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LUÍSA

THOMASI

VEST
UEM
LÍNGUA
PORTUGUESA
"Uma nota não te define"
Daí você olha para mim e diz "mas define, pô, se eu
tirar uma nota baixa no vestibular, a nota vai definir
tudo".
Então, vamos analisar essa frase, porque, a meu
ver, ela não está completa.
"Uma nota não te define, porque você sempre
pode evoluir"
Entendeu? Vamos lá.
Você faz um simulado e tira uma nota x. A nota x é
baixa, não é o que você esperava. Mas tudo bem,
porque ainda não é a prova pra valer. Você vai lá,
estuda o que errou e aprende tudo.
Você faz um outro simulado e tira uma nota y. A
nota y é melhor que a x, você acertou as questões
que tinha errado anteriormente, mas também não
é a nota que você deseja.
Mas tudo bem, porque ainda é um simulado. Você
vai lá, estuda o que errou e repete o mesmo
processo por vários simulados.
No décimo simulado, você já estudou todos os
seus erros das 9 provas anteriores, você já
percebeu o padrão da prova e já até espera o que
vai cair. Você já aprendeu todos os conteúdos que
são cobrados todos os anos e de vez em quando.
Para ser pega de surpresa, a prova precisaria
conter uma questão com um conteúdo inédito,
que apareceu pela última vez há mais de 10 anos.
Você faz o simulado. Você acerta a grande maioria
das questões. Você consegue uma nota até maior
do que a esperada. Você fica feliz por não ter
deixado a nota do primeiro simulado te definir.
Você poderia ter aceitado que não sabia depois do
desastre do primeiro simulado. Poderia ter
desistido e deixado que aquilo te definisse. Mas,
em vez disso, escolheu estudar e evoluir. E, de
repente, você não é mais a pessoa do primeiro
simulado. É alguém dez vezes melhor.
"Mas e se eu for mal na prova pra valer?"
Então você evolui da mesma forma durante todo o
próximo ano e chega para fazer a prova seguinte
sendo uma pessoa diferente da que foi. Uma
melhor.
Entretanto, agora que você tem tempo para
fracassar e aprender e evoluir com provas antigas e
com simulados, para arregaçar a prova valendo, eu
sugiro que comece.
E é com isso que eu vou te ajudar aqui.
Aproveite o material!
E aí? Primeiramente, fico muito feliz por você ter
adquirido esse material, aliás, sinta-se à vontade
para me mandar no insta o que achou dele
(@luisa.de.paula).
Agora, vamos ao que interessa: um bônus
fodasticamente foda. Antes de chegar no material
em si, que contém a parte de língua portuguesa
das 10 últimas provas da UEM (2017-2022,
contando verão, inverno e ead - umas 95 questões)
100% resolvida, com resoluções comentadas e até
trechos dos textos para mostrar que a questão
está, de fato, correta, vou te convidar a passar por
uns capítulos bônus que, a meu ver, são essenciais
para qualquer vestibulando, e que vão te ajudar
extraordinariamente a usar esse material da melhor
forma.
Aos curiosos, segue o sumário:

Como resolver somatórias de forma eficiente;


Como estudar COM questões - e não por
questões;
Como revisar - o passo fundamental para
consolidar tudo que aprendeu;
Um papo psicológico de pré-vestibular - eu sei
que o nosso lado emocional fica um caco
nesse período.

Vamos lá!
Como resolver somatórias de forma
eficiente?
Primeiramente, o mecanismo básico da somatória:
você assinala as alternativas corretas, soma os
números e o resultado é a soma das alternativas
corretas.
Por exemplo:
01) Errada
02) Certa
04) Certa
08) Errada
16) Certa
Resultado: 02 + 04 + 16 = 22
A questão toda, na UEM, vale 6 pontos, então, os 6
pontos são divididos entre o número de
alternativas corretas. Nesse exemplo, temos 3
alternativas corretas, então cada uma delas vale 2
pontos (2 + 2 + 2 = 6).
Se você assinalou somente a 02 e a 04, por
exemplo, você ganha 4 pontos na questão. Se
assinalou somente a 02, ganha 2 pontos na
questão.
Porém, se você assinalar alguma errada, a questão
é zerada. Assinalou 02, 04, 16 e 01?? Zerou.
Mesmo que todas as corretas tenham sido
assinaladas, assinalou uma errada = zerou a
questão.
Por isso, precisamos tomar muito cuidado com
pegadinhas que tornam a alternativa errada. E, se
você tiver dúvidas sobre a alternativa, não assinale.
Se ela estiver certa, você só perdeu alguns pontos,
mas, se ela estiver errada, e você tiver assinalado,
você zerou a questão. É melhor tirar nota parcial do
que zero, certo?
Então, quero te ensinar a destrinchar a somatória,
para que não haja dúvidas ao julgar as alternativas.

Primeiro passo: Volte ao texto todas as vezes. Em


língua portuguesa, literatura e língua estrangeira,
você precisa saber o contexto do trecho que a
alternativa te mostra. Então, por mais que seja
cansativo, volte ao texto todas as vezes.
Segundo passo: Rabisque. Identificou o erro na
questão? Risca ele, risca a palavra, escreve por
cima qual é o correto, risca a alternativa inteira,
para não olhar de novo e pensar que poderia estar
certa. Dessa forma, você tem certeza que está
errada, porque consegue enxergar o erro
claramente.
Terceiro passo: Leia as alternativas certas
novamente e tente encontrar um erro. Às vezes, o
que torna uma alternativa incorreta é uma palavra
no finalzinho, então, leia com muita atenção
novamente. E, se bater o olho em algo e ficar com
dúvidas quanto aquilo, não marca a alternativa - já
risca também.
Como estudar COM questões
Muitas pessoas afirmam que teoria é perda de
tempo, que estudam POR questões, fazem
questões de conteúdos que nunca viram e depois
aprendem o que erraram com as resoluções.
Isso é horrível, porque você só aprenderia a parte
do conteúdo que foi cobrada naquela questão.
Então, eis a melhor forma: ver teoria completa - de
preferência aprofundada - primeiro e, depois, fazer
questões sobre aquilo, para testar seu
conhecimento e ver se você realmente aprendeu.
E é muito importante que você sempre faça blocos
de questões daquele assunto espaçadamente,
para não se esquecer dele. Vai chegar uma hora
que você já vai ter visto todas as possibilidades de
como aquele assunto pode ser cobrado em uma
questão, o que é maravilhoso, porque a prova não
te pegará de surpresa.
Agora, o ponto mais importante de fazer questões:
corrigi-las. Se você fizer questões, errar a maioria e
só procurar mais questões por cima, você sempre
vai continuar errando. Porém, se você fizer um
bloco de questões, corrigi-las, voltar na teoria do
que errou, entender, refazer a questão e acertar,
você não errará na próxima vez que tiver contato
com aquele assunto.
O que nos leva a um ponto importantíssimo do
estudo com questões: como corrigi-las.
1) Resolve a questão sem consultar nada.
2) Vê o gabarito e marca do lado se acertou ou se
errou.
3) Errou? Tenta refazer a questão, para ver se foi
falta de atenção. Se acertar e realmente tiver
errado por bobeira, já que sabia o conteúdo, deixa
quieto.
4) Não sabia o conteúdo? Volta na teoria. Leia
sobre o assunto ou assista a uma vídeo aula e
refaça a questão depois disso - e outras do mesmo
conteúdo, para fixar bem.
5) Ainda errou a questão, mesmo tendo voltado na
teoria? Veja alguma resolução da questão e
entenda a linha de raciocínio, depois tente fazer
sozinho de novo.
Ao fazer uma lista de questões diversas, você terá
uma listinha de conteúdos para voltar à teoria.
Então, é preciso ser organizado.
Em relação à parte de língua portuguesa, a maioria
das questões são interpretação, orações,
pontuação, figuras de linguagem e alguns termos
específicos. A ideia é que você resolva a prova
antes de vir conferir as respostas e explicações,
que faça todo esse processo e, então, cheque as
resoluções para identificar seu erro e estudá-lo. No
caso de interpretação, entretanto, você pularia o
passo 4.
Como revisar?
A revisão é fundamental, lógico, porque é natural
esquecermos coisas que não são repetidas na
nossa vida. Então, para lembrar de tudo,
precisamos da repetição. E, pelo que eu testei, há
duas formas fundamentais para isso:
Questões: listas semanais dos conteúdos da
semana, das semanas passadas, provas antigas ou
simulados (que englobam todos os conteúdos),
tudo bem corrigido e bem feito. Impossível
esquecer um conteúdo que está no seu simulado
todo mês. (É legal aumentar o número de
simulados gradativamente, para que, no mês
anterior à prova, você faça e corrija uma prova
antiga por semana, já que já terá visto todos os
conteúdos e só precisará revisar).
Flashcards: é ideal para conceitos, nomes, e
informações específicas. Existe um aplicativo
chamado Anki, é gratuito e pode ser usado no
celular e no computador. Com ele, você cria a
pergunta, coloca a resposta, e ele vai
automaticamente te mostrando mais o que você
erra mais. O ideal é que, todos os dias, em algum
horário, você faça o Anki, revise todos os baralhos
que ele te indicar, porque, assim, você sempre terá
contato com todas as matérias. É bom criar os
flashcards logo após uma lista de exercícios ou um
simulado ou uma correção dele, porque, assim,
você sabe o que cai, o que é importante revisar, o
que errou e o que caiu e poderia cair de novo.
Um papo psicológico
Eu sei que é difícil e que parece que não podemos
ter uma vida enquanto estudamos. Muitas pessoas
sentem essa culpa de descansar, de ter momentos
de lazer e de ter uma vida. Mas, você precisa
entender que até um médico descansa após um
plantão, para que, no dia seguinte, ele possa dar o
seu melhor novamente. E tenho certeza que o
médico não se sente culpado por isso.
Então, meus conselhos:
Faça atividade física. Seja academia, luta,
esporte ou uma caminhada diária, mas
movimente seu corpo. O corpo precisa se
cansar para que a mente descanse, e você já a
cansa muito estudando. Sem contar que a sua
saúde mental e física irá melhorar, você se
sentirá mais disposto, reterá melhor as
informações. O que mais tem é relato de gente
que ficou o ano todo com a bunda sentada na
cadeira estudando, não fez atividade física e
chegou na prova acabado. Cuide do seu
corpo, você é a parte mais importante desse
processo de estudos.
Tire um dia de descanso. Dê o seu melhor
estudando, mas, por um dia na semana, dê o
seu melhor descansando, recuperando as
energias e fazendo algo que goste - sem se
sentir culpado. Isso é importante para que
comece uma outra semana ótima.
Durma bem. Nada de ficar estudando de
madrugada e dormindo 5 horas por dia,
achando que tá bom. Nesse ritmo, no meio do
ano você terá um colapso. É dormindo que o
cérebro assimila tudo que viu no dia. Dormir
ajuda a mente a se recuperar, ajuda a ter foco e
concentração no dia seguinte, ajuda no bom
humor e em inúmeros fatores que são
importantes. Então, nada de não dormir para
ficar estudando - eu te garanto que esse
estudo não servirá para nada.
Não negligencie sua vida. Não me venha com
essa de "depois do vestibular, eu vivo", "depois
do vestibular, eu faço amigos e convivo com
minha família e cuido de mim". A sua vida é
agora. Tá acontecendo agora. O estudo para o
vestibular é uma parte significativa dela, sim,
mas ela não se resume a isso. Ela coexiste com
isso. Então, faça amigos, saia, faça o que você
gosta, passe tempo com a sua família, viva sua
vida e aproveite o agora. O vestibular faz parte
da sua vida, o que significa que você tem uma.
Então, não a negligencie. É urgente demais ser
feliz. Não torne esse ano uma tortura, uma
prisão, uma jaula isolada de toda a felicidade
do mundo que só se abre após o vestibular.
Não é justo contigo, nem com todos a sua
volta.
Por último, aproveite o material!
Sumário
Vestibular 2022; (link)
Vestibular 2021; (link)
Vestibular 2020; (link)
Vestibular 2020 - ead; (link)
Vestibular 2019 - verão; (link)
Vestibular 2019 - inverno; (link)
Vestibular 2018 - verão; (link)
Vestibular 2018 - inverno; (link)
Vestibular 2017 - verão; (link)
Vestibular 2017 - inverno; (link)
Vestibular 2022
07
01) Certo. "Entre as afirmações de preconceito, o
pesquisador lembra de falas como a do Ministro da
Economia Paulo Guedes em um evento privado, que
comentava o período em que o dólar estava a R$
1,80: 'Todo mundo indo pra Disneylândia,
empregada doméstica indo pra Disneylândia, uma
festa danada'" (linha 91). A frase deixa claro que a
declaração de Paulo Guedes foi preconceituosa
("Entre as afirmações de preconceito..."), além de o
tom da frase ser, evidentemente, contra empregadas
domésticas andarem de avião.
02) Certo. "Para Lancellotti, esse preconceito vem
aumentando na proporção em que o
empobrecimento cresce." (linha 97)
04) Certo. “O dinheiro tira um homem da miséria, mas
não pode arrancar, de dentro dele, a favela”.
08) Errado. "O termo aporofobia foi usado pela
primeira vez em meados dos anos 90 pela filósofa
espanhola Adela Cortina, que estuda, entre outros
temas, a aversão aos pobres. Em 2017, foi escolhido
como palavra do ano pela Fundación del Español
Urgente (Fundéu) e no mesmo ano foi integrado ao
dicionário da língua espanhola.." (linha 22). O texto
deixa claro que a origem do termo é espanhola.
16) Errado. "Assim como o termo xenofobia, que
quer dizer aversão ou medo direcionado aos
estrangeiros, Cortina procurou uma palavra que
desse conta de descrever a rejeição aos pobres."
(linha 29) e “A aporofobia é um sentimento sempre
presente no ser humano, segundo a Adela Cortina.
Esse medo do pobre faz parte da nossa estrutura de
pensamento, mas pode ser mudado por meio de
uma educação” (linha 37). Considerando que está
presente no ser humano e faz parte da nossa
estrutura de pensamento, é análogo ao termo
xenofobia - que é um termo geral -, então, fica claro
que a aporofobia não é um transtorno de saúde
mental individual.
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01) Errado. “Nesse caso, a pessoa é privada de formas
de ser e fazer, por exemplo, a falta de acesso à
educação, mobilidade e cultura. Assim, é possível ser
considerado pobre em uma perspectiva
multidimensional" (linha 59). Envolve, sim, outros
tipos de privação.

