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Índice página

I. Introdução..................................................................................................................2

II. DISPOSICAO HIERARQUICA DO SISTEMA NERVOSO...............................3

2.1. O sistema nervoso como um todo.......................................................................3

2.2. Sistema Nervoso Periférico................................................................................4

2.3. Sistema Nervoso Somático (SNS)......................................................................6

Qual a relação desse conhecimento com a linguagem corporal....................................6

III. LATERIZACAO FUNCIONAL............................................................................6

3.1. Teoria do Sistema Funcional..............................................................................6

3.2. Unidades Funcionais de Lúria............................................................................8

IV. Conclusão.............................................................................................................10

V. Bibliografia...........................................................................................................11
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I. Introdução
No presente trabalho iremos falar sobre disposição hierárquica do sistema nervoso e da
laterização funcional.

Não podemos falar da disposição do sistema nervoso, sem antes saber o que e o sistema
nervoso e qual e a sua função. Sistema nervoso e um conjunto de órgãos e tecidos
nervosos, tecido conjuntivo e vasos sanguíneos que tem a função de coordenar e
controlar todas actividades do organismo e comunicar com outros sistemas, cujo mesmo
esta dividido em duas partes que são o sistema nervoso central e sistema nervoso
periférico. No sistema nervoso central chegam as informações relacionadas aos sentidos
e o sistema nervoso periférico conecta o sistema nervoso central com as outras partes do
corpo humano.

O objectivo geral do trabalho é compreender o sistema nervoso a partir da sua estrutura


superior ate a inferior com suas determinadas funções.

O objectivo específico é analisar o sistema nervoso e a sua constituição.


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II. DISPOSICAO HIERARQUICA DO SISTEMA NERVOSO

II.1. O sistema nervoso como um todo


O nosso sistema nervoso desenvolveu-se a partir de um simples filamento de células
nervosas que apenas conseguia produzir os mais simples movimentos reflexos como,
por exemplo, os do anfioxo. Este pequeno animal é em certa medida, o mais simples dos
vertebrados e não é muito mais complicado que um verme.

No outro extremo desta linha de desenvolvimento está o ser humano com o mais
complicado dos sistemas nervosos. O mais importante princípio de suporte a este
desenvolvimento reside na adição contínua de novos elementos ao antigo sistema, e não
na sua mera substituição.

No caso do ser humano, as antigas estruturas seguem funcionando em conjunto com as


mais novas. Por vezes, o comportamento que observamos em ser “originado” por
alguma das estruturas mais primitivas. É o caso quando percebemos alguém nervoso.
Parte desse “nervosismo” tem relação direta com a ativação do Sistema Nervoso
Autônomo, então observamos a pessoa suando nas mãos, sua movimentação pode
aumentar, observamos o aumento da frequência respiratória etc.

Entretanto, para realizarmos uma boa análise do comportamento, é muito importante


considerar que não há uma hierarquia rígida entre esses sistemas e o funcionamento de
suas áreas, sobre o que trataremos um pouco mais adiante.

• O SN tem as seguintes funções: Função sensorial: responsável pelas sensações


gerais e especiais;

• Função motora: contracções musculares voluntarias ou involuntárias;

• Função adaptativa: Adaptação do animal ao meio ambiente (sudorese e calafrio)

• Função integradora: coordenação das funções dos vários órgãos.


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Podemos subdivir o sistema nervoso em: sistema nervoso central (SNC), que é
composto pelo cérebro e pela medula, e o sistema nervoso periférico (SNP), que é a
parte do sistema nervoso não abrangido pelo SNC e que é composto principalmente
pelos nervos que se estendem a partir do SNC.

1 2 Sistema nervoso
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Sistema Nervoso periferico
Sistema Nervoso Autonomo:
•Simpatico
•Parassimpatico
•Enterico

Sistema Nervoso somatico

Sistema Nervoso central


•Encefalo
•Medula Espinal

Sistema Nervoso central -É a porção de recepção de estímulos do comando e de


processamento de informação formado pelo encéfalo e pela medula espinhal, protegidos
respectivamente pelo crânio e pela coluna vertebral e é reforçada pela presença de
laminas ou tecido conjuntivo, as meninges que saem de fora para dentro: dura-máter;
aracnóide e pia-máter.

