Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DUTRA
HELIANA MELLO
ORGANIZADOR
”’
’! TIO t
/•»x c
DñtU* '1
O
nEisE r. nuTRA
HELIANA MELLO
OI‹GANIZADORAS
A GRAMATICA E O VOCABULARIO
NO ENSINO DE INGLES:
NOVAS PERSPECTIVAS
jjIj|I]ljI|l|IIllIllllII
NAO DANfFIQIJE ESTA ETIQUETA
FALE-UFMG
BELO HORIZONTE
2004
Flcha cataiogrâ(ica elaborada pelas Bibliotecérias da Bibliotoca FALE/UFMG
ISBN: 85-87470-56-6
CDO : 425
SUMARIO
Parte I: Ensino/aprendizagem de gramatica
Ensino de vocabulñrio.....................................................................71
Vera Lucia Menezes de Oliveira e Paiva
A abordagem foco na forma na aquisiqao de vocabulñrio............103
Elizabeth Assunqâo Gontijo
A influeneia da tarefa proposta e a reten$ño de itens lexicais na uti-
lizaQño da estratégia uso do dicionârio.........................................131
Marfney Pereira Concei¿âo
Deise P. Dutra
Heliana Mello
' Usarcmos o tcrmo scgunda lfngua (L2) e lingua cstrangeira (LE) dc maneira
inlercambidvel. Ressaltamos, poréin, que hñ, em certcis inomentos, pmferéncia pclo termo
L2, visto que o uso do tcrmo LE poder accnluar as difcren5as lingUisiicas e um
dislanciamento social enlre falanics nativos e niio-nativos. Goho (2001) sugcre o uso do
termo 12 em situa96es cm que o falantc consegue colocar a propria voz ao usar a L2. A
disunqiio eiitrc falante nativo c nño- nativo tern sido questionada (RAMPTON, 1990 e
MEDGYES, 1992), jar que cla n3o valori- zn conceilos que podem ser relativisados c que
estiio ligados â proficiéncia em uina lfngua, como conhecimento (e pertisei, ‘afilia9iio a um
grupo (‹i@fi‹iiicin) c lieran9a (itifierifnnce) (RAMPTON, 1990).
9
primordial dv lingua e a que a inteligibilidade em uma L2 pas.sa
pcla aquisi ao da lingua ou pronuncia-padriio fvariante lingiifstica
usada por falantes-nativos).
Muitas dessas no ties estâo arraigadas nño soinente na
mente de pessoas nño ligadas ao ensino de lfnguas
profissionalmente, mas também de pessoas da Area. Se pensarmos
historicamente nos métodos° usados para o ensino de linguas,
poderemos entender melhor a origem de tars noqñes. Neste
capitulo, discutiremos essencialmente o valor atribufdo a gramâtica
ati avés dos tempos e veremos que certos métodos on abordagens
favorecem o foco ora no uso, ora na anñlise da )fngua.
A variaqiio dos principios noneadores das abordagens e dos
métodos e seu efeito no ensino de gram3tica sao apontados por Celce-
Murcia (1991) como algo que vem ocorrendo hâ muito tempo. Por
exemplo, o foco no uso da lingua (compreensiio e produQño oral)
foi comum nos periodos do Grego Classico e Latim Medieval,
enquanto na Renascen$a o foco era na an31ise das linguas, ou seja, na
aprendizagem das regras gramaticais. A mesma autora ressalta que
as varias abordagens usadas no século XX oscilavam, também, em
diversos aspectos. No audiolingualismo, por exemplo, as estruturas
gramaticais s0o apresentadas de forma seqilencial, e as regras de como
usar essas estruturas siio ensinadas indutivamente. Ja na abordagem
cognitive, a gramâtica pode ser ensinada de maneira dedutiva ou induti
va.
A seguir, discutiremos os concertos de lingua que subjazem
aos métodos mais populares no século XX e como a gramatica e seu
ensino siio vistos por eles. Dessa maneira, poderemos analisar
como esses tratamentos dados ao ensino da gramatica influenciaram
as pr5ticas pedag6gicas atuais.
Primeiramente, apresentamos os métodos Grainfitica-
Traduqño, Direto, A udiolingual e Comunicativo (QUADRO l ).
- Richards e Rodgers (1986) aprescniam a distinq5o entrc abordagem, méiodo e técnica feita
por Anthony (1963). A nl›ordagem determine os princfpios do ensino dc lrngu:is, uma vez
que envolve as teorias sobre a natureza? u aprendizagem de lfnguas. O “método é um plaiio
geml para a apre.scntn9iio organizada do material lingtlfstico. " (ANTHONY, 1963 spud
RICHARDS e RODGERS, 1986: l5). J6 a t6cnicu serta como colocar cm pr5ticn o método
por meio dc cenas cstrat0gias de ensino.
10
Richards e Rodgers (1986) afirmiim que n3o ha uma teoria que sustente
o método Gramñtica-Tradu âo, seja ela lingiiistica, seja psicologica,
seja educacional. O que podemos perceber nesse método é que o
concerto de lingua esta embasado na valorizaQiio da linguagem escrita,
uma vez que “o objeti vo do estudo de uma LE é aprender uma lfngua
para ler sua literatura ou para se beneficiar da discipline mental e
desen volvimento intelectual que resu Ha do estudo da 1 in gua
estrangeira” (RICHARDS e RODGERS, 1986:3)*. Os alunos fazem
traduqfies de trechos de textos liter5rios ou ate mesnio de textos
preparados especialmente pelo professor, com certas estruturas
lingilfsticas e vocabulârio especffico (LARSEN-FREEMAN, 1986).
Esse preparo de textos reflete, pragmaticamente, a noqao de que “a
senten a é a uni dade bñsi ea de ensino e pr3tica da 1 fn gua”
(RICHARDS e RODGERS, 1586:4)4 . Podemos dizer, entao, que tal
método valoriza a analise da lfngua e mo o seu uso. A gramñtica é
ensinada sistemñtica e dedutivamente e a memorize ao de regras
gramaticais é enfatizada.
O método Direto tern seu foco na lfngua falada e no
desenvolvimento de habilidades orais para a comunicaqao. Os livros
didâticos, poréin, nño refletem a linguagem cotidiano (ver capitulo
de PAIVA neste volume). Na aula reproduzida em Larsen-Freeman
(1986), baseada no método Direto, o professor exige dos alunos a
produQiio de sentenqas completes e niio h3 engajamento em
atividades comunicativas. Apesar de a gramâtica ser ensinada de
maneira indutiva, os textos (diñlogos, pe$as ou textos criados) sao
controlados quanto ao tipo de estrutura lingiiistica e vocabulârio
apresentados.
