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Cálculo

Diferencial
e
Integral IV
Apresentação

As Notas de aulas apresentadas aqui são apenas notas de aulas e não apostila. O
objetivo é apenas evitar a perda de tempo injustificável de "passar a matéria no quadro"; é
um tempo precioso que pode ser aproveitado de forma muito mais eficiente, como por
exemplo na resolução de exercícios e esclarecimento de dúvidas de forma a não deixar as
dúvidas acumularem até as vésperas da avaliação, culminando em uma corrida quase
sempre inútil de assimilar a matéria.

As notas de aulas não dispensam de forma alguma um bom livro texto de cálculo
diferencial e integral, assim como não dispensam os alunos das aulas teóricas.

São fornecidas, neste material, definições e teoremas fundamentais exemplos e


exercícios sobre os diversos tópicos do conteúdo programático.

A maioria dos exemplos aqui expostos não estão resolvidos propositalmente, pois
os mesmos serão resolvidos em sala de aula visando esclarecer os pontos mais obscuros
da matéria ou algumas passagens algébricas menos claras.

As notas de aulas referem-se ao cálculo diferencial e integral IV. Para bons


resultados neste curso é necessário o conhecimento de outras partes já estudas em cursos
anteriores não só de cálculo como de geometria analítica. Por exemplo é necessário um
conhecimento mínimo de limites, curvas cônicas e as técnicas de integração mais
utilizadas (por partes, substituição trigonométrica e a técnica da decomposição em frações
parciais) fora as ferramentas algébricas fundamentais. Sem ferramentas não é possível se
trabalhar !

É muito comum ouvir do alunos em épocas de prova (é claro!) o seguinte


comentário: "Eu refaço todos os exercícios expostos em sala de aula mas não consigo me
sair bem na prova".

A realidade não é bem essa. Na verdade o que os alunos querem dizer é: "Eu decoro
todos os exercícios que posso mas não me saio bem".

Realmente, quem estuda desta forma não está estudando, está se enganando.

A avaliação visa verificar se a matéria vista foi entendida. Assim torna-se claro a
inutilidade de decorar exercícios. De minha parte posso garantir que jamais darei em
avaliações os mesmos exercícios já vistos com outros números (isso seria subestimar a
capacidade de vocês), portanto não fiquem esperando por algo que não vai acontecer !
Procurem fazer o máximo de exercícios possível.

Se a matéria teórica ou a quantidade de exercícios aqui apresentada não for


suficiente há mais de uma centena de livros de cálculo na biblioteca.

Não deixe para estudar no dia da avaliação, isso nunca dá certo! Esta técnica pode
ter funcionado precariamente durante os cursos médios mas aqui isso não funciona
simplesmente porque agora você está na faculdade e não mais no colegial ou cursinho.

Procure não perder e prestar a atenção nas aulas principalmente se você é uma
daquelas pessoas que vivem colocando a culpa de seus insucessos na falta de tempo.
Como já disseram uma vez: "As pessoas que reclamam da falta de tempo são aquelas que
perdem seu tempo com inutilidades".

O fato de meramente possuir essas notas de aulas não garantem de forma alguma a
aprovação automática no curso. Lembrem-se de que a aprovação é um prêmio pelo bom
desempenho durante todo o semestre

Algumas regras que funcionam:

 Nada é tão fácil quanto parece

 Tudo leva mais tempo do que se pensa

 Se há possibilidade de várias coisas darem errado, dará errado a que


causar mais prejuízo

 Se você perceber que há quatro maneiras de uma coisa dar errado,


e driblar as quatro, uma quinta maneira surgirá do nada

 Deixadas à sua sorte , a tendência das coisas é ir de mal a pior

 Toda vez que você decide fazer alguma coisa, tem sempre outra coisa
para ser feita antes

 Toda solução cria novos problemas

 É impossível fazer qualquer coisa à prova de erros - os idiotas são muito


inventivos

 A natureza está sempre a favor da falha

 A natureza é... fogo !


Critérios de Avaliação
Quando se fala em provas e notas os critérios devem ficar muito bem definidos.
Primeiramente sabemos que não existe uma forma ideal para se avaliar alguém, então vamos nos
limitar às avaliações em disciplinas escolares, afinal há necessidade de saber se o aluno está apto
ou não para seguir em frente.
Em todos os lugares do planeta onde haja uma escola, há provas onde geralmente é adotado “le
modèle de l'école française traditionnelle“ (o modelo da escola tradicional francesa). Este modelo
não é perfeito, mas é o mais utilizado.
Vamos as regras:
1) Independentemente da nota é necessário que o aluno tenha uma frequência nas aulas da
disciplina durante o semestre superior ou igual a 75%, abaixo desse valor a reprovação é por
faltas.
Daqui por diante vou supor que o aluno tenha frequência superior ou igual a 75%; ou seja, foi
aprovado por frequência, porém ainda temos a necessidade das notas.
Os estatutos internos das unidades escolares determinam os critérios de notas.

2) A nota da primeira avaliação - P1 pode variar de 0,0 até 7,0 pontos.

3) A primeira nota de aproveitamento - T1 pode variar de 0,0 até 3,0 pontos.

A primeira nota bimestral é N1  P1  T1 que pode variar de 0,0 até 10,0 pontos.

4) A nota da segunda avaliação - P2 pode variar de 0,0 até 7,0 pontos.

5) A segunda nota de aproveitamento - T2 pode variar de 0,0 até 3,0 pontos.

A segunda nota bimestral é N2  P2  T2 que pode variar de 0,0 até 10,0 pontos.

6) A nota final é dada por NF  N1  N2 que pode variar de 0,0 até 20,0 pontos.

Se a nota final for maior ou igual a 12,0 pontos então você está aprovado.
Se a nota final for menor a 12,0 pontos você ainda não está aprovado, mas tem direito a uma
prova substitutiva P3 .

A nota da prova substitutiva pode variar de 0,0 até 10,0 pontos, uma vez que nesta avaliação não
existe a nota de aproveitamento.

Agora há três notas - N1 , N2 e P3 , das três notas descartamos a pior delas e adicionamos as
outras duas.
Se o resultado for maior ou igual a 12,0 pontos então o aluno está aprovado, caso contrário está
reprovado por nota e deverá cursar a disciplina novamente.
É necessário dar muita atenção para alguns detalhes.
É expressamente proibido por regimento interno o uso de aparelhos eletrônicos tanto em aulas
quanto em provas. O único dispositivo eletrônico permitido é a calculadora.

As provas regimentais P1 e P2 são feitas em classe no tempo de duração da aula. As avaliações são
sem consultas a livros, cadernos, notas de aulas ou qualquer outro tipo de anotações em papel
não autorizadas.
É redundante, mas é bom que fique bem claro que é expressamente proibido o uso de quaisquer
meios eletrônicos exceto a calculadora. O problema mais comum é o telefone celular.
Na hora da prova guarde ou desligue seu telefone colocando-o em um lugar onde eu não possa
ver (e nem vocês), não é permitido nem fazer e nem receber ligações durante a avaliação.
Fotografar a prova é algo muito grave porque além de estar infringindo a regra de não poder
usar aparelhos eletrônicos, quem faz isso infringe a lei de direitos autorais. Lembre-se que a
prova é propriedade intelectual de quem a fez, portanto tem os direitos de copyright. Tem
também o problema de transmissão de dados não autorizados.
Enfim, nos dias de prova sumam com o telefone celular da minha frente e da frente de vocês
também para evitar problemas maiores.
Quanto ao problema da “cola”. Atualmente há dois tipos de “cola”:
1) A “cola” em papéis, borrachas, réguas e em outros materiais escolares. Neste caso são tomadas
as medidas cabíveis com a retenção do objeto onde está a “cola”;
2) A “cola” pode ser eletrônica. Neste caso não tem como reter o objeto, mas é um tipo de ato
ilícito que não precisa ser detectado na hora da avaliação; e, geralmente é detectado durante a
correção.
Qualquer que seja o caso eu desconsidero o trabalho se houver e dou nota zero na prova.
Vamos supor que nada dessas coisas desagradáveis aconteça. Melhor assim!
Cheguem no dia, horário, turma e sala que ocorrerá a prova. Se houver mais de uma turma para a
mesma disciplina, o aluno tem que fazer a prova na turma em que está matriculado. Não é
permitido fazer provas em outra turma.
Normalmente, pela observação, noto que vocês chegam bem antes do início da prova.
Dará mais tempo para fazer a prova se quando eu entrar na sala vocês já estivem sentados nos
lugares certos, espaçados e não um amontoado de pessoas sentadas no fundo da classe.
Claro que eu não deixo assim e para “arrumar” todos vocês na classe, se gasta um tempo precioso
de 20 a 30 minutos ou até mais dependendo do tamanho da turma.
Isso é tempo de prova perdido! O tempo poderia ser mais bem aproveitado, pois em meia hora dá
para se resolver muita coisa.
Então vou lhes dizer como vocês devem estar dispostos na classe.
As salas aqui são grandes não havendo necessidade de aglomerados de pessoas, então em fileiras
necessariamente alinhadas sentem-se carteira sim, carteira não.
Não há necessidade de alternar fileiras; ou seja, fileira sim, fileira não. Alternar fileiras só pode ser
feito em turmas pequenas que em geral não é o caso.
Tudo isso que está aqui escrito eu falo também logo na primeira aula, mas quando eu entro na
classe em dia de prova a sala está sim quase sempre da forma que eu quero, mas tem sempre
alguém que resolve ir para a última carteira de uma fila vazia e fica lá com cara de quem acabou
de chegar ao planeta terra e finge não saber onde está e nem sabendo o que está acontecendo.
Quem não se tocar que está dando um tremendo fora vai ficar sem a prova, porque eu vou passar
entregando as provas como quem também está chegando ao planeta terra e fingir que a pessoa
nem ali está.
Para quem ainda não entendeu o que eu escrevi acima a ilustração abaixo mostra como deve ser a
disposição das carteiras na sala de aula.
P
o
r
t
a

Carteira vazia

Carteira ocupada

Onde há porta não pode ter carteiras

P
o
r
t
a

Depois de tudo fisicamente no lugar eu entrego a vocês o caderno de questões onde há a capa que
falarei logo a seguir, o enunciado das questões com os espaços em branco para a resolução. Em
geral o espaço que eu deixo para a resolução é superdimensionado, porém há alguns casos que o
espaço é insuficiente, se isso acontecer você pode utilizar o verso da folha se houver. Se não
houver espaço nas folhas brancas somente neste caso você pode fazer a continuação na folha azul
que também será entregue a todos, mas pelo menos o início da questão tem que ser no caderno
de questões. O objetivo é não usar a folha azul que é, na verdade uma formalidade.
Uma observação cabível é que o uso ou não da folha azul é decisão exclusiva de cada professor.
Eu, por exemplo, gosto de tudo resolvido no caderno de questões. Quanto à folha azul, eu vou
comentar logo a seguir.
Depois que eu distribuo as provas, eu recolho os trabalhos de quem tem para dar tempo para que
vocês olhem a prova de uma forma geral.
A seguir eu faço um breve comentário sobre as questões e daí por diante é com vocês. Não é
permitido fazer perguntas sobre a resolução das questões muito menos dizer que tem dúvidas –
a hora da prova não é hora de tirar dúvidas. Também não adianta dizer que não entendeu o
enunciado, uma vez que a interpretação do enunciado sempre faz parte da prova, então não
seja insistente e irritante com aquelas perguntas que eu jamais respondo: “está certo ?”, “é
assim que faz ?”
Leiam as questões e respondam somente o que foi pedido, mas leiam bem mesmo, porque no
enunciado geralmente está o critério de correção. Mais uma vez, leia as questões para não
responder coisas inadequadas. Muitas pessoas insistem em dar uma resposta sem saber qual é a
pergunta.
As resoluções: desenvolvimento e respostas podem ser feitas a grafite, não há necessidade de
colocar a resposta final a tinta e nem transcrever tudo para a folha azul e muito menos sobre
escrever o que está a grafite com tinta, a propósito, isso fica horrível.
Como já disse, a folha azul deve preferencialmente vir vazia, somente a assinatura do aluno no
campo apropriado é obrigatória.
Aliás, falando em resposta final, isso para mim é o que menos importa numa avaliação. O
desenvolvimento, clareza e organização para mim é muito importante e será avaliado também.
Se forem usar canetas a tinta para assinaturas ou destacar algo que você julga necessário nunca
use tinta vermelha, use preferencialmente a tinta azul.
Vamos olhar a folha azul que está na figura -2.
Notem que no cabeçalho há vários campos, mas exceto o campo onde você tem que assinar
“assinatura do aluno” os demais devem ficar em branco; ou melhor, em azul, principalmente o
campo “curso” e “código”, pois eu que sempre coloco uma etiqueta no canto superior esquerdo
onde tem os dados relevantes, os dados que não figurarem na etiqueta é porque não são
importantes, então não insistam em preencher o campo “curso” e muito menos o campo
“código” que vocês sempre colocam um código no lugar errado.
Então só assinem no lugar apropriado.
Eu posso explicar o motivo de tantos campos.
Acontece que no sistema acadêmico antigo todos esses campos já vinham impressos, mas com o
novo sistema as coisas mudaram.
O problema não é o sistema em si, mas sim a impressora.
Vocês verão que a folha de prova nada mais é do que um formulário contínuo de 136 colunas que
era colocado numa impressora matricial que pesava cerca de 400 kg, ora, sabemos muito bem que
esse tipo de impressora não existe mais a não ser em museus de informática.
Também posso explicar o motivo pela qual eu insisto que tal folha não seja usada ou
minimamente usada.
Notem que há o brasão da instituição no meio da página que deveria ser marca d’água, mas na
verdade não é; muito pelo contrário ele tem um forte contraste assim como as linhas azuis. Como,
em geral, vocês fazem a prova a lápis e muitas vezes com grafite muito duro, o que está escrito
torna-se ilegível para não dizer praticamente invisível. Escrever fraco, de forma ilegível geralmente
é coisa de quem não está sabendo resolver coisa alguma.
Enfim essa folha que existe há mais de noventa anos foi idealizada para prova dissertativa feita à
tinta, digo tinta estou me referindo a canetas tinteiro como eram chamadas na época.
Mesmo textos escritos com as modernas canetas esferográficas, ainda assim ficam muito ruins de
ler.
Para facilitar as coisas eu faço uma etiqueta e a colo sobre a folha, de forma que o cabeçalho como
mostra a figura 1.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Dados referentes
ao aluno e a disciplina XXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXX XXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXX XXX

Figura - 1

Os campos com a letra “X” não é para se preenchido.