II.2. Sistema Nervoso Periférico


E constituído por nervos cranianos e espinhais com gânglios associados e as
terminações nervosas. O Sistema nervoso periférico divide-se em: Sistema nervoso
Autónomo e Sistema Nervoso Somático.

Outra divisão pode ser feita levando em conta o seu carácter funcional: o sistema
nervoso voluntário e o sistema nervoso involuntário. O primeiro permite-nos controlar
conscientemente os nossos músculos esqueléticos. O segundo, também chamado de
sistema nervoso autónomo (SNA), regula todos os acontecimentos que não estão sobre
o nosso controle consciente: a actividade dos órgãos internos, como o coração,
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estômago, etc. O sistema nervoso autónomo, em si, se divide em duas partes: o


simpático e o parassimpático.

Sistema Nervoso Autónomo (SNA) e aquele que controla todas actividades


involuntárias do organismo como a pressão arterial, a temperatura do corpo, as
contracções musculares lisas das vísceras, os batimentos cardíacos, respiração
involuntária e a secreção.

O Sistema Nervoso Autónomo Simpático tem origem nas áreas torácica e lombar da
medula, e constituído por uma cadeia de gânglios correspondentes a cada um dos lados
da coluna vertebral e pelos nervos que ligam gânglios aos órgãos. O SNAS compreende
as funções seguintes:

 Aceleração dos batimentos cardíacos;


 Vasodilatação dos movimentos peristálticos, secreção intestinal;
 Dilatação dos bronquíolos pulmonares e;
 Contracção do esfíncter da bexiga urinária.
O Sistema Nervoso Autónomo Parassimpático tem origem no encéfalo no bulbo, e
constituído por uma cadeia de gânglios correspondentes a cada um dos lados da coluna
vertebral pelos nervos que ligam os gânglios as vísceras. O SNAP compreende as
seguintes funções:
 Diminuição dos batimentos cardíacos;
 Aumento dos movimentos peristálticos e da secreção intestinal;
 Constrição dos bronquíolos pulmonares e;
 Relaxamento do esfíncter da bexiga.
Sistema Nervoso Autónomo entérico é uma rede de neurónios que integram o sistema
digestivo, é formado principalmente pelos plexos mio-entérico e submucoso. Tem uma
organização própria pois os neurónios e fibras nervosas estão localizados na parede do
trato gastrointestinal.
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II.3. Sistema Nervoso Somático (SNS)


E composto por neurónios que estão submetidos ao controlo consciente para gerar
acções motoras voluntarias. Transmite a informação proveniente dos órgãos dos
sentidos ao SNC para os músculos que permitem mover o esqueleto. O SNS e
responsável pelo controle dos movimentos musculares voluntários como os movimentos
dos dedos, dos pés, dos olhos.

Qual a relação desse conhecimento com a linguagem corporal


A explicação acima é bastante simplificada e oferecida apenas como motivação para
que você se aprofunde mais no assunto.
Nossa intenção não é oferecer conhecimentos extensivos em fisiologia, para o que
existem muitos portais especializados na Internet.
Além disso, você pode consultar livros conhecidos como o Tratado de Fisiologia
(Guyton) onde encontrará uma riqueza de detalhes sobre o tema.
Entretanto, algum conhecimento é fundamental para que você entenda que:
a relação do comportamento não verbal com as emoções é bastante estreita;
 Parte do complexo fenômeno emocional humano está relacionado ao
funcionamento do Sistema Nervoso (Central e Periférico)
 Não há uma hierarquia rígida entre as estruturas mais primitivas e mais recentes
do nosso sistema nervoso;
 Podemos observar comportamentos que estão sendo regulados por várias áreas e
também por processos psicológicos distintos.