02) Certo. “Negro Drama”: “O dinheiro tira um homem


da miséria, mas não pode arrancar, de dentro dele, a
favela”.
04) Certo. "ele mostra elementos da chamada
“arquitetura antipobres”, que impedem, nos espaços
públicos, a estadia, descanso ou passagem de
pessoas em situação de rua. “Grades, dutos de água,
pedras pontiagudas. Há os que querem disfarçar
com vasos e com paisagismo”, diz ele" (linha 4).

08) Errado. Esse medo do pobre faz parte da nossa


estrutura de pensamento, mas pode ser mudado por
meio de uma educação” (linha 38). O texto nunca
disse nada sobre os pobres terem que se esforçar
mais para mudar de classe social, inclusive, disse
que a aporofobia deve ser mudada com a educação.

16) Certo. "a aporofobia se enraíza na sociedade e cria


uma construção mental que entende pessoas como
mais ou menos humanas" (linha 14)
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01) Errado. Sinônimos são palavras diferentes, mas
com o mesmo significado. Xenofobia significa "medo
de estrangeiros", enquanto aporofobia significa
"medo de pobres". Então, os significados não são
iguais, portanto, não são sinõnimos.

02) Errado. Paronímia é a relação entre palavras


parecidas fonética e ortograficamente, como
"comprimento" e "cumprimento", "colher" (verbo) e
"colher" (utensílio de cozinha). Aporofobia e
xenofobia não são tão parecidas a ponto de serem
consideradas parônimas.
04) Certo. “Todo mundo indo pra Disneylândia,
empregada doméstica indo pra Disneylândia, uma
festa danada”. Sentido conotativo é um figurado,
metafórico. Não é realmente uma festa, por isso o
sentido conotativo, para usar como metáfora para
dizer que é excessivo, como a alternativa
mencionou.
08) Errado. "Aporofobia significa aversão, medo e
desprezo aos pobres". No trecho, são listadas três
características independentes entre si. Se fossem
sinônimos, não haveria necessidade de repetir três
vezes. E, por definição, têm significados diferentes.
16) Certo. “Quando se pensa na ideia de linhas de
pobreza, é o dinheiro que é usado como régua." tem
o mesmo significado de "Quando se pensa na ideia
de linhas de pobreza, é o dinheiro que é usado como
medida."
13
01) Certo. "Entre as fotos postadas em suas redes
sociais ele mostra elementos da chamada
“arquitetura antipobres”, que impedem, nos
espaços públicos, a estadia, descanso ou passagem
de pessoas em situação de rua." Para ter certeza de
que o "que" retoma "elementos", basta substituir e
perceber que é a mesma coisa de dizer "Entre as
fotos postadas em suas redes sociais ele mostra
elementos da chamada 'arquitetura antipobres'. Os
elementos impedem, nos espaços públicos, a
estadia..."
02) Errado. "Para entender como a aporofobia se
enraíza na sociedade e cria uma construção mental
que entende pessoas como mais ou menos
humanas". O vocábulo "que" retoma "construção
mental". Substituindo, "a construção mental entende
pessoas como mais ou menos humanas".
04) Certo. "Aporofobia significa aversão, medo e
desprezo aos pobres e desfavorecidos
financeiramente. O termo, que se tornou um
neologismo no Brasil, deriva do grego". Além de o
termo em questão ser a aporofobia, é possível
substituir "o termo" por "aporofobia", para ter certeza
se faz sentido: "Aporofobia, que se tornou um
neologismo no Brasil, deriva do grego".
08) Certo. “Nesse caso, a pessoa é privada de formas
de ser e fazer, por exemplo, a falta de acesso à
educação, mobilidade e cultura. Assim, é possível ser
considerado pobre em uma perspectiva
multidimensional." O conectivo "assim" é usado para
acrescentar uma ideia à frase anterior, assim como
diz a alternativa.
16) Errado. "Assim como o termo xenofobia, que quer
dizer aversão ou medo direcionado aos estrangeiros,
Cortina procurou uma palavra que desse conta de
descrever a rejeição aos pobres." Nesse caso, o
"assim" não retoma nada, mas funciona como um "da
mesma forma que".
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01) Errado. "Entre as fotos postadas em suas redes


sociais ele mostra elementos da chamada
“arquitetura antipobres” . O sujeito é "ele". Quem
mostra elementos? Ele mostra elementos.

02) Certo. "O termo aporofobia foi usado pela


primeira vez". A frase está na voz passiva, logo, o
sujeito sofre a ação.

04) Errado. "Esse medo do pobre faz parte da nossa


estrutura de pensamento". O sujeito é "esse medo do
pobre", não "pobre". Esse medo do pobre é o que faz
parte da nossa estrutura de pensamento, e não o
pobre.
08) Errado. "Esse medo do pobre faz parte da nossa
estrutura de pensamento, mas pode ser mudado por
meio de uma educação”, explica Lancellotti para
Ecoa. “Acontece também com os refugiados". O
medo do pobre acontece com os refugiados, ele que
é o sujeito.
16) Certo. "Ecoa conversou com Lancellotti". Quem
conversou com Lancellotti? Ecoa. Ecoa é o sujeito.
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01) Certo. "o filósofo e economista Amartya Sen traz


ao debate a compreensão de que ela deve ser
entendida como privação de forma mais ampla, para
além da pobreza financeira”, alerta ele. Ter ou não o
"ele" ali não muda o sentido.

02) Errado. "ele mostra elementos da chamada


“arquitetura antipobres”, que impedem, nos espaços
públicos, a estadia...". O cujo tem uma ideia de posse,
por exemplo, "o homem cujo carro foi roubado", "o
homem que tinha um carro que foi roubado". Nesse
caso, o pronome "que" está retomando "elementos",
podendo ser substituído por "os quais". "Cujo" é
muito específico, não pode ser substituído por "que"
quase nunca.
04) Certo. "Há os que querem disfarçar com vasos e
com paisagismo”, diz ele para Ecoa". "Diz ele a Ecoa"
tem o mesmo significado.
08) Errado. "Assim como o termo xenofobia, que quer
dizer aversão ou medo direcionado aos
estrangeiros". Não tem como substituir por "o termo
xenofobia quer falar aversão ou medo".
16) Certo. "temos uma população de rua..." é o
mesmo de dizer "a gente tem uma população de
rua".
13

01) Certo. "Aporofobia: aversão a pessoas pobres está


presente até na arquitetura".
02) Errado. "Ela defende, aliás, que a verdadeira
“fobia” só é direcionada contra os estrangeiros
pobres". Aliás é um conectivo que expressa a adição
de uma ideia sobre a frase anterior. Além disso, a
frase deixa claro que a mulher não tem dúvida
alguma e sabe exatamente a quem o sentimento é
direcionado.
04) Certo. "havia uma construção das classes mais
altas de uma espécie de preconceito aos pobres, pois
eles ainda eram reconhecidos como pessoas de
classes mais baixas".

08) Certo. “Todo mundo indo pra Disneylândia".


Gerúndio é quando o verbo termina em -ndo, que dá
a ideia de continuidade, uma ação contínua. "Indo
pra Disneylândia" é uma ação contínua.

16) Errado. "nós acreditávamos que já tínhamos 32


mil pessoas nessas condições à época”. "Já" tem uma
ideia de tempo, não de localização (não faz nem
sentido).
08

A conjunção "como", relacionada a orações


subordinadas, tem três tipos de classificação:
conjunção causal, comparativa e conformativa.
Causal: introduz uma oração subordinada adverbial
causal. "Como acordei tarde, cheguei atrasada".
(porque)
Comparativa: introduz uma oração subordinada
adverbial comparativa. "Ela é bonita como eu".
(assim como)
Conformativa: introduz uma oração subordinada
adverbial conformativa. "Como prometido, aqui
estou. (conforme)
A alternativa 08 é a única que introduz uma dessas
três (a conformativa) - "conforme mostra estudo no
Insper".
08

01) Errado. Em "antipobres", anti- é um prefixo de


negação, repulsa. Em "antigamente", nem é um
prefixo, faz parte do radical da palavra.

02) Errado. Em "desfavorecidos", des- é um prefixo


de negação. Em "destino" e "destinatário", fazem
parte do radical da palavra, nem é um prefixo.

04) Errado. Em "acelerado", -a é parte do radical,


não é prefixo (não existe 'celerado'). Em "anormal"
é um prefixo de negação.
08) Certo. "só é direcionada contra os estrangeiros
pobres e não pelos que detêm recurso financeiro" é
igual a "só é direcionada contra os estrangeiros
pobres e não contra os que detêm recurso
financeiro".

16) Errado. Ao encontro de = estar de acordo,


favorável. De encontro a = estar contra, em
oposição.
27

01) Certo. "Esse medo do pobre faz parte da nossa


estrutura de pensamento, mas pode ser mudado
por meio de uma educação”. É uma oração
coordenada sindética adversativa.

02) Certo. "os versos da música “Negro Drama”: “O


dinheiro tira um homem da miséria, mas não pode
arrancar, de dentro dele, a favela”

04) Errado. "Os versos forjados na periferia de São


Paulo vão ao encontro das explicações feitas por
Moura Jr., para quem os símbolos que representam
“os pobres” e seus territórios não desaparecem...".
As aspas indicam o uso de um termo aproximado
ao sentido que se deseja expressar, não uma
citação.
08) Certo. “Acontece também com os refugiados,
que morrem nos mares mediterrâneos, pois os
países da Europa se negam a socorrê-los”. Em um
contexto informal, seria comum dizer "se negam a
socorrer eles".

16) Certo. “Todo mundo indo pra Disneylândia,


empregada doméstica indo pra Disneylândia, uma
festa danada”. É evidente o tom pejorativo ali.
Vestibular 2021
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01) Certo. "Tiros de fuzil, bombas de gás, ameaças.


Indígenas da terra Yanomami, um imenso território
no coração da Amazônia, passaram o último mês
sob ataque de garimpeiros."

02) Certo. "43 pontos de garimpo ativos no rio


Uraricoera, que nasce perto da fronteira com a
Venezuela e chega quase até Boa Vista, capital de
Roraima, tendo a aldeia de Palimiú como uma
espécie de centro geográfico. A comunidade se
transformou no epicentro da guerra com o garimpo
ilegal"
04) Errado. "é a terra indígena brasileira com maior
área formalmente requisitada para mineração."
(linha 25), "São solicitações que não podem
prosperar porque ainda não há no Brasil uma lei
que autorize a exploração mineral em terras
indígenas" (linha 34), "elas permanecem intocadas,
na expectativa de uma mudança legislativa" (linha
36). Então, a mudança legislativa esperada é que a
lei que proíbe a mineração seja mudada, para que
eles possam explorar minerais em terras indígenas.
08) Errado. Essa é só a área formalmente
requisitada, não o todo.
16) Certo. "é a lógica do pensamento do europeu
que chegou, tomou a terra, extraiu minérios"
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01) Certo. "Indígenas da terra Yanomami, um


imenso território no coração da Amazônia,
passaram o último mês sob ataque de garimpeiros.".
Aposto é uma informação a mais sobre um termo,
de forma que, se for tirado da frase, ela ainda tenha
o mesmo sentido.
02) Certo. "Quase um terço de todos esses pedidos
registrados buscam por ouro". Sintaticamente,
"quem busca por ouro? quase um terço de todos
esses pedidos registrados". Esse é o sujeito da
frase. Porém, na área do sentido da frase, não
foram os pedidos que fizeram alguma coisa, mas
os garimpeiros que fizeram os pedidos, com o
intuito de buscar por ouro.

04) Certo. "No auge dessa corrida pelas riquezas


do subsolo, a região chegou a ter 40.000
garimpeiros". É uma informação sobre quando a
região chegou a ter 40.000 garimpeiros. Funciona
como advérbio (termo acessório)de tempo.

08) Certo. "a região chegou a ter 40.000


garimpeiros". "A região chegou a ter o quê? 40.000
garimpeiros. É o objeto direto, o complemento da
frase sem preposição.

16) Errado. "Quase um terço de todos esses


pedidos registrados buscam por ouro". "Buscam
pelo quê? Por ouro". É o objeto indireto da frase, o
complemento com preposição. Agente da passiva
é quem executa a ação na voz passiva, por
exemplo, "ela escreveu a redação" (voz ativa) e "a
redação foi escrita por ela" (voz passiva) - aqui, na
voz passiva, "ela" é o agente da passiva, porque é
quem realizou a ação na voz passiva, já que o
sujeito se tornou "a redação".
09

01) Certo. "A experiência desses indígenas na


guerra contra o garimpo, entretanto, é longa.
Começou nos anos 1970, quando a ditadura militar
lançou o primeiro mapeamento mineral da região"
(linha 60).

