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165 minutos

 Aula 1 - Introdução à Terapia Nutricional


Enteral e Parenteral

 Aula 2 - Diretrizes e guidelines

 Aula 3 - Parâmetros de avaliação


nutricional em Terapia Nutricional

 Aula 4 - Requerimentos nutricionais

 Aula 5 - Revisão da unidade

 Referências

Na primeira parte desta unidade, abordaremos a importância da Terapia Nutricional Enteral e


Parenteral para a manutenção e recuperação do estado nutricional dos indivíduos, assim
como apresentaremos os principais conceitos e de�nições associados ao tema.

29 minutos

Olá, estudante!

Na primeira parte desta unidade, abordaremos a importância da Terapia Nutricional Enteral e Parenteral

para a manutenção e recuperação do estado nutricional dos indivíduos, assim como apresentaremos os

principais conceitos e de�nições associados ao tema.

Ao �nal desta aula, você conhecerá a constituição da Equipe Multipro�ssional de Terapia Nutricional (EMTN)

e será capaz de compreender as suas atribuições, destacando-se, especi�camente, as funções do

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nutricionista nesta equipe e a sua relevância no cuidado destinado aos pacientes em Terapia Nutricional
Enteral e Parenteral.

Este é o passo inicial para a compreensão dos conceitos gerais em Terapia Nutricional, sendo um dos pilares
fundamentais para que você consiga atuar nas mais distintas situações e contextos clínicos, visando à

recuperação da saúde e do bem-estar dos pacientes.

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A Terapia Nutricional (TN) é o fornecimento de nutrientes enterais ou parenterais em fórmulas, com o

objetivo de manter ou restaurar o estado nutricional. Dessa forma, quando os pacientes não conseguem ou

não comem o su�ciente por via oral para sustentar suas necessidades nutricionais por mais de alguns dias,

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a TN deve ser considerada parte do plano de cuidados integrados (Mahan; Raymond, 2018).

A Terapia Nutricional Enteral (TNE) é compreendida como um conjunto de procedimentos terapêuticos

empregados para manutenção ou recuperação do estado nutricional por meio de Nutrição Enteral (NE)

(Waitzberg, 2017). De acordo com a Resolução RCD nº 63, de 6 de julho de 2000, da Agência Nacional de

Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde, a NE é de�nida como:

Alimento para �ns especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma

isolada ou combinada, de composição de�nida ou estimada, especialmente

formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializada ou não,

utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou completar a alimentação oral

de pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em

regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou à manutenção

dos tecidos, órgãos ou sistemas.


— (Brasil, 2000, [s. p.])

A TNE envolve a administração de fórmulas enterais também por via oral. Isso corre a partir da indicação do

uso de Suplemento Nutricional Oral (SNO) (Oliveira et al., 2020; Mahan; Raymond, 2018). Conforme a

Portaria nº 29, de 13 de janeiro de 1998, da Anvisa, os SNOs são de�nidos como “alimentos especialmente

formulados ou processados, nos quais se introduzem modi�cações no conteúdo de nutrientes, adequados à

utilização em dietas, diferenciadas e/ou opcionais, atendendo às necessidades de pessoas em condições

metabólicas e �siológicas especiais” (Brasil, 1998, [s. p.]).

Já a Terapia Nutricional Parenteral (TNP) é compreendida como um conjunto de procedimentos terapêuticos

empregados para manutenção ou recuperação do estado nutricional por meio de Nutrição Parenteral (NP)

(Cuppari, 2018; Mahan; Raymond, 2018).

De acordo com a Portaria nº 272, de 8 de abril de 1998, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da

Saúde, a NP é de�nida como:

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Solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios,


vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou

plástico, destinada a administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não,


em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção

dos tecidos, órgãos ou sistemas.


— (Brasil, 1998, [s. p.])

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Figura 1 | Vias de administração de Terapia Nutricional

Fonte: Waitzberg (2017, p. 554).

Para a execução, a supervisão e a avaliação permanentes, em todas as etapas da TNE e TNP, é condição

formal e obrigatória a instituição de uma equipe multipro�ssional. Por se tratar de procedimento realizado

em paciente sob cuidados especiais e para garantir a vigilância constante do seu estado nutricional, a Equipe

Multipro�ssional de Terapia Nutricional (EMTN) para TNE e TNP deve ser constituída de, pelo menos, um

pro�ssional de cada categoria, com treinamento especí�co para esta atividade, a saber: médico,

nutricionista, enfermeiro, farmacêutico, podendo, ainda, incluir pro�ssionais de outras categorias a critério

das unidades de saúde. Soma-se a essa equipe um coordenador técnico-administrativo e um coordenador

clínico (responsável técnico) (Brasil, 2000; Brasil, 1998).

O nutricionista, apoiado pela EMTN, é o pro�ssional responsável por detectar e detalhar a mudança de

comportamento alimentar no indivíduo e adaptar a dieta do paciente à sua nova condição de tolerância e

aceitabilidade dos alimentos (Mahan; Raymond, 2018).

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Por de�nição, “enteral” signi�ca usar o trato gastrointestinal (TGI). Dessa forma, a NE se refere à nutrição

fornecida através do TGI funcionante ou parcialmente funcionante por meio de um cateter, sonda ou

estoma que entrega os nutrientes em um ponto distal à cavidade oral com a ponta no estômago ou no

intestino delgado (Mahan; Raymond, 2018). A localização de administração dos nutrientes e o tipo de acesso

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enteral dependem (1) da duração prevista para a alimentação enteral, (2) do grau de risco de aspiração ou

deslocamento do tubo, (3) do estado clínico do paciente, (4) da adequação da digestão e absorção e (5) da

anatomia do paciente (por exemplo, após ressecção cirúrgica prévia ou em obesidade extrema) (Cuppari,

2018).

Figura 2 | Vias de acesso da Terapia Nutricional Enteral

Fonte: Cuppari (2018, p. 550).

Já NP é o fornecimento de nutrientes intravenosos, ou seja, diretamente na corrente sanguínea por meio de

um acesso venoso periférico ou central. A TNP é indicada quando o paciente ou indivíduo é incapaz ou não

pode ingerir os nutrientes adequados por via oral ou enteral. Após ser considerado que o paciente necessita

de TNP, o clínico deve escolher entre o acesso central e o

periférico. O acesso central se refere à colocação da ponta do cateter em uma veia grande e de alto �uxo

sanguíneo, como a veia cava superior; essa é a nutrição parenteral central (NPC) ou total (NPT). A nutrição

parenteral periférica (NPP) se refere à colocação da ponta do cateter em uma veia pequena, tipicamente na

mão ou no antebraço (Cuppari, 2018; Mahan; Raymond, 2018).

Figura 3 | Vias de acesso da Terapia Nutricional Parenteral

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Fonte: Mahan e Raymond (2018, p. 827).

Para garantia do sucesso da Terapia Nutricional, ressaltam-se as atribuições da EMTN, incluindo não só o

nutricionista mas também todos os membros da equipe.

Quadro 1 | Atribuições da EMTN

Estabelecer as diretrizes técnico-administrativas que devem nortear as atividades da equipe e suas

relações com a instituição.

Criar mecanismos para que se desenvolvam as etapas de triagem e vigilância nutricional, em regime

hospitalar e domiciliar, sistematizando uma metodologia capaz de identi�car pacientes que necessitem de
TN a serem encaminhados aos cuidados da EMTN.

Atender às solicitações de avaliação do estado nutricional do paciente, indicando, acompanhando e

modi�cando a TN, quando necessário, e em comum acordo com o médico responsável pelo paciente, até

que sejam atingidos os critérios de reabilitação nutricional preestabelecidos.

Assegurar condições adequadas de indicação, prescrição, preparação, conservação, transporte e

administração, controle clínico e laboratorial e avaliação �nal da TN.

Capacitar os pro�ssionais envolvidos, direta ou indiretamente, com a TN, por meio de programas de

educação continuada, devidamente registrados.

