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Cálculo

Diferencial
e
Integral III
Apresentação

As Notas de aulas apresentadas aqui são apenas notas de aulas e não


apostila. O objetivo é apenas evitar a perda de tempo injustificável de
"passar a matéria no quadro"; é um tempo precioso que pode ser
aproveitado de forma muito mais eficiente, como por exemplo na resolução
de exercícios e esclarecimento de dúvidas de forma a não deixar as dúvidas
acumularem até as vésperas da avaliação, culminando em uma corrida
quase sempre inútil de assimilar a matéria.

As notas de aulas não dispensam de forma alguma um bom livro texto


de cálculo diferencial e integral, assim como não dispensam os alunos das
aulas teóricas.

São fornecidas, neste material, definições e teoremas fundamentais,


exemplos e exercícios sobre os diversos tópicos do conteúdo programático.

A maioria dos exemplos aqui expostos não estão resolvidos de forma


proposital, pois os mesmos serão resolvidos em sala de aula visando
esclarecer os pontos mais obscuros da matéria ou algumas passagens
algébricas menos claras.

As notas de aulas referem-se ao cálculo diferencial e integral III. Para


bons resultados neste curso é necessário o conhecimento adquirido nos
cursos anteriores de cálculo e geometria analítica. Por exemplo, é
necessário um conhecimento muito bom de regras de derivação, geometria
analítica no espaço assim como as integrais de funções elementares. Estes
e outros conhecimentos constituem as ferramentas fundamentais
necessárias para a introdução do estudo do cálculo. Sem ferramentas não é
possível se trabalhar !
É muito comum ouvir dos alunos em épocas de prova (é claro!) o
seguinte comentário: "Eu refaço todos os exercícios expostos em sala de
aula mas não consigo me sair bem na prova".

A realidade não é bem essa! Na verdade o que os alunos querem dizer


é: "Eu decoro todos os exercícios que posso mas não me saio bem".

Realmente, quem estuda desta forma não está estudando, está se


enganando.

A avaliação visa verificar se a matéria vista foi entendida. Assim torna-


se claro a inutilidade de decorar exercícios. De minha parte posso garantir
que jamais darei em avaliações os mesmos exercícios já vistos com outros
números (isso seria subestimar a capacidade de vocês), portanto não fiquem
esperando por algo que não vai acontecer !

Procurem fazer o máximo de exercícios possível.

Se a matéria teórica ou a quantidade de exercícios aqui apresentada


não for suficiente há mais de uma centena de livros de cálculo na biblioteca.

Não deixe para estudar no dia da avaliação, isso nunca dá certo! Esta
técnica pode ter funcionado precariamente durante os cursos médios mas
aqui isso não funciona simplesmente porque agora você está na faculdade e
não mais no colegial ou cursinho.

Procure não perder e prestar a atenção nas aulas principalmente se


você é uma daquelas pessoas que vivem colocando a culpa de seus
insucessos na falta de tempo. Como já disseram uma vez: "As pessoas que
reclamam da falta de tempo são aquelas que perdem seu tempo com
inutilidades".

O fato de meramente possuir essas notas de aulas não garantem, de


forma alguma, a aprovação automática no curso. Lembrem-se de que a
aprovação é um prêmio pelo bom desempenho durante todo o semestre
Algumas regras que funcionam:

 Nada é tão fácil quanto parece

 Tudo leva mais tempo do que se pensa

 Se há possibilidade de várias coisas darem errado, dará errado a que


causar mais prejuízo

 Se você perceber que há quatro maneiras de uma coisa dar errado,


e driblar as quatro, uma quinta maneira surgirá do nada

 Deixadas à sua sorte , a tendência das coisas é ir de mal a pior

 Toda vez que você decide fazer alguma coisa, tem sempre outra coisa
para ser feita antes

 Toda solução cria novos problemas

 É impossível fazer qualquer coisa à prova de erros – os idiotas são muito


inventivos

 A natureza está sempre a favor da falha

 A natureza é... fogo !

Aquilo que escuto, esqueço


Aquilo que vejo, lembro
Aquilo que faço, aprendo
ditado chinês
Critérios de Avaliação
Quando se fala em provas e notas os critérios devem ficar muito bem definidos.
Primeiramente sabemos que não existe uma forma ideal para se avaliar alguém, então
vamos nos limitar às avaliações em disciplinas escolares, afinal há necessidade de saber se
o aluno está apto ou não para seguir em frente.
Em todos os lugares do planeta onde haja uma escola, há provas onde geralmente é
adotado “le modèle de l'école française traditionnelle“ (o modelo da escola tradicional
francesa). Este modelo não é perfeito, mas é o mais utilizado.
Vamos as regras:
1) Independentemente da nota é necessário que o aluno tenha uma frequência nas aulas
da disciplina durante o semestre superior ou igual a 75%, abaixo desse valor a reprovação
é por faltas.
Daqui por diante vou supor que o aluno tenha frequência superior ou igual a 75%; ou
seja, foi aprovado por frequência, porém ainda temos a necessidade das notas.
Os estatutos internos das unidades escolares determinam os critérios de notas.
2) A nota da primeira avaliação - P1 pode variar de 0,0 até 7,0 pontos.

3) A primeira nota de aproveitamento - T1 pode variar de 0,0 até 3,0 pontos.

A primeira nota bimestral é N1  P1  T1 que pode variar de 0,0 até 10,0 pontos.

4) A nota da segunda avaliação - P2 pode variar de 0,0 até 7,0 pontos.

5) A segunda nota de aproveitamento - T2 pode variar de 0,0 até 3,0 pontos.

A segunda nota bimestral é N2  P2  T2 que pode variar de 0,0 até 10,0 pontos.

6) A nota final é dada por NF  N1  N2 que pode variar de 0,0 até 20,0 pontos.

Se a nota final for maior ou igual a 12,0 pontos então você está aprovado.
Se a nota final for menor a 12,0 pontos você ainda não está aprovado, mas tem direito a
uma prova substitutiva P3 .

A nota da prova substitutiva pode variar de 0,0 até 10,0 pontos, uma vez que nesta
avaliação não existe a nota de aproveitamento.
Agora há três notas - N1 , N2 e P3 , das três notas descartamos a pior delas e adicionamos
as outras duas.
Se o resultado for maior ou igual a 12,0 pontos então o aluno está aprovado, caso
contrário está reprovado por nota e deverá cursar a disciplina novamente.
É necessário dar muita atenção para alguns detalhes.
É expressamente proibido por regimento interno o uso de aparelhos eletrônicos tanto
em aulas quanto em provas. O único dispositivo eletrônico permitido é a calculadora.
As provas regimentais P1 e P2 são feitas em classe no tempo de duração da aula. As
avaliações são sem consultas a livros, cadernos, notas de aulas ou qualquer outro tipo de
anotações em papel não autorizadas.
É redundante, mas é bom que fique bem claro que é expressamente proibido o uso de
quaisquer meios eletrônicos exceto a calculadora. O problema mais comum é o telefone
celular.
Na hora da prova guarde ou desligue seu telefone colocando-o em um lugar onde eu não
possa ver (e nem vocês), não é permitido nem fazer e nem receber ligações durante a
avaliação.
Fotografar a prova é algo muito grave porque além de estar infringindo a regra de não
poder usar aparelhos eletrônicos, quem faz isso infringe a lei de direitos autorais.
Lembre-se que a prova é propriedade intelectual de quem a fez, portanto tem os
direitos de copyright. Tem também o problema de transmissão de dados não
autorizados.
Enfim, nos dias de prova sumam com o telefone celular da minha frente e da frente de
vocês também para evitar problemas maiores.
Quanto ao problema da “cola”. Atualmente há dois tipos de “cola”:
1) A “cola” em papéis, borrachas, réguas e em outros materiais escolares. Neste caso são
tomadas as medidas cabíveis com a retenção do objeto onde está a “cola”;
2) A “cola” pode ser eletrônica. Neste caso não tem como reter o objeto, mas é um tipo de
ato ilícito que não precisa ser detectado na hora da avaliação; e, geralmente é detectado
durante a correção.
Qualquer que seja o caso eu desconsidero o trabalho se houver e dou nota zero na
prova.
Vamos supor que nada dessas coisas desagradáveis aconteça. Melhor assim!
Cheguem no dia, horário, turma e sala que ocorrerá a prova. Se houver mais de uma
turma para a mesma disciplina, o aluno tem que fazer a prova na turma em que está
matriculado. Não é permitido fazer provas em outra turma.
Normalmente, pela observação, noto que vocês chegam bem antes do início da prova.
Dará mais tempo para fazer a prova se quando eu entrar na sala vocês já estivem sentados
nos lugares certos, espaçados e não um amontoado de pessoas sentadas no fundo da
classe.
Claro que eu não deixo assim e para “arrumar” todos vocês na classe, se gasta um tempo
precioso de 20 a 30 minutos ou até mais dependendo do tamanho da turma.
Isso é tempo de prova perdido! O tempo poderia ser mais bem aproveitado, pois em meia
hora dá para se resolver muita coisa.
Então vou lhes dizer como vocês devem estar dispostos na classe.
As salas aqui são grandes não havendo necessidade de aglomerados de pessoas, então em
fileiras necessariamente alinhadas sentem-se carteira sim, carteira não.
Não há necessidade de alternar fileiras; ou seja, fileira sim, fileira não. Alternar fileiras só
pode ser feito em turmas pequenas que em geral não é o caso.
Tudo isso que está aqui escrito eu falo também logo na primeira aula, mas quando eu
entro na classe em dia de prova a sala está sim quase sempre da forma que eu quero, mas
tem sempre alguém que resolve ir para a última carteira de uma fila vazia e fica lá com
cara de quem acabou de chegar ao planeta terra e finge não saber onde está e nem
sabendo o que está acontecendo. Quem não se tocar que está dando um tremendo fora
vai ficar sem a prova, porque eu vou passar entregando as provas como quem também
está chegando ao planeta terra e fingir que a pessoa nem ali está.
Para quem ainda não entendeu o que eu escrevi acima a ilustração abaixo mostra como
deve ser a disposição das carteiras na sala de aula.
P
o
r
t
a

Carteira vazia

Carteira ocupada

Onde há porta não pode ter carteiras

P
o
r
t
a
Depois de tudo fisicamente no lugar eu entrego a vocês o caderno de questões onde há a
capa que falarei logo a seguir, o enunciado das questões com os espaços em branco para
a resolução. Em geral o espaço que eu deixo para a resolução é superdimensionado,
porém há alguns casos que o espaço é insuficiente, se isso acontecer você pode utilizar o
verso da folha se houver. Se não houver espaço nas folhas brancas somente neste caso
você pode fazer a continuação na folha azul que também será entregue a todos, mas pelo
menos o início da questão tem que ser no caderno de questões. O objetivo é não usar a
folha azul que é, na verdade uma formalidade.
Uma observação cabível é que o uso ou não da folha azul é decisão exclusiva de cada
professor. Eu, por exemplo, gosto de tudo resolvido no caderno de questões. Quanto à
folha azul, eu vou comentar logo a seguir.
Depois que eu distribuo as provas, eu recolho os trabalhos de quem tem para dar tempo
para que vocês olhem a prova de uma forma geral.
A seguir eu faço um breve comentário sobre as questões e daí por diante é com vocês.
Não é permitido fazer perguntas sobre a resolução das questões muito menos dizer que
tem dúvidas – a hora da prova não é hora de tirar dúvidas. Também não adianta dizer
que não entendeu o enunciado, uma vez que a interpretação do enunciado sempre faz
parte da prova, então não seja insistente e irritante com aquelas perguntas que eu
jamais respondo: “está certo ?”, “é assim que faz ?”
Leiam as questões e respondam somente o que foi pedido, mas leiam bem mesmo,
porque no enunciado geralmente está o critério de correção. Mais uma vez, leia as
questões para não responder coisas inadequadas. Muitas pessoas insistem em dar uma
resposta sem saber qual é a pergunta.
As resoluções: desenvolvimento e respostas podem ser feitas a grafite, não há
necessidade de colocar a resposta final a tinta e nem transcrever tudo para a folha azul e
muito menos sobre escrever o que está a grafite com tinta, a propósito, isso fica horrível.
Como já disse, a folha azul deve preferencialmente vir vazia, somente a assinatura do
aluno no campo apropriado é obrigatória.
Aliás, falando em resposta final, isso para mim é o que menos importa numa avaliação. O
desenvolvimento, clareza e organização para mim é muito importante e será avaliado
também.
Se forem usar canetas a tinta para assinaturas ou destacar algo que você julga necessário
nunca use tinta vermelha, use preferencialmente a tinta azul.
Vamos olhar a folha azul que está na figura -2.
Notem que no cabeçalho há vários campos, mas exceto o campo onde você tem que
assinar “assinatura do aluno” os demais devem ficar em branco; ou melhor, em azul,
principalmente o campo “curso” e “código”, pois eu que sempre coloco uma etiqueta no
canto superior esquerdo onde tem os dados relevantes, os dados que não figurarem na
etiqueta é porque não são importantes, então não insistam em preencher o campo
“curso” e muito menos o campo “código” que vocês sempre colocam um código no lugar
errado.
Então só assinem no lugar apropriado.
Eu posso explicar o motivo de tantos campos.
Acontece que no sistema acadêmico antigo todos esses campos já vinham impressos, mas
com o novo sistema as coisas mudaram.
O problema não é o sistema em si, mas sim a impressora.
Vocês verão que a folha de prova nada mais é do que um formulário contínuo de 136
colunas que era colocado numa impressora matricial que pesava cerca de 400 kg, ora,
sabemos muito bem que esse tipo de impressora não existe mais a não ser em museus de
informática.
Também posso explicar o motivo pela qual eu insisto que tal folha não seja usada ou
minimamente usada.
Notem que há o brasão da instituição no meio da página que deveria ser marca d’água,
mas na verdade não é; muito pelo contrário ele tem um forte contraste assim como as
linhas azuis. Como, em geral, vocês fazem a prova a lápis e muitas vezes com grafite muito
duro, o que está escrito torna-se ilegível para não dizer praticamente invisível. Escrever
fraco, de forma ilegível geralmente é coisa de quem não está sabendo resolver coisa
alguma.
Enfim essa folha que existe há mais de noventa anos foi idealizada para prova dissertativa
feita à tinta, digo tinta estou me referindo a canetas tinteiro como eram chamadas na
época.
Mesmo textos escritos com as modernas canetas esferográficas, ainda assim ficam muito
ruins de ler.
Para facilitar as coisas eu faço uma etiqueta e a colo sobre a folha, de forma que o
cabeçalho como mostra a figura 1.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Dados referentes
ao aluno e a disciplina XXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXX XXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXX XXX

Figura - 1
Os campos com a letra “X” não é para se preenchido.
É bom observar que não é todo professor que faz etiquetas, obviamente se for entregue a
vocês uma folha sem a etiqueta e se nenhuma orientação for dada por parte do professor,
vocês devem preencher os campos que souberem naturalmente.