02) Errado. A alternativa anterior já provou que não


é recente.
04) Errado. “Nossos territórios foram invadidos pela
ditadura militar e hoje isso tudo está se repetindo”,
lamenta Kopenawa. “A estratégia de Bolsonaro é a
mesma de governos passados, é a lógica do
pensamento do europeu que chegou, tomou a
terra, extraiu minérios. Isso infelizmente continua”,
conclui. [...], “O presidente já falou que iria lutar pela
liberação da mineração nos territórios demarcados.
Ele também apoia o garimpo, por isso que os
garimpeiros têm avião, combustível, maquinários,
armas muito pesadas”. Então, a visita de Bolsonaro,
com certeza, não tranquilizou os indígenas.

08) Certo. "São cerca de 3,3 milhões de hectares


(34,3% da área total da TI) requeridos para extração
mineral em 500 pedidos registrados na Agência
Nacional de Mineração"

16) Errado. "A comunidade se transformou no


epicentro da guerra com o garimpo ilegal depois
que seus habitantes decidiram interceptar a rota
fluvial de abastecimento dos acampamentos". Não
teve início nesse momento, aqui só se transformou
no epicentro da guerra, que já vinha acontecendo.
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01) Certo. "Ele (o presidente) também apoia o
garimpo, por isso que os garimpeiros têm avião,
combustível, maquinários, armas muito pesadas”.
02) Certo. "garimpeiros afundaram uma canoa com
crianças a bordo, que precisaram nadar para se
salvar do ataque". É uma oração subordinada
adjetiva explicativa, marcada pelo pronome
relativo "que", que, nesse caso, refere-se às
crianças a bordo da canoa que foi afundada.
Introduz uma informação sobre elas, no caso, a de
que precisaram nadar.
04) Certo. "o Ministério da Justiça autorizou o uso
da Força Nacional para conter o conflito na região,
mas até a conclusão desta reportagem nenhuma
ação havia sido tomada."
08) Errado. "é a lógica do pensamento do europeu
que chegou, tomou a terra, extraiu minérios". É
uma oração subordinada adjetiva restritiva, pois
tem a presença do pronome relativo "que", que se
refere ao europeu, e apresenta uma informação
sobre ele (não fala sobre todos os europeus, mas
os europeus que chegaram, tomaram a terra...).
16) Certo. "uma pista de pouso aberta pelo
Ministério da Aeronáutica foi o elemento que faltava
para o boom de ilegalidades na área — ela fornecia
acesso direto a 50 garimpos no interior da floresta,
segundo registra o geógrafo Estevão Senra em
sua tese de doutorado". Dá uma credibilidade a
mais saber que o geógrafo doutor que afirmou
isso, alguém que pesquisou sobre (argumento de
autoridade).
23

01) Certo. “Nosso povo sabe se proteger em uma


guerra" . Próclise é quando o pronome é colocado
antes do verbo (se proteger), ênclise é quando o
pronome é colocado depois do verbo (proteger-
se). Naturalmente, a ênclise é mais formal.

02) Certo. "Sabemos onde o inimigo está" é igual a


"sabemos onde está o inimigo". ("inimigo" é o
sujeito de "está").
04) Certo. "os indígenas decidiram monitorar seu
território por conta própria" é mais formal que
"monitorar o território deles", forma mais comum na
língua falada.

08) Errado. "na expectativa de uma mudança


legislativa, que cresceu com a chegada de Jair
Bolsonaro". O "cujo" tem uma ideia de posse, por
exemplo, "o homem cujo carro foi roubado", "o
homem que tinha um carro que foi roubado".
Nesse caso, o pronome "que" está retomando
"expectativa", podendo ser substituído por "a qual".
"Cujo" é muito específico, não pode ser substituído
por "que" quase nunca.

16) Certo. Pela terminação do verbo "estamos", é


possível saber que está conjugado na primeira
pessoa do plural, ou seja, nós. Então, é
perfeitamente possível deixar explícito.
10

01) Errado. "reacende a memória de um passado


que os Yanomami não querem esquecer, mas lutam
para superar" . Não impede que ambos possam
ocorrer na vida dos Yanomami.
02) Certo. "Agora, essa visão está mais viva do que
nunca no discurso de Bolsonaro". É o mesmo que
"essa percepção de mundo está mais viva do que
nunca".
04) Errado. “Nossos territórios foram invadidos pela
ditadura militar" tem um sentido diferente de "foram
ocupados", então não manteria o sentido original.
"Ocupados" faz parecer que os territórios não eram
de ninguém e eles chegaram amistosamente.
"Invadidos" faz mais jus à realidade.
08) Certo. "São solicitações que não podem
prosperar porque ainda não há no Brasil uma lei
que autorize a exploração mineral em terras
indígenas." é o mesmo de "solicitações que não
podem ter sequência porque..."
16) Errado. Paronímia é a relação entre palavras
parecidas fonética e ortograficamente, como
"comprimento" e "cumprimento", "colher" (verbo) e
"colher" (utensílio de cozinha). O que ocorre entre
solicitação e pedido é a sinonímia, por serem
sinônimos, ou seja, terem significados
semelhantes.
25

01) Certo. Os núcleos "tiros, bombas, ameaças" são


todos substantivos, e não há verbo algum ali.

02) Errado. Numerais cardinais são um, dois, três,


dez, mil... Terço é um numeral fracionário, dobro é
um numeral multiplicativo e primeiro é um numeral
ordinal.

04) Errado. O comparativo de superioridade do


adjetivo "mal" é "pior".
08) Certo. O artigo definido (o, os, a, as) marca o
plural.

16) Certo. "O qual" flexiona em número (os quais) e


em gênero (a qual), e é pronome relativo que
substitui o pronome relativo "que", o qual não sofre
flexão nenhuma.
16

01)Errado. A conjunção "entretanto" é de oposição,


contradição, sendo equivalente a "no entanto,
porém, contudo..."

02) Errado. "São solicitações que não podem


prosperar porque ainda não há no Brasil uma lei".
Expressa causa. Não haver uma lei é a causa por
que as solicitações não prosperam, não a
finalidade de não prosprarem.
04) Errado. "Chega até Boa Vista" indica um alcance
geográfico, não temporal.

08) Errado. "Pelo menos 500" é o mesmo que "no


mínimo 500".

16) Certo. É o mesmo que "epicentro de guerra


contra o garimpo ilegal".
13

01) Certo. "São solicitações que não podem


prosperar porque ainda não há no Brasil uma lei
que autorize a exploração mineral em terras
indígenas. Apesar disso, elas (as solicitações)
permanecem intocadas, na expectativa de uma
mudança legislativa"
02) Errado. Nessa frase, a conjunção "e" tem valor
conclusivo, podendo ser substituído por "então",
"portanto".
04) Certo. "foi interpretada como ato de apoio aos
ilegais, embora na ocasião Bolsonaro tenha
prometido respeitar a vontade dos indígenas sobre
a exploração econômica de seus territórios. Além
disso, a recente nomeação do militar da reserva
Leandro Silva Peixoto da Costa como coordenador
da Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami
Ye’Kuana da Funai reacende a memória de um
passado que os Yanomami não querem esquecer,
mas lutam para superar". Introduz uma informação
adicional.
08) Certo. "em pouco tempo atraiu pelo menos 500
garimpeiros para o território, ainda não reconhecido
formalmente pelo país como terra indígena (o que
só veio a acontecer em 1992)"

16) Errado. "A intensidade dos ataques neste último


mês exige dos Yanomami uma mobilização
especial. Sem medidas efetivas das autoridades, os
indígenas decidiram monitorar seu território por
conta própria" . Se os indígenas tiveram que
monitorar o território por conta própria, é porque o
governo foi omisso, total ou parcialmente, e não
tomou as providências necessárias.
21

01) Certo. Antes de orações subordinadas


adverbiais, a vírgula é facultativa.

02) Errado. A vírgula separa o adjunto adverbial de


tempo (quando eu era criança). Nunca se usa
vírgula entre sujeito e predicado.

04) Certo. A vírgula é obrigatória antes de


conjunções adversativas e conclusivas.
08) Errado. "Uma visita recente do presidente ao
Amazonas marcou sua primeira incursão em uma
terra indígena brasileira— mas foi interpretada
como ato de apoio aos ilegais", o travessão é
utilizado como se fosse uma vírgula. Dois pontos
são usados ao anunciar ou enumerar algo.

16) Certo. Todos são citações das falas das


pessoas.
Vestibular 2020
18

01) Errado. Status quo é o estado dos fatos, das


situações e das coisas, independente do
momento. Não faz sentido a busca por estados de
equilíbrio (como a maioria das coisas já se
encontra) atrapalhar a manutenção do estado das
coisas.
02) Certo. O uso da palavra "sempre" deixa claro
que não há excessões ou incertezas.

04) Errado. A dificuldade se deve ao não


conhecimento do que é cada um deles. Nunca foi
mencionado sobre a semelhança morfológica.
08) Errado. "arte (europeia, masculina, de classe
alta) é a “norma”, já o artesanato é (com sorte) o
“novo normal”. Mesmo assim, não existe termo de
comparação entre eles.". A autora fala sobre um
senso comum estabelecido por uma sociedade
influenciada pelos europeus. Não existe
comparação entre eles, porque só a arte é
valorizada como deveria, então, o artesanato nem
entra na discussão.

16) Certo. A citação de repertórios externos dá


credibilidade ao argumento.
21

01) Certo. “Novo normal” não é, porém, um termo


recente; tampouco se sabe a origem dele. No
entanto, tem sido crescentemente associado a
momentos da história em que toda a sociedade tem
de se reinventar diante de períodos de crises de
ordem política, militar, econômica ou sanitária. [...]
(linha 11).
02)Errado. O texto não mencionou mudanças
educacionais e, mesmo se tivesse mencionado,
estaria errado por falar que atingiram todas as
classes sociais de modo igual. Isso é,
evidentemente, irreal.
04) Certo. "E esse me parece ser o “novo normal”:
ele representa, no meu entender, um esforço
contínuo no sentido da preservação da sociedade".
(linha 17).

08) Errado. O novo normal representa um esforço


contínuo no sentido de preservação da sociedade,
segundo o texto. Então, a mudança só contribui
para que a preservação se mantenha.

16) Certo. "A expressão “novo normal” tem sido


muito utilizada nos últimos meses, quando se
percebeu que o coronavírus há de acarretar
mudanças para todo o planeta" (linha 4).
17

01) Certo."As rotinas foram suspensas pelo planeta


afora e até segundo aviso.

02) Errado. "Períodos de guerra fazem isso com as


pessoas, que passam a reconsiderar suas verdades.
Grandes acidentes naturais – terremotos,
maremotos, furacões – também têm a
potencialidade de fazer que nos movamos um
pouco do terreno seguro das nossas confortáveis
certezas.". No sentido literal, teríamos que imaginar
um lote de terra cercado, com alguma medida de
segurança, o que não é o caso de "terreno seguro
das nossas confortáveis certezas".
04) Errado. "Mesmo assim, não existe termo de
comparação entre eles". Tem uma ideia de "de
qualquer forma", "ainda assim", ou seja, não é
certeza. A questão confunde, porque, se você não
for olhar o texto, pode pensar que usamos o
"mesmo" para enfatizar certeza em algumas
situações, como "eu não gosto mesmo de você".
Então, deve olhar o texto e descobrir que o
"mesmo" faz par com o "assim".

08) Errado. Como conjunção, a palavra mal


significa “assim que”, “logo que” e “quando”, por
exemplo, "mal cheguei, você teve que ir embora".
"2020 mal começou e..." significa "logo que 2020
começou". Então, indica tempo, não modo.

16) Certo. Toda a sociedade tem de se reinventar =


toda sociedade deve se reinventar. Alunos que
têm seu próprio computador = alunos que
possuem seu próprio computador.
19

01) Certo. O artigo de opinião precisa de reflexões


autorais.

02) Certo. "Isto é, que os efeitos da Covid-19 não se


limitarão ao dia em que a pandemia for dada por
terminada. E é certo: a história mostra que não se sai
de crises como essa da mesma maneira que se
entrou".

04) Errado. "Foi assim com a Revolução do Haiti


(1791-1804), que cometeu o “pecado” de mostrar
ao mundo que escravizados podem (e devem) se
rebelar e ganhar o comando de seus próprios
países". As aspas destacam a ironia da palavra.
08) Errado. "Porém" é uma conjunção adversativa.

16) Certo. "como poetou Carlos Drummond de


Andrade, que “toda história é remorso”.
13
01) Certo. "e não mostra como são obrigatórios
esses traços sociais" = e não mostra de que maneira
são obrigatórios esses traços sociais.
02) Errado. Orações justapostas são aquelas
coordenadas assindéticas, ou seja, que são
ligadas, mas sem o uso de uma conjunção. Nesse
caso, a relação semântica é uma adição de ideias.
04) Certo. Advérbios que deixam transparecer o
posicionamento do autor (infelizmente,
levemente...) e verbos na primeira pessoa são
marcas evidentes de autoria, usadas para deixar
claro o pensamento do escritor.
08) Certo. Antonímia é a relação que se estabelece
entre palavras antônimas, ou seja, com sentidos
opostos (como "tudo" e "nada").

16) Errado. Expressa sentido de conclusão,


podendo ser substituído por "logo", "portanto"...
28

01) Errado. "o coronavírus há de acarretar


mudanças para todo o planeta". e "Afinal, esse seria
um “novo normal” para quem?". Subordinadas
adverbiais de finalidade expressam um objetivo,
por exemplo, "estudei para tirar uma nota boa".
Nesses casos, essa relação de finalidade não
existe. No primeiro, "para" é uma preposição,
marcando o objeto indireto; no segundo, também
é preposição.