É bom observar que não é todo professor que faz etiquetas, obviamente se for entregue a vocês
uma folha sem a etiqueta e se nenhuma orientação for dada por parte do professor, vocês devem
preencher os campos que souberem naturalmente.
Figura - 2

O único campo que o aluno preenche é “assinatura do aluno”, como mostra a figura-3.

i l e
-s ím
Fa c
Assine ou escreva seu nome aqui.
Este campo não pode ficar em branco

Figura - 3
Os campos destacados na figura - 4 são para uso exclusivo do professor

Esses campos são para as notas


São para uso exclusivo do professor

Figura - 4

Vou escrever sobre o caderno de questões que vocês receberão logo no início da prova.

Figura – 5
Aqui vocês escrevem o nome completo e legível, não precisa colocar código porque ele já está
escrito na etiqueta da folha azul.
É muito importante escolher opção da avaliação: assinalem a forma e validem o campo com a
assinatura – parte inferior da figura - 5.
Não adianta marcar que entregou o trabalho e não entregar. Tenha certeza que isso será
verificado, no entanto se ocorrer, a nota da prova será de 0,0 até 10,0 pontos. Deveria ser 0,0
pela tentativa de enganar, mas eu, por enquanto ainda não encaro dessa forma.
A nota de aproveitamento é obtida através de um trabalho composto de vários exercícios que eu
vou marcando conforme o andamento da matéria. O objetivo é um aprendizado contínuo que
infelizmente nem sempre acontece.
Assim que eu termino um tópico eu marco alguns exercícios das notas de aulas que devem ser
resolvidos e guardados, quando for a época correta basta juntar todos os exercícios, grampear as
folhas que o trabalho estará montado.

A data para a entrega do trabalho é o dia de cada prova, P1 e P2 . A prova P3 não há trabalho.

Não serão aceitos trabalhos nem antes nem depois do dia de cada prova, não insistam em
entregar o trabalho depois da data, pois não há justificativa plausível, uma vez que os exercícios
são marcados com muita antecedência.
Fazer ou não o trabalho é responsabilidade do aluno, mas arquem com as consequências. Há
pessoas que copiam o trabalho, isso também é responsabilidade de cada um.
Na segunda hipótese quase sempre o aluno tira a nota máxima no trabalho e zero na prova, algo
que para quem está fora da situação não consegue entender, haja vista que os exercícios do
trabalho são sempre mais difíceis que os da prova, assim como é possível explicar tal fenômeno?
Simples, não é fenômeno algum, isso se chama cópia!
Cabe lembrar que o absurdo de me entregar uma fotocópia de trabalho ou trabalho escrito com
outra caligrafia que não seja a do aluno acarreta na desconsideração do mesmo. Os trabalhos não
podem ser no formato digital, pelo contrário, eles têm que ser resolvidos obrigatoriamente de
forma manuscrita.
Uma pergunta que sempre me fazem é: “Se eu fizer todos os exercícios do trabalho eu vou bem na
prova? A resposta para isso em geral é não, porém depende do aluno. Há alunos que necessitam
fazer muitos exercícios para fixar a matéria, outros não. Enfim depende do aluno.
Muitas vezes no final de um tópico há 30 exercícios propostos e eu só marco 4 deles para o
trabalho. Não precisa dizer que de 30 exercícios, fazer somente 4 certamente não é o suficiente
para aprender o que foi dado.
Ainda supondo os 30 exercícios propostos. Naturalmente que vocês terão alguma dúvida em
algum momento. Vocês podem e devem tirar suas dúvidas entre vocês ou comigo mesmo.
O que eu tenho notado há muito tempo é que dos 30 exercícios propostos os alunos tem dúvidas
exatamente somente naqueles que são para a nota, nos outros exercícios ninguém diz coisa
alguma. Acho isso muito engraçado! Por que será que só têm dúvidas nos exercícios que são para
nota?
Eu só tiro dúvidas específicas; ou seja, não adianta chegar para mim e dizer que não sabe fazer o
exercício número 6 sem me mostrar o que foi tentado fazer. Se nada foi feito eu também tenho
nada a dizer, claro que isso é algo bem diferente de alguém pedir para que eu resolva algum
exemplo durante a aula, nesse caso o problema será resolvido diante de todos.
Lembre-se que o cálculo diferencial é uma ferramenta matemática muito poderosa que nasceu
exata e elegante que continue sendo assim, então o resultado de exercícios que pedem para
calcular, determinar ou resolver tem que ser dado da forma mais exata e elegante possível.

 
Vou dar um exemplo: vamos supor que você chega ao resultado: sin   tg  , ora, isso não
3 4
 3  2
pode ficar assim, pois os ângulos são notáveis: sin   e tg   , então teremos:
3 2 4 2
3 2 3 2 3 2
  . A resposta para o problema é , sim, é isso mesmo, pois essa é a
2 2 2 2
forma mais exata e elegante de dar uma resposta em um exercício de cálculo diferencial. Note que
as contas não são feitas porque resultará em um número irracional que além de ser muito feio não
é exato. No exemplo se os ângulos não forem notáveis então deve ficar assim:
 4   5 
sin   tg  , além do mais nunca esqueça de que os ângulos em cálculo diferencial e
 5   3 
integral sempre serão medidos em radianos, nunca em grau, minuto, segundo.
Existem casos onde as contas precisam ser feitas, isso é especificado no enunciado do problema
que inclusive dará o critério de arredondamento.
Então tudo depende de ler e entender o enunciado das questões. Quando não especificar que é
necessário fazer as contas é porque o resultado tem que ser dado da forma mais exata possível.
Vejam bem: não é correto dizer que   3 , ou   3,1 , ou   3,14 , ou   3,141 , no entanto o
símbolo  é exato, uma vez que  é  e acabou! O mesmo ocorre com outras constantes
irracionais como o número de Euler e.
Como vocês podem perceber, fazer as contas para chegar a um número decimal pode ser um
verdadeiro desastre em um trabalho ou em uma prova de cálculo diferencial e integral, sem
contar que eu não gosto de números decimais e faço questão de deixar tudo isso bem claro nas
aulas mas há quem teime em ficar dando respostas com números decimais! Pois bem, se
insistirem em números decimais onde não é cabível eu insistirei em descontar os mesmos
decimais na nota.
Acreditem: em cálculo diferencial e integral é horrível ver algo assim:
x  4,5814579856 4129548 . Se gostam de fazer contas, escrever mil casas depois da vírgula,
deixem para fazerem isso numa disciplina chamada cálculo numérico. Aí sim vocês serão
obrigados a escrever muitas e muitas casas depois da vírgula para obter-se a precisão desejada.
Vou insistir uma vez mais na nota para a aprovação, lembrando que tudo que foi dito até agora é
supondo a aprovação por frequência. No caso de reprovação por frequência não há o que ser
feito. Por lei do MEC; ou o aluno está presente na sala de aula ou não está. Não existe chamada
por amostragem!
Pois bem, a nota mínima para a aprovação é 12,0 pontos, mas como não é possível ir para um
histórico escolar uma nota acima de 10,0; então é calculada a média aritmética das duas melhores
notas do aluno obtidas no semestre. No caso; como há duas provas, evidentemente a média é a
somas das duas melhores notas dividida por 2, assim a média mínima para a aprovação é 6,0
pontos.
Quero deixar bem claro que eu não observo nem trabalho com médias.
O que mais acontece é o aluno obter 11,0 pontos, mas por conveniência o mesmo divide essa
nota por 2 dando resultando em 5,5 pontos, somente para ficar dizendo para todo mundo que
ficou por apenas 0,5 ponto. Isso não é verdade, pois falta 1,0 ponto para obter a nota que
determina a média mínima para a aprovação que pode ser muito bem uma questão correta na
prova.
É inútil ficar me dizendo que “ficou” por apenas 0,5 ponto, essa atitude não leva a parte alguma,
uma vez que eu verifico o resultado da adição das duas melhores notas.
O que deve ser observado é que 12,0 pontos é a nota mínima para a aprovação, mas nada impede
do aluno obter 13,0; 14,0; 15,0; . . . ; 20,0 pontos. Em minha opinião, quanto mais pontos, melhor.
Observe uma situação realmente desagradável, as duas melhores notas são: 6,0 e 5,5; claro que o
total de pontos é 11,5 com uma média de 5,75!
Não pense que o computador do sistema acadêmico vai aproximar a nota para 6,0. Isso não
ocorre! Computador não atribui notas! Quem atribui notas é o professor. O que vai aparecer no
seu histórico é a nota 5,75; ou seja, é reprovação!
Procure evitar esse tipo de situação não vá fazer uma prova com a mentalidade de fazer um
exercício e “um pouco” de outro, todos nós sabemos que em ciências exatas não existe o “meio
certo” ou o “meio errado”, ou a questão está correta ou errada, nem deveria existir notas como
7,5; 8,5; 4,5 e assim por diante. As notas deveriam ser sempre números inteiros, mas por motivos
que eu não vou entrar no mérito da questão, isso não acontece. Obviamente que a nota pode ser
fracionada se, por exemplo, tiver uma prova de 20 questões valendo de zero a dez, neste caso
cada questão pode valer 0,5 pontos cada, mas provas tão longas assim são casos muito raros.
Vamos acabar com a mentalidade de sempre ficar nivelando as notas por baixo!
Com 6,0 pontos de média o aluno passa, mas também passa se tiver média 10,0!
Pense nisso.
Livros Texto

 O Cálculo com Geometria Analítica–Volume II


Louis Leithold
Harba – Editora Harper & Row do Brasil Ltda

 Cálculo com Geometria Analítica–Volume II


Earl W. Swokowski
McGraw-Hill

There is a legend about a bird which sings


Just once in its life, more sweetly than any
other creature on the face of the earth.
From the moment it leaves the nest it
searches for a thorn tree, and does not
rest until it has found one. Then, singing
among the savage branches, it impales itself
upon the longest, sharpest spine. And, dying,
it rises above its own agony to outcarol
the lark and the nightingale. One
superlative song, existence the price. But
the whole world stills to listen, and God
in His heaven smiles. For the best is only
bought at the cost of great pain... Or so
says the legend.
The bird with the thorn in its breast, it follows an
immutable law;
it is driven by it knows not what to impale itself,
and die singing. At the very instant the thorn
enters there is no awareness in it of the dying to
come; it simply sings and sings until there is not
the life left to utter another note. But we, when we
put the thorns in our breasts, we know. We
understand. And still we do it. Still we do it.
The thorn birds - Colleen McCullough
Cálculo Diferencial e Integral IV

 Equações Diferenciais Homogêneas Lineares de

Segunda Ordem com Coeficientes Constantes

 A Equação Característica

A equação diferencial y' ' a 1 y' a 0 y  0 em que a 1 e a 0 são constantes, corresponde à

equação algébrica  2  a 1  a 0  0 obtida substituindo-se y", y' e y por  2 ,  1 , e  0  1 ,

respectivamente. A  2  a 1  a 0  0 é chamada equação característica de y' ' a 1 y' a 0 y  0 .

Exemplo:A equação característica de y' '3y'4y  0 é  2  3  4  0 ; a

equação característica de y' '2y' y  0 é  2  2  1  0 .

Obtêm-se de maneira análoga as equações características de equações diferenciais em outras


variáveis dependentes que não y; basta substituir a j-ésima derivada da variável dependente por  j
j  0,1,2 .

A equação característica pode ser fatorada em    1      2   0

 A Solução Geral

Obtém-se a solução geral de y' ' a 1  y' a 0  y  0 diretamente a partir das raízes da

equação característica. Há três casos a considerar.

1
Cálculo Diferencial e IntegralIV

1º Caso:  1 e  2 são ambas reais e distintas. e 1x e e 2x são duas soluções

linearmente independentes, e a solução geral é y  c 1  e  1x  c 2  e  2 x .

No caso especial  1   2 raízes reais e simétricas, a solução y  c 1  e  1x  c 2  e  2 x

pode escrever-se como: y  k 1  cosh 1x   k 2  senh 1x  .

2º Caso:  1  a  bi , um número complexo. Como se supõem reais a1 e a 0 , as raízes


da equação característica devem aparecer em pares conjugados; assim, a outra raiz é necessariamente
 2  a  bi . Dessa forma e abix e e abix são duas soluções linearmente independentes, e a solução
geral complexa é : y  d1e a bix  d 2 e a bix que é algebricamente, aplicando o teorema de Euler,

equivalente y  c 1  e ax  cosbx   c 2  e ax  senbx  ou y  e ax  c 1  cosbx   c 2  senbx  .

3º Caso:  1   2 reais e iguais. Assim e  x e xe  x são duas soluções linearmente


1 1

independentes e a solução geral é : y  c 1  e  1x  c 2  x  e  2 x .

 Importante: As soluções anteriores não são válidas se a equação diferencial não for
linear ou se não tiver coeficientes constantes. Consideremos, por exemplo, a equação y' ' x 2 y  0 . As

raízes da equação característica são 1  x e  2  x , mas a solução não é

y  c 1e x  x  c 2 e  x  x  c 1e x  c 2 e  x
2 2

2
Cálculo Diferencial e Integral IV

 Exemplos

1. Resolva 2y' '2y'4y  0 .

2. Resolva 3y' '21y'  0 .

3 . Resolva 5y' '25 y  0 .

4. Expresse a solução do exemplo 3 em termos de funções hiperbólicas.

5. Resolva 2y  20y  42y  0 .

6. Resolva 4x
  0,04x  0 .

7. Resolva y' '4y'5y  0 .

8. Resolva 8y' '32y  0 .

9. Resolva 3y' '9y'12y  0 , com y0  1 e y' 0  1.

10. Resolva 5y  30y  125 y  0 .

d2I dI
11. Resolva 4 2
 80  400I  0 .
dt dt

12. Resolva 2y' '16y'32y  0 .

13. Resolva y' '  0 .

3
Cálculo Diferencial e IntegralIV

  16 x  16 x  0 .
14. Resolva 4x

d 2N dN
15. Resolva 100 2
 20 N  0.
dt dt

16. Prove que y  c 1e ax cosbx   c 2 e ax senbx  é algebricamente igual a


y  d1e a bix  d 2 e a bix .