III. LATERIZACAO FUNCIONAL

III.1. Teoria do Sistema Funcional


Alexander Romanovich Lúria foi um russo que viveu no século passado (1902-1977) e
é considerado o pai da Neuropsicologia moderna, sendo inclusive o criador deste termo.
Ele trabalhou junto com Sev Semonorich Vygotsky, Alexei Leoteiv na construção de
uma psicologia com fundamentação filosófica marxista-dialectica.

Lúria conseguiu observar dialecticamente o movimento histórico das Neurociências:


Enquanto a localização de Gall, Wernicke e Broca poderiam sem entendidos como uma
tese, a antítese estava no unitarismo de Hughilings Jackson e Flourens. Se, por um lado,
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cada área do cérebro era descrita como responsável por uma função mental específica e
por outro, o cérebro na sua totalidade era tido como responsável por todas funções.
Lúria propõe de certa forma que as tais modelos estavam certos e errados ao mesmo
tempo. Cada área cerebral seria responsável sim, por uma especificidade mas também
estas áreas actuariam conjuntamente na forma de sistema dinâmico e integrado,
utilizando todo sistema nervoso, e ai Lúria lança a ideia do sistema funcional.

Embora a ideia original do sistema funcional de outro contemporâneo, Pyotr Kuzmicg


Anokhin (1898-1974), Lúria conseguiu amplia-la, aplicando-a ao sistema nervoso
central humana. Para isso realizou a revisão de três conceitos a saber:

Função;

 Localização e;
 Sintoma.

Para Lúria, a função cerebral não pode ser entendida como a função de uma área em
particular assim como a função respiratória não e propriedade apenas do pulmão, mas
de todo o sistema respiratório. A Função para Lúria passa a ser entendida como um
sistema funcional complexo e completo, sem reduzir uma actividade cognitiva
complexa a uma ou poucos agrupamentos neuronais específicos.

Para Lúria, a localização o sentido se estiver limitado, a busca de áreas específicas para
funções específicas. O objecto da localização e determinar quais regiões do cérebro
estão trabalhando conjuntamente para construir uma actividade mental complexa e qual
e a contribuição de cada uma dessas áreas ao sistema funcional completo.

Quanto ao Sintoma, não se trata agora de um distúrbio de alguma área ou função


determinada. A ideia do sistema funcional e buscar a identificação do factor básico que
esta por trás do sintoma observado.

Ex: A dislexia. Se pensarmos apenas no sintoma corremos o risco de ou seja dizer


mesma coisa com termos diferentes ” A criança não lê porque e disléxica: e é disléxica
porque não lê”.

Assim, não sai do lugar, e muito menos resolve o problema. A proposta do sistema
funcional é buscar onde está a falha no sistema funcional, qual a rota neuronal utilizada
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e por que ela não esta sendo eficiente. Não se trata de associar uma área específica ou
mesmo uma única função. Uma actividade mental complexa como e a leitura só poderá
ser verdadeiramente compreendida em toda sua complexidade. Por mais que as funções
mais primárias ainda possam ser localizadas, as funções mentais envolvem regiões que
mesmo diferentes e distantes entre si actuam em conjunto ou em concerto, como o
próprio Lúria se referia. Tal qual uma orquestra em que cada música faria seu papel
específico na obra a ser executada sem que nenhum actuaria sozinho, sempre precisaria
do auxílio de todos. Assim como as áreas cerebrais actuam todos e ao mesmo tempo.

III.2. Unidades Funcionais de Lúria


Lúria em 1973, definiu a partir de seus estudos que as funções psicomotoras possuem
localização dinâmica, visto que toda aquisição cognitiva da criança e consequência de
uma actividade simultânea e integrada dos centros de trabalho disperso no cérebro,
diferentemente de que se achava ate então. Lúria dividiu o cérebro em três unidades
funcionais nomeadamente:

Primeira unidade funcional (para a regulação do tono de vigília e os estados


mentais)

E formada estruturalmente pelas regiões posteriores e laterais do neo-córtex, onde suas


funções são: analise auditiva (áreas 41, 42 e 22 de Brodman) análise visual (áreas 17, 18
e 19 do mapa de Brodman) e córtex sensitivo (áreas 3, 2 e 1 de Brodman), sendo estas
áreas primárias, secundárias e terciárias de cada função.