02) Errado. É uma preposição. Artigos definidos só


aparecem antes de substantivos.
04) Certo. Tem de fazer algo = tem que fazer algo.
Ambos estão certos.
08) Certo. "O impossível" é o sujeito (o que
aconteceu? o impossível), mas ele não pratica a
ação de acontecer, ele só acontece.
16) Certo. Verbo transitivo indireto, Verbo
intransitivo ou verbo de ligação + a partícula "se" =
índice de indeterminação do sujeito, ou seja, torna
o sujeito indeterminado.
07

01) Certo. "Arrisco, portanto, dizer que “normal” é


acreditar numa história feita apenas por homens,
brancos, de classe alta, e celebrados por seus atos
célebres". (linha 41)

02) Certo. "Mas vira e mexe um “acidente” de


proporções globais tem a capacidade de
escancarar essas diferenças".
04) Certo. "Mas o que dizer de famílias que
receberam o material impresso e organizado
bravamente pelas escolas públicas".

08) Errado. Tampouco é usado para reforçar ou


para complementar uma negação feita
anteriormente. Pode ser substituído por
expressões como “também não”, “nem”, “sequer”
e “muito menos”. "Tão pouco" tem sentido de
intensidade, "muito pouco".

16) Errado. "Sem dúvida" é sinônimo de "com


certeza".
01) Errado. Derivação é a formação de novas
palavras por meio do acréscimo de afixos.
"Anormal" é formada pelo acréscimo do prefixo "a"
à palavra "normal", indicando uma relação de
negação. Porém, a palavra "artesanato" é formada
pelo acréscimo de um sufixo à palavra "arte".
Portanto, só uma delas é formada por derivação
prefixal.
02) Errado. "Toda sociedade" equivale a "cada uma
das sociedades", então, tem valor quantitativo.
04) Errado. Não têm nada a ver uma com a outra.

08) Certo. "se percebeu que o coronavírus há de


acarretar mudanças para todo o planeta" = "se
percebeu que o coronavírus acarretará mudanças
para todo o planeta".

16) Certo. Na gramática normativa, as pessoas


preferem isso a aquilo, não preferem isso do que
aquilo. Porém, é comum que o brasileiro use a
segunda forma para expressar comparações.
06

01) Errado. "Portanto" expressa conclusão,


enquanto "entretanto" expressa adversidade,
oposição. Então, não seria possível substituir um
por outro sem mudar completamente o sentido da
frase.
02) Certo. É a mesma coisa de dizer "conforme
Émile Durkheim,..."
04) Certo. A ausência da certeza.
08) Errado. Indica tempo, quando aconteceu.
16) Errado. Indica uma oração subordinada
adjetiva explicativa, introduzindo uma explicação
do termo "gripe espanhola".
Vestibular ead 2020
18

01) Errado. "Desde a decretação da pandemia


global da Covid-19 pela Organização Mundial da
Saúde em meados de março, temos sentido na pele
as transformações que as medidas de isolamento
social adotadas para o enfrentamento do vírus
provocam em rigorosamente todos os âmbitos
sociais". (linha 1) "Não há lugar ou atividade que não
tenha sido afetado". (linha 12)
02) Certo. "Não há lugar ou atividade que não tenha
sido afetado. Evidentemente, a situação não seria
diferente no que diz respeito à dinâmica das
atividades criminosas esporádicas ou organizadas."
(linha11) - ou seja, a dinâmica das atividades
criminosas também foi afetada - "Com a redução da
circulação de pessoas e o aumento do
confinamento familiar ininterrupto, temos
observado uma diminuição dos crimes patrimoniais
e daqueles relacionados ao comércio de drogas".
(linha 16)
04) Errado. "Não por acaso, portanto, é o aumento
silencioso, mas substancial, dos crimes cibernéticos
que tem merecido especial atenção das
autoridades internacionais nos últimos meses."
(linha 32). Teve, sim, o aumento dos crimes
cibernéticos.
08) Errado. "Mas é importante relembrar que a
ameaça dos cibercrimes não é uma novidade dos
tempos de pandemia." (linha 48)
16) Certo. "É importante frisar que tais crimes não
são apenas os previstos na Lei n.º 12.737/2012, que
dispõe sobre os delitos informáticos, mas sim todos
os tipos penais que podem ser praticados por meio
virtual, com especial destaque ao estelionato".
(linha 27)
02
01) Errada. Primeiramente, para que uma oração
seja subordinada, a frase precisa ter período
composto (2 orações, 2 verbos). Então, nem
subordinada essa é. Além disso, uma oração
subordinada substantiva objetiva indireta é o
complemento com preposição da oração principal,
por exemplo, "A família precisa que você se case".
Nesse exemplo, a subordinada é a que começa
com a conjunção integrante (que) e funciona
como objeto indireto. "A família precisa do quê?
disso: que você se case".
02) Certo. Seria possível substituir o "bem como"
por outra conjunção conhecida de adição, como
"além disso", e o sentido não mudaria.

04) Errado. "No relatório" dá ideia de lugar, não de


tempo.

08) Errado. A oração em questão é subordinada


substantiva subjetiva, ou seja, exerce função de
sujeito. A oração principal (a que não está
sublinhada) possui um verbo de ligação (é) e um
predicativo (indiscutível), então, seguindo a
estrutura de uma oração (sujeito +verbo +
complemento), o que falta é o sujeito. Logo, a
oração subordinada exerce papel de sujeito.

16) Errado. A oração tem valor de adição.


Sindéticas alternativas seriam aquelas com "ou ...
(oração1)... ou ... (oração2)..."Aliás, sindéticas são
as que tem conjunção e assindéticas são as que
não tem conjunção e são separadas, na maioria
dos casos, por vírgula.
11

01) Certo. Os advérbios de modo, em sua maioria,


possuem o sufixo -mente, e advérbios são
separados por vírgula, pela regra. Para ter certeza,
além disso, poderíamos trocar por "De modo
evidente", "de forma evidente", e ainda faria
sentido.
02) Certo. Pela regra, devemos separar conjunções
por vírgula. E, sabemos que é uma conjunção
adversativa, porque podemos trocá-la por outras
mais conhecidas, como "mas, porém, entretanto...",
sem que se perca o sentido.

04) Errado. Portanto é uma conjunção conclusiva,


podendo ser trocada por outras mais conhecidas,
como "então", "assim"...

08) Certo. Foram usados para esclarecer quais são


os refúgios virtuais da pandemia, citados
anteriormente.

16) Errado. É uma oração subordinada adverbial


conformativa, ou seja, mostra que, conforme os
dados do Senado, tal informação existe. Significa
que a informação foi tirada dos dados do Senado,
ela condiz com o que o Senado mostra em seus
dados.
26

01) Errado. O uso de "ter" + particípio é usado


justamente para apresentar algo contínuo, que tem
acontecido várias vezes há algum tempo. Se fosse
de natureza pontual, seria simplesmente o
pretérito perfeito "sentimos" (sentimos e ponto,
acabou, não sentimos mais).
02) Certo. "O criminoso, que antes precisava
quebrar uma robusta defesa de uma empresa para
acessar seus dados e furtar informações, agora
pode fazê-lo a partir do acesso a qualquer
computador de um funcionário descuidado". Está
dizendo que o modo de funcionamento da ação
mudou.

04) Errado. "Clicar em um link suspeito que lhe


ofereça uma oportunidade". O pronome está
posicionado antes do verbo (ofereça), então, a
posição é de próclise. Ênclise é quando o pronome
está depois do verbo (ofereça-lhe, por exemplo).

08) Certo. "Problemas associados à segurança".


"associados" é um verbo transitivo indireto, ou
seja, exige complemento com preposição
(associados a quê?). Então, juntando a preposição
"a" exigida pelo verbo e o artigo "a"
acompanhante do substantivo "segurança",
forma-se a crase.

16) Certo. "é como se o ambiente virtual dessa


empresa avançasse e se confundisse com o
ambiente doméstico desses colaboradores, e é aí
que mora o perigo".
14

01) Errado. "Tanto o FBI como o serviço europeu de


polícia (Europol) publicaram" (linha 35). "Outras
medidas são igualmente simples e eficientes, como
cartilhas e campanhas de conscientização" (linha
110). Somente a frase da linha 110 usa o "como"
para introduzir uma exemplificação. A primeira
frase tem uma ideia de comparação.
02) Certo. Poderíamos substituir por "por causa da
redução..." e o sentido não mudaria. "Com a
redução da circulação de pessoas e o aumento do
confinamento familiar ininterrupto, temos
observado uma diminuição dos crimes
patrimoniais", a diminuição dos crimes aconteceu
por causa da redução de circulação de pessoas.

04) Certo. O sufixo é o que transforma, por meio do


processo de derivação, essas palavras em
adjetivos.

08) Certo. Adoção de protocolos mais rigorosos =


adotar protocolos mais rigorosos. "Adotar" é um
verbo transitivo direto, ou seja, não exige
preposição (de) antes de seu complemento.

16) Errado. "Autoridades europeias apontaram que


os criminosos cibernéticos são aqueles que..."
(linha 41). "Registros de que o home office vem
trazendo resultados positivos..." (linha 88). Em
nenhum dos casos o "que" funciona como
pronome relativo, cuja definição na alternativa está
correta.
Vestibular 2019
(verão)
07

01) Certo. "Na verdade, as leis da mecânica não


distinguem entre ir avante ou para trás. Imagine, por
exemplo, que alguém tenha filmado uma bola
voando da direita para a esquerda. Se o filme for
passado de trás para a frente, a bola voa da
esquerda para direita". "Dizemos que as leis da
mecânica são reversíveis temporalmente". O
exemplo comprovou o que foi falado sobre as leis
não distinguirem entre ir avante ou para trás.
02) Certo. "Como mostrou Ludwig Boltzmann, a
questão depende de probabilidades: a
probabilidade que todas as moléculas de um
omelete se realinhem em um ovo é extremamente
pequena, tão pequena que o fenômeno é
altamente improvável, quase impossível. Quase mas
não totalmente". (linha 50)
04) Certo. "Mas a situação não é assim tão simples.
Em arte, podemos inventar o futuro no presente,
“visualizar” o que vai ser e tentar dar vida a essa
visão. O paradoxo, aqui, é que toda criação
depende apenas do passado: criamos o futuro re-
experimentando e reintegrando o passado. Isso não
significa que tudo já existe; significa apenas que
existem infinitos modos de olhar para trás". (linha
15)
08) Errado. A argumentação é apresentada nos
próximos parágrafos, já que os primeiros são
dedicados à introdução do tema.

16) Errado. "Se a física dissesse que o tempo é


reversível sempre, estaria em séria contradição com
a realidade que vemos à nossa volta". (linha 31)
Logo, podemos concluir que a física não diz que o
tempo é reversível sempre.
03

01) Certo. "Em física, a direção do tempo não é


obviamente para a frente. Na verdade, as leis da
mecânica não distinguem entre ir avante ou para
trás". (linha 22) "Dizemos que as leis da mecânica
são reversíveis temporalmente". (linha 29)

02) Certo. "Para tal, seriam necessárias incontáveis


interações entre as moléculas de clara e gema
seguindo instruções extremamente específicas:
seria necessário um princípio organizador que
pudesse contrariar o fato que desordem tende a
aumentar, um princípio capaz de transformar
desordem em ordem". (linha 55)
04) Errado. "Já para outros, este colunista incluído,
o tempo é um paradoxo" (linha 3). Ao se incluir
("este colunista incluído"), o professor de física
autor do artigo afirma que há, sim, informações
misteriosas sobre o tempo, já que ele é um
paradoxo.
08) Errado. O texto afirma que o tempo anda para
frente. "Por nos fazer esquecer coisas que devem
ser lembradas. Em termos psicológicos não temos
dúvidas: como ninguém consegue se lembrar do
futuro, o tempo anda sempre avante. " (linha11)
16) Errado. "Um princípio capaz de transformar
desordem em ordem. Um destes princípios é
justamente a arte; outro é a ciência" (linha 60). O
texto fala de ambos.
05

01) Certo. "a probabilidade que todas as moléculas


de um omelete se realinhem em um ovo é
extremamente pequena" Sabemos que é uma
subordinada substantiva, pois o "que" atua como
conjunção integrante (a oração introduzida por ele
pode ser substituída por "isso", por exemplo, "a
probabilidade (d)isso é extremamente pequena).
Sabemos que funciona como complemento
nominal, pois completa um substantivo abstrato
(probabilidade) e exige preposição (probabilidade
de quê?)
02) Errado. "Estivesse filmando" indica uma ação
hipotética contínua, ou seja, que estaria
acontecendo, que não teve fim ainda. Já a
expressão "tenha filmado" indica uma ação que já
acabou. Ou seja, têm sentidos diferentes, então a
sua troca mudaria, sim, o sentido da frase.
04) Certo. "uma bola é um sistema extremamente
simples, sua trajetória para a direita..." = "uma bola
é um sistema extremamente simples, a trajetória
dela para a direita..."
08) Errado. "Amigo por nos ensinar a ser
pacientes", o "a" tem um valor de "como". Não faria
sentido "nos ensinar para ser pacientes".
16) Errado. "Todas as moléculas de um omelete se
realinhem", a próclise (o pronome antes do verbo)
se justifica, pois a próclise é sempre válida nos
casos em que a ênclise e mesóclise não se
enquadram. Como, nesse caso, a ênclise não cabe
- pois é usada após vírgula e quando o verbo está
no começo da frase - e nem a mesóclise - que é
usada apenas com o verbo no futuro -, a próclise é
gramaticalmente correta. Então, não é contrário à
gramática normativa.
13
01) Certo. "Para alguns, os mais pragmáticos, o
tempo não tem nada de misterioso:". "já para outros,
este colunista incluído, o tempo é um paradoxo".
São informações a mais sobre os termos, que os
especifica, ou seja, apostos.
02) Errado. "Impaciência", de fato, tem um prefixo
com valor de ausência, até porque existe
"paciência", o contrário da palavra com prefixo. Já
"interromper" não é uma palavra com prefixo, até
porque não existe uma sem o "in" (terromper não é
uma palavra, sabe).
04) Certo. Ambas as palavras têm prefixo e valor de
repetição, até porque existem sem ele
(experimentando e integrando).

