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Ensino de Língua
Inglesa
Material Teórico
Métodos e Abordagens de Ensino-aprendizagem de Língua
Inglesa: Um Panorama
Revisão Textual:
Prof. Esp. Bruno Reis
Métodos e Abordagens de Ensino-
aprendizagem de Língua Inglesa:
Um Panorama
• Um Pouco de História
• Abordagem Sócio-Histórica
Ao ler sobre os métodos e abordagens, tente relacioná-los com sua experiência de ensino-
aprendizagem de línguas, na escola de idiomas, nos Ensinos Fundamental e Médio e também
na universidade. Tente identificar se algum desses métodos ou abordagens foi utilizado em seu
processo de ensino-aprendizagem.
Depois disso, tente responder às questões: Qual desses métodos ou abordagens você usaria
para ensinar o idioma? Por quê?
Será uma ótima reflexão para a construção do professor reflexivo-crítico, que é nosso objetivo maior.
Faremos uma discussão rápida sobre a ideia de paradigma para entender como as mudanças
de um método para outro aconteceram. Em seguida, começaremos a discutir os métodos e
abordagens, suas características e seus reflexos na formação do aluno.
Depois dessas discussões, começaremos a apresentar os métodos. O primeiro método a ser
discutido será o Gramática Tradução (Grammar Translation), depois o Método Direto ou Natural,
o Método Audiolingual (Audio-lingual Method), Resposta Física Total (Total Physical Response),
o Método Silencioso (The Silent Way), Comunidade de Aprendizagem (Community Language
Learning), Sugestopedagogia (Suggestopedia), Abordagem Comunicativa (The Communicative
Approach) e a Abordagem Sócio-Histórica.
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Unidade: Métodos e Abordagens de Ensino-aprendizagem de Língua Inglesa: Um Panorama
Contextualização
Para começarmos a refletir, sugiro que você assista ao vídeo (link abaixo) e reflita acerca da
importância da profissão do professor no mundo.
• http://www.youtube.com/watch?v=mWuxW541iKY
Emmanuel Chaunu/Chaunu.fr
Pense a respeito do papel do aluno e do papel do professor nessas duas imagens. Seria
possível relacioná-las a algum tipo de método ou abordagem?
Agora, assista ao vídeo (link abaixo) a respeito da diferença entre Escola Nova e a Escola
Tradicional.
• http://www.youtube.com/watch?v=v0KY-s25_GU
Esse vídeo é apresentado pelo professor Newton Duarte, estudioso das teorias pedagógicas.
Fique atento, principalmente, ao início do vídeo, quando o professor explica a importância de
conhecer as teorias pedagógicas. Essa explicação o ajudará a entender o porquê dos tópicos
desta unidade.
Depois disso, o professor aponta as diferenças entre a Escola Tradicional e a Escola Nova.
Nessa explicação, ele aponta os fatos históricos relacionados a essas pedagogias.
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Um Pouco de História
Hoje em dia, a Língua Inglesa é a língua estrangeira mais estudada no mundo, mas não
foi sempre assim. De acordo com Richards e Rodgers (2001 p.3), há 500 anos, o latim era
a língua dominante na educação, religião e nas relações comerciais. Já no século XVI, por
conta das mudanças políticas na Europa, o latim perdeu sua importância e as línguas francesa,
italiana e inglesa passaram a ganhar mais relevância nos currículos escolares. Dessa forma,
gradualmente, o latim perdeu o status da comunicação e passou a ter um papel diferente nos
currículos escolares, pois passou a ser estudado com o objetivo de entender os textos clássicos
produzidos por autores como Virgílio, Ovídio e Cícero.
Na Inglaterra, nos séculos XVI, XVII e XVIII, com o objetivo de entender os clássicos, a
Língua Latina era estudada em sua forma estrutural. Para isso, às vezes, duas línguas eram
usadas paralelamente, o latim e o inglês, para que os alunos pudessem compará-las. Diante
desse contexto, a Língua Latina era considerada símbolo de status, pois era usada apenas por
pessoas cultas e pelos clérigos.