O método Audio-Lingual est3 embasado na 1ing ii is tic a
estrutural, ou seja, ha regras que governam o comportamento dos
elementos de uma lfngua, sejam eles fonéticos, sejam morfologicos,
sejam sint5ticos. Cada lfngua é vista como um sistema unico
formado por varios sisteinas (por exemplo, sistema morfologico)
(RICHARDS
The goal of fon•ign lorigiioge snuff' is to fenro ‹i l‹iii guage in outer to rein:1 its lilerofufe or
in order to heitvfic fmm tlte meruul Hiscif›line cruel inlcllecliial develoJ›ittciiI thus result from
foreign•languu e stud y (R ICHARDS e RODGERS. 1986: 3). As tr:idu9Oes das citaq6cs s3o de
responsabilidade das autoras.
’ The sentence is fire Music yrtit ofleacliiitg end luii p uage f›racIice. RlCHAltDS c RODCiERS.
1986: 3)
11
e RODGERS, i986). A grumâtica é trabalhada indutivamente com base
nos exeinplos, mas h5 a pnitica repetitiva de padr0es estruturais,
sintiiticos, levando o aluno a aprender o sistema da nova lingua. Essa
prñticarepetitiva tern suas origens no behaviorismo, teoria de
aprendizagem subjacente ao método Audio-Lingual. Os alunos sao
guiados a produzirem drifts e, mediante estimulo, resposta e refor o —
elementos crueiais da aprendizagem, segundo o behaviorismo —
aprendem como se comportar lingiiisticamente na L2. A visño de
lingua é determinants nas attics
pedagfigicas de um professor que segue o método Audio-Lingual. jâ
que a lingua ensinada é manipulada sem haver uma preocupa ao
com o significado, resumindo-se a estrutura em si. Podemos dizer que
no método Audio-Lingual o foco nño é a an6lise da lfngua, tampouco o
seu uso. Hâ, sim, a supervaioriza ño dos procedimentos de
aprendizagem, ou seja, a
crias*o do hâbito que levaria ii aprendizagem lingiifstica,
O ensino de lingua comunicativo, ou Abordagem Comunicativa,
tern em seu ceme a no ao de que a lingua é usada parn comunica ao. O
foco das aulas é mais voltado para o significado do que para a forma
e ha o reconhecimento de que uma forma lingiiistica pode exercer
vdrias fun§0es ou que uma funfo pode ser expressada por diferentes
formas. O ensino da gramatica interpretado como ensino das estruturas
e formas lingiifstieas é relativisado, porque o importante é o
desenvolvimento da competéncia comunicativa do uluno, Ai se
incluem as competencias lingiiistica, discursive, sociolingUistica e
estratégica (CANALE, 1983; CANALE e SWAIN, 1980). Dessa
maneira, a gramatica é um dos componentes da lingua, mas agora a
forma n*ao é desvinculada do contexto de uso, isto é, de sua fun ao
comunicativa.
O uso das estruturas estâ déetamente ligado aos interloeutores
que as usam e em que momento isso é feito. Naversao forte da Abordagem
Comunicativa, a gramdtica é somente vista de maneira indutiva. Navers*o
fraca, porém, vdrias técnicas e atividades que enfatizam tanto a forma
quanto sua funqño comunicativa podem ser usadas (ver GONTIJO
neste
volume sobre atividades com Foco na Forma — For).
Pedagogical maieri‹ilc end nccompaii ying classroom procedures tire desig ned to
present and practice a series of linguistic ifezns, or forzits. (LONG c ROBINSON.
1998:16)
• O input compreonsfvel c visto como suficientc para a aquisiqiio de L2 (KRASHEN e
TERRELL, 1988). Nessa teoria, o que é aprendido conscientemente {learning) nilo se
toma conhecimento adquirido (acr/iiisiiinti) e o papel da instru9ño formal é somente para
“monitomr" a produ9ilo da L2 (KRASHEN e TERRELL, 1988: KRASHEN, 1993).
t4
Referéncias Bibliograficas
BLA IR. R. W. Innovative approaches. I n: CELCE-MURCI A, M.
(Ed.). Teaching English us n seconcl or (oreigit lnngua s '. Boston:
Heinle & Heinle, 1991. p. 23-45.
CANALE, M. From communicative co• i' elence to communicative
language pedagogy. In: RICHARDS, J.; SCHMIDT, R. Lan,quci@ e
and c’oi ttwuuuc 6f t IC)l1. LOndon: Loginan, 1983.
CANALE, M.; SWA I N, M. Theoretical bases of’ communicative
approaches to second language testing and teaching. APP!!**
Linguistics, v. 1. n. 1, p. 1-47, 1980.
CELCE-MURCIA, M. Language teaching approaches: an overview. In:
CELCE-MURCIA, M. (Ed.). Teachii•g Eitglisli as a second:1 or
foreign language. Boston: Heinle & Heinle, 1991. p. 3-11.
DOUGHTY, C. Cognitive underpinnings of focus on form. I n:
ROBINSON, P. (Ed.). Cognition and scc-oiid lang uage
instruction. Cambridge: Cambridge, 2001. p. 206-257.
GOHN, C. A. A tarefa de desestrangeirizar a I ingua inglesa e o
processo de chegar a ter sua propria voz em uma segunda lingua.
In: VI CONGRESS O B RAS I LEIRO DE LING U fSTlCA
APLICADA, 2001, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte,
2002. CD-ROM.
KRASHEN, S.; TER RELL, T. The natural af›p much: language
acquisition in the classroom. London: Prentice Hall, 1988.
KRASHEN, S. The effect of formal grammar teaching: still peripheral.
TESOL Qtiaric•rly, v. 27, n. 4, p. 722-726, 1993.
LARSEN-FREEMAN, D. Techniques and princiJ›les in language
teaching. Oxford: Oxford, 1986.
LONG, M.; ROBINSON, P. Focus on form: theory, research and
practice. In: DOUGHTY, C.; WILLIAMS, J. (Ed.). Focus on
foriit in c lass roorii se cost d lan g uci g e acesu is it init.
Cambridge: Cambridge, 1998. p. 15-41.
RAMPTON, M. H. Displacing thc 'native speaker : expertise,
affiliation and inheritance. EL.T Journal, v. 44, n. 2, p. 97- 101,
1990.
MEDGYES, P. Native or non-native: Who's worth more? EL.T Joni itul,
v. 46, n. 4, p. 340-349, 1992.
RICHARDS, 1. C.; RODGERS, T. S. Approaches and methods iit
language teaching. Cambridge: Cambridge. 1986.
A METALINGUAGEM NO SISTEMA
PEDAG GICO DO PROFESSOR'
Deise Prina Dutra
I. Introdupño
Vdrias pesquisas na Area de formaqiio continuada ou pré-ser-
viqo constataram a influéncia das crenqas na pr5tica dos professores
(PAJARES, 1992; MUNBY, 1982; NESPOR, 1987; JOHNSON,
1994;
VIEIRA-ABRAHAO, 1996 e 1999; ALMEIDA-FILHO, 1999). Cren-
gas siio muitas vezes analisadas como um Gonstruto que se opfie ao
conhecimento, sendo que uma crenqa é mais alicerqada em fatores
afetivos e avaliadores que conhecimento (NESPOR, 1987). “A cren-
§a é embasada na avaliaqao e julgamento; conhecimento é embasado
1 Agrude9o â Heliana Mello e Miriam Jorge pela co-orientaq3o do grupo APPA (Attics e
Percey6es de Professores e Alunos na Sala de Aula dc Lfngua Inglesa), rcsponsdvel pela
colcta dos dados e inumcms discusrf\cs aqui desenvolvidas. A {›esquisa ora aprescntada
nao podcria ter sido desenvolvida sem a colabora9iio da Pr6-Reitoria de Gmdua9ao dn UFMG,
do CNPq e dn FAPEMIG por meio de bolsas conccdidas aos alunos de gmdua9iio e pds-
graduaq3o.