Aplicação: Considere um sistema perfeito massa-mola como indicado na figura abaixo:

Suponha que a massa seja de m kg, a constante elástica


da mola seja k N/m e a massa desliza sem atrito no
plano. Resolver a equação de movimento para este
sistema sujeito às condições iniciais:
x0  A  cos  e x 0   A    sen  , onde
A e a amplitude  é a fase do oscilador.

dp
Da segunda lei de Newton:  FR ou p  FR .
dt

A força na massa m devido a mola é dada pela lei de Hooke: F  k  x .

d2 x
Então m  k  x ou, dividindo ambos os lados dessa equação diferencial por m.
dt 2

k k k
  
x   x  0 . Fazendo a identificação  
xx temos que esta equação
m m m
diferencial é linear de segunda ordem com coeficientes constantes, portanto vale anossateoria.

A equação característica associada é 2  2  0 e suas raízes são   0  i . Nossa solução

será do tipo y  c 1e ax cosbx   c 2 e ax senbx  , como a  0e b vem:

xt   c 1 cost   c 2 sent  .

Aqui as condições de contorno ainda não foram aplicadas.

4
Cálculo Diferencial e Integral IV

2
Podemos associar a constante  ao período do movimento através da relação T  de onde vem

m
o período do movimento harmônico T  2 . A freqüência é o inverso do período
k

1  1 k
   logo   2 , por este motivo a grandeza  é chamada de freqüência angular e
T 2 2 m
difere da freqüência  pelo fator 2  .

5
Cálculo Diferencial e IntegralIV

 Exercícios
Resolva as seguintes equações diferenciais:

1) 2y' '2y  0 11)   20 x  64 x  0


x 21)   36u  0
u
1 1
y' ' y'10 y  0   60 x  500 x  0 d2 Q dQ
2) 3 3 12) x 22) 2
5  7Q  0
dt dt

1 1 d2 Q dQ
3) y' ' y' y  0 13)   3x  x  0
x 23) 2
7  5Q  0
2 2 dt dt
1 1 d2P dP
4) y' ' y0 14)   10 x  25 x  0
x 24) 2
 18  81P  0
10 10 dt dt
d2P dP
5) y' '2y'2y  0 15)   25 x  0
x 25) 2
2  9P  0
dt dt
d2N dN
6) y' '7y  0 16)   25 x  0
x 26) 2
5  24N  0
dx dx
d2N dN
7) y' '6y'9y  0 17)   x  2x  0
x 27) 2
5  24N  0
dx dx
d2 T dT
y' '2y'3y  0   2u  4u  0  30  225 T  0
8) 18) u 28) d 2
d

d 2R dR
9) y' '3y'5y  0 19)   4u  2u  0
u 29) 5 0
d 2
d
1
10) y' ' y' y0 20)   36u  0
u
4

6
Cálculo Diferencial e Integral IV

 Equações Diferenciais de Segunda Ordem Não

Homogêneas Lineares de Segunda Ordem com

Coeficientes Constantes

A equação diferencial y' ' a 1 y' a 0 y  x  em que a 1 e a 0 são constantes e x  é uma função

de x é uma equação diferencial nãohomogênea, pois, neste caso o lado direito da equação diferencial não é
zero.

O método para resolver este tipo de equação diferencial consiste em primeiro achar a solução geral
da equação diferencial homogênea y h x  , pelo método descrito anteriormente, depois temos que encontrar

uma solução particular da equação diferencial não homogênea y p x  . A solução geral da equação

diferencial não homogênea é a soma da solução geral da equação diferencial homogênea com a solução
particular da equação diferencial não homogênea, ou seja, yx   y h x   y p x  . Mas como achar a

solução particular ?

É o que veremos a seguir: é a chamada técnica de variação de parâmetros.

 Variação de Parâmetros

A variação dos parâmetros em um método para determinar uma solução particular da


equação diferencial linear de ordem n desde que se conheça a solução da equação homogênea
associada y' ' a 1 y' a 0 y  0 yh  c 1y1 x   c 2 y 2 x  . Em nosso caso n sempre será igual a 2,
pois as equações diferenciais são de segunda ordem.

7
Cálculo Diferencial e IntegralIV

 Método

Uma solução particular de y' ' a 1 y' a 0 y  0 tem a forma y p   1  y 1   2  y 2 onde os y1 e

y 2 são dados pela Equação yh  c1  y1 x   c 2  y2 x  e os 1 e  2 são funções incógnitas de x a


serem determinadas.

Para achar os 1 e  2 resolvemos primeiro simultaneamente as seguintes equações lineares, em

relação aos 1 e  2 :


 1  y 1   2  y 2  0
' '

 '
 1  y 1   2  y 2  x 
 ' ' '

Integramos então cada  1' e  '2 para obter 1 e  2 , desprezando todas as constantes de
integração o que é permitido porque estamos interessados em apenas uma solução particular.

 Exemplos

ex
1. Resolva y' '2 y' y  .
x

2. Resolva y' ' y'2y  e 3 x com y0  0 ; y' 0  0 .

  4x  sen2t  .
 3. Resolva x

d2N dN
 4. Resolva t 2
2
 2t  2N  t ln t sabendo que t e t 2 são duas soluções linearmente
dt dt
independentes da equação diferencial homogênea associada.

8
Cálculo Diferencial e Integral IV

 Exercícios

 Obter a solução geral das seguintes equações diferenciais:

ex
1) y' '2 y' y 
x5
2) y' ' y  secx 
3) y' '2y' y  e 3 x
4) y' '60 y'900 y  5e 10x
5) y' '7y'  3
  et
6) x 2 x x 
t3
  e 3t
7) x  6 x  9x  2
t

x  4 x  4 sec 2 2 t 

8)

  et
9) x  4 x  3x 
1 et
1 1 1
y' ' y' 2 y  ln x sabendo-se que x e são duas soluções da equação diferencial
10) x x x
homogênea associada.
x 2 y' ' xy'  x 3 e x sabendo que 1 e x 2 são duas soluções da equação diferencial homogênea
11)
associada.

t
 1 x  2 t x  2 x  t 2  1 sabendo que t e t 2  1 são duas soluções da equação diferencial
  2
2
12)
homogênea associada.

t  t   x  2  t 2   x  2  t   x  t  t  1 sabendo que e e
1
 
2 2 t
são duas soluções da equação
13) t
diferencial homogênea associada.

9
Cálculo Diferencial e IntegralIV

 Problemas de Valor Inicial

Resolvem-se problemas de valor inicial aplicando-se as condições iniciais à solução geral da equação
diferencial. Saliente-se que as condições iniciais se aplicam apenas à solução geral, e não à solução
homogênea yh , muito embora seja yh que possua todas as constantes arbitrárias a serem determinadas.

A única exceção é quando a solução geral é a própria solução homogênea; isto é, quando a
equação diferencial em estudo é ela própria homogênea.

 Exemplos
1. Resolva y' ' y'2y  4x 2 quando y0  1 e y' 0  4 .

ex
2. Resolva y' '2 y' y  quando y1  0 e y' 1  1.
x

  4x  sen2t  para x0  0 e x 0  0 .


3. Resolva x

 Exercícios
Resolva os seguintes problemas de valor inicial:

 y' ' y'2y  e 3 x y0  1 y' 0  2


 y' ' y'2y  e 3 x y0  2 y' 0  1
 y' 'y'2y  0 y0  2 y' 0  1
 y' ' y'2y  e 3 x y1  2 y' 1  1
 y' 'y  x y1  0 y' 1  1
 y '' y  sen  x  y  0 y'   0
 y' ' y  0 y2  0 y' 2  0
 y  2y  2y  sen2t   cos2t  y0  0 y 0  1

10
Cálculo Diferencial e Integral IV

 Sequências Infinitas

Você naturalmente já encontrou sequências de números durante os seus estudos de matemática. No


segundo grau você estudou as famosas P.A.’s a n  a 1  n  1  r e P.G.’s a n  a 1  qn1 que nada mais
são do que sequências de números, porém finitas. Por exemplo os números 5 , 9, 11, 13, 15 definem uma
sequência finita porque existe um primeiro e um último número. Entretanto se o conjunto de números que
define uma sequência não têm um primeiro ou um último número, dizemos que tal sequência é infinita. Por
1 2 3 4 4
exemplo, a sequência definida por : , , , , é infinita, pois os três pontos depois do número
3 5 7 9 9
indica que não há um último número. Daqui para frente a palavra “sequência” para nós significará uma
sequência infinita de números a menos que se diga o oposto.

Definição: Uma sequência é uma função cujo domínio é o conjunto dos números inteiros
positivos (possivelmente incluindo o zero quando for o caso). Os números na imagem da sequência que são
chamados de elementos da sequência serão restritos, em nossos estudos, aos números reais.

Se o n-ésimo elemento é dado por f n , então a sequência é um conjunto de pares ordenados da

forma n, f n , onde n é um número inteiro positivo. Em particular se f n 


n
temos que:
2n  1
1 2 3 4
f 1  ; f 2   ; f 3   ; f 4   e assim sucessivamente. vemos que a imagem de f consiste
3 5 7 9
 1  2  3  4
dos elementos mostrados na sequência (1). Alguns pares ordenados são:  1,  ,  2, ,  3,  ,  4 ,  ,
 3  5  7  9
 5
 5,  . Um esboço do gráfico dessa sequência seria:
 11 

11
Cálculo Diferencial e IntegralIV

Normalmente o n-ésimo elemento f n da sequência é estabelecido quando os elementos são

1 2 3 4 n
colocados em ordem. Assim para os elementos da sequência (1) escreveríamos: , , , ,, ,
3 5 7 9 2n  1

Como o domínio de toda sequência é o mesmo (números inteiros positivos) , podemos usar a

notação f n [somente a imagem] para denotar uma sequência. Assim a sequência
1 2 3 4
, , , , pode
3 5 7 9
 n 
ser denotada por   . Em muitos livros texto também é utilizada a notação a n para denotar a
 2n  1
sequência para a qual f n  a n .

Vale ressaltar que é muito importante distinguir os elementos de uma sequência e a própria

 1
sequência. Por exemplo, a sequência   tem como seus elementos os inversos dos inteiros positivos:
n 
1 1 1 1
1, , , ,, ,
2 3 4 n
1 se n é ímpar

A sequência para a qual f n   2 . tem como elementos:
 n  2 se n é par

1 1 1
1, ,1, ,1, ,
2 3 4

12
Cálculo Diferencial e Integral IV

Note que os elementos das sequências anteriores são os mesmos, mas as sequências são diferentes.
Para que uma seqüências seja igual a outra é necessário que os elementos e sua ordem sejam os mesmos..
Para perceber melhor a diferença, basta observar os gráficos das sequências em estudo. Note que os
gráficos são completamente diferentes!

1 1 1 1 1 1 1
Sequência: 1, , , , , , Sequência: 1, ,1, ,1, ,
2 3 4 n 2 3 4
1 f(n) 1 f(n)

0.5 0.5

n
n
0 1 2 3 4 5 6
0 1 2 3 4 5 6

Agora colocaremos sobre um eixo horizontal os pontos correspondentes a sucessivos elementos de


 n 
uma sequência. Tomaremos como exemplo a sequências  :
 2n  1

13
Cálculo Diferencial e IntegralIV

1
Vemos que os sucessivos elementos sequência aproximam-se cada vez mais de , ainda que
2
1
nenhum elemento da sequência tenha o valor . Intuitivamente, vemos que o elemento estará tão próximo
2
1
de quanto desejarmos, se tomarmos um número de elementos suficientemente grande.
2
Que conceito lembra essa nossa intuição ? A resposta é simples:

Ponto de Acumulação ! e portanto nos faz também pensar no conceito de limites

n 1
De fato , lim 
n   2n  1 2

Teorema:Se uma sequência a n tem um limite, dizemos que a sequência é convergente, e


dizemos que an converge para aquele limite. Naturalmente se a sequência não for convergente, dizemos
que é divergente.

 n 
Portanto por este teorema podemos dizer que a sequência   é convergente e converge para
 2n  1
1
.
2

 4n 2 
Exemplo 1: Determine se a sequência  2  n  0,1,2,3, é convergente ou
 2n  1
divergente. No caso de ser convergente dizer para onde converge.

Exemplo 2: Determine se a sequência  1 n



1 n  0,1,2,3, é convergente ou

divergente. No caso de ser convergente dizer para onde converge.

14
Cálculo Diferencial e Integral IV

 
Exemplo 3: Determine se a sequência n  sen  n  1,2,3, é convergente ou
 n
divergente. No caso de ser convergente dizer para onde converge.

Teorema:Se a n  e b n  são sequências convergentes e c é uma constante, então :

 a sequência constante {c} tem c como seu limite

 lim ca n  c lim a n  lim a n  b n   lim a n  lim b n


n   n   n   n   n  

a n nlim an
 lim a n  b n   lim a n  lim b n  lim    se lim b n  0
n   n   n   bn lim b n n 
n   n  

 n2 
Exemplo 4: Determine se a sequência   sen  n  1,2,3, é convergente ou
 2n  1 n

divergente. No caso de ser convergente dizer para onde converge.

15
Cálculo Diferencial e IntegralIV

 Exercícios

 Encontrar o elemento geral das Seguintes sequências abaixo, indicando o valor inicial de n

1 3 5 7 99
 S ; ; ; ;; ;
1 2 3 4 50
2 50 2 3 2 2 21
 S ; ; ; ; 
1 48 49 50
37  38 36  37 35  36
 S ; ; ;
1 2 3
1 2 3 4 5 6
 S ; ; ; ; ; ;
1 4 9 16 25 36
1000  997 994  991
 S ; ; ; ;
1 2 3 4
480  475 470  465
 S ; ; ; ;
10 11 12 13
1 1 1 1 1
 S ; ; ; ; ;
13 3 3 5 3 7 3 9 3
16384 8 4 2 1
 S ;; ; ; ; ;
1 144 169 196 225
8 16 24 32
 0; ; ; ; ;
5 7 9 11
5 4 3 2 1 1
 ; ; ; ; ;0; ;
2 5 8 11 14 20

16
Cálculo Diferencial e Integral IV

A partir do elemento geral das sequências abaixo, dizer se a sequência converge ou diverge.