Estabelecer protocolos de avaliação nutricional, indicação, prescrição e acompanhamento da TN.

Documentar todos os resultados do controle e da avaliação da TN.

Estabelecer revisões internas periódicas a serem realizadas por membros de�nidos pela equipe para

veri�car o cumprimento e o registro dos controles e avaliação da TN.

Analisar o custo e o benefício no processo de decisão que envolve a indicação, a manutenção ou a

suspensão da TNP e TNE.

Desenvolver, rever e atualizar regularmente as diretrizes e os procedimentos relativos aos pacientes e aos

aspectos operacionais da TN.

Fonte: adaptado de Brasil (2000).

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A NE deve ser considerada quando um indivíduo tem um TGI funcional e é incapaz ou não está disposto a

consumir nutrientes su�cientes para satisfazer ²/3 ou ¾ de suas necessidades estimadas (Mahan; Raymond,

2018).

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A NP pode ser utilizada como adjuvante à nutrição oral ou NE para satisfazer as necessidades nutricionais,

em pacientes que estão ou �carão desnutridos e que não têm função gastrointestinal su�ciente para

conseguir restaurar ou manter o estado nutricional ideal. A NP pode ser a única fonte de nutrição para

pacientes que perderam a capacidade de absorção de nutrientes pelo intestino (Waitzberg, 2017).

Cabe à EMTN envolver e comprometer plenamente o enfermo e os responsáveis no seu tratamento,

fazendo-os entender a importância da TN no contexto da assistência global. A colaboração de todos é a

chave para o sucesso do tratamento nutricional (Cuppari, 2018; Mahan; Raymond, 2018). Destacam-se as

atribuições especí�cas do nutricionista nesta equipe.

Quadro 2 | Atribuições do nutricionista na EMTN

Realizar a avaliação do estado nutricional do paciente, utilizando indicadores nutricionais subjetivos e

objetivos, com base em protocolo pré-estabelecido, de forma a identi�car o risco ou a de�ciência

nutricional e a evolução de cada paciente, até a alta nutricional estabelecida pela EMTN.

Realizar a prescrição dietética com base nas diretrizes estabelecidas na prescrição médica.

Formular a NE estabelecendo a sua composição qualitativa e quantitativa, seu fracionamento segundo

horários e formas de apresentação.

Acompanhar a evolução nutricional do paciente em TN, independente da via de administração, até alta

nutricional estabelecida pela EMTN.

Adequar a prescrição dietética, em consenso com o médico, com base na evolução nutricional e tolerância

digestiva apresentadas pelo paciente.

Orientar o paciente, a família ou o responsável legal quanto à preparação e à utilização da NE prescrita

para o período após a alta hospitalar.

Garantir o registro, claro e preciso, de informações relacionadas à evolução nutricional do paciente.

Utilizar técnicas pré-estabelecidas de preparação da NE que assegurem a manutenção das características

organolépticas e a garantia microbiológica e bromatológica dentro de padrões recomendados na Diretriz

de Boas Práticas de Preparo da Nutrição enteral (BPPNE).

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Selecionar, adquirir, armazenar e distribuir, criteriosamente, os insumos necessários ao preparo da NE,

bem como a NE industrializada.

Quali�car fornecedores e assegurar que a entrega dos insumos e NE industrializada seja acompanhada do

certi�cado de análise emitido pelo fabricante.

Participar de estudos para o desenvolvimento de novas formulações de NE.

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Organizar e operacionalizar as áreas e atividades de preparação.

Atender aos requisitos técnicos na manipulação da NE.

Participar, promover e registrar as atividades de treinamento operacional e de educação continuada,

garantindo a atualização de seus colaboradores, bem como para todos os pro�ssionais envolvidos na

preparação da NE.

Fazer o registro, que pode ser informatizado, que conste no mínimo: data e hora da manipulação da NE,

nome completo e registro do paciente, número sequencial da manipulação, número de doses manipuladas

por prescrição, identi�cação do médico e do manipulador, prazo de validade da NE.

Desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes e os procedimentos relativos aos aspectos operacionais

da preparação da NE.

Supervisionar e promover autoinspeção nas rotinas operacionais da preparação da NE.

Fonte: adaptado de Brasil (2000).

Olá, estudante! Neste vídeo, você revisará todo o conteúdo desta unidade, esclarecendo todas as dúvidas

sobre os principais conceitos em Terapia Nutricional Enteral e Parenteral, con�rmando todo o aprendizado

sobre as condições clínicas em que a Terapia Nutricional deve ser empregada. Além disso, relembrará a

importância da formação da Equipe Multipro�ssional de Terapia Nutricional (EMTN) e suas atribuições,

destacando-se as atribuições do nutricionista.

Sugestões de leitura:

1. Resolução RCD nº 63, de 6 de julho de 2000 (conceitos gerais e atribuições de cada membro da EMTN

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em TNE).

2. Portaria nº 272, de 8 de abril de 1998 (conceitos gerais e atribuições de cada membro da EMTN em
TNP).

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Nesta segunda aula da unidade, discutiremos as principais resoluções e portarias que
regulamentam a Terapia Nutricional Enteral e Parenteral nos serviços de saúde e que
apresentam os principais conceitos, de�nições e especi�cações em Terapia Nutricional.

27 minutos

Nesta segunda aula da unidade, discutiremos as principais resoluções e portarias que regulamentam a
Terapia Nutricional Enteral e Parenteral nos serviços de saúde e que apresentam os principais conceitos,

de�nições e especi�cações em Terapia Nutricional.

Além disso, apresentaremos as principais diretrizes que trazem as recomendações que envolvem a conduta

necessária para a prática da Terapia Nutricional Enteral e Parenteral, como as diretrizes da Sociedade

Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (BRASPEN), da Sociedade Americana de Nutrição Parenteral e

Enteral (ASPEN), da Sociedade Europeia de Nutrição Parenteral e Enteral (ESPEN), da Associação Americana

de Diabetes (ADA) e as Diretrizes Canadenses.

Dessa forma, com base nesta aula, você estará apto não só para compreender a legislação que rege e

institui os requisitos para a terapia nutricional mas também as diretrizes para prescrição e seu

acompanhamento.

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Para garantir a regulamentação da Terapia Nutricional (TN) nos serviços de saúde, assim como apresentar
os principais conceitos, de�nições e especi�cações em Terapia Nutricional Enteral e Parenteral, existem

algumas portarias e resoluções da Agência Nacional de Vigilância Nacional (Anvisa) do Ministério da Saúde

(MS). As portarias do MS estabelecem regras e instruções ou tratam da organização e do funcionamento de

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serviços de saúde. Já as resoluções servem para estabelecer processos regulatórios, práticas e padrões de
qualidade para produtos e serviços sob regulamentação da Anvisa (Brasil, 2000; Brasil, 1998).

Cronologia das principais resoluções e portarias em Terapia Nutricional

Por outro lado, as Diretrizes para a Prática Clínica, de acordo com Field e Lohr (1992), são declarações

desenvolvidas sistematicamente para auxiliar os pro�ssionais da saúde nas tomadas de decisões no

tratamento clínico de pacientes em situações clínicas especí�cas. Este importante conceito foi

subsequentemente estendido para a área da Nutrição Clínica por Ballesteros y Vidal para a Nutrição

Baseada em Evidências, de�nida como “conjunto de recomendações desenvolvidas de maneira sistemática

para ajudar os pro�ssionais de saúde na tomada de decisões sobre qual a melhor intervenção nutricional

para resolver um problema clínico especí�co”. Dessa forma, as diretrizes são importantes para nortear as

condutas mais atuais que envolvem a Terapia Nutricional Oral, Enteral e Parenteral, possibilitando uma

uniformização das práticas em TN.

