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AULÃ O – PROJETO SAEB – 1º/2º ANO- 2021

PROFESSOR: JOEL/CINTHIA
MATRIZ DE DESCRITORES DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Tópico I. Procedimentos de Leitura
D1 – Localizar informaçõ es explícitas em um texto.
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressã o.
D4 – Inferir uma informaçã o implícita em um texto.
D6 – Identificar o tema de um texto.
D14 – Distinguir um fato da opiniã o relativa a esse fato.

Tópico II. Implicações do Suporte, do Gênero e /ou do Enunciador na Compreensão do Texto


D5 – Interpretar texto com auxílio de material grá fico diverso (propagandas, quadrinhos, foto, etc.).
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

Tópico III. Relação entre Textos


D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informaçã o na comparaçã o de textos que tratam do mesmo tema,
em funçã o das condiçõ es em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.
D21 – Reconhecer posiçõ es distintas entre duas ou mais opiniõ es relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.

Tópico IV. Coerência e Coesão no Processamento do Texto


D2 – Estabelecer relaçõ es entre partes de um texto, identificando repetiçõ es ou substituiçõ es que contribuem para a
continuidade de um texto.
D7 – Identificar a tese de um texto.
D8 – Estabelecer relaçã o entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá -la.
D9 – Diferenciar as partes principais das secundá rias em um texto.
D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
D11 – Estabelecer relaçã o causa/consequência entre partes e elementos do texto.
D15 – Estabelecer relaçõ es ló gico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunçõ es, advérbios, etc.

Tópico V. Relações entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido


D16 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
D17 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuaçã o e de outras notaçõ es.
D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressã o.
D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploraçã o de recursos ortográ ficos e/ou morfossintá ticos.

Tópico VI. Variação Linguística


D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

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Tópico V. Relações entre Recursos Expressivos e que o leitor, ao explorar o texto, perceba como esses
Efeitos de Sentido elementos constroem a significação, na situação
O uso de recursos expressivos possibilita uma leitura comunicativa em que se apresentam.
para além dos elementos superficiais do texto e auxilia o
leitor na construçã o de novos significados. Nesse sentido, DESCRITOR 19
o conhecimento de diferentes gêneros textuais D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da
proporciona ao leitor o desenvolvimento de estratégias exploração de recursos ortográficos e/ou
de antecipaçã o de informaçõ es que o levam à construçã o morfossintáticos.
de significados.
Em diferentes gêneros textuais, tais como a propa- A habilidade que pode ser avaliada por meio deste
ganda, por exemplo, os recursos expressivos sã o descritor, refere-se à identificaçã o pelo aluno do sentido
largamente utilizados, como caixa alta, negrito, itá lico, que um recurso ortográ fico, como, por exemplo,
etc. Os poemas também se valem desses recursos, diminutivo ou, aumentativo de uma palavra, entre ou-
exigindo atençã o redobrada e sensibilidade do leitor tros, e/ou os recursos morfossintá ticos (forma que as
para perceber os efeitos de sentido subjacentes ao texto. palavras se apresentam), provocam no leitor, conforme o
Vale destacarmos que os sinais de pontuaçã o, como que o autor deseja expressar no texto.
reticências, exclamaçã o, interrogaçã o, etc., e outros Essa habilidade é avaliada por meio de um texto
mecanismos de notaçã o, como o itá lico, o negrito, a caixa no qual se requer que o aluno identifique as mudanças de
alta e o tamanho da fonte podem expressar sentidos sentido decorrentes das variaçõ es nos padrõ es
variados. O ponto de exclamaçã o, por exemplo, nem gramaticais da língua (ortografia, concordâ ncia, es-
sempre expressa surpresa. Faz-se necessá rio, portanto, trutura de frase, entre outros) no texto.
B) a continuidade de uma açã o.
QUESTÕES C) a possibilidade de ocorrência de um fato.
D) a conduçã o para a realizaçã o de uma açã o.
01) DESCRITOR 19
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(SEAPE). Leia o texto abaixo.
--
Por que o cachorro foi morar com o homem? 02) DESCRITOR 19