No caso de convergência dizer para onde converge.

1) a n 
 1n 480  5n 13) a n 
n1
com n = 1,2,3, 
com n = 0,1,2,3, 
10  n 2n  1
38  n39  n 2n 2  1
2) a n  com n = 1,2,3,  14) a n  com n = 1,2,3, 
n 3n 2  n
2n  1 n2  1
3) a n  com n = 0,1,2,3,  15) a n  com n = 1,2,3, 
n1 n
5n 3n 3  1
4) a n  com n = 0,1,2,3,  16) a n  com n = 1,2,3, 
2  3n 2n 2  n
 1n 1000  3n lnn
an  com n = 0,1,2,3, 
5) n1 17) a n  com n = 1,2,3, 
n2

6) a n 
 1n1  n 18) a n 
en
com n = 1,2,3, 
com n = 1,2,3, 
n2 n
2n n 
7) a n  com n = 1,2,3,  19) a n  sen com n = 0,1,2,3, 
n n1 2n

8) a n 
 1n1 20) a n 
1
com n = 0,1,2,3, 
com n = 1,2,3, 
n3 n2  1  n

9) a n 
 1n 2n 21) a n  n  1 - n com n = 0,1,2,3, 
com n = 1,2,3, 
n2
n
8n  1 
10) a n  com n = 0,1,2,3,  22) a n   1   com n = 1,2,3, 
2n  3  3n 
n
3  2
11) a n  com n = 2,3,4,5,  23) a n   1   com n = 1,2,3, 
n1  n
1
12) a n  com n = 1,2,3, 
n

17
Cálculo Diferencial e IntegralIV

A partir do elemento geral das sequências abaixo, dizer se a sequência converge ou diverge.

No caso deconvergência dizer para onde converge.

  1   1  1
 1  cos n    tg n   sen n  
     

1
 ; n  1,2,3, 8)   ; n  1,2,3, 
1)    1 
 n   n3 

  1   1 
 1  sec n    cos n  
   
  ; n  1,2,3, 9)   ; n  1,2,3, 
2)  1   1  sen 1  
 n2    n  
  1  3 1
 1  cos n    1  cos  n  
   
  ; n  1,2,3, 10)   ; n  1,2,3, 
3)  1  1  sen 2   
1
 sen 
 n  n     n  
  1 
 1  cos 3   
n 1 
  ; n  1,2,3,  11)   2  senn ; n  1,2,3, 
4)  1  1  1 n 
 sen   cos 
 n n  n  

  1  1   1  1 
 tg n   sen n    cos   3 cos  
     n n 
  ; n  1,2,3,  12)   ; n  1,2,3, 
5)   1     1  
sen  
2
sen  
2
 n    n 
 


  1  1 
5  3 
 sen n   sen n    1  tg   1  sen  
     n n 
6) 

 
1
 ; n  1,2,3,  13)   ; n  1,2,3, 
sen    1 
  
n   n3 
 


  1  1 
 1  3 
 cos  n   cos  n    1  sen   1  sen  
     n n 
7) 

1
 ; n  1,2,3,  14)   ; n  1,2,3, 
  1 
 n2   n 
 

18
Cálculo Diferencial e Integral IV

A partir do elemento geral das sequências abaixo, dizer se a sequência converge ou diverge.

No caso de convergência dizer para onde converge.

 1  
n
 n  2  n 2 
1)   1    ; n  1,2,3,  5)    ; n  1,2,3, 
 n    n  4  

 5  
n
 n  3  n1 
2)   1    ; n - 1,2,3,  6)    ; n  1,2,3, 
 n    n  2  

 n  3  n   2n  4  n 3 
3)     ; n  1,2,3,  7)    ; n  1,2,3, 
 n    2n  3  

 n 2  1  n 
2
 n  2  n   
   ; n  1,2,3,  8)  2   ; n  1,2,3, 
4)  n   
  n 3  

19
Cálculo Diferencial e IntegralIV

 Séries Infinitas de Termos Constantes

A super conhecida operação de adição tem sido aplicada somente para um conjunto finito de
números. Agora, queremos aplicar a adição a uma infinidade de números e definir o que significa tal soma.
Para isso, trabalharemos com um processo de limite considerando sequências.

n
Definição:Se un  é uma sequência e sn  u i  u1  u2  u3    un então, a
i 1

sequência s n  é chamada uma série infinita.

Os números u 1 , u2 , u 3 são chamados termos da série infinita. Usaremos o seguinte simbolismo



para denotar uma série infinita: u
i 1
i  u1  u2  u3    un  

s 1  u1
k
Da série acima: s 2  u1  u2 em geral sk  u
i 1
i  u1  u2  u3    uk onde s k , é
s 3  u1  u2  u 3

chamada a k-ésima soma parcial da série dada. A sequência s k  é uma sequência de somas parciais.

 
1
Exemplo: Dada asérie infinita  ui  
i1 n  1 nn  1
. Calcule os 4 primeiros termos das somas

parciais sk  e encontre uma fórmula para s n


1
s 1  u1 
2
2
s 2  u 1  u2 
3
3
s 3  u 1  u2  u 3 
4
4
s 4  u 1  u2  u 3  u 4 
5

20
Cálculo Diferencial e Integral IV

Portanto temos a sequência (Nunca confunda a palavra Sequência com a palavra Série. Lembre-se

que os conceitos são completamente diferentes!) sk   1 , 2 , 3 , 4 , por simples inspeção (As vezes
2 3 4 5
pode não ser tão simples, mas a única forma de se encontrar elemento geral de uma sequência é no “chute”,
não há regras rígidas, ou seja, depende fundamentalmente da experiência de quem se arrisca a fazer. !)
n
podemos encontrar o elemento geral da sequência: s n  se você tomar n = 1 , 2 , 3 , 4 , ...verá que
n1
os nossos resultados prévios coincidem.

Note que este método de solução é aplicado somente em casos muito especiais, pois em geral não
será possível encontrar o elemento geral da sequência s n .


Definição:Seja u n uma série infinita dada, e seja s n uma sequência de somas parciais
n 1

definindo esta série infinita . Então se lim s n existe e é igual a S , dizemos que a série dada é convergente
n  

e que Sé a soma (Note que neste caso a palavra soma não significa exatamente a operação de adição, pois
teríamos que adicionar uma infinidade de termos o que é praticamente impossível. Por isso a palavra soma
aqui, no estudo de séries significa um número limite) da série infinita em questão. Se o limite lim s n não
n  

existir, a série é chamada de divergentee não é possível encontrar a soma.

Se a série infinita tem uma soma S , também dizemos que a série converge para S.

A soma de uma série convergente é o limite da sequência das somas parciais, e não obtida pela

adição comum. Numa série convergente usamos o símbolo a
n 1
n para denotar ambas a série e a soma dos

termos da série. O uso do mesmo símbolo não é confuso porque a interpretação correta é evidente no
contexto no qual ele é usado.

21
Cálculo Diferencial e IntegralIV

 
1
Exemplo: Dada a série infinita, também chamada de série telescópica  u   nn  1
i1
i
i1

dizer se esta série é convergente ou divergente, no caso de ser convergente encontre sua soma.

De acordo com a definição, devemos encontrar o limite da sequência das somas parciais.

n
Como já sabemos qual é o termo geral da sequência s n  , temos que calcular o limite
n1
n 1
lim s n . Assim lim {aplicando o teorema de L’Hôpital} temos lim  1 . Como o limite existe e é
n   n   n  1 n   1

finito dizemos que a série dada é convergente e a soma de seus termos é 1, ou ,



1 1 1 1 1 1
 nn  1  2  6  1 2  20    n(n  1)    1 .
i 1

As coisas até aqui estão relativamente fáceis, porém tudo que é bom dura pouco, veremos que esta
generosa definição raramente pode ser aplicada, pois como já foi dito , na maioria das vezes é impossível
encontrar o elemento geral da sequência das somas parciais da série.

2 4 8 16
Exemplo: Dada a série infinita      dizer se esta série é convergente ou
3 9 27 81
divergente, no caso de ser convergente encontre sua soma.

Vamos tentar usar o procedimento padrão:

 Achar o termo geral da série para que esta fique mais elegante.

 Formar a sequência de somas parciais.

 Achar o termo geral da sequência das somas parciais.

 Calcular o limite do termo geral da sequência das somas parciais.

22
Cálculo Diferencial e Integral IV


2 4 8 16 2n
Bem, achar o termo geral da série, é fácil      n
3 9 27 81 n 1 3

Formar a sequência de somas parciais também é fácil

2
s 1  u1 
3
10
s 2  u 1  u2 
9
38
s 3  u 1  u2  u 3 
27
130
s 4  u 1  u2  u 3  u 4 
81

Portanto temos a sequência sk   2 , 10 , 38 , 130 , de somas parciais


3 9 27 81

Agora temos a infeliz tarefa de achar o termo geral da sequência das somas parciais.

Odenominador é evidente a função que devemos utilizar, mas o numerador é praticamente



?
impossível descobrir qual é a função: 3
n 1
n
. O numerador é uma função tal que

f 1  2
f 2   10
f 3   38
f 3   130

Eu não sei qual é a função que relaciona o conjunto domínio com o conjunto imagem. Se alguém
tiver alguma sugestão eu aceito !

Como não sabemos a forma explícita do termo geral da sequência das somas parciais, não podemos
calcular o limite !

23
Cálculo Diferencial e IntegralIV

Parece que a “vaca foi pro brejo” neste ponto. A pergunta que se faz é “e agora ? “

É exatamente neste ponto que começa o estudo e a dificuldade em estudar séries, pois todo o
problema vai consistir em saber se uma determinada série é convergente ou divergente.

Muitos fenômenos naturais podem ser descrito através de uma série infinita, mas para representar um
fenômeno natural é necessário que a série seja convergente, caso contrário a série não tem significado algum.

Existem ao todo 58 teoremas para verificar a convergência de uma série (estes teoremas são
chamados de critérios de convergência). Naturalmente que nós não vamos estudar todos eles, não temos
tempos para isso e nem é o objetivo deste curso.

Assim estudaremos os mais importantes e os mais gerais, são eles: o Critério da Razão; o Critério
de Raabe; o Critério da raiz e o Teorema de Leibniz

 Critério da Razão


Seja u
n 1
n uma série de termos positivos. Se a partir de um certo termo a razão entre cada termo e

seu antecessor imediato é sempre menor do que um número r  1 , a série é convergente. Em particular se

u n1
lim    1 a série é convergente. As barras de valor absoluto que estão no limite podem ser
n  u
n

omitidas por hora porque estamos considerando séries de termos positivos, no momento oportuno voltaremos
a utilizar o valor absoluto. Este critério falha e nada se pode dizer quanto à convergência ou divergência da
un1
série se lim  1 . Quando isso ocorre é necessário aplicar outro critério.
n   u
n

24
Cálculo Diferencial e Integral IV

2 4 8 16
Exemplo 1: Dada a série infinita      dizer se esta série é convergente ou
3 9 27 81
divergente.


1
Exemplo 2: Dada a série infinita  nn  1n  2
n 1
dizer se esta série é convergente ou

divergente.

 Critério de Raabi


Seja u
n 1
n uma série de termos positivos e uma sucessão de números positivos k 1 , k 2 ,k 3 ,,k n ,

se é possível determinar um número h0 tal que a partir de um certo n 0 , seja

un
kn   k n1  h , n > n 0  a série é convergente. Se fazemos em particular k n  n temos
un1

un u  u 
n  n  1  h ou n  n  n  h  1 ou ainda n n  1  h  1 , como h  0 é arbitrário
u n1 u n1  u n1 
quanto ao seu valor absoluto, podemos concluir que a série será convergente, sempre que

 u 
lim n n  1  1 .
n  
 u n1 


1
Exemplo 3: Dada a série infinita  nn  1n  2
n 1
dizer se esta série é convergente ou

divergente

25
Cálculo Diferencial e IntegralIV

 Critério da Raiz


Seja u n 1
n uma série de termos positivos .Se vale sempre, pelo menos a partir de certo índice, a

relação n u n  r  1, onde r é a razão entre dois termos consecutivos da série, então a série é
convergente.

Como corolário temos que a série é convergente se lim n un    1


n 

Exemplo 4: Dada a série infinita


n2 4 9 16 n2

 n  1  1 2 3  n  1
 
n1  n 
      
2 3 4
 
 n 
   dizer se esta série é convergente ou

divergente.

 Teorema de Leibnitz - Séries Alternadas

Dá-se o nome de série alternada à séries cujos termos se apresentam alternadamente positivos e
negativos. São exemplos de séries alternadas:

a) 1  1  1  1  ...

1 1 1 1
b) 1      ...
2 3 4 5

c) 1  2!  3!  4!  ...

O teorema de Leibnitz vale somente para as séries alternadas:

 

 un    1 v n , onde v n é um número positivo.


n
A série alternada tem o termo geral de forma
n 0 n 0

  
un

Se

26
Cálculo Diferencial e Integral IV

a) v 0  v1  v 2  v 3  v 4  v 5  v 6  v 7    

b) lim v n  0
n  

as duas condições acima a) e b) forem satisfeitas simultaneamente então a série alternada


 

 un  n0 1 
n 0
n
v n é convergente, caso contrário ela é divergente.

un

1 1 1 1 1 1
        1    dizer se esta
n1
Exemplo 5: Dada asérie infinita 1 
2 3 4 5 6 n
série é convergente ou divergente.

