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AVALIAÇÃO NO

CONTEXTO DE
LÍNGUAS

Elisa Lima Abrantes


Abordagens e métodos
de ensino em língua inglesa
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Reconhecer os métodos de ensino em língua inglesa.


 Diferenciar as abordagens de ensino em língua inglesa.
 Comparar as propostas de avaliação com os respectivos métodos e
abordagens.

Introdução
A escolha de abordagens, métodos e técnicas de ensino de língua es-
trangeira pode ser responsável pelo sucesso ou fracasso do aprendizado.
Por isso, é importante saber distinguir o que esses termos significam e
como colocá-los em prática.
Abordagem se refere às teorias sobre a natureza da linguagem e
dos processos de ensino e aprendizagem de uma língua. É um ponto
de vista, uma filosofia ou pressupostos utilizados no ensino. Método,
por outro lado, é o conjunto de procedimentos para a apresentação da
linguagem. O método é direcionado pelos pressupostos teóricos de uma
abordagem. Técnica, por sua vez, envolve os recursos e atividades peda-
gógicas utilizadas com base no método (ANTHONY, 1963). Por exemplo,
o método audiolingual respeita os pressupostos teóricos da abordagem
estrutural. A abordagem estrutural, por sua vez, baseia-se na linguística
estrutural e na psicologia comportamental, que defendem, no ensino de
língua estrangeira, formar hábitos com o processo de estímulo–resposta.
As técnicas utilizadas, portanto, são as de imitação e repetição de mo-
delos linguísticos por meio de diálogos e drills (exercícios de repetição
e substituição).
Neste capítulo, você vai estudar a respeito dos métodos e das abor-
dagens de ensino de língua inglesa, bem como sobre as propostas ava-
liativas de cada um.
2 Abordagens e métodos de ensino em língua inglesa

Métodos de ensino em língua inglesa


Para compreender os métodos utilizados para o ensino de uma língua es-
trangeira, precisamos considerar o momento histórico em que cada método
foi criado, já que ele vai estar relacionado à abordagem estabelecida com as
concepções linguístico-pedagógicas, sociológicas e psicológicas da época.
No início do século XIX, foi implantado o método gramática–tradução, ou
método clássico, para o ensino de inglês. A ideia básica era permitir o acesso
a textos literários e religiosos, e dominar a gramática normativa; ou seja, a
forma da língua. O estudo se baseava em alguns textos clássicos ou religiosos
na língua estrangeira, listas de palavras e normas gramaticais. Além disso,
eram estabelecidas distinções entre a língua estrangeira e a língua materna.
Com relação ao método, a novidade foi o método direto, que chegou ao
Brasil na década de 1930. O princípio fundamental desse método é que o
aprendizado de uma língua estrangeira deve se dar por meio do contato direto;
a língua materna deve ser excluída da sala de aula. As atividades de escrita
propostas pelo método não fogem muito das anteriores, como compreensão
de texto, exercícios de gramática, substituições, emprego de diferentes formas
gramaticais. Os exercícios de conversação se baseiam em perguntas e respostas:
o professor prepara previamente as questões e faz correções fonéticas.
A partir dos anos de 1950, influenciado pelo estruturalismo e pelo behavio-
rismo, surgiu o método situacional, que concebia a língua como um conjunto
de estruturas associadas a situações diversas. Surgiram, também, os métodos
audiolingual e audiovisual. A teoria de aprendizagem que sustenta esses
métodos consiste na formação de hábitos e na eliminação de erros. Utilizam-se
frases prontas de diferentes contextos e situações para que o aluno memorize
e repita. Os exercícios de repetição são conhecidos como drills. No método
audiolingual, são utilizados diálogos gravados e, no audiovisual, materiais
visuais. Nesses métodos, os aprendizes não usavam a sua criatividade nem o
seu conhecimento de mundo, já que apenas imitavam e repetiam exaustiva-
mente diálogos e frases previamente criados para situações em que aquelas
amostras linguísticas deveriam ser utilizadas.
Nas décadas de 1970 e 1980, teorias na área da psicologia influenciaram
a criação de métodos considerados inovadores para o ensino do inglês, como
os listados a seguir.

