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Revisão para Bioquímica:

Estrutura Molecular da
Célula e
Ciclo Celular
Prof. Dr. Krain Melo
CONTEÚDOS DA DISCIPLINA:

•Estrutura Geral da Célula


Citologia e Histórico
Célula Procarionte x Célula Eucarionte
•Composição Química da Célula
Água, Noções de PH, Sais Minerais
Carboidratos ou glicídeos, Lipídeos
Proteínas, Vitaminas
Ácidos Nucléicos
•Divisão Celular
Meiose, Mitose
Ciclo Celular
•Noções de Genética em conjunto com a Citologia
Grandes descobertas, A Ciência da Genética, Histórico
CITOLOGIA

As células são componentes fundamentais


de todos os organismos vivos ?

Por que?

Como posso afirmar isso?

Qual é o embasamento científico?


CITOLOGIA e MICROSCOPIA

Pelo fato das células, de modo geral, serem


microscópicas, só foi possível a comprovação científica
das mesmas após a invenção do microscópico.
Isso foi um marco para a História e Biologia que iniciou-se
uma Revolução Científica.
1» Galileu Galilei » Luneta e Telescópio (1608),
Telescópio refrator (1616). Séc XVII
2» Issac Newton » Telescópio de Newton (1668).
3 » Cassegrain » Telescópios Cassegrianos (1672).
4 » Hans e Zacharias Jansen » 1º Microscópico (1595), só
encontrado na Holanda no séc.XVII.
5 » Robert Hooke » Microscópico Óptico (1665).
CITOLOGIA e MICROSCOPIA

“...pude perceber claramente que toda a cortiça era


perfurada e porosa, assemelhando-se a um favo de mel...
esses poros ou células não eram muito profundos e eram
semelhantes a um grande número de pequenas caixas...
Esta observação microscópica da textura da cortiça – que
eu creio ter sido a primeira porque não há nada escrito por
outra pessoa que o tenha mencionado – dão uma razão
inteligível dos fenômenos que se dão na cortiça, por
exemplo, a sua extrema ligeireza.”
Robert Hooke
1665
CITOLOGIA e MICROSCOPIA
A evolução Microscópica continua:
•Culpeper» Microscópio Composto de Culpeper (1725 - Séc. XVIII)
Madeira e Couro
•Cuff» Microscópio Composto de Cuff (1744 - Séc. XVIII) Metal –
Avanço Mecânico
•Ernest Abbé» Microscópio acromático com condensador
(1830 – Séc. XIX) – Avanço na óptica
•Boegehold » a partir de 1938 desenvolve às lentes
planoapocromáticas » Apenas no final séc. XX o microscópio atingiu
praticamente os aumentos máximos na óptica..

• As máquinas mais atuais permitem aumentos de 5 mil a 500 mil


vezes, sem muita dificuldade. Os microscópios ótico=> usa-se luz e
os Eletrônico=>feixes de elétrons.
Luneta de Galileu Galilei

Telescópio de Newton Telescópio Cassegriano


Telescópio de Galileu Galilei
Zacharias Jansen e um microscópio que,
Modelo de microscópio italiano,
acredita-se, tenha sido fabricado por ele.
possivelmente utilizado por
volta do ano 1600.
O modelo foi encontrado na Holanda, no
Os modelos italianos eram simples e
século XVII.
pequenos.
Microscópio Óptico Composto de Hooke (1665) e esquema da secção de cortiça
observada
Revolução Mecânica séc. XVIII

Microscópio Composto Microscópio Composto Ernest Abbé, do


de Culpeper de Cuff microscópio acromático
1725 - Séc. XVIII 1744 - Séc. XVIII com condensador
1830 – Séc. XIX
Boegehold a partir de 1938 desenvolve às
lentes planoapocromáticas, cujo grande
campo de visão corrigida as tornam
especialmente importantes para a
microfotografia e metalografia. Apenas no
Séc. XX o microscópio atingiu praticamente
os aumentos máximos.
Um caso a parte:
Antoni van Leewenhoek
(1632-1723)
•Comerciante de tecidos holandês, residia na cidade de Delft onde mantinha um
cargo público e dedicava-se a seu passatempo de polir lentes e construir
microscópios.
•Suas melhores lentes proviam um aumento de cerca de 300 vezes, permitindo a
observação de algas microscópicas, protozoários e as maiores bactérias. Embora
seus estudos carecessem da organização formal da pesquisa científica, sua
competência como observador criterioso capacitaram-no a fazer descobertas de
importância fundamental.
•Muitos cientistas e entusiastas da Ciência o visitaram para observar
pessoalmente seus microrganismos, incluindo o czar Pedro I da Rússia, o rei James
II da Inglaterra e o imperador Frederick II da Prússia.
•Pecou por manter em segredos seus métodos de microscopia não permitindo
que outros copiassem suas técnicas e verificassem seus resultados.
AMPLIAÇÃO E RESOLUÇÃO

• São freqüentemente usadas no estudo biológico de célula.