Os critérios estudados aqui e os 54 restantes foram escritos há muito tempo atrás e não havia formas
de se fazer as somas parciais das séries através de meio mecânicos ou eletrônicos, entretanto atualmente com
as calculadoras eletrônicas programáveis e os computadores digitais.
O computador Sunway TaihuLight, Taihu em chinês significa grande, opera no centro nacional da
China para supercomputadores, na cidade de Wuxi, Província de Jiangsu, leste do país - Republica Popular
da China, e será utilizado para modelização climática e pesquisa científica. Pelo menos é isso que diz o
artigo!
- Hah! hah! conta outra e me engana que eu “góstio”! Será que é somente para isso mesmo ?
O Sunway TaihuLight conta com um total de 10.649.600 (isso mesmo, mais de 10 milhões) de
núcleos de processamento é capaz de alcançar 125,436 petaflops, ou seja é capaz de fazer 125,436
quatrilhões de operações por segundo. A energia consumida pelo computador é de 15,37 megawatts,
quantidade de energia suficiente para alimentar uma cidade com mais de 75 mil habitantes.
Como um quadrilhão correponde a 10 15 , então o computador faz 125.436.000.000.000.000
operações por segundo. É o primeiro computador a superar a marca de 100 petaflops.
As informações acima foram obtidas em setembro de 2016, como na área de computadores a
evolução é muito rápida, pode ser que no momento que em você estiver lendo essas linhas já tenham
construido outros computadores mais rápidos.
Dessa forma em frações de segundo, podemos não só chegar a conclusão sobre a convergência de
uma série, assim como podemos de imediato saber qual é a soma da série.
2 4 8 16
Como exemplo, vamos estudar a convergência e a soma da série      através de
3 9 27 81
um programa de computador que nem precisa ser necessariamente um computador, uma boa calculadora
programável faz o mesmo serviço com a mesma eficiência.

27
Cálculo Diferencial e IntegralIV

Primeiramente é preciso fazer o programa. Isso pode não ser uma tarefa tão fácil quanto se pensa
Apresentarei aqui um programa escrito em linguagem Pascal e logo a seguir os resultados.

Poderia ser qualquer outra linguagem de programação (FORTRAN, BASIC, C, ALGOL, LISP,
PROLOG, JAVA,...) uma vez que o algoritmo é sempre o mesmo. Eu escolhi o Pascal porque é uma própria
para cálculos matemáticos além de, com pequenas modificações, poder ser facilmente adaptado para
funcionar em uma calculadora do tipo HP.

PROGRAM SERIE;
USES CRT;
VAR
N : INTEGER;
F : REAL;
S : REAL;
BEGIN
CLRSCR;
S:=0.0;
FOR N:= 1 TO 70 DO
BEGIN
S:=S+EXP((N/1)*LN(2/3));
WRITELN(N,' ',S:1:10);
END;
END.
 Resultados
1 0,6666666667 16 1,9969551223 31 1,9999930466 46 1,9999999841
2 1,1111111111 17 1,9979700816 32 1,9999953644 47 1,9999999894
3 1,4074074074 18 1,9986467210 33 1,9999969096 48 1,9999999930
4 1,6049382716 19 1,9990978140 34 1,9999979397 49 1,9999999953
5 1,7366255144 20 1,9993985427 35 1,9999986265 50 1,9999999969
6 1,8244170096 21 1,9995990285 36 1,9999990843 51 1,9999999979
7 1,8829446731 22 1,9997326857 37 1,9999993896 52 1,9999999986
8 1,9219631154 23 1,9998217904 38 1,9999995930 53 1,9999999991
9 1,9479754103 24 1,9998811936 39 1,9999997287 54 1,9999999994
10 1,9653169402 25 1,9999207958 40 1,9999998191 55 1,9999999996
11 1,9768779601 26 1,9999471972 41 1,9999998794 56 1,9999999997
12 1,9845853068 27 1,9999647981 42 1,9999999196 57 1,9999999998
13 1,9897235378 28 1,9999765321 43 1,9999999464 58 1,9999999999
14 1,9931490252 29 1,9999843547 44 1,9999999643 59 1,9999999999
15 1,9954326835 30 1,9999895698 45 1,9999999762

28
Cálculo Diferencial e Integral IV

Observando a tabela anterior chegamos facilmente a conclusão que a série converge e a soma de seus
termos é 2.
Note que depois do termo de número 60 (inclusive) a inclusão de novos termos não alteram o valor
da soma que permanece sempre constante e igual a 2 devido ao fato da aproximação automática que os
computadores fazem mas na verdade a soma nunca dará exatamente 2.
Vamos utilizar o mesmo programa para verificar a convergência da seguinte série:
1 3 5 7 
2n  1
    ... podemos escreve essa série como
2 4 6 8

n 1 2n
,como resultado teremos:

1 0,5000000000 30 28,0025064350 59 56,6683981270 88 85,4698882310


2 1,2500000000 31 28,9863774020 60 57,6600647930 89 86,4642702540
3 2,0833333333 32 29,9707524020 61 58,6518680720 90 87,4587146980
4 2,9583333333 33 30,9556008870 62 59,6438035560 91 88,4532201930
5 3,8583333333 34 31,9408950050 63 60,6358670480 92 89,4477854100
6 4,7750000000 35 32,9266092910 64 61,6280545480 101 98,4013607460
7 5,7035714286 36 33,9127204020 65 62,6203622400 102 99,3964587850
8 6,6410714286 37 34,8992068880 66 63,6127864830 103 100,3916044200
9 7,5855158730 38 35,8860489930 67 64,6053237960 104 101,3867967200
10 8,5355158730 39 36,8732284810 68 65,5979708550 105 102,3820348200
11 9,4900613276 40 37,8607284810 69 66,5907244780 106 103,3773178400
12 10,4483946610 41 38,8485333590 70 67,5835816210 107 104,3726449400
13 11,4099331220 42 39,8366285970 71 68,5765393680 108 105,3680153100
14 12,3742188370 43 40,8250006900 72 69,5695949230 109 106,3634281600
15 13,3408855030 44 41,8136370530 73 70,5627456080 110 107,3588827000
16 14,3096355030 45 42,8025259420 74 71,5559888510 111 108,3543782000
17 15,2802237390 46 43,7916563770 75 72,5493221850 112 109,3499139100
18 16,2524459610 47 44,7810180790 76 73,5427432370 113 110,3454891300
19 17,2261301710 48 45,7706014130 77 74,5362497310 114 111,3411031700
20 18,2011301710 49 46,7603973310 78 75,5298394740 115 112,3367553400
21 19,1773206480 50 47,7503973310 79 76,5235103600 116 113,3324450000
22 20,1545933750 51 48,7405934090 80 77,5172603600 117 114,3281714900
23 21,1328542440 52 49,7309780250 81 78,5110875210 118 115,3239342000
24 22,1120209110 53 50,7215440620 82 79,5049899600 119 116,3197325200
25 23,0920209110 54 51,7122848030 83 80,4989658630 120 117,3155658600
26 24,0727901420 55 52,7031938940 84 81,4930134820 121 118,3114336200
27 25,0542716230 56 53,6942653230 85 82,4871311300 122 119,3073352600
28 26,0364144810 57 54,6854933930 86 83,4813171760 123 120,3032702200
29 27,0191731010 58 55,6768727030 87 84,4755700500 124 121,2992379700

29
Cálculo Diferencial e IntegralIV

Observando a tabela anterior chegamos a conclusão que a série em questão diverge, uma vez que a
inclusão de mais um termo na soma sempre resulta em um número maior. Sendo assim, nunca será possível
chegar em um número constante.

Podemos ainda pensar em colocar os dados das tabelas em um gráfico, assim fica evidente a
convergência ou a divergência de uma série. Muitas calculadoras têm suporte gráfico, permitindo sua
visualização de forma muito simples.

a) No caso de convergência b) No caso de divergência


2.5 f(n) 41 f(n)

2 32.8

1.5 24.6

1 16.4

8.2
0.5

n
n
0 8 16 24 32 40
0 8 16 24 32 40

Observando a figura a) notamos que à medida que n cresce o valor de f(n) tende a um número finito
(neste caso 2) o que caracteriza a convergência da série. O mesmo não ocorre com o gráfico da figura b),
quando n cresce f(n) também cresce ilimitadamente, caracterizando a divergência da série.

Usando os recursos tecnológicos, podemos sempre saber se uma série converge ou diverge antes
mesmos de aplicarmos teoremas e critérios de convergência.

Uma observação cabível aqui é que usar recursos tecnológicos sempre é muito prático mas depende
da habilidade de quem utiliza.

Uma falha de programação tanto no computador como na calculadora pode provocar um verdadeiro
desastre !

30
Cálculo Diferencial e Integral IV

 Exercícios
Verificar a convergência das seguintes séries

  
1 1 1
1)  11)  21)  n  2n  4
n  1 2n  12n  1 n 1 n n 1

2) 

2
12) 

1 
 1n1
n 1 4n  3 4n  1 n 1 n2
n
22) 
n 1 n
 
1 
n2
n    1 nn  1
n
3) 13) 23)
n 1 n 1 2n  1 n 1


2n  1 
1 
n2
4)  n n  1
2 2 14)  n 24)   1
n1

n3  2
n 1 n 1 n n 1



2 n 1 
n2 n
    1
n
5) 15) 25)
n 1 4n  1 en
n 3
n 1 3 n1



2n  1 1 
6)  16)  26)  3n  1
n
n  1 3n  2 n 1 n 2  4n n 1

  
2 1

1
3   1
n1
7) n1 17) 27)
n 1 n 1 n3  1 n 1 n
  
1
  1 2n  1
3 n
  1 
n1 n
8) 18) 28)
n1 5n  3
2
n 1 2n 2
n1

 
1
9)  e n 19) n
n 1 n
n 1

 
4 1
10) 3 n
1
20) 
n 1 n 1 n n2  1

31
Cálculo Diferencial e IntegralIV

Série de Taylor

Se f é uma função definida por:



f x   c n x n  c 0  c 1x  c 2 x 2  c 3 x 3  ...  c n x n  ... ( 1 ), onde os coeficientes c n são
n 0

contantes reais cujo raio de convergência é R  0

O Raio de convergência fornece um intervalo aberto dentro do qual a série de potências converge.


 nx  2
n
Por exemplo podemos calcular o intervalo de convergência da série .
n 1

u n  nx  2 
n
Usando o critério da razão: O termo geral desta série é e seu sucessor é

un1  n  1x  2 
n1
.

Assim lim
un1
 lim
n  1x  2n1  lim n  1x  2n x  2  x  2 lim n  1 como
nx  2  nx  2 
n   u n   n n   n n   n
n

n1
lim  1 portanto para que a série convirja é necessário que x  2  1 ou  1  x  2  1 ou
n   n
ainda 1  x  3 . Aqui temos o intervalo de convergência, mas ainda há um problema que é o
comportamento da série nos extremos do intervalo.

Quando x  1 a série é   1 n que é divergente, pois lim n   diferente de 0 .
n
n  
n 1


Quando x  3 a série é  n que também é divergente, pelo mesmo motivo.
n 1
Logo o intervalo de

convergência é 1,3 .

Assim, a série de potências dada define uma função, tendo intervalo 1,3 como seu domínio.

Segue-se que f tem derivadas de todas as ordens em  R , R  . Dizemos que tal função é
infinitamente diferenciável em  R, R  . Diferenciando sucessivamente a função dada em (1) temos:

f ' x   c 1  2c 2 x  3c 3 x 2  4c 4 x 3  ...  nc n x n1  ... (2)


f ' ' x   2c 2  2  3c 3 x  3  4c 4 x 2  ...  n  1nc n x n 2  ... (3)
f ' ' ' x   2  3c 3  2  3  4c 4 x  ...  n  2 n  1nc n x n 3
 ... (4)
f IV  x   2  3  4c  ...  n  3 n  2 n  1nc x n 4  ...
n (5)

32
Cálculo Diferencial e Integral IV

Seja x  0 em ( 1 ), obtemos f 0  c 0 .

Para x  0 em ( 2 ), vemos que f ' 0  c 1 .

f ' ' 0


Se em ( 3 ) tomamos x  0 , temos f ' ' 0  2c 2 . e assim c 2 
2!

f ' ' ' 0


Por( 4 ) tomando x  0 , obtemos f ' ' ' 0   2  3c 3 . e assim c 3 
3!

f IV  0 
De modo análogo a( 5 ) se x  0 , obtemos f IV  0  2  3  4c 4 . e assim c 4 
4!

f n  0 
Em geral, temos c n  para todo n inteiro positivo.
n!

A fórmula acima também se aplica quando n = 0 se tomarmos f 0  0  como sendo f 0 e 0!  1 .


Assim podemos escrever a série de potências de f em x como:

f n  0 n f ' ' 0 2 f n  0 n
 x  f 0  f ' 0x  x   x 
n 0 n! 2! n!

Num sentido mais geral, consideremos a função f como uma série de potências em x  a  ; isto é:


f x    c n x  a   c 0  c 1 x  a   c 2 x  a   c 3 x  a     c n x  a   
n 2 3 n

n 0

Se o raio de convergência desta série é R , então f será infinitamente diferenciável em


a  R, a  R , por derivações sucessivas obtemos:

f ' x   c 1  2c 2 x  a   3c 3 x  a   4c 4 x  a   ...  nc n x  a 
n 1
 ...
2 3

f ' ' x   2c 2  2  3c 3 x  a   3  4c 4 x  a   ...  n  1nc n x  a 


n2
 ...
2

f ' ' ' x   2  3c 3  2  3  4c 4 x  a   ...  n  2 n  1nc n x  a 


n 3
 ...
f IV  x   2  3  4c  ...  n  3 n  2 n  1nc n x  a 
n 4
 ...

Tomando x  a nas séries de potências que representam f e suas derivadas, temos:

33
Cálculo Diferencial e IntegralIV

f ' ' a  f ' ' ' a  f IV a 


c 0  f a  ; c 1  f ' a  ; c 2  ; c3  ; c4  e em geral
2! 3! 4!

f n  a 
cn 
n!

Então podemos escrever a série de potências de f em x  a como:


f n  a  f ' ' a  f n  a 
 x  a  f a   f ' ax  a  
n
x  a   ... 
2
x  an  ...
n 0 n! 2! n!

f n  a 

A série  x  a n é denominada Série de Taylor de f em a.
n 0 n!

f n  0  n
O caso especial quando a  0 resulta em 
n0 n!
x que é denominada Série de MacLaurin.

As Série de Taylor e a Série de MacLaurin tem importantes aplicações em todas as ciências que
utilizam a matemática como instrumento, principalmente quando temos uma função complicada e queremos
fazer cálculos aproximados. O exemplo a seguir esclarece melhor este ponto de vista.

Exemplo 1: Expandir a função f x   senx  em série de Taylor em torno do ponto  .

Temos que escrever f x  como:


f n  a  f ' ' a  f n  a 
 x  a n
 f a   f ' a x  a   x  a 2
   x  a n  
n 0 n! 2! n!