A ASPEN e ADA são importantes associações americanas que desenvolvem diretrizes clínicas, ou seja,

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recomendações sistematicamente desenvolvidas, baseadas em evidências/informadas em evidências, que


auxiliam e orientam pro�ssionais e pacientes nas decisões sobre cuidados nutricionais apropriados para

circunstâncias clínicas especí�cas, incluindo, entre outros, o papel de modalidades especí�cas de


diagnóstico e tratamento no manejo nutricional de pacientes.

Já os objetivos das diretrizes da ESPEN são estimular a rápida difusão do conhecimento e sua aplicação na

área de Nutrição Parenteral e Enteral ou, de forma mais ampla, Nutrição Clínica e Metabolismo. As Diretrizes

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Canadenses são baseadas nas melhores evidências cientí�cas disponíveis sobre TN nas mais diversas

condições clínicas.

Contudo, os guidelines da ADA, ASPEN e Canadenses foram baseados nos princípios e cuidados norte-

americanos, enquanto os da ESPEN foram baseados nos princípios e cuidados europeus, o que, algumas

vezes, não re�ete a realidade nacional. Nesse sentido, a BRASPEN/SBNPE, desde 2009, iniciou o projeto

Diretrizes em Terapia Nutricional (DITEN). Todo o projeto foi desenvolvido junto à Associação Médica

Brasileira (AMB), após treinamento especí�co, e o envolvimento de um grande número de renomados

especialistas na Nutrição Clínica de todo o Brasil, sendo publicado um volume da série “Projeto Diretrizes” da

AMB, dedicado exclusivamente à Nutrição Clínica. Entretanto, como a ciência evolui rapidamente e,

frequentemente, conceitos válidos há poucos anos mudam e precisam ser revistos, fez-se necessário que as

diretrizes fossem revistas. A atual equipe da BRASPEN tem investido nessas atualizações (BRASPEN, 2018).

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A RDC nº 63, de 2000 e, mais recentemente, a RDC nº 503, de 2021, são as principais resoluções da Anvisa

para sanar dúvidas em Terapia Nutricional Enteral (TNE). Essas RDCs esclarecem as condições gerais que as

unidades hospitalares (UH) e as empresas produtoras de bens e serviços em terapia nutricional (EPBS)

devem cumprir para proporcionar uma TNE de qualidade (Brasil, 2021; Brasil, 2000). Em relação à Terapia

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Nutricional Parenteral (TNP), existe a Portaria nº 272, de 1998, do MS, que apresenta as principais

especi�cações e procedimentos sobre o assunto.

Quadro 1 | Objetivos das principais resoluções e portarias em Terapia Nutricional

Aprovar o regulamento técnico referente a

Aprovar o regulamento técnico para �xar os requisitos mínimos exigidos

para a .

Aprovar o regulamento técnico para �xar os requisitos mínimos exigidos

para .

Aprovar o regulamento técnico para �xar os requisitos mínimos exigidos

para a .

Aprovar o regulamento técnico para �xar os requisitos mínimos exigidos

para a .

Fonte: elaborado pela autora.

Quanto às diretrizes em TN, em 2018, foram publicadas as atualizações de duas importantes diretrizes

brasileiras: Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente Grave e Diretriz Brasileira de Terapia

Nutricional Domiciliar. Em 2019, foram lançadas as Diretrizes BRASPEN de Terapia Nutricional no Paciente

com Câncer no Envelhecimento e BRASPEN recomenda: Indicadores de Qualidade em Terapia Nutricional.

Nos últimos três anos, foram publicadas as Diretrizes BRASPEN de Terapia Nutricional no Diabetes Mellitus

(2020), de Enfermagem em Terapia Nutricional Oral, Enteral e Parenteral (2021), de Terapia Nutricional no

Paciente com Doença Renal (2021) e, por �m, de Terapia Nutricional nas Doenças Neurodegenerativas

(2022).

A ASPEN e a ESPEN publicaram, no início dos anos 2000, as suas primeiras diretrizes de cuidados

nutricionais na prática clínica. Foi um importante avanço para a padronização da TN em todo o mundo, e

continuam servindo de guia para toda a comunidade nutricional internacional (BRASPEN, 2018).

Quadro 2 | Algumas diretrizes atuais (2020-2022) em TN da ASPEN e ESPEN

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ESPEN practical guideline: Home enteral nutrition

ESPEN guideline on hospital nutrition

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ESPEN guideline: Clinical nutrition in surgery

ESPEN practical guideline: Clinical nutrition in chronic


intestinal failure

ESPEN practical guideline: Clinical Nutrition in cancer

ESPEN guideline on clinical nutrition in hospitalized


patients with acute or chronic kidney disease

ESPEN guideline on home parenteral nutrition

Fonte: elaborado pela autora.

Há, ainda, alguns importantes guidelines, como o canadense para pacientes críticos, Canadian clinical

practice guidelines for nutrition support in mechanically ventilated, critically ill adult patients (2003), cuja
última atualização foi em 2015. A ADA também apresenta guidelines de destaque, como o de manejo

nutricional da diabetes, atualizado em 2022.

De acordo com a RDC nº 63 e a Portaria nº 272, para que a TNE e a TNP, respectivamente, sejam realizadas

em UH e EPBS, devem cumprir algumas especi�cações:

1. Possuir licença de funcionamento concedida pelo órgão sanitário competente (devem solicitar o seu

cadastramento à autoridade sanitária local).

2. A complexidade da TN exige o comprometimento e a capacitação de uma equipe multipro�ssional para

garantir a sua e�cácia e segurança para os pacientes.

A TNE deve abranger obrigatoriamente algumas etapas para garantia de sua qualidade.

Etapas da TNE em unidades de saúde

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As UH e as EPBS que queiram se habilitar à prática da TNP devem contar com farmácia com essa mesma

licença, sujeitas às inspeções sanitárias periódicas. As UH que não possuem as condições previstas podem

contratar os serviços de terceiros, devidamente licenciados, para a operacionalização total ou parcial da

TNP, devendo, nestes casos, formalizar um contrato por escrito. Todas as etapas descritas a seguir devem

atender a procedimentos escritos especí�cos e serem devidamente registradas, evidenciando as ocorrências

na execução dos procedimentos (Brasil, 1998).

Etapas da TNP em unidades de saúde

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Quanto às diretrizes em TN, cabe destacar algumas especí�cas e focadas nos procedimentos e no controle
de qualidade para a Terapia Nutricional Enteral e Parenteral. A BRASPEN recomenda: Indicadores de

Qualidade em Terapia Nutricional (2019), e ressalta que, nas últimas décadas, a TN tem demonstrado sua

importância, principalmente por contribuir de maneira positiva nos desfechos clínicos de pacientes

desnutridos ou em risco de desnutrição. Esse desenvolvimento acompanhou a modernização e

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incorporação de conceitos de qualidade em saúde. Como a TN deve ser parte integral do tratamento de

pacientes graves, desnutridos ou em risco de desnutrição, ela precisa ser bem instituída, para que apresente

os benefícios desejados. No entanto, muitas vezes, os pacientes têm um plano adequado de intervenção

nutricional, porém ele não é devidamente implementado. Nesse sentido, existe a necessidade de haver

equipes multipro�ssionais dedicadas e que exerçam sua atividade pro�ssional dentro dos mais elevados

padrões de qualidade na assistência nutricional.

Já a Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional Domiciliar (2018) e as diretrizes da ESPEN sobre Nutrição

Enteral Domiciliar (2022) e Nutrição Parenteral Domiciliar (2020) enfatizam que a Terapia Nutricional

Domiciliar (TND) faz parte dos cuidados de assistência à saúde no domicílio e compreende a Terapia

Nutricional Enteral Domiciliar (TNED), Terapia Nutricional Parenteral Domiciliar (TNPD) e Suplemento Oral

Domiciliar (SOD). Portanto, sua prática é relevante não apenas no auxílio ao paciente mas também à

sociedade, uma vez que uma boa prática da TND tem capacidade de reduzir os custos com a saúde, otimizar

os leitos hospitalares e promover atendimento mais humanizado. Esta prática deve ser realizada por uma

equipe multipro�ssional de saúde, sempre que possível, com especialização em TN e assistência domiciliar.

