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LOCOMOTOR HUMANO
No corpo humano, os ossos atuam como a haste rígida, as articulações como o fulcro e
os músculos aplicam as forças.
2.1.1. Os Ossos
2.1.2. Articulação
Neste tipo de articulação existe uma grande mobilidade dos ossos nas superfícies
articulares. Estes se mantêm em sua posição com o auxílio da cápsula articular e dos
ligamentos.
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Figura 8a: Os meniscos do joelho. [5]
Uma das mais interessantes para o estudo da biomecânica humana é a articulação entre
os corpos vertebrais de vértebras adjacentes, com a presença do disco intervertebral,
que é uma articulação tipo sínfise. O disco intervertebral é um disco fibrocartilaginoso
constituído de duas partes: a parte central (núcleo pulposo, gelatinoso, que apresenta
uma grande proporção de água e muito resistente à deformação) e a parte periférica
(anel fibroso, formado por sucessão de capas fibrosas concêntricas).
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Figura 8b: O segmento motor, unidade funcional da coluna, é composto por duas vértebras
adjacentes e pelas partes moles da articulação. [5]
• Tendões: são formados por feixes de fibras colágenas com disposição paralela,
tendo muito pouca distensibilidade, porém possuem grande flexibilidade.
Transmitem aos ossos as forças de tração originárias da contração muscular. Alguns
tendões estão rodeados por uma bainha de tecidos conectivos, denominados sinovia,
que produz o líquido sinovial, que diminui o atrito entre eles.
São elementos constituídos por tecido muscular; este pode ser liso ou apresentar
estriações transversais, como é o caso dos músculos estriados esqueléticos. Estes são
formados por fibras musculares estriadas (células musculares), de contração
voluntária, capazes de gerar tração nos ossos onde estão inseridos, a partir da energia
metabólica adquirida dos nutrientes.
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O conhecimento das estruturas que compõe o músculo é fundamental para
compreender seu funcionamento. A nível microscópio, os músculos estão formados
por um número elevado de células denominadas fibras musculares. Na finalização dos
músculos estas células se fundem com as fibras tendinosas, formando os tendões.
Cada fibra muscular apresenta uma grande quantidade de miofibrilas; estas, por sua
vez, são constituídas de filamentos de proteínas polimerizadas, actina e miosina, onde
ocorre a contração muscular, por um mecanismo especial de atração e deslizamento
através das pontes cruzadas entre essas duas proteínas.
Cada fibra muscular tem uma união neuromuscular denominada placa motora ou placa
mioneural, onde é liberado o impulso nervoso para a contração do músculo, através de
um neurotransmissor denominado acetilcolina. Este despolariza a membrana da fibra
muscular, liberando o cálcio armazenado nos retículos sarcoplasmáticos, que irá
liberar os pontos ativos para formação das pontes cruzadas.
Em uma postura relaxada (como exemplo podemos citar um braço estendido ao longo
do corpo), o esforço muscular é mínimo e as contrações musculares são
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escassas. Nesta situação, o aporte de sangue necessário não é relevante, nem existe
impedimento para que o sistema circulatório proporcione e elimine os catabólitos
produzidos pelo metabolismo.
2.2.1. Esforço Dinâmico
Outra particularidade deste tipo de esforço é que ele não se traduz em trabalho
mecânico, já que não há movimento.
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Posturas diferentes supõe gastos energéticos distintos e, na medida que estas posturas
se afastam das posições onde o equilíbrio é mantido de forma confortável, o gasto
energético se torna maior.
Figura 11: O músculo opera em condições desfavoráveis de irrigação sangüínea durante o trabalho
estático, com a demanda superando o suprimento, enquanto há equilíbrio entre a demanda
e o suprimento durante o repouso e o trabalho dinâmico. [6]
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