O cachorro, que todos dizem ser o melhor amigo (SPAECE). Leia o texto abaixo.
do homem, vivia antigamente no meio do mato com seus
primos, o chacal e o lobo. O craque sem idade
Os três brincavam de correr pelas campinas sem
Quando acabou a etapa inicial do jogo Brasil x
fim, matavam a sede nos riachos e caçavam sempre
Paraguai, o placar acusava um lírico, um platô nico 0 x 0.
juntos.
Ora, o empate é o pior resultado do mundo. [...] Acresce o
Mas, todos os anos, antes da estaçã o das chuvas,
seguinte: de todos os empates o mais exasperante é o de
os primos tinham dificuldades para encontrar o que
0 x 0. [...]
comer. A vegetaçã o e os rios secavam, fazendo com que
Sú bito, o alto-falante do está dio se põ e a anunciar
os animais da floresta fugissem em busca de outras
as duas substituiçõ es brasileiras: entravam Zizinho e
paragens.
Walter. Foi uma transfiguraçã o. Ninguém ligou para
Um dia, famintos e ofegantes, os três com as
Walter, que é um craque, sim, mas sem a tradiçã o, sem a
línguas de fora por causa do forte calor, sentaram-se à
legenda, sem a pompa de um Ziza. O nome que crepitou,
sombra de uma á rvore para tomarem uma decisã o.
que encheu, que inundou todo o espaço acú stico do
– Precisamos mandar alguém à aldeia dos homens
Maracanã foi o do comandante banguense.
para apanhar um pouco de fogo – disse o lobo.
Imediatamente, cada torcedor tratou de enxugar, no
– Fogo? – perguntou o cachorro.
lá bio, a baba da impotência, do despeito e da frustraçã o.
– Para queimar o capim e comer gafanhotos
O placar permanecia empacado no 0 x 0. Mas já nos
assados – respondeu o chacal com á gua na boca.
sentíamos atravessados pela certeza profética da vitó ria.
– E quem vai buscar o fogo? – tornou a perguntar o
Os nossos tó rax arriados encheram-se de um ar heroico,
cachorro.
estufaram-se como nos anú ncios de fortificante.
– Você! – responderam o lobo e o chacal, ao
Eis a verdade: a partir do momento em que se
mesmo tempo, apontando para o cã o.
anunciou Zizinho, a partida estava automá tica e
De acordo com a tradiçã o africana, o cã o, que era o
fatalmente ganha. Portanto, pú blico, juiz, bandeirinhas e
mais novo, nã o teve outro jeito, pois nã o podia
os dois times podiam ter se retirado, podiam ter ido para
desobedecer a uma ordem dos mais velhos. Ele ia ter que
casa. Pois bem: veio o jogo. Ora, o primeiro tempo
fazer a cansativa jornada até a aldeia, enquanto o lobo e o
caracterizara-se por uma esterilidade bonitinha. Nenhum
chacal ficavam dormindo numa boa.
gol, nada. Mas a presença de Zizinho, por si só , dinamizou
O cachorro correu e correu até alcançar o cercado
a etapa complementar, deu-lhe cará ter, deu-lhe alma,
de espinhos e paus pontudos que protegia a aldeia dos
infundiu-lhe dramatismo. Por outro lado, verificamos
ataques dos leõ es.
ainda uma vez o seguinte: a bola tem um instinto