Olá, estudante! Neste vídeo, você revisará o conteúdo desta aula e relembrará as resoluções e portarias que

regulamentam a terapia nutricional enteral e parenteral nos serviços de saúde, destacando-se a Portaria nº

272 e a RDC nº 63. Além disso, con�rmará todo o aprendizado sobre as principais diretrizes da BRASPEN,

ASPEN, ESPEN, ADA e Canadenses, que são importantes para nortear as condutas mais atuais que envolvem

a Terapia Nutricional Oral, Enteral e Parenteral, possibilitando uma uniformização das práticas em TN.

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Sugestões de leitura:

Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente Grave.

Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional Domiciliar.

Ver anotações
BRASPEN recomenda: Indicadores de Qualidade em Terapia Nutricional.

ESPEN guideline on home enteral nutrition.

Abordaremos a importância da campanha “Diga Não à Desnutrição”, uma vez que a


desnutrição é uma condição clínica prevalente no ambiente hospitalar, o que aumenta o
tempo de internamento, além de gerar readmissão mais frequente e maiores custos em
saúde.

32 minutos

Nesta aula, abordaremos a importância da campanha “Diga Não à Desnutrição”, uma vez que a desnutrição

é uma condição clínica prevalente no ambiente hospitalar, o que aumenta o tempo de internamento, além

de gerar readmissão mais frequente e maiores custos em saúde.

Dessa forma, você entenderá a relevância da realização da triagem nutricional, a partir de diferentes
instrumentos, para a identi�cação de pacientes em risco de desnutrir ou já desnutridos, assim como da

aplicação de ferramentas de avaliação do estado nutricional, como a Avaliação Subjetiva Global (ASG) e os

Critérios GLIM (Global Leadership Initiative on Malnutrition), sendo que este último visa padronizar o

diagnóstico de desnutrição, que é constantemente negligenciado.

A partir do conteúdo discutido aqui, você será capaz de identi�car pacientes em risco nutricional ou

desnutridos, a partir de diferentes ferramentas, que serão bene�ciados a partir da implementação da

terapia nutricional.

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A desnutrição é de�nida como o estado resultante da de�ciência de nutrientes que podem causar alterações
na composição corporal, funcionalidade e estado mental com prejuízo no desfecho clínico. Esta condição

clínica pode ser causada por fatores primários ou secundários, como privação alimentar, doenças, idade
avançada, isolados ou combinados (Cederholm et al., 2017).

Destaca-se que a desnutrição é um dos principais problemas de saúde pública em países industrializados e

emergentes em todo o mundo, altamente prevalente e frequentemente sub-reconhecida e negligenciada.

Ver anotações
Ela está associada ao aumento da morbidade e mortalidade, ao aumento do tempo de hospitalização, à

readmissão mais frequente e a maiores custos em saúde (Toledo et al., 2018; Correia; Perman; Waitzberg,

2017).

Prevalência de desnutrição hospitalar

Diante da prevalência importante, surgiram algumas campanhas de combate à desnutrição. A campanha

“Diga Não à Desnutrição” é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral

(BRASPEN), que visa tornar de conhecimento público a prevalência e os problemas causados pela

desnutrição hospitalar (Toledo et al., 2018).

Objetivos da campanha “Diga Não à Desnutrição”:

Tornar público o conceito sobre a desnutrição hospitalar: responsabilidade social.

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Discutir medidas de implementação da campanha com estratégias sistematizadas.

Melhorar o atendimento assistencial prestado ao paciente desnutrido ou em risco.

Reduzir as taxas inaceitáveis de desnutrição hospitalar.

Ver anotações
A identi�cação precoce da desnutrição, por meio de ferramentas validadas, possibilita estabelecer conduta

nutricional mais apropriada e melhora do desfecho nestes pacientes. As principais ferramentas de triagem

nutricional são compiladas de várias combinações de registros ou medições de IMC, perda de peso, ingestão

de alimentos, gravidade da doença e idade (Toledo et al., 2018).

A seleção de um instrumento de triagem nutricional deve considerar a população-alvo, a objetividade e a

rapidez de aplicação do método, uma vez que todos os pacientes internados devem ser triados. Para essa

tarefa, é necessário contar com equipes interpro�ssionais de Terapia Nutricional (TN). Dentre as principais

ferramentas, destacam-se a NRS 2002 (Nutritional risk screening) e a MST (Malnutrition screening tool), que
são amplamente empregadas em enfermarias e, mesmo com certas limitações, podem também ser úteis

para pacientes críticos (Kondrup et al., 2003; Ferguson et al., 1999).

Figura 3 | Principais ferramentas de Triagem Nutricional

Fonte: elaborada pela autora.

Após a triagem nutricional, os pacientes em risco e aqueles com longa permanência hospitalar devem ser

submetidos à avaliação nutricional completa para o adequado diagnóstico do seu estado nutricional. A

Avaliação Subjetiva Global (ASG) é um exemplo de ferramenta validada e amplamente utilizada em hospitais

para diagnóstico da desnutrição, tendo sido desenvolvida em 1987 e, desde então, é empregada com

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sucesso em diversos grupos de pacientes (Detsky et al., 1987).

As duas principais sociedades de TN já propuseram consensos sobre o diagnóstico de desnutrição, mas

essas propostas são antagônicas. A Sociedade Americana de Nutrição Parenteral e Enteral (ASPEN) propôs
um modelo subjetivo, enquanto a Sociedade Europeia de Nutrição e Metabolismo (ESPEN) sugeriu um

modelo objetivo, que é focado no índice de massa corporal (IMC), no índice de massa livre de gordura (IMLG)

e na perda ponderal. Tanto o modelo subjetivo (di�culdade de obtenção de dados dependentes de

Ver anotações
memória) quanto o objetivo (o IMLG ainda não é amplamente utilizado) possuem suas limitações e carecem

de resultados relacionados à sua aplicação. Dessa forma, os critérios preconizados pelo grupo GLIM (Global

Leadership Initiative on Malnutrition) têm sido recomendados, principalmente devido à ausência de um


consenso global para critérios diagnósticos da desnutrição e seus pontos de corte (Cederholm et al., 2019).

A desnutrição apresenta como principais complicações: pior resposta imunológica, atraso no processo de

cicatrização, risco elevado de complicações cirúrgicas e infecciosas, maior probabilidade de desenvolvimento

de lesões por pressão, aumento no tempo de internação e do risco de mortalidade, com consequente

considerável aumento dos custos hospitalares (Toledo et al., 2018).

A campanha “Diga Não à Desnutrição” surge para reduzir as taxas de desnutrição e suas complicações por

meio de uma série de ações, que incluem triagem, diagnóstico, manejo e tratamento da desnutrição. Para

facilitar a maneira de difundir estas ações, foi desenvolvido um método mnemônico com a palavra

“DESNUTRIÇÃO”, abordando cada letra inicial de forma simples, desde o conceito até o tratamento da

desnutrição. Desta forma, o método garante uma integração interdisciplinar, além de averiguar os principais

aspectos do cuidado geral do paciente desnutrido (Toledo et al., 2018).

Método mnemônico com a palavra “DESNUTRIÇÃO” da campanha “Diga Não à Desnutrição”

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Ver anotações

O diagnóstico precoce da desnutrição, bem como o adequado “manejo”, é necessário, com o intuito de

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prevenir o status de�citário ou evitar o agravamento. Para isso, a triagem de risco nutricional é realizada
(Toledo et al., 2018).