Portanto um bom começo é calcular as derivadas sucessivas de f x  no ponto  .

f x   sen x  f    sen   0
f ' x   cos x  f '    cos   1
f ' ' x    sen x  f ' '     sen   0
f ' ' ' x    cos x  f ' ' '     cos   1
f IV  x   sen x  f IV    sen   0

34
Cálculo Diferencial e Integral IV

Desta forma temos calculados todos os valores dos coeficientes da série de potências

f n  a 
 x  a n . Levando os valores acima na relação temos:
n 0 n!

x   3 x   5
 x      
3! 5!

 1n1 x   
 2n  1
Escrevendo de forma compacta e mais elegante vem: 
n 0 2n  1!
esta é a série de

Taylor da função f x   senx  , ou seja sen x    1



x  
2n  1
n1
. Note que essa relação é uma
n 0 2n  1!
igualdade entre a soma dos termos de uma série infinita e a função senx  . Dependendo do problema

podemos aproximar a função senx  pela soma de uns poucos termos da série. É claro que tudo vai
depender da precisão com que se deseja trabalhar. Quanto maior precisão maior o número de termos da série
que precisa ser somado.

Vamos ver o que ocorre de forma gráfica adicionando termo a termo na série de Taylor

Função sem aproximação: f x   senx 

35
Cálculo Diferencial e IntegralIV

Em primeira aproximação: f x   (x  )

1
Em segunda aproximação: f x   (x  )  (x  ) 3
6

36
Cálculo Diferencial e Integral IV

1 1
Em terceira aproximação: f x   (x  )  (x  ) 3  (x  ) 5
6 120

1 1 1
Em quarta aproximação: f x   (x  )  (x  ) 3  (x  ) 5  (x  ) 7
6 120 5040

37
Cálculo Diferencial e IntegralIV

Em quinta aproximação:
1 1 1 1
f x   (x  )  (x  ) 3  (x  ) 5  (x  ) 7  (x  ) 9
6 120 5040 362880

A série de Taylor fornece uma aproximação do comportamento da função no ponto em que foi
expandida. No nosso exemplo a função seno foi expandida em torno do ponto  e portanto deve dar
informações do comportamento da função no ponto. De fato isso ocorre, basta olhar o gráfico das curvas.
Note que somando apenas três termos da série de Taylor já temos uma aproximação muito boa da função.

Podemos estudar o intervalo de convergência da série de Taylor para a função seno, muito embora
este estudo seja completamente dispensável por hora, mas a título de exemplo vamos verificar.

Para achar o raio de convergência, temos que aplicar o critério da razão que neste caso temos:

O termo geral de série é un   1


n1 x   2n1 e seu sucessor é u n1   1
n 2 x   2n 3
2n  1! 2n  1  1!
então:

38
Cálculo Diferencial e Integral IV

n  2 x    2n  1!
2n  3
u n1
lim  lim  1  
n   u
n
n   2n  1  1!  1 1 x   2n1
n

lim
 1  1x    x   
n1 2n  1 2


2n  1!  lim
 1x    2n  1!
2


n   2n  3 !  1 1 x   2n1
n n   2n  3 2n  2 2n  1!

lim
 1x   2
n   2n  3 2n  2 

Por se tratar de valor absoluto podemos ignorar o termo ( -1 ). Assim

lim
 1x  2  lim
x  2  x    lim
2 1
 x     0  0
2
n   2n  3 2n  2  n   2n  3 2n  2  n   2n  3 2n  2 

Como 0 é sempre menor que 1 enttão o critério da razão é sempre satisfeito para qualquer valor de x,
assim a série converge no intervalo  , , ou seja converge para todos os números reais.

Exemplo 2: Expandir a função f x   ln1  x  em série de MacLaurin

Exemplo31: Expandir a função f  x    x em série de MacLaurin

39
Cálculo Diferencial e IntegralIV

Exercícios

Expandir a função f x   e x em série de MacLaurin e calcular o intervalo de convergência se



for possível.
Expandir a função f x   ln1  x  em série de Taylor em torno do ponto x  1 e calcular o

intervalo de convergência se for possível.
1
Expandir a função f x   em série de MacLaurin e calcular o intervalo de
 1 x2
convergência se for possível.
1
Expandir a função f x   em série de Taylor em torno do ponto x  1 e calcular o intervalo
 x
de convergência se for possível.
Expandir a função f x   cosx  em série de MacLaurin e calcular o intervalo de

convergência se for possível.
Expandir a função f x   tg x  em série de MacLaurin e calcular o intervalo de convergência

se for possível.
Expandir a função f x   2 x em série de MacLaurin e calcular o intervalo de convergência se

for possível.
Expandir a função f x   x em série de Taylor em torno do ponto x  1 e calcular o

intervalo de convergência se for possível.
Expandir a função f x   1  x em série de MacLaurin e calcular o intervalo de convergência

se for possível.
1
Expandir a função f x   em série de MacLaurin e calcular o intervalo de convergência
 x2
se for possível.

40
Cálculo Diferencial e Integral IV

 Integrais Múltiplas

Definição:Seja f uma função de duas variáveis x e y, contínua em uma região retangular


fechada R do plano xy

y
d
R

dy dA

a dx b x

Chama-se integral dupla de f x, y na região R a seguinte expressão:  f x, ydA


R
e integral

b d
iterada a expressão: 
a c
f (x, y)  dy  dx onde dA , na integral dupla é o elemento de área dx dy em

coordenadas retangulares da integral iterada.

 A integração é feita primeiro em relação a y (mantendo x fixo).

 Aplica-se o teorema fundamental do cálculo nos limites (c , d) - variação de y

 Integra-se em relação a x.

 Aplica-se o teorema fundamental do cálculo nos limites (a , b) - variação de x

41
Cálculo Diferencial e IntegralIV

   x  y   dx  dy . Escreva a integral dupla, a


2 3
Exemplo 1: Calcular a integral iterada:
1 0

região de integração R e esboce o gráfico de R no plano cartesiano xy.

   y  e  dx  dy . Escreva a integral dupla, a


1 1
xy
Exemplo 2: Calcular a integral iterada:
0 0

região de integração R e esboce o gráfico de R no plano cartesiano xy.

42
Cálculo Diferencial e Integral IV

1 2  1 
Exemplo 3: Calcular a integral iterada:  
1
2
1
  dy  dx . Escreva a integral dupla, a
 xy 
região de integração R e esboce o gráfico de R no plano cartesiano xy.

 

Exemplo 4: Calcular a integral iterada:   x  cosy  y  senx   dy  dx . Escreva a


0
6
0
2

integral dupla, a região de integração R e esboce o gráfico de R no plano cartesiano xy.

43
Cálculo Diferencial e IntegralIV

Definição: Dada uma função f x, y , se a região de integração no plano xy for do tipo

y 1   1 (x) e y 2   2 (x) onde estas funções são contínuas e y 1  y 2 para qualquer x em um


2
 f  x, y  dA  
b
determinado intervalofechado [a , b] então:
R
a  1
f(x, y)dydx . Note que a região R é

sempre uma região fechada

Exemplo 5: Calcular a integral dupla:  cos( x  y)  dA


R
onde R é a região limitada pelas

retas y  x , x   e o eixo x.

Teorema: Seja f uma função de duas variáveis x e y, contínua em uma região fechada R do
plano xy e f x, y  0 para todo x, y em R. Se V(S) é a medida do volume do sólido S que tem a região

S como base e uma altura de medida f x, y no ponto x, y em R, então: V(S)   f x, y  dA
R

44
Cálculo Diferencial e Integral IV

Exemplo 6: Calcule o volume do sólido limitado pela superfície f (x, y)  4  x  y os

planos x  2 , y  3 e os três planos coordenados.

Exemplo 7: Calcular, usando integrais duplas, o volume do sólido limitado pela superfície

x 2  y 2  a 2 a  cons tan te e pelos planos z  0 , z  h h  cons tan te  0 , x  0 , y  0 .

Exemplo 8: Calcular o volume do sólido no primeiro octante limitado pelos dois cilindros

x 2  y2  4 e x 2  z 2  4 .

Exemplo 9: Calcular o volume do sólido limitado por x 2  y 2  1; z  0 e z  2  y . Use

coordenadas polares.

45
Cálculo Diferencial e IntegralIV

Áreas

Definição: A medida da área de uma região R fechada no plano xy pode ser expressa como
2
 dA
b
uma integral dupla:
R
ou como uma integral iterada  
a 1
dydx

x 2 y2
Exemplo 1: Calcular a área, por integração dupla, da região limitada pela curva  1
a2 b2
onde a e b são não nulos e a  b , no plano xy.

Exemplo 2: Calcular a área, por integração dupla, do triângulo de vértices 0,0 , 5,1 e

7,6 no plano xy.

6 (7,6)

1 (5,1)

(0,0) 5 7 x

46
Cálculo Diferencial e Integral IV

Exemplo 3: Calcular a área, por integração dupla, da região limitada pelas curvas

9
y  2x  e y  2x  13 no primeiro quadrante do plano xy.
X2

Exemplo 4: Calcular a área, por integração dupla, da região limitada pelas curvas y  x ,

y  x 2  1 , x  1 e x  1 no plano xy.

-1 0 1 x

-1

47
Cálculo Diferencial e IntegralIV

Exemplo 5: Calcular a área, por integração dupla, da região limitada pelas curvas y  x 3 e

y  x 2 no plano xy.

y=x2
y=x 3

0 1 x

 Exercícios - Integração Dupla

1) Calcule as seguintes integrais e desenhe no plano xy a região R de integração

  x  y 2   dx  dy
2 x 1 y-1
 
2
 x 2  y  dy  dx 
1 1- x 0 - y -1

x 1
y
3x  2y  dy  dx
1
 
2 x

-1 x3

 
1 x3
e  dy  dx
x

 0  y 3x  y  dx  dy lnx   dy  dx
2 2y e x
 2
  
1 0

48
Cálculo Diferencial e Integral IV

2) Faça um esboço da região R no plano xy em cada um dos casos abaixo e calcule a área da região
R utilizando integrais duplas

 y  x ; x =4 ; y=0  y x ; y  x3
 y  x ; x =0 ; y =2  y  x3 ; x = 2 ; y = 0

 y  x3 ; x = 0 ; y = 8  y  1 x2 ; y  0

3) Determine o volume do sólido abaixo da superfície z  4x 2  y 2 e acima da região retangular do

plano xy com vértices em 0,0,0  , 0,1,0 , 2,0,0  , 2,1,0 .

4) Nos exercícios abaixo , calcule o volume do sólido abaixo da superfície indicada na região R também
indicada:

2 x  3 y  6
 y  2x x  0
 
 x2  z2  9 R : y  0  z  x 2  y2 R:
z  0 y  0
  z  0

x  0 y  x
 
 2x  y  z  4 R : y  0  zx 3
R : y  1
z  0 z  0
 

49
Cálculo Diferencial e IntegralIV

 Integrais Triplas

Definição:Seja f uma função de três variáveis x , y e z, contínua em uma superfície Sdo

espaço xyz. Chama-se integral tripla de f a expressão:  f (x, y, z)  dV


S
a integral iterada tripla é

b d f
representada por: 
a c e
f (x, y, z)  dz  dy  dz

Exemplo 1: Calcule a integral tripla  x  y  senyz   dV


S
se S é o paralelepípedo

 
limitado pelos planos x   , y  , z e os planos coordenados.
2 3

Definição: Dada uma função f (x, y, z) , se a região de integração no espaço for do tipo

x 1  a , x 2  b , y 1   1 (x) , y 2   2 (x) e z 1  F1 (x, y) , z 2  F2 (x, y) onde estas funções são


contínuas com y 1  y 2 e z 1  z 2 para qualquer x em um determinado intervalo fechado a, b e para
qualquer x,y pertencentes a um disco fechado B então:
b 2 ( x )
 f x, y, z dV   
F2 ( x ,y )

S
a 1 ( x ) F1 ( x , y )
f (x, y, z)  dz  dy  dx .

2 y2 ln  x 
Exemplo 2: Calcular a integral iterada:  
1 y 0
y  e z  dz  dx  dy

Definição: A medida do volume encerrado em uma superfície S fechada do espaço xyz pode
b 2 F2
ser expressa como uma integral tripla:  dV ou como uma integral iterada   
S
a 1 F1
dz  dy  dx

Exemplo 3: Encontrar o volume do sólido no primeiro octante limitado inferiormente pelo

plano xy, acima pelo plano z  y e lateralmente pelo cilindro y 2  x e o plano x  1.

50
Cálculo Diferencial e Integral IV

 Exercícios - Integração Tripla

1) Calcule as seguintes integrais triplas iteradas:

1 y 2
   2x  y  z   dx  dz  dy
1 1- x
 
3 3y yz
 x  dz  dx  dy 
2 0 1
0 0 2y

 
 y 2 z2 xz
  
xz

  
0
2
z
2
0
cos   dy  dx  dz
z

1 0 xz
z  dy  dx  dz

2) Calcule o volume da região limitada pelos gráficos abaixo através de integrais triplas:

z  x 2  4 z  4 y 2
 
y  z  4 z  2
   
y  0 x  2
 z  0  x  0

y 2  z 2  1

z  x  4
2 2

  2  x  y  z  2

y  z  4
2
x  0

y  2  z 2

y  z 2 z  x 2  y 2
   
x  z  4 y  z  2
x  0

51
Cálculo Diferencial e IntegralIV

 Coordenadas Cilindricas e Esféricas

Se uma região S em  3 tem um eixo de simetria, as integrais triplas em S são mais fáceis de

se calcularem se usarmos coordenadas cilindricas. Se existe simetria em relação a um ponto ,


muitas vezes é conveniente escolhermos pontos como a origem, e usarmos coordenadas esféricas.

Para definirmos a integral tripla em coordenadas cilindricas construímos uma partição da


região S traçando planos através do eixo z, perpendiculares ao eixo z e cilindros retos tendo o eixo z
como eixo do cilindro.

Para definirmos a integral tripla em coordenadas esféricas construímos uma partição esférica
da região S formada por planos contendo o eixo z e esferas com centro na origem.

