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3. Importância internacional. O espanhol é, depois do inglês, a segunda língua mundial como veículo de comunicação
internacional, especialmente no comércio, e a terceira língua internacional de política, diplomacia, economia e cultura,
depois do inglês e do francês.
4. Muito popular como segunda língua. Aproximadamente 100 milhões de pessoas falam espanhol como segunda
língua. Nos Estados Unidos e Canadá, o espanhol é a língua estrangeira mais popular e portanto a mais ensinada nas
universidades e nas escolas primárias e secundárias.
5. Língua dos nossos vizinhos. Todos os países que fazem fronteira com o Brasil têm o espanhol como língua oficial,
com a exceção apenas da Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Isso é importante não somente do ponto de vista
econômico e comercial (e.g., Mercosul) como também cultural e até social, já que compartilhamos culturas muito similares.
Afinal de contas, somos todos latinos, íbero-americanos e produtos de culturas cuja concepção de mundo difere em muito
pouco. (Adaptado de https://espanholdeverdade.com.br/)
Instrumentalização
1. Abordagens/ Métodos de ensino de línguas estrangeiras
2. As 4 habilidades e as competências linguísticas
3. O que é BNCC?
4. Quais são as dez competências gerais segundo a BNCC?
4.1 Diferença entre competências e habilidades
4.2 Competências - como aplicar?
O aprendizado de uma língua estrangeira* é orientado por diferentes abordagens*/métodos* ligadas a teorias de
aquisição de linguagem de uma segunda língua* (e/ou aprendizado de línguas estrangeiras).
Repassaremos a seguir, de modo breve, as características principais dessas abordagens a fim de que possamos
refletir sobre a forma como ensinamos nossos estudantes no dia de hoje, sobre quais foram as influências
prévias, sobre qual é a abordagem mais interessante dentro da realidade atual e sobre como influenciou na
criação das competências e habilidades da BNCC.
*No final do material, poderá ser encontrada uma explicação das terminologias destacadas.
1.1 A abordagem da gramática e tradução
Principais características:
1. Foco na gramática: O conhecimento das regras gramaticais é essencial para a compreensão e produção
adequada da língua.
2. Tradução: Tradução de frases e textos da língua estrangeira para a língua nativa do aluno e vice-versa. Essa
prática é considerada importante para o desenvolvimento da compreensão e produção de linguagem.
3. Vocabulário: Os alunos aprendem palavras e frases novas, muitas vezes por meio de listas e exercícios de
memorização.
4. Ênfase na leitura e escrita: Os alunos são incentivados a ler textos autênticos e a escrever em língua
estrangeira.
5. Abordagem estrutural: A língua é uma série de regras e estruturas que devem ser aprendidas e
memorizadas.
6. Aprendizagem passiva: Os alunos aprendem de forma passiva, ou seja, por meio de atividades como leitura,
tradução e memorização. A fala e a audição são muitas vezes deixadas de lado, o que pode levar a
dificuldades na comunicação oral.
7. Avaliação baseada em correção gramatical: Os alunos são avaliados com base em sua capacidade de
aplicar as regras gramaticais corretamente em sua produção escrita.
1.1 A abordagem da gramática e tradução
1. Uso exclusivo da língua-alvo: Exige que o professor use apenas a língua-alvo em sala de aula, sem recorrer à língua
nativa dos alunos. Podendo fazer uso de gravuras e gestos.
2. Aprendizado através de exemplos: Enfatiza o uso de exemplos e situações da vida real para ajudar os alunos a
entender e aprender a língua-alvo. Diálogos situacionais (no banco, no restaurante, no aeroporto, etc).
3. Ênfase na compreensão oral: Grande ênfase na compreensão auditiva e na comunicação oral, encorajando os alunos
a falar e escutar a língua-alvo desde o início. Mas também se trabalha a escrita e a leitura. A integração das 4
habilidades (ouvir, falar, ler e escrever) é usado pela primeira vez no ensino de línguas.
4. Gramática em contexto: Ensina a gramática em contexto, ou seja, as regras gramaticais são apresentadas em
situações práticas e reais, em vez de serem ensinadas isoladamente. A gramática é ensinada indutivamente. Primeiro os
“fatos” e, mais tarde, a sistematização.
5. Enfoque na comunicação: O objetivo principal é ensinar os alunos a comunicar-se efetivamente na língua-alvo.
6. Foco no ensino do vocabulário: O método direto enfatiza o ensino do vocabulário em contextos significativos e
naturais, por meio de atividades como diálogos, jogos e situações simuladas.
7. Aprendizagem ativa: O método direto incentiva os alunos a se envolverem ativamente no processo de aprendizagem,
através de atividades orais, escritas e de escuta, e de interações em grupo.
8. Imersão na língua-alvo: O método direto encoraja a imersão total na língua-alvo, através do uso constante da
língua-alvo em sala de aula e de atividades extraclasse, como leituras e atividades culturais.