• Ampliação é uma relação da amplificação (ou redução) de


uma imagem, normalmente expressa-se como X1, X1/2, X430,
X1000, etc.

• Resolução é a habilidade para distinguirmos entre dois


pontos.

• Geralmente a resolução aumenta com ampliação, embora


haja pontos onde você aumenta a ampliação pelo aumento no
ganho da resolução.
AMPLIAÇÃO E RESOLUÇÃO

•Normalmente as medidas em microscopía são indicadas no sistema métrico.


Unidades gerais para biologia incluem micro-metro (µm, 10**6m), nano-metro
(nm, 10**9m), e angstrom (Å, 10**10m). As ampliações máximas geralmente
aceitadas em usos biológicos estão entre 1000X e 1250X.

•Microscópios de luz foram os primeiros a serem desenvolvidos, e ainda são


comumente usados. A melhor resolução de microscópios de luz(ML) é 0.2 µm.
A ampliação em MLs está geralmente limitada pelas propriedades das lentes
do microscópio e pelas propriedades físicas das fontes luminosas.


“A ciência é então uma atividade que está em constante
mutação e evolução e que depende primordialmente da
tecnologia. Existe uma interrelação entre evolução
tecnológica e evolução do conhecimento científico.”
(Arquiteto Oliveira Ferreira – Português – Arcozelo – VN Gaia)
CITOLOGIA

O termo célula:
(do grego kytos = cela; do latim cella = espaço vazio).
CITOLOGIA

•A teoria celular » só foi formulada em 1839 por Schleiden


(Bot) e Schwann (Zoo).

•concluíram que, “todo ser vivo é constituído por unidades


fundamentais: as células.”

•Assim, desenvolveu-se a citologia (ciência que estuda as


células), importante ramo da Biologia.

•As reações metabólicas do organismo ocorrem nas células.


A Teoria Celular enuncia:
“Todo organismo vivo é constituído de uma
ou várias células.”

Schleiden e Schwann
1839

Sendo a célula, a unidade básica do ser vivo.


A Teoria Celular é adicionada de:
“Omnis cellula ed cellula”

Rudolf Virchow
Patologista 1859

Toda célula tem origem em uma célula pré-existente.


A Teoria Celular afirma que:

•Todos organismos vivo são formados por uma ou mais


células, sendo essa, a unidade básica de estrutura e função
dos seres vivos.

•As células provém de outras células pré-existentes.

•A célula é unidade de reprodução, de desenvolvimento e


de hereditariedade dos seres vivos.
Célula

Unicelulares Pluricelulares

Procariótica Eucariótica
Unicelulares e Pluricelulares
Células Procariontes

• A sua principal característica é a


ausência de carioteca individualizando o
núcleo celular, pela ausência de alguns
organelas e pelo pequeno tamanho que
se acredita que se deve ao fato de não
possuírem compartimentos membranosos
originados por evaginação ou invaginação.

• Estas células são desprovidas de


mitocôndrias, plastídeos, complexo de
Golgi, retículo endoplasmático e sobretudo
cariomembrana o que faz com que o DNA
fique disperso no citoplasma.

•. Apresentam, na região conhecida como


nucleóide, uma molécula circular de DNA
não combinada com proteínas básicas,
denominadas plasmídeos.
Células Eucariontes

• Possuem membrana nuclear individualizada • Apresentam uma grande


(carioteca) e vários tipos de organelas. A maioria variedade de organelas com
dos animais e plantas a que estamos habituados funções específicas, ausentes
são dotados deste tipo de células. nos procariontes, o que
permitem a realização de
reações bioquímicas
específicas.