 Resposta física total (TPR — Total Physical Response): é baseado na


hipótese de que as pessoas aprendem melhor por meio de atividades
físicas, como as crianças, que primeiro respondem a comandos com
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respostas físicas e só depois produzem respostas verbais. Nesse método,


os alunos devem responder fisicamente a comandos. Verbos imperativos
são as principais estruturas utilizadas para a comunicação; estruturas
gramaticais e vocabulário são introduzidos por meio desses verbos. As
habilidades seguem a ordem natural da língua materna — ouvir, falar,
ler e escrever. As aulas são divertidas e relaxantes.
 Método silencioso (silent way): neste método, o professor deve ficar
em silêncio o máximo do tempo, e os alunos devem ser incentivados a
falar tanto quanto possível. O objetivo é que os alunos sejam capazes
de usar a língua inglesa para se expressarem, mas a língua materna
pode ser usada quando necessário. Uma codificação cognitiva é usada
em tabelas e painéis, com pronúncia e estruturas da língua. Todas as
habilidades são usadas desde o início do curso.
 Sugestologia (suggestopedia): o principal objetivo do método é tor-
nar os alunos proficientes no idioma sugerindo que eles são capazes
de se tornar fluentes. Busca-se eliminar barreiras psicológicas que
dificultam a aprendizagem do inglês. Acolhimento é a palavra-chave
em sala de aula. Por isso, dá-se importância ao ambiente, que deve ser
relaxante. Para evitar o estresse e a ansiedade dos alunos, há música
de fundo, cuidado na decoração da sala e cadeiras harmoniosamente
dispostas

O foco da aprendizagem foi se modificando e deixou de ser centrado na


língua e nas suas estruturas, como acontecia nos métodos gramática–tradução,
audiolingual e audiovisual. Considera-se, a partir de então, a aprendizagem
em si, como no TPR, no método silencioso e na sugestologia.
Na década de 1990, a interação social passou a ser muito valorizada nas aulas
de idiomas. O foco passou a ser o aprendiz e a sua capacidade comunicativa. A
ênfase era em métodos comunicativos, apoiados pela abordagem comunicativa,
que é centrada no aluno, não só em relação ao conteúdo, mas também às técnicas
utilizadas em sala de aula. O professor passa a ser um facilitador, sensível às
necessidades dos alunos, motivando-os a participar das tarefas e aceitando
sugestões. O aluno se torna o responsável pela própria aprendizagem, e os tra-
balhos em grupo permitem a troca de conhecimentos sem a participação direta
do professor. As tarefas consideram o sentido e a relevância da língua para os
alunos e, para isso, o professor prepara materiais autênticos.
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Muitas vezes, o professor, com base nas suas experiências, combinava as melhores
partes de cada método para compor as suas aulas e melhor adequá-las ao seu contexto
de ensino–aprendizagem. A isso, damos o nome de ecletismo. Entretanto, alguns
autores apontam que o ecletismo não oferece critérios para as melhores teorias e
práticas, deixando o professor agir de maneira muito intuitiva, sem se fundamentar
em princípios teóricos-metodológicos compatíveis.

A autonomia do professor veio com o pós-método. As mudanças, nesse


caso, são implementadas com base na postura crítica do professor, na sua
autoavaliação. O pós-método se fundamenta no pragmatismo com princípios,
em oposição ao ecletismo, que não expande a concepção convencional de
método, apenas usa um ou outro. A pedagogia do pós-método abrange três
parâmetros:

1. particularidade — cada situação de aprendizagem se refere a um grupo


particular de alunos com objetivos específicos;
2. prática — encoraja-se os professores a teorizarem a partir das suas
práticas e experiências e a praticarem o que teorizam;
3. possibilidade — concede-se poder aos participantes e aponta-se para
a necessidade de desenvolver teorias a partir da experiência que as
pessoas trazem consigo, o seu contexto social, econômico e político.

Os defensores do pós-método ressaltam que o professor deve trabalhar a


sua consciência crítica, tornando-se mais reflexivo e autônomo, desenvolver
o seu senso de plausibilidade e cuidar para não seguir determinado método
de forma mecânica. O ensino baseado no pós-método precisa de professores
motivados e interessados em se qualificar, tendo formação continuada. Cria-
-se, aqui, um elo entre ensino e pesquisa, em que professores e pesquisadores
compreendem o que acontece em sala de aula, entendendo melhor o processo
de ensino–aprendizagem e aumentando as chances de os alunos desenvolverem
o idioma estrangeiro (KUMARAVADIVELU, 2003).
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Senso de plausibilidade é o entendimento subjetivo que o professor tem do seu próprio


ensino. Esse entendimento decorre dos conceitos de ensinar e aprender construídos
pelo professor ao longo de sua vida acadêmica e profissional, especialmente com base
na sua experiência como aluno e professor, em experiências de ensino compartilhadas
entre colegas e em conhecimentos adquiridos no seu curso de formação inicial e/ou
continuada (PRABHU, 1987; 1990).