08) Certo. "Mas a situação não é assim tão simples".


(linha 15) "Uma bola é um sistema extremamente
simples". (linha 41). De fato, intensificam o sentido
de "simples".

16) Errado. "Em termos psicológicos não temos


dúvidas: como ninguém consegue se lembrar do
futuro, o tempo anda sempre avante". Tem valor
causal, podendo ser substituído por "já que", "visto
que"... Sentido conformativo é quando podemos
substituir a conjunção por "conforme", o que não é
o caso.
12
01) Errado. "Por nos fazer esquecer coisas que
devem ser esquecidas e lembrar aquelas que
devem ser lembradas". As formas verbais se referem
a "coisas". Seria indeterminado se não fosse
possível descobrir quem é o sujeito nem pelo
contexto, nem pela terminação do verbo. Porém,
nesse caso, podemos facilmente descobrir que o
sujeito é "coisas". (Exemplo de sujeito
indeterminado: "estão cantando lá fora". Quem
está cantando? Não tem como saber).
02) Errado. "Significa apenas que existem infinitos
modos de olhar para trás". O verbo "existir" sempre
concorda com o seu sujeito. O sujeito, aqui, é
"infinitos modos de olhar para trás", já que isso que
existe, que faz a ação de existir. Ninguém pergunta
"existe o quê?" (a pergunta padrão para encontrar
o objeto direto); a pergunta certa é "o que existe?"
(a pergunta padrão para achar o sujeito). Logo, é
sujeito.
04) Certo. É sujeito paciente, porque a frase está na
voz passiva (aqui, o sujeito é quem sofre a ação).
"Quem pode ser transformado?" Um ovo.
08) Certo. "A probabilidade que todas as moléculas
de um omelete se realinhem em um ovo é
extremamente pequena, tão pequena que o
fenômeno é altamente improvável, quase
impossível". A consequência de as probabilidades
serem tão pequenas é o fenômeno ser quase
impossível. Logo, a causa de o fenômeno ser
quase impossível são as probabilidades serem tão
pequenas. Causa e consequência andam juntas.
16) Errado. Primeiramente, "ambas" não é nem
pronome, muito menos indefinido. É um numeral
que indica "duas". Além disso, os antecedentes são
"arte" e "ciência". "Um destes princípios é
justamente a arte; outro é a ciência. Ambas dão
expressão..."
22

01) Errado. '"Visualizar' o que vai ser e tentar dar vida


a essa visão." O verbo "vai" indica o tempo verbal, o
futuro, e o verbo principal é o "ser". Até porque
seria possível substituir a locução por "será".
02) Certo. "Na verdade, as leis da mecânica não
distinguem entre ir avante ou para trás". O indicativo
é um modo verbal usado para indicar algo certo,
que é verdade.
04) Certo. É uma hipótese. "Se a física dissesse",
mas não disse.
08) Errado. "Basta observarmos o mundo". Não
expressa nenhuma ordem ou pedido. Modo
imperativo, cuja definição da alternativa está certa,
seria como em "faça isso".
16) Certo. "Mas existem poucos modos de se
transformar omeletes em ovos. (Assumindo que
todos os ovos são essencialmente iguais...)". = Mas
existem poucos modos de se transformar omeletes
em ovos (Se assumirmos que todos os ovos são
essencialmente iguais).
26

01) Errado. "O paradoxo, aqui, é que toda criação


depende apenas do passado" = Aqui, o paradoxo é
que toda criação depende apenas do passado. A
mudança de posição não muda nada de sua
função sintática.
02) Certo. Já que tem a função de advérbio de
modo, podendo ser substituído por "dessa forma".
04) Errado. "O tempo é um paradoxo". "Paradoxo" é
o predicativo do sujeito da frase, porque é uma
característica do sujeito (tempo) que vem depois
de um verbo de ligação (é).
08) Certo. "O tempo é um paradoxo, nosso grande
amigo e inimigo". Qual é o paradoxo? O tempo ser,
ao mesmo tempo, amigo e inimigo. É uma
explicação.
16) Certo. "Amigo por nos ensinar a ser pacientes
com a impaciência dos outros, por nos fazer
esquecer coisas..."
23

01) Certo. "Em termos psicológicos não temos


dúvidas: como ninguém consegue se lembrar do
futuro, o tempo anda sempre avante". (linha 12) "O
paradoxo, aqui, é que toda criação depende apenas
do passado: criamos o futuro re-experimentando e
reintegrando o passado" (linha 18)
02) Certo. "A realidade que vemos à nossa volta. (E
em nós mesmos.)" (linha 33) "Mas existem poucos
modos de se transformar omeletes em ovos.
(Assumindo que todos os ovos são essencialmente
iguais...)" (linha 48)

04) Certo. "Mas existem poucos modos de se


transformar omeletes em ovos. (Assumindo que
todos os ovos são essencialmente iguais...)". Dá a
ideia de que teria uma explicação, mas que o autor
preferiu omitir. É tipo, na língua falada, um
"assumindo que todos os ovos são essencialmente
iguais e papapa".

08) Errado. "Como então reconciliar estas


observações com as leis básicas da física? A
resposta se encontra na complexidade do
sistema:..." E o resto do parágrafo explica a resposta
explicitamente.

16) Certo. Coordenadas assindéticas são as que


têm sentido por si só e não são ligadas por
conjunção nenhuma - por isso o uso da vírgula.
25

01) Certo. Antonímia é a relação estabelecida entre


palavras antônimas, ou seja, que têm significados
opostos.
02) Errado. "Trás" indica posição, na parte traseira,
parte de trás, atrás de alguma coisa. "Traz" é uma
conjugação do verbo trazer.
04) Errado. Linguagem conotativa é o uso das
palavras no sentido figurado, não real. A
linguagem usada no texto é a denotativa, que
carrega o sentido literal das palavras, sem margem
para interpretações.

08) Certo. Segundo o dicionário: (adjetivo) Que é


prático, direto; que realiza algo de maneira objetiva
sem se desviar do seu propósito; prático, objetivo,
direto.

16) Certo. Os significados são os mesmos.


09

01) Certo. "Como ninguém consegue se lembrar do


futuro, o tempo anda sempre avante. Mas a situação
não é assim tão simples". Então, o autor passa o
resto do texto explicando que não é possível
resumir a ideia a "o tempo anda sempre avante".
02) Errado. "Isso" nunca vai ser usado para
antecipar algum termo que ainda vai ser dito,
porque é um pronome anafórico. Anáfora é uma
retomada de conceitos ditos anteriormente
(macete: anáfora, anterior). Já a catáfora é a
antecipação de termos que ainda vão ser
apresentados, representada pelo pronome
catafórico "isto". Por exemplo, "isto é o que ele está
sentindo: tristeza.". Nesse exemplo, o pronome
catafórico "isto" está antecipando o termo que
ainda ia ser dito "tristeza", ou seja, é uma catáfora.
Já no exemplo "ele é muito estudioso; isso é muito
importante, porque ele quer ser médico", o
pronome anafórico "isso" retoma a expressão "ele é
muito estudioso", que já foi mencionada na frase.
Para deixar claro, existem diversos pronomes
anafóricos e catafóricos - aliás, os pronomes
relativos são pronomes anafóricos, por retomarem
termos já mencionados -, mas essa diferença entre
"isso" e "isto" é muito importante. Concluindo, Isso
retoma um termo já dito e isto antecipa um termo
novo, que ainda vai ser apresentado.

04) Errado. "A probabilidade que todas as


moléculas de um omelete se realinhem em um ovo
é extremamente pequena, tão pequena que o
fenômeno é altamente improvável". O fenômeno é
"todas as moléculas de um omelete se realinharem
em um ovo"
08) Certo. "Em arte, podemos inventar o futuro no
presente..."; "Em física, a direção do tempo não é
obviamente para a frente..." São dois campos
diferentes de discussão.

16) Errado. "Em arte, podemos inventar o futuro no


presente, “visualizar” o que vai ser e tentar dar vida
a essa visão. O paradoxo, aqui, é que toda criação
depende apenas do passado". "Aqui" indica o
conceito dito, o paradoxo no conceito dito. Não
fala nada sobre local físico.
Vestibular 2019
(inverno)
03

01) Certo. É uma forma comum da palavra "em" na


língua falada, por mais que não exista na norma
culta.
02) Certo. Quem fala "tá acesa" é o menino,
criança, e quem fala "está acesa" é o pai, adulto. É
normal que o garotinho use mais a linguagem
coloquial.
04) Errado. "Tirem ela de lá". Na gramática
normativa, o correto seria "tirem-na de lá", porque
usamos os pronomes oblíquos depois do verbo.
Porém, na linguagem falada, é aceito o uso de
pronomes do caso reto em substituição.
08) Errado. As duas formas indicam a segunda
pessoa (com quem se fala), o que muda nos verbos
é o tempo verbal (passado e presente).

16) Errado. No segundo caso, "você" é o objeto


indireto da frase, e o sujeito é "acordar", a frase
podendo ser reformulada como "acordar custa a
você".
24

01) Errado. É uma expressão, então é usada no


sentido conotativo, figurado. Logicamente, o pai
não tem alguma relação literal com a morte.
02) Errado. " Daí a pouco chega a mãe" e " Não
chega o Nelsinho vir com essa ladainha?". Só o
primeiro caso dá ideia de movimento. No segundo
caso, é equivalente a "basta".
04) Errado. "A mãe" é quem pratica a ação de
chegar, então, é o sujeito. A ordem da frase só está
invertida.

08) Certo. Polissemia é ter vários significados.

16) Certo. Tem o mesmo sentido de "a luz foi


apagada", transformando o sujeito em passivo,
mas, de qualquer forma, ainda é o sujeito. (Quem
apagou? A luz).
27

01) Certo. Discurso direto é a transcrição exata das


falas dos personagens, marcado, muitas vezes, por
travessão.
02) Certo. " Escutou o que eu falei, pai?" e "Eu
acreditei, viu?". Só o primeiro caso espera uma
resposta. O segundo é algo retórico, com o
objetivo não de obter uma resposta, mas de
provocar uma reflexão no interlocutor.
04) Errado "— Ô, pai, cê é de morte!". O uso de
vírgulas é usado para isolar o vocativo, a marca do
interlocutor, de com quem se fala (pai). Aposto é
uma informação a mais sobre um termo.

08) Certo. "— Está bem, Eduardo — disse dona


Marieta, safando-se da água pela mão do filho, e
sempre empunhando a vela que conseguira manter
acesa".

16) Certo. "sua mãe tropeçou, escorregou e foi


parar dentro da piscina" marca uma sequência de
fatos, sim.
23

01) Certo. Podemos saber por conta da conjunção


condicional "se", mas também pela lógica: só não
tem problema porque está acesa; se estivesse
apagada, teria um problema.
02) Certo. " Quando ela sair da piscina, pega a vela
e volta direitinho pra casa". Adjunto adverbial é a
função que o advérbio exerce na frase, e, de fato,
marca o tempo, mostra em que momento ela vai
pegar a vela e voltar pra casa (quando ela sair da
piscina).
04) Certo. "— Mas ela tá lá..." mostra o filho
reafirmando o que disse antes, quando o pai não
entendeu claramente da primeira vez.

08) Errado. "você sabe muito bem que sua avó não
precisa de guia" funciona como objeto direto,
porque o verbo "saber" é transitivo direto, ou seja,
não pede preposição e, além disso, não tem
nenhuma preposição ali na frase.

16) Certo. "Quantas vezes você quer que eu diga


isso? Ou você acha que estou dizendo que
acreditei mas estou mentindo?". A conjunção "ou"
sempre indica alternância; ou uma coisa, ou outra.
04

01) Errado. "É um direito dela" e "Nelsinho falou


direito". Apenas no segundo caso funciona como
adjunto adverbial de modo, já que indica o modo
como ele falou. No primeiro caso, "um direito"
funciona como complemento, não indica
circunstância alguma.

02) Errado. Orações subordinadas relativas são as


orações subordinadas adjetivas, e elas sempre são
iniciadas somente por pronomes relativos. Então,
não tem como uma conjunção integrante iniciar
uma subordinada adjetiva/relativa.
04) Certo. É a mesma coisa de "escuro como breu".

08) Errado. " Eu só não caio porque estou meio


resfriado" e "Falou só que a senhora caiu na
piscina". Nenhum dos casos quer dizer "sozinha". O
primeiro tem um sentido condicional e o segundo
pode ser substituído por "somente".

16) Errado. "Se está acesa, não tem problema" e


"você é que teve um acesso de burrice" . O primeiro
caso pode ser substituído por "não há problema"
ou "não existe problema". Mas, no segundo caso, o
"teve" não tem sentido de existir.
26

01) Errado. "e volta direitinho pra casa" não quer


dizer pequeno, mas tem um sentido de
intensidade, como "volta da melhor forma pra
casa". Também, "fumar um cigarrinho" não quer
dizer que o cigarro é pequeno, mas que é algo
cotidiano, sem muita importância.

02) Certo. É muito cedo; "cedinho" é mais cedo


que "cedo".

04) Errado. Nem é sufixo, "Caminho" é uma palavra


única, não existe sem o "inho".
08) Certo. Forma sintética é a forma resumida.
"Pararia" é a forma mais curta de dizer "ia parar",
mas têm o mesmo significado.

16) Certo. Podemos saber que é um substantivo


porque é precedido por um artigo (a descida).
12

01) Errado. "Entra o garoto". O garoto é o próprio


sujeito, é quem pratica a ação de entrar.