• Algumas propriedades
funcionais: podem obter e
transformar energia; contêm
macromoléculas complexas,
como proteínas e ácidos
nucleicos; podem sintetizar
substâncias e têm a
capacidade de se dividir.
Características Célula Procarionte Célula Eucarionte
Tamanho Menor Maior
Parede Celular Rígida (aminoácidos) Rígida (celulose – vegetal,
quitina – fungos).
Material Genético Nucleóide (material Núcleo (material genético
genético no citoplasma) dentro da carioteca)
Organelas Pequenos ribossomos Ribossomos
Estruturas Respiratórias Hialopasma e membrana Hialoplasma e mitocôndrias
plasmática
Fotossíntese Ocorre em alguns casos em Cloroplastos (cél. Vegetal)
lamelas fotossintéticas
Flagelos Organelas locomotores Organelas locomotores
simples e liagdos a complexos, rodeadors por
superfície da célula membrana plasmática
Do que será que a célula é composta?

Quais elementos químicos?

O estudo da composição química dos organismos tem a sua


maior parte fundamentada na bioquímica da célula ou
Citoquímica.
Bioquímica da célula

• A água e os sais minerais formam os


componentes inorgânicos da célula.

Sem Carbono

• Os componentes orgânicos abrangem as


demais substâncias.
Com Carbono
Bioquímica da célula

• A Água é o componente químico que entra em


maior quantidade, mas as substâncias orgânicas
predominam em variedade,

• É grande o número de proteínas, ácidos


nucléicos, lipídios e carboidratos diferentes
que formam a estrutura das células e dos
organismos.

• Sais minerais e vitaminas participam em


doses pequenas, mas também desempenham
papéis importantes.
Bioquímica da célula

Composição da Célula
Água Proteínas Lipídios Carboidratos Sais Minerais Outros

1%
6% 5%
8%

15%

65%
Bioquímica da célula

Curiosidade:

• Há elementos químicos que participam da composição da


célula.

• Entretanto, os átomos se dispõem de forma mais simples,


compondo substâncias cujas fórmulas são pequenas e de
pequeno peso molecular, que muitas vezes não chegam a
formar moléculas.

• Exemplo: os compostos iônicos como o cloreto de sódio


(NaCl – sal de cozinha).
Bioquímica da célula

Curiosidade:

• Embora a matéria vivente também apresente muitas


substâncias da Química Inorgânica,

• O predomínio qualitativo se prende aos compostos da


Química Orgânica, cujas moléculas revelam cadeias de
carbono.

• Que vão de uma discreta simplicidade (monossacarídeos) à


mais extraordinária complexidade (proteínas).
Bioquímica da célula
Principais Elementos
Oxigênio Carbono Hidrogênio Nitrogênio
3%
10%

19%

68%
Bioquímica da célula

1% Demais Elementos
0%
2% 0%
5%
Cálcio (Ca)
5% Fósforo (P)
8%
Potássio (K)

11% Enxofre (S)


57% Sódio (Na)

11% Cloro (Cl)


Magnésio (Mg)
Flúor (F)
Ferro (Fe)
Outros(Zn,Br,Mn,Cu,I,Co)
Bioquímica da célula
A ÁGUA

• A quantidade de água e sais minerais na célula e nos


organismos deve ser perfeitamente balanceada, qualificando
o chamado equilíbrio hidrossalino.

• Esse equilíbrio é fator decisivo para a manutenção da


homeostase.

•A queda do teor de água,» gera uma situação de


desequilíbrio hidrossalino,» com repercussões nos
mecanismos osmóticos e na estabilidade físico-química
(homeostase). » a desidratação.
Bioquímica da célula: ÁGUA
• Ao fim das reações de síntese protéica, glicídica e
lipídica, bem como ao final do processo respiratório e da
fotossíntese, ocorre a formação de moléculas de água.

• Por isso o teor de água no citoplasma é proporcional à


atividade celular.

• Exemplos: Nos tecidos muscular e nervoso sua proporção


é de 70 a 80%, enquanto que no tecido ósseo é de cerca de
25%.

•E depende da espécie considerada, ex. Cnidários 98%,


Humanos 60 -70%, Moluscos 80%.
Bioquímica da célula: SAIS MINERAIS

• Eles representam substâncias reguladoras do


metabolismo celular.

• São obtidos pela ingestão de água e junto com alimentos


como frutos, cereais, leite, peixes, etc.

• Os sais minerais têm participação nos mecanismos de


osmose, estimulando, em função de suas concentrações, a
entrada ou a saída de água na célula.
Bioquímica da célula: SAIS MINERAIS

• A concentração dos sais na célula determina o grau de


densidade do material intracelular em relação ao meio
extracelular.