Figura - 2

O único campo que o aluno preenche é “assinatura do aluno”, como mostra a figura-3.
i l e
-s ím
Fa c
Assine ou escreva seu nome aqui.
Este campo não pode ficar em branco

Figura - 3
Os campos destacados na figura - 4 são para uso exclusivo do professor

Esses campos são para as notas


São para uso exclusivo do professor

Figura - 4

Vou escrever sobre o caderno de questões que vocês receberão logo no início da prova.
Figura – 5

Aqui vocês escrevem o nome completo e legível, não precisa colocar código porque ele já
está escrito na etiqueta da folha azul.
É muito importante escolher opção da avaliação: assinalem a forma e validem o campo
com a assinatura – parte inferior da figura - 5.
Não adianta marcar que entregou o trabalho e não entregar. Tenha certeza que isso será
verificado, no entanto se ocorrer, a nota da prova será de 0,0 até 10,0 pontos. Deveria
ser 0,0 pela tentativa de enganar, mas eu, por enquanto ainda não encaro dessa forma.
A nota de aproveitamento é obtida através de um trabalho composto de vários exercícios
que eu vou marcando conforme o andamento da matéria. O objetivo é um aprendizado
contínuo que infelizmente nem sempre acontece.
Assim que eu termino um tópico eu marco alguns exercícios das notas de aulas que
devem ser resolvidos e guardados, quando for a época correta basta juntar todos os
exercícios, grampear as folhas que o trabalho estará montado.
A data para a entrega do trabalho é o dia de cada prova, P1 e P2 . A prova P3 não há
trabalho.
Não serão aceitos trabalhos nem antes nem depois do dia de cada prova, não insistam
em entregar o trabalho depois da data, pois não há justificativa plausível, uma vez que
os exercícios são marcados com muita antecedência.
Fazer ou não o trabalho é responsabilidade do aluno, mas arquem com as
consequências. Há pessoas que copiam o trabalho, isso também é responsabilidade de
cada um.
Na segunda hipótese quase sempre o aluno tira a nota máxima no trabalho e zero na
prova, algo que para quem está fora da situação não consegue entender, haja vista que os
exercícios do trabalho são sempre mais difíceis que os da prova, assim como é possível
explicar tal fenômeno? Simples, não é fenômeno algum, isso se chama cópia!
Cabe lembrar que o absurdo de me entregar uma fotocópia de trabalho ou trabalho
escrito com outra caligrafia que não seja a do aluno acarreta na desconsideração do
mesmo. Os trabalhos não podem ser no formato digital, pelo contrário, eles têm que ser
resolvidos obrigatoriamente de forma manuscrita.
Uma pergunta que sempre me fazem é: “Se eu fizer todos os exercícios do trabalho eu vou
bem na prova? A resposta para isso em geral é não, porém depende do aluno. Há alunos
que necessitam fazer muitos exercícios para fixar a matéria, outros não. Enfim depende
do aluno.
Muitas vezes no final de um tópico há 30 exercícios propostos e eu só marco 4 deles para
o trabalho. Não precisa dizer que de 30 exercícios, fazer somente 4 certamente não é o
suficiente para aprender o que foi dado.
Ainda supondo os 30 exercícios propostos. Naturalmente que vocês terão alguma dúvida
em algum momento. Vocês podem e devem tirar suas dúvidas entre vocês ou comigo
mesmo.
O que eu tenho notado há muito tempo é que dos 30 exercícios propostos os alunos tem
dúvidas exatamente somente naqueles que são para a nota, nos outros exercícios
ninguém diz coisa alguma. Acho isso muito engraçado! Por que será que só têm dúvidas
nos exercícios que são para nota?
Eu só tiro dúvidas específicas; ou seja, não adianta chegar para mim e dizer que não sabe
fazer o exercício número 6 sem me mostrar o que foi tentado fazer. Se nada foi feito eu
também tenho nada a dizer, claro que isso é algo bem diferente de alguém pedir para
que eu resolva algum exemplo durante a aula, nesse caso o problema será resolvido
diante de todos.
Lembre-se que o cálculo diferencial é uma ferramenta matemática muito poderosa que
nasceu exata e elegante que continue sendo assim, então o resultado de exercícios que
pedem para calcular, determinar ou resolver tem que ser dado da forma mais exata e
elegante possível.

 
Vou dar um exemplo: vamos supor que você chega ao resultado: sin   tg  , ora,
3 4
 3  2
isso não pode ficar assim, pois os ângulos são notáveis: sin   e tg   ,
3 2 4 2
3 2 3 2 3 2
então teremos:   . A resposta para o problema é , sim, é
2 2 2 2
isso mesmo, pois essa é a forma mais exata e elegante de dar uma resposta em um
exercício de cálculo diferencial. Note que as contas não são feitas porque resultará em um
número irracional que além de ser muito feio não é exato. No exemplo se os ângulos não
 4   5 
forem notáveis então deve ficar assim: sin   tg  , além do mais nunca esqueça
 5   3 
de que os ângulos em cálculo diferencial e integral sempre serão medidos em radianos,
nunca em grau, minuto, segundo.
Existem casos onde as contas precisam ser feitas, isso é especificado no enunciado do
problema que inclusive dará o critério de arredondamento.
Então tudo depende de ler e entender o enunciado das questões. Quando não
especificar que é necessário fazer as contas é porque o resultado tem que ser dado da
forma mais exata possível.
Vejam bem: não é correto dizer que   3 , ou   3,1 , ou   3,14 , ou   3,141 , no
entanto o símbolo  é exato, uma vez que  é  e acabou! O mesmo ocorre com outras
constantes irracionais como o número de Euler e.
Como vocês podem perceber, fazer as contas para chegar a um número decimal pode ser
um verdadeiro desastre em um trabalho ou em uma prova de cálculo diferencial e
integral, sem contar que eu não gosto de números decimais e faço questão de deixar
tudo isso bem claro nas aulas mas há quem teime em ficar dando respostas com números
decimais! Pois bem, se insistirem em números decimais onde não é cabível eu insistirei
em descontar os mesmos decimais na nota.
Acreditem: em cálculo diferencial e integral é horrível ver algo assim:
x  4,5814579856 4129548 . Se gostam de fazer contas, escrever mil casas depois da
vírgula, deixem para fazerem isso numa disciplina chamada cálculo numérico. Aí sim vocês
serão obrigados a escrever muitas e muitas casas depois da vírgula para obter-se a
precisão desejada.
Vou insistir uma vez mais na nota para a aprovação, lembrando que tudo que foi dito até
agora é supondo a aprovação por frequência. No caso de reprovação por frequência não
há o que ser feito. Por lei do MEC; ou o aluno está presente na sala de aula ou não está.
Não existe chamada por amostragem!
Pois bem, a nota mínima para a aprovação é 12,0 pontos, mas como não é possível ir
para um histórico escolar uma nota acima de 10,0; então é calculada a média aritmética
das duas melhores notas do aluno obtidas no semestre. No caso; como há duas provas,
evidentemente a média é a somas das duas melhores notas dividida por 2, assim a média
mínima para a aprovação é 6,0 pontos.
Quero deixar bem claro que eu não observo nem trabalho com médias.
O que mais acontece é o aluno obter 11,0 pontos, mas por conveniência o mesmo divide
essa nota por 2 dando resultando em 5,5 pontos, somente para ficar dizendo para todo
mundo que ficou por apenas 0,5 ponto. Isso não é verdade, pois falta 1,0 ponto para
obter a nota que determina a média mínima para a aprovação que pode ser muito bem
uma questão correta na prova.
É inútil ficar me dizendo que “ficou” por apenas 0,5 ponto, essa atitude não leva a parte
alguma, uma vez que eu verifico o resultado da adição das duas melhores notas.
O que deve ser observado é que 12,0 pontos é a nota mínima para a aprovação, mas nada
impede do aluno obter 13,0; 14,0; 15,0; . . . ; 20,0 pontos. Em minha opinião, quanto mais
pontos, melhor.
Observe uma situação realmente desagradável, as duas melhores notas são: 6,0 e 5,5;
claro que o total de pontos é 11,5 com uma média de 5,75!
Não pense que o computador do sistema acadêmico vai aproximar a nota para 6,0. Isso
não ocorre! Computador não atribui notas! Quem atribui notas é o professor. O que vai
aparecer no seu histórico é a nota 5,75; ou seja, é reprovação!
Procure evitar esse tipo de situação não vá fazer uma prova com a mentalidade de fazer
um exercício e “um pouco” de outro, todos nós sabemos que em ciências exatas não
existe o “meio certo” ou o “meio errado”, ou a questão está correta ou errada, nem
deveria existir notas como 7,5; 8,5; 4,5 e assim por diante. As notas deveriam ser sempre
números inteiros, mas por motivos que eu não vou entrar no mérito da questão, isso não
acontece. Obviamente que a nota pode ser fracionada se, por exemplo, tiver uma prova
de 20 questões valendo de zero a dez, neste caso cada questão pode valer 0,5 pontos
cada, mas provas tão longas assim são casos muito raros.
Vamos acabar com a mentalidade de sempre ficar nivelando as notas por baixo!
Com 6,0 pontos de média o aluno passa, mas também passa se tiver média 10,0!
Pense nisso.
Livros Texto

 O Cálculo com Geometria Analítica– Volume II


Louis Leithold
Harba – Editora Harper & Row do Brasil Ltda

 Cálculo com Geometria Analítica– Volume II


Earl W. Swokowski
McGraw-Hill

If I had a tale that I could tell you


I'd tell a tale sure to make you smile
John Denver
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Funções de Várias Variáveis

 Representações
 Notação
- Um ponto em  1 é um número real x.
- Um ponto em  2 é um par ordenado de números reais x, y .
- Um ponto em  3 é uma tripla ordenada de números reais x, y, z  .
- Um ponto em  n é uma n-upla ordenada indicada por P  x 1 , x 2 , x 3 ..., x n  .

Representação geométrica de pontos em:

Px 1  onde x1  3

1

Px 1 , x 2  onde x 1  1 , x 1  1

2

Px 1 , x 2 , x 3  onde x1  2 , x2  3 , x3  1

3

1
Cálculo Diferencial e Integral III
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Exemplos de curvas em  2

Gráfico
Curva Equação
y
x  p 2  y  q2  r2 2

Circunferência com centro


na origem e raio 2 p  0 -2 0 2 x

onde q  0
r  2

-2
y
x  p 2  y  q2  r2

Circunferência com centro


em 2,2 e raio 2 p  2 2
(2,2)

onde q  2
r  2

0 2 x
y
x  p  2
y  q 2

2
 1 2
a b2

Elipse com centro na


p  0
origem q  0
 -2 0 2 x
onde 
a  2
b  4
-4
y
 x  p 2  y  q 2
 1
a2 b2

Elipse com centro em


 1,2 p  1 2
q  2

onde 
a  2 -1 0 x
b  4

2
Cálculo Diferencial e Integral III
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 x  p 2  y  q 2 y
 1
a2 b2

Hipérbole com centro na


p  0
origem q  0
 -5 0 5 x
onde 
a  2
b  4
y
 x  p 2  y  q 2
 1
a2 b2

Hipérbole com centro em 2


2,3 p  2
q   3 -3 0 x

onde 
a  2
b  4
y
y  q 2
 4 a x  p 

Parábola com vértice na


origem p  0 0 4 x

onde q  0
a  4

y
y  q 2
 4 a x  p 

Parábola com vértice em


2,3 p  2
 0 x
onde q  3
a  4

3
Cálculo Diferencial e Integral III
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Exemplos de superfícies em  3

Superfície Equação Gráfico


x  a 2  y  b 2  z  c 2  r2

Esfera com centro na a  0


origem e raio 2 b  0

onde 
c  0
r  2

x2 y2 z2
  1
a2 b2 c2
Elipsoide com centro
na origem a  1

onde b  2
c  3

x2 y2 z2
  1
a2 b2 c2
Elipsoide com centro
na origem a  2

onde b  3
c  1

x2 y2 z2
Hiperboloide de uma   1
a2 b2 c2
folha com centro na
origem
Fórmula geral

x2 y2 z2
Hiperboloide de duas    1
a2 b2 c2
folhas com centro na
origem
Fórmula geral

4
Cálculo Diferencial e Integral III
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Paraboloide com
z  x 2  y2
centro na origem

Cone com centro na


z 2  x 2  y2
origem

Paraboloide
z  x 2  y2
Hiperbólico ou Sela

x 2  y 2  4
Cilindro 
 2  z  2

Intersecção de dois x 2  y 2  4


 2
cilindros x  z 2  4

A partir de  4 não podemos mais fazer a representação geométrica de pontos.

5
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Funções de Várias Variáveis

Definição: O conjunto das n-uplas ordenadas de números reais é chamado de


espaço numérico n-dimensional, e é denotado por  n . Cada n-upla ordenada
x 1 , x 2 , x 3 ..., x n  é denominada um ponto no espaço numérico n-dimensional.

Definição: Uma função de n variáveis é um conjunto de pares ordenados da


forma P,  na qual dois pares ordenados diferentes não têm o mesmo primeiro
elemento(Definição de função).

Pode-se concluir desta Definição que se uma função tem n variáveis o seu domínio
é um conjunto de pontos em  n .e a imagem é um conjunto de números em  .

No caso de n  2 , ou seja uma função de duas variáveis o domínio é um conjunto


de pontos em  2 e a imagem é um conjunto de números reais.

 Derivadas Parciais

Agora, discutiremos a diferenciação de funções de valores reais de n variáveis. A


discussão será restrita ao caso unidimensional, tratando uma função de variáveis como uma
função de uma variável e considerando as outras fixas. Isto leva ao conceito de uma
derivada parcial. Inicialmente definiremos a derivada parcial de uma função de duas
variáveis.

6
Cálculo Diferencial e Integral III
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Definição: Seja f uma função de duas variáveis x e y. A derivada parcial de f


em relação ax é a função denotada por D1f , tal que seu valor funcional em um ponto

qualquer x, y no domínio de f seja dado por:

f x  x, y   f x, y
D 1f x, y   lim
x  0 x

se este limite existir. Analogamente, a derivada parcial de f em relação ay é a função,


denotada por D2 f , tal que seu valor funcional em um ponto qualquer x, y no domínio de
f seja dado por

f x, y  y  f x, y


D 2 f x, y  lim
y 0 y

se este limite existir.

O processo através do qual encontramos uma derivada parcial é chamado


diferenciação parcial. D1f é lido como "D índice 1 de f", e isto denota a função derivada

parcial. D1f x, y é lido como "D índice l de f de x e y" e isto denota o valor da função

derivada parcial no ponto x, y . Outras notações para a função derivada parcial D1f são f1
 f
, fx , e . Outras notações para o valor da função derivada parcial D1f x, y são
 x
 f x , y 
f1 x, y , fx x, y , e . Analogamente, outras notações para D 2 f x, y são
 x
 f x, y   z
f2 x, y , f y x , y  , e . Se z  f x, y , podemos escrever para D1f x, y .
 y  x

7
Cálculo Diferencial e Integral III
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Uma derivada parcial não pode ser tratada como a razão de  z e  x , pois
dy
nenhum destes símbolos tem um significado em si. A notação pode ser vista como o
dx
quociente de duas diferenciais quando y for uma função de uma só variável x, mas não
 z
existe uma interpretação análoga para .
 x

Se x 0 , y 0  é um ponto particular no domínio de f, então, para calcularmos a

derivada parcial de f em relação a x, D1f x 0 , y 0  , no ponto dado, primeiro calculamos

D1f x, y e depois calculamos o valor da função no ponto x 0 , y 0  .

