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PROFESSOR: JOEL/CINTHIA
MATRIZ DE DESCRITORES DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Tópico I. Procedimentos de Leitura
D1 – Localizar informaçõ es explícitas em um texto.
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressã o.
D4 – Inferir uma informaçã o implícita em um texto.
D6 – Identificar o tema de um texto.
D14 – Distinguir um fato da opiniã o relativa a esse fato.
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Tópico V. Relações entre Recursos Expressivos e que o leitor, ao explorar o texto, perceba como esses
Efeitos de Sentido elementos constroem a significação, na situação
O uso de recursos expressivos possibilita uma leitura comunicativa em que se apresentam.
para além dos elementos superficiais do texto e auxilia o
leitor na construçã o de novos significados. Nesse sentido, DESCRITOR 19
o conhecimento de diferentes gêneros textuais D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da
proporciona ao leitor o desenvolvimento de estratégias exploração de recursos ortográficos e/ou
de antecipaçã o de informaçõ es que o levam à construçã o morfossintáticos.
de significados.
Em diferentes gêneros textuais, tais como a propa- A habilidade que pode ser avaliada por meio deste
ganda, por exemplo, os recursos expressivos sã o descritor, refere-se à identificaçã o pelo aluno do sentido
largamente utilizados, como caixa alta, negrito, itá lico, que um recurso ortográ fico, como, por exemplo,
etc. Os poemas também se valem desses recursos, diminutivo ou, aumentativo de uma palavra, entre ou-
exigindo atençã o redobrada e sensibilidade do leitor tros, e/ou os recursos morfossintá ticos (forma que as
para perceber os efeitos de sentido subjacentes ao texto. palavras se apresentam), provocam no leitor, conforme o
Vale destacarmos que os sinais de pontuaçã o, como que o autor deseja expressar no texto.
reticências, exclamaçã o, interrogaçã o, etc., e outros Essa habilidade é avaliada por meio de um texto
mecanismos de notaçã o, como o itá lico, o negrito, a caixa no qual se requer que o aluno identifique as mudanças de
alta e o tamanho da fonte podem expressar sentidos sentido decorrentes das variaçõ es nos padrõ es
variados. O ponto de exclamaçã o, por exemplo, nem gramaticais da língua (ortografia, concordâ ncia, es-
sempre expressa surpresa. Faz-se necessá rio, portanto, trutura de frase, entre outros) no texto.
B) a continuidade de uma açã o.
QUESTÕES C) a possibilidade de ocorrência de um fato.
D) a conduçã o para a realizaçã o de uma açã o.
01) DESCRITOR 19
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(SEAPE). Leia o texto abaixo.
--
Por que o cachorro foi morar com o homem? 02) DESCRITOR 19
O cachorro, que todos dizem ser o melhor amigo (SPAECE). Leia o texto abaixo.
do homem, vivia antigamente no meio do mato com seus
primos, o chacal e o lobo. O craque sem idade
Os três brincavam de correr pelas campinas sem
Quando acabou a etapa inicial do jogo Brasil x
fim, matavam a sede nos riachos e caçavam sempre
Paraguai, o placar acusava um lírico, um platô nico 0 x 0.
juntos.
Ora, o empate é o pior resultado do mundo. [...] Acresce o
Mas, todos os anos, antes da estaçã o das chuvas,
seguinte: de todos os empates o mais exasperante é o de
os primos tinham dificuldades para encontrar o que
0 x 0. [...]
comer. A vegetaçã o e os rios secavam, fazendo com que
Sú bito, o alto-falante do está dio se põ e a anunciar
os animais da floresta fugissem em busca de outras
as duas substituiçõ es brasileiras: entravam Zizinho e
paragens.
Walter. Foi uma transfiguraçã o. Ninguém ligou para
Um dia, famintos e ofegantes, os três com as
Walter, que é um craque, sim, mas sem a tradiçã o, sem a
línguas de fora por causa do forte calor, sentaram-se à
legenda, sem a pompa de um Ziza. O nome que crepitou,
sombra de uma á rvore para tomarem uma decisã o.
que encheu, que inundou todo o espaço acú stico do
– Precisamos mandar alguém à aldeia dos homens
Maracanã foi o do comandante banguense.
para apanhar um pouco de fogo – disse o lobo.