Abordagens de ensino em língua inglesa


O ensino do inglês no Brasil teve início no século XIX, em 1809, quando D.
João VI decretou a criação das cátedras das línguas inglesa e francesa a fim
de preparar a mão de obra brasileira para as oportunidades nas empresas que
aqui se estabeleceram, principalmente inglesas.
Naquele momento, as duas línguas estrangeiras modernas passaram a ser
ensinadas utilizando-se a abordagem tradicional, assim como era com o
latim e o grego. Nessa abordagem, a gramática é aprendida de forma dedutiva:
o professor explica as regras gramaticais na língua materna do estudante,
que as aplica posteriormente nos exercícios. A autoridade e a interação pro-
fessor–aluno estão centradas no professor. A habilidade desenvolvida é a de
tradução e versão, com foco no domínio dos elementos gramaticais. Para isso,
é necessário conhecer as classes gramaticais e flexões da língua inglesa, além
do vocabulário, exercitado por meio de listas de palavras a serem memorizadas.
Prioriza-se a forma escrita da língua, com a leitura de autores clássicos do
idioma, por exemplo.
A abordagem tradicional permaneceu muito forte no Brasil até a década
de 1930. Em 1931, decretou-se a inclusão do método direto para o ensino de
línguas, estabelecendo-se que as aulas deveriam ser ministradas na língua-
-alvo, e a oralidade deveria ser estimulada. No entanto, poucas instituições
de ensino tinham condições de oferecer esse tipo de aula, uma vez que exigia
professores proficientes na língua e materiais didáticos adequados para essa
metodologia. Com algumas variações, a abordagem tradicional centrada nas
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regras gramaticais ainda permanece no sistema educacional brasileiro. Hoje,


as traduções e as versões não são tão utilizadas como estratégia de aprendiza-
gem, mas o livro-texto é o protagonista da sala de aula. Não há preocupação
com a produção oral e busca-se desenvolver o conhecimento de terminologia
e regras gramaticais.
Com os estudos advindos da psicologia comportamental (behaviorismo)
e da linguística estrutural, caminhou-se para a abordagem estrutural da
língua, que enfatiza a formação de hábito com estímulo–resposta e intensa
repetição. Nessa abordagem, entende-se que o aluno deve primeiro ouvir,
depois falar, em seguida ler e finalmente escrever. O professor é o condutor
do processo de aprendizagem, e a interação entre professor–aluno se dá por
meio de diálogos memorizados pelos estudantes. A gramática é apresentada em
situações cotidianas, mas não há reflexão sobre ela, porque deve ser apreendida
por indução e repetição. Para isso, usa-se o gravador e o laboratório de línguas
para apresentar amostras de interação entre falantes nativos. A produção
oral é privilegiada, a língua materna é proibida na sala de aula e busca-se a
pronúncia de um falante nativo de inglês dos Estados Unidos ou da Inglaterra.
Além disso, as diferenças individuais dos alunos não são consideradas; todos
devem aprender da mesma forma.
Na década de 1950, os estudos do linguista norte-americano Noam Chomsky
deram origem à teoria linguística chamada gramática gerativa, argumentando
que os seres humanos são dotados de uma capacidade genética inata para
adquirir linguagem. Existiria, então, uma espécie de gramática universal
e, para aquisição de linguagem, a exposição à língua seria suficiente para
desencadear o processo de aprendizagem. Além dos seus aspectos biológicos,
considera-se também a dimensão da língua e a sua função comunicativa. O
professor deve ajudar o aluno a “aprender a aprender”; ou seja, utilizar as suas
próprias estratégias para aprender. Nessa abordagem, o professor tem liberdade
de utilizar vários métodos para promover a aprendizagem e diversificar as
atividades, oferecendo tarefas individuais e de socialização.
Essa perspectiva, acrescida ao pensamento de Lev Vygotsky (1896–1934)
sobre o aspecto sociocultural da língua e a importância da interação entre
indivíduos para a aprendizagem, desdobrou-se na abordagem comunicativa.
Esta se fundamenta na competência comunicativa, que é o conhecimento
prático das regras culturais e sociais que regem a fala no seu aspecto social,
e na competência linguística, que é o conhecimento gramatical e o seu uso
apropriado em diferentes contextos, embora com ênfase na construção de
significados, não nos aspectos gramaticais. Os objetivos são priorizar a co-
municação real e oferecer aos alunos oportunidades de experimentarem o
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que aprenderam, exercitando a precisão e a fluência. Por isso, o trabalho em