De forma análoga, se x 0 , y 0  é um ponto particular no domínio de f, então, para

calcularmos a derivada parcial de f em relação a y, D2 f x 0 , y 0  , no ponto dado, primeiro

calculamos D2 f x, y e depois calculamos o valor da função no ponto x 0 , y 0  .

Para distinguir derivadas de funções de mais de uma variável das derivadas de


funções de uma variável, chamamos as ultimas derivadas de derivadas ordinárias.

Comparando a definição de uma derivada parcial com a definição de uma derivada


ordinária, vemos que D1f x, y é uma derivada ordinária de f se ffor considerada como

uma função de uma variável x (i.e., se y for considerada constante), e D 2 f x, y é a


derivada ordinária de f se f for considerada como uma função de uma variável y (se x for
considerada constante). Podemos obter as derivadas parciais mais facilmente aplicando os
teoremas para diferenciação ordinária se nós considerarmos y constante quando
encontramos D1f x, y e se considerarmos x constante quando encontramos D 2 f x, y .

8
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Importante: Quando estamos fazendo derivadas parciais a notação é extremamente


importante. Se temos z  f x, y e queremos derivá-la parcialmente em relação a x , a
 z d z
notação será e nunca, jamais, em hipótese alguma , pois f é função de duas
 x d x
d z
variáveis! Aliás se usarmos a notação estaremos cometendo um erro gravíssimo.
d x

 Exercícios

 Calcular as derivadas parciais de primeira ordem das seguintes funções:

 x  x 2  y2 
1) z  x y  xy
2 2
9) z  ln 
 x  x 2  y2 
 

 y
2) z  x 3 y 2 10) z  arctg 
x

3) z  x 2 y 3  3x 4 y  xy 4 11) z  e y arcsen x  y

4) w  x 3  y 3  z 3  3  x  y  z 12) z  e 2 x sen 3  y

5) z  tgax  by 13) z  5e xy  2xe y  2ye x

xy e xy
6) z  14) z
xy x 2  y2

xy
7) z  15) u  x  y  z  x  seny  z   y  senx  z 
xy

8) z  x 2  y 2

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Cálculo Diferencial e Integral III
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 Verificar se as seguintes relações são verdadeiras:

1) 
Se u  ln x 2  y 2 é  x
u
x
y
u
y
1 ?

u u u
2) Se u  arcsenx  y  z  é    tg2 u  sec u ?
 x  y z

z z
3) Se z  x y y x é x y  x  y  ln z   z ?
x y

x 2  y2 z z 3
4) Se z  é x y  z ?
xy x y 2

x y z z
5) Se z  arcsen  é x y 0 ?
 x  y  x y

 y f f
6) Se f x, y  x 2  y 2 arctg  é x y  f x , y  ?
 x x y

y y f f
7) Se f x, y   sen  ln é x y 0 ?
x x x y

f f
8) Se f x, y  arctgx  y  senx  y  x  y  1 é x y 0 ?
x y

 Derivadas Parciais de ordem superior

1) Dada a função z  a  x 3  3  b  x 2  y  3  c  x  y 2  d  y 3 calcular:

  2z  2z  2z  2z
 ; ; ;
 x
2
 y2  x y  y x

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Cálculo Diferencial e Integral III
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2) Dada a função z  x 2  seny  y 2  senx  calcular:

  2z  2z  2z  2z
 ; ; ;
 x
2
 y2  x y  y x

xyz    3u
3) Dada a função u  e calcular: 
  x y z

 2z  2z
4) Se z  x 2  y 3 verificar se 
 x y  y x

x 3  y3  2z  2z
5) Se z  3 verificar se 
x  y3  x y  y x

 3z  3z
6) Se z  x y  xy verificar se
2 3

 x y 2  y2 x

 3z  3z  3z
7) Se z  e xy
verificar se  
 x 2  y  x y x  y x 2

2x  2z  2z
8) Se z  verificar se  0
x 2  y2  x 2  y2

1
9) Verificar se V satisfaz a equação de Laplace
x 2  y2  z2

 2V  2V  2V
  0
 x 2  y2  z 2

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Cálculo Diferencial e Integral III
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2x  y  2z  2z 2  z
2
10) Se z  verificar se x 2  2 xy  y 0
xy  x2  x y  y2

 Significado Geométrico das Derivadas

Parciais com Funções de duas Variáveis

Independentes.

As interpretações geométricas das derivadas parciais de uma função de duas


variáveis são análogas àquelas de uma variável. O gráfico de uma função f de duas
variáveis é uma superfície tendo por equação z  f x, y , Se y é considerada constante

(digamos y  y 0 ), então z  f x, y é uma equação do traço desta superfície no plano

y  y 0
y  y 0 . A curva pode ser representada por duas equações:  uma vez que a
z  f (x, y 0 )
curva é a intersecção destas duas superfícies.

 f(x 0 , y 0 )
Então m x  é a inclinação da reta tangente à curva determinada pelas
x
equações acima no ponto P(x 0 , y 0 , f (x 0 , y 0 )) no plano y  y 0 .

z z

Po Po
o o
x y x y

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Cálculo Diferencial e Integral III
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13
Cálculo Diferencial e Integral III
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 f(x 0 , y 0 )
De modo análogo my  representa a inclinação da reta tangente à
y

x  x 0
curva, tendo equações:  o ponto P(x 0 , y 0 , f (x 0 , y 0 )) no plano x  x 0 .
 z  f ( x 0 , y)

z z

Po Po

o o
x y x y

Exemplo: Calcule a inclinação da reta tangente à curva de intersecção da

superfície z  1
2 24  x 2  2y2 com o plano y  2 no ponto 2,2, 3 .  

 Planos Tangentes

Se z  f x, y é uma função contínua, com derivadas parciais contínuas em um

ponto x 0 , y 0  do domínio da função então o plano tangente à superfície z  f x, y no

ponto x 0 , y 0 , z 0  é dado por:

f f
z  z0   x  x 0    y  y 0  ou z  z 0  m x  x  x 0   m y  y  y 0 
x x x0
y  y0
y x x0
y  y0

Exemplo: Calcule o plano tangente à superfície z  3x 2 y  x no ponto 1,2 .

14
Cálculo Diferencial e Integral III
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 A Derivada Parcial Como uma Taxa de

Variação

Uma derivada parcial pode ser interpretada como uma razão de variação. De fato
toda derivada é uma medida de uma razão de variação. Se f é uma função de duas variáveis
x e y, a derivada parcial em relação ax no ponto P0 x 0 , y 0  dá a razão de variação

instantânea em P0 x 0 , y 0  , de f x, y por unidade de variação em x (apenas x varia e y é


considerada constante).

Analogamente, a derivada parcial de f em relação ay em P0 x 0 , y 0  dá a razão de

variação instantânea em P0 x 0 , y 0  , de f x, y por unidade de variação em y.

Exemplo:De acordo com a lei dos gases ideais, para um gás confinado se P
Newtons por unidade quadrada é a pressão. V unidades cúbicas é o volume e T graus
absolutos (K) é a temperatura, temos que: PV  kT onde k é uma constante de
proporcionalidade. Suponha que o volume ocupado por um gás em um determinado
j
recipiente seja 100 cm3 e a temperatura seja 90 K e k  8 .
Kmol.K

a) Calcular a razão de variação instantânea de P por unidade de variação em T se V


permanecer fixo em 100 cm3 ;

b) Use o resultado da parte (a) para aproximar a variação de pressão se a


temperatura aumentar para 92 K ;

15
Cálculo Diferencial e Integral III
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c) Calcular a razão de variação instantânea de V por unidade de variação em P se T
permanecer fixo em 90 K ;

d) Suponha que a temperatura permaneça constante. Use o resultado da parte (c)


para calcular a variação aproximada do volume para produzir a mesma variação de pressão,
obtida na parte (b).

 Diferenciabilidade e a Diferencial Total

Definição:Sef for uma função de duas variáveis x e y , então o incremento de


f no ponto x 0 , y 0  , é denotado por f (x 0 , y 0 ) , será dado por:

f (x 0 , y 0 )  f (x 0  x, y 0  y)  f (x 0 , y 0 )

16
Cálculo Diferencial e Integral III
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A figura anterior a relação da Definição para uma função que é contínua em um


disco aberto contendo os pontos x 0 , y 0  e x 0  x, y 0  y . A figura mostra uma

porção da superfície z  f x, y . f ( x 0 , y 0 )  QR ondeQ é o ponto

x 0  x, y 0  y, f x 0 , y 0  e R é o ponto x 0  x, y 0  y, f x 0  x, y 0  y .

Exemplo:Dada f (x, y)  3x  xy 2 calcule o incremento de f em qualquer


ponto (x,y)

 Diferencial Total

Definição:Se f é uma função de duas variáveis x e y, e f é diferenciável em


x, y , então a diferencial total de f é a função df , tendo valores funcionais dados por:

df (x, y, x, y)  D1f (x, y)x  D 2 f (x, y)y . Nota-se que df é uma função de quatro
variáveis x, y, x, y . Se z  f x, y pode-se escrever:

dz  D1f (x, y)x  D 2 f (x, y)y . Se em particular f x, y  x , então z  x,

D1f (x, y)  1 e D2 f (x, y)  0 , e assim a equação acima se torna: dz  x . Como z  x


temos para essa função dx  x . De modo análogo, se tomamos f x, y  y , então
z  y , D1f (x, y)  0 e D 2 f (x, y)  1, e assim a equação resulta dz  y . Como z  y
temos para essa função dy  y . Logo, definimos as diferenciais das variáveis
independentes como dx  x e dy  y . Então podemos rescrever dz como:

dz  D1f (x, y)dx  D 2 f (x, y)dy e no ponto (x 0 , y 0 ) , temos:

dz  D1f (x 0 , y 0 )dx  D 2 f (x 0 , y 0 )dy .

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Cálculo Diferencial e Integral III
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Tomando z  f (x 0 , y 0 ) , dx  x , dy  y , temos:

z  D1f (x 0 , y 0 )dx  D 2 f (x 0 , y 0 )dy   1dx   2 dy

Quando dx ( x ) e dy ( y )se aproximam de zero, e como  1 e  2 também se


aproximarão de zero, podemos concluir que dz é uma aproximação de z . Como dz é
mais fácil de se calcular que z , valemo-nos do fato que dz  z em certas situações. Se
z  f x, y , então:

z z
dz  dx  dy
x y

Exemplo:Uma lata de metal fechada, na forma de um cilindro circular reto,


deve possuir altura no lado interno igual a 6 cm , raio interno de 2 cm e espessura de

0,1 cm . Se o custo do metal a ser usado é 10 centavos por cm3, calcule por diferenciação
o custo aproximado do metal a ser usado na fabricação da lata.

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Cálculo Diferencial e Integral III
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 Generalização dos Conceitos para mais de Duas


Variáveis

Definição:Se f for uma função de n variáveis x 1 , x 2 ,..., x n , e P for o ponto

(x 1 , x 2 ,..., x n ) , então o incremento de f em P será dado por:

f (P)  f (x 1  x 1 , x 2  x 2 ,..., x n  x n )  f (P)

Definição: Se f é uma função de n variáveis x 1 , x 2 ,..., x n e se f for


diferenciável em P, então a diferencial total de f será a função df , tendo valores funcionais
dados por:
df (P, x 1 , x 2 ,..., x n )  D1f (P)x 1  D2 f (P)x 2  ...  Dn f (P)x n

Tomando w  f (x 1 , x 2 ,..., x n ) , definindo dx 1  x 1 , dx 2  x 2 , ... ,


w
dx n  x n , e usando a notação no lugar de D i f (P) , podemos escrever:
 xi

w w w
dw  dx 1  dx 2  ...  dx n
 x1  x2  xn

Exemplo: As dimensões de uma caixa são 10 cm, 12 cm e 15 cm, e essas


medidas têm um possível erro de 0,02 cm. Calcule aproximadamente o máximo erro, se o
volume da caixa foi calculado a partir dessas medidas. Calcule também o erro percentual
aproximado.

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Cálculo Diferencial e Integral III
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 Exercícios

 Calcule, usando derivadas parciais a equação da reta tangente à curva de


intersecção da superfície 36x 2  9y 2  4z 2  36  0 com o plano x  1 no ponto

1, 
12 ,3 . .

 Calcule, usando derivadas parciais a equação da reta tangente à curva de


intersecção da superfície z  x 2  y 2 com o plano y  1 no ponto 2,1,5 .

 Calcule, usando derivadas parciais a equação da reta tangente à curva de


intersecção da superfície x 2  y 2  z 2  9 com o plano y  2 no ponto 1,2,2.

 A temperatura em qualquer ponto x, y. de uma chapa plana é T graus e


2 2
T  54  x  4 y 2 . Se a distância for medida em metros, calcule a taxa de variação da
3
temperatura em relação à distância percorrida ao longo da placa nos sentidos positivos dos
eixos x e y, respectivamente, no ponto 3,1.

 Usando a lei do gás ideal P  V  k  T  para um gás confinado, mostre que


V T P
   1
T P V

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Cálculo Diferencial e Integral III
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 Calcular o diferencial, dw , nos exercícios abaixo:

1) w  x 3  x 2 y  3y 2 7 ) w  x 2 lny 2  z 2 

2) w  5x 2  4 y  3xy 3 8 ) w  x 2 y 3 z  e 2 z

3 xyz
3) w  x 2 sen y  2y 2 9) w 
xyz

2 x
w  x 2 e yz   y ln z
4) w  ye  3x 4
10)

1
5) w  x e 
2 xy
11) w  x 2 z  4 yt 3  xz 2 t
y2

6) w  lnx 2  y 2   x  arctgy 12) w  x 2 y 3 z t 1 v 4

 Resolver os seguintes problemas:

1) Por meio de diferenciais obtenha uma aproximação da variação de


f (x, y)  x 2  3x 3 y 2  4x  2y 3  6 quando (x, y) varia de (2 , 3) a
(2,02 , 3,01) .

2) Por meio de diferenciais obtenha uma aproximação da variação de


f (x, y)  x 2  2xy  3y quando (x, y) varia de (1 , 2) a (1,03 , 1,99) .

21
Cálculo Diferencial e Integral III
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3) Use diferenciais para obter uma aproximação da variação de
1

f (x, y, z)  x z  3 yz  x
2 3 2 3
 2y z
2
quando x, y, z  varia de (1 , 4 , 2) a
(1,02 , 3,97 , 1,96) .