A NRS 2002, desenvolvida por Kondrup et al. (2003) e certi�cado pela ESPEN como método padrão ouro para
identi�cação de desnutrição ou risco de desenvolvê-la, classi�ca os pacientes de acordo com a deterioração

do estado nutricional e a gravidade da doença. O instrumento leva em consideração cinco critérios: índice de

massa corporal (IMC), perda de peso não intencional em um período de um a três meses, redução na

Ver anotações
ingestão alimentar, alterações metabólicas e gravidade da doença e idade igual ou superior a 70 anos, sendo

considerados os dois últimos critérios como os que mais in�uenciam na piora do estado nutricional e no

aumento do risco de desnutrição (Kondrup et al., 2003).

A MST é um instrumento considerado simples e de fácil aplicação, que é baseado apenas na perda de peso e

redução do apetite como preditores de risco nutricional (Ferguson et al., 1999).

Pontos de corte para risco nutricional

NRS-2002 

Risco Nutricional = ≥ 3 pontos

MST 

Risco Nutricional = ≥ 2 pontos

A ASG é caracterizada por ser um método essencialmente clínico e subjetivo de avaliação do estado

nutricional, capaz de diagnosticar a desnutrição, e possibilita o prognóstico, identi�cando pacientes que

apresentam maior risco de sofrer complicações associadas ao seu estado nutricional. Ela é baseada em seis

parâmetros de avaliação referente aos últimos seis meses: alterações no peso; alterações na ingestão

alimentar; sintomas gastrointestinais; capacidade funcional física; demanda metabólica e exame físico

(incluindo edema) (Detsky et al., 1987).

Em 2019, um grupo de trabalho internacional, denominado GLIM, desenvolveu uma nova de�nição de

desnutrição com base em critérios fenotípicos e etiológicos, devendo haver a associação entre pelo menos

um dos fatores de cada parâmetro. Desse modo, tem-se uma avaliação completa, envolvendo a combinação
da avaliação subjetiva com parâmetros clínicos, bioquímicos e antropométricos. O grupo esquematiza o

curso até o diagnóstico de desnutrição da seguinte forma:

Figura 6 | Esquema GLIM para triagem, avaliação, diagnóstico e classi�cação da desnutrição

1. Risco de desnutrição Usar ferramentas de triagem nutricional validadas

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Fenotípicos • Perda de peso involuntária

• Baixo IMC

• Redução de massa muscular


2. Avaliação dos critérios

Etiológicos • Ingestão ou absorção alimentar

reduzida

Ver anotações
• Carga de in�amação ou doença

3. Encontrar críterios para o diagnóstico de 1 critério fenotípico + 1 critério etiológico

desnutrição

4. Determinação da gravidade da desnutrição Gravidade determinada de acordo com critérios

fenotípicos

Fonte: elaborada pela autora com base em Cederholm et al. (2019).

Na prática, para o sucesso do método mnemônico com a palavra “DESNUTRIÇÃO” da campanha “Diga Não à

Desnutrição”, alguns pontos devem ser alcançados quanto à triagem e à avaliação nutricionais:

Triagem e avaliação nutricional de acordo com o método mnemônico da campanha “Diga Não à Desnutrição”

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Ver anotações
Triagem nutricional versus avaliação nutricional

TRIAGEM NUTRICIONAL 

Identi�ca indivíduos desnutridos ou em risco de desnutrição, almejando determinar se existe risco

nutricional e se é necessária uma avaliação nutricional mais detalhada.

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 

Além de detectar desnutrição, classi�ca seu grau e permite coleta de informações que auxiliem em sua

correção.

Alguns parâmetros são importantes na avaliação nutricional, principalmente, relacionados à perda de peso e

massa muscular (Cederholm et al., 2019; Ho�er, 2016).

Figura 9 | Parâmetros importantes na avaliação nutricionalipsum dolor sit amet

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Fonte: elaborada pela autora.

A NRS possui uma boa aplicabilidade, já que foi desenvolvida para aplicação em indivíduos de todas as

faixas etárias, em diferentes condições clínicas (não discrimina pacientes), levando em consideração, além

de dados nutricionais, a gravidade da doença. Apresenta como diferencial a pontuação adicional para

aqueles com idade igual ou superior a 70 anos (Kondrup et al., 2003). Sabe-se que o risco nutricional

Ver anotações
aumenta conforme a idade se torna mais avançada, tornando necessário o cuidado reforçado com idosos

hospitalizados. Portanto, por não excluir grupo especí�co, esta técnica pode ser considerada como a mais

recomendada entre demais. Soma-se a isso sua maior especi�cidade ao permitir a graduação do efeito das

doenças (Kyle et al., 2006).

Contudo, as críticas associadas à NRS 2002 referem-se à obtenção da informação a respeito do peso perdido

em determinado período, ou seja, qual a velocidade em que ocorreu a perda de peso. Nem sempre o

informante sabe essa informação. Ainda sobre a NRS 2002, a quanti�cação da ingestão alimentar é feita em

quartis (entre 50%-75%, 25%-50% e 0%-25%). No entanto, a informação da ingestão atual em instrumentos

de triagem deve ser obtida por informações qualitativas, indiretas e rápidas (mudança recente, consumo

reduzido e perda de apetite) (Aquino, 2005).

A MST pode ser aplicada e respondida por qualquer indivíduo (tanto por pro�ssional administrativo do

hospital como por acompanhante do paciente) por ser simples e prática. No entanto, torna-se inespecí�ca e

pouco abrangente quanto à doença e ao estado geral do paciente (Putwatana et al., 2005). Em relação à
perda de peso, esta avaliação é displicente, pois perda de peso de até 5 kg recebe pontuação mínima, sendo

essa perda signi�cativa para determinados grupos. Porém, quando o entrevistado não sabe relatar o peso

perdido, a pontuação é superestimada (Aquino, 2005).

O método ASG para detectar desnutrição tem se mostrado uma ferramenta muito útil na prática clínica há

anos, não somente para avaliação de pacientes cirúrgicos, como foi projetado inicialmente, mas também em

pacientes de outras comorbidades clínicas, pois possui boa aplicabilidade, reprodutibilidade, além de ser

uma avaliação gratuita e não invasiva. Entretanto, pequenas variações no estado nutricional podem não ser

perceptíveis pelo método, uma vez que a precisão depende da capacidade do observador em detectar

subjetivamente alterações nutricionais signi�cantes (Barbosa-Silva; Barros, 2006).

Quanto aos critérios GLIM, embora não seja validado no Brasil, outros países, como a Austrália, demonstram

bons resultados ao utilizá-lo. Como é um instrumento novo, há carência de estudos evidenciando a sua

e�cácia, porém todos relatam o quão importante é a sua utilização para classi�car a desnutrição de forma

consensual, através de critérios ainda não presentes em outras ferramentas. Destaca-se que identi�car o

estado nutricional precocemente propõe a escolha da terapia nutricional mais bem-sucedida (Contreras-

Bolívar et al., 2019).

Olá, estudante! Neste vídeo, você revisará o conteúdo desta aula, relembrando a importância da campanha

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“Diga Não à Desnutrição” para combate à prevalência da desnutrição, assim como con�rmará a relevância
da identi�cação precoce do risco nutricional ou da desnutrição já instalada, a partir de diferentes

ferramentas de triagem e avaliação nutricionais, que permitem intervenção antecipada e adequada por
meio da Terapia Nutricional.

Ver anotações

Sugestões de leitura:

• Campanha “Diga Não à Desnutrição”.

• Ferramenta NRS 2002 na íntegra.

• Ferramenta MST na íntegra.

• Ferramenta ASG na íntegra.

• Ferramenta Critérios GLIM na íntegra.

Na última parte desta unidade, �nalmente, discutiremos os requerimentos nutricionais para


os pacientes que estão em uso de Terapia Nutricional Enteral e Parenteral.

25 minutos

Na última parte desta unidade, �nalmente, discutiremos os requerimentos nutricionais para os pacientes

que estão em uso de Terapia Nutricional Enteral e Parenteral.