No século XVIII, as línguas modernas começaram a fazer parte do currículo das escolas
europeias e passaram a ser ensinadas de acordo com os parâmetros do ensino da Língua
Latina. Por isso, os textos eram compostos por frases soltas, regras gramaticais abstratas, lista de
vocabulário e frases para serem traduzidas.
Com base nos parâmetros acima é que surgiu o primeiro método de ensino-aprendizagem de
língua estrangeira. Vamos a ele!
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Nesse método, o professor tem papel centralizador e de detentor do saber, enquanto o aluno
é passivo e receptor dos conhecimentos transmitidos pelo professor. Era o professor quem dizia
se a tradução feita estava correta ou não.
Percebemos que muitas características desse método ainda são utilizadas em muitas escolas
de idiomas, claro que com objetivos diferentes daqueles apresentados por esse método, ou seja,
o objetivo hoje é o de exercitar algum tópico gramatical, trabalhar a compreensão de texto e não
mais a tradução de textos literários.
A partir da descrição do método gramática-tradução, percebemos que a abordagem teórica
que subjaz o método é a comportamentalista.
Explore
Assista ao vídeo abaixo sobre o método Gramática Tradução. Aproveite a oportunidade e pratique o a
habilidade de ouvir, já que o vídeo está em inglês. http://www.youtube.com/watch?v=bO14GvgOXfM
Glossário
Paradigma: s.m. Modelo, padrão, norma; exemplo. / Gramática Conjunto de flexões de uma palavra
dada como modelo: paradigma dos verbos da 1.&170; conjugação; paradigma dos substantivos
da 1.&170; declinação latina. / Linguística Conjunto de formas que se associam por um traço
linguístico permanente, denominador comum de todas elas, traço na base do qual se estabelecem
correlações e oposições.
http://www.dicionariodoaurelio.com/Paradigma.html acesso em 14/01/2014
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Como você pode observar, paradigma é um modelo, um exemplo, uma representação de um
padrão a ser seguido.
Sendo assim, o que tínhamos primeiramente era o paradigma, o modelo do método
Gramática Tradução como ideal para a aprendizagem de idioma.
Mas, em meados do século XIX, em virtude do aumento das negociações comerciais face
a face entre europeus, houve a necessidade da proficiência oral das línguas estrangeiras. Com
isso, o método gramática-tradução já não dava mais conta da nova necessidade de ensino-
aprendizagem de língua estrangeira. Foi, então, que apareceu o Movimento da Reforma, The
Reform Movement.
Segundo Richards e Rodgers (1982 p.9) e Howatt (1984 p.169), o Movimento da Reforma se
espalhou por vários países da Europa, como a Inglaterra, com Henry Sweet, a Alemanha, com
Wilhelm Viëtor, e a França, com Paul Passy. Esse movimento ganhou maior credibilidade com
a fundação da Associação Internacional de Fonética, The International Phonetic Association,
em 1886, e a criação do alfabeto fonético internacional, The International Phonetic Alphabet
- IPA, que foi implementado com a intenção de tornar os sons de qualquer língua possíveis
de serem transcritos.
O Movimento da Reforma foi de grande importância, não só pelo aparecimento da fonética,
mas também porque tornou possível o surgimento da Linguística Aplicada como disciplina,
com um viés que estuda cientificamente o ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras e de
segunda língua.
Os estudos promovidos pelo Movimento da Reforma desenvolveram o interesse por uma
forma de ensino-aprendizagem que fosse mais natural, ou seja, semelhante à maneira que a
criança aprende a língua materna. Foi, então, que surgiu o Método Direto ou Natural, The Direct
Method ou Natural Method.
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O método Direto é chamado assim porque é contra a tradução. Supõem-se que a língua é
aprendida diretamente, isto é, sem passar pelo processo de tradução da língua materna. Nesse
método, a habilidade mais importante é a oral.