• Em função dessa diferença ou igualdade de concentração


é que a célula vai se mostrar hipotônica, isotônica ou
hipertônica em relação ao seu ambiente externo. (correntes
osmóticas ou de difusão da Membrana plasmática).

• Portanto, a água e os sais minerais são altamente


importantes para a manutenção do equilíbrio
hidrossalino, da pressão osmótica e da homeostase na
célula.
Importância dos SAIS MINERAIS
• Os sais de ferro são importantes para a formação da
hemoglobina. A deficiência de ferro no organismo causa um
dos tipos de anemia.

• Os sais de iodo têm papel relevante na ativação da


glândula tireóide, cujos hormônios possuem iodo na sua
fórmula. A falta de sais de iodo na alimentação ocasiona o
bócio.
• Os fosfatos e carbonatos de cálcio participam na sua
forma cristalina da composição da substância intercelular do
tecido ósseo e do tecido conjuntivo da dentina.

•A carência desses sais na alimentação implica no


desenvolvimento anormal de ossos e dentes, determinando o
raquitismo.
Importância dos SAIS MINERAIS

• Os íons de sódio e potássio têm ativa participação na


transmissão dos impulsos nervosos através dos neurônios.

• Os íons cálcio atuam na contração das fibras musculares


e no mecanismo de coagulação sangüínea.

• Os íons magnésio participam da formação da molécula de


clorofila, essencial para a realização da fotossíntese.

• Os íons fósforo fazem parte da molécula do ATP


(composto que armazena energia) e integra as moléculas de
ácidos nucléicos (DNA e RNA).
Bioquímica da célula: CARBOIDRATOS
Carboidratos, glicídios, glúcides ou hidratos de carbono
são compostos formados por cadeias de carbono, ricos em
hidrogênio e oxigênio, e que representam as primeiras
substâncias orgânicas formadas na natureza, a partir da
fotossíntese das plantas e quimiossíntese das bactérias.

Podemos representar o processo pela equação simplificada:

H2O + CO2 + luz --> Cn(H2O)m + O2


Bioquímica da célula: CARBOIDRATOS
Na respiração a energia será liberada.
A oxidação dos mesmos na célula libera considerável
quantidade de energia.

Cn(H2O)m + O2 --> CO2 + H2O + energia

Ø Sob o aspecto biológico, os carboidratos podem ser


classificados em: monossacarídeos, dissacarídeos e
polissacarídeos.
Importância dos CARBOIDRATOS
• Monossacarídeos ou oses são carboidratos que não sofrem
hidrólise. Suas moléculas possuem de 3 a 7 átomos de carbono e
podem ser chamadas de trioses, tetroses, pentoses, hexoses e
heptoses.

• Apresentam valor biológico as hexoses [(C6H12O6) – glicose, frutose


e galactose} e as pentoses {ribose (C5H10O5) e desoxirribose
(C5H10O4)].

• Dissacarídeos são carboidratos que, por hidrólise, fornecem duas


moléculas de monossacarídeos. Os principais são a maltose, a
sacarose e a lactose.

• A maltose (glicose + glicose) é um produto da hidrólise do amido. A


sacarose (glicose + frutose) é o açúcar da cana e da beterraba. A
lactose (glicose + galactose) é o açúcar do leite.
Importância dos CARBOIDRATOS

• Polissacarídeos são carboidratos constituídos de grande número de


moléculas de monossacarídeos. Os principais são o amido, o
glicogênio e a celulose.

• O amido forma-se como produto de reserva dos vegetais. O


glicogênio forma-se como produto de reserva dos animais e fungos.
Nos animais acumula-se no fígado e nos músculos. A celulose forma a
parede das células vegetais, onde serve de proteção e sustentação. É
insolúvel na água.

• Existem polissacarídeos que apresentam também átomos de


nitrogênio, como a quitina (parede celular dos fungos e exoesqueleto
dos artrópodes), coniferina (coníferas) e digitalina (usada no
tratamento de doenças cardíacas).
Bioquímica da célula: LIPÍDEOS
• São compostos orgânicos que têm a natureza de ésteres, pois são
formados pela combinação de ácidos (graxos) com álcoois.

• Ácidos graxos são ácidos orgânicos que revelam longas cadeias,


variando entre 14 e 22 carbonos.

• Alguns ácidos graxos são saturados e outros são insaturados.

