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O tecido muscular esquelético é responsável pelos movimentos

voluntários do corpo humano.

A musculatura estriada esquelética é formada por um conjunto de


células longas e cilindricas, que formam feixes de fibras musculares inervadas
pelo motoneurônio (HAMILL et al, 2012). As fibras são formadas por um
conjunto de miofibrilas com unidades funcionais contarcteis, chamadas de
sarcômero, que correm de maneira adjacente por toda a miofibrila. Cada
sarcômero é constituido pelas proteinas de actina (filamentos finos) e miosina
(filamentos grossos) paralelamente arranjadas, o que possibilita o deslizamento
dos filamentos um sobre o outro na contração muscular.

A contração muscular, termo que se refere a ativação da capacidade das


fibras musculares gerarem força, se inicia quando o sistema nervoso central
envia um sinal através de um neurônio motor gerando o chamado potencial de
ação, que alcança as fibras na junção neuromuscular. Quando o potencial de
ação chega à sinapse, ocorre a liberação de acetilcolina (ACh), que se espalha
pela zona sináptica aumentando a permeabilidade da membrana da fibra,
provocando a liberação de íons cálcio (Ca2+).

Para desencadear a contração, a troponina, presente nos miofilamentos


de actina, se conecta ao Ca2+, essa ligação desloca a tripomiosina ao longo dos
miofilamentos, e expõe os locais de ligação da miosina. O miofilamento de
miosina então, libera uma molécula de fosfato proveniente de uma contração
anterior e se conecta a actina, através de um novo ponto de ligação, formanto
pontes cruzadas, que resultam no encurtamento do sarcômero, e
consequentemente, na contração muscular.

O corpo humano é capaz de desenvolver contrações musculares


isométricas, contrações nas quais o tamanho do músculo se mantém
constante, e isotônicas, que referem-se a contrações onde há desigualdade
de forças entre a potência e a resistência.

No estado isométrico, a força que o músculo é capaz de produzir aumenta


conforme o comprimento do mesmo também aumenta. A força máxima atingida
quando o músculo está no seu comprimento ideal, de repouso, onde existe
maior sobreposição dos miofilamentos de actina e miosina (ZAJAC, 1989).

Na contração isotônica, o músculo é totalmente ativado e esta submetido a


uma tensão, permitindo as fibras musculares encurtarem com uma certa
velocidade que permite o desenvolvimento de uma força, que se ajusta à
velocidade em que o sistema contrátil se move. O movimento articular do corpo
é dado pela contração isotônica, ou contração dinâmica, onde é possivel que o
músculo altere seu tamanho sem alterar a tensão máxima que o mesmo pode
gerar.

Ao realizar uma atividade motora que exija que seja feita pouca força a
velocidade, que independe do comprimento dos sarcômeros, da contração será
maior que a de uma atividade que exija muita força, visto que aumento da
velocidadede encurtameto aumenta o ciclo das pontes cruzdas, diminuindo a
força (HAMILL et al 2012).
 Tendão + músculo esquético > interface SNC e segmento articulado
o Quando o SNC excita, essas partes que realizam a tarefa motora
o Modelos musculoesqueleticos avaliam essas estruturas >
auxilio no desenvolvimeto de equipamentos que ajudm na
recuperação das funções.
 Essencial para que se possa compreender o
funcionamento do corpo
 Reducionista: baseia-se nas propriedades microscópicas
do tecido;
 Black box: elementos tem entrada e saída (I/O)
 Dinâmica de contração
o Capacidade de desenvolver tensão máxima no desenvolvimento
de um movimento articular
 Ativação dinâmica: exitação neural > ativação do músculo
 Contração dinâmica: transforma a ativação em força
 Relação força-comprimento
o Descreve a dependencia do e stado isométrico da força em
função do comprimento do sarcomero
 Comprimento ideal quando ocorre a máx superposição dos
miofilamentos, aumentando o número de pontes cruzadas
 Ascendente: força e comprimento aumentam
simultaneamente
 Platô/descendente: aumento do comprimento e redução da
força de contração
o Resistencia/potencial de geração de força é determinado pelo
tamanho do músuculo
o Tensao máxima quando o musculo for ativado em um
comprimento um pouco maior que em seu estado de repouso
(HAMILL)
 Comprimeto de repouso: musculo em estado de
alongamento cte (ZAJAC)
 Relação força-velocidade
o Potência muscular máxima obtida quando 1/3 da forca maxima for
gerada em 1/3 da velocidade máxima (ZAJAC, HAMILL)
o Velocidade aumenta com o decrecimo da força
 Independe do comprimento do sarcomero
 O aumento da velocidadede encurtameto aumenta o ciclo
das pontes cruzdas, diminuindo a força
o Ligadas ao comportamento da fibra muscular
 Modelo de Hill
o componente contráctil (CC): converte o estímulo nervoso em
força e determina a eficiência da contração
o componente elástico em paralelo (CEP), está associado a fáscia
muscular,
o componente elástico em série (CES),epresenta elasticidade das
estruturas geradoras de força
o foi um dos primeiros a afirmar que a elasticidade do tendão afeta
a força exercida pelo músculo (ZAJAC).
 CC contribue para a geração de força
 CES > velocidade das fibras musculares pode ser oposta a
velocidade do sarcmero
 Força muscular diminue de maneira rápida
 Velocidade da fibra muscular muda de maneira
devagar (fibra encurta)
 Comprimento das fibras e do sarcomero não é proporcional
devido ao alongamentodo músculo em série
RESUMO

Um Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um dano neurológico ocasionado


por uma isquemia ou uma hemorragia (MARQUES, 2014), tendo como
principal consequência a espasticidade, clinicamente definida como uma
desordem motora caracterizada pelo aumento da resistência de alongamento
passivo, causando espasmos musculares involuntários e resistência ao
movimento (MARQUES; JANSEN et al, 2014), desencadeando distúrbios no
movimento, dor e limitações funcionais.

Na presença de um AVC, as informações necessárias de comprimento e


velocidade, para o início da contração muscular que são enviados pelo sistema
nervoso central, sofrem alterações, porém, ainda não se sabe exatamente a
razão de tal fato ocorre, pois há uma dificuldade de se realizar medições de
dados não neurais.

Uma maneira de se acessar essas variáveis, é através da modelagem


musculoesquelética, que segundo Naves, 2006, é de grande importância
dentro da comunidade cientifica, visto que ela auxilia no estudo do
funcionamento de sistemas biológicos, acessando variáveis, como a contratura
muscular, que são difíceis de se medir in-vivo.

Os modelos musculoesqueléticos são constituídos pela interface entre o


sistema nervoso central (SNC) e o segmento articulado, formado pelo tendão e
o músculo esquelético, e auxiliam na avaliação dessas estruturas e na
compreensão do funcionamento do corpo humano. Os principais objetivos da
modelagem são de estudar os princípios da atividade muscular e estimar a
força muscular durante uma tarefa motora (ZAJAC, 1989).

Uma vez que é possível extrair dados da excitação em esforços isométricos


e isocinéticos (THELEN, 2003), pode-se modelar matematicamente o
comportamento da estrutura musculo-tendínea através do modelo muscular de
Hill ou o de ponte cruzada (MILLARD et al, 2013), sendo o primeiro mais
utilizado em simulações musculoesqueléticas.

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