Para atingir os objetivos do método, os professores utilizam-se de exemplos concretos com a
finalidade de evitar a tradução, já que a língua materna não deve ser utilizada em sala de aula.
As aulas são totalmente ministradas na língua-alvo desde o início, por meio de situações
baseadas na vida real. O conteúdo é introduzido pelo professor através de objetos também
reais ou de figuras, fotos, gestos, para que o aluno associe o significado da língua estrangeira
diretamente, sem tradução para a língua materna. A iniciativa da conversação parte tanto do
professor quanto dos alunos, que também conversam entre si. A gramática é apresentada de
forma indutiva, ou seja, deve ser intuída pelos alunos.
Segundo Richards e Rodgers (1982 p.11) e Larsen-Freeman (1986 p.27), as principais
técnicas desse método são:
• Leitura em voz alta de passagens, peças ou diálogos;
• Exercícios de perguntas e respostas conduzidos na língua-alvo;
• Prática de conversação sobre situações reais;
• Autocorreção;
• Ditado de textos na língua-alvo;
• Exercícios de completar espaços para avaliar intuição de regras ou vocabulário;
• Desenho induzido por ditado do professor ou dos colegas;
• Composição escrita de assuntos escolhidos em sala.
Nesse método, percebemos que o professor tem papel central, pois é ele/ela que conduz a
aula e tem o papel de facilitar a aprendizagem dos alunos, então o aluno não é mais um ser
passivo em sala de aula. Tanto o aluno como o professor agem como parceiros no processo
ensino-aprendizagem.
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Tal fato fez que linguistas e linguistas aplicados se envolvessem profundamente no ensino-
aprendizagem da Língua Inglesa como língua estrangeira, já que a América tinha se tornado a
maior potência internacional. Além disso, milhares de estudantes estrangeiros foram aos Estados
Unidos para estudar nas universidades. Muitos deles tinham a necessidade de aprender a Língua
Inglesa para conseguir acompanhar seus estudos, por isso, surgiu a abordagem americana para
o ensino de segunda língua, ESL – English as a second language, que, por volta de meados de
1950, foi chamada de Audio-lingualism ou Audio-lingual.
Em 1939, a Universidade de Michigan desenvolveu o primeiro instituto de Inglês nos Estados
Unidos, especializado no treinamento de professores de Língua Inglesa como língua estrangeira
e como segunda língua. Charles Fries, diretor do instituto, foi treinado em linguística estruturalista
e, portanto, aplicava tais princípios ao ensino de línguas. Foi aí que surgiu o Método Audiolingual,
que você verá a seguir.
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Diante desse quadro, os Estados Unidos tomaram várias medidas, dentre elas, The National
Defense Education Act, de 1958, que fornecia verba para estudos e análises de línguas
modernas, para o desenvolvimento de materiais didáticos e para o treinamento de professores.
Os professores eram incentivados a estudar para aprimorar seus conhecimentos acerca dos
princípios dos métodos de ensino-aprendizagem baseados na linguística.
Os estudos feitos na época tinham como base os princípios da teoria behaviorista e
as diretrizes da abordagem oral de Fries, o que levou ao método Audiolingual. O termo
audiolingual foi cunhado em 1964 pelo professor Nelson Brooks, que acreditava que a “língua
é, primeiramente, o que é falado e secundariamente o que é escrito” (Brooks , 1964 apud
RICHARDS e RODGERS, 1982, p.52).
Então, o objetivo do método era o de propiciar aos alunos um aprendizado rápido e eficiente,
de forma que pudessem se comunicar adequadamente. Para isso, eram desenvolvidos em
sala de aula exercícios de repetição que tinham como meta fazer que os alunos repetissem
automaticamente sem parar para pensar, formando novos hábitos. Esses exercícios de repetição
eram apresentados em forma de diálogos que eram aprendidos com memorização, imitação e
repetição. A partir deles, eram aplicados exercícios para fixação dos conteúdos e do vocabulário.
