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SOCIEDADE MIESPERANZA DE PSICANÁLISE

FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE

LIDIENE DE SOUZA ALVES COSTA

NEUROANATOMIA E NEURO FISIOLOGIA

SÃO PEDRO DA ALDEIA

2023
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LIDIENE DE SOUZA ALVES COSTA

NEUROANATOMIA E NEURO FISIOLOGIA

Pesquisa apresentada ao curso de


Formação em Psicanálise para a
Sociedade Psicanalítica Miesperanza
como reposição do módulo em
questão.

Orientador: Dr. Cristiano Rodrigues

SÃO PEDRO DA ALDEIA

2023
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SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO ...................................................................................... 4
2- ESTRUTURA DO SISTEMA NERVOSO................................................ 6
3- FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO E SUAS DIFERENTES
FUNÇÕES ............................................................................................. 8
4- TRANSMISSÃO SINÁPTICA E INTEGRAÇÃO DOS SINAIS.............. 10
5- RELAÇÃO ENTRE A NEUROANATOMIA E A NEURO FISIOLOGIA
............................................................................................................... 11
6- PRÁTICA DO CONHECIMENTO EM NEUROANATOMIA E NEURO
FISIOLOGIA ......................................................................................... 12
7- PSICOFARMACOLOGÍA PARA PSICÓLOGOS ................................. 13
8- PSICOFARMACOLOGIA E PSIQUIATRIA .......................................... 14
9- MANUAL DE PSICOFARMACOLOGIA ................................................15
10- NEUROCIÊNCIA E PSIQUIATRIA ...................................................... 16
11-PSICOFÁRMACOS NA SAÚDE MENTAL ......................................... 17
12- REFORMA E CONTRARREFORMA PSIQUIÁTRICA ........................ 18
13-CONCLUSÃO ....................................................................................... 19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1- INTRODUÇÃO

A neuroanatomia e a neurofisiologia são áreas fundamentais da neurociência,


que buscam compreender a estrutura e o funcionamento do sistema nervoso.
O conhecimento dessas disciplinas é essencial para compreendermos a
complexidade do cérebro humano e sua influência em nossos
comportamentos, sensações e emoções.

Neste trabalho acadêmico, visa-se explorar os principais conceitos e aspectos


da neuroanatomia e neurofisiologia. O início será dado através de uma
discussão sobre a estrutura do sistema nervoso, desde as células básicas que
o compõem até as regiões especializadas responsáveis por diferentes funções.

Em seguida, será abordado a fisiologia do sistema nervoso, analisando os


processos que ocorrem tanto no nível celular quanto em níveis mais
complexos, como a transmissão sináptica e a integração de sinais.

Além disso, haverá a exploração da relação entre a neuroanatomia e a


neurofisiologia com outros campos do conhecimento, como a psicologia e a
medicina. Estará em análise nas linhas que seguem como essas disciplinas se
complementam e contribuem para quer se possa compreender melhor o
funcionamento do cérebro humano e suas implicações na nossa saúde física e
mental.

Por fim, analisar- se – a algumas aplicações práticas dos conhecimentos em


neuroanatomia e neurofisiologia, seja na área da saúde, como no diagnóstico e
tratamento de doenças neurológicas, ou em estudos de pesquisa,
proporcionando avanços científicos e terapêuticos.

Por meio deste trabalho acadêmico, objetiva-se fornecer uma visão abrangente
e atualizada sobre a neuroanatomia e a neurofisiologia, apresentando
conceitos-chave, fundamentos teóricos e sua importância no contexto
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científico. Espera-se que, ao final da leitura, o leitor tenha um maior


entendimento sobre o funcionamento básico e complexo do sistema nervoso,
bem como suas implicações na nossa vida cotidiana e possíveis perspectivas
futuras de pesquisa e aplicação.
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2- ESTRUTURA DO SISTEMA NERVOSO

A estrutura do sistema nervoso é um tópico central na anatomia e fisiologia


humana. Compreender a organização e a função do sistema nervoso é
fundamental para compreender o funcionamento do corpo humano, incluindo a
transmissão de informações entre diferentes partes do organismo e a
coordenação das atividades físicas e mentais.