4) Use diferenciais para obter uma aproximação da variação de


w  rs 2  3sv  2p 3 quando r varia de 1 a 1,02, s de 2 a 1,99 , v de 4 a 4,01 e p de 3
a 2,97.

5) Calcule aproximadamente, por meio de diferenciais, 3


26,98  36,04 .

6) Calcule aproximadamente, por meio de diferenciais ,


32,03  5 .
1,95 4

7) Mediram-se as dimensões de uma caixa retangular fechada obtendo-se as


1
medias 3 pés, 4 pés e 5 pés, com erro possível de de pol. Por meio de diferenciais,
16
obtenha uma aproximação do erro máximo os seguintes valores calculados: (1 pé = 12 pol)

a) A área da superfície da caixa.

b) O volume da caixa.

22
Cálculo Diferencial e Integral III
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8) Mediram-se os dois lados mais curtos de um triângulo retângulo, obtendo-se


3 pols e 4 pols, respectivamente, com um erro máximo de 0,02 pols. Por meio de
diferenciais, obtenha uma aproximação do erro máximo nos seguintes valores
calculados:

a) A hipotenusa.

b) A área do triângulo.

9) Uma lata cilíndrica aberta tem dimensões de 3 pols de diâmetro e 4 pols de


altura. Por meio de diferenciais, calcule aproximadamente a quantidade de material se a lata
deve ter 0,015 pols de espessura.

10) A resistência total R de três resistores R 1 , R 2 , R 3 ligados em paralelo, é

1 1 1 1
dada por :    . Se as medidas obtidas de R 1 , R 2 , R 3 são 100, 200 e
R R1 R2 R3

400, respectivamente, com erro máximo em R 1 de 1% em R 2 de2% e em R 3 de 3%.


Obtenha uma aproximação no valor calculado de R.

A
11) O peso específico de um objeto é dado por s  , onde A e W são os
AW
pesos (em libras) do objeto no ar e na água, respectivamente. Se as medidas obtidas são
1
A  12 lb e W  5 lb , com erros máximos de oz no ar e 1 oz na água, qual o erro
2
máximo no valor calculado de s ? 1lb  12 oz  .

23
Cálculo Diferencial e Integral III
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12) A equação que relaciona a pressão P, o volume V e a temperatura T de um
lb
gás confinado é PV  kT , k constante. Se P  0,5 quando V  64 pol 3 e
pol 2

T  80 K , obtenha uma aproximação da variação de P quando V e T variam de 70 pol 3 e


76 K , respectivamente.

13) A temperatura T no ponto Px, y, z  num sistema retangular de coordenadas

é dada por T  82 x 2  4 y 2  9 z 2 2 . Utilizando diferenciais, obtenha uma aproximação


1

da diferença de temperatura entre os pontos 6,3,2 e (6,1 , 3,3 , 1,98) .

14) Obtenha uma aproximação da variação de área de um triângulo isósceles se


0
cada um dos lados iguais aumenta de 100 a 101 e se o ângulo entre eles decresce de 120
0
para 119 .

15) Em cada um dos exercícios abaixo determine os planos tangentes às


superfícies nos pontos dados:

1) z  2x 2 y P1,1

2) z  x 2  y 2 P0,1

3) z  3x 2 y  xy P1,1
 y2 P2,2
2
4) z  x  e x

 1
5) z  arctgx  2y P  2, 
 2

 1 1
6) z  xy P , 
2 2

24
Cálculo Diferencial e Integral III
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 A Regra da Cadeia para Funções de Várias

Variáveis

A regra da cadeia para funções de uma variável é:

Se y é uma função de u, definida por y  f u , e


dy
existe; e u é uma função de
du

x, definida por u  gx  , e


du dy
existe, então y é uma função de x e existe e é dado
dx dx
dy dy du
por  
dx du dx

Consideraremos agora a regra da cadeia para uma função de duas variáveis, onde
cada uma dessas variáveis também é função de duas variáveis.

Teorema: Se u é uma função diferenciável de x e y, definida por u  f x, y , e

x x y y
x  Fr, s , y  Gr, s , e , , , , todas existem; então u é uma função
r  s r s
de r e s indiretamente, e

 u   u   x    u    y 
    
 r   x   r    y   r 

 u   u   x    u   y 
    
 s   x   s    y   s 

25
Cálculo Diferencial e Integral III
__________________________________________________________________
u
Exemplo: Dada u  ln x 2  y 2 com x  re s e y  re  s . Calcule e
r
u
s

u u u u
Como mencionamos anteriormente, os símbolos , , , , não
r s x y

devem ser considerados como frações. Os símbolos  u ,  x , não têm significado por si
próprios. Para funções de uma variável, a regra da cadeia, é facilmente memorizada se
considerarmos uma derivada ordinária como o quociente de duas diferenciais. Entretanto,
não existe interpretação semelhante para as derivadas parciais.

Outro problema de notação surge, quando considerarmos u como uma função de x e


y e depois como uma função de r e s. Se u  f x, y , x  Fr , s , e y  Gr, s , então

u  f Fr , s, Gr , s [Note que é incorreto escrever u  f r , s ], no exemplo acima:

u  f x, y  ln x 2  y 2 ; x  Fr , s  re s ; y  Gr , s  re  s ; e assim,


u  f Fr, s, Gr , s  ln r 2 e 2s  r 2 e 2s . Note que f r, s  ln r 2  s 2  u

Aplicaremos, agora a regra da cadeia a n variáveis intermediárias e m variáveis


independentes.

26
Cálculo Diferencial e Integral III
__________________________________________________________________

Suponhamos que u seja uma função diferenciável de n variáveis x 1 , x 2 ,..., x n e que

cada uma dessas variáveis seja por sua vez, uma função de m variáveis y1 , y 2 ,..., y m . Além

 xi
disso, suponhamos que cada uma das derivadas parciais i  1,2,..., n; j  1,2,..., m
 yi

exista. Então, u é uma função de y1 , y 2 ,..., y m , e

 u   u   x 1    u   x 2   u   x n 
      ...    
 y 1   x 1   y 1    x 2   y 1    xn   y 1 

u   u   x 1    u   x 2   u   x n 
       ...    
 y 2   x 1   y 2    x 2   y 2    xn   y 2 

u   u   x 1   u   x 2   u   x n 
         ...    
 y m   x 1   y m    x2   y m    xn   y m 

Suponhamos agora que u seja uma função diferenciável de duas variáveis x e y, e


que ambas x e y sejam funções diferenciáveis de uma variável t. Então, u será uma função
de uma só variável t, e assim, em lugar da derivada parcial de u em relação a t, temos a
derivada ordinária de u em relação a t, dada por

du   u  dx    u  dy 
    
dt   x  dt    y  dt 

27
Cálculo Diferencial e Integral III
__________________________________________________________________
du
Denominamos de derivada total de u relação a t. Se u é uma função
dt
diferenciável de n variáveis x 1 , x 2 ,..., x n e cada x i é uma função diferenciável de uma só
variável t, então u é uma função de t e a derivada total de u em relação a t é dada por

du   u  dx 1    u  dx 2   u  dx n 
      ...    
dt   x 1  dt    x 2  dt    xn  dt 

du n
 u  dx i 
    
dt i1   x i  dt 

Exemplo:Use a lei dos gases ideais PV  kT com k  10 para calcular a


razão de variação da temperatura no instante em que o volume do gás é V  120 cm3 e o
din 3
gás está sob uma pressão de P  8 se o volume cresce a uma razão de 2 cm ea
cm 2 s

pressão decresce a uma razão de 0,1 din por segundo.


cm 2

28
Cálculo Diferencial e Integral III
__________________________________________________________________

 Exercícios

 Nos exercícios abaixo efetue a operação pedida:


 w  u3  u2 v  3v  w w  x 3  y 3
   x 
u  sen( xy ) 
1) 
1 dw
 w 5) x 
v  y ln x   t1 dt

  y  t
 y  t  1

w  u 2  v 2  w  w  lnu  v 

 s
  r  2t dw
2) u  re  6) u  e
  w  dt
 v  s 2 e r   s v  t  t
3 2

p  u 2 cos vw   w  r 2  s tg(v)


 
u  xye rs p r  sen 2 t dw
3)  7) 
v  s lnxyr  r s  cos t dt
 w  ys  r senx  v  4 t
 

 t
w  x 2 y 3 z 4
w  e
v  w
  r 
 x  2t dw
4)  t  r  s
2 2
 8) 
  w  y  3t  2 dt
v  r  s
3 3
  s z  5 t  4

 Se w  f x, y , x  r cos  e y  r sen  , mostre que:

2
 w
2 2 2
 w 1  w  w
   2       
 r  r    x y

29
Cálculo Diferencial e Integral III
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 w  w
 Se w  f x 2  y 2  , mostre que : y   x    0 .
x y

 Resolver os seguintes problemas

pols
O raio r e a altura h de um cilindro circular reto aumentam às taxas de 0,01
min
pols
1) e 0,02 , respectivamente. Determine a taxa à qual o volume está
min
aumentando no instante em que r = 4 pol e h =1 pol. A que taxa área da
superfície curva varia neste instante ?

Os lados iguais de um triângulo isósceles e o ângulo por eles formado aumentam a



razão de 0,1 e 2 0 / hora , respectivamente. Determine a razão de variação
2) hora
da área do triângulo no instante em que o comprimento dos lados iguais é 20 pés
0
e o ângulo por eles formado é de 60 .

A pressão p, o volume V e a temperatura T de um gás confinado relacionam-se


pela equação: pV  cT , onde c é uma constante. Se as taxas de variação de p e
3)
dp dV dT
V são e respectivamente. Estabeleça uma fórmula para .
dt dt dt

dr
Se o raio r da base e a altura h de um cilindro circular reto variam à razão de e
dt
4) dh dV
, respectivamente. Estabeleça Uma fórmula para , onde V é o volume do
dt dt
cilindro.

30
Cálculo Diferencial e Integral III
__________________________________________________________________

 Extremos de Funções de Várias Variáveis

Definição:Dizemos que uma função f de duas variáveis tem um valor


máximo absoluto em um disco B no plano xy se existir um ponto x 0 , y 0  em B tal que

f x 0 , y 0   f (x, y) para todo ponto x, y em B. Assim, f x 0 , y 0  é o valor máximo

absoluto de f em B.

Definição:Dizemos que uma função f de duas variáveis tem um valor mínimo


absoluto em um disco B no plano xy se existir um ponto x 0 , y 0  em B tal que

f x 0 , y 0   f (x, y) para todo ponto x, y em B. Assim, f x 0 , y 0  é o valor mínimo

absoluto de f em B.

Teorema: Seja B um disco fechado no plano xy, e seja uma função f de duas
variáveis que é contínua em B. Então existe no mínimo um ponto em B, onde f tem
umvalor máximo absoluto e no mínimo um ponto em B, onde f tem um valor mínimo
absoluto.

Definição:Dizemos que uma função f de duas variáveis tem um valor


máximo relativo no ponto x 0 , y 0  se existir um disco aberto Bx 0 , y 0 ;r  tal que

f x 0 , y 0   f (x, y) para todo ponto x, y no disco aberto B.

Definição:Dizemos que uma função f de duas variáveis tem um valor


mínimo relativo no ponto x 0 , y 0  se existir um disco aberto Bx 0 , y 0 ;r  tal que

f x 0 , y 0   f (x, y) para todo ponto x, y no disco aberto B.

31
Cálculo Diferencial e Integral III
__________________________________________________________________
 Teste da Derivada Parcial Primeira

Teorema: Se f (x, y) existe em todos os pontosde Bx 0 , y 0 ;r  e f tem um

f f
extremo relativo em x 0 , y 0  ; então se e existirem, isso implica em:
x x =x 0
y= y0
y x =x 0
y= y0

f f
 0
x x =x 0
y= y0
y x =x 0
y= y0

f f
Definição: Um ponto x 0 , y 0  para o qual 0 e 0
x x =x 0
y= y0
y x =x 0
y= y0

échamado de um ponto crítico.

O teorema que diz que as derivadas primeiras são nulas nos extremos relativos de
uma função de duas variáveis é uma condição necessária mas não suficiente para que a
função tenha um extremo relativo. Tal situação ocorre em um ponto chamadoponto de sela.

Por exemplo: f x, y  y 2  x 2

32
Cálculo Diferencial e Integral III
__________________________________________________________________

 f x, y  f x, y
Para esta função temos que  2 x e  2y .
x y
 f 0,0   f 0,0 
e são iguais a zero. Parece que esta função não satisfaz as definições
x y
acima.

 Teste da Derivada Parcial Segunda

Teorema: Se uma função f de duas variáveis, tal que f e suas derivadas parciais
primeira e segunda ordem forem contínuas em um disco aberto Ba, b; r  ; e, além disso,
 f a, b   f a, b 
suponhamos que   0 , então, podemos calcular o determinante
x y

Hessiano:

 2 f a, b   2 f a, b 
 x2 xy
Ha, b  
 f a, b   2 f a, b 
2 .

yx  y2

fxx a, b  fxy a, b 


Utilizando uma notação melhor Ha, b  
f yx a, b  f yy a, b 

e ainda temos que:

33
Cálculo Diferencial e Integral III
__________________________________________________________________

 f a, b 
2
f x, y  tem um valor mínimo relativo em a, b  se Ha, b   0 e 0
2
x

 f a, b 
2
f x, y  tem um valor máximo relativo em a, b  se Ha, b   0 e 0
2
x

f x, y  não tem um extremo relativo em a, b  se


Ha, b   0

[ponto de sela]
Não podemos chegar a conclusão alguma se Ha, b   0

Exemplo: Dada a função f x, y definida por: f (x, y)  6x  4 y  x 2  2y 2


determine os pontos críticos e classifique-os.

Esta função representa um parabolóide em um eixo vertical , com vértice em


3 ,  1 , 11 e concavidade para baixo.

34
Cálculo Diferencial e Integral III
__________________________________________________________________

Podemos concluir que f(x, y)  f(3 , - 1) para todo (x, y) , então f (3 , - 1)  11


é um valor de máximo relativo que também é um valor de máximo absoluto de f em
2 .

 Técnica dos Multiplicadores de Lagrange - Extremos


Condicionados

Suponhamos que queiramos encontrar os pontos críticos de uma função f de três


variáveis x, y e z sujeitos a condição gx, y, z   0 . Introduziremos uma nova variável,
normalmente denotada por,  e formaremos a função auxiliar:
Fx, y, z,    f x, y, z     gx, y, z  . O problema se torna, assim, encontrarmos os
pontos críticos de uma função de quatro variáveis x, y ,z e  .

Exemplo: Demonstrar que a caixa com maior volume, que possa ser colocado
dentro de uma esfera, tem a forma de um cubo.