17
em fato' ” (PAJARES, 1992:313). Harvey ( 1986 aptirf PAJA RES,
1992: 313) define “crenqa conio unia representa iio individual da
re- alidade que tern validade o bastante, verdade ou credibilidade
para guiar o pensamento e o comportamento"'. Em virtude da
constataqiio de que as crenqas guiam a ñes, siio responsaveis por
grande parte das decisfies tornados em sala de aula (RICHARDS,
1998) e influenciam a interpretaqño das apñes, toma-se
imprescindivel o aprofundamento sobre como essas cren as afetam
o que os professores aprendem e as escolhas pedagogicas que eles
fazem. Nesse sentido, Johnson e Freeman (2001: 65,66) propñem
uma perspectiva socialmente situa- da para a educaqño de
professores de :
Professores chegam a programas de educaqiio de
profes- sores com conhecimento prévio e experiencias
que mol- dam o que eles aprendem. Para entender esses
processos, os programas de educaqao de professores
devem reconhe-
cer as escolas em que eles trabalham e as experiéncias de
escolariza ao que eles tiveram gpp4
Em consonñncia com a proposta de Johnson e freeman
(2001), as cren as nao devem ser somente interpretadas como
opiniñes, idéi- as pré-concebidas e de maneira descontextualizada,
como na aborda- gem normativa (BARCELOS, 2001), ou somente
interpretadas como conhecimento, mediante a an5lise do que os
participantes da pesqui- sa dizem fazer e influenciâ-los — o que
Barcelos (2001) denomina de abordagem metocognitiva. Para uma
compreensao contextualizada, “as crenqas sño [devem ser]
investigadas através de observa fies de sala de aula e analise do
contexto especffico” (BARCELOS, 2001: 81) 5 . Nesse sentido, para
melhor compreender o que ocorre em sala de aula, seria mais
apropriado pesquisar o sistema pedagogico do
6 “the beliefs, knowledge theorics, asrumplions, and attitudes that teachers hold about
all aspects of their work”. {BORG. 1998:9)
7 Almeida Filho (2001) situa o ensino comunicativo no BrariI dc.sde i978.
8 Yer introdugao deste volume sobre o papel do ensino grnmatical nas priitcipair abordagcn.s
6o s5culo XX.
9 Celce-Murcia, Domyci e Thurrcll ( 1997) afirmam que professores de Ifngua.s cm contexto
de Ifngua cstrangeira sempre mantiveram o ensino direto Ie gramJtica. Naves { I 9Pfi), tarTi-
bém, constutou o mesmo fato no Bmsil.
\9
uso da lingua, Long (1991) propiie a abordagem foco na forma (FonF)
“para lidar com problemas de aprendizagem que sao intrusivos, sis-
temâticos, remediaveis ou persistentes” (DOUGHTY, 2001:206)'°.
Doughty e Williams (1998) agregam varios trabalhos que discutem
essa abordagem e os efeitos de certos procedimentos na aprendiza-
gem'' .
Todavia, sabe-se hoje que o conhecimento de procedimentos
instrucionais niio levam, necessariamente, a uma prâtica eficiente
ou consciente. Sendo assim, hâ um crescente interesse em
estudar por que e como muitos professores recorrem ao ensino de
aspectos estru- turais da lingua (BORG, 1998, 1999 a,b e 2001). O
levantamento das experiencias de aprendizagem do professor, de
como e por que o pro- fessor optou por essa profissiio, de como faz
escolhas pedag6gicas na sala de aula e de como o contexto
educacional influencia o seu siste- ma pedagogico pessoal
(BORG, 1998), é uma maneira de compreen- der o ensino de
gramâtica em aulas de L2/LE. A necessidade de aprofundamento
nessa drea foi apontada por Ellis (1998), ao salien- tar o restrito
numero de pesquisas que exploram como os professores chegam a
certas conclusñes sobre quais tfipicos gramaticais abordar, quando
e como ensina-los.
O objetivo da pesquisa aqui apresentada é investigar como
se situa o uso da metalinguagem no sistema pedagfigico do
professor, ou seja, qual o papel que o professor d6 a
metalinguagem como ins- trumento no ensino da L2. A
metalinguagem é o uso da lfngua para descrever ou analisar um
fenñmeno lingiiistico e pode ser feita com terminologia explicita
ou sem ela on também de maneira implicita (CICUREL, 1984,
1985). No caso deste trabalho, sao analisadas ins- tiincias de
metalinguagem quanto ao uso de terminologia gramatical e â
apresentaQiio de regras, seja essa feita com o uso da terminologia
gramatieal ou sem ele.
12 0s nomes sño fictfcios e foram escolhidos pelas participantes parn preservar sua
identidade. 13 Apesar de as participantes da pesquisa serem professors em formaqao, passo
a mc refe- rir a elas como professoras.
21
lingiiistica por meio, principalmente, da analise da lJngua. O outro
cutso segue a abordagem comunicativa. O programa de curso é
base- ado em no fies e funqoes da lingua. A aula é orn centrada no
profes- sor, ora centrada no aluno, havendo uma énfase nos
trabalhos em grupo e em pares. O foco é no desenvolvimento das
quatro habilida- des (compreensiio e produQiio oral e escrita). H3,
todavia, maior én- fase nas habilidades de compreensiio e produ$iio
oral e leitura.
A coleta de dados foi feita em trés momentos. Primeiramen-
te, trés aulas foram filmadas de cada professora e elas assistiram âs
fitas sozinhas, com o intuito de iniciar um processo de reflexiio
sobre suas prâticas. Elas escolheram algumas partes de suas aulas
para mostrarem il pesquisadora em sessñes de visionamento"
separada- mente. Essas sessñes constituiram o segundo momento da
coleta de dados e ocorreram apds algumas semanas das grava$oes.
Nessas ses- sñes, que foram feitas separadamente, vârios assuntos
de interesse das professoras surgiram e foram abordados de maneira
a incentivar a descoberta de suas escolhas pedagdgicas. 0s dados
das sessñes de visionamento foram gravados em audio, transcritos e
categorizados de acordo com temas que emergiram da an6lise das
sessñes. Dentre os temas mais abordados, sobressatram o uso de
termologia gramati- cal e a apresentaqiio de regras gramaticais.