 Coordenadas Cilindricas

Definição: Seja uma função de três variáveis f x, y, z  contínua em  3 é possível

escreve-la como f r , , z  , mediante a seguinte determinada transformação de coordenadas:

Relações de transformação:

 x  r  cos 

 y  r  sen
z  z

52
Cálculo Diferencial e Integral IV

Assim a integral tripla  f x, y, z   dV


S
pode ser escrita na forma iterada

 f r, , z   dV , o problema é calcular o elemento de volume em coordenadas cilindricas. Através


S

 x, y, z 
do cálculo do jacobiano da transformação de coordenadas j  chegamos a conclusão que, em
 r , , z 
coordenadas cilindricas dV  r  dr  d  dz , assim a integral iterada torna-se
2  z  2   ,z 
f r, ,z  r dr d dz . No cálculo de volumes a integral tripla passa a ser
b
 
a 1  z   1   ,z 

b 2  z  2   ,z 
V   dV e a integral iterada correspondente fica V   r dr d dz .
a 1  z  1   ,z 
S

Para notarmos a simplicidade de alguns problemas, vamos resolver um problema simples de


solução muito conhecida. Suponhamos um cilindro reto com raio da base a e altura h. Sabemos que o
volume de tal cilindro é a área da base multiplicado pela sua altura, ou matematicamente:
V    a 2  h unidades cúbicas. Vamos resolver por coordenadas cilindricas triplas.
Verificando as variações de r,  e z

Neste caso as variações são


óbvias. Para termos o cilindro ao
lado é necessário as seguintes
variações:

0  r  a

0    2
0  z  h

a 2 h
Escrevendo a integral iterada V    
0 0 0
r dz d dr que resulta em

53
Cálculo Diferencial e IntegralIV

a
V  2 h rdr ou ainda V  2    h 
0
1
2 r 
2
a

0
e finalmente V    a 2  h unidades cúbicas.

Se ao invés de calcularmos em coordenadas cilindricas calculássemos por coordenadas


a a2  x2 h
cartesianas, teríamos a seguinte integral iterada: V   dz dy dx que não é
a  a x
2 2
0

impossível de ser resolvida mas é claramente mais trabalhosa do que aquela em coordenadas
cilindricas.

O nosso exemplo é muito simples, usamos uma bomba termo nuclear para matar um mosquito.
As aplicações deste tipo de coordenadas será amplamente explorado nos próximos exemplos e
exercícios.

1 1 x 2 1 x 2  y2 z
Exemplo 1: Resolver a integral iterada:  
0 0  0
x 2  y2
dz dy dx

Exemplo 2: Calcular, utilizando coordenadas cilíndricas o volume de um cone reto de

 x 2  y 2  .
h2
altura h e raio da base a. Lembrando que a equação cartesiana do cone é z 2  2
a

 Volume do Tronco Cônico

h
V
 h
3

 R2  r  R  r2 
R

54
Cálculo Diferencial e Integral IV

Coordenadas Esféricas

Definição: Seja uma função de três variáveis f x, y, z  contínua em  3 é possível

escreve-la como f , ,  , mediante a seguinte determinada transformação de coordenadas:

Relações de transformação

 x    cos   sen

 y    sen  sen
 z    cos 

Assim a integral tripla  f x, y, z   dV


S
pode ser escrita na forma iterada

 f  , ,  dV , e o elemento de volume em coordenadas esféricas é feito novamente através do


S

 x x x 
 
    
 x , y, z   y y y 
cálculo do Jacobiano da transformação de coordenadas J   , então, em
  , ,        
 z z z 
 
    

coordenadas esféricas dV   2 sen  d d d . A integral iterada toma a

2 2     2   , 
  f  , ,    2 sen d d d . No cálculo de volumes a
  
seguinte forma
1 1  1   ,  

integral tripla passa a ser V   dV e a integral iterada correspondente fica


S

2 2     2   , 
 
1   
1  1   ,  
 2 sen d d d .

55
Cálculo Diferencial e IntegralIV

Exemplo: Calcular o volume do sólido limitado pela superfície x 2  y 2  z 2  a 2 ,

onde a é uma constante, no primeiro octante.

 Exercícios

Calcule a integral definida utilizando coordenadas cilindricas ou esféricas

4 3 9 x2

  
0 0 0
x 2  y2  dy dx dz
2 4  y2 4  x2  y2 1
  
0 0  0 x2  y2  z2
dz dx dy

1 1 y2 2  x 2  y2

  0 0  x 2  y2
z 2dz dx dy

Transformação de coordenadas cartesianas para coordenadas polares planas

 x x 
 x, y   r  
J   y
 r,   y 
 
 r  

56
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice I - Coordenadas polares planas
________________________________________________________________________________________________

 Coordenadas Polares Planas

Em um sistema de coordenadas, o par ordenado a,b  denota o ponto cujas distâncias


orientadas a partir dos eixos x e y são a e b, respectivamente.

Outro método de representação de pontos consiste na utilização de coordenadas polares.


Começamos com um ponto fixo O (a origem, ou pólo) e uma semi-reta orientada (o eixo polar) com
extremidade O. Em seguida, consideramos um ponto arbitrário P do plano, diferente de O. Se conforme
Figura abaixo

r  dO, P e denota a medida de um ângulo arbitrário determinado pelo eixo polar e OP, então r e  são
as coordenadas polares de P; denotamos P por (r,) ou P(r,) . Como de costume, é considerado positivo
se o ângulo é gerado por uma rotação anti-horária do eixo polar, e negativo se a rotação se faz no sentido
horário. Usam-se para tanto medidas em radianos como em graus.

57
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice I- Coordenadas polares planas
___________________________________________________________________________________

 
As coordenadas polares de um ponto não são únicas. Assim é que, por exemplo,  3, ,
 4

 9   7 
 3,  e  3,  representam o mesmo ponto. Admitimos também a possibilidade de r ser negativo.
 4   4 

Neste caso, em lugar de medir r unidades ao longo do lado terminal do ângulo , medimos ao longo da

semi-reta com extremidade O que tem sentido oposto ao do lado terminal. Os pontos correspondentes são

 5   3 
  3,  e   3, 
 4   4 

Convencionamos atribuir ao polo O as coordenadas (0,), para  arbitrário. A associação de


pares ordenados da forma (r, ) aos pontos de um plano constitui um sistema coordenado polar, e o plano é
um plano- r-.

Uma equação polar é uma equação em r e . Uma solução de uma equação polar é um par
ordenado(a, b) que conduz a uma igualdade se r é substituído por a e  por b. O gráfico de uma equação
polar é o conjunto de todos os pontos (em um plano- r-) que correspondem às soluções.

58
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice I - Coordenadas polares planas
________________________________________________________________________________________________

As equações polares mais simples são r = a e  = a, onde a é um número real não-negativo.


Como as soluções da equação polar r = a são da forma (a, ) para qualquer ângulo , segue-se que o gráfico
é um circulo de raio a e centro no pólo. Para a > 0.

Obtém-se o mesmo gráfico se r = -a.

As soluções da equação polar  = a são da forma (r, a) para qualquer, real r. Como a

coordenada (ângulo) a é constante, o gráfico é uma reta pela origem. Para 0  a  .
2

59
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice I- Coordenadas polares planas
___________________________________________________________________________________

 Gráficos de Funções no Plano Polar

ExemploTrace o gráfico da equação polar r = 4 sen ().

A tabela abaixo dá algumas soluções da equação. Incluímos uma terceira linha na tabela,
contendo aproximações de r com uma casa decimal.

    2 3 5
 0 
6 4 3 2 3 4 6
r 0 2 2 2 2 3 4 2 3 2 2 2 0

r (Aprox.) 0 2 2,8 3,4 4 3,4 2,8 2 0

Os pontos de um plano-r- que correspondem aos pares da tabela parecem estar sobre um
circulo de raio 2; tracemos, pois, o seu gráfico. Para auxiliar na marcação dos pontos, prolongamos o eixo
polar na direção negativa e introduzimos uma reta vertical passando pelo polo.

O gráfico de r = 4 sen () é um circulo com o centro fora da origem. Outros pontos obtidos

 7 
fazendo-se  variar de  a 2 estão sobre o mesmo circulo. Por exemplo, a solução  , 2  nos dá o
 6 

   5 
mesmo ponto que  ,2  ; o ponto correspondente a  ,2 2  é o mesmo que o ponto correspondente
6   4 
 
a  ,2 2  . Se fazemos  aumentar, percorrendo todos os números reais, obtemos os mesmos pontos
4 
repetidamente, em virtude da periodicidade da função seno.

60
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice I - Coordenadas polares planas
________________________________________________________________________________________________

P ,r  P ,r  P ,r  P ,r 


 2   7   5 
5 0,0 10  ,2 3  14  , 2  2  ,2 3 
 3   6   3 
   3   5   7 
6  ,2  11  ,2 2  15  ,2 2  3  ,2 2 
6   4   4   4 
   5   4   11 
7  ,2 2  12  ,2  16  ,2 3  4  ,2 
4   6   3   6 
   3 
8  ,2 3  13 ,0 1  , 4  5 2,0
3   2 

 
9  ,4 
2 

Exemplo: Trace o gráfico da equação polar r  2  2 cos  .

Como a função coseno decresce de 1 a- 1 quando  varia 0 a, segue-se que r decresce de 4
a0 neste intervalo.

A tabela abaixo da algumas soluções de r  2  2 cos  juntamente com aproximações de r


com uma casa decimal.

61
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice I- Coordenadas polares planas
___________________________________________________________________________________

    2 3 5
0 
 6 4 3 2 3 4 6

r 4 2 3 2 2 3 2 1 2 2 2 3 0

r (Aprox.) 4 3,7 3,4 3 2 1 0,6 0,3 0

Marcando pontos em um plano-r obtemos a metade superior do gráfico esboçado abaixo.

Se  aumenta de  a 2 então cos aumenta de - 1 a1 e, conseqüentemente, r aumenta de 0 a


4. Marcando pontos para     2 , obtemos a metade inferior do gráfico.

Pode-se obter o mesmo gráfico tomando-se outros intervalos de comprimento 2 para .

-1 0 1 2 3 4 5

A curva em forma de coração do Exemplo acima é uma cardióide. Em geral, o gráfico de


qualquer uma das equações polares seguintes, com a  0 , é uma cardióide: r  a1  cos  ,

r  a1  sen  , r  a1  cos  , r  a1  sen 

62
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice I - Coordenadas polares planas
________________________________________________________________________________________________

Se a e b não são nulos, então os gráficos das equações polares seguintes são
caracóis(limaçon em francês): r  a  b cos  , r  a  b sen 

Note que os casos especiais de caracóis, em que a  b , são cardióides. Alguns caracóis

contém um laço, como se vê a seguir.

O gráfico da função r  2  4 sen  tem o seguinte aspécto:

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

A seguir, haverá exemplos de gráficos de funções no plano polar

63
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice I- Coordenadas polares planas
___________________________________________________________________________________

  3
Retas -   0 ;   ;  ; 
4 2 4

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

r  5 - Circunferência de raio 5 r  4 - Circunferência de raio 4

-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

r  1  2 cos    - Limaçon r  3  2 s en    - Cardióide

-1 0 1 2 3 4

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

64
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice I - Coordenadas polares planas
________________________________________________________________________________________________

r  4 cos  2  - Rosácea de 4 pétalas r  4 cos  5  - Rosácea de 5 pétalas

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

r  2 cos  4  - Rosácea de 8 pétalas r 2  4 s en  2  - Lemniscata

-2 -1 0 1 2 -2 -1 0 1 2

r  sen  2  r  2 cos   

-1 0 1 -2 -1 0 1 2

65
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice I- Coordenadas polares planas
___________________________________________________________________________________

r   - Espiral de Arquimedes 
r  e 3 - Espiral Logarítmica

-10 -5 0 5 10
-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8

1 r  2
2
r - Espiral Recíproca  8 - Espiral Parabólica

-2 -1 0 1 2
-10 -5 0 5 10

r  2 sec     1 - Conóide de Nicomedes r  2  sen     tg    - Cissóide

0 1 2 3 0 1 2 3

66
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice II – O teorema de L’Hôpital
________________________________________________________________________________________________

 Formas Indeterminadas

O Teorema de L'Hôpital (1661 - 1707)

Definição: Se f e g são duas funções tal que lim f x   0 e lim gx   0 então a função
x a x a

f 0
tem a forma indeterminada em a.
g 0

Teorema: Sejam f e g funções diferenciáveis em um intervalo aberto I, exceto possivelmente no


número aem I. Suponhamos que para todo x  a em I, g' x   0 .Então se lim f x   0 e lim gx   0
x a x a

f ' x  f x 
e se lim  L segue que lim  L.
xa g' x  x  a gx 

Definição: Se f e g são duas funções tal que lim f x   0 e lim gx   0 então a função
x   x  

f 0
tem a forma indeterminada em a.
g 0

Teorema: Sejam f e g funções diferenciáveis para todo x  N onde N é uma constante positiva
e suponhamos que para todo x  N , g' x   0 .Então se lim f x   0 e lim gx   0 e se
x   x  

f ' x  f x 
lim  L segue que lim  L.
x   g' x  x   gx 

Definição: Se f e g são duas funções tal que lim f x   0 e lim gx   0 então a função
x   x  

f 0
tem a forma indeterminada em a.
g 0

66
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice II – O teorema de L’Hôpital
_______________________________________________________________________________________________

Teorema: Sejam f e g funções diferenciáveis para todo x  N onde N é uma constante positiva
e suponhamos que para todo x  N , g' x   0 .Então se lim f x   0 e lim gx   0 e se
x   x  

f ' x  f x 
lim  L segue que lim  L.
x   g' x  x   gx 

Definição: Se f e g são duas funções tal que lim f x   , e lim gx   ,
x a x a

f  
então a função tem as formas indeterminadas , em a.
g  

Teorema: Sejam f e g funções diferenciáveis em um intervalo aberto I, com a provável exceção


no número a em I e suponha que para todo x  a em I, g' x   0 .Então se lim f x   , e
x a

f ' x  f x 
lim gx   , e se lim  L segue que lim  L.
x a xa g' x  x  a gx 


e    existem outras formas indeterminadas que são 0    ,     , 0 0 ,
0
Além de
0 
  0 , 1 . Para encontrar o limite de uma função que tem uma dessas formas indeterminadas devemos

0 
(quando possível ) mudá-la para a forma ou    antes de aplicar o teorema de L'Hôpital.
0 

67
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice III – Funções Hiperbólicas
________________________________________________________________________________________________

 Funções Hiperbólicas

Certas combinações de e x e e  x aparecem tão freqüentemente em aplicações da


matemática que recebem nomes especiais. Duas destas funções são a função seno hiperbólico e a função
coseno hiperbólico. Os valores destas funções estão relacionados com as coordenadas dos pontos de uma
hipérbole eqüilátera de maneia análoga àquela pela qual os valores das correspondentes funções
trigonométricas, estão relacionados às coordenadas dos pontos de uma circunferência . A seguir são dadas as
definições da função seno hiperbólico e a função coseno hiperbólico.