02) Errado. Podemos saber quem é o sujeito por


conta da desinência do verbo, da terminação "ou",
que indica a terceira pessoa. Além disso, pelo
contexto, é possível saber que "ele não explicou",
pois foi mencionado anteriormente.

04) Certo. A próclise, colocação do pronome (me)


antes do verbo (desculpe), pela norma culta, não é
usada em muitos contextos, porém é muito comum
na língua falada mesmo assim.
08) Certo. "você já me contou" e "você está me
enchendo". Podemos saber que, no primeiro caso,
é um objeto indireto, porque o verbo contar é
bitransitivo (contar o que a quem?), então, o "me"
faz papel de complemento pro "a quem?". No
segundo caso, o pronome é objeto direto, porque
o verbo "encher" é transitivo direto.

16) Errado. É uma locução verbal, usada para


marcar o gerúndio e o tempo da oração, então, o
verbo "estar" é um auxiliar. Logo, só é considerado
um verbo; período simples.
07

01) Certo. Pelo contexto, deduzimos que ele se


refere à fala da esposa.

02) Certo. "Aquele diabo não me disse isto".


Podemos deduzir pelo contexto, já que o único
que disse algo para o pai foi Nelsinho.

04) Certo. "Sua mãe tropeçou [...] e foi parar dentro


da piscina [...] tirem ela de lá".
08) Errado. " você sabe que dona Marieta caiu" não
retoma nada, mas funciona como conjunção
integrante, já que a oração subordinada
substantiva iniciada por ela pode ser substituída
por "isso" (você sabe (d)isso?)
16) Errado. "— Está bem, Eduardo — disse dona
Marieta, safando-se da água pela mão do filho, e
sempre empunhando a vela que conseguira manter
acesa. — Mas de outra vez você vai prestar mais
atenção". "Você" se refere a "Eduardo".
11

01) Certo. "Te" faz referência à forma "Tu", em vez


de "você", por isso a mistura.

02) Certo. A próclise sempre vai ser usada depois


de palavras negativas. Palavras negativas atraem o
pronome.

04) Errado. "Não chega o Nelsinho vir com essa


ladainha?" indica o verbo "vir", de ir aonde eu
estou.
08) Certo. " É um direito dela." Indica a posse. Ela
possui o direito. Por isso, um pronome possessivo.
16) Errado. A crase antes de pronomes possesivos
femininos é facultativa.
14

01) Errado. "É melhor você deitar logo" indica


quando é melhor deitar.
02) Certo. "— Vó tá com uma vela.
— Pois então? Tudo bem. Depois ela acende [a
vela]"
04) Certo. Logicamente, alguém não comunicaria
algo assim sem pedir ajuda junto.
08) Certo. Pode ser substituído por "ela pode
morrer"
16) Errado. "Bem, não vamos discutir por causa de
uma bobagem" não indica modo nenhum, mas
uma forma de fechar o assunto.
Vestibular 2018
(verão)
07

01) Certo. Ambos passam essa mensagem.


02) Certo. Antonímia é a relação estabelecida entre
palavras antônimas, ou seja, palavras com sentidos
opostos (como feliz e triste)
04) Certo. É o que se percebe ao ler os textos.
08) Errado. O primeiro texto não apresenta humor
nem críticas à sociedade que menospreza o idoso.
16)Errado. A tirinha (texto 2) apresenta
explicitamente o discurso direto, com as falas dos
personagens e usando travessões.
21
01) Certo. Armandinho geralmente representa a
visão das crianças
02) Errado. Ele só avisou a mãe sobre o
acontecimento, não há falta de respeito alguma em
sua fala.
04) Certo. Ele desafia a postura individualista (que
não se importa com os outros) da mãe, abrindo um
espaço para reflexão.
08) Errado. Não há ingenuidade alguma na fala da
criança e a única coisa problematizada ali é o
individualismo da mãe.
16) Certo. Interpretação no sentido de "é melhor
para quem?"
25

01) Certo. Semântico tem relação ao sentido,


então, sim, tem um sentido de cada vez mais afeto.
02) Errado. Dá um sentido de concessão, de
"embora não tenha degraus, eles sobem escada".
De coisas opostas, mas que não impedem a outra
de acontecer (isso é concessão), no caso,
logicamente, se não tem degraus, não tem como
subir a escada; então, são coisas contraditórias,
mas que coexistem, uma informação não impede a
outra de acontecer.
04) Errado. Sempre que a alternativa disser
palavras extremistas, como "somente, nunca,
sempre, apenas...", desconfie!! Na grande maioria
das vezes, a alternativa está errada. No caso, o "e"
pode até significar adição de ideias, mas não só
isso.
08) Certo. Sabemos que é de finalidade, porque é
possível substituir, se não entender pela lógica, "a
enfermeira fazia a manobra da cama para a maca,
buscando repor os lençóis", por "a enfermeira fazia
a manobra da cama para a maca, com a
finalidade/ com o objetivo de repor os lençóis". E
são orações justapostas, porque são orações que
dependem da outra para fazer sentido, mas não
são ligadas por conjunção.
16) Certo. Lembrando, pronome possessivo indica
posse (seu, sua, dele, dela...). "Meu amigo José
Klein acompanhou o pai até seus derradeiros
minutos. [...] Reuniu suas forças e pegou pela
primeira vez seu pai no colo. Colocou o rosto de
seu pai contra seu peito. [...] Ficou segurando um
bom tempo, um tempo equivalente à sua infância,
um tempo equivalente à sua adolescência, um bom
tempo, um tempo interminável".
19

01) Certo. "...e a ordem natural não tem sentido: é


quando o filho se torna pai de seu pai". A afirmação
após os dois pontos esclarece o que faz a ordem
natural não ter sentido etc.
02) Certo.
04) Errado. "Como não previmos que os pais
adoecem" é uma oração subordinada substantiva,
já que é iniciada por uma conjunção integrante.
Orações subordinadas adjetivas são iniciadas por
pronomes relativos, que retomam um termo e
podem ser substituídos por "o qual" e suas
variações.
08) Errado. É uma oração subordinada substantiva
relativa, que tem o sentido de complemento direto,
nesse caso.

16) Certo. O sentido é conotativo, já que é


figurado, ou seja, não literal (não tem realmente
braços ali).
23

01) Certo. De acordo com a norma culta, nunca se


começa frase com pronome, então, o
recomendado é o uso da ênclise. Porém, na
linguagem mis liberta, e normal.

02) Certo. A estrutura básica de uma oração é


sujeito-verbo-complemento. No caso, a oração já
começa com um verbo e um predicativo
(complemento), então, falta o sujeito.

04) Certo. Ainda é possível identificar, mesmo que


a vírgula isolando o vocativo seja uma regra.
08) Errado. "Observaremos cada detalhe com
pavor" se refere ao modo como eles observarão
cada detalhe.
16) Certo. "Como não previmos que os pais
adoecem e precisariam da gente?"
13
01) Certo. "Melhor pra gente" "e pra velhinha?" são
marcas de informalidade. O formal seria o uso de
"para".
02) Errado. "O que um pai quer apenas ouvir no fim
de sua vida é que seu filho está ali" se refere a estar
ao lado do pai.
04) Certo. É a definição do pretérito imperfeito, o
tempo no qual o verbo fazer está conjugado
08) Certo. "Meu amigo José Klein acompanhou o
pai até seus derradeiros minutos". Derradeiro é
sinõnimo de "último". É perceptível o apreço do
autor pela ação do amigo.
16) Errado. Tem função de advérbio, porque é o
modo como ele dizia, apresenta uma circunstância.
Adjetivo caracteriza substantivos.
17

01) Certo. São todos exemplos comoventes de


como a velhice chega.
02) Errado. "melhor pra gente, mas e pra velhinha?".
Existe, claramente, um sentido de oposição.
04) Errado. Outrora significa "em tempos antigos",
"antigamente". O oposto de agora.
08) Errado. Armandinho não concorda com a mãe
16) Certo. "aquele pai, que antigamente mandava
e ordenava, hoje só suspira". Os advérbios de
tempo mostram quando as coisas aconteceram.
14
01) Errado. " já não tem como se levantar sozinho."
e "É quando o pai envelhece e começa a trotear
como se estivesse dentro de uma névoa". A
primeira frase não tem valor de comparação, mas
tem sentido de "não tem jeito de se levantar".
02) Certo. "É quando o pai envelhece e começa a
trotear como se estivesse dentro de uma névoa.
Lento, devagar, impreciso." É coordenação, porque
são termos independentes entre si, mesmo que
façam referência à mesma coisa.
04) Certo. "É quando aquele pai, que antigamente
mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme" (e
não faz muito mais coisa além disso)

08) Certo. "e, só procura onde é a porta e onde é a


janela – tudo é corredor, tudo é longe." (tudo é
igual)

16) Errado. É um período composto por


coordenação, assindético, porque são duas
orações independentes entre si, que fazem sentido
por si só, e são ligadas por vírgula, não por uma
conjunção.
03
01) Certo. "E nós, como filhos, não faremos outra
coisa senão trocar de papel".
02) Certo. É linguagem conotativa, figurada,
porque não é nem possível alguém ser
literalmente, na linguagem denotativa, pai da
morte de alguém.
04) Errado. "Nosso" se refere à segunda pessoa do
plural (nós).
08) Errado. A preposição "em" é usada para se
referir a lugares ("lugar em que tal coisa
aconteceu). Nesse caso, "ser confiado a nós" não
pede preposição nenhuma (O que foi confiado a
nós?)
16) Errado. "de retribuir o amor com a amizade da
escolta" completa o sentido de "retribuir".
11

01) Certo. "A barra é emblemática". Predicativo do


sujeito é toda caraterística que vem depois de um
verbo de ligação (é).
02) Certo. Hipérbole é o exagero de alguma
informação.
04) Errado. ".E assim como mudamos a casa para
atender nossos bebês, [...] vamos alterar a rotina dos
móveis para criar os nossos pais" é uma
comparação, pode ser substituída por "da mesma
forma que".
08) Certo. "os pés idosos de nossos protetores. Não
podemos abandoná-los"
16) Errado. Locuções sempre serão mais informais
que a forma futura do verbo.
Vestibular 2018
(inverno)
08

01) Errada. “Já sei que o futebol nem sequer no


Brasil desperta hoje aquela paixão dos tempos em
que este país ganhava uma Copa atrás da outra e
se identificava com a bola bem jogada. Já sei que
o futebol, paixão quase universal, carregada de
símbolos, foi profanado por corruptos da FIFA”.
Não tem nada a ver com as eleições presidenciais
de 2018, e sim com a corrupção da FIFA.
02) Errado. Novamente, cuidado com as palavras
radicais (certamente, nunca, sempre…), na maioria
das vezes a questão está errada. “o resultado da
seleção na Copa da Rússia, hoje nas mãos de Tite,
um treinador discreto e com pulso firme, poderia
influenciar positiva ou negativamente as eleições”
(linha 15), ou seja, não é certeza alguma o fato de o
brasileiro saber escolher pacificamente o
presidente
04) Errado. As palavras não são apresentadas
juntas, como uma oposição à anterior, e sim ao
longo do texto.
08) Certo. Fala sobre as eleições e a copa do
mundo de 2018
16) Errado. O autor deixa claro que precisamos de
um presidente normal “Normal significa que não
precisa ser um herói, nem um santo, nem um
messias…”
28

01) Errado. "2018: um novo presidente e uma nova


Copa do Mundo para recompor o Brasil? " não diz
nada sobre melhorar o futebol, e sim, talvez, o
Brasil.
02) Errado. "Novo presidente" dá a ideia de um
presidente diferente, que ocupou o cargo agora.
Diferente seria se estivesse escrito "presidente
novo", que também pode dar a ideia de novo em
seu cargo, mas é mais fácil relacionar com a idade.
04) Certo. Normalmente, os autores utilizam esse
recurso para que as pessoas fiquem curiosas e
leiam o texto todo em busca da resposta do título,
então, é lógico que a resposta esteja no texto.
08) Certo. Se algo precisa se recompor, é porque
está numa situação pior do que antes.
16) Certo. Indica o ano em que acontece os
eventos em questão, situando o leitor no tempo.
19

01) Certo. Futuro do presente do indicativo indica,


de fato, uma ação que acontecerá depois do
momento presente, em que se fala, e, nos dois
casos, são indicados acontecimentos que
acontecerão após o início do ano.

02) Certo. O pretérito imperfeito do indicativo,


marcado pela terminação "ava", indica um fato que
acontecia com frequência no passado. "Tempos
em que este país ganhava uma Copa atrás da outra"
04) Errado. Esses verbos estão no futuro do
pretérito, que indica possibilidade e incerteza. "A
Copa deste ano poderia influenciar as eleições
presidenciais" não dá nenhum tipo de certeza,
poderia ou não poderia, deixa aberto para as
possibilidades.
08) Errado. É utilizado, nesse caso, para indicar
uma verdade absoluta, não um hábito.
16) Certo. É comum a presença de "que" ou "se" no
modo subjuntivo, que, dentre outros usos, indica
desejo.
13

01) Certo. "e terão lugar dois acontecimentos que


tocam na alma das pessoas: será eleito um novo
presidente da República, [...] e será o ano em que a
seleção de futebol tentará a desforra, na Copa da
Rússia"
02) Errado. "Já sei que o futebol, paixão quase
universal, carregada de símbolos, foi profanado por
corruptos da FIFA. Mas, ainda assim, continua vivo
nas veias de milhões de brasileiros". Apresenta uma
ideia contrária.
04) Certo. "Neste ano as urnas serão um termômetro
para saber até onde chega a febre de desalento dos
brasileiros"
08) Certo. "e nas mãos de Tite, um treinador discreto
e com pulso firme".
16) Errado. A próclise, cuja definição está correta, é
obrigatória, porque, pela regra, o pronome relativo
"que" atrai o pronome.
11

01) Certo. Sentido conotativo é o sentido figurado,


ou seja, não é literalmente um termômetro, mas foi
usado esse termo para simbolizar que as urnas
medirão, como um termômetro.