Imediatamente, cada torcedor tratou de enxugar, no
– Fogo? – perguntou o cachorro.
lá bio, a baba da impotência, do despeito e da frustraçã o.
– Para queimar o capim e comer gafanhotos
O placar permanecia empacado no 0 x 0. Mas já nos
assados – respondeu o chacal com á gua na boca.
sentíamos atravessados pela certeza profética da vitó ria.
– E quem vai buscar o fogo? – tornou a perguntar o
Os nossos tó rax arriados encheram-se de um ar heroico,
cachorro.
estufaram-se como nos anú ncios de fortificante.
– Você! – responderam o lobo e o chacal, ao
Eis a verdade: a partir do momento em que se
mesmo tempo, apontando para o cã o.
anunciou Zizinho, a partida estava automá tica e
De acordo com a tradiçã o africana, o cã o, que era o
fatalmente ganha. Portanto, pú blico, juiz, bandeirinhas e
mais novo, nã o teve outro jeito, pois nã o podia
os dois times podiam ter se retirado, podiam ter ido para
desobedecer a uma ordem dos mais velhos. Ele ia ter que
casa. Pois bem: veio o jogo. Ora, o primeiro tempo
fazer a cansativa jornada até a aldeia, enquanto o lobo e o
caracterizara-se por uma esterilidade bonitinha. Nenhum
chacal ficavam dormindo numa boa.
gol, nada. Mas a presença de Zizinho, por si só , dinamizou
O cachorro correu e correu até alcançar o cercado
a etapa complementar, deu-lhe cará ter, deu-lhe alma,
de espinhos e paus pontudos que protegia a aldeia dos
infundiu-lhe dramatismo. Por outro lado, verificamos
ataques dos leõ es.
ainda uma vez o seguinte: a bola tem um instinto
Anoitecia, e das cabanas saía um cheiro gostoso. O
clarividente e infalível que a faz encontrar e acompanhar
cachorro entrou numa delas e viu uma mulher dando de
o verdadeiro craque.
comer a uma criança. Cansado, resolveu sentar e esperar
Foi o que aconteceu: a pelota nã o largou Zizinho, a
a mulher se distrair para ele pegar um tiçã o.
pelota o farejava e seguia com uma fidelidade de
Uma panela de mingau de milho fumegava sobre
cadelinha ao seu dono. [...]
uma fogueira. Dali, a mulher, sem se importar com a
No fim de certo tempo, tínhamos a ilusã o de que
presença do cã o, tirava pequenas porçõ es e as passava
só Zizinho jogava. Deixara de ser um espetá culo de 22
para uma tigela de barro.
homens, mais o juiz e os bandeirinhas. Zizinho triturava
Quando terminou de alimentar o filho, ela raspou
os outros ou, ainda, Zizinho afundava os outros numa
o vasilhame e jogou o resto do mingau para o cã o. O
sombra irremediá vel. Eis o fato: a partida foi um show
bicho, esfomeado, devorou tudo e adorou. Enquanto
pessoal e intransferível.
comia, a criança se aproximou e acariciou o seu pelo.
E, no entanto, a convocaçã o do formidá vel jogador
Entã o, o cã o disse para si mesmo:
suscitara escrú pulos e debates acadêmicos. Tinha contra
– Eu é que nã o volto mais para a floresta. O lobo e
si a idade, nã o sei se 32, 34, 35 anos. Geralmente, o
o chacal vivem me dando ordens.
jogador de 34 anos está gagá para o futebol, está
Aqui nã o falta comida e as pessoas gostam de
babando de velhice esportiva. Mas o caso de Zizinho
mim. De hoje em diante vou morar com os homens e
mostra o seguinte: o tempo é uma convençã o que nã o
ajudá -los a tomar conta de suas casas.
existe [...] para o craque. [...] Do mesmo modo, que
E foi assim que o cachorro passou a viver junto
importa a nó s tenha Zizinho dezessete ou trezentos anos,
aos homens. E é por causa disso que o lobo e o chacal
se ele decide as partidas? Se a bola o reconhece e
ficam uivando na floresta, chamando pelo primo fujã o.
BARBOSA, Rogério Andrade. Disponível em prefere?
