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ROTEIRO DE ESTUDOS

CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS
DOS SISTEMAS TEGUMENTAR,
LOCOMOTOR E REPRODUTOR
Este roteiro orientará a sua aprendizagem por meio da leitura de livros e artigos que cabem na sua
rotina de estudos. Experimente esse recurso e aumente a sua habilidade de relacionar a teoria à
prática profissional.
No seu caminho de aprendizagem, você encontrará os seguintes tópicos:

 Texto de apresentação de cada leitura indicada;


 Links para acesso às referências bibliográficas.

É importante ressaltar: o seu esforço individual é fundamental para a sua aprendizagem, mas você
não estará sozinho nessa!

UNIDADE 3
Sistema muscular

Sistema Muscular: Estrutura e classificação


morfofuncional dos músculos
Os músculos esqueléticos são responsáveis pela manutenção da postura e sustentação do
corpo, onde a contração muscular estabiliza as articulações, mantendo a temperatura
corporal. Já a musculatura lisa está presenta em órgãos e parede de vasos sanguíneos, com
contração involuntária (movimentos peristálticos). No músculo cardíaco, as células musculares
são chamadas de cardiomiócitos, também com contrações involuntárias. Os músculos são
constituídos por fibras musculares, preenchidas por feixes longitudinais de miofibrilas,
responsáveis pela contração muscular. Na musculatura esquelética as células são
multinucleadas e a posição de seus núcleos é periférica. Epimísio é a camada de tecido
conjuntivo que recobre o ventre muscular; os fascículos, grupos de fibras musculares, é
recoberto pelo perimísio e cada fibra muscular é recoberta pelo endomísio. Este tecido
conjuntivo associado ao tecido muscular objetiva manter as fibras musculares unidas,
possuindo grande significado para a eficiência do tecido muscular. Os músculos esqueléticos
podem ser classificados quanto à sua localização, forma, disposição da fibra muscular, função
e/ou nomenclatura. Quanto à localização, em superficiais ou cutâneos, encontrados abaixo da
pele e apresentando no mínimo uma de suas inserções na camada profunda da derme. Já os
profundos na maioria das vezes, se inserem em ossos, estando localizados abaixo da fáscia
superficial. Quanto à forma são classificados de acordo com a disposição em que suas fibras se

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apresentam, em fibras paralelas como os músculos peniformes; retos, quando se encontram
em paralelo à linha mediana; transversos, quando as fibras se encontram perpendiculares à
linha mediana; ou oblíquos, quando as fibras se encontram em diagonal à linha mediana.
Quanto à função, temos agonistas (ativadores do movimento específico do corpo);
antagonistas, opõem-se à ação dos agonistas e sinergistas, auxiliadores do movimento ou
estabilizadores articulares. Com relação a nomenclatura, pode estar relacionada à fisiologia,
topografia ou localização que se encontram. A exemplo, o método pareado agonista-
antagonista (PAA) consiste em estimular previamente a musculatura antagonista que se deseja
otimizar, aumentando a ativação neural e força dos músculos agonistas.

Referências e Link do material na Biblioteca Virtual


e artigo
GOTTI, Isabella Alice. Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Tegumentar, Reprodutor e
Locomotor. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2015. 200 p.

TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de anatomia e fisiologia. 14. ed.
[Reimpr.]. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
Link do material na BV:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/cfi/6/10!/4/6/4@0:90.1

GONÇALVES CORRÊA, M. et al. Efeitos do método pareado agonista-antagonista utilizando


séries múltiplas sobre o desempenho de repetições máximas para membros
inferiores. ConScientiae Saude, [s. l.], v. 16, n. 4, p. 409–416, 2017. Disponível em:
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=foh&AN=127495223&lang=pt-
br&site=ehost-live. Acesso em: 29 abr. 2019.