 Seno Hiperbólico

e x  e x
Definição: A função seno hiperbólico é definida por : senhx  
2
Gráfico:

6Y

X
-2 0 2

-2

-4

-6

O domínio e a imagem são o conjunto de todos os números reais

68
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice III – Funções Hiperbólicas
________________________________________________________________________________________________

 Coseno Hiperbólico

e x  e x
Definição:A função coseno hiperbólico é definida por : cosh x  
2

Gráfico:

6Y

X
-3 -2 -1 0 1 2 3

O domínio é o conjunto de todos os números reais e a imagem é o conjunto de todos os números no intervalo
1, 

As quatro funções hiperbólicas restantes podem ser definidas m termos do seno hiperbólico
e coseno hiperbólico. Notemos que cada uma delas satisfaz uma relação análoga à que satisfaz sua
correspondente função trigonométrica.

69
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice III – Funções Hiperbólicas
________________________________________________________________________________________________

 Tangente Hiperbólica

Definição: As funções tangente hiperbólica e cotangente hiperbólica , secante


hiperbólica e cossecante hiperbólica estão definidas, respectivamente, da seguinte forma :

senhx  e x  e  x
tghx    .
cosh x  e x  e  x

Gráfico:

1Y

0.5

-3 -2 -1 0 1 2 3
X

-0.5

-1

70
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice III – Funções Hiperbólicas
________________________________________________________________________________________________

 Cotangente Hiperbólica

coshx  e x  e  x
cotghx   
senhx  e x  e  x

Gráfico:

11 Y

5.5

-4 -2 0 2 4
X

-5.5

-11

71
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice III – Funções Hiperbólicas
________________________________________________________________________________________________

 Secante Hiperbólica

1 2
sechx    x
cosh x  e  e  x

Gráfico:

1Y

0.5

X
-6 -4 -2 0 2 4 6

72
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice III – Funções Hiperbólicas
________________________________________________________________________________________________

 Cosecante Hiperbólica

1 2
cosechx    x
senhx  e  e  x

Gráfico:

3Y

X
-4 -2 0 2 4

-1

-2

-3

73
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice III – Funções Hiperbólicas
________________________________________________________________________________________________

Existem identidades que são satisfeitas pelas funções hiperbólicas que são semelhantes
àquelas satisfeitas pelas funções trigonométricas. As quatro identidades fundamentais são:

1
tghx   1  tgh 2 x   sech 2 x 
cotghx 

cosh 2 x   senh2 x   1 1  cotgh2 x   cosch 2 x 

Outras relações envolvendo funções hiperbólicas:

coshx   senhx   e x senhx  y  senhx  coshy  coshx  senhy

senh2x   2 senhx  coshx  cosh2x   2 cosh 2 x   1

x coshx   1
senh    coshx  y  coshx  coshy  senhx  senhy
2 2

coshx   senhx   e  x cosh2x   2 senh2 x   1

x cosh x   1
cosh   Neste caso não temos o sinal
2 2
cosh 2x   cosh 2 x   senh2 x 
 antes do sinal da raiz quadrada, pois a imagem da função
cosseno hiperbólico é 1,  .

 Derivadas de Funções Hiperbólicas

D x senhu  coshu  D x u D x cotghu  cosech2 u  D x u

D x coshu  senhu  D x u D x sechu  sechu  tghu  D x u

D x tghu  sech2 u  D x u Dx cosechu  cosechu  cotghu  Dx u

74
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Apêndice III – Funções Hiperbólicas
________________________________________________________________________________________________

 Derivadas de Funções Hiperbólicas Inversas

D x senhu 
1
D x arccotgh u 
1
 Dx u  Dx u
x 1
2
1 x 2

D x arccos hu  D x arcsechu 


1 1
 Dx u  Dx u
x2  1 x 1 x 2

D x cosechu 
1
D x arctghu 
1
 Dx u  Dx u
1 x 2 x x2  1

 Integrais de Funções Hiperbólicas

 senhu du  coshu  C  cosech u du  cotghu  C


2

 coshu du  senhu  C  sechu  tghu du  sechu  C


 sech u du  tghu  C  cosechu  cotghu du  cosechu  C
2

75
Rev. 12
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Respostas dos exercícios propostos

Página 6

1) y(x) = C1 senh(x)  C2 cosh(x) 16) x(t ) = C1  C 2 e ( 25 t )


t   7   7 
2) y(x) = C1 e ( 5 x )
 C2 e (6 x )
17) x(t ) = e 2
C 1 cos t   C 2 sen t  
  2   2  
3) y(x) = C1 e x  C 2 e x x 18) 
u(t ) = e t C1 cos( 3 t )  C 2 sen( 3 t ) 
4) y(x) = C1 sen(x)  C2 cos(x) 19) u( t ) = C 1 e (2 2 )t
 C 2 e (2 2 )t

5) y(x) = C1 e (  x ) cos(x)  C2 e (  x ) sen(x) 20) u(t ) = C1  C 2 e (36t )


6) y(x ) = C1 senh( 7 x )  C 2 cosh( 7 x ) 21) u(t) = C1 senh(6t)  C2 cosh(6t)
5t 
 3t   3 t 
7) y(x) = C1 e ( 3 x )
 C2 e ( 3 x )
x 22) Q( t ) = e 2 C 1 cos   C 2 sen
  2 

  2    

8) 
y(x ) = e  x C1 cos( 2 x )  C 2 sen( 2 x )  23) Q( t ) = C 1 e
7  29
2
t
 C2 e
7  29
2
t

 3  29   3  29 
 x  x
9)     24) P(t ) = C1 e (9 t )  C 2 e (9 t ) t
 C2 e
 2   2 
y(x ) = C1 e

10) y(x) = C1 e
x
( )
2
 C2 e
x
( )
2
x 25) 
P(t ) = e  t C1 cos(2 2 t )  C 2 sen(2 2 t ) 
11) x(t ) = C1 e (4 t )  C 2 e (16t ) 26) N(x) = C1 e 8 x  C 2 e 3 x


5x   71x   71x  
12) x(t ) = C1 e ( 50 t )  C 2 e ( 10 t ) 27) N( x ) = e 2
C 1 cos   C 2 sen
  2 

  2    

T  C 1e 15   C 2  e 15


 3  13   3  13 
 t  t
13)     28)
 C2 e
 2   2 
x(t ) = C 1 e

14) x(t ) = C1 e (5 t )  C 2 e (5 t ) t 29) R   = C1  C 2 e 5 


15) x(t) = C1 sen(5t)  C2 cos(5t)

76
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Respostas dos exercícios propostos

Página 9

1 ex
1) y( x ) = C 1 e x  C 2 e x x 
12 x 3
2) y(x) = C1 sen(x)  C2 cos(x)  x sen(x) cos(x)  lncos(x)

2  1) x e (3 x )
3) y( x ) = C 1 e (  C 2 e ( 2  1) x

2
1 (10x )
4) y(x ) = C1 e (30x )  C 2 e (30x ) x  e
80
3
5) y(x ) = C1  C 2 e (7 x )  x
7
et
6) x(t ) = C 1 e t  C 2 e t t 
2t
7) x(t ) = C1 e (3t )  C2 e (3t ) t  e (3t )  ln(t ) e (3t )
8) x(t) = C1 cos(2t)  C2 sen(2t)  1  sen(2t)  lnsec(2t)  tg(2t)

9) x(t ) = C1 e  C 2 e
t (3 t )
 e  e  t  ln(e
1 t
2
4t

( t) t 3t
2

 1)  e  e  
t e 5t e 2t
4

2
1 x2
10) y( x ) = C 1 x  C 2  3 lnx   4
x 9
11) y(x) = C1  C2 x 2  xe x  e x
1 1
12) x(t ) = C1 t  C 2 (t  1) 2   t 2  t 4
2 6
C1 t2
13) x(t ) =  C2 e  t  1 
t

t 3

77
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Respostas dos exercícios propostos

Página 10

1 (3 x ) 1 (  x ) 2 (2 x )
 y(x ) = e  e  e
4 12 3
1 (3 x ) 13 (  x ) 2 (2 x )
 y(x ) = e  e  e
4 12 3
 y(x) = e (  x )  e (2 x )

e (3 x )  e 4  (e 3  3) e (2 x )
 y( x ) =    e  e (  x ) 
4  12  3e 2

(e 2  3) senh( x ) (e 2  3)cosh ( x )
 y( x ) =  x  
2e 2e
1 1 1  
 y(x) = sen3 (x)   cos(x) sen(x)  x  cos(x)  cos(x)
2 2 2  2
 y(x) = 0
3 1 1 17  t 1 t
 y(t ) =  sen2t   cos 2 t    e sent   e cost 
10 5 10 10 10

Página 16
 Colocar as respostas do primeiro bloco aqui seria o mesmo que tirar os exercícios propostos, pois
deixariam de ter significado.

Página 17

1) A sequência diverge
2) A sequência diverge
3) A sequência converge e converge para 2
1
4) A sequência converge e converge para 
3
5) A sequência diverge
6) A sequência converge e converge para 0
7) A sequência diverge
8) A sequência converge e converge para 0

78
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Respostas dos exercícios propostos

9) A sequência diverge
10) A sequência converge e converge para 4
11) A sequência converge e converge para 0
12) A sequência converge e converge para 0
1
13) A sequência converge e converge para
2
2
14) A sequência converge e converge para
3
15) A sequência diverge
16) A sequência diverge
17) A sequência converge e converge para 0
18) A sequência diverge
19) A sequência converge e converge para 0
20) A sequência diverge
21) A sequência converge e converge para 0
22) A sequência converge e converge para 3
e
23) A sequência converge e converge para e 2

Página 18

1) A sequência converge e converge para 0


1
2) A sequência converge e converge para 
2
1
3) A sequência converge e converge para
2
3
4) A sequência converge e converge para
2
5) A sequência converge e converge para 0
6) A sequência converge e converge para 2
7) A sequência converge e converge para 4
1
8) A sequência converge e converge para
2

79
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Respostas dos exercícios propostos

9) A sequência converge e converge para 1


3
10) A sequência converge e converge para
2
11) A sequência converge e converge para 1
1
12) A sequência converge e converge para 
12
13) A sequência converge e converge para 0
14) A sequência converge e converge para 1

Página 19

1
1) A sequência converge e converge para
e
2) A sequência converge e converge para e 5
3) A sequência converge e converge para e 3
1
4) A sequência converge e converge para
e2
5) A sequência converge e converge para e 6
6) A sequência converge e converge para e 5
7

7) 2
A sequência converge e converge para e
8) A sequência converge e converge para e 4

80
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Respostas dos exercícios propostos

Página 31
Os números entre [colchetes] o critério não fornece. Ele foi calculado
com programa de computador, portanto você não tem como calculá-los
somente através dos critérios de convergência.

 1
1) A série é convergente   8) A série é convergente 1
2
 1  1 
2) A série é convergente   9) A série é convergente  
2  e  1
3) A série é divergente 10) A série é convergente 1,616253069 

4) A série é convergente 1 11) A série é divergente

5) A série é convergente 1 12) A série é convergente ln2

6) A série é divergente 13) A série é convergente  1,427727933 

7) A série é convergente 3 14) A série é convergente 1,291285997 

15) A série é divergente 22) A série é convergente ln2

16) A série é divergente 23) A série é convergente 1  3  ln2


17) A série é convergente 2,94115702  24) A série é convergente  0,1088207079 

 e 
18) A série é divergente 25) A série é convergente  2 
 (e  1) 
19) A série é divergente 26) A série é convergente  0,1264868016 

20) A série é convergente 1,316331322  27) A série é convergente ln2

 7 
21) A série é convergente   28) A série é convergente  0,9159655942 
 24 

81
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Respostas dos exercícios propostos

Página 40


xn
   ;
n0 n !

1
 ln2  x  1  1x  12  1 x  13  1 x  14  1 x  15  1 x  16  1 x  17  
2 8 24 64 160 384 896


 x
n 0
2n
 1 x  1



  1 x  1
n n
 0x2
n 0


x 2n
  1  ;
n

n 0 2n !

1 2 5 17 7 62 9 1382 11 21844 13 929569


 x  x3  x  x  x  x  x  x 15  
3 15 315 2835 155925 6081075 638512875


xn
  lnn 2 
n 0 n!
 ;

1 1 1 5 7 21
 1  (x  1)  (x  1) 2  (x  1) 3  (x  1) 4  (x  1) 5  (x  1) 6  
2 8 16 128 256 1024
1 1 1 3 5 4 7 5 21 6 33 7 429 8
 1 x  x 2  x  x  x  x  x  x 
2 8 16 128 256 1024 2048 32768


xn
  1
n
 2 x  2
n 0 2 n 1

82
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Respostas dos exercícios propostos

Página 48
1)

163

120

334

105

83
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Respostas dos exercícios propostos

76

15

5

3

84
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Respostas dos exercícios propostos

1
 2e  e 4
2

1 2 1
 e 
4 4

Página 49
2)

85
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Respostas dos exercícios propostos

16
 ua
3

8
 ua
3

86
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Respostas dos exercícios propostos

 12 ua

5
 ua
12

87
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Respostas dos exercícios propostos

 4 ua


 ua
2

88
Cálculo Diferencial e IntegralIV – Respostas dos exercícios propostos

34
3) uv
3

4)
16 13 1
 18 uv  uv  uv  uv
3 2 20

Página 51
1)
1  7561 62
  1   
10 2 5 5

2)
128 32
 uv  uv  2 uv
5 3
128 8 81
 uv  2 uv  uv
3 3 32

Página 56


 18     (2 2  1)
15

89

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