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CURSO BÁSICO EM WB-EMS | EDIÇÃO 2020

APOSTILA
MÓDULO 3 - AULA 1 E 2
AUTOR: ALEXA MAIER
RESPONSÁVEL TÉCNICO: RAPHAEL PESCAROLO

PARÂMETROS ELÉTRICOS
Tipo de Corrente e Tipo de Onda

Existem vários tipos de correntes, que dependendo do objetivo do treino: fortalecimento, analgesia,
vascularização, mudará na sua forma: correntes diretas ou contínuas, correntes alternadas e correntes pulsadas
podendo ser monofásica ou bifásica com formas de onda retangular, triangular ou senoidal, simétricas ou
assimétricas.

Na corrente contínua ou corrente direta CD o fluxo de elétrons caminha sempre na mesma direção sem icensed to Eletropulse - eletropulse.pf@gmail.com
interrupção com posicionamento fixo dos polos positivos e negativos. Esta corrente é mais usada no âmbito
terapêutico e apresenta um maior risco de acumulação de íons, também conhecido como “efeito galvânico”
podendo causar lesões na pele.
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A corrente alternada CA o movimento dos eletrons pode fluir nos dois sentidos (bifásica), não existe uma definição
dos polos positivos e negativos e nem intervalo entre os pulsos. É uma  corrente mais confortável que diminui o
risco de galvanização.

Uma corrente pulsada trabalha com pulsos, quer dizer, o fluxo desta corrente é interrompido de forma intermitente
e quase imperceptível podendo ser tanto monofásica como bifásica como representada no gráfico abaixo:

CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE CORRENTES 

CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE CORRENTES DE icensed to Eletropulse - eletropulse.pf@gmail.com


ACORDO COM A FREQUÊNCIA DA FAIXA
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TIPO DE CORRENTE USADA NA ELETROFITNESS

FREQUÊNCIA DE PULSO
Frequência é o número de pulsos que a portadora (eletroestimulador) oferece em 1 segundo e é medida em hertz
(Hz). Por exemplo: uma frequência de 85 Hz é igual a 85 pulsos por segundo. O ajuste da frequência no treinamento
de eletroestimulação é fundamental para especificar o tipo de fibra a ser estimulada, já que ele determina o grau de
força gerado pelo músculo.

Frequências baixas estimulam as fibras de contrações lentas (tipo I) e as frequências mais altas propagam o
recrutamento de fibras rápidas (tipo II). Veja o exemplo do mapa de frequência abaixo:

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TIPO DE CORRENTE USADA NA ELETROFITNESS


A duração ou largura do pulso é o tempo que a corrente necessita para desencadear um potencial de ação.
Ele também determina a especificidade entre a estimulação sensorial, motora e nervosa (Howson 1978, Vatter
2010). A duração ou largura do pulso é expressa em microssegundos (μs) que variam de 50μs a 1000μs, durante o
qual a corrente passa e mantém o músculo num estado contraído. 
 

Os mapas de cronaxia não apresentam um dado constante já que a cronaxia muscular varia de acordo com a
bioindividualidade. Coarsa (2001) assegura que a cronaxia muscular e nervosa aumentam com o exercício físico e
que os valores acima servem somente como orientação.
 

AMPLITUDE OU INTENSIDADE DA CORRENTE

A intensidade ou amplitude da corrente elétrica é a quantidade da corrente que passa por um condutor, cuja
unidade é medida em "miliamperagem" ou "voltagem". As amplitudes de corrente adotadas nos protocolos estão
condicionados aos parâmetros de modulação encontrados nos tipos de aparelho e à forma de trabalhar de cada
profissional. A intensidade do pulso (medidos em %) determina o grau de mobilização dos nervos e das fibras
musculares. Quanto mais forte for o impulso, maior será a tensão muscular.

Cada praticante reage de forma diferente à intensidade de corrente, por isso, a intensidade deverá ser regulada
individualmente, em função da sensibilidade própria de cada um à corrente.
 

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AMPLITUDE DE 50% AMPLITUDE DE 75%


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TEMPO ON TEMPO OFF E CICLO DE TRABALHO


Podemos modular o tempo em que a corrente passa para os tecidos, assim como o tempo em que ela cessa sua
passagem. Tempo ON (TON) é o tempo em que um trem de pulsos ou uma série de bursts é fornecido quando há a
contração muscular. Tempo OFF (TOFF) é o tempo entre trens de pulsos ou uma série de bursts, ou seja, é quando
cessa a contração muscular.
Grande maioria dos protocolos pré-definidos nos sistemas de EMS, o treinamento de força utilizado mostra um
padrão de ciclo de 4 segundos de TON (ciclo de contração) seguidos de 4 segundos de TOFF (ciclo de repouso)
totalizando um ciclo de trabalho (duty cycle) de 8 segundos. O duty cycle pode ser definido como o tempo em que
o burst é fornecido, para a soma deste mesmo tempo com o tempo em que o burst deixa de ser fornecido,
multiplicado por 100, e é expresso por porcentagem. 
 

ciclo de trabalho

RAMPA DE SUBIDA OU RAMPA DE DESCIDA DO PULSO


Uma outra modulação encontrada na eletroestimulação é a modulação de rampa. A rampa determina um aumento
ou diminuição gradativa da duração de pulso, da amplitude de pulso, ou ambos, dentro de um determinado período
de tempo, variando normalmente de 1 a 5 segundos, permitindo assim um aumento ou diminuição gradual da
contração muscular.

O aumento progressivo da carga do pulso é chamado de rampa de subida ou rise, e a diminuição gradual da carga
até o fim do tempo ON é chamada de rampa de descida ou decay.
 

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TABELA DE MODULAÇÃO IDEAL DE RAMPA


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DURAÇÃO DA SESSÃO DE ELETROFITNESS


A duração de um treino indica o âmbito temporal de uma sessão de eletroestimulação. Respeitando os princípios
da sobrecarga, assim como todos os ajustes de modulação de parâmetros relacionados à metodologia, com foco
nos objetivos individuais de cada cliente, podemos estruturar a duração de treinamento da seguinte forma:
 

ESPECIFICAÇÃO DE PARÂMETROS DE ACORDO COM A AÇÃO MUSCULAR


Sabemos que a WB-EMS promove contrações com mais predisposição à fadiga e dano muscular, por isso é
importante frisar que a fase de adaptação no treinamento de eletroestimulação é de grande importância e não
devem provocar fadigas musculares excessivas. Temos que levar em conta que as dores musculares, conhecidas
como rigidez, ocorrem 24-48 horas após o exercício na maioria dos casos.

Além disso as dores musculares são geralmente acompanhadas pelo aumento de liberação de enzimas, como a
creatinaquinase, na corrente sanguínea, que resulta em um certo grau de "deteorização" das fibras musculares.
De fato, micro traumas nas fibras são observados com uma degradação da estrutura microscópica (modificação
das bandas Z). Abordaremos este processo bioquímico pós-treino no capítulo sobre gerenciamento de riscos na
EMS.
Atualmente, aceita-se a teoria que as contrações excêntricas (com alongamento muscular) estão produzindo mais
"lesões" e rigidez do que as contrações concêntricas (com encurtamento muscular).

Da mesma forma que as contrações excêntricas, o treinamento isométrico com WB-EMS produz mais rigidez do
que a contração voluntária concêntrica.

Como as dores musculares e desconforto estão relacionadas à intensidade das contrações, devemos ter cautela
qual tipo de contração usar quando combinados a eletroestimulação muscular com exercícios voluntários e qual
frequência (Hz) escolher nesta fase inicial.
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