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MIOLOGIA GERAL VETERINÁRIA

ANATOMIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS I

Médica Veterinária: Lara de Souza Ribeiro


Residência em Patologia Animal / UENF
Mestre no Programa de Ciência Animal/ UENF
Doutoranda no Programa de Ciência Animal/ UENF
Pós em Oncologia Veterinária - Quallitas
Lara Ribeiro Citopatologia Veterinária -
@patologiaanimalvet
E-mail: lararibeiro@professor.multivix.edu.br
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1. MÚSCULOS
Função:
contração muscular!

Os músculos são também usados para impedir movimentos, estabilizar


articulações, prevenir seu colapso sob pressão de cargas e manter a
continência da bexiga urinária e do intestino.

Calor: tremores involuntários: exposição ao frio

Constituído por células alongadas (actina e miosina) e sua origem é


mesodérmica.
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1. MÚSCULOS
Função:
contração muscular!

As células dos tecidos musculares são alongadas e recebem o nome de


fibras musculares.

Quando um músculo é estimulado a se contrair, os filamentos de actina


deslizam entre os filamentos de miosina, e a célula diminui em
tamanho, caracterizando a contração.
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1. MÚSCULOS
Tipos de músculos:

Estriado esquelético
Estriado Cardíacos (coração)
Músculo Liso (vísceras, vasos sgs)
Estriado esquelético: (movimento)

Músculo Liso

Estriado Cardíacos (coração)


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1. MÚSCULOS
Tipos de músculos: Estriado Cardíacos (coração)
a) b)

a) Fotomacrografia de coração: esquema. b) Fotomicrografia de coração, com os


cardiomiócitos, pericárdio e células de purkinge
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1. MÚSCULOS
Tipos de músculos: Estriado Cardíacos (coração) - MIOCÁRDIO
a) b)

Fotomicrografia de coração: a) com os cardiomiócitos, pericárdio e células de purkinge. b)


Aumento maior da anterior evidenciando o cardiomiócito, miocárdio, músculo cardíaco.
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1. MÚSCULOS
Tipos de músculos: Estriado Cardíacos (coração) - MIOCÁRDIO

É constituído por células alongadas e


ramificadas que se anastomossam
irregularmente. Possuem estrias
transversais, como as fibras
esqueléticas, mas possuem apenas um
ou dois núcleos centralizados.

Aumento maior, evidenciando o cardiomiócito, miocárdio, músculo cardíaco.


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1. MÚSCULOS
Tipos de músculos: Estriado Cardíacos (coração) - MIOCÁRDIO

Tecido de contração rápida,


forte, contínua e involuntária

Aumento maior, evidenciando o cardiomiócito, miocárdio, músculo cardíaco.


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1. MÚSCULOS
Tipos de músculos: Liso

São células longas, mais espessas no centro e afilando-se nas


extremidades. Com um único núcleo central.
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Tipos de músculos: Liso

É um tecido de contração fraca, lenta e involuntária.


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1. MÚSCULOS
Função:
contração muscular!
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1. MÚSCULOS
Função:
O que é a contração muscular?
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1. MÚSCULOS
Função:
O que é a contração muscular?
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1. MÚSCULOS
Função:
O que é a contração muscular?
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Função:
O que é a contração muscular?
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1. MÚSCULOS
Tipos de músculos: Estriado esquelético: (movimento)
Perimisio vaso sg
Osso

Fibra muscular

Tendão Feixe muscular


Epimísio
Endomisio
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1. MÚSCULOS

Tipos de músculos: Estriado esquelético: (movimento)

Formado por células muito longas, cilindrícas, multinucleadas: fibras


musculares.

Núcleo fica na periferia das fibras musculares.

Atividade forte, rápida e voluntária.


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1. MÚSCULOS

Tipos de músculos: Estriado esquelético: (movimento)

Envoltos por uma bainha de tecido conjuntivo: epimísio, perimisio e


endomísio.

- EPIMÍSIO: recobre o músculo inteiro.