A pesquisadora prosseguiu a anâlise, transcrevendo os tre-
chos das aulas anteriormente escolhidos pelas participantes e fazen-
do uma compara$iio entre as aulas e as discussñes desenvolvidas
nas sessñes de visionamento. Um ano apds as filmagens, as
professoras (ainda alunas da graduaQiio) leram a analise feita pela
pesquisadora e todas se reuniram para refletir sobre o uso da
metalinguagem (uso de terminologia gramatical e apresentaqâo de
regras gramaticais) nos epis6dios escolhidos e analisados. Nesse
ultimo momento da coleta, foi feita uma comparaqiio entre as aulas
filmadas e as interpretaqñes da pesquisadora do que ocorreu em sala
de aula. 0s dados dessa reu- niiio foram gravados e transcritos,
subsidiando o aprofundamento das discussfies sobre o uso da
metalinguagem na sala de aula de lingua inglesa pelas participantes
da pesquisa.
14 Sessñes de visionamento, abordados por Gass e Mackey (2000), s5o discussñes estimu-
ladas pela nndlise de aulas filmadas.
III. Analise dos dados
1. As a$ñes
a. Deborah
b. Flavia
Did you?
F: (balan‹;a a ). I have a sentence (+) OK? Look at
this (+) please ( ) I have a sentence in the simple
past, ok? So (+) Ijnst an‹vc yini
andIask‘Didyou” O . right?So
18 F = Flavia
24
F: Do you understand echo question’* (a professora re-
pete a palavra como se houvesse um eco)
S: E como tag-question 1
F: No. Tag-question is used to confirm.
2. As suposiqoes e interpretaqoes
[4]
D: L nessa primeira parte (+) eu pedi que eles
marcassem os verbos no SimR** *'=z••r (++) primeiro
(+) eu expli- quei eomo era (++) Outra coisa que en
tenho sentindo falta é a questiio da gramiltica né (-I-+) eu
estava explican- do a gramatica (+) assim (+) como aula
expositiva (++)
porque eu venho sentindo esta falta aqui na graduaQiio
(-i-++) Mas é (+) eu percebi que niio deu muito certo (+
+) esta questiio da aula expositiva (+) eles niio
compreen- dem bem (++) eu também acho que niio me
sat muito bem (++) Eu fur pouco clara (+) e entao (-F)
assim (+) depois que eu vi a palestra suas (+) que veio
aquela ques- trio da abordagem comunicativa, que eu
nunca tinha vis- to isso porque nunca fiz Fundamentos
Pedagdgicos2° (+) né (++) enta”o, eu at percebi aquilo
que eu ja estava sen- tindo né, dessa necessidade que
eles usassem a estrutura sem que eu desse uma aula
expositiva (++) at (+) isso ficou mais claro para mim (-
i-+) E é o que eu you tentar a partir de agora.
(6]
F: Eu you falar da experiéncia, né, de ter a aula filmada,
que eu achei que foi muito rica porque (+++) como a
Juliana tava falando aqui, quantas coisas a gente niio
con- segue perceber quando td lâ na frente e (+++) na
televi-
siio é diferente. Entiio, por exemplo, é, a gente sempre
27
pensa, né, niio, ta 6timo, a aula tâ jdia, mas (risos)
acon- tece uma coisa que eu percebi é que a minha aula
é muito teacher-centered (+) eu imaginei, eu fiquei
pensando as- sim “como é dificil, como é dificil isso”
(+) niio deveria ser assim, porque se um aluno tâ numa
aula de lfnguas, querendo aprender a falar uma lingua,
eu acho que ele deve falar mais do que eu (risos).
3. As crenQas e as teorias
a. Deborah
[7)
D: Quer dizer. E, no texto. Era uma coisa, assim que niio
tinha no livro, foi uma coisa inventada por mim.
U': ah, nño, o livro niio trazia
D: nño
T: essa essa
D: atividade, niio
T: nomenclatura. Ah a atividade
T: Mas trazia essa nomenclatura.
D: nem a nomenclatura.
T: ah, nño?
D: Nño.
21 T = Telma (pcsquisadora)
29
D: E, mas assim, é, eles conseguiram fazer a atividade,
tinha uma aplicaqño, um objetivo. Entño for mais tran-
qiiilo. E hoje, en percebo que, é, eu falo na sessiio de
visionamento, eu marquei aqui.
b. Flñvia
[8]
T: Hum, hum!
F: Porque (+) por exemplo, a gente propñe nño um traba-
lho na abordagem comunicativa, mas, é uma duvida mi-
nha, o livro também niio usa metalinguagem?
T: Hum, hum
30
F: Eu acho que entao, eh, en acho que ele de uma certa
forma induz ao uso, a usar
(9)
F: Nunca vi (risos). Eu acho ate, a medida que eu fur
lendo o trabalho aqui, eu fur sentindo que (+) é claro que
tern tudo a ver com a questiio dos beliefs né, com a influ-
éncia que eu sempre tive porque for a forma que eu apren-
di. Eu acho que de um jeito meio tradicional mesmo.
T: Hum, hum
F: A gente tinha muito, muita gramñtica, quando eu apren-
di
T: gramatica explicita?
F: E, é. ....
[11]
F: E at, quando chega, eu chego nessa questiio de (+)
tern uma parte que fala assim, que seria a necessidade
do pro- fessor de explicitar a gramatica. Mas (+) de
repente me parece que essa é uma necessidade dos
alunos também. T: em certo, em certo sentido.
F: Mas, por, talvez, pela forma, né (+) a forma que ele-s
aprenderam também. -
32
T: Hum, hum!
F: On seja, tern tudo a ver com as crenQas, as minhas
podem ser parecidas com [as deles.
IV. Discussiio
teaches
-anAlisc lingfilstica:
accessidadc -
cxplicita$3o da
rogra: acccssidadc da
professora como
nluna dc d ‘o
2 “... has resulted in a large number of teachers feeling guilty about the nature of
communication in their own classrooms, and suspicious of mscarchcrs wanting to
record the:r lessons. It would be reasonable to conclude that ELT teachers who
produce 'cypical’ ELT classroom interaction do not, in fact, have anything to feel guilty
about" (p.73).
42
Cullen (1998) mostra o.ue, segundo esses estudos, algumas
caracterist icas poderiam ser identificados como auténticas, como,
por exemplo:
1. Intera@o professora/alunos
Exemplo 1
Exemplo 2
Falante D iscurso FO CO
1. Professora: 8ive an exam ple please FO RM A
Y. Conclusiio
Referéncias Bibliograficas
I. Introdu o
Nos ultimos trinta anos, a Ciencia Lingñfstica muito evoluiu
em termos de abordagens e, até mesmo, de perguntas de pesquisa e
epifenñmenos analisados. Pode-se dizer que a grande virada da teo-
ria lingiiistica nño ocorreu de fato, como afirmado por muitos, ao
final da década de 50, com o advento da Teoria Gerativa. Ads
mudan- s< cruciais, a meu ver, tern-se desenvolvido com a busca de
interfaces
entre os estudos da linguagem, da cogni$iio e da cultura. Tal visiio
tern sido adotado por vârias 6reas de investigaqiio, tais como a
Psico- logia do Desenvolvimento, a Psicologia Cultural, a
Antropologia Lin- gtiistica, dentre outras.