Abordaremos os cálculos para estimativas das necessidades energéticas, que podem ser a partir da

calorimetria indireta (método padrão ouro), fórmula de bolso ou equações preditivas, considerando o
estado nutricional, a faixa etária, as doenças e o quadro clínico que o paciente apresenta. Além disso,

discorreremos as recomendações de macronutrientes (proteínas, carboidratos e lipídios), �bras e

micronutrientes. Por �m, o cálculo das necessidades hídricas será retratado.

Dessa forma, ao �nal desta aula, você conseguirá determinar os requerimentos nutricionais dos pacientes

em uso de Terapia Nutricional (TN), levando em considerações o contexto nutricional e clínico em questão.

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O termo “necessidade nutricional” pode ser de�nido como as quantidades de nutrientes e de energia
disponíveis nos alimentos que um indivíduo sadio deve ingerir para satisfazer suas necessidades �siológicas

normais e prevenir sintomas de de�ciências. Assim, as necessidades nutricionais representam valores

�siológicos individuais que se expressam em médias para grupos semelhantes da população (Avesani;

Ver anotações
Santos; Cuppari, 2018). Os requerimentos nutricionais de um indivíduo variam de acordo com seu estado
nutricional, idade, sexo, peso, estatura, atividade física, composição corporal e condição �siológica. Para

pessoas estáveis e saudáveis, os requerimentos nutricionais seguem as Dietary Reference Intakes (DRIs)

(Mahan; Raymond, 2018).

Por outro lado, estudos demonstram que a gravidade da doença, a temperatura corporal e certos fármacos

podem elevar ou reduzir o metabolismo energético. O hipermetabolismo e o hipometabolismo podem

ocorrer em resposta à doença e à injúria, como consequência, as necessidades de macro e de

micronutrientes podem variar (Wooley; Franken�ld, 2007). Dessa forma, o aporte de nutrientes e energético

deve ser individualizado e baseado na avaliação atual e passada, composição corporal e condição clínica do

paciente.

A energia é despendida pelo corpo humano na forma de gasto energético basal (GEB) ou taxa metabólica

basal (TMB), efeito térmico do alimento (ETA) e termogênese por atividade física (FA). Esses três

componentes constituem o gasto energético total (GET) diário de uma pessoa (Mahan; Raymond, 2018).

Quadro 1 | Métodos para cálculo das necessidades energéticas (Wooley; Franken�ld, 2007; Kreymann et al., 2002)

Calorimetria indireta

É considerado um método seguro, prático, não invasivo e com a facilidade de uso de equipamento portátil.

Pode ser utilizado à beira do leito em pacientes graves, obesos, aqueles com doença hepática e em outras

condições que requeiram cálculo das necessidades energéticas acurado e individualizado.

Fórmula de bolso

Na impossibilidade de aplicação da calorimetria indireta, recomenda-se estimar o gasto energético pelo

cálculo de quilocalorias por quilo de peso corporal.

Equações preditivas

As equações preditivas são recomendadas para estimar o GET dos indivíduos.

Fonte: elaborado pela autora

Quanto aos macronutrientes, os carboidratos são as principais fontes de energia, e equivalem a maior parte

do GET da dieta (Institute of Medicine; FDA, 2002).

Já a recomendação de proteína segue as DRIs e a American Dietetic Association (ADA). A ingestão de 0,85-1,1
g/kg/dia possibilita alcançar o balanço nitrogenado positivo para a maioria dos indivíduos saudáveis. Para

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pacientes enfermos e em condições especiais, as necessidades proteicas podem variar signi�cativamente.

Em TN, os lipídeos são importantes como fonte de ácidos graxos essenciais, são concentrados em energia e

servem como transportadores de vitaminas lipossolúveis. Pacientes gravemente enfermos podem


apresentar menor capacidade de utilização de carboidratos e usar os lipídeos como preferência metabólica

de energia (Institute of Medicine; FDA, 2002).

São conhecidos os efeitos das distintas �bras na função intestinal. Contudo, em TN, as recomendações de

Ver anotações
�bras ainda não são claras, principalmente, em pacientes gravemente enfermos e nos pacientes com risco

de isquemia intestinal ou dismotilidade grave (Bliss; Jung, 2007).

As vitaminas e os minerais em pacientes em uso de TN devem seguir as recomendações segundo as DRIs

para o público saudável. No entanto, deve-se levar em consideração as necessidades aumentadas de

algumas doenças (Wooley; Franken�ld, 2007).

A necessidade hídrica deve ser adequada para paciente com estado de hidratação normal, assumindo-se

função renal e cardíaca normais. Fatores, como diarreia, vômitos e febre, podem afetar as necessidades

hídricas (Kreymann et al., 2002).

A calorimetria indireta estima, por um aparelho, o calor gerado pelo organismo a partir da mensuração do

oxigênio (O2) consumido, do dióxido de carbono (CO2) produzido e do nitrogênio urinário excretado por

determinado período. Esses valores são incluídos na equação de Weir (1949), que fornece o gasto energético

do indivíduo (Avesani; Santos; Cuppari, 2018). Os equipamentos podem variar, contudo envolvem um

indivíduo respirando em um bocal (com protetor nasal), uma máscara que cobre o nariz e a boca ou um

capuz ventilado que captura todo o dióxido de carbono expirado (Mahan; Raymond, 2018).

Figura 1 | Medição da taxa metabólica basal usando um aparelho de calorimetria do tipo sistema de capuz ventilado

Fonte: Mahan e Raymond (2018, p. 80).

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Uma maneira prática para cálculo das necessidades energéticas é utilizar a fórmula de bolso, conforme a
seguir.

Quadro 2 | Fórmulas de bolso

Hipocalórica 20 a 25 Kcal/KgP/dia

Normocalórica 25 a 30 Kcal/KgP/dia

Ver anotações
Hipercalórica > 30 Kcal/KgP/dia

Fonte: Kreymann et al. (2002, p.).

As equações preditivas que podem ser utilizadas para estimar as necessidades energéticas do paciente em

uso de TN estão descriminadas a seguir.

Homens: GEB = 10 x peso (kg) + 6,25 x altura (cm) - 5 x idade (anos) + 5

Mulheres: GEB = 10 x peso (kg) + 6,25 x altura (cm) - 5 x idade (anos) - 161

Homens: TMB (kcal/dia) = 66,5 + (13,8 × P) + (5 × E) – (6,8 × I)

Mulheres: TMB (kcal/dia) = 655,1 + (9,5 × P) + (1,8 × E) – (4,7 × I)

TMB: taxa de metabolismo basal; Peso em Kg; E: estatura (cm); I: idade (anos).

Paciente em respiração espontânea: GET = 629 – 11(I) + 25 (peso atual) – 609 (O)

Paciente dependente de ventilação: GET = 1784 – 11(I) + 5 (peso atual) + 244 (S) + 239 (T) + 804 (Q)

I = idade (anos), O = obesidade (ausente = 0; presente = 1), S = sexo (masc = 1; fem = 0), Q = queimadura

(ausente = 0; presente = 1).

Quadro 3 | Necessidades de macronutrientes, hídrica e de �bras

10-15% do VET da dieta, ou 0,8-1,0 g/kg/dia (pacientes sem estresse metabólico

Proteínas ou falência de órgãos); 1,0-2,0 g/kg/ dia, dependendo da condição clínica

(pacientes com estresse metabólico).

Carboidratos 45-65% do VET da dieta, ou, no mínimo, 130 g ao dia.

20-35% do VET, baseada nas evidências coletadas para o estabelecimento das

Lipídios DRIs, não devendo ultrapassar 2,5 g/kg/dia, para minimizar o risco de

complicações metabólicas.

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Para indivíduos saudáveis, a ingestão adequada de �bras alimentares é de 15 a


Fibras
30 g/dia, sendo 75% das �bras insolúveis e 25% solúveis.

Água A necessidade hídrica para adultos é de 30 a 40 mL/kg/dia ou 1,0 a 1,5 mL/kcal.

Fonte: elaborado pela autora com base em Institute of Medicine e FDA (2002; 2004).