35
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Exercícios

 Determinar e classificar os extremos relativos de f (x, y) , se existirem:

1) f (x, y)  18 x 2  32 y 2  36 x  128 y  110 4) f (x, y)  x 3  y 3  18 xy

1 64
2) f ( x , y)    xy 5) f (x, y)  4xy 2  2x 2 y  x
x y

f(x, y)  sen(x  y)  sen(x)  sen(y) 2x  2 y  1


3) 6) f (x, y) 
onde 0  x  2 e 0  y  2 x 2  y2  1

 Use o método dos multiplicadores de Lagrange para encontrar os pontos


críticos das funçõesabaixo sujeitas às condições indicadas:

f (x, y)  x 2  2xy  y 2 com a f (x, y)  4x 2  2y 2  5 com a condição


1) 4)
condição x  y  3 x 2  y 2  2y

f (x, y)  x 2  xy  2y 2  2x com a f (x, y, z)  x 2  y 2  z 2 com a condição


2) 5)
condição x  2y  1 3x  2y  z  4

f (x, y)  25  x 2  y 2 com a condição f (x, y, z)  x 2  y 2  z 2 com a condição


3) 6)
x 2  y2  4y y2  x 2  1

36
Cálculo Diferencial e Integral III
__________________________________________________________________

 Encontre três números cuja soma seja N N  0 tal que seu produto seja o maior
possível.

 Determine as dimensões relativas de uma caixa retangular sem tampa, que será
2
feita com 1 m de material de tal forma que seu volume seja o maior possível.

 Um disco circular tem a forma da região limitada pela circunferência


x 2  y 2  1. Se T graus é a temperatura em qualquer ponto x, y do disco e

T  2x 2  y 2  y , encontre os pontos mais quentes e mais frios do disco.

 Calcule os pontos da superfície y 2  xz  4 que estão mais próximos da origem


e encontre a distância mínima.

 Suponha que T graus seja a temperatura em qualquer ponto x, y, z  da esfera

x 2  y 2  z 2  4 e T  100  x  y 2  z . Calcule os pontos na esfera onde a temperatura é


mais quente e mais fria. Encontre também a temperatura em tais pontos.

37
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Introdução aos Operadores de Campo

 Campos Escalares

O termo campo é uma designação genérica para certos fenômenos que ocorrem e
que dependem da posição no espaço e geralmente também do tempo.

Temperatura é um escalar; num determinado instante, a temperatura em um corpo


aquecido não homogeneamente varia de ponto para ponto. Essa função Tx, y, z  é um
"campo escalar" - uma quantidade escalar que é uma função da posição no espaço. Na
figura - 10, procuramos representar o campo Tx, y, z  , num plano z  z1 de tal corpo,
através de contornos que são as isotímicas unindo os pontos de mesma temperatura – neste
caso chamado de isotermas - se nos fosse possível aqui uma representação tridimensional,
tais contornos seriam superfícies de mesma temperatura. Na figura abaixo procuramos
também representar algumas linhas indicando o fluxo de calor que é a quantidade de
energia térmica que atravessa um elemento de superfície perpendicular à sua direção, por

unidade de tempo e de área hx, y, z  para o corpo aquecido irregularmente.

T1
T2

38
Cálculo Diferencial e Integral III
__________________________________________________________________

Tomando valores idênticos de um campo escalar, temos o que Morse e Feshbach


denominaram de isotímica, então as isotímicas ocorrem para f x 1, x 2 , x 3, , x n   c ,

onde c é uma constante real.

Para cada caso temos um nome específico para a isotímica. Por exemplo:

Isotermas São curvas que representam pontos de mesma temperatura

Isométricas São curvas que representam pontos de mesmo volume

Isobáricas São curvas que representam pontos de mesma pressão

São curvas que representam pontos da superfície marítima que tem a


Isoalinas
mesma salinidade

São curvas que representam pontos da superfície da terra que tem a


Isoclínicas
mesma declividade magnética

São curvas que representam pontos do interior do globo terrestre que


Isogeotérmicas
tem a mesma temperatura

São curvas que representam pontos de mesmo índice de


Isoietas
pluviosidademédia anual

São curvas que representam pontos de mesma densidade de qualquer


Isopícnicas
material como água, ar...

Curvas de São curvas que representam pontos de mesma altitude na superfície


nível terrestre

39
Cálculo Diferencial e Integral III
__________________________________________________________________
Exemplos: Trace algumas isotímicas para as funções abaixo:

1) z  y  senx  2) z  y  x2 3) z  y  ex

As isotímicas ocorrem quando f x, y  C , assim vamos atribuir alguns valores


para C e traçar o gráfico num mesmo plano cartesiano para cada uma das funções do
exemplo acima:

z  y  senx  Isotímicas:

3 Y

C=2
1

C=1
X
-6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6

C=0
-1

C=-1
-2

C=-2

-3

40
Cálculo Diferencial e Integral III
__________________________________________________________________

z  y  x2 Isotímicas:

6 Y

5
C=2
4

C=1
3

2
C=0

1
C=-1
X
-3 -2 -1 0 1 2 3

-1 C=-2

-2

-3

z  y  ex Isotímicas:

4 Y

C=2
3

C=1
1

X
C=0
-2 -1 0 1 2

-1

C=-1 -2

-3

C=-2
-4

41
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Campos Vetoriais

A velocidade das partículas de um fluido que escoa por um tubo de diâmetro e/ou
eixo variáveis é diferente em módulo e/ou direção em diferentes pontos do tubo; a
velocidade constitui, portanto um exemplo de campo vetorial como representado de forma
esquemática na figura abaixo.

v
Para que possamos trabalhar de forma matemática com campos, é necessário
ferramentas chamadas operadores. É o que vamos ver a seguir.

42
Cálculo Diferencial e Integral III
__________________________________________________________________

 Operadores

Um operador é um ente matemático que aplicado a uma função colocada à sua


direita transforma-a em outra função das mesmas variáveis.

Por exemplo, vamos supor o seguinte operador diferencial, observando que um


d
operador não tem que se necessariamente diferencial   , assim podemos escrever:
dx
Âf x   gx 

neste exemplo o operador diferencial  atua sobre uma função f x  colocado à sua direita

e resulta a função gx  , de fato a derivada de uma função f x  em relação à variável x

resulta em outra função de x  gx  , ou seja,


df (x )
 g(x ) .
dx
Ainda em relação ao exemplo acima, vamos supor que f (x )  x 3 a pergunta que se

faz é: qual é o resultado de Âf ( x ) ? A resposta é evidente: 3x 2 .

Definimos o produto de dois operadores ÂB̂ como o operador correspondente à


aplicação sucessiva das operações B̂ e  nesta ordem - O que é coerente com a convenção

de que um operador atua na função que se encontra à sua direita - assim, se   e
x

 
B̂  x , o resultado de ÂB̂  x  será:

  
 x x  

xx   x   x x    1  x  x 
 x  x x  x 

        
logo podemos ver que ÂB̂   x   1  x   B̂Â   x  e portanto a
 x   x   x 
multiplicação de dois operadores não é necessariamente comutativa.

Trabalhar com operadores, a principio parece ser difícil, mas na realidade não é e
veremos que isso vai nos poupar muito tempo e muito cálculo.

43
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Gradiente de um Campo (ou Função) Escalar

Definiremos gradiente como resultado de uma aplicação de um operadorsobre um



campo ou uma função escalar. O operador diferencial vetorial é o nabla  representado em
coordenadas cartesianaspor:

   
 î  ĵ  k̂
x y z


Assim  x, y, z  nos fornecerá o gradiente da função ou campo escalar

x, y, z  .

 Significado do Gradiente

O gradiente de uma função escalar sempre está na direção na qual a função


tem sua máxima razão de variação.

Exemplo 1: Calcular o gradiente da função escalar:   x 2  y 2  z 2 


1

2


Exemplo 2: Dado o gradiente   yz î  xz ĵ  xyk̂ , calcular a função escalar
x, y, z 

Exemplo 3: Dado o gradiente   yz î  xz ĵ  xyk̂ e xyz , calcular a função


escalar x, y, z 

44
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Derivada Direcional

Seja uma função f (x, y, z) , se suas derivadas parciais existirem, a derivadana

direção de um vetor û unitário pode ser calculado através da seguinte relação:



D û f (x, y, z )  û.f ( x, y, z )

Exemplo 4: Calcular a derivada direcional Dû f (x, y) onde


f (x, y)  3x 2  y 2  4x e û é um vetor unitário na direção .
6


Neste caso o vetor unitário u é:

  
sen 
 6

j

6

  
x
i cos 
 6

3 1
û  î  ĵ , note que o vetor já está normalizado.
2 2
D û f ( x, y)  3 3 x  y  2 3

45
Cálculo Diferencial e Integral III
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Exemplo5: Calcular a derivada direcional de f (x, y, z) no ponto P(2,1,3) da



funação f (x, y, z)  2x 2  3y 2  z 2 na direção do vetor a  î  2k̂ .

Aqui o vetor não está normalizado

4
D û f (2,1,3)  
5

O sinal negativo indica que f diminui na direção considerada.

Teorema: Se f é uma função escalar tal que, através de um ponto P do espaço,


 
passa exatamente uma isotímica S de f, e f  0 em P, então f é ortogonal à reta
tangente à isotímica S em P, isto é, possui a direção normal de S em P. O mesmo vale para
superfícies isotímicas, só que neste caso o vetor gradiente é ortogonal ao plano tangente a S
no ponto P.

Exemplo 5: As isotímicas da função 


f x, y  ln x 2  y 2  são

circunferências concêntricas com centro na origem. O gradiente


 f f 2x 2y
f  î  ĵ  2 î  2 ĵ possui a direção normal às retas tangentes
x y x y 2
x  y2
àscircunferências, e sua direção é a de máximo crescimento de f.


Por exemplo, no ponto P : 2,1 temos: f (2,1)  î  ĵ
4 2
5 5

46
Cálculo Diferencial e Integral III
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Exemplo 6:Determinar um vetor unitário normal n̂ ao plano tangente à


superfície cônica de revolução z 2  4x 2  y 2  no ponto P1,0,2 .

Podemos encarar o cone como a superfície de nível f 0 da função


 
f (x, y, z)  4 x 2  y 2  z 2 . Então

 
f  8x î  8 yĵ  2zk̂ e em P , f  8î  4k̂ , aplicando o teorema acima,

f 2 1
n̂   î  ĵ é um vetor normal unitário em P, e  n̂ é o outro.
f 5 5

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Cálculo Diferencial e Integral III
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Cálculo Diferencial e Integral III
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 Divergência de um Campo Vetorial


Seja vx, y, z  uma função vetorial com componentes
v 1 x, y, z , v 2 x, y, z , v 3 x, y, z  diferenciáveis em x ,y e z então o campo vetorial pode

ser escrito vx, y, z   v 1 x, y, z î  v 2 x, y, z  ĵ  v 3 x, y, z k̂ .
como: Chama-se

divergência da função vetorial vx, y, z  , a função escalar:

   
  v   î 

ĵ 
 
 
k̂   v 1 x, y, z î  v 2 x, y, z  ĵ  v 3 x, y, z k̂ ou
z 
 x y

  v x, y, z  v 2 x, y, z  v 3 x, y, z 


v  1  
x y z

A interpretação física do divergente está relacionada com fluxo.


Vamos supor um campo de escoamento de um fluido que pode ser real; não precisa
ser ideal como a “água seca”, tal fluido escoa na tubulação esquematizada abaixo.

Analisaremos o que ocorre nas vizinhanças dos pontos marcados na figura, tomando
os fluxos de entrada e saída de um elemento de volume dv.

49
Cálculo Diferencial e Integral III
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Veremos o que ocorre nas vizinhanças dos pontos  e :

dv

E S

S = E

Se  E e  S são os fluxos de entrada e saída respectivamente, observamos que o


fluxo de entrada é o mesmo fluxo de saída, portanto não houve ganho nem perde de fluido,
 
assim; neste caso,    S   E  0 , portanto   vx 0 , y 0 , z 0   0 . O campo vetorial
nestes pontos é classificado de incompressível em mecânica de fluidos e de solenoidal no
caso de eletrodinâmica.
Nos nas vizinhanças dos pontos  e :

dv

E S

S > E

Aqui sai mais fluido do que entra, então tem que haver uma fonte de fluido.
 
   S   E  0 , portanto   vx 0 , y 0 , z 0   0 .

50
Cálculo Diferencial e Integral III
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Nas vizinhanças do ponto 

S < E
dv

S
E

Agora entra mais fluido do que sai, então tem que haver um sorvedouro de fluido.
 
   S   E  0 , portanto   vx 0 , y 0 , z 0   0 .

Convém lembrar essa teoria é completamente geral, não sendo restrita somente à
mecânica de fluidos.
A mesma teoria pode; e, é usada para campos de massa, carga e energia.

Exemplo 1: Determinar a divergência da função vetorial:




vx, y, z   e x seny î  cosy  ĵ 

Exemplo 2: Determinar a divergência da função vetorial:

 x î  yĵ  zk̂
vx, y, z  
x 2
 y2  z 2 
3

51
Cálculo Diferencial e Integral III
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Exemplo 3: Seja a função vetorial vx, y, z   yx 2 î  y 2 x 3 ĵ  zx 2k̂ ,esboçar,
no plano cartesiano, as regiões onde há fontes, sorvedouros e onde o campo é solenoidal.

 Rotacional de um Campo Vetorial

Sejam x, y, z coordenadas Cartesianas ortogonais no espaço e



vx, y, z   v 1 x, y, z î  v 2 x, y, z  ĵ  v 3 x, y, z k̂ uma função vetorial diferenciável.
Então a função vetorial

î ĵ k̂
    
v 
x y z
v1 v2 v3


é chamada de rotacional da função ou campo vetorial vx, y, z  .

O significado físico do rotacional está ligado à uniformidade dos campos vetoriais,


como mostram as seguintes figuras:

52
Cálculo Diferencial e Integral III
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 
  v  0 , nestes casos a hélice vai girar porque as linhas de campo não estão
igualmente espaçadas - os campos não são uniformes.

 
  v  0 , neste caso a hélice não vai girar porque as linhas de campo estão
igualmente espaçadas - o campo é uniforme.

 
Exemplo:Sejam u  y î  z ĵ  xk̂ e v  xy î  yz ĵ  zxk̂ . Determinar:

           
1)   u  v  2)   u  v  3) u    v 4) vu

53
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Exercícios

 Campos Escalares

1) Determinar as isóbares dos campos de pressão definidos no plano xy pelas


seguintes funções. Fazer os gráficos de algumas isóbares.

p  ln x  y 
2 2
py p  xy 5) p  e  cos y 
2 2 x
1) 2) 3) p  x  y 4)  

2) Determinar as isotermas dos campos de temperatura definidos no plano xy. Faça


o esboço do gráfico.

1) T xy 2) T xy 3)
2
T  3x y  y
3

2 3
3) Considerar o campo escalar de temperaturas T  3 x y  y

1) Determinar a temperatura nos pontos (1 , 1) , (-2 , 2) , (3 , 4).


2) Determinar a região onde T  0 .
3) Determinar e fazer o gráfico de T sobre as retas y  x e y  x .
2 2
Determinar uma fórmula para T sobre a circunferência unitária x  y  1
4)
.