• Os ácidos graxos saturados não possuem qualquer ligação dupla


entre os átomos de carbono, o que significa que não têm
disponibilidade para receber mais átomos de hidrogênio.

• Os ácidos graxos insaturados possuem uma ou mais ligações


duplas entre os átomos de carbono, o que lhes permite receber átomos
de hidrogênio na molécula.
Bioquímica da célula: LIPÍDEOS

• O álcool mais comumente encontrado na composição dos


lipídios é o glicerol, que possui apenas 3 átomos de carbono.

• O glicerol pode se combinar com 1, 2 ou 3 moléculas de


ácidos graxos iguais ou diferentes entre si, formando os
monoglicerídeos, diglicerídeos e triglicerídeos, estes
últimos muito comentados por suas implicações com as
doenças do sistema cardiocirculatório, como a aterosclerose.

• Uma molécula lipídica fornece o dobro da quantidade de


calorias em relação ao que oferece uma molécula glicídica.
Entretanto, por ser mais fácil a oxidação de uma molécula de
glicose, os lipídios só são metabolizados na falta desta.
Importância dos LIPÍDEOS
• Participam da formação da estrutura da membrana
plasmática.

• Nos animais homotermos, existe uma camada adiposa sob


a pele que tem a função de isolante térmico, evitando a
perda excessiva de calor.

• Os lipídios atuam como solventes de algumas vitaminas


(A, D, E, K) e outras substâncias ditas lipossolúveis, de
grande importância para os organismos.

• Uma característica importante dos lipídeos é que não são


soluvéis em água e sim nos líquidos orgânicos (álcool, éter
clorofórmio...).
Bioquímica da célula: LIPÍDEOS
Classificação dos Lipídios

Ø Simples:
•Glicerídeos: álcool – glicerol. Ex: gorduras e óleos
•Cerídeos: álcool superior ao glicerol. Ex: ceras animais e
vegetais
•Esterídeos ou esteróides: álcool de cadeia fechada
(colesterol). Ex: hormônios sexuais e do córtex das supra-
renais.

ØComplexos:
•Fosfolipideos: com radical fosforado. Ex: lecitina, cefalina e
esfingomielina.
Bioquímica da célula: Proteínas
• É o componente mais abudante na célula, e por isso compõem todos
as estruturas celulares.
• Fornecer energia» quando oxidadas.
• As proteínas são muito mais compostos estruturais e que têm
relevantes funções na organização, no funcionamento, no crescimento, na
conservação, na reconstrução e na reprodução dos organismos.
• São sempre compostos quaternários, pois possuem carbono,
hidrogênio, oxigênio e nitrogênio na sua composição.
• Elevado peso molecular, já que são formadas pela polimerização de
centenas de aminoácidos.
Bioquímica da célula: Proteínas
• Aminoácidos ou ácidos aminados são os monômeros
(moléculas unitárias) de todas as proteínas.

• São compostos orgânicos cujas cadeias de carbono têm


invariavelmente duas características: um radicall COOH
(carboxila ou grupamento ácido) e um radical NH 2
(grupamento amina); o restante da cadeia de carbonos é que
diferencia um aminoácido de outro.

• Os aminoácidos se combinam encadeando-se uns aos


outros por meio de ligações peptídicas que são ligações entre
o grupo COOH de um aminoácido e o radical NH2 de outro,
com a saída de uma molécula de água.
Bioquímica da célula: Proteínas
Classificação dos Aminoácidos nos Seres Humanos

Þ Essenciais:
o Fenilalanina(FEN) Naturais
o Isoleucina (ILE) o Alanina (ALA)
o Leucina (LEU) o Ácido aspártico(ASP)
o Lisina (LIS) o Ácido glutâmico (GLU)
o Metionina (MET) o Arginina (ARG)
o Treonina (TRE) o Asparagina (ASN)
o Triptofano (TRI) o Cisteína (CIS)
o Valina (VAL) o Glutamina (GLN)
o Glicina (GLI)
o Histidina (HIS)
o Prolina (PRO)
o Serina (SER)
o Tirosina (TIR)
Bioquímica da célula: Proteínas
• A seqüência de aminoácidos em cadeias peptídicas determina a formação de
dipeptídios, tripeptídios...

• A disposição intercalada, repetitiva, invertida dos 20 aminoácidos, em moléculas


que podem chegar a mais de mil monômeros» quantidade de proteínas.