Nos estudos lingtlfsticos, vimos a emergencia da Lingtlistica
cuja descriqño sucinta serta: uma ârea de estudos que bus-
a integraqño da linguagem, seu aprendi zado, processos
sociocognitivos e um foco no sujeito/agente dos processos.lingi1fsticos.
55
Perguntamo-nos, enta”o: o que tern a teoria lingUfstica a
contribuir para tantas dreas de investiga ao? A resposta
invariavelmente altera- se de pesquisador para pesquisador, o que
certamente revela alinha- mentos tedricos diferenciados.
Neste artigo niio fato uma apologia contrâria a nenhuma
teo- ria lingtlfstica, nem mesmo defendo que apenas um modelo
tedrico pode oferecer subsfdios para a fascinante interlocuqiio
transdisciplinar que temos vivido no ambiente academico.
Entretanto, baseando-me no aporte teorico da Lingtifstica
Cognitiva (LC), relatarei parcial- mente uma experiéncia didâtica
que demonstra, creio, que subsidios oferecidos pela LC siio
factiveis e relevantes para o ensino de linguas estrangeiras. Tal
op$iio tedrica baseia-se na minha prdpria experién- cia como
lingilista profissional, que, ao longo de uma forma$iio e atua$iio
académica, bebeu de fontes diversas.
A Lingiiistica Cognitiva pode ser caracterizada como uma
pléiade de abordagens de estudos da linguagem, que
compartilham entre si o principio fundamental de que linguagem
é um comporta- mento sociocognitivo e sd pode ser estudado
dentro do uso real que seus utilizadores dele fazem. On seja, a LC
nio cria idealiza ñes representacionais nem da linguagem, nem
dos falantes, que siio de fato agentes cognitivos envolvidos em
procedimentos interacionais numa rede comunicativa. 0s
prim6rdios da LC ocorreram jâ na déca- da de 70, com a grande
rupture entre semanticistas gerativistas e interpretativistas.
Ademais, te6ricos irisatisfeitos com as idealiza$iies da onodoxia
lingilistica vigente buscaram, em precursores dos estu- dos da
linguagem, releituras esclarecedoras dos grandes mitos (bem e
malconceituados) que eram a palavra de ordem dos
Departamentos de Lingiiistica. Nesse contexto, ja na década de
80, Ronald Langacker cria um modelo denominado Space
Grammar, que por seu nome po- lémico logo foi posto de lado.
Em seu lugar, adotou-se o nome Cognitive Grammar, bastante
mais alinhado com o jargiio académi- co. Ao mesmo tempo,
George Lakoff e Mark Johnson desenvolviam seu trabalho
seminal sobre o papel das metâforas na organiza$iio de conceitos,
transferindo o form de analise da linguagem na qualidade de
produto para a sua rela no com o pensamento e a organiza$iio e
desenvolvimento de estruturas conceituais.
56
Em outras frentes de trabalho, pesquisadores como
Charles Fillmore, Gilles Fauconnier, Leonard Talmy e outros
grandes nomes da Lingtiistica desenvolviam modelos de analise
compatfveis aos de Langacker e Lakoff. Hoje, a LC é uma
abordagem tefirica respeitada, com praticantes em todo o mundo
Neste artigo, traqo um histñrico do ensino de gmmâtica no
con- texto de ensino-aprendizagem de linguas estrangeiras e localizo
aquelas frentes de tmbalho que vém sendo desenvolvidas com o
aporte da LC.
Referéncias Bibliograficas
67
Parte II - Ensino/aprendizagem de vocabulario
ENSINO DE VOCABULARIO
Vera Lucia Menezes de O/iVñffn e Paiva
I. Historico
LI$AO VIU
gardner
flower joveog moto
genius pobre
thin m«
nxiney dmr caro
/efiz
aleHo
kigb agreaible agmdâvel
loud OA4S/'O
grent wholman saudâvel
Valuable precioso
Expensive caro, dispendioso
To-day /toje
Others outros, outras
Both ambos
Often muitas vexes
All todos, /ddes
FIGURA 2 -
Fonts: Alexander, L.G. Firit Things Firsc Ext ito da lino 1, p. 1
vocâbulo. Larsen-Freman (1986:14) lembra tainbém que os
alunos eram ensinados a reconhecer os falsos cognatos. A fixa$ño
do voca- bulârio era feita por meio de exercfcios de tradupao
do inglés para o portugués e vice-versa. Veja abaixo um exemplo
de como o vocabu- lârio era apresentado no material didâtico da
época.
LI AO VIII
gardner sâbio
Valuable precioso
Expensive caro, dispendioso
To-day hoje
Others outros, outras
Both ambos
Often muitas vexes
All todos, tâdas
coat shirt
skirt
much.
FIGURA 3 -
Fonte: Alexander. R.G. First Things First. Extmto da li9ño 1 do livro do Professor, p. 1
S Atm o infcio da 4écada dc 1990, a UFMG ainda usava a lisfa de West para sclecionar os
textos que acriatn inclufdos nas pruvas 4c vestibular. A tncnS3o ft Gcrtera/ Semice LJst n0
cdifal do vestibular gerava dois prnblem«s. Como o livro estava esgotodo, os candidalos, e
até mesmo os profcssotes, ficavarn inscguron sobre o tipo de vocnbulârio que deveriam
estudar. O segundo problems envolvia a concep9ño de leitura c compreensiio de texio, uma
vcz quc no legislar que iodus us p:i1avriih dofi textos utilizados na prov;i do vestibular deve-
riazn estar zclacionados na lista de West. ignorava-sc a capacidade dos candidatos de
inferir significado pelo contexto e o.s profcssorCs se viom obrigados a adullerar alguns
textos parx’ substituir palavmn quc itâo wstavam nx liria dc West.
80
not be confined to these iteiTls. The teacher himself
does
not normally choose what vocabulary items his pupils
will learn. [.. .] The more language teaching is oriented
towards meeting the needs of the learners the more likely
it is that the situations used for teaching will produce
‘useful’ language without it having been necessary to
draw up an inventory of lexical items beforehand. A
reasonable behavioral prediction may do the work that
a vocabulary frequency counts sets out to do.
RGURA4- FIGURA 5 -
ente: WILLYS. D. & WILL.IS; J. Collins COBUILD English Course (v.31. Extraios due
nidades I e 23. p. 8 é 96.
8J
Corpus examples are impor tant in lanquage I Cill ning as
they expose studcnts at ari earl y stage in the learning
process lo lhe kinds of sentences .ind vocabulary which
they evil1 encounter in reiid in*_ qenui ne text.s in the
language or in using the language i ii real communicative
situations.