pares e em grupos é estimulado, para que haja interação significativa entre
os estudantes. Busca-se integrar fala, leitura, audição e escrita, já que, ge-
ralmente, ocorrem juntas na vida real. Tolera-se erros, por entendê-los como
parte do processo de aquisição da competência comunicativa. Além disso,
os alunos aprendem as regras gramaticais por meio de indução, isto é, pelo
próprio uso da língua.

Behaviorismo: doutrina apoiada na psicologia behaviorista e proposta inicialmente


por Leonard Bloomfield (1887–1949) e depois por Burrhus Frederic Skinner (1904–1990).
Busca explicar os fenômenos da comunicação linguística e da significação na língua
por meio de estímulos observáveis e respostas produzidas pelos falantes em situações
específicas.
Linguística estrutural: corrente de pensamento do início do século XX fundamentada
nos estudos de Ferdinand de Saussure (1857–1913). Defende que a língua é um sistema
articulado e cada elemento tem sua posição estrutural nesse sistema.

Tratamos até aqui das principais abordagens de ensino de língua inglesa


utilizadas, principalmente, na educação básica, em escolas da rede pública e
privada, cursos de idiomas e centros de línguas. Para o ensino superior e para
profissionais que buscam aprender uma língua estrangeira, há a abordagem
instrumental da língua.
Essa abordagem está no campo do ensino de inglês para fins específicos
(ESP — english for specific purposes) e, no Brasil, vem sendo muito utili-
zada desde o final da década de 1970. O aluno aprende a língua estrangeira
visando a um objetivo específico, como é o caso do Projeto Nacional de
Ensino de Inglês Instrumental em Universidades Brasileiras, que busca
habilitar estudantes universitários para ler textos acadêmicos e científicos
em inglês. Estabelece-se, portanto, necessidades e interesses bem específicos
para um grupo de alunos.
As aulas são dadas em língua materna e são utilizadas estratégias de leitura.
Os temas e tópicos discutidos em aula são da área dos alunos e, assim, estuda-
-se sintaxe, vocabulário, discurso. Com isso, em pouco tempo, os estudantes
adquirem a capacidade de compreender textos em inglês da sua área de atuação.
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Propostas de avaliação nos diversos métodos


e abordagens
A avaliação é a maneira como se pode medir o sucesso de uma abordagem
e um método de ensino. De acordo com os princípios que alicerçam essas
teorias e ferramentas de ensino, diferentes formas de avaliação são aplicadas.
No método gramática–tradução, os alunos aprendem gramática traduzindo ou
versando textos literários e religiosos, com a ajuda de glossários e listas de palavras.
As avaliações, pois, consistem basicamente de testes escritos a serem traduzidos
pelos alunos com a maior precisão linguística, gramatical e lexical possível.
Os métodos direto, audiolingual e audiovisual compreendem a língua no seu
aspecto estrutural. Avalia-se com testes escritos, que exigem do aluno o domínio
dos aspectos gramaticais e lexicais, e testes orais, baseados em diálogos trabalha-
dos previamente em sala de aula, em que são observados aspectos gramaticais,
lexicais e fonológicos. Tanto nos testes escritos quanto nos orais, o objetivo é
testar a capacidade de memorização de estruturas e a imitação da fala de nativos
ingleses ou norte-americanos. Isso porque esses métodos foram influenciados pelo
behaviorismo, que postula que a aquisição de uma língua depende da formação
de hábitos e que erros devem ser eliminados do processo de aprendizagem.
Os métodos resposta física total, silencioso e sugestologia propõem ava-
liações de acordo com os seus princípios norteadores. No método resposta
física total, por exemplo, avalia-se se o aluno assimilou bem o vocabulário
e as estruturas por meio de comandos e ações. A intenção é que o aluno
compreenda de maneira lúdica e agradável o que está sendo ensinado. Para
isso, o professor pode colocar no quadro alguns comandos, como no exemplo
a seguir, e observar se os alunos cumprem as tarefas de forma adequada.

You open your bag.