Em TN, as recomendações de vitaminas e minerais são de acordo com os níveis da DRIs e Tolerable Upper

Ver anotações
Intake Level (UL), com os valores dos nutrientes em quantidades máximas de segurança. A prescrição de
cada nutriente deve ser individualizada de acordo com a condição clínica.

Na aplicabilidade prática dos métodos para calcular as necessidades energéticas, alguns pontos devem ser

observados. Em geral, em pacientes em uso de TN, a depender da injúria ou doença acometida, observa-se

aumento do GET entre 110-120% em pacientes submetidos à cirurgia eletiva, e em clínicos, de 135-150%, em

situações pós-trauma, e de 150-170%, em sepse (Wooley; Franken�ld, 2007).

As DRIs de energia e o documento da OMS/FAO não estabeleceram recomendações para indivíduos que se

encontram em processos de doença. Por essa razão, o cálculo proposto por Kinney e Wilmore pode ser

usado em caso de processos de doença, como em pacientes em uso de TN. Para tanto, deve-se medir ou

calcular a TMB (a partir de equações, como a de Mi�in-St ou Harris Benedict, apresentadas na seção

anterior) e multiplicar esse valor pelos fatores lesão/estresse, fator atividade e fator térmico para chegar ao

GET do indivíduo. Vale ressaltar que o fator térmico deve ser utilizado apenas na vigência de estados febris

associados (Quadro 4).

Quadro 4 | Fator injúria, fator térmico e fator atividade para pacientes que apresentam enfermidades

Fator injúria (lesão/


Pontuação Fator térmico Pontuação Fator atividade
estresse)

Paciente não
1,0 38º 1,1 Acamado = 1,0
complicado

Pós-operatório de Acamado + móvel =


1,1 39ª 1,2
câncer 1,2

Fratura 1,2 40º 1,3 Ambulante = 1,3

Sepse 1,3 41º 1,4

Peritonite 1,4

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Multitrauma +
1,5
reabilitação

Multitrauma +
1,6
sepse

Queimadura em 30
1,7

Ver anotações
a 50%*

Queimadura em 50
1,8
a 70%*

Queimadura em 70
2,0
a 90%*

*superfície corporal

Fonte: elaborado pela autora.

Observa-se que grande parte das equações preditivas utilizadas para estimar a necessidade energética e de
nutrientes requer a avaliação do peso corporal atual. Portanto, essas estimativas podem ser problemáticas

em situações em que o peso corporal é de difícil aferição ou quando o indivíduo apresenta próteses ou

edema. É importante avaliar se a equação preditiva de gasto energético é adequada a pessoas normais ou

pacientes hospitalizados, antes da sua aplicação. Portanto, as principais diretrizes nacionais e internacionais

vêm adotando a utilização de taxas calóricas especí�cas para determinadas doenças.

Quanto aos macronutrientes, na prática, é recomendado o máximo de 7 g/kg/dia de carboidratos para

minimizar complicações metabólicas, como a hiperglicemia, as anormalidades no metabolismo hepático e o

aumento do trabalho ventilatório. Além disso, deve-se dar atenção à ingestão adequada de ácidos graxos

linoleico (2-4% do VET) e de alfa-linolênico (0,250,5% do VET). Para a prevenção de doenças cardiovasculares,

a recomendação diária de lipídeos totais na dieta é <30% do VET, ≤10% de gorduras saturadas, 10-15% de

MUFA, <10% de PUFA e < 300 mg/dia de colesterol (Vasconcelos, 2018).

O conteúdo de �bras nas fórmulas enterais é, em média, de 5 a 14 g, portanto pode ser necessário o uso de

módulos de �bras para alcançar pelo menos cerca de 20 a 25 g/dia (Vasconcelos, 2018).

Destaca-se atenção maior para que a oferta de micronutrientes não seja negligenciada em pacientes com
Terapia Nutricional Parenteral, visto que os pacientes podem vir a desenvolver de�ciências importantes se

as vitaminas e os oligoelementos não foram prescritos corretamente (Vasconcelos, 2018; Monte; Shima,

2018).

Para a ingestão hídrica, deve-se ter cuidado com pacientes com edema e/ou ascite, já que a restrição hídrica

deverá ser aplicada, principalmente, em pacientes em uso de Terapia Nutricional Enteral ou Parenteral,

considerando-se a quantidade infundida de líquido via fórmula enteral ou parenteral (VASCONCELOS, 2018).

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Olá, estudante! Neste vídeo, você revisará tudo que aprendeu durante esta aula, esclarecendo todas as
dúvidas sobre os diferentes métodos para calcular as necessidades energéticas, assim como para

determinar as necessidades de proteínas, carboidratos, lipídios, �bras e água, além dos micronutrientes. Da

mesma forma, sintetizará todo o aprendizado adquirido sobre como estabelecer os requerimentos

nutricionais nas diversas situações e contextos clínicos.

Ver anotações

Sugestão de leitura:

Artigo: The centenary of the Harris-Benedict equations: How to assess energy requirements best?

37 minutos

A Terapia Nutricional (TN) consiste na administração de fórmulas de nutrientes por via enteral ou parenteral

com a �nalidade de manter ou restaurar o estado nutricional. A Nutrição Enteral (NE) consiste na

administração de nutrientes via trato gastrointestinal (TGI) por meio de sonda ou cateter. Em certos casos, a

NE pode incluir não só o uso de fórmulas enterais mas também suplementos orais. Já a Nutrição Parenteral

(NP) consiste na administração de nutrientes por via intravenosa (Raymond; Ireton-Jones, 2018; Cuppari,

2018). Quando os pacientes são incapazes de comer o su�ciente para suprir suas necessidades nutricionais

por cinco a sete dias e possuem o TGI funcionante, a NE deve ser considerada. Por outro lado, A NP deve ser

adotada para os pacientes que estão ou se tornarão desnutridos e para aqueles cuja função gastrointestinal

é insu�ciente para manter ou recuperar o estado nutricional (Raymond; Ireton-Jones, 2018).

Para a execução, a supervisão e a avaliação permanentes, em todas as etapas da TN, é condição formal e

obrigatória a instituição de uma Equipe Multipro�ssional de Terapia Nutricional (EMTN). A EMTN deve ser

constituída de, pelo menos, um pro�ssional de cada categoria, com treinamento especí�co para esta

atividade, a saber: médico, nutricionista, enfermeiro, farmacêutico, podendo, ainda, incluir pro�ssionais de

outras categorias a critério das unidades de saúde (Brasil, 2000; Brasil, 1998).

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As principais resoluções e portarias que regulamentam a TN nos serviços de saúde e que apresentam os
principais conceitos, de�nições e especi�cações são: a RDC nº 63, de 2000, e mais recentemente, a RDC nº

503, de 2021, para sanar dúvidas em Terapia Nutricional Enteral (TNE) e, para Terapia Nutricional Parenteral
(TNP), existe a Portaria nº 272, de 1998 (Brasil, 2021; Brasil, 2000; Brasil, 1998).

Para identi�cação precoce dos pacientes em risco nutricional ou desnutridos e candidatos à TN, uma vez

que a desnutrição é altamente prevalente no ambiente hospitalar e frequentemente negligenciada, indica-se

Ver anotações
a realização da triagem nutricional a partir de ferramentas, como NRS 2002 (Nutritional Risk Screening) e

MST (Malnutrition Screening Tool). Já para avaliação do estado nutricional, recomenda-se a realização da

Avaliação Subjetiva Global (ASG) ou critérios GLIM (Global Leadership Initiative on Malnutrition). Destaca-se a

campanha “Diga Não à Desnutrição”, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral

(BRASPEN) que visa tornar de conhecimento público a prevalência e os problemas causados pela

desnutrição hospitalar.