<http://www.ciadejovensgriots.org.br/Contos_Africanos_Infantis/Porque_o_cach No jogo Brasil x Paraguai, ele ganhou a partida
orro_foi_
morar_com_o_homem.php>. Acesso em: 5 jul. 2011.
antes de aparecer, antes de molhar a camisa, pelo alto-
falante, no intervalo. Em ú ltimo caso, poderá jogar, de
No trecho “Quando terminou de alimentar o filho, ela casa, pelo telefone.
raspou o vasilhame e jogou o resto do mingau para o RODRIGUES, Nelson. Disponível em: <http://goo.gl/OcttjP>. Acesso em: 15 out.
2013. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento.
cã o.” (17° pará grafo), o autor, ao utilizar o tempo dos
verbos destacados estabelece
A) a conclusã o de um fato.
No trecho “Ora, o primeiro tempo caracterizara-se por já tenha começado a escrever num blog (parabéns, pô s-
uma esterilidade bonitinha.” (3° pará grafo), o uso do se em açã o). No entanto, esses escritos podem conduzi-lo
diminutivo no termo em destaque sugere a um caminho que nã o estava nos planos. Dependendo
A) admiraçã o. do conteú do, seus posts podem levá -lo a um convite para
B) deboche. lecionar no interior, [...] a estagiar com um tio
C) suavidade. engenheiro, a fazer doce pra fora, a pegar a estrada com
D) tamanho. um amigo e acabar na Costa Rica, onde conhecerá a
mulher da sua vida e com ela abrirá uma pousada,
----------------------------------------------------------------- transformando-se num empresá rio do ramo da hotelaria.
-- Nã o é assim que as coisas acontecem, emendando
03) DESCRITOR 19 uma circunstâ ncia na outra?
A vida está repleta de exemplos de arquiteta que
(Itajubá -CE). Leia o texto abaixo. virou estilista, [...] estudante de Letras que virou
maquiadora, publicitá rio que virou chef de cozinha,
AO APAGAR DAS LUZES professor que virou dono de pet shop, economista que
virou fotó grafo. Tem até gente que almejava ser
Ele tinha decidido, sem nada avisar, sem
economista, virou economista, fez uma bela carreira
combinaçã o nenhuma, que naquela noite haveria o
como economista e morreu economista. A vida é
grande desvendamento.
surpreendente.
Ele ia-se revelar, pronunciar a dura verdade, abrir
Ariano Suassuna largou a advocacia aos 27 anos,
o peito, rasgar as vestes da postura comida, e abrir as
Joã o Ubaldo também se formou em Direito, mas nem
pernas e parir a si mesmo e suas verdades na cara dos
chegou a exercer o ofício, e Rubem Alves teve até
demais, Eram uma família normal, uma gente cotidiana,
restaurante. Tudo que dá errado pode dar muito certo. A
que trabalhava para pagar suas contas, que mantinha um
vida joga os dados, dá as cartas, gira a roleta: a nó s, cabe
tipo de fidelidade devida antes ao cansaço e à resignaçã o
apenas continuar apostando.
que à lealdade e ao amor. MEDEIROS, Martha. Disponível em: <http://cadeomeuabraco.blogspot.com.br/>.
Pais e filhos, uns casados, outros solteiros, Acesso em: 22 jul. 2014. Fragmento.
reuniam-se cada domingo assim, para atenderem ao
desejo da mã e, à ordem do pai, e à sua pró pria Nesse texto, a expressã o “caia do céu” (2° pará grafo) foi
resignaçã o. usada para
O pai era um homem normal, cumpridor metó dico A) ironizar o comportamento das pessoas sonhadoras.
de seus deveres, prazeres poucos, e ao cabo de tantos B) mostrar a mudança repentina de atitude das
anos já nã o sabia direito o que eram seus desejos, se pessoas.
tinha sonhos, se tudo se fundia tia realidade tediosa... C) reforçar o sentimento de passagem repentina do
(O Estado de S. Paulo, 10/04/2002) tempo.
D) sugerir a inércia das pessoas para atingir um
No fragmento acima quem conta a histó ria objetivo.
a) O pai
b) A mulher -----------------------------------------------------------------
c) O narrador --
d) Os filhos 05) DESCRITOR 19