02) Certo. Desalento = falta de alento; desgoverno


= falta de governo, mau governo; descaramento =
ausência de vergonha.
04) Errado. "E, embora possa parecer estranho, o
resultado da seleção na Copa [...] poderia
influenciar positiva ou negativamente as eleições" é
uma conjunção concessiva, poderia ser substituída
por "mesmo que", mas "uma vez que" é explicativa,
podendo ser o mesmo de "porque".

08) Certo. "poderia ser um remédio que reanimasse


o desejo de querer renovar também a política" é
uma oração subordinada adjetiva restritiva, porque
começa com um pronome relativo, referindo-se a
"remédio", e conta uma informação sobre ele que o
torna único, diferente de um remédio qualquer.

16) Errado. As aspas simples foram usadas porque


as duplas já estavam sendo usadas para destacar o
trecho. No texto, são usadas aspas duplas
normalmente.
22

01) Errado. "até onde chega a febre de desalento


dos brasileiros com a política e seus desejos de
renovação." Não tem nada a ver com "as coisas",
termo da outra oração. Esse pronome relativo é
anafórico, ou seja, retoma um termo que já foi dito
(brasileiros). Catáfora é antecipar ou anunciar uma
expressão ainda não usada.
02) Certo. "Já sei que o futebol, paixão quase
universal, carregada de símbolos, foi profanado por
corruptos da FIFA. Mas, ainda assim, [o futebol]
continua vivo nas veias de milhões de brasileiros".
Elipse é a omissão de um termo subentendido pelo
contexto.
04) Certo. "Uma nova derrota como a de 2014
acabaria azedando ainda mais os ânimos da
sociedade. [...] Não podemos esquecer que foi,
curiosamente, a partir do desastre da última Copa,
com as vaias a Dilma no Maracanã, que se agudizou
a crise política"
08) Errado. São adições de ideias voltadas ao
mesmo objetivo.
16) Certo. "Um presidente normal, que não precise
de grande biografia, como a maioria dos que
governam o destino dos países com a maior
qualidade de vida" compara a biografia do
presidente normal e a biografia da maioria dos que
governam os outros países.
09

01) Certo. "Um presidente normal, que não precise


de grande biografia" Como o "que" é um pronome
relativo, pode, sim, ser substituído por "o qual", que
também se referiria a "um presidente normal".
02) Errado. "Na simbologia cabalística judaica, o
número 18 representa a vida. Então, feliz 2018! Que
seja o ano em que o Brasil ressuscite com um novo
instinto de vida deixando para trás a aborrecida
caravana dos resignados" não diz nada sobre a
Copa e as eleições.
04) Errado. É totalmente inviável colocar uma
vírgula após o "que", já que é uma ideia só e não
tem o que isolar. Além disso, não traria ênfase
alguma ao "não".

08) Certo. "Simplesmente, uma pessoa preparada,


séria e honesta, disposta a pensar mais no país do
que em seus privilégios de hoje e de amanhã.
Existe?"

16) Errado. No segundo caso, o "se" é uma


conjunção condicional, ou seja, expressa uma
condição (só há menos pobres e analfabetos se
existir algum). No primeiro caso, a partícula "se"
funciona como índice de indeterminação do
sujeito.
06

01) Errado. O tipo de discurso é o discurso direto,


porque é a fala exata do autor entre aspas.

02) Certo. Funciona como repertório externo, com


o intuito de dar mais credibilidade ao argumento
do autor do texto.

04) Certo. "O Brasil, pelo que conheço nos meus 20


anos de vida aqui escrevendo sobre ele, me parece
um país rico e complexo internamente, uma mistura
de tantas experiências sedimentadas ao longo de
séculos, embora hoje profundamente
decepcionado".
08) Errado. "Embora" é uma conjunção concessiva,
e "porém" é uma conjunção adversativa. Ou seja,
têm significados diferentes, então, não podem ser
substituídos um pelo outro e, ainda, manter o
significado do trecho.
16) Errado. "E essa decepção já foi plasmada pelo
grande Guimarães Rosa, em Grande Sertão:
Veredas" aqui, "plasmada" tem sentido de
"construída", "organizada", "retratada". "Tachar"
significa atribuir defeitos, tornar alvo de críticas.
Não caberia aqui.
17

01) Correto. 'Pois" é um sinônimo de "porque", e é


antecedido por vírgula, para introduzir uma
explicação.

02) Errado. "Portanto" indica uma conclusão, como


se, já que o ano será uma data especial, ocorrerão
dois acontecimentos. Porém, isso muda o sentido
original, que quer dizer que os dois
acontecimentos são o motivo por que o ano será
especial.
04) Errado, "à medida que" indica um
acontecimento gradual, por exemplo, "à medida
que subimos as escadas, ficamos cansados", é
uma ideia proporcional. No enunciado do
exercício, o sentido é de causa.

08) Errado. "Contudo" é uma conjunção


adversativa, Também não é o mesmo sentido do
enunciado.

16) Certo. A oração indica uma informação sobre o


novo ano, que atribui o sentido do enunciado.
01) Certo. "o Brasil parece estar precisando é de um
presidente normal. Sim, normal, não tocado pelo
lixo da corrupção, com capacidade e sabedoria
para levantar os ânimos de um país em depressão e
de reunificar os que a degradação da política levou
a se enfrentarem duramente". (linha 41)

02) Certo. "Que seja o ano em que o Brasil


ressuscite com um novo instinto de vida deixando
para trás a aborrecida caravana dos resignados."
(linha 96) "desejo de querer renovar também a
política para recomeçar, com gente nova, um
processo mais limpo e com mais vontade de mudar
as coisas". (linha 31)
04) Errado. "Por sua vez, o autor de um dos livros
mais enigmáticos da Bíblia, Eclesiastes, escreveu há
mais de três mil anos algo que todos deveríamos
recordar neste momento de transição" ele só é
mencionado como repertório externo.

08) Errado. Ele menciona os poetas, menciona que


o país era rico culturamente, mas não faz essa
relação entre eles.

16) Errado. "A Copa deste ano poderia influenciar as


eleições presidenciais. Uma nova derrota como a de
2014 acabaria azedando ainda mais os ânimos da
sociedade." (linha 26) Não disse isso, o povo só se
empenha menos na política, mas não há relação
entre a copa e a decepção com os políticos.
Vestibular 2017
(verão)
18
01) Errado. Para substituir o "onde" por "que",
precisaria da preposição "em", já que se trata de
um lugar. "É entrar numa sala em que outras
pessoas também aguardam na fila".
02) Certo. "Ele ama de paixão as hierarquias e as
gradações que estão em toda parte".
04) Errado. "não é saber que tudo tem um dono". É
uma subordinada substantiva, porque o "que" atua
como conjunção integrante, e a oração pode ser
substituída por "isso" (não é saber isso).
Subordinadas adjetivas são iniciadas por
pronomes relativos e apresentam informações
adicionais sobre a oração principal.
08) Errado. "amizades que nos impedem de dizer
não". A falta da vírgula mostra que está falando
sobre as amizades que nos impedem de dizer não,
deixando de lado todas as outras amizades - que
não impedem . Se colocássemos uma vírgula
depois de "amizades", estaríamos dizendo que
todas as amizades nos impedem de dizer não, já
que seria uma característica de "amizades", no
geral. Esse é o fundamento das orações
subordinadas adjetivas (existem duas: as restritivas
e as explicativas). Com vírgula, a oração (que nos
impedem de dizer não) é uma explicação do termo
(amizades), englobando o geral dele. Sem vírgula,
a oração restringe o termo, torna ele único,
diferente dos outros que possam existir (as
amizades que nos impedem de dizer não são
diferentes das outras amizades que não impedem
de dizer não). Por isso, causaria, sim, mudança de
sentido.

16) Certo. "confirma a nossa ontologia segundo a


qual (Segundo a nossa ontologia,) “conhecer” ou
relacionar-se pessoalmente é um modo de estar
num mundo ordenado por ricos e pobres"
27

01) Certo. "Em nossas leis sobram privilégios,


penachos, recursos, isenções..."

02) Certo. "No Brasil, a igualdade é vivida como


uma ofensa ou um castigo." Já que a ordem
genérica é sujeito-verbo-complemento, o adjunto
adverbial de lugar (no Brasil), que seria um
complemento, deveria estra no final. Como não
está, é necessário estar isolado por vírgula.
04) Errado. "Empobrecemos, mas 'temos berço'" A
vírgula antes de conjunções adversativas é
obrigatória.
08) Certo. "'conheci Frank Sinatra quando ele
morava em Hoboken e era um merdinha'"; ou, “esse
eu conheço!'" No caso, enumera falas.
16) Certo. "Nossa questão mais angustiante, o que
eventualmente nos tira do sério, não é saber que
tudo tem um dono, e dele receber ordens. Não! É
entrar numa sala onde outras pessoas também
aguardam na fila"
28

01) Errado. "Ele ama de paixão as hierarquias" O


verbo "amar" é transitivo direto, porque pede
complemento sem preposição (quem ama ama
alguma coisa; ele ama o que? - não há preposição
aqui). "De paixão" é um complemento para
demonstrar a intensidade com que se ama, mas o
objeto direto do verbo amar é "as hierarquias".
02) Errado. "Em nossas leis sobram privilégios,
penachos, recursos, isenções..." o verbo concorda
com privilégios, penachos etc. O que sobram?
Privilégios. Privilégios sobram em nossas leis.
Privilégios sobram em nossa lei (perceba que não
há como concordar com "nossas leis", já que o
verbo permanece no plural quando isso muda para
o singular.)
04) Certo. O uso de ter + particípio (forma do verbo
terminado em -do) indica justamente isso. Eu
tenho feito, ela tem assistido, eles têm treinado...
são todas coisas que tiveram início no passado e
acontecem até hoje.
08) Certo. "mapear com precisão genealogias
familísticas" = mapear precisamente genealogias
familísticas. É o modo como são mapeadas.
16) Certo. "Sempre fomos dinamizados por elos
pessoais oficializados e legais" Agente da passiva é
quem realiza a ação sofrida pelo sujeito quando a
frase está em voz passiva.
09

01) Certo. "Conforme tenho salientado no meu


trabalho e nesta coluna, o Brasil não tem problemas
com a desigualdade." = Como tenho salientado no
meu trabalho e nesta coluna, o Brasil não tem
problemas com a desigualdade.
02) Errado. “conheci Frank Sinatra quando ele
morava em Hoboken e era um merdinha” (linha 21)
e "Quando indiciados, viramos vítimas de uma
maldosa igualdade republicana!" (linha 40). No
primeiro caso, indica o tempo (em qual tempo a
pessoa conheceu Frank)
04) Errado. É uma adição de informações: Ele
morava em Hoboken E ele era um merdinha. Não
tem oposição nenhuma nisso.

08) Certo. "...somos todos parentes e amigos. Não


somos como todo mundo. Saiu ao pai ou ao avô...
Merece a nomeação. Ademais, é afilhado do
presidente e tem “pinta” e “jeito” de alto
funcionário: não vai fazer feio." A consequência é
merecer a nomeação e a causa é ter saído ao pai
ou ao avô. Merece a nomeação porque saiu ao pai
ou ao avô.

16) Errado. "mapear com precisão genealogias


familísticas, poder dizer com um riso superior —
“conheci Frank Sinatra quando ele morava em
Hoboken e era um merdinha”; ou, “esse eu
conheço!” — confirma a nossa ontologia" tem valor
de adição de informações, de exemplos.
05

01) Certo. "Ele ama de paixão as hierarquias e as


gradações que estão em toda parte. Em nossas leis
sobram privilégios, penachos, recursos, isenções...
Nossa formação nacional teve no escravismo, no
patrimonialismo aristocrático e no compadrio das
casasgrandes e nos grandes apartamentos dos
“bairros nobres” de nossas cidades o seu centro e
razão. Não é fácil ser igualitário com essa folha
corrida" (linha 4)
02) Errado. "“conhecer” ou relacionar-se
pessoalmente é um modo de estar num mundo
ordenado por ricos e pobres, superiores e
inferiores, homens e mulheres, brancos e negros,
limpos e sujos. O modo de navegação social
confirma um universo ordenado em camadas e é
melhor você estar 'por cima'" (linha 24) Ele não diz
nada sobre ser contra os relacionamentos
pessoais, nem que eles contaminam algo. Só disse
que estão inseridos nesse sistema.
04) Certo. "Não é fácil ser igualitário com essa
folha corrida. Sempre fomos dinamizados por elos
pessoais oficializados e legais. Nosso projeto de
vida funda-se no arrumar-se e no “subir na vida”.
Alcançar o baronato — ser alguém —, “virar
famoso” e, do alto da sua celebrização, ter direito a
fazer tudo sem ser molestado pelo bando de
caretas que, infelizmente, não são como nós"
08) Errado. "O anonimato associado à cidadania
nos perturba. Para nós, o maior castigo não é a
prisão, é saber que somos iguais a todo mundo
porque burlamos a lei que foi feita para todos,
menos para nós." Não menciona apagamento
social.
16) Errado. "e outras pessoas também aguardam na
fila, e todos se olham com uma ofensiva indiferença
porque ninguém sabe quem é quem" o olhar é de
indiferença.
07

01) Certo. "A 'aparência'. Eis um traço merecedor de


um tratado de sociologia. Meu mentor harvardiano,
Richard Moneygrand, dizia que a “luta das
aparências” (e das recomendações e empenhos) é
tão ou mais importante do que a luta de classes no
Brasil..." Função anafórica é retomar alguma
expressão já dita. Função catafórica é se referir a
um termo que ainda vai ser apresentado.
02) Certo. "Meu mentor harvardiano, Richard
Moneygrand, dizia que a 'luta das aparências' (e das
recomendações e empenhos) é tão ou mais
importante do que a luta de classes no Brasil..."