You look inside.
You take out your phone.
You turn it off.
You put it in the bag.
You look at your book.
You open it.
You close it.
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Já no método silencioso, o professor propõe uma situação e uma estrutura


e depois permanece em silêncio. Os alunos devem ser autônomos e ajudar uns
aos outros. Eles formam palavras com a associação de fichas coloridas ou que
contenham sinais para representar sons ou palavras. O professor cria situações que
chamam a atenção para a estrutura da língua e, falando o mínimo possível, conduz
os alunos a produzirem a estrutura. Nesse método, utiliza-se gestos, correção em
pares e autocorreção, e as avaliações costumam acontecer ao final da aula pelos
próprios alunos.
Na sugestologia, espera-se que o aluno possa aprender em uma atmosfera
relaxante, e a avaliação pode ser medida por meio das atividades e tarefas propostas
nas aulas. Dramatizações e simulações são ferramentas úteis para esse fim, visto
que as aulas são construídas a partir de histórias e narrativas, cartões com perguntas
e jogos de papéis, além da exploração de textos, música e o uso tanto da língua
estrangeira quanto da língua materna.
Nos métodos comunicativos, a avaliação é desenhada para que as habilidades
de competência sociolinguística, discursiva e estratégica sejam demonstradas pelo
aluno. Normalmente o professor prepara tarefas para o estudante. Essas tarefas
devem ser significativas e exigir dos alunos certo nível de negociação com os
colegas, o que torna as interações mais próximas do real. Pode-se aplicar testes
escritos e orais, mas atualmente os professores têm preferido desenvolver as tarefas
de forma individual e organizá-las em um portfólio, para que o próprio aluno possa
ter uma postura mais crítica e reflexiva do seu processo de aprendizagem.
No pós-método, como você pode imaginar, os tipos de avaliação variam de
acordo com a pesquisa exploratória de sala de aula e atendem aos objetivos fixados
para aquele determinado grupo de alunos.
Há, portanto, uma grande variedade de métodos e abordagens de ensino de
língua inglesa. Muito se discute se existe ou não abordagens e métodos ideais
para o ensino de inglês. Porém, como os indivíduos têm necessidades diferentes
em momentos também diferentes, é mais proveitoso estudar essas abordagens e
esses métodos e saber quais são as contribuições de cada um para a pesquisa e a
prática do professor de inglês.

Leia, neste link, um artigo sobre as atividades didáticas para o ensino da língua inglesa.

https://qrgo.page.link/vREs8
10 Abordagens e métodos de ensino em língua inglesa

ANTHONY, E. M. Approach, method and technique. English Learning, v. 17, n. 2, p. 63-


67, 1963.
KUMARAVADIVELU, B. Beyond methods: macro strategies for language teaching. London:
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PRABHU, N. S. Second Language Pedagogy. Oxford: Oxford University Press, 1987.
PRABHU, N. S. There is no best method — why? Tesol Quarterly, v. 24, n. 2, p. 161-176, 1990.

Leituras recomendadas
ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Pon-
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ALMEIDA FILHO, J. C. P. Linguística aplicada: ensino de línguas e comunicação. Cam-
pinas: Arte Língua, 2007.
BROWN, H. D. Teaching by principles: an interactive approach to language pedagogy.
New Jersey: San Francisco State University, 1994.
GUIMARÃES, M. O ensino de línguas para fins específicos (ELFE) no Brasil e no mundo:
ontem e hoje. História do Ensino de Línguas no Brasil, v. 8, n. 8, 2014. Disponível em:
http://www.helb.org.br/index.php/revista-helb/ano-8-no-8-12014/227-o-ensino-de-
-linguas-para-fins-especificos-elfe-no-brasil-e-no-mundo-ontem-e-hoje. Acesso em:
16 set. 2019.
KRASHEN, S. D. Principles and practice in second language acquisition. Oxford: Pergamon
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LARSEN-FREEMAN, D. Techniques and principles in language teaching. Oxford: Oxford
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NUNAN, D. Designing tasks for the communicative classroom. Cambridge: CUP, 1989.
RICHARDS, J. C.; RODGERS, T. Approaches and methods in language teaching. Cambridge:
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RICHARDS, J. O ensino comunicativo de línguas estrangeiras. São Paulo: SBS, 2006.
SILVEIRA, M. I. Línguas estrangeiras: uma visão histórica das abordagens, métodos e
técnicas de ensino. Maceió: Catavento,1999.
WIDDOWSON, H. G. O ensino de línguas para a comunicação. Campinas: Pontes, 1990.

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