Anoitecia, e das cabanas saía um cheiro gostoso. O
clarividente e infalível que a faz encontrar e acompanhar
cachorro entrou numa delas e viu uma mulher dando de
o verdadeiro craque.
comer a uma criança. Cansado, resolveu sentar e esperar
Foi o que aconteceu: a pelota nã o largou Zizinho, a
a mulher se distrair para ele pegar um tiçã o.
pelota o farejava e seguia com uma fidelidade de
Uma panela de mingau de milho fumegava sobre
cadelinha ao seu dono. [...]
uma fogueira. Dali, a mulher, sem se importar com a
No fim de certo tempo, tínhamos a ilusã o de que
presença do cã o, tirava pequenas porçõ es e as passava
só Zizinho jogava. Deixara de ser um espetá culo de 22
para uma tigela de barro.
homens, mais o juiz e os bandeirinhas. Zizinho triturava
Quando terminou de alimentar o filho, ela raspou
os outros ou, ainda, Zizinho afundava os outros numa
o vasilhame e jogou o resto do mingau para o cã o. O
sombra irremediá vel. Eis o fato: a partida foi um show
bicho, esfomeado, devorou tudo e adorou. Enquanto
pessoal e intransferível.
comia, a criança se aproximou e acariciou o seu pelo.
E, no entanto, a convocaçã o do formidá vel jogador
Entã o, o cã o disse para si mesmo:
suscitara escrú pulos e debates acadêmicos. Tinha contra
– Eu é que nã o volto mais para a floresta. O lobo e
si a idade, nã o sei se 32, 34, 35 anos. Geralmente, o
o chacal vivem me dando ordens.
jogador de 34 anos está gagá para o futebol, está
Aqui nã o falta comida e as pessoas gostam de
babando de velhice esportiva. Mas o caso de Zizinho
mim. De hoje em diante vou morar com os homens e
mostra o seguinte: o tempo é uma convençã o que nã o
ajudá -los a tomar conta de suas casas.
existe [...] para o craque. [...] Do mesmo modo, que
E foi assim que o cachorro passou a viver junto
importa a nó s tenha Zizinho dezessete ou trezentos anos,
aos homens. E é por causa disso que o lobo e o chacal
se ele decide as partidas? Se a bola o reconhece e
ficam uivando na floresta, chamando pelo primo fujã o.
BARBOSA, Rogério Andrade. Disponível em prefere?
<http://www.ciadejovensgriots.org.br/Contos_Africanos_Infantis/Porque_o_cach No jogo Brasil x Paraguai, ele ganhou a partida
orro_foi_
morar_com_o_homem.php>. Acesso em: 5 jul. 2011.
antes de aparecer, antes de molhar a camisa, pelo alto-
falante, no intervalo. Em ú ltimo caso, poderá jogar, de
No trecho “Quando terminou de alimentar o filho, ela casa, pelo telefone.
raspou o vasilhame e jogou o resto do mingau para o RODRIGUES, Nelson. Disponível em: <http://goo.gl/OcttjP>. Acesso em: 15 out.
2013. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento.
cã o.” (17° pará grafo), o autor, ao utilizar o tempo dos
verbos destacados estabelece
A) a conclusã o de um fato.
No trecho “Ora, o primeiro tempo caracterizara-se por já tenha começado a escrever num blog (parabéns, pô s-