O sistema nervoso é dividido em duas partes principais: o sistema nervoso


central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é composto pelo
encéfalo e pela medula espinhal, enquanto o SNP inclui os nervos que se
estendem por todo o corpo.

O encéfalo é a principal estrutura do SNC e é dividido em várias regiões,


incluindo o cérebro, o cerebelo e o tronco cerebral. O cérebro é responsável
por funções complexas, como a cognição, a percepção sensorial, a memória e
o controle voluntário dos movimentos. O cerebelo desempenha um papel
importante na coordenação dos movimentos e no equilíbrio. O tronco cerebral é
responsável por funções vitais, como a regulação da respiração, da frequência
cardíaca e do sono.

A medula espinhal, por sua vez, está localizada dentro da coluna vertebral e
serve como uma via de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo. Ela é
responsável por transmitir os impulsos nervosos entre o cérebro e os nervos
periféricos, controlando reflexos e a sensibilidade.

O sistema nervoso periférico é composto por nervos que se estendem a partir


do SNC para transmitir informações entre diferentes partes do corpo. Existem
dois tipos principais de nervos periféricos: os nervos cranianos, que se
originam no cérebro e estão relacionados aos órgãos dos sentidos, e os nervos
espinhais, que se originam da medula espinhal e estão relacionados aos
músculos e a outras partes do corpo.

Além disso, o sistema nervoso é composto por células especializadas


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chamadas neurônios, que são as unidades funcionais do sistema nervoso. Os


neurônios são responsáveis por transmitir os impulsos nervosos através de
sinapses, que são as conexões entre os neurônios.

Em resumo, a estrutura do sistema nervoso é complexa e altamente


especializada, envolvendo o cérebro, a medula espinhal, os nervos periféricos
e os neurônios. Compreender essa estrutura é essencial para o estudo da
fisiologia e para a compreensão dos processos neurológicos que ocorrem no
corpo humano.
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3- FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO E SUAS DIFERENTES


FUNÇÕES

A fisiologia do sistema nervoso compreende o estudo das diversas funções que


esse sistema desempenha dentro do organismo humano. O sistema nervoso
tem a capacidade de receber, processar e integrar informações sensoriais do
ambiente externo e interno, além de coordenar e controlar as atividades de
outros sistemas do corpo.

Uma das principais funções do sistema nervoso é a transmissão de sinais


nervosos, também conhecidos como impulsos elétricos ou potenciais de ação,
entre os diferentes componentes do sistema nervoso e com outras partes do
corpo. Esses sinais são transmitidos pelos neurônios, células especializadas do
sistema nervoso, por meio de sinapses, as quais são junções especializadas
entre os neurônios ou entre neurônios e células periféricas.

O sistema nervoso é dividido em duas partes principais: o sistema nervoso


central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é composto pelo
encéfalo e pela medula espinhal, enquanto o SNP é formado pelos nervos que
se estendem a partir do SNC para transmitir informações sensoriais e motoras
para todas as partes do corpo.

No SNC, o cérebro é responsável por controlar funções cognitivas complexas,


como a percepção, a linguagem, a memória, o raciocínio e a emoção. O córtex
cerebral, localizado na parte externa do cérebro, é responsável por essas
funções superiores. O cerebelo, por sua vez, desempenha um papel importante
na coordenação dos movimentos voluntários, no equilíbrio e na postura.

A medula espinhal, por sua vez, é responsável por transmitir os impulsos


nervosos entre o cérebro e o resto do corpo. Além de servir como via de
comunicação, a medula espinhal também coordena reflexos simples e é
responsável pela condução das informações sensoriais e motoras.

O SNP, por sua vez, transmite informações entre o SNC e o restante do corpo.
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Ele é subdividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo.


O sistema nervoso somático é responsável pelo controle dos movimentos
voluntários e pela condução das sensações somáticas - como toque, dor e
calor - para o SNC.

O sistema nervoso autônomo controla funções involuntárias do corpo, como a


regulamentação do ritmo cardíaco, pressão arterial, digestão, função
respiratória e controle da temperatura corporal. O sistema nervoso autônomo é
subdividido em sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático,
que têm ações opostas e complementares para manter o equilíbrio
(homeostase) nas diferentes funções corporais.

