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TERAPIA NUTRICIONAL

Conjunto de procedimentos terapêuticos para a manutenção


ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio
da Nutrição Parenteral ou Enteral.
Introdução a Terapia Nutricional (Portaria 337,de 14 de abril de 1999 )
Enteral e Parenteral
O objetivo da terapia nutricional é manter ou melhorar o
estado nutricional.
( Matarese, L.E.Contemporary Nutrition Support Practice,1998 )

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Resolução no 63, da ANVISA do


Ministério da Saúde (06.07.00)
Portaria 135/2005
• Art. 5º - Definir, para os efeitos a que se propõe esta
“Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de Portaria, que se entende por nutrição enteral aquela
nutrientes, na forma isolada ou combinada, de fórmula nutricional completa, administrada através de
composição definida ou estimada, especialmente sonda nasoentérica, sonda nasogástrica, jejunostomia ou
formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral,
gastrostomia.
industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente
para substituir ou complementar a alimentação oral em
pacientes desnutridos ou não, conforme suas § 1º - A fórmula nutricional completa referida neste
necessidades nutricionais, em regime hospitalar, Artigo exclui qualquer tipo de dieta artesanal.
ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou
manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas”.

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OPÇÕES DA TERAPIA PERCENTUAL DE PACIENTES


NUTRICIONAL REFERENTE À TERAPIA NUTRICIONAL
6,4% 4% 1,2%
• Via Oral
Sem Terapia
– Preferencial , mais fisiológica
Nutrição Enteral
• Via Enteral
Suplementação Oral
– Via oral insuficiente ou contra indicada, uso do TGI Nutrição Parenteral
possível 88,4
%
• Via Parenteral
– Impossibilidade de uso do TGI
FONTE: Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral

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VANTAGENS DA NUTRIÇÃO
CUSTO
ENTERAL
• Menor custo
R$ 1,00 gasto com nutrição hospitalar

ECONOMIA

R$ 4,00 no tempo de internação e medicação extra

FONTE: Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral

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Desnutrição Hospitalar VANTAGENS DA NUTRIÇÃO


X ENTERAL
Período de Internação
• Menor custo
A desnutrição progride à medida que aumenta o
período de internação • Mais fisiológica
– 48 horas ............. 31,8% • Reforça barreira da mucosa
• Mantém a integridade e função do trato
– 3-7 dias............... 44,5%
gastrointestinal
– 15 dias ............... 51,2% • Níveis de IgA, prevenindo a translocação bacteriana.
– > 15 dias ............ 61,0% • Presença de nutrientes complexos
FONTE: Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral

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CONTRA INDICAÇÕES DA
Classificação das Fórmulas
TNE
•Obstrução intestinal • Poliméricas macronutrientes intactos (TGI íntegro)
fórmulas parcialmente hidrolisadas
•Vômitos e diarreia intratáveis (>1500mL/dia) • Oligoméricas (Absorção do TGI reduzida)

•Fístula de alto débito (>500mL/dia) • Especializadas


• Suplementos especializados, hiperprotéicos, hipercalóricos
•Íleo paralítico
• Módulos
•Ressecção intestinal de grande porte
•Impossibilidade de obter e manter o acesso enteral

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CATEGORIZAÇÃO DA FÓRMULA CATEGORIZAÇÃO DA FÓRMULA
SEGUNDO OSMOLALIDADE SEGUNDO OSMOLALIDADE
Lembrando: Categorização Valores de Osmolalidade
OSMOLARIDADE: Nº de partículas osmoticamente ativas de Hipotônica 280 – 300
soluto por litro de solução
Isotônica 300 – 350
mOsmol/L
Levemente Hipertônica 350 – 550
OSMOLALIDADE: Nº de partículas osmoticamente ativas de
soluto por quilo de solução Hipertônica 550 – 750
mOsmol/kg
Acentuadamente Hipertônica > 750

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RDC 21 de 13 de maio de
Nova RDC Nutrição Enteral 2015

ANEXO IV
Alegações autorizadas para
fórmulas para nutrição enteral.

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RDC 21 de 13 de maio de RDC 21 de 13 de maio de


2015 2015

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RDC 21 de 13 de maio de Tipos de Sonda
2015

• Sondas tradicionais de P.V.C. : tamanho grande (16


a 18)

– Compromete o esfíncter esofagiano


– Pode causar necrose, esofagite, úlcera de
esôfago
– Exigir troca semanal

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Tipos de Sonda Tipos de Sonda

• Sondas tradicionais de P.V.C. : • Sondas em poliuretano e silicone:

– Diâmetro pequeno(5, 6, 8, 10, 12)

– Muito flexíveis e confortáveis

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Tipos de Sonda Tipos de Sonda

• Sondas em poliuretano e silicone:


• Sonda Gastrostomia:

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Tipos de Sonda Vias de Acesso

• Orogástrica
• Sonda Gastrostomia:
• Nasogástrica
• Nasoduodenal
• Nasojejunal
• Gastrostomia
• Jejunostomia

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Vias de Acesso Seleção da Via de Acesso


NE < 6 semanas
• Orogástrica

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VANTAGENS DA NUTRIÇÃO
NUTRIÇÃO PÓS-PILÓRICA
INTRAGÁSTRICA
• Maior tolerância a volume • Menor risco de aspiração
• Polimérica ou oligomérica • Maior dificuldade de saída acidental da sonda
• Tolera osmolaridade mais elevada • Permite nutrição enteral quando a alimentação gástrica
• Permite a progressão mais rápida para atingir o VCT ideal é inconveniente ou inoportuna
• Fácil posicionamento da sonda • Intolerância a grandes volumes
• Preferência por dietas isotônicas e de fácil digestão