Os requerimentos nutricionais dos pacientes em TN são baseados nas recomendações da BRASPEN, da

Sociedade Americana de Nutrição Parenteral e Enteral (ASPEN), da Sociedade Europeia de Nutrição

Parenteral e Enteral (ESPEN), da Associação Dietética Americana (ADA) e das Diretrizes Canadenses, que são

as principais diretrizes e guidelines que envolvem a conduta necessária para a prática da terapia nutricional

enteral e parenteral.

Olá, aluno! Neste vídeo, foram reunidas as principais informações sobre o conteúdo apresentado nesta

unidade. Nele, constam os conceitos gerais, indicações e vias de acesso da Terapia Nutricional Enteral e

Parenteral, assim como as atribuições e dos membros da EMTN. Além disso, você revisará as principais

resoluções, portarias e diretrizes nacionais e internacionais que regem a TN. Recapitularemos também as

principais ferramentas de triagem e avaliação nutricionais e os requerimentos nutricionais necessários à

conduta do paciente em TN.

Para contextualizar sua aprendizagem, imagine que você acabou de ser contratado por um hospital (já

regulamentado de acordo com a RDC nº 63, de 2000, a RDC nº 503, de 2021, e a Portaria nº 272, de 1998)

para fazer parte da Equipe Multipro�ssional de Terapia Nutricional (EMTN). Você realizará a admissão

nutricional em uma unidade aberta (enfermaria) do seguinte paciente candidato à terapia nutricional: C.A.P.,

71 anos, sexo masculino, admitido na enfermaria, após alta da UTI após Acidente Vascular Cerebral (AVC).

No momento, evolui hemodinamicamente estável, acamado, afebril, contactante, mas não verbaliza. Família

nega Diabetes, mas a�rma que ele apresenta diagnóstico de HAS há 10 anos. dejeções

ausentes há dois dias, ausência de vômitos e outros sintomas do TGI. normal. Aguarda

exames de imagem para determinar alta para casa. peso estimado: 50 kg;

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altura referida:1,70 m; IMC: 17,3 kg/m2 (baixo peso); 29 cm (depleção


de massa muscular); família relata perda de peso, mas não sabe especi�car quantidade.
cabelos frágeis, mucosas oculares hipocrômicas ++/IV, têmporas proeminentes, língua saburrosa, ausência
de peças dentárias, depleção de tecido muscular em diversos compartimentos corporais, unhas frágeis,

depleção do músculo adutor do polegar, sem edema. Ht – 36% (VN: 38 a 50%); Hb –

12 mg/dl (VN: 13 a 16 mg/dL); VCM – 78 � (VN: 80 – 100f l); HCM – 25 pg (VN: 26 – 324 pg); CHCM –29g/dL

(VN: 31 a 36 g/dL); Glicemia – 78 mg/dl (65 – 110 mg/dL); Ureia – 22 mg/dl (VN: 16 a 45 mg/dL); Creatinina –

Ver anotações
0,9 mg/dl (VN: 0,8 a 1,3 mg/dL); PCR – 7mg/dL (VN: < 3mg/dL). paciente tem di�culdade

de deglutir desde episódio de AVC há sete dias, e vem com ingestão alimentar abaixo de 50% das suas

necessidades nutricionais. Médico, após fonoaudiólogo detectar disfagia, determina via de alimentação e

liga para setor de Nutrição, solicitando prescrição nutricional. a unidade hospitalar utiliza a

NRS-2002 como ferramenta para detectar risco nutricional e critérios GLIM para diagnóstico de desnutrição.

De acordo com o aprendido ao longo da Unidade 1, responda às seguintes perguntas:

1. O paciente tem indicação de utilizar TN?

2. Qual via e forma de administração da dieta o médico possivelmente indicou?

3. O paciente apresenta risco nutricional?

4. O paciente apresenta desnutrição?

5. Quais os requerimentos nutricionais escolhidos (necessidades energéticas, de proteínas, carboidratos,

lipídios, �bras, líquidos e micronutrientes)?


Para solucionar esse estudo de caso, lembre-se de tudo aprendido na unidade sobre os conceitos

gerais em Terapia Nutricional, bem como situações e contextos em que ela é indicada, assim como a

melhor via e forma de administração e quais as atribuições do nutricionista e dos membros da EMTN.

Além disso, não se esqueça das resoluções e portarias que regulamentam a TN nas unidades de saúde.

Lembre-se de aplicar as ferramentas para avaliar o risco nutricional ou a desnutrição e os instrumentos

empregados para avaliação do estado nutricional.

Para determinar os requerimentos nutricionais, lembre-se das diretrizes, tanto internacionais quanto

nacionais, como as da Sociedade Brasileira de Nutrição Enteral e Parenteral (BRASPEN), que, inclusive,

publicou recentemente uma diretriz para doenças neurodegenerativas.

Para estimar as necessidades energéticas, você poderá usar diferentes métodos, lembrando-se de que

não há calorimetria indireta disponível neste hospital.

Responda com atenção e boa sorte!

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Para solucionar este estudo de caso, você deverá relembrar o que foi apresentado em relação aos conceitos
gerais em Terapia Nutricional na Unidade 1.

O paciente do estado de caso (quando indivíduos não

conseguem ou não comerão o su�ciente por via oral para sustentar suas necessidades nutricionais por mais

Ver anotações
de alguns dias), já que, após o AVC, �cou com di�culdade de se alimentar por via oral, apresentando como

sequela a disfagia, detectada pelo pro�ssional habilitado (o fonoaudiólogo). Sendo assim, o médico deve ter

indicado a via de administração e . Neste caso, não é

indicado Terapia Nutricional via acesso venoso (nutrição parenteral), porque o paciente tem o trato

gastrointestinal íntegro, apenas por uma disfunção neuromotora no mecanismo da deglutição está

impossibilitado de comer pela boca.

Destaca-se a importância da avaliação do estado nutricional do paciente, utilizando indicadores nutricionais

subjetivos e objetivos, com base em protocolo pré-estabelecido, de forma a identi�car o risco ou a

de�ciência nutricional e a evolução de cada paciente. Ao aplicar a NRS 2002, foi identi�cado risco nutricional

no paciente:

• IMC < 20,5 kg/m2.

• Perda de peso não intencional nos últimos meses.

• Ingestão alimentar insu�ciente na última semana.

• Estado nutricional: IMC < 18,5 kg/m2 + prejuízo das condições gerais (paciente apresenta IMC de 17,3 kg/

m 2) = (apesar de também apresentar ingestão oral entre 25 e 60% das necessidades normais na

última semana, mas a pontuação maior é soberana).

• Gravidade da doença: AVC = .

Soma-se 1 ponto referente à idade do paciente (71 anos), total da NRS 2002 = . Portanto,

Quanto à avaliação do estado nutricional, aplicando-se os critérios GLIM, como ,o

paciente apresenta tanto ingestão oral insu�ciente na última semana (<50% das necessidades nutricionais) e

PCR elevada (marcador de in�amação). Em relação ao , o paciente apresenta IMC de 17,3

kg/m2 e depleção de massa muscular pela CP. De acordo com os pontos de corte, apresenta

(IMC < 20 kg/m2 para indivíduos >70 anos).

Por �m, para determinar os requerimentos nutricionais do paciente, você poderá recorrer tanto à Diretriz

BRASPEN de Terapia Nutricional no Envelhecimento (2019) quanto à Diretriz de Terapia Nutricional nas

Doenças Neurodegenerativas (2022). Elas preconizam a regra de bolso para determinar as necessidades

energéticas. De acordo com a regra de bolso para promover ganho de peso = 35 Kcal/KgP/dia,

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. A quantidade de proteína deve ser preconizada levando em consideração a desnutrição


apresentada pelo paciente, logo , sendo assim,

podem ser distribuídos e para complementar 100% do VET. A


recomendação de �bras varia entre . A necessidade hídrica pode ser de 30 a 40 mL/kg/dia,

dessa forma, de líquidos/dia. Os micronutrientes devem seguir as recomendações

das DRIs.

Ver anotações

15 minutos

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Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.

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