• Moléculas Protéicas que se mostram como finos e longos filamentos que são
insolúveis em água:

o proteínas fibrosas como o colágeno e a fibrina

• Existem proteínas simples que são formadas apenas pelo encadeamento de


aminoácidos, e proteínas complexas, em cuja composição se encontra também
um radical não protéico. São as glicoproteínas, as lipoproteínas, as
cromoproteínas e as nucleoproteínas.

• As proteínas necessitam de temperaturas e pH específicos, qualquer grandes


mudanças poderá ocasionar inativação e desnaturação.
Bioquímica da célula: Proteínas
• Enzimas são proteínas especiais que têm ação catalisadora (biocatalizadores
orgânicos), estimulando ou desencadeando reações químicas importantíssimas
para a vida, que dificilmente se realizariam sem elas. São sempre produzidas
pelas células, mas podem evidenciar sua atividade intra ou extracelularmente.
Realizada a sua ação, a enzima permanece intacta. Ela acelera a reação, mas
não participa dela. Assim, uma mesma molécula de enzima pode atuar
inúmeras vezes.

Anticorpos:
• Quando uma proteína estranha (antígeno) penetra em um organismo animal,
ocorre a produção de uma proteína de defesa chamada anticorpo. Eles são
produzidos por células do sistema imunológico (linfócitos).
• Os anticorpos são específicos; determinado anticorpo age somente contra
aquele antígeno particular que induziu a sua formação.

•As vacinas vão induzir o organismo a produzir anticorpos contra determinado


antígeno (imunização ativa) enquanto os soros já contêm o anticorpo específico
(imunização passiva).
Bioquímica da célula: Vitaminas
• São substâncias orgânicas especiais que atuam a nível celular como
desencadeadores da atividade de enzimas (coenzimas).

• Elas são atuantes em quantidades mínimas na química da célula, com função


exclusivamente reguladora.

• São produzidas habitualmente nas estruturas das plantas e por alguns


organismos unicelulares.

• Os seres mais desenvolvidos necessitam obtê-las através da alimentação.

• Algumas vitaminas são obtidas pelos animais na forma de provitamina,


substância não ativa, precursora das vitaminas propriamente ditas. Assim
acontece com a vitamina A, que é encontrada como provitamina A ou caroteno; e
a vitamina D2 (calciferol), obtida de certos óleos vegetais na forma de ergosterol
ou provitamina D2.
Bioquímica da célula: Vitaminas
• A falta de determinada vitamina no organismo humano causa distúrbios que
caracterizam uma avitaminose ou doença carencial. A melhor forma de se evitar
as avitaminoses é consumir uma dieta rica em frutos, verduras, cereais, leite e
derivados, ovos e carnes.

• As vitaminas se classificam em hidrossolúveis e lipossolúveis, conforme


sejam solúveis em água ou lipídios (óleos e gorduras).

• São lipossolúveis as vitaminas A, D, E e K; as demais são hidrossolúveis.

• As vitaminas hidrossolúveis dissolvem-se na água durante o processo de


cozimento de verduras e legumes, por isso, recomenda-se o aproveitamento do
caldo resultante ou cozimento à vapor.
Bioquímica da célula: ÁCIDOS NUCLÉICOS
Existem dois tipos básicos de ácidos nucléicos:

O ÁCIDO DESOXIRRIBONUCLÉICO (DNA) e o ÁCIDO RIBONUCLÉICO


(RNA).

•Os ácidos nucléicos estão sempre associados a proteínas, constituindo uma


nucleoproteína.

•São encontrados em todos os seres vivos. E os vírus possuem apenas um tipo


de ácido nucléico, DNA ou RNA.

•Eles constituem a base química da hereditariedade.

• Nas células, o DNA é encontrado quase exclusivamente no núcleo, embora


exista também nos cloroplastos e nas mitocôndrias. Tem a função de sintetizar
as moléculas de RNA e de transmitir as características genéticas. O DNA se
encontra no núcleo celular, compondo o retículo nuclear e os cromossomos.
Bioquímica da célula: ÁCIDOS NUCLÉICOS
• Nas células, o DNA é encontrado quase exclusivamente no núcleo, embora
exista também nos cloroplastos e nas mitocôndrias. Tem a função de sintetizar
as moléculas de RNA e de transmitir as características genéticas. O DNA se
encontra no núcleo celular, compondo o retículo nuclear e os cromossomos. Têm
dupla hélice, composta por bases nitrogenadas.