Meaning in context
.Seine re2‹uioiis
83
G.rims c ltedna:in (l '98G:69-7 I ) stifici em ii apr esenta§ o do
vocabul?irio end agrup:iinentos de tipos di ferentes - sciuantico,
fonologicci e priitHatic:t) - c", clelfiiidciido c}ue o vociibiil.trio
con.siste end xima série dc sislenias inter-relacionados. apresentarn as
seguin- tes indica§ties de .igrup.imentos:
related):
3. Items which are similar in meanin*:
4. Items whiCli l’orm ‘[3ilirS’ ;
.5. I tems -along a scale or cliiic, which illustrate differences
of degree:
6. Items « iiliin ‘wortl families' i.c. derivati ves:
7. Itein,s grou pcd by (a) grammatical si mil ai’ity and (b)
notional similarity ;
8. Items which connect discourse;
9. Item forming a set of idioms or multi-word vcrbs;
10. Iterns groupcd by spell ing dil’ficulty or phonological
difficulty ;
11. I tems grouped by style;
12. An iiem explored in tenths of its differcnt meanings;
13. Items causing particular difficulty w'itliin one nationality
group.
83
quizzes and tests ahead of time. Review ›•ocabulary
words at least two nights before the quiz or test and
again the night before. When taking the quiz or text, use
the following techniques:
Visualize the answer
Picture yourself looking for the answer in the book.
See the teacher standing in front of the class giving the
answer.
Close your eyes and write the answer of the class to mind.
While relaxing, take three deep breaths and write or circle
the answer you feel is right. (JOANNA GROLLMUS,
22/3/2001)
V.Sugestñes prñticas
A seguir, apresento algumas ilustraqñes de estratégias e ativi-
dades para aprendizagem de voeabulârio.
1. Listas de vocabulñrio
Uma das estratégias mais antig‹is é o uso de listas de
vocabu- ldrio. As listas de palavras a serem aprendidas podem
aparecer acom- panhadas de sinfinimos, antñnimos, de tradus*o ou
de defini§ñes.
Word Synonym Word Translation
RaquelMain (comunica5âo pessoal, por e-mail, em uhril de 2001 ) sugere a seguinte otividn-
de para o trabalho com listas de palavras:
X'océ faz uma lista de palavras em inglés e, na frente
de cada uma, escreve o significado em portugues.
Dobra a folha verticalmente de forma que vocé so veja
as pala- vras em ponugués e, a seguir, as escreve em
inglés. De- pois, dobra a folha de novo de forma que
vocé sd veja a lista em inglés e toma a escrever o
significado de cada uma em portugués e dai por diante
é o mesmo até o fim. Depois de cada ciclo, isto é,
inglés-portugués, acho que vale uma conferida para ver
aquelas qiie estâo sendo mais diffceis de memorizar,
pots é uma forma de revé-las.”
2. Mapas eonceituais
HUIVfAN DODY
BATN
Ovi smuggler
c•wr
SHAMPOO
Lips
FIGURA 6
9?
3. G rada$iies
FtGURA 7 -
Fonie: GA I RNS. It. 8: .S’I’UA It’F, lt. i$’orking ›vitlt i•'‹›rcls‘. f›. 1 fit
4. Prefixos e sufixos
ncsc es f/neshe
esi i ing
1. leaf (lenves)
2. trunk
3. root
4. bunch
7 O recurso dc associaqao dv ima g cm com itens lexicais foi um dos recursos usados via
pesquisa dc Gontijo (ver c:ipftulo “A abordagem foco na forma de aquisiqño de vocabull-
rio” nesiG livro .
94
§ Recursos fnnemii£tiCfiS
examine
scan I I i i
9. A oes e gestos
Por meio de gestos e mimicas, os aprendizes podem fazer
associaqñes para memorizar vocabulario on para demonstrar a com-
preensiio de conceitos, como no exercfcio a seguir.
96
I0. Atividades ludicas
Match mahers
httn://www.m-w.com/same/
Veja na ilustra$*ao uni exemplo de ‘itio/c/t ittaker’.
97
Jogo de Memñria
http://ww'w.funbrain.com/match/
Bingo
http:f/www.edgamesandart.com/ltwdboardgame.html
Cada-palavras
http://www.boardgame.co.uk/scirmish/trial/trial0l.htm
Forca hangman)
http://www.allmixedup.com/hangman/
http://www.billsgames.com/hangman/
http://www.edgamesandart.com/twohng/hngmn B l.htm
(Business English)
VI. Conclusño
O vocabulârio é elemento central na aprendiz.agem de um idi-
oma. De acordo com Leffa (2000:17),
Referéncias Bibliograficas
101
A ABORDAGEM FOCO NA FORMA
NA AQUISI$AO DE VOCABUL RIO
Elizahelh A. Contijo
I. Introduqao
103
Na lfngu.i inglesa, os verbi›s frasais sâo usados com muita frequéncia
no Registro informal, como parte do vocabulario di.irio; raxao que
toma a sua aprendizagem imprescindivel tanto para a eompreenstio
da linguagem oral quanto d‹i linguagem escrito dos falantes de inglés.
Apesar do einprego cotidiano dos verbos frasais na !fngua
inglesa, os aprendizes de inglés como lingua estrangeira e como se-
gunda lingua (diiqui em diante, L2) tém dificuldade para .iprendé-
los. Entre as causas dessas dificuldades de aprendizagem estariam a
polissemia, o grande numero de combin• so Cls, o sentido
idiomatico e a possibilidade da particula ser ou nao sepai ada do ver
bo. Essas difi- culdades influenciam a atitude do api‘endix em rela9fio
ao uso dos verbos frasais: eles podem usar um verbo i’elativamerne
equivalente no lugar do verbo frasal on simplesmente evitar o seu uso.
Nño obstante, o livro didâtico niio tern ajudado o aprendiz a
superar essas dificuldades e, de certa maneira, tern até desmoti vado a
aprendizagem dos verbos frasais. l°rimeiro, porque eIe n"ao
enfatiza o ensino de verbos frasais nos nfveis iniciais e, qttando o faz,
ele se limita a uma unidade do livro sem recorréncia nas outras
unidades. Segundo, porque usam verbos equivalentes e de origem
latina on grega para dar o significado dos verbos frasais. Por
exemplo, usam extinguish para explicar o significado de pxi out. A
grande desvanta- gem de os aprendizes iniciantes receberem esse tipo
de insumo e serem pouco expostos aos verbos frasais é que eles se
habituam a usar verbos equivalences de origem latina no lugar dos
verbos frasais. O aprendiz, no caso do nosso contexto de ensino, acha
naturalmente mais faciJ inemorizar o verbo equivalente do que o verbo
frasal e prO’\fave1mente usara exfinguish em vez de put out.