1.2 A abordagem direta
Perguntas aos professores:
● Pode ser difícil para alunos iniciantes que ainda não têm conhecimento prévio da língua-alvo
● Pode negligenciar a escrita e a leitura
● Pode ser pouco adequado para alunos que precisam aprender a língua-alvo para fins específicos, como
negócios ou estudos acadêmicos
● Dependendo da habilidade do professor, pode haver pouca clareza nas explicações gramaticais
● Pode não levar em conta as diferenças individuais de aprendizagem dos alunos.
1.3 A abordagem para a leitura
Surgiu na década de 1920, nos Estados Unidos, como uma alternativa ao método
de gramática-tradução. O objetivo era ensinar aos alunos a ler em língua
estrangeira, a partir do uso de textos autênticos e interessantes, que fossem
relevantes para a vida dos alunos. O método de leitura foi amplamente
empregado nas escolas de idiomas e faculdades, com um enfoque no
desenvolvimento de habilidades de leitura, como a identificação do tema, a
compreensão de vocabulário e a interpretação de ideias. O método de leitura
ajudou a revolucionar o ensino de línguas estrangeiras, permitindo uma
abordagem mais prática e comunicativa no aprendizado de idiomas.
1.3 A abordagem para a leitura
Características principais:
● Seu surgimento está vinculado à Segunda Guerra Mundial quando o exército americano
precisou de falantes fluentes em várias línguas estrangeiras. Como não foi possível
encontrá-los, foi necessário uma formação com resultados efetivos e, sobretudo, urgentes.
1.4 A abordagem audiolingual
Principais características:
1. Ênfase na aquisição de habilidades orais, como a compreensão auditiva e a produção oral (língua é fala, não escrita);
2. Uso de diálogos e situações comunicativas simuladas para a prática da língua;
3. Memorização de padrões linguísticos e frases fixas (língua vista como um hábito condicionado adquirido através de um
processo mecânico de estímulo e resposta - behaviorismo de Skinner);
4. Ensino indutivo da gramática, com foco na prática e uso de estruturas linguísticas;
5. Uso de repetição controlada e exercícios estruturais para a prática da língua;
6. Ênfase na pronúncia correta e na correção imediata de erros. As respostas certas deveriam ser reforçadas pelo
professor;
7. Pouca ou nenhuma explicação em língua materna, com o objetivo de criar um ambiente de imersão;
8. Foco no desenvolvimento da competência linguística e na comunicação efetiva, em detrimento do conhecimento sobre a
cultura do idioma-alvo (ensine a língua, não sobre a língua)
Na abordagem audiolingual, os laboratórios de idiomas e drills (exercícios repetitivos) são recursos importantes para o
desenvolvimento das habilidades orais dos alunos. Os laboratórios de idiomas consistem em salas equipadas com fones de
ouvido e gravadores, nos quais os alunos podem ouvir e repetir diálogos e frases gravadas. Os drills, por sua vez, são
exercícios estruturais que visam desenvolver a capacidade dos alunos de produzir as estruturas linguísticas ensinadas na
abordagem. Esses recursos são utilizados para que os alunos possam praticar a língua de forma controlada.
1.4 A abordagem audiolingual
Perguntas aos professores:
Stephen Krashen argumenta que a aquisição de uma língua se dá através de uma combinação de fatores,
incluindo o input compreensível e o filtro afetivo. Segundo ele, os alunos adquirem a língua estrangeira
quando são expostos a input compreensível e em situações em que precisam compreender e se comunicar
com outras pessoas.
O filtro afetivo é um conceito que Krashen usa para descrever a influência das emoções e atitudes do aluno
no processo de aprendizagem. Segundo Krashen, quando os alunos estão ansiosos, estressados ou com
baixa autoestima, seu filtro afetivo é alto, o que significa que eles são menos capazes de processar e
reter informações. Por outro lado, quando se sentem seguros, confiantes e motivados, o filtro afetivo é
baixo, o que facilita a aquisição de línguas. Krashen argumenta que os professores devem criar um
ambiente de aprendizagem positivo e encorajador para ajudar os alunos a reduzir seu filtro afetivo e
maximizar sua capacidade de aprender.
1.5 A abordagem comunicativa
Principais características:
A ideia das quatro habilidades linguísticas surgiu a partir da década de 1930, quando as línguas estrangeiras passaram a ser
ensinadas de maneira sistemática e científica. A abordagem mais tradicional era focada na leitura e na gramática, mas à medida
que o ensino de línguas evoluiu, passou a se reconhecer a importância de desenvolver habilidades comunicativas.
As competências linguísticas surgiram como uma extensão das quatro habilidades linguísticas (compreensão auditiva, expressão
oral, compreensão de leitura e expressão escrita) e são entendidas como um conjunto de conhecimentos, habilidades e estratégias
que uma pessoa precisa dominar para se comunicar efetivamente em uma língua estrangeira. As competências linguísticas são:
A discussão a respeito da necessidade de estabelecer conteúdos mínimos para o ensino é antiga. Isso
estava previsto em alguns marcos legais, como a Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de
1996. Sancionado em 2014, o Plano Nacional de Educação (PNE) também indica a BNCC como uma das
estratégias para se atingir as metas de qualidade para a Educação no período 2014-2024.