Todo o acerto produzido pelos alunos era reforçado positivamente com prêmios ou elogios.
A gramática era introduzida de acordo com os elementos do diálogo, porém, sem explicações
explícitas de regras.
O período em que o método Audiolingual foi mais utilizado foram os anos 1960. Era utilizado
nos Estados Unidos tanto para o ensino da Língua Inglesa como língua estrangeira quanto da
Língua Inglesa como segunda língua. Esse método deu origem ao English 900 (utilizado pelo
Cel-lep alguns anos atrás).
As características do método Audiolingual são as seguintes:
• Memorização de diálogos;
• Conversação em pares;
• Vocabulário ensinado por meio da dramatização de diálogos trabalhados por meio de
repetição, substituição de palavras, perguntas e respostas;
• Utilização da língua-alvo – é utilizada o tempo todo em sala de aula;
• Repetições exaustivas com o objetivo de evitar o erro;
• Reforço positive;
• Uso de recursos audiovisuais com o objetivo de propiciar ao aluno exemplos “perfeitos”
da língua-alvo;
• Preferência por professores falantes da língua-alvo.
Nesse método, o professor tem papel central, pois é ele/ela que direciona e controla o
comportamento linguístico dos alunos, portanto, a interação é direcionada pelo professor e,
geralmente, é iniciada por ele.
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O erro tende a ser evitado, pois é considerado nocivo e prejudicial à aprendizagem dos
alunos. Por isso, a utilização de exercícios de repetição, aparelhos audiovisuais e a preferência
por professores falantes da língua-alvo.
A quebra de paradigma aconteceu quando alguns estudiosos perceberam que o método não
apresentava base teórica nem de linguagem nem de ensino-aprendizagem que o fundamentasse.
Além disso, as pessoas que trabalhavam com esse método começaram a afirmar que os resultados
obtidos eram muito aquém do esperado, pois os aprendizes, geralmente, não conseguiam
transferir as habilidades trabalhadas em sala de aula para a comunicação real fora da sala de
aula e ainda muitos alunos achavam o método enfadonho e insatisfatório.
Explore
Agora, assista ao vídeo de Larsen-Freeman em que ele explica esse método de uma forma bastante
interessante e fácil de entender, mesmo que esteja em inglês. Vale a pena!
• https://www.youtube.com/watch?v=cvz-GLyZ7bM
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• Uso de comandos pelo professor para ditar um comportamento aos alunos, ação ou
sequência de ações;
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As principais técnicas, segundo Larsen-Freeman (1986 p.66), são:
• O silêncio do professor;
• Correção em pares;
• Uso de fichas coloridas associadas a sons ou palavras;
• Autocorreção;
• Uso de gestos;
• Quadro de palavras;
• Avaliação no final da aula pelos alunos.
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Suggestopedia (Sugestopedagogia)
O método Suggestopedia, ou sugestopedagogia, foi desenvolvido por Georgi Lozanov em
1978. Esse método deriva da sugestologia, descrita por Lozanov como ciência relacionada ao
estudo sistemático das influências não racionais e não conscientes dos seres humanos (Richards
e Rodgers, 1982, p.100).
O método parte do princípio de que a aprendizagem linguística é normalmente “atrasada”
em decorrência de “barreiras” que o próprio aprendiz se impõe, por medo ou autossugestão. A
conciliação do estudo da “sugestão” e da pedagogia, que dá nome ao método, procura ajudar
os alunos a superar essas barreiras. Por isso, há muita ênfase no sentimento dos alunos e na
necessidade de ativação de suas potencialidades cerebrais.
O ambiente de estudo é muito importante, é preciso que seja relaxante e confortável, para
permitir que os alunos se sintam à vontade e abertos à aprendizagem. Além de música relaxante,
pôsteres com informações gramaticais são dispostos pela sala e trocados periodicamente para
incitar a aprendizagem periférica do aluno, ou seja, sua capacidade de aprender através de
estímulos externos, pelas coisas que o cercam no ambiente escolar e que não são, às vezes,
objetivamente explicitadas numa lição.