No entanto, ao usar um verbo equivalente, surge outro proble-
ma, visto que esse verbo nem sempre traz n extens"ao semantica do
verbo frasal (CORNELL, 1985), como, por exemplo, fie iii, que nño
significa simplesmente to.stay iii bed, mas ficar na cama além do tempo
normal de se levantar. A comunica9ito pode ser prejudicada tanibém
quando se usa o verbo equivalente de origeiri latina ou grega em situa
fies em que os verbos frasais seriam mais apropriados (MCARTHUR
EATKINS, 1985; SIDE, 1990; CELCE-MURCIA e LARSEN-
FREEMAN, 1999). Assim,
por exemplo, ao niiiivo ptxle purecerestranho on muito formal. quando o
10b
trio, segundo Swarn (19*95, ri/›rir/ S WAlN, l9°9b) é que eIa
também pode proiriover a percepyiio. Enquanto tenta produzir a 1
fngua-alvo, aprendiz pode notar que ele mo sabe clizer ou escrever
de forma precise o que ele pretendia. Ao notar essa diferen@ cntre a
lingua- alvo e a sua interlfngua, é possivel que o processo coqnitivo
do apren- diz seja ativado; isso pode gerar conhecimento linpiiistico
novo ou
consolidar o conhecimenlo j5 existente.
Em suma, para que a aprendizagem seja bem-sucedida, é
pre- ciso chamar a atenqño para o item a ser aprendido e usar tarefas
em que se crie a necessidade ‹le uso desse item. As atividades
baseadas na abordagem FonF podem ser planejadas para cobrir esses
aspectos e seguir a sugestño de Long (1991), Williams e Evans
(1998), Doughty e Varella (1998) e Dous hty e Williams (1998), de
que o tipo mais eficaz
de aten$ño ocorre em contexto comunicativo baseado no significado.
Dentro da perspective da abordagem FonF, esses aspectos
podem ser observados nas tarefas usadas na investigaqño que passo
agora a descrever.
IiLO estudo
1. Objetivos e contexto
' A produsiio foi controladu porquc o propf›sito das alividadcs era criar u necessidade part
os aprendizes usarem os verbos frasais c us pergunta.s induziam a isso.
107
de todos os trataiiientos e foram eliininados. O total final de partici
pantes Hi de 24, que ja liaviam recebido u ma média cfc 120 horas
aula de inpJés. 0s dois professores desses alunos também pariicipa
ram da pesquisa.
Para a escolha dos verbos frasais foram obsei-vados algun‹
eritérios:
• eles eram verbos frasais de acordo com dois
dicion5rios Dictionar of Phrasal Verbs and their Idioms ( 1985) e
Longman Dictionary of Contemnorarv English (1995);
• eles deveriam ser idiomâticos, visto que desta forma os
alunos nao conseguiriam imaginar o significado dos verbos, o que
invalidaria a pesquisa;
• o significado deveria ser passivel de ser espresso por meio
de desenhos, uma vez que a técnica visual serta utilizada tanto nos
tratamentos quanto nos testes orais;
• os verhos deveriam ser de uso freqiiente na lingua-
alvo. Pura comprovar isso, usou-se o conhecimento de trés falantes
natives do inglés americano;
• os verbos deveriam ser ‹Jesconhecidos para os aprendi-
zes, o que foi comprovado pelo resultado dos pré-testes aplicados no
plano-piloto e pela analise do material didatico usado pelos panici-
pantes nos semestres anteriores.
• O segundo tratamento
Teste oral
A FICi. 1 mostra a produ$ao dos verbos frasais nos testes orais.
Teste escrlto
A TAB. 1 mostra as freqaencias de uso dos verbos em cada
um dos testes escritos. .
VERBUS
FRASAIS
116
qñes ou outras aulas de lingua antes de conhecercin look up to. E
claro quc os proprios alunos podeiri ilCCssar a L I e fazer a ligaqâo
entre LI c L2, e isso nño 11a como se cvitar. Entretanto. o insumo
pode ajudar essa ligaqiio. O que ocorreu nos tratamentos for mo in-
centivar ensa associaqño, o que parece ter surtido efeito, uma vez que
o uBo be ‹idmire for insignificance. E possfvel que nao sfi a lingua
matema seja responsâvel pelas escolhas, mas também o tipo de
insumo recebido.
O iipo de insumo que os participantes do estudo de Dagut e
Laufer (1985) receberam é desconhecido. No caso deste estudo, pode-
se afirmar que o insumo priorizou o uso dos verbos frasais e, em
nenhum momento, o verbo equivalente t’oi mencionado pelos
profes- sores e pela pesquisadora.
8. Implicaqoes didaticas
9. Limitaqoes da pesquisa
120
Referéncias Bibliograficas
1° TRATAMENTO: DESENHOS
124
ANEXO B
1“ TRATAMENTO: TEXTOS
A famous person
I’ni a famous person because I’ ve been on tl:. news quite often.
I’ni neither an artist, nor a star, nor a nii1.1 iol2iliFC illJd not even a top
mean in the governiiieiit. I’iii just a burglar!
I love m3• profession and I ha ve quite an exciting life. 1
break into houses. lt is an easy job. First. I check the houses tliiit
don’t have burglar alarms and the times the houses are empty. I
usual Iy break into the houses by forcing the back door or the
kitchen window. Then I look lor jewellery and iiioney. When I find
them I piclt them up, put them in my pocket and get away with
tliciii. The police have never caught me. Once, something unusual
hapJiened. When I was leaving the house I heard sirens. I threw the
jewcllcry in the garden and walked away. The police car didn’t stop.
I wiiited some minutes and went back to the house to pick up the
jewellery.
Lots of young burglars look up to me. They say I’m smart
and quick and they want to be like me. As I’m getting old, I’m teaching
my son some tricks of this profession. 1 want him to take over my
place when I retire. I want him to be the burglar o1‘ the family.
127
2“ TRATAMENTO
YOURESTUOEWTA
The mon dld a mgth lng wr'ong.
128
tst STOF•tV STUDENT A STARTS
YOU’RE STUI3ENT B
129
A INFLUENCIA DA TAREFA PROPOSTA
E A RETEN$AO DE ITENS LEXICAIS NA
UTILIZA$AO DA ESTRATEGIA
USO DO DICIONARIO
Mariney Per eira Conceiqâo
I. Introdu@o
' Do original: “ ...speci.il \v.a}'s c›£ pruccssiny iitfurmaci‹›i› thot cnlt‹incc comprehension,
ie:inning, or rctcntion of the inforl›i:ctit›i›” (O“ ktA LLEY c CI I.4MOT, 1990, p. I ).
t32
Coura .'iohrinho ( I w h) esiudd ti tiSO do dictOlj;jrio nor .ipt‘en-
diz= s em de vocabulârio. apoiiiando o iiiipacto positi vo do uso dessa
I estratégia. destiicando que leitc›res que utilizam o dicion5rio nilo so
aprendem mais pal:ivras. coino também :ilcanqana maior desetripe-
nho no compreensao da leitura. Para Hulstijn (1993), o uso do dicio-
rhirio é um recurso de leitura ainplamenle utilizado pelos alunos, mo
apenas pura resol ver problemas com itcns lexic‹iis nño conhecidos,
mas também paru verificar o signific.ado das palavr:is que os alunos
procuram inferir durante a leitura de url texto.