uma esterilidade bonitinha.” (3° pará grafo), o uso do se em açã o). No entanto, esses escritos podem conduzi-lo
diminutivo no termo em destaque sugere a um caminho que nã o estava nos planos. Dependendo
A) admiraçã o. do conteú do, seus posts podem levá -lo a um convite para
B) deboche. lecionar no interior, [...] a estagiar com um tio
C) suavidade. engenheiro, a fazer doce pra fora, a pegar a estrada com
D) tamanho. um amigo e acabar na Costa Rica, onde conhecerá a
mulher da sua vida e com ela abrirá uma pousada,
----------------------------------------------------------------- transformando-se num empresá rio do ramo da hotelaria.
-- Nã o é assim que as coisas acontecem, emendando
03) DESCRITOR 19 uma circunstâ ncia na outra?
A vida está repleta de exemplos de arquiteta que
(Itajubá -CE). Leia o texto abaixo. virou estilista, [...] estudante de Letras que virou
maquiadora, publicitá rio que virou chef de cozinha,
AO APAGAR DAS LUZES professor que virou dono de pet shop, economista que
virou fotó grafo. Tem até gente que almejava ser
Ele tinha decidido, sem nada avisar, sem
economista, virou economista, fez uma bela carreira
combinaçã o nenhuma, que naquela noite haveria o
como economista e morreu economista. A vida é
grande desvendamento.
surpreendente.
Ele ia-se revelar, pronunciar a dura verdade, abrir
Ariano Suassuna largou a advocacia aos 27 anos,
o peito, rasgar as vestes da postura comida, e abrir as
Joã o Ubaldo também se formou em Direito, mas nem
pernas e parir a si mesmo e suas verdades na cara dos
chegou a exercer o ofício, e Rubem Alves teve até
demais, Eram uma família normal, uma gente cotidiana,
restaurante. Tudo que dá errado pode dar muito certo. A
que trabalhava para pagar suas contas, que mantinha um
vida joga os dados, dá as cartas, gira a roleta: a nó s, cabe
tipo de fidelidade devida antes ao cansaço e à resignaçã o
apenas continuar apostando.
que à lealdade e ao amor. MEDEIROS, Martha. Disponível em: <http://cadeomeuabraco.blogspot.com.br/>.
Pais e filhos, uns casados, outros solteiros, Acesso em: 22 jul. 2014. Fragmento.
reuniam-se cada domingo assim, para atenderem ao
desejo da mã e, à ordem do pai, e à sua pró pria Nesse texto, a expressã o “caia do céu” (2° pará grafo) foi
resignaçã o. usada para
O pai era um homem normal, cumpridor metó dico A) ironizar o comportamento das pessoas sonhadoras.
de seus deveres, prazeres poucos, e ao cabo de tantos B) mostrar a mudança repentina de atitude das
anos já nã o sabia direito o que eram seus desejos, se pessoas.
tinha sonhos, se tudo se fundia tia realidade tediosa... C) reforçar o sentimento de passagem repentina do
(O Estado de S. Paulo, 10/04/2002) tempo.
D) sugerir a inércia das pessoas para atingir um
No fragmento acima quem conta a histó ria objetivo.
a) O pai
b) A mulher -----------------------------------------------------------------
c) O narrador --
d) Os filhos 05) DESCRITOR 19