A apresentação do conteúdo é feita em duas etapas. Na primeira, a fase receptiva, o professor
lê um diálogo ao ritmo de uma música de fundo, os alunos acompanham a leitura e verificam
a tradução. Depois, o professor faz a leitura novamente enquanto os alunos ouvem e relaxam.
Como lição de casa, com o objetivo de fixar o conteúdo, os alunos devem ler o mesmo texto
antes de dormir e ao acordar.
A segunda etapa, a fase ativa, tem por objetivo praticar novas estruturas. Nesse momento, os
alunos organizam atividades de dramatização, jogos, música e exercícios de pergunta e resposta.
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As principais técnicas, segundo Larsen-Freeman (1986, p.83), são:
• Adequação da sala a tipo certo de luz, cadeira, decoração, etc.;
• Uso de pôsteres nas paredes com informações gramaticais;
• Visualização com olhos fechados de cenas imaginárias;
• Criação de nova identidade descrita pelos alunos;
• Dramatização de situação improvisada;
• Leitura ao ritmo de músicas;
• Escuta de leitura com olhos fechados;
• Leitura dramatizada de pequenos textos.
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• O professor sempre ajuda os alunos com o objetivo de motivá-los. Ele/a tem papel de
facilitador e de promover as situações comunicacionais em sala de aula;
• A linguagem é criada pelos indivíduos, geralmente por meio de tentativas e erros;
• Espera-se que os alunos interajam entre si (em grupos, pares, etc.);
• Os erros são vistos como parte do processo.
A teoria que embasa a abordagem comunicativa é a cognitivista, que tem como principais
representantes o suiço Jean Piaget e o estadunidense Jerome Bruner.
Nessa teoria, o conhecimento é entendido como construção contínua e, de acordo com tal
perspectiva, a escola deveria dar a qualquer aluno a possibilidade de aprender por si próprio,
oportunidades de investigação individual, possibilitando-lhe todas as tentativas, todos os tateios,
ensaios que uma atividade real pressupõe (Mizukami, 2003 p.64).
O papel do professor é o de facilitador, pois cabe a ele evitar a rotina, a fixação de respostas,
os hábitos. O professor deve, simplesmente, propor problemas sem dar soluções, pois sua função
consiste em provocar desequilíbrios, propor desafios. Já o aluno tem papel ativo e interage o
tempo todo com seus pares.
As críticas à abordagem comunicativa giram em torno da artificialidade dos exercícios
propostos em sala de aula. Por exemplo, Weininger (2001 p.102) aponta que tal abordagem
não privilegia as necessidades reais dos alunos e que os materiais utilizados não são autênticos
e por isso não proporcionam comunicação real, como é a proposta da abordagem. Outro ponto
levantado por Weininger é que a comunicação é assimétrica porque acaba privilegiando os
alunos que têm maior domínio da língua.
Tais críticas levaram à busca de outras maneiras de ensino-aprendizagem de línguas. Apresento
a seguir a abordagem sócio-construtivista, ou sócio-histórica.
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Abordagem Sócio-Histórica
• O aluno aprende o que lhe é significativo e é insuflado a buscar diferentes respostas para
um mesmo problema;
• O erro é o ponto de partida para a reconstrução da prática, é uma das etapas do processo
de aquisição do conhecimento, pois permite ao aluno reformular hipóteses;
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Material Complementar
Caro aluno, veja abaixo a indicação de sites interessantes para o aprimoramento de seu
processo de ensino-aprendizagem. Tenho certeza de que esse material lhe será muito útil.
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Referências
ASHER, J. Learning another language through actions: the complete teacher’s guide
book. Los Gatos: Sky Oaks Productions, (2nd ed. 1982), 1977.
CANDLIN, C.N. Teacher-centred training: costing the progress. In: QUIRK, R.; Widdowson,
H.G. (Org.). Cambridge: University Press, 1985.
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Anotações
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www.cruzeirodosulvirtual.com.br
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