04) Certo. "— Logo vi que era “gentinha”..."

08) Errado. "Nosso inferno não são os “palácios”


onde poucos entram, todos se conhecem e sabem
dos seus lugares, mas os espaços abertos.
Sobretudo quando temos que esperar o sinal para
caminhar e sentir como todo mundo! " Palácios está
entre aspas, porque é uma metáfora, usado na
forma figurada, para representar os locais que só a
elite frequenta.
16) Errado. "A “aparência”. Eis um traço merecedor
de um tratado de sociologia." Não caberia um
ponto e vírgula ali.
22

01) Errada. "— Logo vi que era “gentinha”... — Você


viu o “jeito” dele (ou dela)? Descobri imediatamente
quem era pelo modo como ele (ou ela) se sentou,
comeu e falou. — Você viu a roupa? Notou o
sapato? Atinou para a sujeira das unhas?"
Novamente, palavras como "somente", "sempre"
etc normalmente tornam a alternativa errada. É
óbvio que a desigualdade não está relacionada
apenas à discriminação social.
02) Certo. "— Eu até que tolero a pobreza, mas não
me conformo com falta de limpeza. Um pobre
precisa ser limpo. Sobretudo se for preto..."

04) Certo. "— Eu sei que não sou e jamais vou ser
todo mundo! — diz o magistrado do Tribunal
Supremo."

08) Errado. "— Não entro em fila! Não tenho


paciência para esperas imbecis. Pago a um criado
para tanto. Tenho que cuidar do meu projeto
político socialista, que é urgente e está atrasado.
Como é que eu vou ter tempo para ser como os
outros? " É um discurso direto e não é a voz do
autor.

16) Certo. "Hoje assistimos às tramas para impedir a


realização da igualdade que, para muitos
poderosos, foi longe demais igualando quem
deveria estar acima da lei. — Como ser como todo
mundo numa sociedade marcada por privilégios?
Qual a fórmula do viver democrático e igualitário?"
19

01) Certo. "É justo nesse “todo mundo” que jaz,


como um cadáver oculto, o nosso problema." "O
nosso problema jaz como um cadáver oculto".
02) Certo. " Um pobre precisa ser limpo. Sobretudo
se for preto..." (especialmente se for preto); "Nosso
inferno não são os “palácios” onde poucos entram,
todos se conhecem e sabem dos seus lugares, mas
os espaços abertos. Sobretudo (especialmente)
quando temos que esperar o sinal para caminhar e
sentir como todo mundo!"
04) Errado. "Como ser como todo mundo?" O
segundo uso representa uma comparação e o
primeiro, ua pergunta.
08) Errado. "É justo nesse “todo mundo” que jaz,
como um cadáver oculto, o nosso problema. Pois
como ser como todo mundo se mamãe nos criou
para ser ministro?" não tem a ver com ocupar o
início de uma pergunta, ele introduziria uma
explicação de qualquer forma.
16) Certo. "Nosso inferno não são os “palácios”
onde poucos entram, todos se conhecem e sabem
dos seus lugares, mas os espaços abertos" Uma
ideia contrária, uma correção da anterior. Pode ser
usado "e sim" no lugar de "mas".
03

01) Certo. "A República proclamada sem um viés


igualitário só tem a perna da liberdade." e "Só grita
quem pode"
02) Certo. "A República proclamada sem um viés
igualitário só tem a perna da liberdade. A [perna] da
igualdade que, ao lado da fraternidade, regularia o
seu caminho, nasceu atrofiada e até hoje
permanece torta." Elipse é a omissão de um termo.
04) Errado. Esse tempo verbal indica uma ação que
poderia/deveria ter acontecido, mas não
aconteceu, ou seja, não tem certeza de nada que
vai acontecer.
08) Errado. "A da igualdade que, ao lado da
fraternidade, regularia o seu caminho, nasceu
atrofiada" está qualificando "perna", a perna da
igualdade, termo que foi omitido pela elipse.
16) Errado. É o modo imperativo, que indica uma
ordem ou um pedido ("aprenda").
12

01) Errado. O autor passa o texto todo falando


como não há um tratamento igualitário, já que
existem classes privilegiadas. "— Como ser como
todo mundo numa sociedade marcada por
privilégios? Qual a fórmula do viver democrático e
igualitário?"

02) Errado. A oração que vem após o "mas" ou


qualquer conjunção adversativa é a que importa
mais. Por exemplo, "ela é egoísta, mas é legal" e
"ela é legal, mas é egoísta". Vemos claramente que
o termo que se destaca é sempre o segundo.
04) Certo. "A liberdade de gritar, de confrontar, é
reveladora. Só grita quem pode, e calar é sinal de
juízo e respeito." (linha 85)

08) Certo. "Hoje assistimos às tramas para impedir a


realização da igualdade que, para muitos
poderosos, foi longe demais igualando quem
deveria estar acima da lei." É um advérbio de tempo.

16) Errado. Ele menciona isso de forma irônica.


"Como, então, seguir as normas de urbanidade
deste nosso mundo urbano? — Não entro em fila!
Não tenho paciência para esperas imbecis. Pago a
um criado para tanto. Tenho que cuidar do meu
projeto político socialista, que é urgente e está
atrasado. Como é que eu vou ter tempo para ser
como os outros?"
Vestibular 2017
(inverno)
14

01) Errado. Não há clímax algum, ele só está


explicando como é o may be man. "Sem chegar a
ser chave para nada, o May be man ocupa lugares-
chave no Estado. Foi-lhe dito para ser do partido.
Ele aceitou por conveniência. Mas o May be man
não é exatamente do partido no Poder. O seu
partido é o Poder. Assim, ele veste e despe cores
políticas conforme as marés. Porque o que ele é não
vem da alma. Vem da aparência"
02) Certo. "Existe o Yes man. Todos sabem quem é
e o mal que causa. Mas existe o May be man. E
poucos sabem quem é. Menos ainda sabem o
impacto desta espécie na vida nacional."
04) Certo. Estilo reiterativo é o que tende a repetir,
reafirmar sempre. "Existe o Yes man. Todos sabem
quem é e o mal que causa. Mas existe o May be
man. E poucos sabem quem é. Menos ainda
sabem o impacto desta espécie na vida nacional"
08) Certo. "O May be man é utilíssimo no país do
talvez e na economia do faz de conta. Para um país
sério não serve."
16) Errado. Não há retomada de enunciados.
07

01) Certo. Ele retrata como é percebido o may be


man na sociedade e critica isso, expõe seu ponto
de vista.
02) Certo "* Escritor moçambicano com uma
extensa produção literária, incluindo poemas,
contos, romances e crônicas. Suas obras se
encontram traduzidas em mais de vinte países."
(está na nota de rodapé).
04) Certo. "O nosso Estado está cheio deles, do
topo à base. Podíamos falar de uma elevada
densidade humana. Na realidade, porém, essa
densidade não existe. Porque dentro do May be
man não há ninguém." , "Assim, ele veste e despe
cores políticas conforme as marés. Porque o que ele
é não vem da alma. Vem da aparência."

08) Errado. "Devia tomar decisões. Não toma.


Simplesmente, toma indecisões. A decisão é um
risco. E obriga a agir. Um “talvez” não tem
implicação nenhuma, é um híbrido entre o nada e o
vazio."

16) Errado. O talvezeiro nem opinião tem, ele só


apoia o que o beneficia, independente do que
seja. "Curiosamente, o “talvezeiro” é um veemente
crítico da corrupção. Mas apenas quando beneficia
outros. A que lhe cai no colo é legítima, patriótica"
19

01) Certo. O uso da terceira pessoa do plural é


marca de sujeito indeterminado, já que não
sabemos quem fez, nem por dedução ou análise
de desinência.
02) Certo. "Nessa fluidez se afirma a sua
competência: ele sai dos princípios, esquece o que
disse ontem, rasga o juramento do passado."
04) Errado. É uma ironia para se referir ao may be
man, quem estamos criticando.
08) Errado. Da forma como está escrito no texto, a
ênfase vai para "agradar o dirigente". Invertendo a
ordem dos termos, a ênfase muda de lugar, o que
prejudica o sentido da frase.

16) Certo. Elipse é a omissão de um termo.


"Curiosamente, o “talvezeiro” é um veemente crítico
da corrupção. Mas apenas quando beneficia outros.
A que lhe cai no colo é legítima, patriótica e
enquadra-se no combate contra a pobreza"
13

01) Certo. ", o “talvezeiro” é um veemente crítico da


corrupção. Mas apenas quando beneficia outros"
Oposição, porque, quando o beneficia, ele não é
crítico da corrupção; restrição, porque restringe o
ser crítico da corrupção a quando beneficia outros,
além dessa ocasião, ele não é crítico.
02) Errado. "Portanto" é uma conjunção de
conclusão, "mas" é uma conjunção adversativa.
Logo, nunca poderiam ser substituídos um pelo
outro.
04) Certo. "Governar é, para o May be man, uma
oportunidade de negócios. De “business”, como
convém hoje dizer. Curiosamente, o “talvezeiro” é
um veemente crítico da corrupção."
08) Certo. São expressões típicas do meio dos
negócios, meio pelo qual o may be man vive a
vida.
16) Errado. É uma relação de causa. "Como não
tem muito para negociar, como já se vendeu terra e
ar, ele vende-se a si mesmo." Equivalente a "já que".
Ele vende-se a si mesmo porque não tem muito
para negociar, por essa causa, esse motivo.
08

01) Errado. Primeiro, é uma linguagem conotativa,


porque não quer dizer literalmente que ele
engraxa botas. Segundo, esse é um
comportamento do may be man.
02) Errado. É justamente o contrário, ele nem tem
uma filiação política.
04) Errado. "Afinal, o May be man é mais cauteloso
que o andar do camaleão: aguarda pela opinião do
chefe, mais ainda pela opinião do chefe do chefe".
Não é uma qualidade positiva e funciona como
predicativo do sujeito, já que é uma característica
que passa por um verbo de ligação.
08) Certo. Conotação, porque é modo de falar, não
é literalmente ma luz verde vinda dos céus.
"aguarda pela opinião do chefe, mais ainda pela
opinião do chefe do chefe. Sem luz verde vinda dos
céus, não há luz nem verde para ninguém."
16) Errado. A gradação é a enumeração de
acontecimentos. Tem o intuito de enfatizar as
ideias numa frase de ritmo crescente, até atingir o
clímax (grau máximo).
28

01) Errado. "Sem chegar a ser chave para nada, o


May be man ocupa lugares-chave no Estado" Não
poderia ser substituída por um ponto final, porque
são orações que se complementam, são uma ideia
contínua. Além disso, como há uma inversão na
ordem da frase, a vírgula é obrigatória.
02) Errado. Na linha 7, as aspas marcam esse termo
novo, mas, na linha 49, só marcam a citação do
princípio "O May be man entendeu mal a máxima
cristã de “amar o próximo”."
04) Certo.
08) Certo. "Afinal, o May be man é mais cauteloso
que o andar do camaleão: aguarda pela opinião do
chefe, mais ainda pela opinião do chefe do chefe." e
"atua como polícia de trânsito corrupto: em nome
da lei, assalta o cidadão" ambas exmplicam a
oração anterior aos dois pontos.
16) Certo. "Há investimento à vista? Ele complica
até deixar de haver. Há projeto no fundo do túnel?
Ele escurece o final do túnel."
11

01) Certo. É perceptível que o segundo enunciado


completa o primeiro.
02) Certo. Dá até para substituir nas frases.
04) Errado. No primeiro caso, tem todo o
significado cristão, de respeito e amor etc. No
segundo caso, significa que o may be man puxa o
saco do líder que vier a seguir.
08) Certo. O uso de "entende" seria aceito, já que é
uma ação que dura no presente.
16) Errado. Modifica "entendeu", é a forma como
ele entendeu.
03

01) Certo. Fica claro durante todo o texto.


02) Certo. Há uma derivação sufixal, que forma
palavras novas adicionando sufixos a elas.
04) Errado. Se não tivesse mencionado o nome em
inglés, não seria possível fazer algumas analogias e
comparações que fez, por exemplo, com o yes
man. Então, não foi aleatório.
08) Errado. O que marca indecisão é o talvez.
16) Errado. O futuro do pretérito nunca apresenta
certeza ou segurança, é sempre uma hipótese.
05

01) Certo. "O May be man é utilíssimo no país do


talvez e na economia do faz de conta. Para um país
sério não serve" É super útil.
02) Errado. O may be man existe, mas só serviria
nesses cenários inexistentes.
04) Certo. "O May be man é utilíssimo no país do
talvez e na economia do faz de conta, porém, para
um país sério não serve."
08) Errado. O texto todo deixa claro que ele só
toma conta dos próprios interesses.
16) Errado. Essa é a filosofia do may be man.
06

01) Errado. A interlocução é feita pela segunda


pessoa do plural.

02) Certo.

04) Certo.
08) Errado. O autor compara a um fantasma,
porque, por dentro, o may be man é vazio de
opiniões, mas não quer dizer que ele não existe e é
uma espécie indefinida, Pelo contrário: existe e
sabemos muito bem quem é.
16) Errado. Não tem nada a ver. O autor passa o
texto todo identificando e exemplificando quem é
o may be man.
E nos despedimos aqui! Qualquer dúvida, sinta-se
livre para me perguntar lá no insta
(@luisa.de.paula).
Espero que você tenha gostado, que tenha
aproveitado e que isso tenha te ajudado de
alguma forma.
Você vai arrasar na sua prova, eu tenho certeza.

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