----------------------------------------------------------------- (SAEGO). Leia o texto abaixo.


--
04) DESCRITOR 19 De bem com a vida
Filó , a joaninha, acordou cedo.
(SAEGO). Leia o texto abaixo.
– Que lindo dia! Vou aproveitar para visitar minha
Uma vida melhor que a encomenda tia.
– Alô , tia Matilde. Posso ir aí hoje?
[...] Domingo passado, comentei sobre o – Venha, Filó . Vou fazer um almoço bem gostoso.
documentá rio Eu Maior, em que Rubem Alves também Filó colocou seu vestido amarelo de bolinhas
participou [...]. Entre outras coisas, ele contou que certa pretas, passou batom cor-de-rosa, calçou os sapatinhos
vez um garoto se aproximou dele para perguntar como de verniz, pegou o guarda-chuva preto e saiu pela
havia planejado sua vida para chegar onde chegou, qual floresta: plecht, plecht...
foi a fó rmula do sucesso. Rubem Alves respondeu que Andou, andou... e logo encontrou Loreta, a
chegou onde chegou porque tudo que havia planejado borboleta.
deu errado. – Que lindo dia!
Planejar serve para colocar a pessoa em – E pra que esse guarda-chuva preto, Filó ?
movimento. Se nã o houver um objetivo, um desejo – É mesmo! – pensou a joaninha.
qualquer, ela acabará esperando sentada que alguma E foi para casa deixar seu guarda-chuva. De volta à
grande oportunidade caia do céu, possivelmente por floresta:
merecimento có smico. – Sapatinhos de verniz? Que exagero! – Disse o
É preciso querer alguma coisa – já alcançar é sapo Tatá. Hoje nem tem festa na floresta.
facultativo, explico por quê. – É mesmo! – pensou a joaninha.
Uma vez determinado o rumo a seguir, entra a E foi para casa trocar os sapatinhos. De volta à
melhor parte: abrir-se para os acidentes de percurso. floresta:
Você que sonha em ser um Rubem Alves, é possível que
– Batom cor-de-rosa? Que esquisito! – disse Téo, o Todas as frases do texto começam com "a chuva". Esse
grilo falante. – É mesmo! – pensou a joaninha. De volta à recurso é utilizado para
floresta: (A) provocar a percepçã o do ritmo e da sonoridade.
– Vestido amarelo com bolinhas pretas? Que feio. (B) provocar uma sensaçã o de relaxamento dos
Por que nã o usa o vermelho? – disse a aranha Filomena. – sentidos.
É mesmo! – pensou Filó . E foi para casa trocar de vestido. (C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da
Cansada de tanto ir e voltar, Filó resmungava pelo chuva.
caminho. O sol estava tã o quente que a joaninha resolveu (D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.
desistir do passeio.
Chegando em casa, ligou para tia Matilde. -----------------------------------------------------------------
– Titia, vou deixar a visita para outro dia. --
– O que aconteceu, Filó ? 07) DESCRITOR 19
– Ah! Tia Matilde! Acordei cedo, me arrumei bem
bonita e saí andando pela floresta. Mas no caminho... (Equipe PIP). Leia o texto abaixo.
– Lembre-se, Filozinha... Gosto de você do jeitinho
que você é. Venha amanhã , estarei te esperando com um A gansa dos ovos de ouro
(Fábula de Esopo recontada por Ana Maria Machado)
almoço bem gostoso.
No dia seguinte, Filó acordou de bem com a vida.
Colocou seu vestido amarelo de bolinhas pretas, amarrou Era uma vez um casal de camponeses que tinha
a fita na cabeça, passou batom cor-de-rosa, calçou seus uma gansa muito especial. De vez em quando, quase todo
sapatinhos de verniz, pegou o guarda-chuva preto, saiu dia, ela botava um ovo de ouro. Era uma sorte enorme,
andando apressadinha pela floresta plecht, plecht, mas em pouco tempo ele começaram achar que podiam
plecht... e só parou para descansar no colo gostoso da tia ficar muito mais ricos se ela pusesse um ovo daqueles
Matilde. por hora ou a todo momento que eles quisessem.
RIBEIRO, Nye. De bem com a vida. In: Contos. Nova Escola. Edição especial. p. 51. Falavam nisso sem parar, imaginando o que fariam com
tanto ouro.
Nesse texto, o diminutivo na palavra “bolinhas” (5° - Que bobagem a gente ficar esperando que todo
pará grafo) reforça a ideia de dia saia dessa gansa um pouquinho... Ela deve ter dentro
A) tamanho. dela um jeito especial de fabricar ouro. Isso era o que a