- PERIMÍSIO: envolve os feixes de fibras.
- ENDOMÍSIO: envolve cada fibra muscular
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1. MÚSCULOS

Tipos de músculos: Estriado esquelético: (movimento)

Contração muscular: fibra muscular apresenta miofibrilas, e essas


miofibrilas do músculo estriado possuem filamentos finos e grossos
onde estão localizadas quatro proteínas: miosina, actina, troponina e
tropomiosina, que são responsáveis pela grande capacidade de
contração e distensão dessas células. As proteínas estão organizadas
em estruturas denominadas de sarcômeros. A contração muscular
depende da disponibilidade de íons cálcio e o músculo relaxa quando o
teor desse íon se reduz.
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Tipos de músculos: Estriado esquelético: (movimento)


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1. MÚSCULOS
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2. Organização dos Músculos Esqueléticos

Os músculos esqueléticos são as carnes de açougues, sendo responsáveis por


cerca de metade do peso da carcaça de um animal (a proporção varia de
acordo com a espécie, a raça, a idade e o sexo, além do sistema de criação
utilizado)
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2. Organização dos Músculos Esqueléticos

Corte transversal de um músculo esquelético; o tecido fibroso foi ressaltado.


1, epimísio; 2, perimísio; 3, endomísio.
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3. Variações na Arquitetura Muscular

Os músculos cujas fibras se ligam aos tendões em ângulo tendem a ser


fortes em relação à sua massa, já que mais fibras e maior área de secção
transversal podem ser acomodadas.
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3. Variações na Arquitetura Muscular

Certos músculos da parede corpórea formam finas camadas achatadas


que são continuadas por extensas lâminas tendíneas (denominadas
aponeuroses), em um arranjo claramente adaptado para dar sustentação
aos órgãos abdominais.
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3. Variações na Arquitetura Muscular

Outros músculos surgem de duas, três ou quatro cabeças separadas que


se unem em um tendão comum; esses arranjos são indicados pela
inclusão dos termos descritivos bíceps (duas cabeças), tríceps e
quadríceps aos nomes musculares.
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3. Variações na Arquitetura Muscular
Outros músculos, ainda, são dispostos em anéis que circundam orifícios
naturais, como a boca e o ânus, atuam como esfíncteres para contrair ou
fechar a abertura.
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3. Variações na Arquitetura Muscular

Arquitetura dos músculos esqueléticos. As linhas pontilhadas representam as secções


transversais “anatômicas” e as linhas sólidas, as “fisiológicas”. 1, músculo reto; 2,
músculo fusiforme; 3, músculo penado; 4, músculo bipenado; 5, músculo multipenado.
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3. Variações na Arquitetura Muscular

Os músculos também têm aparência variável de acordo com sua


coloração, que reflete a quantidade de mioglobina (um pigmento
relacionado com a hemoglobina) nas fibras que os constituem.

A mioglobina e a hemoglobina são formadas em sua maior parte por


proteínas: a mioglobina é o pigmento muscular que retém o oxigênio nos
tecidos e a hemoglobina é o pigmento sanguíneo responsável pelo
transporte de O² na corrente sanguínea.
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3. Variações na Arquitetura Muscular

A diferença, bem exemplificada pelo


peito pálido e coxas escuras dos
frangos, é geralmente considerada um
reflexo da adaptação do músculo mais
claro à contração rápida por curtos
períodos de tempo e do músculo mais
escuro à atividade mais lenta, porém
contínua; essa correlação, porém, nem
sempre é válida.
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4- Tendões

Os músculos sempre se fixam


por meio de tendões de tecido
conjuntivo; quando eles são tão
curtos que mal são notados, diz-
se que o músculo possui
inserções diretas
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4- Tendões

Compostos de: Fibras de colágeno de arranjo regular e grande força tensora!

Cuidados: RUPTURA: tensão excessiva!!!

Os tendões são também mais elásticos do que comumente se supõe, sendo


capazes de absorver e armazenar energia quando distendidos
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4- Tendões

Embora sejam resistentes, os tendões podem ser danificados pela pressão ou


fricção excessiva, principalmente quando mudam de direção sobre
proeminências ósseas ou são deslocados por tecidos duros.
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5. Suprimento Sanguíneo e Nervoso dos Músculos

Os músculos recebem um suprimento sanguíneo relativamente generoso,


proveniente das artérias adjacentes.

Qual a diferença entre artéria e veia?


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5. Suprimento Sanguíneo e Nervoso dos Músculos

Qual a diferença entre artéria e veia?