Em conjunto, o sistema nervoso desempenha uma ampla variedade de funções


essenciais para o funcionamento harmonioso do organismo. Desde as funções
sensoriais básicas até as funções cognitivas superiores, coordenação motora,
regulação dos órgãos internos e respostas a estímulos estressantes, o sistema
nervoso é responsável por monitorar, regular e coordenar praticamente todas
as atividades fisiológicas do corpo humano.
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4- A TRANSMISSÃO SINÁPTICA E A INTEGRAÇÃO DOS SINAIS

A transmissão sináptica e a integração dos sinais compõem uma temática


fascinante e complexa que ressoa na essência da neurologia, influenciando
notavelmente os padrões comportamentais e psicológicos de organismos. A
mecânica detalhada da forma como os sinais são transmitidos e integrados
revela um universo de interações bioquímicas e elétricas vitais para a função
cerebral.

As variações na transmissão sináptica e na integração dos sinais entre


diferentes espécies ou dentro do mesmo organismo geram um vasto campo de
estudo que promove uma ampla visão de como a vida processa a informação.
Essas variações mostram as impressionantes nuances que a natureza possui,
permitindo uma melhor compreensão de como a adaptação desempenha um
papel crucial na sobrevivência e evolução dos organismos.

Por outro lado, o impacto de condições patológicas ou medicamentosas na


transmissão sináptica e na integração dos sinais lança luz sobre os intrigantes
e, muitas vezes, desafiadores aspectos da medicina neurológica. À medida que
transtornos mentais e doenças neurodegenerativas continuam sendo um
grande desafio na área da saúde, entender como essas condições ou
medicamentos afetam a transmissão e integração dos sinais torna-se cada vez
mais relevante.

No final, compreender a transmissão sináptica e a integração dos sinais pode


ser uma chave valiosa para decifrar os mistérios do cérebro, abrindo novas
avenidas para tratamentos inovadores, melhor qualidade de vida e
conhecimento aprofundado sobre nós mesmos como espécies.
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5- RELAÇÃO ENTRE A NEUROANATOMIA E A NEURO FISIOLOGIA

A neuroanatomia e a neurofisiologia estão inextricavelmente ligadas, formando


a fundação sobre a qual baseamos nossa compreensão de como o sistema
nervoso funciona. À primeira vista, a neuroanatomia delineia a estrutura física
do sistema nervoso, catalogando e observando as variadas partes e
componentes que o compõem. Isso inclui tudo, desde o cérebro e a medula
espinal até os neurônios individuais e as sinapses que permitem a
comunicação entre eles.

Complementarmente, a neurofisiologia se aprofunda na funcionalidade dessas


estruturas, examinando como os inúmeros componentes e sistemas trabalham
em uníssono para produzir o complexo conjunto de funções que associamos ao
sistema nervoso. Isso pode envolver a análise do processo de transmissão
sináptica, a integração de sinais ou a produção de neurotransmissores, todos
esses processos que ligam diretamente a forma à função.

Neste contexto, uma compreensão adequada da neuroanatomia fornece a


base necessária para explorar tópicos de neurofisiologia. Compreendendo as
estruturas físicas do sistema nervoso, podemos formular perguntas sobre como
elas operam, o que por sua vez leva a descobertas sobre a bioquímica
subjacente e os processos elétricos que facilitam a função neural.

Em resumo, a relação entre neuroanatomia e neurofisiologia é de


interdependência e complementaridade. Uma fornece as ferramentas para
entender a outra, formando juntas um campo de estudo multifacetado que nos
permite explorar não apenas o que somos, mas também como somos.
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6- PRÁTICA DO CONHECIMENTO EM NEUROANATOMIA E NEURO


FISIOLOGIA

A prática do conhecimento em neuroanatomia e neurofisiologia é fundamental


para o diagnóstico e tratamento eficazes de doenças neurológicas. A
neuroanatomia, com sua compreensão detalhada do sistema nervoso, fornece
a base para os profissionais de saúde identificarem anormalidades estruturais
que podem indicar patologias. Exames de imagem, como tomografia
computadorizada e ressonância magnética, desempenham um papel crucial
nessa identificação, revelando estrutura e funcionamento do cérebro e do
sistema nervoso.

