
1FEF9&thid=OIP.oqVl8GhFaMWTRVik5w5mWwHaE8&mediaurl=https%3a%2f
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https://atualizacursos.com.br/blog/cuidados-de-enfermagem-no-pre-operatorio-
seu-guia-completo/
https://www.bing.com/search?q=cuidados+p
%C3%B3s+operatorio+craniotomia&form=ANNNB1&refig=9d919499b0cb481e9
608a386cf5fdf92&ntref=1
https://aneurismacerebral.org/pos-operatorio-craniotomia-aneurisma-cerebral/
https://enfermagemilustrada.com/craniotomia/

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