Esta unidade envolve a formação de activação reticular. Este sistema mantém o nível
ideal de tom cortical para engajar-se em actividade organizada, dirigida a objectivos. Os
processos de excitação obedecem a uma lei de forca em que as respostas mais fortes são
invocadas por estímulos mais fortes. A excitação neste sistema gradualmente se espalha
levando a modulação de todo o sistema nervoso. A activação pode ocorrer em respostas,
ás respostas metabólicas do organismo levam um reflexo de orientação ou para
intenções ou planos.

Segunda unidade funcional (Para receber, analisar e armazenar informações)


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E formada estruturalmente pelas regiões posteriores e laterais do neo-córtex onde suas


funções são: analise visual, auditiva e córtex sensitivo, sendo estas áreas primarias,
secundarias e terciárias de cada função.

Segundo Lúria esta área entra em funcionamento somente após o nascimento entre o
indivíduo e o meio. Os sistemas da presente unidade analisam um grande número de
elementos. Componentes muito pequenos respondem a estruturas funcionais dos
estímulos.

Neurónios associativos da área secundária tem menos especificidade modal e permitem


responder a padrões complexos. A área superior e uma zona de sobreposição final
cortical dos vários analisadores e permite a investigação de excitação que chega de
analisadores de diferença.

Terceira unidade funcional (Para a promoção, regulação e verificação da


actividade)

E formada estruturalmente pelos lóbulos frontais (área pré-central, e frontal), onde suas
funções estão relacionadas a organização da actividade consciente e motricidade
propriamente dita.

Esta unidade depende do bom funcionamento das outras duas unidades, logo, esta e a
ultima a ser formada. Este sistema permite a criação das intenções, planos e
programação de acção, regulação do comportamento e verificando actividade
consciente. A prova neuropsicológica para estes três sistemas integrados fornece uma
base concreta para abordagens clínicas que deram ambas as tarefas específicas de
modalidade e aprendizagem auditiva fonológica e linguística e as funções executivas de
domínio geral apoiam o planeamento e regulação do componente.
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IV. Conclusão
O sistema nervoso é responsável por enviar estímulos a todos sistemas e órgãos do
corpo. Ele coordena, por meio de transmissão de sinais, as acções voluntarias e
involuntárias, habilidades que garantem o funcionamento do organismo e a vida.

Na latinização funcional existe a presença de uma tarefa constante que e invariável, mas
é desempenhada por mecanismos diferentes que são variáveis. As três unidades
funcionais tem a função de regular, analisar e armazenar as informações.
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V. Bibliografia
PIRES, Sergio Fernandes Senna. Instituto Brasileiro de Linguagem Corporal.
Disponível em < https://ibralc.com.br/o-sistema-nervoso-como-um-todo/> . Acesso em
14.10.17 19:58

Pires, Sergio Fernandes Senna. (2012). Instituto Brasileiro de Linguagem Corporal.


Recuperado em 14.10.17 19:58, de https://ibralc.com.br/o-sistema-nervoso-como-um-
todo/.

O Sistema Nervoso como um todo. Instituto Brasileiro de Linguagem Corporal.


Disponível em < https://ibralc.com.br/o-sistema-nervoso-como-um-todo/> . Acesso em
13 Oct 2017.

GUYTON, Arthur C. HALL, John E. Tratado de Fisiologia Medica. 9Ed. Guanaraba


koogan.1997; pags717, 718

LURIA A.R. Fundamentos da neuropsicologia. Ed da Universidade de são Paulo;


Copyright. Rio de Janeiro.1981

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