Sistema Muscular: Origem, inserção e funções do


tecido muscular estriado esquelético
A contração e relaxamento dos músculos promovem os movimentos, que ocorre por meio da
emissão de impulsos elétricos pelo sistema nervoso central, que, por meio dos nervos, e ação
da bomba de sódio e potássio e liberação do cálcio que permitem o deslizamento das moléculas
proteicas de actina e miosina. Na região da cabeça e do pescoço, são os principais músculos os
que permitem movimentos de mastigar, realizar expressões faciais ou mover a cabeça, sendo
eles: frontal; temporal; orbicular dos olhos; masseter e esternocleidomastóideo. Já no tórax,

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abdome e torso, estão os músculos que nos permitem a respiração e mantêm o corpo em
posição ereta, dentre eles os peitorais, deltoide, intercostais, reto e transverso do abdome. Os
músculos dos membros superiores e inferiores permitem grandes movimentos, flexibilidade e
locomoção, sendo exemplos nos membros superiores trapézio, deltoide, bíceps, tríceps,
braquiorradial e lumbricais e inferiores os glúteos (máximo, médio e mínimo), quadríceps (reto
femoral, vastos medial, lateral e intermédio) sartório, fibulares (longo e curto), gastrocnêmio e
sóleo. Na contração muscular há encurtamento, onde uma de suas extremidades geralmente
permanece fixa, enquanto a outra extremidade, que é mais móvel, é puxada e m direção a ele,
sendo as fixações musculares chamadas de origem (fixa) e inserção (se movimenta durante a
contração), sendo que nos membros, geralmente a origem de um músculo é proximal e sua
inserção é distal. Porém, um grande problema relacionado à contração muscular eficaz se refere
a fadiga muscular, sendo que um dos primeiros questionamentos de quem começa a treinar é
com relação a quantidade de peso e intensidade do exercício, que afetam respostas
metabólicas, hormonais, neurais e cardiovasculares ao treinamento ou mesmo terapia à custa
de exercícios, e sua prescrição deve ser feita de acordo com o estado de treinamento e clínico
do indivíduo. O intervalo de descanso entre cada série também deve ser respeitado, bem como
a determinação da carga máxima deverá ser individualizada.

Referências e Link do material na Biblioteca Virtual


e artigo
GOTTI, Isabella Alice. Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Tegumentar, Reprodutor e
Locomotor. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2015. 200 p.

WOLF, Heidegger. Atlas de anatomia humana . Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006 , 2v. :
il.

Link do material na BV: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2162-


2/cfi/5!/4/4@0.00:24.1.

MAGOSSO, R. F. et al. Número de repetiçōes e fadiga muscular em sistema de séries múltiplas


nos exercícios leg press 45o e rosca direta em homens saudáveis. Revista Brasileira de
Prescrição e Fisiologia do Exercício, [s. l.], v. 7, n. 37, p. 65–70, 2013. Disponível em:
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=94432570&lang=pt-
br&site=ehost-live. Acesso em: 29 abr. 2019.

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A contração muscular: metabolismo
Os músculos são estruturas que, juntamente com os componentes de nosso esqueleto e através
de contrações musculares, são capazes de gerar os movimentos do corpo humano, sendo esse
movimento proporcionado por células especializadas denominadas fibras musculares e a
energia latente das fibras musculares é controlada pelo sistema nervoso. Portanto, a
coordenação interna do organismo é função do sistema nervoso e a recepção das mensagens
provenientes do meio ambiente ser função do nosso sistema sensorial, porém resposta a esses
estímulos, é papel do sistema muscular. As fibras musculares são compostas de filamentos
proteicos contráteis de dois tipos: actina (filamento fino) e miosina (filamento grosso), as
miofibrilas, e esta interação desencadeia a contração muscular. A massa muscular é composta
por dois tipos principais de fibras musculares que possuem coloração vermelhas ou brancas,
chamadas de tipos I (vermelhas e lentas) e II (brancas e rápidas), estando ambos os tipos de
fibras estão presentes em todos os grupos musculares do nosso organismo, porem
apresentando predominância, relacionadas a fatores genéticos porem modificáveis conforme o
tipo de atividade. A contração muscular é iniciada por um impulso nervoso, que ao ser
transmitido ao retículo sarcoplásmico, irá induzir a liberação de íons de cálcio para o
sarcoplasma de cada célula muscular e o trifosfato de adenosina (ATP) é “quebrado” pela
molécula de miosina em um processo de hidrólise, liberando a energia necessária para a
ocorrência de contração, ocorrendo então o deslizamento dos filamentos. A produção de ATP é
controlada pelo estado energético da célula, sendo regulada pelo ATP e pelos nucleosídeos
derivados, sendo essa ação exercida nas principais enzimas que regulam as vias metabólicas do
processo, refletindo no consumo de oxigênio pelos miócitos. Portanto, na falta de ATP, a miosina
se manterá unida à actina, causando enrijecimento muscular, como o estado de rigidez
cadavérica, conhecida como rigor mortis.