• Eles formam os genes, pois no longo código genético de cada DNA, registrado
na seqüência de suas bases nitrogenadas, está implícita a programação de um
ou mais caráter hereditário. Se o DNA encerra no seu código a programação
para um certo caráter, é preciso que ele forme um RNA que transcreva o seu
código.
Bioquímica da célula: ÁCIDOS NUCLÉICOS
• O RNA é encontrado tanto no núcleo como no citoplasma, embora sua função
de controle da síntese de proteínas seja exercida exclusivamente no
citoplasma. São encontrados no núcleo, formando os nucléolos e no
citoplasma, formando os ribossomos. O RNA é uma molécula simples.

• Os RNA são formados modelando-se em moléculas de DNA (transcrição). O


RNA, formado no molde do DNA, passa ao citoplasma, levando consigo a
mensagem do DNA. No citoplasma ele vai cumprir o seu papel, determinando a
síntese de uma proteína (tradução). Essa proteína terá um papel na
manifestação do caráter hereditário condicionado pela presença daquele DNA
nas células do indivíduo.
Bioquímica da célula: ÁCIDOS NUCLÉICOS
Bioquímica da célula: ÁCIDOS NUCLÉICOS
• Todos os ácidos nucléicos são constituídos de filamentos longos nos quais se
sucedem, por polimerização, unidades chamadas nucleotídeos.

Ø O radical fosfato (HPO 4 ) é


proveniente do ácido fosfórico.
Ø A ose (uma pentose, monossacarídeo
com 5 átomos de carbono) é a ribose
no RNA, e a desoxirribose no DNA.
Ø As bases são de dois tipos: bases
púricas (A G) e bases pirimídicas (C T
U).
ØVerificou-se que no DNA a quantidade
de adenina é sempre igual à de timina,
e a quantidade de guanina é sempre
igual à de citosina. Essas ligações são
feitas por meio de pontes de
hidrogênio,duas pontes nas ligações A-
T e três pontes nas ligações C-G.
Bioquímica da célula: ÁCIDOS NUCLÉICOS
• As moléculas de DNA são capazes de se autoduplicar (replicação), originando
duas novas moléculas com a mesma seqüência de bases nitrogenadas, onde
cada uma delas conserva a metade da cadeia da molécula original.

• Pela ação da enzima DNA-polimerase, as pontes de hidrogênio são rompidas e


as cadeias de DNA separam-se. Posteriormente, por meio da ação de outra
enzima, a DNA-ligase, novas moléculas de nucleotídeos vão-se ligando às
moléculas complementares já existentes na cadeia original, seguindo as ligações
A-T e C-G.
•Dessa forma surgem duas moléculas
de DNA, cada uma das duas novas
moléculas formadas contém metade
do material original. Por esse motivo, o
processo recebe o nome de síntese
semiconservativa.
•A autoduplicação do DNA ocorre
sempre que uma célula vai iniciar os
processos de divisão celular (mitose
ou meiose).
Bioquímica da célula: Noções de pH
Na água líquida, há uma tendência natural de algumas moléculas passarem à
forma ionizada.

H2O --> H+ + OH-


Na água pura, o número de íons H+ que se formam é exatamente igual ao
número de íons OH-.

Ø Quando ÁCIDO CLORÍDRICO (HCl) é dissolvido na água é quase


completamente dissociado em íons H+ e Cl-. A solução passa a conter maior
número de íons H+ do que íons OH-. Dizemos nesse caso que a solução está
ácida.

Ø Quando o HIDRÓXIDO DE SÓDIO (NaOH) é dissolvido na água forma íons


Na+ e OH-. Então essa solução passa a conter maior número de íons OH- do
que íons H+. Dizemos que a solução está básica ou alcalina.

Ø Para expressar o grau de acidez ou de alcalinidade de uma solução, utiliza-se


o que se denomina pH (potencial de íons hidrogênio ou hidrogeniônico).
Bioquímica da célula: Noções de pH
A escala de pH varia de 1 a 14.

Ø Quando as concentrações dos íons H+ e OH- são iguais, a solução está


neutra e seu pH vale 7.

Ø Quando a concentração de íons H+ é maior do que a de íons OH-, a solução


está ácida e o seu pH é menor do que 7.

Ø Quando a concentração de íons H+ é menor do que a de íons OH-, a solução


está alcalina ou básica e o pH é maior do que 7.

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