54
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Gradiente e Derivada Direcional

4) Determinar o gradiente das funções abaixo

1) f  2x  y 7 ) f  xyz

2) f  e  cos y  8 ) f  yz  zx  xy


x

3) f  senx   cos y 
2 2 2
9) f x y z

10) f  exyz 
2 2
4) f  x  y

5) f  ln x  y  11) f  cos x  y  z 


2 2 2 2 2

x
6) f  arctan y 
 


5) Fazer os gráficos de algumas isotímicas ( f  constante ). Determinar  f e indicar

f por setas em alguns pontos das isotímicas.

y
1) f  2x  3 y 2) f 3) f  xy
x

2 2 2 2 2 2
4) f  x y 5) f  9x  y 6) f  4x  9y

 
6) Determinar uma função f tal que v   f se for possível


 v  x î  yĵ  k̂ 
1) v  î  ĵ  k̂ 2) 3) v  x î  2 yĵ  zk̂

4)

v  x  y î  x  y  ĵ  z  y k̂ 5)

v 2

x î  yĵ  6)

v  e x  seny î  e x  cos y  ĵ
x  y2

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Cálculo Diferencial e Integral III
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7)Determinar a derivada dirigida de f na direção de a onde

 
1)
2
f x y
2
P : 2,3  a = î + ĵ 5) f  x  2 y  z P : 1,4,0  a = ĵ - k̂
 
2) f  2x  3 y P : 0,2  a = 3 ĵ 6)
2
f  x y +z
2 2
P : 2,0,3  a = 2 î - ĵ

P : 1,2  P : 3,2,-1

7) f  x  y  z
2 2
3) f  x  y a = î - ĵ a = 3 î + 2 ĵ - 2k̂

 1 
P : 1,2,-3 
y
P : 3,-13 
a = 9 î - 3 ĵ f
4) f 8) 2 2 2 a = 2 î - 3 ĵ + k̂
x x y z

8) Quais são as derivadas direcionais de uma função f (x, y, z) nas direções x , y e z ?

  
9) Mostrar que fg  fg  gf

2  
10)Mostrar que  2  fg   f 2g  2f  g  g 2 f onde     

 Divergencia

11) Determinar a divergência das seguintes funções vetoriais:


1) vx, y   x î  yĵ


5) vx, y, z   x  y  z  î  ĵ  k̂ 
 
2) vx, y   y 2 î  x 2 ĵ 6) vx, y, z   x 2 î  y 2 ĵ  z 2k̂

3) vx, y   x 2  3 y 2 î

7) v  x, y, z   yx 2 i  zx 2k

4) vx, y, z   x 2 î  y 2 ĵ  zk̂

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Cálculo Diferencial e Integral III
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12) Mostrar que

1)   f    f 3)   fg  f g  f  g
  2   2  

    
4)   fg    gf   f g  g f
     2 2
2)   fv  f  v  v  f

 Rotacional

13) Determinar o rotacional das seguintes funções vetoriais:


1) v  x, y   y i  x j 5) vx, y, z   x  z î  y  z  ĵ

 x î  yĵ  zk̂
6) vx, y, z  

2) vx, y, z   y î  z ĵ  xk̂
x 2
 y2  z 2 
3


3) vx, y, z   z 2 î  x 2 ĵ  y 2k̂

7) vx, y, z   e x yz î  ĵ  k̂  
 
4) vx, y, z   x 2 î  y 2 ĵ  zk̂ 8) vx, y, z   e x  seny î  e y  cos y  ĵ

14)Mostrar que

3)     v  0
         
1)   u  v    u    v
              
2)   fv  f  v  f  v 4)   u  v  v    u  u    v

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Cálculo Diferencial e Integral III
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 Equações Diferenciais

Uma equação diferencial é uma equação que envolve uma função e suas derivadas.

Exemplos

3
 d2 y 
7 2
dy  dy  3  dy 
 5x  3  2   3 y  y    5x
dx  dx   dx   dx 
2
d2 y  dy  2y 2y
e y
 2  1 4 2 0
dx 2
 dx  t 2 x

d3 y d2 y
4  sen x  2  5xy  0
dx 3 dx

Uma equação diferencial ordinária é aquela em que a função depende de apenas


uma variável independente. Se a função depende de duas ou mais variáveis, temo uma
equação diferencial parcial.

Exemplos

- São equações diferenciais ordinárias:

3
d y
7 2
 dy  3  dy 
2
dy
 5 x  3 e  
2 
 3 y  y    5x
dx  dx   dx   dx 

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Cálculo Diferencial e Integral III
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- equação diferencial parcial:

2y 2y
 4 0
t 2 x 2

A ordem de uma equação diferencial é a ordem da mais alta derivada que nela
comparece.

Exemplos

dy
- A equação diferencial  5 x  3 é de primeira ordem.
dx

2
d2 y  dy 
- As equações diferenciais e y  2  1 ;
 dx 
2
dx

3
 d2 y 
7 2
 dy  3  dy  2y 2y
 2   3 y  y    5 x e 2  4 2  0 são de segunda ordem.
 dx   dx   dx  t x

d3 y d2 y
- A equação diferencial 4  sen x   5xy  0 é de terceira ordem.
dx 3 dx 2

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Cálculo Diferencial e Integral III
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 Notação

É usual representar por y' , y' ' , y' ' ' , y 4  ,..., y n  as derivadas primeira, segunda,
terceira, quarta,..., n-ésima em relação à variável independente em questão. Assim
d2 y
y' '  se a variável independente for x, mas se a variável independente for p, então
dx 2

d2 y
y' '  .
dp 2

O uso dos parênteses em y n  é para distingui-la da n-ésima potência y n . Se a


variável independente for o tempo (t) , as linhas, em geral, são substituídas por pontos.
dy  d 2 y d3 y
Assim y  ; y  2 ; y  3 .
dt dt dt

Por exemplo, a segunda lei de Newton :

dp
- Na forma escalar F  onde p é o momento linear, pode ser escrita como
dt
F  p

 dp
- Na forma vetorial F  onde p é o momento linear, pode ser escrita como
dt
 
F  p

60
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Soluções

Uma solução de uma equação diferencial na função y com variável independente x


no intervalo a, b é uma função y(x) que verifica a equação diferencial identicamente para

todo o intervalo x  a, b .

Exemplo: Verificar se yx   c 1 sen 2x  c 2 cos 2x , onde c 1 e c 2 são


constantes quaisquer, é solução de y' '4y  0

Exemplo:Dada a equação diferencial y'4  y 2  1 verificar se

yx   x 2  1 é solução.

Se observarmos, veremos que a equação diferencial acima não tem solução pois a
soma de dois números quaisquer elevados a uma potência par, jamais vai resultar em um
número negativo !

Contrariamente à equação do exemplo acima, existem equações diferenciais que


admitem infinitas soluções, que é o caso da equação diferencial y' '4y  0 com soluções

yx   c 1 sen 2x  c 2 cos 2x ; variando as constantes, teremos infinitas soluções.

Pode ocorrer, entretanto, que uma equação diferencial admita apenas uma solução,
como y'  y 2  0 que só admite solução y  0 .
4

Uma solução particular de uma equação diferencial é qualquer uma das soluções
enquanto que a solução geral de uma equação diferencial é o conjunto de todas as
soluções.

61
Cálculo Diferencial e Integral III
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Por exemplo a equação y' '4y  0 tem como solução geral

yx   c 1 sen 2x  c 2 cos 2x e algumas soluções particulares são:

c1 c2 yx 
5 3 5 sen 2x  3 cos 2x
1 0 sen 2x
0 0 0

Nem sempre se pode expressar mediante uma fórmula única asolução geral de uma
1
equação diferencial. Por exemplo y' y 2  0 , tem duas soluções particulares y  e
x
y  0 , mas a fórmula geral não pode ser determinada.

62
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Problemas de Valores Iniciais e de Valores no


contorno

Equação diferencial juntamente com condições subsidiárias sobre a função e suas


derivadas,todas para o mesmo valor da variável independente, constitui um problema de
valores iniciais . As condições subsidiárias são condições iniciais . Se as condições
subsidiárias são dadas para mais de um valor para a variável independente, temos o
problema de valores no contorno e as condições subsidiárias são as condiçõesde contorno

Exemplo: O problema y' '2y'  e x , com y  1 , y'   2 é um


problema de valores iniciais, pois ambas as condições são dadas no ponto x   . Já o
problema y' '2y'  e x y0  1, com y' 1  1 é problema de valores no contorno ,
porque as duas condições são dadas para valores distintos x  0 e x  1.

Uma solução de valores iniciais ou valores no contorno é uma função yx  que,
simultaneamente, resolve a equação diferencial e verifica todas as condições
subsidiárias.

Exemplo: Calcule a solução do problema de valor no contorno da a equação


 
diferencial y' '4y  0 quando y   0 , y   1 , sabendo que a solução geral da
8 6
equação é yx   c 1 sen 2x  c 2 cos 2x .

63
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Classificação de Equações Diferenciais de

Primeira Ordem

 Forma Padrão e Forma Diferencial

A forma padrão de uma equação diferencial de primeira ordem na função yx  é

y'  f x, y onde a derivada y' aparece apenas no lado esquerdo da equação. Muitas (não
são todas ) equações diferenciais de primeira ordem podem ser escritas na forma padrão
resolvendo-se algebricamente em relação a y' e igualando a f x, y ao membro do lado
direito da equação resultante.

A função f x, y pode sempre ser escrita como o quociente de duas outras funções

dy  Mx, y
Mx , y  e  Nx , y  assim:   Nx, ydy  Mx, ydx ou
dx Nx, y

Mx, ydx  Nx, ydy  0 que é a forma diferencial da equação diferencial.

 Equações Diferenciais Lineares

Seja uma equação diferencial na forma padrão y'  f x, y se f x, y pode ser

escrita como f x, y  px y  qx  a equação diferencial é linear. As equações


diferenciais lineares de primeira ordem podem sempre expressar-se como:
y'px y  qx  .

64
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Equações Diferenciais Homogêneas

Uma equação diferencial na forma padrão y'  f x, y é homogênea se:


f tx, ty  f x, y para todo t real.

 Equações Diferenciais Separáveis

Consideremos uma equação diferencial na forma Mx, ydx  Nx, ydy  0 . Se

Mx, y   Ax  e Nx, y  By , a equação é separávelou de variáveis separadas.

 Equações Diferenciais Exatas

Uma equação diferencial na forma diferencial Mx, ydx  Nx, ydy  0 é exata

 Mx, y   Nx, y
se: 
y x

Exemplo:Escreva as equações diferenciais na forma padrão:

1) y'3  y 2  y  sen x 2) x  ydx  y 2 dy  0 3) e 2x



 y dx  e x dy  0

Classificar as equações diferenciais:

1) y'  xy  1 ; xy  1dx  dy  0


x2
2) y'  2
; x 2 dx  y 2 dy  0
y

3)  2 2

y'  2xy  x ; 2xye  x  xe  x dx  e  x dy  0
2

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Cálculo Diferencial e Integral III
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 Equações Diferenciais de Primeira Ordem

Separáveis

 Solução Geral

A solução geral da equação diferencial de primeira ordem Ax dx  Bydy  0 é

 Ax dx   Bydy  c onde c é uma constante arbitrária. Nem sempre é possível

resolver as integrais acima. Em tais casos utiliza-se técnicas numéricas para obter soluções
aproximadas, e mesmo que seja possível efetuar as integrações, nem sempre se pode
resolver algebricamente em relação a y em termos de x . Em tais casos deixa-se a solução
na forma implícita.

Exemplo:Resolver as seguintes equações diferenciais:

dy
 e xy  x 2 e y
dx e 2x  
xe x dx  y 5  1 dy  0 com y0  0
2

1) 2)  2 3)
dx dt t 4

66
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Redução de Equações Diferenciais Homogêneas

dy
A equação diferencial homogênea  f x, y  , gozando da propriedade
dx
f tx, ty  f x, y pode ser transformada em ume equação diferencial separável mediante a
dy dv
uma substituição y  xv juntamente com a respectiva derivada  vx
dx dx

A equação resultante nas variáveis v e x é resolvida como na equação diferencial


separável; a solução procurada é obtida por retrossubstituição.

dy
Alternativamente, a solução de  f x, y  pode ser obtida escrevendo-se a
dx
dx 1
equação diferencial como :  e fazendo-se a substituição x  yu juntamente
dy f x , y 

dx du dx 1
com a derivada correspondente  u y . A equação  será
dy dy dy f x , y 

transformada, após a substituição em uma equação diferencial de variáveis u e v separáveis.

Em geral, é indiferente qual o método de resolução seja utilizado.

Há casos, entretanto em que uma das substituições é superior à outra. Em tais casos,
a própria forma da equação diferencial indica a melhor substituição.

dy 2 y 4  x 4
Exemplo:Resolver a equação diferencial  .
dx xy 3

67
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Equações Diferenciais Exatas

 Propriedades Definidoras: Uma equação diferencial


Mx, ydx  Nx, ydy  0 é exata se existe uma função gx, y tal que

dgx, y  Mx, ydx  Nx, ydy

 Teste de Exatidão: Mx, y e Nx, y são funções contínuas dotadas de


derivadas parciais primeiras continuas em um retângulo do plano xy, então
 Mx, y  Nx, y
Mx, ydx  Nx, ydy  0 é exata se e somente se 
y x

 Método de Resolução: Para resolver a equação


Mx, ydx  Nx, ydy  0 , supondo-a exata, resolvemos primeiro as equações

 gx, y   gx, y
 Mx, y  e  Nx, y em relação a gx, y . A solução de
x y

Mx, ydx  Nx, ydy  0 é então dada implicitamente por gx, y  c onde c é uma
constante arbitrária.

A equação gx, y  c é consequência imediata das equações

Mx, ydx  Nx, ydy  0 e dgx, y  Mx, ydx  Nx, ydy . levando esta ultima na
anterior obtemos dgx, yx   0 , assim se o diferencial de uma função for nulo é porque a

função é necessariamente uma constante e isso implica em gx, y  c .

68
Cálculo Diferencial e Integral III
__________________________________________________________________

 Fatores de Integração: Em geral, a equação


Mx, ydx  Nx, ydy  0 não é exata. Eventualmente, é possível transforma-la em uma
equação diferencial exata mediante uma multiplicação adequada.

Uma função Ix, y é um fator de integração de Mx, ydx  Nx, ydy  0

se a equação Ix, yMx, ydx  Nx, ydy  0 é exata. Obtém-se uma solução de

Mx, ydx  Nx, ydy  0 resolvendo-se a equação diferencial exatadefinida por

Ix, yMx, ydx  Nx, ydy  0 .

Alguns fatores de integração mais comuns são apresentados pelas condições


que seguem:

1   M  N g  x dx
Se     gx  é função de x somente, então Ix, y   e 
N  y x 

1   M  N  h y dy
Se     hy  é função de y somente, então Ix, y  e 
M  y x

Exemplo 1:Determine se a equação diferencial

 
2xydx  1  x 2 dy  0 é exata.