B) inferioridade. gente precisava.
C) deboche. - Isso mesmo. Deve ter uma maquininha, um
D) carinho. aparelho, alguma coisa assim. Se a gente pegar pra nó s,
nã o precisa mais da gansa.
----------------------------------------------------------------- - E... Era melhor ter tudo de uma vez. E ficar muito
-- rico.
06) DESCRITOR 19 E resolveram matar a gansa para pegar todo o
ouro.
Leia o texto para responder a questã o abaixo: Mas dentro nã o tinha nada diferente das outras
gansas que eles já tinham visto – só carne, tripa,
A CHUVA gordura...
A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou E eles nã o pegaram mais ouro. Nem mesmo
os rios. A chuva molhou os transeuntes. A chuva ganharam um ovo de ouro, nunca mais.
encharcou as praças. A chuva enferrujou as má quinas. A
chuva enfureceu as marés. A chuva e seu cheiro de terra. A palavra Isso marcada no texto se refere a:
A chuva com sua cabeleira. A chuva esburacou as pedras. (A) Um pouquinho de tempo de que o casal precisava
A chuva alagou a favela. A chuva de canivetes. A chuva para cuidar da gansa.
enxugou a sede. A chuva anoiteceu de tarde. A chuva e (B) A bobagem de achar que dentro da gansa tinha
seu brilho prateado. A chuva de retas paralelas sobre a ouro.
terra curva. A chuva destroçou os guarda-chuvas. A (C) Um modo de produzir ouro.
chuva durou muitos dias. A chuva apagou o incêndio. A (D) Uma maneira menos cruel de matar a gansa.
chuva caiu. A chuva derramou-se. A chuva murmurou
meu nome. A chuva ligou o pá ra-brisa. A chuva acendeu -----------------------------------------------------------------
os faró is. A chuva tocou a sirene. A chuva com a sua --
crina. A chuva encheu a piscina. A chuva com as gotas 08) DESCRITOR 19
grossas. A chuva de pingos pretos. A chuva açoitando as
plantas. A chuva senhora da lama. A chuva sem pena. A (SAEMS). Leia o texto abaixo.
chuva apenas. A chuva empenou os mó veis. A chuva
amarelou os livros. A chuva corroeu as cercas. A chuva e Domingo em Porto Alegre
seu baque seco. A chuva e seu ruído de vidro. A chuva (Fragmento)
inchou o brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva Enquanto Luiza termina de pô r a criançada a jeito,
multiplicando insetos. A chuva sobre os varais. A chuva ele confere o dinheiro que separou e o prende num clipe.
derrubando raios. A chuva acabou a luz. A chuva molhou Tudo em ordem para o grande dia. Passa a mã o na bolsa
os cigarros. A chuva mijou no telhado. A chuva regou o das merendas e se apresenta na porta do quarto.
gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez muitas ─ Tá na hora, pessoal.
poças. A chuva secou ao sol. ─ Já vai, já vai, - diz a mulher.
Mariana quer levar o bruxo de pano, Marta nã o
consegue afivelar a sandalinha, Marietinha quer fazer
xixi e Luiza se multiplica em torno delas.
─ Espero vocês lá em baixo.
Luiza se volta.
─ Por favor, vamos descer todos juntos.
Todos juntos, como uma família, papai e mamãe de
braços dados à frente do pequeno cortejo de meninas de
tranças.
─ Chama um carro – o passeio de tá xi também faz
parte do domingo. As meninas vã o com a mã e no banco
de trá s. Na frente, ele espicha as pernas, recosta a nuca,
que conforto um automó vel e o chofer nã o é como o do
ô nibus, mudo e mal-humorado, e até puxa conversa.
─ Dia bonito, nã o?
─ Pelo menos isso.
─ É , a vida tá dureza...
Dureza é apelido e do Alto Petró polis ao Bom Fim
viajam nesse tom, tom de domingo e na sua opiniã o nã o é
verdade que esse país já tá com a vela?
Na calçada, Luiza lhe passa o braço e comenta que
o choferzinho era meio corredor. Ele concorda e acha
também que era meio comunista.
E caminham.
Nas vitrinas do Bom Fim vã o olhando os ternos da
sala, as mesinhas de centro, os quartos que sonham
comprar um dia. Luiza se encanta num abajur dourado,
que lindo, ficaria tã o bem ao lado da poltrona azul. E
caminham. [...]
FARACO, Sérgio. Majestic hotel. Porto Alegre: L&PM, 1991, p. 47.

O uso da palavra chofer (9° pará grafo) no diminutivo


revela um tom de
A) confiança.
B) desprezo.
C) intimidade.
D) nervosismo.

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