Parede cruzada de uma artéria muscular
mostrando do lúmen central : nucleótidos de
células endoteliais uma lamina elástica interna
ondulada colada rosa, uma camada intermédia,
com fibras musculares lisas, algumas fibras
elásticas e uma adventitia externa do tecido
conjuntivo, com muitas fibras de colagênio
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5. Suprimento Sanguíneo e Nervoso dos Músculos

Qual a diferença entre artéria e veia?

Veia: camada endotelial mais delgada (esquerda). Artéria: camada endotelial e


camada muscular espessa.
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5. Suprimento Sanguíneo e Nervoso dos Músculos

Frequentemente, duas ou mais artérias adentram o músculo separadamente, o


que parece ser um arranjo mais seguro, já que os vasos se conectam dentro do
tecido. Infelizmente, tais conexões (as anastomoses) nem sempre são
suficientes para permitir que o músculo sobreviva inalterado à interrupção de
uma de suas fontes de suprimento
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5. Suprimento Sanguíneo e Nervoso dos Músculos

As artérias intramusculares se ramificam no perimísio, originando capilares


que seguem as bainhas de endomísio das fibras individuais.
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5. Suprimento Sanguíneo e Nervoso dos Músculos

Os tendões possuem baixos requerimentos metabólicos, são pouco


vascularizados e não sofrem hemorragia ao serem seccionados.

Qual a composição mesmo do tendão?

Essa característica, a princípio vantajosa, tem seu lado adverso: a


recuperação de tendões lesionados é inevitavelmente lenta!
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5. Suprimento Sanguíneo e Nervoso dos Músculos

Muitos músculos são inervados por um único nervo, mas os do tronco,


formados a partir de diversos somitos retêm a inervação múltipla.

células mesenquimais, que se formam ao


longo do tubo neural no início do
desenvolvimento embrionário dos vertebrados
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5. Suprimento Sanguíneo e Nervoso dos Músculos

Nervo que adentra um músculo,


geralmente acompanhando os
vasos principais, se ramifica nos
septos de tecido conjuntivo.
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6. Ações Musculares
Quando um músculo é ativado, suas fibras se contraem.

A ação dos músculos do esqueleto pode ser comparada a diferentes sistemas de alavanca.
A, Apoio da cabeça pelos músculos dorsais do pescoço. B, Extensão da articulação do
tornozelo (jarrete). C, Flexão da articulação do cotovelo.
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6. Ações Musculares

Biarticulares ou poliarticulares (2 ou + art);

Músculo agonista: produz o efeito; TRICEPS


Músculo antagonista: movimento ao contrário do anterior; BRAQUIAL;

Origem x Inserção

fixação mais proximal ou central, inserção, a fixação mais distal ou periférica


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7. Vasos sanguíneos periféricos

Os vasos sanguíneos periféricos compreendem as artérias, que trazem o


sangue do coração, as veias, que o retornam ao coração, e os capilares,
diminutas conexões entre as menores artérias e as menores veias no interior
dos tecidos
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7. Vasos sanguíneos periféricos
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7. Vasos sanguíneos periféricos

Artérias
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7. Vasos sanguíneos periféricos

Artérias

As artérias podem ser distintas dos demais vasos


por suas paredes brancas, espessas e relativamente
rígidas, e seu lumen vazio
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7. Vasos sanguíneos periféricos

Veias
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7. Vasos sanguíneos periféricos

Veias

As veias são distintas por suas paredes


mais finas, sua aparência
frequentemente colapsada e sua
capacidade, invariavelmente maior do
que a de artérias
associadas.
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7. Vasos sanguíneos periféricos

Veias

Muitas também são distintas pela presença de válvulas, repetidas em


certos intervalos ao longo de sua extensão; essas válvulas garantem
um fluxo unidirecional e previnem o refluxo de sangue quando a
circulação é estagnada.

Cada válvulas é composta de duas ou três cúspides semilunares,


orientadas face a face.
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8. Vasos linfáticos

O sistema linfático possui dois componentes.

O primeiro é formado por um sistema de capilares linfáticos e vasos


maiores que retornam o fluido intersticial para a corrente
sanguínea.

O segundo é composto de diversas agregações, bastante disseminadas,


de tecido linfoide, incluindo os muitos linfonodos; agregados linfoides
menos discretos, como as tonsilas, serão discutidos mais adiante
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8. Vasos linfáticos

Linfondo X Baço
Miologia Topográfica

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