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2. SITUAÇÃO
3. INPUT
O input - para o input ser produtivo, deve ser compreensível e compreendido (intake)
quando o falante adapta o seu discurso para fazê-lo compreensível – facilita a
comunicação, ou seja, simplifica o léxico e articula mais claramente, mas também
contribui à aprendizagem de segunda língua do aprendente.
b) A transferência
A transferência é a influência que resulta das semelhanças e diferenças entre a língua-alvo e
qualquer outra língua previamente adquirida.
As investigações provam que a transferência marca todos os níveis da língua, especialmente na
fonética.
Existem alguns fatores reguladores ou restritivos da transferência que são decisivos nos efeitos
que a transferência produz: podem ser
internos -- a idade de sujeito, o nível de interlíngua ou a perceção do aprendiz sobre a
distância linguística, ou
externos -- o contexto ou a pressão em que se realiza o ato comunicativo
Também, pode ocorrer a interferência -- uma transferência negativa. Por exemplo, o erro
cometido por um falante de espanhol quando diz “no is true” (espanhol: “no és verdad”).
É um facto que a L1 é um fator central na aprendizagem da L2 e por isso não é possível
entender o processo de aprendizagem de uma língua não nativa sem apresentar o papel da L1.
c) Fatores individuais
Alguns autores argumentam que esses fatores não são puramente individuais, já que estão
relacionados com aspetos socioculturais – por isso falamos frequentemente de influências não
linguísticas.
Estes fatores são: a idade, os fatores afetivos (a motivação, a inibição), a aptidão (depende de outros
elementos como a inteligência e a memória), a personalidade, as crenças sobre como se aprende uma
segunda língua, o estilo de aprendizagem (= a forma em que o aprendiz percebe, interage e responde ao
contexto de aprendizagem).
Também se fala das estratégias de aprendizagem, que são definidos como as técnicas e
procedimentos que o aprendiz utiliza para aprender, memorizar e automatizar o conhecimento
da segunda língua.
Bem como das estratégias de comunicação que são definidos como recursos/meios que o
aprendiz utiliza para explorar os seus conhecimentos da segunda língua quando se encontra
perante um obstáculo no seu processo de comunicação.
a idade
É possível estabelecer algumas generalizações no que diz respeito à idade:
1. Os adultos avançam mais rapidamente do que as crianças no início da aprendizagem de
uma L2.
2. As crianças entre 8 e 12 anos de idade progridem no início mais rapidamente do que as
crianças entre 3 e 8 anos de idade.
3. No entanto, ao longo prazo, as crianças pequenas alcançam um nível superior do que os
outros grupos.
Estas generalizações se devem mencionar com respeito à existência de um período crítico de
aprendizagem, e fora deste prazo não é possível atingir o sucesso total de desenvolvimento de
capacidade linguística.
Também existe um período sensível de aprendizagem dentro qual a aprendizagem é mais fácil,
por exemplo, alcançar a boa pronúncia para um adulto pode ser mais difícil do que adquirir um
vocabulário rico.
Para concluir esta questão de idade podemos dizer que os adultos aprendem mais rápido,
especialmente a gramática, mas as crianças podem alcançar uns níveis na L2 semelhantes aos
dum nativo, particularmente no caso da pronunciação.
a aptidão
Os estudos destacam que a aptidão é muito importante nas situações informais e contextos
naturais de aprendizagem.
Podem-se distinguir quatro componentes da aptidão:
a) Capacidade de codificação fonética - consiste na habilidade para discriminar, codificar,
recordar e reproduzir sons duma L2
b) Sensibilidade gramatical - capacidade para reconhecer e compreender as diferentes
funções das palavras
c) Capacidade indutiva de análise de L2 - capacidade de inferir regras da L2 a partir das
mostras às que o aprendiz tem acesso
d) Memória associativa - para reter e recuperar vocabulário
A questão: a aptidão se pode desenvolver ou é inata? Geralmente é admitido que o
conhecimento de outras línguas facilita a aprendizagem duma nova língua, já que as pessoas
têm desenvolvidas as estratégias de aprendizagem e de comunicação a aptidão pode
adquirir-se.
a inteligência
A avaliação da inteligência apresenta muitos problemas porque não é fácil distingui-la dos
outros fatores como a memória.
Os testos de inteligência podem mostrar a capacidade de aprendizagem das regras gramaticais,
mas não a capacidade de comunicação e interação.
a personalidade
As características da personalidade que se podem associar com a aprendizagem da L2 são,
entre outras:
a) a dicotomia introversão ou extroversão
b) a capacidade de correr riscos
c) o estilo de aprendizagem dependente de campo ou independente do campo
É muito importante poder separar a capacidade de aprender da capacidade de comunicar
porque a pessoa pode aprender as regras mas pode ter dificuldades na interação.
outros fatores
Também, é importante mencionar outos fatores relevantes à aquisição da L2, como o sexo, a
ordem de nascimento na família, as crenças de aprendente sobre como se aprende uma L2.
Quando se trata de ordem de nascimento, dizem que as crianças maiores e os filhos únicos são
melhores imitadores da L1, mas não há referências no que diz respeito a L2.
O sexo: resultados de estudos são em favor das mulheres por causa da mais rápida
maduração do cérebro feminino, a maior motivação para aprender L2, os seus melhores
resultados académicos e as suas habilidades para se relacionar socialmente.