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● Pela localização
Nos seres humanos, o músculo liso pode ser dividido em seis grupos principais:
vascular (paredes dos vasos sanguíneos), gastrintestinal (paredes do tubo digestório e
órgãos associados, como a vesícula biliar), urinário (paredes da bexiga e dos ureteres),
respiratório (vias aéreas), reprodutivo (útero das fêmeas e outras estruturas tanto em
machos quanto em fêmeas) e ocular (olhos).
Esses músculos têm diferentes funções no corpo e sua fisiologia reflete as suas
funções especializadas. Em contrapartida, o músculo esquelético é relativamente uniforme
por todo o corpo.
Células da glia
As células da glia são os heróis não reconhecidos do sistema nervoso, ultrapassando
o número de neurônios de 10 a 50 para 1. Durante muitos anos, os cientistas acreditaram que a
função da glia era fornecer suporte físico, e que as células da glia possuíam baixa influência
no processamento das informações. Essa visão mudou. Apesar de as células da glia não
participarem diretamente na transmissão dos sinais elétricos por longas distâncias, elas
comunicam-se com os neurônios e fornecem um importante suporte físico e bioquímico.
O sistema nervoso periférico possui dois tipos de células da glia – as células de
Schwann e as células satélite –, já o SNC possui quatro tipos de células diferentes:
oligodendrócitos, microglia, astrócitos e células ependimárias.
● Oligodendrócitos
O tecido neural secreta pouca quantidade de matriz extracelular (p.72), então as
células da glia se amarram aos neurônios,
fornecendo, assim, estabilidade estrutural. As
células de Schwann no SNP e os oligodendrócitos
no SNC mantêm e isolam os axônios por meio
da formação da mielina, uma substância
composta por várias camadas concêntricas de
fosfolipídeos de membrana (Fig. 8.5c). Além de
fornecer suporte, a mielina atua como isolante em
torno dos axônios e acelera a sua transmissão de
sinais.
Uma diferença entre oligodendrócitos e
células de Schwann é o número de axônios que cada célula envolve. No SNC, um
oligodendrócito ramifica-se de forma mielina ao redor de uma porção contendo vários
axônios (Fig. 8.5b). No sistema nervoso periférico, uma célula de Schwann associa-se com
um axônio.
● Astrócitos
Os astrócitos são células da glia altamente ramificadas, e estima-se que eles
constituam cerca de metade das células do encéfalo (Fig. 8.5a, b). Eles têm vários subtipos e
formam uma rede funcional, comunicando-se uns com os outros através de junções
comunicantes.
Alguns astrócitos são fortemente associados às sinapses, onde eles capturam e
liberam substâncias químicas. Os astrócitos
também abastecem os neurônios com
substratos para a produção de ATP, e ajudam a
manter a homeostasia do líquido extracelular
do SNC captando K+ e água. Por fim, as
extremidades de alguns processos astrocitários
cercam os vasos sanguíneos e fazem parte da
barreira hematoencefálica, que regula o
transporte de materiais entre o sangue e o líquido
extracelular.
As extremidades de alguns processos
astrocitários cercam os vasos sanguíneos e fazem parte da barreira hematoencefálica, que
regula o transporte de materiais entre o sangue e o líquido extracelular.
● Micróglia
As células da glia, conhecidas como microglia, na verdade, não são tecidos neurais.
Elas são células especializadas do sistema imune que residem permanentemente no SNC (Fig.
8.5a, b). Quando ativadas, elas removem células
danificadas e invasores. Entretanto, parece que
a microglia nem sempre é útil. Às vezes, quando
ativada, a microglia libera espécies reativas de
oxigênio (ERO) danosas, pois elas formam
radicais livres. Acredita-se que o estresse
oxidativo causado pelas ERO contribui para o
desenvolvimento de doenças
neurodegenerativas, como a esclerose lateral
amiotrófica (ELA, também conhecida como doença de Lou Gehrig).
● Ependimárias
A última classe de células da glia é
composta pelas células ependimárias, um
tipo celular especializado que cria uma
camada epitelial com permeabilidade
seletiva, o epêndima, o qual separa os
compartimentos líquidos do SNC (Fig.
8.5a, b). O epêndima é uma fonte de
células-tronco neurais, células imaturas
que podem diferenciar-se em neurônios e
em células da glia.
● Receptores simpáticos
As vias simpáticas secretam catecolaminas que se ligam a receptores adrenérgicos
nas células-alvo. Os receptores adrenérgicos são de dois tipos: α(alfa) e β(beta), com alguns
subtipos para cada um deles
Suprarrenal
A porção mais externa, o córtex da glândula suprarrenal, é uma glândula endócrina
verdadeira, com origem epitelial, que secreta hormônios esteróides.
A medula da glândula suprarrenal, que forma a pequena porção central da glândula,
desenvolve-se a partir do mesmo tecido embrionário que origina os neurônios simpáticos e é
uma estrutura neurossecretora.
A medula da glândula suprarrenal é descrita frequentemente como um gânglio
simpático modificado. Os neurônios pré-ganglionares simpáticos projetam-se da medula
espinal para a medula da glândula suprarrenal, onde fazem sinapse.
Entretanto, os neurônios pós-ganglionares não possuem axônios. Esses corpos
celulares sem axônios, denominados células cromafins, secretam o neuro-hormônio
adrenalina diretamente no sangue.
Em resposta a sinais de alerta provenientes do SNC, a medula da glândula suprarrenal
libera grandes quantidades de adrenalina para ser distribuída por todo o corpo, como parte
da resposta de luta ou fuga.