Referências e Link do material na Biblioteca Virtual


e artigo
GOTTI, Isabella Alice. Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Tegumentar, Reprodutor e
Locomotor. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2015. 200 p.

Fisiologia básica / Rui Curi, Joaquim Procopio. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2017.

Link do material na BV: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad18.pdf.

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GRILLO, D. E.; SIMÕES, A. C. Atividade Física Convencional (Musculação) E Aparelho
Eletroestimulador: Um Estudo Da Contração Muscular. Estimulação Elétrica: Mito Ou Verdade?
/ Conventional Workout Activity and Electrical Stimulation: A Muscular Contraction Study.
Electrical Stimulation: Belevie It or Not? Revista Mackenzie de Educacao Fisica e Esporte, [s.
l.], v. 2, n. 2, p. 31–43, 2003. Disponível em:
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=s3h&AN=24414635&lang=pt-
br&site=ehost-live. Acesso em: 29 abr. 2019.

A contração muscular: Câimbras e espasmos


musculares: metabolismo e tratamento
A câimbra muscular é caracterizada por uma forte contração muscular involuntária, repentina,
localizada, contínua e dolorosa, podendo ocorrer em qualquer músculo do corpo, surgindo
devido a vários fatores, a exemplo as câimbras musculares associadas ao exercício (CMAE),
ocorrendo durante ou imediatamente após o exercício físico. Já o espasmo muscular,
corresponde a uma contração, também involuntária, significando que o organismo precisa de
um alívio, ocorrendo quando os músculos se contraem e relaxam de maneira irregular, causando
sensação de desconforto e dores musculares, porém mais leves do que nas câimbras, podendo
ocorrer quando o indivíduo se encontra em alto nível de tensão e estresse ou numa sobrecarga
muscular. Os episódios dolorosos de ambas são ocasionais e de curta duração (menos de um
minuto) desaparecendo espontaneamente, sendo que o tratamento medicamentoso não tem
utilidade nenhuma, sendo mais indicado o cuidado preventivo, como alongamento e massagem
na região afetada e aplicação de calor no local. As áreas do corpo humano mais comumente
afetadas por estes eventos são: músculos gastrocnêmio e sóleo; músculos isquiotibiais e flexores
da perna; músculo quadríceps e músculo trapézio. Já o estiramento muscular trata-se de uma
lesão muscular indireta, caracterizada pelo "alongamento" das fibras musculares além de seus
limites normais, podendo acarretar em mialgias, que podem aparecer com sintomas específicos,
como a dificuldade de movimentar o corpo, edema da área afetada, presença de hematoma,
rigidez, atrofia muscular e/ou aumento de temperatura no local. Medicamentos (analgésicos
combinados a antiinflamatórios, relaxantes musculares com ação central, periférica ou direta
no músculo) aliviam a mialgia. Massagem, drenagem, uso de campos eletromagnéticos,
corrente elétrica e ultrassom também são técnicas complementares úteis para aliviar os
sintomas. A utilização de cortisona, ou de corticoides está indicada somente em casos de lesões

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musculares, podendo ser injetáveis com alívio imediato da dor. Sprays e pomadas são
comumente utilizados por atletas de esportes.

Referências e Link do material na Biblioteca Virtual


e artigo
GOTTI, Isabella Alice. Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Tegumentar, Reprodutor e
Locomotor. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2015. 200 p.

WALKER, Brad. Lesões no esporte : uma abordagem anatômica .Barueri, SP : Manole, 2010.

Link do material na BV:

https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520441879/cfi/5!/4/4@0.00:17.4.

COLLI PELUSO, H. G. et al. Cãibras Musculares: Uma Abordagem Prática Em Três Passos. Brazilian
Journal of Surgery & Clinical Research, [s. l.], v. 23, n. 2, p. 180–185, 2018. Disponível em:
http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=a9h&AN=130633129&lang=pt-
br&site=ehost-live. Acesso em: 29 abr. 2019.

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