Por sua vez, a neurofisiologia contribui para a compreensão de como as


alterações nas funções normais do sistema nervoso podem levar à patologia.
Por exemplo, a compreensão do equilíbrio dos neurotransmissores e da
transmissão sináptica pode ajudar a diagnosticar condições como a doença de
Parkinson ou a esquizofrenia. Inclusive, procedimentos como
eletroencefalogramas e potenciais evocados são ferramentas neurofisiológicas
que podem detectar alterações no funcionamento elétrico do cérebro.

Somente a intersecção entre neuroanatomia e neurofisiologia possibilita o


desenvolvimento de tratamentos eficazes para doenças neurológicas.
Conhecendo a estrutura do sistema nervoso e como ela funciona, tratamentos
podem ser formulados para visar tanto os aspectos estruturais quanto
funcionais da doença. Essa prática pode se traduzir em intervenções
farmacológicas, como o uso de medicamentos que modulam a atividade dos
neurotransmissores, ou terapias mais invasivas como a cirurgia cerebral
profunda para doença de Parkinson.

Em resumo, o conhecimento em neuroanatomia e neurofisiologia é crucial para


a prática médica contemporânea na área de neurologia. Possibilita o
diagnóstico preciso e o desenvolvimento de tratamentos cada vez mais
eficazes para doenças neurológicas, visando um prognóstico mais favorável e
uma melhor qualidade de vida para os pacientes.
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7- PSICOFARMACOLOGIA PARA PSICÓLOGOS

A psicofarmacologia representa uma área de vital importância para


profissionais de psicologia. Enquanto a psicologia centra-se principalmente no
comportamento humano e nos processos mentais, a psicofarmacologia faz a
ponte entre a psicologia e a biologia, estudando os efeitos dos medicamentos
sobre a função cerebral e, por consequência, sobre o comportamento e as
emoções.

A compreensão da psicofarmacologia permite que psicólogos obtenham um


conhecimento profundo de como diferentes medicamentos afetam o cérebro e,
o que é especialmente importante, como estes interagem com estados mentais
e emocionais. Isso é primordial na avaliação e acompanhamento de pacientes
que estão realizando tratamento medicamentoso, pois permite ao psicólogo
entender melhor os efeitos possíveis dos medicamentos na cognição e no
comportamento dos pacientes.

Além disso, no contexto terapêutico, o conhecimento em psicofarmacologia


pode facilitar a escolha das melhores estratégias de intervenção. Por exemplo,
em casos onde a terapia comportamental cognitiva e o tratamento
medicamentoso são combinados, o psicólogo, familiarizado com a
psicofarmacologia, estará melhor preparado para colaborar com o paciente e
com outros profissionais de saúde na busca pela terapia mais adequada.

Em suma, visto que cada vez mais os tratamentos em saúde mental envolvem
uma combinação de terapias farmacológicas e psicológicas, a
psicofarmacologia se torna um domínio imprescindível de conhecimento para
os psicólogos. A aquisição de tal conhecimento não apenas expande a base
com a qual o psicólogo pode trabalhar para ajudar seus pacientes, mas
também reforça o papel decisivo que a psicologia tem de realizar no cuidado
multidisciplinar em saúde mental.
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8- PSICOFARMACOLOGIA E PSIQUIATRIA

A psicofarmacologia desempenha um papel crucial na prática da psiquiatria


moderna, fornecendo ferramentas importantíssimas para o tratamento de uma
ampla gama de distúrbios mentais. O campo da psicofarmacologia é focado no
estudo de como drogas que afetam a mente - os psicofármacos - interagem
com o sistema nervoso para alterar o comportamento, o humor e a cognição.

Dentro da psiquiatria, a psicofarmacologia guia a utilização de medicamentos


para tratar condições como a depressão, a ansiedade, o transtorno bipolar, a
esquizofrenia, entre outros. Permite aos psiquiatras compreender não só quais
medicamentos utilizar, mas também como ajustá-los de acordo com as
necessidades individuais dos pacientes, considerando a potência, a meia-vida
e os possíveis efeitos colaterais.

Além disso, a psicofarmacologia oferece aos psiquiatras uma compreensão


detalhada dos mecanismos de ação dos medicamentos, seja aumentando a
disponibilidade de neurotransmissores específicos, bloqueando seus
receptores ou interferindo em sua decomposição. Este conhecimento é
extremamente valioso na personalização do tratamento para cada paciente,
auxiliando na escolha do medicamento mais eficaz e seguro.