Esta equação tem a forma da Equação Mx, ydx  Nx, ydy  0 com
M N
Mx, y  2xy e Nx, y  1  x 2 . Como   2x , a equação diferencial exata.
y x

69
Cálculo Diferencial e Integral III
__________________________________________________________________

Exemplo 2: Resolva a equação diferencial 2xydx  1  x 2 dy  0

Já vimos que se trata de uma equação exata. Devemos agora determinar uma
 gx, y   gx, y
função gx, y que satisfaça as equações  Mx, y  e  Nx, y .
x y
 g
Levando Mx, y  2xy na primeira relação, obtemos  2xy . Integrando ambos os
x
 g
membros desta equação em relação a x, vem   x dx   2xydx ou

 gx, y
gx, y  x 2 y  h( y) com Nx, y  1  x 2 , em  Nx, y , Note que, ao
y
integrar em relação a x, a constante (em relação a x) de integração pode depender de y.

Determinemos agora hy  . Diferenciando gx, y  x 2 y  h( y) em relação


 g
 x 2  h' y , assim: x  h' y   1  x . Integrando esta última equação
2 2
ay, obtemos
y

em relação ay, obtemos hy  y  c 1 ( c 1 constante). Levando esta expressão em

gx, y  x 2 y  h( y) , obtemos: gx, y  x 2 y  y  c 1

A solução da equação diferencial, que dada implicitamente por gx, y  c como

x 2 y  y  c 2 c 2  c  c 1 

70
Cálculo Diferencial e Integral III
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Exemplo 3:Determine se a equação diferencial ydx  xdy  0 é


exata.

Esta equação tem a forma da equação Mx, ydx  Nx, ydy  0 com
M N
Mx, y  y e Nx, y  x . Aqui 1 e  1 que não são iguais. A equação
y x
diferencial não é, pois, exata.

Exemplo 4: Determine se a equação diferencial

x  sen ydx  x cos y  2ydy  0 é exata.

Aqui, Mx, y  x  sen y e Nx, y  x cos y e a equação diferencial é


exata.

Exemplo 5: Resolva a equação diferencial

x  sen ydx  x cos y  2ydy  0

Já vimos que esta equação é exata. Procuraremos agora uma função gx, y

 gx, y   gx, y
que satisfaça as equações  Mx, y  e  Nx, y . Levando Mx, y na
x y
 g
primeira relação, obtemos  x  sen y . Integrando ambos os membros desta equação
x
 g 1 2
em relação ax, obtemos   x dx   x  sen ydx ou gx, y  x  x sen y  h( y) .
2

71
Cálculo Diferencial e Integral III
__________________________________________________________________
1 2
Para achar h( y ) , diferenciamos gx, y  x  x sen y  h( y) em relação ay,
2
 g dh( y)
obtendo  x cos y  , em seguida levamos este resultado, juntamente com
y dy

 gx, y
Nx, y  x cos y  2y em  Nx, y . Achamos
y
dh( y) dh( y)
x cos y   x cos y  2 y ou  2 y de onde decorre que h( y)   y 2 sem a
dy dy

1 2
constante de integração. Levando este valor de h( y ) em gx, y  x  x sen y  h( y) ,
2
1 2
obtemos gx, y   x  xseny  y 2 . A solução da equação diferencial é dada
2

implicitamente por gx, y  c como


1 2
x  xseny  y 2  c . Neste caso não é possível
2
explicitar y com função de x.

72
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Equações Diferenciais de Primeira Ordem

Lineares do Tipo y'px y  qx 

 Método de Resolução

Uma equação diferencial linear de primeira ordem tem a forma y'px y  qx 

Um fator de integração para a esta equação é Ix   e  p x dx que depende apenas de x,
.
sendo independente de y. Multiplicando por Ix  ambos os membros da equação

y'px y  qx  , a equação resultante Ix y'px 


I x y  Ix qx  é exata. Esta equação
pode ser resolvida pelo método visto anteriormente. Um processo mais simples consiste em
dyx Ix 
escrever Ix y'px 
I x y  Ix qx  como  Ix qx  , integrar ambos os
dx
membros desta equação em relação ax e resolver em relação a y a equação resultante.

Exemplo 1: Determine um fator de integração para y'3 y  6

A equação diferencial tem a forma da equação y'px y  qx  , com

px   3 e qx   6 , e é linear. Aqui  px dx    3dx  3x de forma que

p  x dx p  x dx
Ix   e  se toma Ix   e   e 3 x que é o fator de integração procurado.

73
Cálculo Diferencial e Integral III
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Exemplo 2: Resolva a equação diferencial do problema anterior.

Multiplicando a equação diferencial pelo fator de integração definido por

Ix   e 3 x , obtemos e 3x y'3e 3x y  6e 3x ou



d ye 3 x 6e  3 x . Integrando ambos os
dx

 dye    6e
3 x 3 x
membros da última equação em relação a x, vem dx 

ye 3 x  2e 3 x  c  y  ce 3 x  2 .

Exemplo 3: Calcule um fator de integração para y'2xy  x

A equação diferencial tem a forma da equação , y'px y  qx  , com

px   2x e qx   x , e é linear. Aqui  px dx    2x dx  x


2
de forma que

p  x dx p  x dx
Ix   e  se toma Ix   e   e  x que é o fator de integração procurado.
2

Exemplo 4: Resolva a equação diferencial do problema anterior.

Multiplicando a equação diferencial pelo fator de integração definido por

Ix   e  x2
, obtemos e x2
y'2xe x2
y  xe x2
ou

d ye  x
2
  xe x2
. Integrando ambos os
dx

 dye    xe
 x2  x2
membros desta última equação em relação ax, vem dx 

1 1
ye  x   e  x  c  y  ce x  .
2 2 2

2 2

74
Cálculo Diferencial e Integral III
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Exemplo 5 :Determine um fator de integração para y'   y  x 4


4
x

A equação diferencial tem a forma da Equação y'px y  qx  , com px  


4
e
x
4
qx   x 4 , e é linear. Aqui  px dx   xdx  4 ln x  ln x 4 de modo que

p  x dx p  x dx
Ix   e  se toma Ix   e 
4
 e ln x  x 4 que é o fator de integração procurado.

Exemplo 6: Resolva a equação diferencial do problema anterior.

Multiplicando a equação diferencial pelo fator de integração definido por Ix   x 4 ,

temos x 4 y'4x 3 y  x 8 ou

d yx 4 
 x 8 . Integrando ambos os membros desta última
dx

 dyx    x
1 9 c 1
equação em relação a x, vem 4 8
dx  yx 4  x  c  y  4  x5 .
9 x 9

75
Cálculo Diferencial e Integral III
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 Exercícios

1) Nos exercícios abaixo, escreva as equações diferenciais em forma padrão

1) xy' y 2  0 7) x  ydx  y 2 dy  0
xy
2) e x y' x  y' 8) dx  dy  0
xy

xy
3) y'3  y 2  y  sen x 9) dx 
xy
dy  0

4) xy' cosy' y  1 10) e 2x



 y dy  e x dx  0

5) e y'  y  x 11) dy  dx  0

6) y'2  5 y'6  x  y y'2 

2) Nos problemas abaixo, as equações diferenciais são dadas na forma padrão e


na forma diferencial. Determine se as equações na forma padrão são homogêneas e/ou
lineares. Determine se as equações na forma diferencial tais como são apresentadas, são
separáveis e/ou exatas.

1) y'  xy ; xydx  dy  0

1
2) y'  xy ; xdx  dy  0
y

3) y'  xy ; xy  1dx  dy  0


2y
4) y'   ; 2xydx  x 2 dy  0
x

76
Cálculo Diferencial e Integral III
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5) y' 
xy 2
x 2 y  y3
; 
xy 2 dx  x 2 y  y 3 dy  0 

6) y'  
xy 2
x 2 y  y3
; 
xy 2 dx  x 2 y  y 2 dy  0 
7) y'  20xy  x ; 2xye  x2

 xe  x dx  e  x dy  0
2 2

3) Nos Problemas a seguir, resolva as equações diferenciais dadas ou os problemas


de valor de inicial

dy
1) xdx  ydy  0 9)  y2
dx
dx
2) xdx  y 3 dy  0 10)  x2t2
dt
1 dx x
3) dx  dy  0 11) 
y4 dt t

1
4) t  1dt  dy  0 12)
dy
 3  5y
y2 dt
1 1 1
5) dx  dy  0 13) xdx  dy  0
x y y

6)
1
dx  dy  0 14)
t 2
 
 1 dt  y 2  y dy  0 
x

xe x 4 y3
7) y'  15) dt  dy  0
2y t y

dy x  1 1
8)  16) dx  dy  0
dx y 1  y2

77
Cálculo Diferencial e Integral III
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1
17) dx  dy  0
y  6 y  13
2

y
18) y' 
x2
19) sen xdx  ydy  0 ; y0  2

20) x 2

 1 dx 
1
y
dy  0 ; y 1  1

x2y  y
21) y'  ; y3  1
y1

x0  4
dx
22)  8  3x ;
dt

4) Nos exercícios abaixo determine se as equações diferenciais são homogêneas e,


em caso afirmativo, resolva-as.

yx 2 xy x 2 y2
1) y'  4) y'  7) y' 
x x y2
2
2xy

2y  x y' 
y x 4  3x 2 y 2  y 4
2) y'  5) 8) y' 
x x  xy x3y

x 2  2y 2 2x  y 2
3) y'  6) y' 
xy xy

78
Cálculo Diferencial e Integral III
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5) Nos Problemas abaixo, teste se as equações diferenciais são exatas e resolva as


que são

ty  1
1) y  2xy dx  1  3x
3 2

y 2  x dy  0 10)  2
t y
1
dt  2 dy  0
ty

2)
3

e x 3x 2 y  x 2 dx  e x dy  0 3
11) t 2

 x dt  tdx  0

3) 3x 2
 
y 2 dx  2x 3 y  4 y 3 dy  0  12) t 2

 x 2 dt  2tx  x dx  0

4) ydx  xdy  0 13)  


2xe 2 t dt  1  e 2 t dx  0

5) x  ydx  x  ydy  0 14) y 2 dt  t 2 dy  0

6) y sen x  xy cos xdx  x sen x  1dy  0 15) sent  cosx dt  senx  cost dx  0

y2 2y
7)  2
dt  dy  0 16) cos x  x cos t dt  sent  tsenxdx  0
t t
2y 1
8)  3
dt  2 dy  0
t t
9) 4t 3
 
y 3  2ty dt  3t 4 y 2  t 2 dy  0 

6) Nos Problemas abaixo, quando possível, determine um fator de integração


apropriado para cada equação diferencial e resolva-a

y  1dx  xdy  0  y  x 3 y 3 dx  xdy  0


1) 4)  
 

ydx  1  x dy  0  y  x 4 y 2 dx  xdy  0


2) 5)  
 

 x 2  y  y 2 dx  xdy  0  3x 2 y  x 2 dx  dy  0


3)   6)  
   

79
Cálculo Diferencial e Integral III
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7) dx  2xydy  0 11)
2 2
xy dx  x ydy  0

2  y  x 3  xy 2 dx  xdy  0
8) 2 xydx  y dy  0 12)  
 

 
 2xy 2  x dx  4x 2 ydy  0  x 3 y 2  y dx   x 2 y 4  x dy  0
9)  2  13)    
   
 y 

xy dx   x y  x y dy  0
2 2 2 2

3x y dx   3x y  x y dy  0
2 2 3 3 4
10)   14)  

7) Nos exercícios abaixo, resolva o problema de valor inicial

 2x 2 t  2x 3 dt   4 x 3  6x 2 t  2xt 2 dx  0 x 0   2


1)     ;
   

 2x 2 t  2x 3 dt   4 x 3  6x 2 t  2xt 2 dx  0 x 2   0


    ;
2)    

 2x 2 t  2x 3 dt   4x 3  6x 2 t  2xt 2 dx  0 x 1  5


3)     ;
   
3 3

e  3x y  x dx  e dy  0 y1  1
x 2 2 x
4) ;
 

2
y2   2
y 2y
5)  2
dt  dy  0 ;
t t

2y 1
6)  3
dt  2
dy  0 ; y2   2
t t

 t 2  x dt  tdx  0 x 1  5


7)   ;
 

2xe dt   1  e dx  0 x 1  2


2t 2t
8)  ;
 

80
Cálculo Diferencial e Integral III
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8) Resolva as seguintes equações diferenciais

dy 1 dy
1)  5y  0 8) y' y0 15)  50 y  0
dx x dt

dy 2 dz 1
2)  5y  0 9) y' y0 16)  z0
dx x dt 2t

dy 2 dN
3)  0,01y  0 10) y' y0 17)  kN , k  constante 
dx x dt

dy dp 2
4)  2xy  0 11) y'7 y  sen 2x 18)  p4
dx dz z

2 2 2
5) y'  3 x y  0 12) y'  x y  x

3 1
6)
2
y'  x y  0 13) y' 2
y 2
x x

7)
4
y'  3 x y  0 14) y'  cos x

9) Resolver os seguintes Problemas de Valor Inicial.

y1  0 q0   1
2 dq
1) y' yx ; 5)  q  4 cos 2t ;
x dt

y   5 N2   8
dN 1
2) y'6xy  0 ; 6)  Nt ;
dt t

y1  0 T 0   30
3 dT
3) y'2 xy  2 x ; 7)  0,069T  2,07 ;
dt

v0   0
dv
4)  2 v  32 ;
dt

81
Rev.8
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
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Página 9

 z 2  z 2  z 2  z 2x
1) x
 2xy  y ;
 y
 x  2xy 9 )  x  x 2  y2 ; 
 y y x 2  y2

 z 2 2  z 3  z y  z x
2)  x  3x y ;
 y
 2x y 10)  x  2 2
; 
 y x 2  y2
x y

 z ey
  ;
 x 1  x  y 
2
 z 3 3 4 z 2 2 4 3
3)  2xy  12x y  y ;  3x y  3x  4xy 11) 
x y  z ey
 e y arcseny  x  
 y 1  x  y 
2

 w 2 w 2 w 2  z 2x  z 2x
4)  x  3x  3yz ;  y  3y  3xz ;  z  3z  3xy 12)  x  2e sen 3y ;
y
 3e cos 3y

 z xy y x

 z  z   x  5 ye  2e  2 ye ;
 a sec ax  by  ;  b sec ax  by 
2 2
5) x y
13)   z xy y x
  5 xe  2xe  2e
  y

  z x 2 y  y 3  2 x xy
  e ;
x  x 2  y2 
2

 z 2y  z 2 x   
  
6)  x  ;  14) 
x  y2  y x  y 2 3 2
  z x  xy  2 y xy
  e
y
2
 x 2  y2 
  
 

 u
  yz  sen yz  yz cos xz ;
2 2 x
 z y  z x u
7)  ;  15)   xz  xz cos yz  sen xz ;
 x x  y 2  y x  y 2  y
u
  xy  xy cos yz  xy cos xz
 z

 z x  z y
8)  x  2 2
;
y

2 2
x y x y

81
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
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Página 10

  2z
  6ax  by 
 x2
 2
 z
 2
 6cx  dy 
 y
1) 
  2z
  6bx  cy 
  x y
 2
  z
  y x  6bx  cy 

  2z 2
  2 sen y  y sen x
 x2
 2
  z 2
 2
 2 sen x  x sen y
 y
2) 
  2z
  2x cos y  2 y cos x
  x y
 2
  z
  y x  2x cos y  2 y cos x

 3u
3)  1  3xyz  x 2 y2 z2   e xyz
 x y z

Página 19

3 3 x 5
 z y6  z 
2 2 2

 z  4x  3   40 / m ;  80 / m

82
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
__________________________________________________________________

Demonstre! É fácil!