Em 2015, começou a construção do documento, que teve o texto referente às etapas de Educação Infantil e
Ensino Fundamental homologado em dezembro de 2017. No fim do ano seguinte, foi a vez da BNCC do Ensino
Médio. Como diretriz nacional, a BNCC é obrigatória.
Vale ressaltar que a BNCC não é um currículo. Como o próprio nome diz, base é o que sustenta. A BNCC é,
portanto, o ponto de partida para a construção de um currículo, ao organizar e articular as habilidades a serem
construídas da Educação Infantil ao Ensino Médio. Seu foco está em “o que ensinar”, em “que aprendizagens
oportunizar”. A parte do “como ensinar” (como promover aprendizagens essenciais), que também compõe um
currículo, não entra no documento. Isso fica a cargo de redes, gestores escolares e professores. Pode-se dizer
que os currículos são o caminho para conquistar os objetivos que a BNCC exige.
3. O que é a BNCC?
A Base também não deve ser confundida com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica
(DCNs) ou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Esses documentos foram referências para sua
construção. Como a Base, as DCNs têm força de lei, ou seja, são obrigatórias. Mas elas são genéricas. As
diretrizes definem, por exemplo, as áreas de conhecimento que devem integrar um currículo, mas não chegam a
tratar do que deveria ser aprendido em cada uma delas.
Os PCNs, por sua vez, não são obrigatórios, o que significa que a escola define se quer ou não utilizar aquelas
sugestões. Estes servem mais como uma referência pedagógica, pois tratam de concepção, metodologia e
sugestões didáticas, por exemplo. Outra diferença é que os objetivos de aprendizagem sugeridos nos parâmetros
são por ciclos e não por ano, como a BNCC, que é, portanto, mais específica e com detalhamentos que os outros
documentos não têm.
4. BNCC - Competências gerais
Vale lembrar que o documento considera competência como sendo a “mobilização de conhecimentos (conceitos
e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver
demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BRASIL, 2018,
p. 8).
Na prática, a BNCC aponta a necessidade de assegurar a aprendizagem dos alunos nos componentes
curriculares tradicionais, mas não só. Ela também indica que as escolas promovam o desenvolvimento
intelectual, social, físico, emocional e cultural, compreendidos como dimensões fundamentais para a
perspectiva de uma educação integral.
4.1 BNCC - Diferenças entre competências e habilidades
4.2 BNCC - Competências gerais - Aplicação
Competência 1 - Conhecimento (Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social,
cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva).
- compreende e reconhece o quê, o porquê (processo metacognitivo), a importância do que foi aprendido;
- reflete sobre como ocorreu a construção do conhecimento;
- conquista a autonomia para estudar e aprender em diversos momentos, inclusive fora da escola (capaz e
incentivado a buscar mais informações);
- colabora e compartilha o conhecimento,
- entende que o conhecimento adquirido poderá ser aplicado dentro e fora da escola - aplicar o conhecimento para
soluções de problemas diversos.
Pode ocorrer por meio de elaboração de textos, cartazes, videos, propostas e apresentações
Propostas: Quadros En esta unidad vas a aprender… Autoevaluación… En esta unidad aprendiste…
Proposta de Atividades Práticas (Livro Palabras en interacción 9 - Unidad 5 - Agua y medio ambiente)
4.2 BNCC - Competências gerais - Aplicação
Competência 2 - Pensamento científico, crítico e criativo - Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das
ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
Convite para que a investigação não seja conformista e que ocorra de maneira crítica e criativa.
Os aluno devem:
Os professores devem estimular os alunos a se expressarem artisticamente e ajudá-los a entender que uma língua
estrangeira carrega e transmite cultura.
Os aluno devem:
Os professores devem estimular os alunos a se expressarem artisticamente e ajudá-los a entender que uma língua
estrangeira carrega e transmite cultura.
Reconhece o papel fundamental da tecnologia e estabelece que o estudante deve dominar o universo digital.
O aluno deve :
- ser capaz de fazer uso qualificado e ético das diversas ferramentas existentes e compreender o impacto da
tecnologia na vida das pessoas e da sociedade;
- usar ferramentas multimídia e periféricos, os recursos tecnológicos para aprender e produzir; para desenhar,
desenvolver, publicar e apresentar produtos como páginas web (blog), animações a fim de mostrar o conhecimento
e resolver problemas.
Propostas de pesquisa e debate em grupo para apresentar e defender pontos de vistas e chegar a uma resolução final,
ponderando os argumentos alheios. Depois da atividade oral, pode-se explorar a produção textual.
Aborda o desenvolvimento social do aluno. Propõe posturas e atitudes que devem ter em relação ao outro.
Ressalta a necessidade de compreender, de ser solidário, de dialogar para entender, construir, negociar e colaborar
com todos, respeitando as regras de convivência, a diversidade social, econômica, política e cultural
Mediação de conflito - Identificar causas de conflitos e exercitar maneiras eficazes de resolvê-los em diversas
situações.
Desenvolver a consciência de que os estudantes podem ser agentes transformadores na construção de uma
sociedade mais democrática, justa, solidária e sustentável.
Incorporação de direitos e responsabilidades (além de seus interesses individuais e considerando o bem comum)