Em conclusão, a psicofarmacologia é um componente essencial na prática


psiquiátrica, contribuindo profundamente para a melhora da qualidade de vida
dos pacientes. O entendimento da interação entre os medicamentos e o
sistema nervoso permite aos psiquiatras criar regimes de tratamento
personalizados, possibilitando um atendimento mais preciso e eficaz.
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9- MANUAL DE PSICOFARMACOLOGIA

O Manual de Psicofarmacologia atua como uma ferramenta valiosa para a


orientação de profissionais da saúde e estudantes que buscam uma
compreensão detalhada do impacto dos psicofármacos no sistema nervoso e
em consequência, no comportamento humano. Ele aborda de maneira
abrangente os variados elementos desta disciplina, indo desde a
farmacocinética, que explica como as substâncias são absorvidas, distribuídas,
metabolizadas e eliminadas pelo organismo, até a ação dos medicamentos no
cérebro e seus efeitos sobre o comportamento e a cognição.

Inclui uma visão detalhada dos diferentes tipos de medicamentos psicoativos,


desde os antipsicóticos e antidepressivos, até os ansiolíticos e estabilizadores
do humor, fornecendo informações atualizadas sobre suas indicações, modos
de ação, possíveis efeitos colaterais e precauções necessárias para seu uso.
Além disso, aimportância da integração da terapia medicamentosa com outras
formas de intervenção, como a psicoterapia, é sublinhada.

O manual é ainda aprofundado com estudos de caso e exemplos práticos que


contextualizam a informação teórica, auxiliando na compreensão da
aplicabilidade clínica da psicofarmacologia. Em geral, trata-se de um recurso
de referência essencial para qualquer profissional que trabalhe no campo da
saúde mental.
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10-NEUROCIÊNCIA E PSIQUIATRIA

A neurociência e a psiquiatria estão profundamente ligadas na busca pelo


entendimento e tratamento de patologias mentais. A neurociência, com suas
diversas sub-disciplinas, trabalha para desvendar os complexos mecanismos
do cérebro e do sistema nervoso, enquanto a psiquiatria se concentra na
prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças mentais.

A neurociência fornece a base biológica para a compreensão dos distúrbios


mentais. Ela explica como o comportamento e a cognição emergem da
complexa interação entre neurônios e suas conexões sinápticas. A partir de
seus achados, é possível compreender como alterações na química cerebral
podem levar aos sintomas e sinais clínicos vistos em muitos distúrbios
psiquiátricos.

A integração desses campos ejeta luz sobre as bases neurobiológicas de


distúrbios como a depressão, esquizofrenia e transtorno de ansiedade,
permitindo o desenvolvimento de terapias direcionadas e eficazes. Uma
compreensão da neurociência permite que os psiquiatras escolham o melhor
tratamento - seja ele medicamentoso, psicoterápico ou a combinação de
ambos - levando em conta a disfunção neurobiológica subjacente à patologia.

Em resumo, a neurociência e a psiquiatria estão incrivelmente entrelaçadas e


sua intersecção só aumenta à medida que nosso conhecimento do cérebro
continua a se expandir. Juntas, elas continuam a iluminar o caminho para uma
melhor compreensão e tratamento de distúrbios mentais.
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11- PSICOFÁRMACOS NA SAÚDE MENTAL

Os psicofármacos desempenham um papel significativo na prática da saúde


mental, ajudando no gerenciamento e tratamento de diversos distúrbios
mentais. Esses medicamentos atuam modificando a química cerebral para
ajudar a aliviar os sintomas, melhorar a função mental e aumentar a qualidade
de vida dos pacientes.

Os antidepressivos, por exemplo, são utilizados para tratar transtornos como


depressão e ansiedade, ajustando os níveis de neurotransmissores como a
serotonina no cérebro. Os antipsicóticos, por outro lado, são fundamentais no
tratamento de distúrbios como a esquizofrenia e o transtorno bipolar, aliviando
sintomas como delírios e alucinações.