Página 20

 
1) dw  3x 2  2xy  dx  6y  x 2  dy  
 
2) dw  10 x  3y 3  dx  4  9xy 2  dy  
3) dw  2  x  seny   dx  x 2  cos y   3 y  dy 

4) dw   2ye 2 x  12x 3  dx  e 2 x  dy 
 x 3 y 3 e xy  2 

5) dw  2 x  x y  e
2
 xy
 dx     dy
 y3 

 2x  x 2 arctgy   y 2 arctgy    x 3  2 y 3  xy 2  2 y 
6) dw     dx     dy
 x 2  y2   x  y  1 y 
2 2 2
  
 2x 2 y   2x 2 z 
2 2

7) dw  2  x  ln y  z  dx   2 2 

  dy   2   dz
2 
y z  y z 

8) dw  2  x  y 3  z  dx  3  x 2  y 2  z  dy  x 2 y 3  2e 2 z  dz  
 y  z  y  z    x  z  x  z    x  y  x  y 
9) dw   2 
 dx   2 
 dy   2 
 dz
 x  y  z    x  y  z    x  y  z  

 yx 2  z  e yz  1
10) dw  2  x  e yz
 dx  x 2
 z  
e yz
 ln z   dy      dz
 z 

11) dw  2xz  z 2 t   dx  4t 3  dy  x 2  2xzt   dz  12 yt 2  xz 2   dt

 2xy 3 zv 4   3x 2 y 2 zv 4   x 2 y3 v 4   x 2 y 3 zv 4   4 x 2 y 3 zv 3 
12) dw     dx     dy     dz     dt     dv
 t   t   t   t2   t 

83
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
__________________________________________________________________
Páginas 20, 21, 22 e 23

1) 7,38 8) a) 0,028 pol b) 0,07 pol 2

2)  0,07 9) 0,67 pol 3

3) 1,87 10) R  400 R  0,01%


7

4)  1,64 11) 0,0161564 adimension al

5) 18,00554921 12)  0,072 lb / pol 2

6) 0,27509375 13) 2,96 K

7) a) 36 pol 2 b) 423 pol3 14) 130,2357 pol 2

15)

Equação do plano tangente na forma Equação do plano tangente na forma


cartesiana: 4x  2y  z  4  0 cartesiana: 2y  z  1  0

 

84
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
__________________________________________________________________

Páginas 20, 21, 22 e 23

Equação do plano tangente na forma Equação do plano tangente na forma


cartesiana: x  z  1  0 cartesiana: 9x  8y  z  0

 

Equação do plano tangente na forma Equação do plano tangente na forma


1 1  1 1 1
cartesiana: x  y  z    0 cartesiana: x  y  z   0
2 2 4 2 2 4

 

Página 28


 w y  3  x  cos xy   3  x  cos 3 xy   2  x  y  lnx   senxy   cos xy   cos 2 xy   2



x x
1) 
 w  3  x  cos xy   3  x  cos 3 xy   2  x  y  lnx   senxy   cos xy   2  lnx   lnx   cos 2 xy 
 y

85
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
__________________________________________________________________

 w r  e 2 s  s 4  e 2r
 
 r r 2  e  2 s  s 4  e  2r
2)  2s
 w   r  e
2
 2  s 3  e  2r
 s r 2  e  2 s  s 4  e  2r

w
 2  x 2  y 2  s  e 2rs  cosy  s  senx  y  r   r  senx   senx  y  r  
r
3) x 3  y 4  s  e 2rs  seny  s  senx  y  r   r  senx   senx  y  r   cos x  y  r  
x 3  y 3  r  e 2rs  seny  s  senx  y  r   r  senx   senx  y  r   cos x  y  r   senx  
x 2  y 2  e 2rs  seny  s  senx  y  r   r  senx   senx  y  r   sinx  y  r   senx 

 
 2
rs 

 w r  2  s  r   e  s r  s  r 2 

 r 

4) 
 s2  r  s  r 2 
2

 rs 
  2 

  w s   s  2  r   e  s r  s  r 2 

 s
 s2  r  s  r 2 2
dw  1 t2 
5)  3   4 
dt  t  1 

dw  2e 2 t  3t 2  2t
6) 
dt e 2 t  t 3  t 2

dw
dt

 4  cost   16  cos 8 t   40 cos 6 t   34  cos 4 t   11  cos 2 t   2 

192  cos 8 t   sent   208  cos 6 t   sent   96  cos 4 t   sent   17  cos 2 t   sent  
7)


sent   64  cos 10 t   sent  cos 2 4 t 

 4  t  135  t 2  16   3  t  2   5  t  4 
dw 2 3
8)
dt

Página 29

3 2
1) 1,25 pol min 0,565 pol min 2) 5,22 pés 2 h

Página 35
86
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
__________________________________________________________________


1) 1,2 - ponto de sela
 1 
2)   ,16  - ponto de máximo relativo
 4 


,   - inconclusi vo

   
 ,  - ponto de máximo relativo
 3 3 
   
3)   ,  - ponto de mínimo relativo
 3 3 
   
 ,  - ponto de máximo relativo
 3 3 
   
  ,  - ponto de mínimo relativo
 3 3 

0,0  - ponto de sela


4) 
6,6  - ponto de mínimo relativo

 1 
 0, 2  - ponto de sela
 
5) 
 0, 1  - ponto de sela
 2

 1 1 
 ,  - ponto de máximo relativo
6)  2 2 
 1,1 - ponto de mínimo relativo

87
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
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Página 35

3 3
1)  ,  4) 0,0 e 0,2
2 2

1 9  6 4 2
2)  ,  5)  , , 
 8 16  7 7 7

3) 0,0 e 0,4 6) 0,1,0 e 0,1,0

Página 36

 w 2,0,2   2 2

 w  2,0,2   2 2

N N N  w 0,2,0   2
  , ,    w 0,2,0   2
3 3 3 
Portanto os pontos mais próximos da
origem são 0,2,0 e 0,2,0

 T 0,2,0   0
 T 0,2,0   0

 
 T 1, 2 ,1  200

 
 T 1, 2 ,1  200

 3 3 3
 
 
 T  1, 2 ,1  200
  3 , 3 , 6 
 
 
 
 T  1, 2 ,1  200
 
 T 1, 2 ,1  200

 
 T 1, 2 ,1  200

 
 T  1, 2 ,1  200


 T  1, 2 ,1  200

88
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
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Pontos de temperaturas mais quentes:

Pontos mais quentes:


 3 1
  e
 2 , 2 
1, 2 ,1 , 1, 
2 ,1 ,  1, 
2 ,1 e
 
 1, 2 ,1
  3 1 
 
 2 , 2  Pontos de temperaturas mais frias:
 
0,2,0 , 0,2,0 ,  1,   1,
2 ,1 , 
2 ,1 ,
Pontos mais frios: 0,1 e 0,1
1,  
2 ,1 e 1, 2 ,1

Página 53
1)

1) 3)

89
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
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2) 4)

5)

90
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
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Página 53
2)

1) 2)

3)

91
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
__________________________________________________________________

Página 53
3)
T  2  x3

 T 1,1  2

1)  T  2,2   16 3)
 T 3,4   44

T  4  x 3

2) 3)

4) T  3  3  y2  y3

92
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
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Página 54
4)

1) f  2 î  ĵ

6) f 
1
x  y2
2

y î  x ĵ 


2) f  e x  cosy î  seny  ĵ 
7) f  yz î  xz ĵ  xyk̂

 
3) f  cosx   cosy î  senx   seny  ĵ 8) f  y  z î  x  z  ĵ  x  y k̂



4) f  2 x î  yĵ  

9) f  2 x î  yĵ  zk̂ 

5) f 
2
x  y2
2

x î  yĵ  

10) f  e xyz yz î  xz ĵ  xyk̂ 

1111)


f  2senx 2  y 2  z 2  x î  yĵ  zk̂ 

93
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
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Página 54
5)

1) 4)

2) 5)

3) 6)

94
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
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Página 54
6) Resolva! É fácil verificar a resposta!

Página 55
7)

1) D u f 2,3,0    2
2 10
4) Du f 3,13,0 
24 17
7) Du f 3,2,1  
5 17

2) Du f 0,2,0   3
3 2 14
5) Du f 1,4,0  8) D u f 1,2,3  
2 196

3) D u f 1,2,0    2
8 5
6) D u f 2,0,3  
5

Página 55

f x, y, z  f x , y, z  f x, y, z 
8) , e
x y z

Página 55
11)
   
1) v  2 5)   v  yz  xz  xy
   
2) v  0 6)   v  2x  2 y  2z
   
3)   v  2x 7)   v  2xy  x 2
 
4)   v  2x  2 y  1

95
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
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Página 56
13)
   
1)   v  2k̂ 5)   v   y î  x ĵ
   
2)   v   î  ĵ  k̂ 6) v  0

3)
 
  v  2 y î  2z ĵ  2xk̂ 7)
 

  v  e xyz  xz  xy î  xy  yz  ĵ  yz  xz k̂ 
   
4) v  0 8)   v   e x  cos y k̂

Páginas 75
1)

y2 dy y  x
1) y'   7) 
x dx y2

x dy x  y
2) y'  8) 
e 1
x
dx x  y

dy y  x
3) y'  3 senx   y 2  y 9) 
dx x  y

dy ex
4) Não é possível escrever na forma padrão 10) 
dx y  e 2 x

y'  lnx  e  y 
dy
5) 11)  1
dx

6) Não é possível escrever na forma padrão

96
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
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Páginas 75 e 76
2)
A Equação Diferencial é de A Equação Diferencial é de
primeira ordem, linear, não primeira ordem, não
1) 5)
homogênea, separável e não é linear,homogênea, não
exata. separável e não é exata.

A Equação Diferencial é de
A Equação Diferencial é de
primeira ordem, não linear,
2) primeira ordem, linear, não 6)
homogênea, não separável e é
homogênea, separável e é exata.
exata.

A Equação Diferencial é de
A Equação Diferencial é de
primeira ordem, linear, não
3) 7) primeira ordem, linear, não
homogênea, não separável e não
homogênea, separável e é exata.
é exata.

A Equação Diferencial é de
primeira ordem,
4)
linear,homogênea, separável e é
exata.

97
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
__________________________________________________________________
Páginas 76 e 77
3)
3
1) yx    C  x 2 12) yt     e 5t C
5
x2
2) yx    C  2x
4 2 13) yx   Ce

2

3) y x  
1
14)
t3
t
yt   yt   C
3 2

3
3x  C 3 3 2

2 yt  3 lnyt 
4) yt   15) lnt    C
t  2t  C
2
4 4

5) yx   Cx 16) yx   tgx  C

 13 
x  3yx  
13
yx    lnx   C arctg yx   C
2
6) 17)
13  3 
1
yx    xe x  e x  C

7) 18) yx   Ce x

8) yx    x 2  2x  C 19) yx   2 cos x   2

 x2 
x    1 
 3 
1  
9) yx    20) y x  
e
xC 4

e3

3 x3
10) xt   21) yx   ln yx   x   7
t C
3
3

8 4 e 3 t
11) xt   Ct 22) x t   
3 3

98
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
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Página 77
4)

 x  yx   1
1) yx    x lnx   Cx 5) lnx   ln   lnx  yx   1  C
 1  x  y  x  

2) yx    x  x 2 C 6) yx    4x  Cx 2

3) yx    Cx 2  1 7) yx    x 2  xC

 yx  
4) lnx   ln  ln
 yx 2  x 2 
 C 8) yx   
y 2
 x 2 C

x
 x2
 2  ln x 2  ln x
 x   x2 

Página 78
5)

1) x  yx   x 2  yx   yx   C


3
 
9) lnt   ln t  yt   t 2  yt 2  1  C
1 2t
yx    e x  C yt  
3
2) 10)
3 t  2C
2

1  yx   1  yx   x 3 
2
t2 C
3) lnx   ln   ln C 11) y t   
3  x3  6  x3  3 t

C  1   2t 3 
4) y x   12) x t        C  
x  2t  1   3 

1  yx   x 2   yx  
2
C
5) lnx   ln   arctag  C 13) x t  
2  x 2
  x  1  e 2t

C
yx  
t
6) 14) yt  
x  senx   1 Ct  1

7) yt   C t 15) xt   arccos e Clncos t  

 C  x  sent  
xt   arccos 
2

8) yt   Ce t 16)
 t 

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Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
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Página 78
6)
1
1) yx   x  C  1 4) yx   
2x 3  x 2  C

yx   x  1  C
1
2) 5) yx   
x  4x  12 x  24 x  24  e x  C
4 3 2

yx   x  tgx  C
1
yx    e x  C
3
3) 6)
3

Página 77 e 78
6)
C
7) yx    lnx   C 11) y x  
x

 x2 
8) yx    C  2x 2 12) yx   x  tg  C 
 2 

C 1 x2 1 yx   C 3
9) yx    2  13)   
2 x  yx 
4
x 2 3

10) lnx   lnyx   yx   C 14) lnx   lnyx  


yx 3 C
9

100
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
__________________________________________________________________

Página 78
7)

t 2  16
y t    2  t
t
1) x t    5)
2 2

xt   0
1 2
2) 6) yt    t
2

t 2  120 t 2 14
x t  
t
3) xt    7) 
2 2 3 3t

4  ex  21  e 2 
3

x t  
1
4) yx     8)
3 3 1  e 2t

Página 80
8)

1) yx   C  e 5 x 10) yx   x 2  C

2 7
2) yx   C  e 5 x 11) yx    cos2x   sen2x   e 7 x C
53 53

yx   C  e 0,01x
1

3) 12) yx   1  e 3xx
C
3
1 
y x   C  e  x y x     e
2
4) 13) x
C
3

y x   C  e  x yx    senx   C
3
5) 14)

yx   e 50 x C
1
6) yx   C  e 3 x 15)
2

z t   C t
3
7) yx   C  e 5 x5 16)

C
8) y x    17) Nt   C  e kt
x

C 4z C
9) yx    18) pz   
x2 3 z2

101
Cálculo Diferencial e Integral III – Respostas dos exercícios propostos
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Página 80
9)

x2 1 4 8 e t
1) y x    5) qt   cos 2t   sen2t  
4 4x 2 5 5 5

t 2 40
2) y x   5  e 
3 x 2   2  6) Nt   
3 3t

3) yx   x 2  1 7) T t   30  60  e 0,69t

4) vt   16  16  e 2 t

102

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