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Sistema Muscular e

o Esforço Físico
Profª Drª Marcia Ap. Carrara
prof.marciacarrara@uninga.edu.br

FOX; FOSS & KETEYIAN. Bases fisiológicas para o exercício e esporte. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. Capítulo 6
Músculos Esqueléticos

Todo movimento humano é gerado


pela ação de um músculo esquelético.

O músculo é o único tecido do corpo


humano capaz de produzir força, i.e.,
biomecanicamente, o músculo é a
única estrutura “ativa” do corpo.
Unidades Estruturais do Músculo Esquelético

- Conexão músculo ao osso


- Suporta a enorme tensão  contração
- Formado fibras metabolicamente
inativas
UNIDADES ESTRUTURAIS DO ME E SEUS TECIDOS CONJUNTIVOS CORRESPONDENTES

UNIDADE ESTRUTURAL TECIDO CONJUNTIVO

Fibra ou célula muscular Endomísio


Feixe muscular (fascículo) Perimísio
Músculo inteiro Epimísio
Preso ao endomísio existe o sarcolema,
(membrana celular), sendo seu
citoplasma chamado sarcoplasma.

Nele estão contidos os núcleos,


mitocôndrias, a mioglobina, gordura,
glicogênio, fosfocreatina, ATP e os
miofilamentos proteicos (miofibrilas).

Nas miofibrilas encontramos o


SARCÔMERO  Unidade contrátil do
músculo.
Proteínas contráteis: actina e miosina
Cada fibra 1
Proteínas regulatórias: troponina e
milhão de miofibrilas
tropomiosina
Proteínas acessórias: titina e nebulina
Nebulina
Miosina

Troponina Titina
Actina

Tropomiosina
Irrigação
- Os músculos são ricamente irrigados, com
artérias e veias que seguem paralelas às
fibras musculares, juntamente com o tecido
conjuntivo.
- Formam extensas redes de vasos dentro e
ao redor do endomísio.
- Cada fibra muscular possui de 3 a 4
capilares.

• Exercício Físico: aumento do número de


capilares; acelera o retorno venoso, e desvia
sangue de áreas inativas.
Inervação Os nervos musculares acompanham o
trajeto dos vasos sanguíneos e contém
fibras motoras (eferentes) e sensoriais
(aferentes).

- As fibras sensoriais levam informações


acerca da tensão e contração dos
músculos e tendões  Órgão tendinoso
de Golgi e Fuso muscular.

- As fibras motoras tem origem no SNC


(medula) e chegam até os músculos,
formando a UNIDADE MOTORA.
Unidade funcional básica do
músculo esquelético
Tipos de Unidades Motoras
Formadas por fibras musculares de diferentes características
metabólicas ou funcionais.
- Fibras vermelhas, também chamadas de Tipo I ou de
contração lenta;
- Fibras brancas, de Tipo II ou de contração rápida.
FIBRAS DE CONTRAÇÃO LENTA (Tipo I)

- Sistema de energia utilizado: AERÓBICO;


- Contração muscular lenta;
- Capacidade oxidativa (usa o oxigênio);
- Coloração: Vermelha (devido ao grande
número de mioglobina e mitocôndrias);
- São altamente resistentes à fadiga;
- São mais apropriadas para exercícios de
longa duração, predominando em atividade
aeróbicas mais duradouras.
FIBRAS DE CONTRAÇÃO RÁPIDA (Tipo II)

- Sistema de energia utilizado: ANAERÓBICO;


- Alta capacidade para contrair
rapidamente (vel: 3 a 5 vezes maior
comparada às fibras lentas);
- Capacidade glicolítica (utiliza a fosfocreatina e glicose);
- Coloração: Branca;
- Geram movimentos rápidos e poderosos, mas fadigam logo;
- Predomina em atividades anaeróbicas que exigem paradas
bruscas, arranques com mudança de ritmo, saltos. Ex.:
basquete, futebol etc.
Caracterização das Fibras baseada nas Características
Fenotípicas:

• BIÓPSIA MÚSCULAR:

• Anestesia local
• Incisão 1cm
• Introdução de agulha
• Retirado do tecido muscular
• Congelamento e corte histológico
• Análise histoquímica
• Enzimas oxidativas e glicolíticas
• Miosina ATPase (M- ATPase)
Potencial da placa motora
Sinalização do cálcio
Ciclo contrátil
Locais de Ocorrência de Fadiga

1- Junção Neuromuscular
2- Mecanismo contrátil
3- Sistema Nervoso Central
1- Junção Neuromuscular
• Fibras tipo II – maior fadigabilidade
• Incapacidade da junção em retrasmitir os impulsos
nervosos por menor liberação do neurotrasmissor
acetilcolina.
2- Mecanismo Contrátil
• Acúmulo de ácido lático:
• Fibra tipo II – anaeróbicas – maior produção ácido lático.
• Aumento ácido lático  aumento H+  queda do pH.
• Aumento H+  diminui a Qt de Ca2+ liberado pelo
retículo sarcoplasmático.
 interfere na capacidade de fixação do
Ca2+ troponina
 diminui a atividade da fosfofrutoquinase –
Glicólise Anaeróbica e consequentemente ATP.
2- Mecanismo Contrátil

• Depleção das reservas


de ATP e PC
• Redução de ATP na
cabeça da miosina
• Ressíntese do PC.
• Depleção do glicogênio muscular
• Falta de oxigênio e fluxo sanguíneo para as fibras
musculares.
3- Sistema Nervoso Central

• Redução da atividade do motoneurônio.

• Os distúrbios locais causados pela fadiga contrátil


assinalam ao cérebro que é necessário enviar
sinais inibitórios para o Sistema motor, resultando
em maior declínio no rendimento de trabalho.

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