Os estabilizadores de humor, utilizados para tratar transtorno bipolar, ajudam a


equilibrar as oscilações de humor, enquanto os ansiolíticos são usados para
gerir a ansiedade e perturbações do sono. É importante ressaltar, porém, que a
eficácia dos psicofármacos pode variar muito entre os indivíduos e, embora
possam ser extremamente benéficos, eles também podem ter efeitos colaterais
significativos.

Por fim, o uso de psicofármacos na saúde mental é uma parte importante de


um plano de tratamento mais amplo, que muitas vezes inclui psicoterapia e
estratégias de autocuidado. Portanto, é essencial que os profissionais de saúde
mental estejam familiarizados com o impacto destes medicamentos, a fim de
melhor orientar seus pacientes através de seus caminhos para a recuperação.
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12- REFORMA E CONTRARREFORMA PSIQUIÁTRICA

A reforma e contrarreforma psiquiátrica representam movimentos significativos


na história da saúde mental, que influenciaram profundamente a prática da
psiquiatria. A primeira, ocorrida no século 20, propunha uma abordagem mais
humana e inclusiva no tratamento dos distúrbios mentais, promovendo a
desinstitucionalização e a inclusão social como principais medidas.

A reforma psiquiátrica defendia uma psiquiatria mais integrada à comunidade,


com o objetivo de substituir o modelo asilar por uma rede de atenção
psicossocial, que incluía hospitais-dia, centros de atenção psicossocial (CAPS)
e leitos psiquiátricos em hospitais gerais. Este modelo enfatizava também a
importância dos direitos humanos e a autonomia dos pacientes nos processos
de tratamento.

No entanto, a contrarreforma psiquiátrica surgiu como uma crítica a este


movimento, argumentando que a desinstitucionalização levou a uma falta de
assistência adequada para pacientes com doenças mentais graves.
Defensores da contrarreforma argumentam que os hospitais psiquiátricos ainda
precisam ter um papel no cuidado de pacientes que precisam de internação de
longa duração, e defendem um sistema mais balanceado, que preserve o papel
do hospital psiquiátrico dentro de uma rede de cuidados.

Em resumo, os movimentos de reforma e contrarreforma psiquiátrica refletem o


constante debate sobre o equilíbrio entre os direitos dos pacientes, a
necessidade de tratamento eficaz e como esse tratamento deve ser estruturado
e administrado.
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13-CONCLUSÃO

A inter-relação entre neuroanatomia e neurofisiologia fornece a base


fundamental para o entendimento do funcionamento do sistema nervoso. A
neuroanatomia, com seu enfoque na estrutura do sistema nervoso, fornece o
mapa do território, uma representação detalhada das várias partes e elementos
que compõem este sistema incrivelmente complexo.

A neurofisiologia, por outro lado, complementa e enriquece este mapa ao


explorar as funções destas estruturas. Funciones como a transmissão de sinais
elétricos, a liberação de neurotransmissores e a integração de sinais
provenientes de diferentes partes do sistema - todos são conceitos que
apontam para a importância da neurofisiologia. Cada uma dessas funções é
crucial para o funcionamento global do sistema nervoso.

Na interface entre estas duas áreas, encontramos um esforço coerente para


construir uma visão completa de como o sistema nervoso opera. A perspectiva
combinada de neuroanatomia e neurofisiologia não só facilita a compreensão
do funcionamento normal do sistema nervoso, como também oferece insights
importantes para diagnóstico e tratamento de todas as tipos de desordens
neurológicas.

Em conclusão, neuroanatomia e neurofisiologia, embora distintas em seu foco,


são duas áreas inseparáveis no campo da neurociência. Juntas, oferecem uma
visão abrangente de como o sistema nervoso é estruturado e como funciona,
fornecendo a base para avanços significativos na compreensão, diagnóstico e
tratamento das doenças neurológicas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARANTE,P. Loucura, cultura e subjetividade, conceitos e estratégia,


percursos e atores da reforma psiquiátrica brasileira. Rio de Janeiro,
FIOCRUZ, 1996

https://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/1418/Saude%20Mental%20e
%20Reforma%20Psiquitrica.pdf?sequence=1&isAllowed=y ( em 27/08/2023)

https://www.scielo.br/j/csc/a/GMXKF9mkPwxfK9HXvfL39Nf/ (em 27/08/2023)

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