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TÉCNICA DE TÉCNICA DE
ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO
Bolus
Gravitacional Intermitente • Menor risco de distensão
• Oferece um volume prescrito abdominal ou diarreia
através de seringa, por 30 minutos
• Dispensa bomba • Dispensa bomba
• Facilita a deambulação
• Alimentação em períodos
específicos

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TÉCNICA DE CUIDADOS NA
ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO
Bomba de infusão
• A mais recomendável para • Início gradual (24 a 72H)
uso hospitalar • Atenção com dietas hiperosmolares
• Menor risco de distensão ou • Velocidade de gotejamento
diarreia • Gravitacional: 60-120 gotas/minuto
• Ideal para sonda pós-pilórica • Localização da sonda
• Bomba de infusão: 25-30mL/h, podendo-se aumentar a
velocidade de 25mL/h cada 8 a 12h até a velocidade
máxima de 100 a 150 mL/h

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DIRETRIZES TNPE

PACIENTE CRÍTICO
NUTRIÇÃO PARENTERAL

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Nutrição Parenteral INDICAÇÕES NPT
 Definição (Portaria 272, 1998) TGI ñ
funcionante
 Solução ou emulsão, composta basicamente de Pancreatite
DII grave
carboidratos, aminoácidos, lipídeos, vitaminas e minerais, grave
estéril e apirogênica, adicionada em recipiente de vidro ou
plástico, destinada à administração intravenosa em
pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar,
NPT
ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou Diarreia e
manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. vômitos Prematuros
severos
crônicos
SIC

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PRINCIPAIS ACESSOS NPT ACESSO PERIFÉRICO NPT


Atenção com as
 PERIFÉRICA
Flebites
 Osmolaridade <900mOsm/L
 Velocidade de infusão menor
 Mão ou antebraço
 Menor concentração de nutrientes
 Curtos períodos de terapia  < 14 dias

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FLEBITE PRINCIPAIS ACESSOS NPT


 CENTRAL
 Veias de grosso calibre

 Osmolaridade >900mOsm/L

 Subclávia, femural, cefálica, jugular interna e externa

 Maior concentração de nutrientes

 Longos períodos de NPT  > 14 dias

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ACESSO CENTRAL NPT SUBSTRATOS NPT

 Glicose

 Indicação e capacidade oxidativa máxima:

5mg/kg/min
Velocidade infusão
3mg/kg/min  Paciente crítico

Glicose utilizada na parenteral: 3,4Kcal/g

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SUBSTRATOS NPT SUBSTRATOS NPT

 Aminoácidos  Lipídeos

 Indicação e capacidade oxidativa máxima:  São isotônicas  Não causam flebite


 15 a 20% do VCT  Máximo de 30% do VCT
 4Kcal/g
 ~9Kcal/g
Obs.: Nenhum composto de aminoácidos para NPT possui na
sua composição glutamina, cistina e taurina  São instáveis
em solução

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TIPOS DE NPT TIPOS DE NPT


• Sistema Glicídico
 Sistema Glicídico
 Glicose + AAs  2 em 1

 Geralmente é indicado quando o paciente possui TGL


elevados

 Contraindicado na hiperglicemia

 Deficiência de Ácidos graxos essenciais

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TIPOS DE NPT TIPOS DE NPT
 Sistema Lipídico
 Sistema Lipídico
 Glicose + Aas + lipídios  3 em 1
Complicações
 Mais balanceada que o Sistema Glicídico  Todos os
 Tromboflebite venosa periféria  Osmolaridade elevada causa
nutrientes
dano a parede
 Maior tolerância para pacientes com DM
 Lipídios tem elevada concentração calórica  Elevada concentração de TCL na esplenomegalia  sobrecarga
 Impede a deficiência de AGE hepática
 Diminui a osmolaridade da solução  Hipertligliceridemias

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EXEMPLO DE NPT 3X1 - MANIPULADA EXEMPLO DE NPT 3X1 - MANIPULADA

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EXEMPLO DE NPT 3X1 - Tri compartimentada EXEMPLO DE NPT 3X1

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ADMINISTRAÇÃO NPT COMPLICAÇÕES NPT
 Metabólicas 
 Iniciar lentamente  24 a 72h  Hiper ou hipoglicemia
 Disfunção eletrolítica
 Infusão contínua em Bomba de infusão  24h  Dislipidemia...

 Não Metabólicas
 NPT Cíclica – 12 a 18h  Noite  Técnicas e procedimentos mecânicos do posicionamento
do cateter
 Hematomas, migração do cateter, sepse, trombose
venosa...

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COMPLICAÇÕES NPT

 Atrofia da mucosa intestinal


 Intolerância a glicose
 Hiperglicemia
Como decidir o tipo de terapia nutricional
considerando a TNE e a NP?
 Síndrome da realimentação  Jejum prolongado (7 – 10 dias).

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Determinação nutricional
O TGI funciona?
Sim Não
Curta duração:
N. Enteral
Longa duração: N. Parenteral
NASOGÁSTRICA
GASTROTOMIA
Longa duração NASODUODENAL
Curta duração Curta duração Longa duração ou
JEJUNOSTOMIA
Funções do TGI NASOJEJUNAL
restrição de fluidos
Terapia Nutricional Enteral e
Normais Comprometida
NPT. Conseqüência:
Periférica
NPT. Central
Parenteral
sConseqüência: Progresso para dieta
Conseqüência: Fórmulas
Nutrientes Retorno das
Suplementação mais padrão
com NPT funções do TGI e para
padrões especiais
Progresso para e progresso para alimentação via oral
Sim(caso seja tolerado)
Não
alimentação VIA ORAL ENTERAL TOTAL
Tolerância nutricional Tolerância nutricional Tolerância nutricional
adequada inadequada adequada

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