Hulstijn (op.cit.) in vestige a estril1J@iil uso do dicionai ie›,
ve- rificando a influencia da taref‹i propost‹t tia freqticncia com que os
alunos o consultam, aplicando, em seu estudo, duas diferentes tare-
fas a dois grupos cie alunos (resumo de util texto e perguntas de
com- preensao). Os resultados da pesquisa niio apontam dil’erenqas
signifi- cam vas na freqiiéncia de uso do dicion?irio nas duas tarefas
aplicadas. Contudo, em uma das questiies propostas, os alunos que
responde- ram its perguntas o consultaram mais do que aqueles que
fizeram o resulno do texto, o que pode apontar para a possibilidade
de a nature- za da tarefa proposta na leitura de uni texto eonstituir uma
variavel importante no uso da estratégia uso do dicionârio.
Hulstijn ( 1997) destaca aind.a tjue o uso ‹Jo dicion5rio pode
facilitar a retenqao de itens de vocabulâi io ma memdria. Nas
palavras do autor, “hñ evidéncias empiricas na literature de que
inferir o signi- ficado de uma palavra através do contexto, checando a
inferéncia através da consulla a um dicionario e anotando o
significado da pala- vra em um caderno [...] contribui para url
processamento elaborado da palavra, facilitando, portanto, sun reten
Rao na inemori a.” ' (HULSTIJN, 1997:203)
' Do original em inyl6s: "There is cinj›iricaI evidence iti the litemturc that inferring ,i word’s
meaning from the ct›ittcrt, checking one’s inference fry cunsuItii›g a diction ary, and v’ritiny the
word down in a notuboc›k (...] fosters an cl.iborate processing of rhc u’‹›rcI •\i›rI therefore ftlcilitates
ice retention in memory" (HULSTIJN. 1997, p. 203).
133
Propomc›s, neste trabalho, um‹i invesii*a ao da estratégia de
usar o tlicionario sob dots pontos de vista distintos, buscando uma
compreens"ao mais clara de seu uso. Num primeilo momento da in-
vestiga§ao, conio no estudo realizado por Hulstijn (1993), investiga-
remos a infiuéncia da tarefa proposta na utiliza3ño do clicionario.
Num segundo momento, verificaremos a eficiéneia do uso da
estratégia na retenqao de itens de vocabulario na memoria.
O objetivo deste trabalho é iiwestigar o uso do dicionârio
por parte dos alunos de um curso de leitUFil em lingua inglesa,
procurou- do determinar a influencia da tarefa proposta aos alunos
na utiliza§ao dessa estratégia e, ainda. verificar a eficiéncia dessa
estratégia de consultar palavras no dicionario na retenqao dessas nu
memdria.
1. Sujeitos da pesquisa
2. A coleta de dad‹is
3. Instrumentos
III. Discussño
t38
IV. Conclusñes e considerapñes finais
Referencias Bibliogrñficas
142
Parte III - Tarefas comunicativas e a aprendizagem
de gramatica e vocabulario
TAREFAS COMUNICATIVAS: UM CONTEXTO
FAVO VEL A APRENDIZAGEM DE GRA TICA
E VOCABULARIO NA SALA DE AULA DE L2?
Anci Aiitâitio be Assis-Peterson
Aria Lurissa A. M. Oliveiro
I. Introduqao
145
A dicotonaia entre “forma e sentido” encontra-se thoo profun-
damente enr:iizada na tradi ao do ensino dc linguas que, atravcs dos
anos. nos, professores, tciiiamos resol ver esse dilema prini eiramente
apresentando e explicando o ponto gramatical on a estrutura lingiiis-
tica principal a ser ensinada/aprendido, para depois solicitarmos dos
alunos a sua pr3tica via produqao oral on escrita.
Aproximadainente, a partir do final dos anos de 1970, com
o advento do ensino comunicati vo, mudanqas metodologicas
ocorre- ram na sala de aula e muitos professores comeqaram a
implementar o trabalho em par on em grupo com o intuito de
oferecer ao aluno opor- tunidades de participar em interaqñes
comunicativas significativas, atendendo a necessidades
individualizadas. Todavia, o enfoque no sentido e a
descentralizaqiio de atividades direcionadas pelo profes- sor
causaram/causam certo desconforto na sala de aula. Conforme
dizem os professores, alunos reclamam que nfio estño aprendendo,
que as aulas parecem soltas e clamam pela “suposta segura ns • ” do
ensino tradicional, on seja, o enfoque no sentido parece excluir o
enfoque na forma e vice-versa. Mas seria viñvel tentar engajar alunos
em ati vidades que integrem a ambos? Estaria o aluno aprendendo o
funcionamento da lingua (vocabul3rio, morfologia e estruturas
sinta- ticas) ao se engajar em tarefas comunicativas na sala de aula?
Ofere- cer ao aluno oportunidades para usar u lfngua intensifica a
relaqiio entre forma e sentido? Essas sño perguntas que intrigam
professores e pesquisadores.
Neste artigo, pretendemos mostrar que determinados tipos
de tarefa comunicativa, via trabalho em par, constituem um contexto
favorâvel ao desenvol vimento da L2. Mediante a realiza$âo de tais
tarefas, como jigsaw (quebra-cabeqa) e information-gap (lacuna de
informa$iio), alunos podem vivenciar quatro condi ties identificadas
como vitais (porém nño suficientes) para o sucesso na aprendizagem
da L2: (i) necessidade de os aprendizes receberem insumo compre-
ensfvel e significativo; (ii) necessidade de os aprendizes prestarem
atenqño na forma e no sentido do insumo; (iii) necessidade de
produ- zirem linguagem e (iv) necessidade de cecebezem feedback,
z finn de modi ficar a sua propri a produk Rio em dires• o
a maior
compreensibilidade, precisiio gramatical e grau de adequa§3o na L2
(PICA, 1998).
}46
Todavia. argumentamos que. conio os resultados aqui
apre- sentados sâo decorrentes de pesquisas de natureza quase-
experimen- tal, eabe aos professores escolher e implementar
tarefas comunicati- vas em suas aulas, presnindo aten$ño no modo
como os alunos inter- pretam as tarefas e as realizam. com o
intuito de observar se resulta- dosde pesquisas teoricamente
embasadus funcionam na pratica. Acre- ditamos ser essa uma das
altemativas para criar a tao desejada ponte entre teoria e prñtica.
O artigo comma com um breve resumo que delineia o que a
teoria e as pesquisas de aquisi$ño de segunda lfngua (ASL) de base
interacionista prop6em acerca da relaqâo entre tarefas comunicati-
vas, negoci U de sentido e aprendizagem de L2. Em seguida, por
meio da apresenta no de alguns exemplos de seqtténcias interativas
extraidas de nossas pesquisas com alunos brasileiros que aprendem
inglés no Brasil, tentamos mostrar que tarefas comuriicalivas do tipo
jigsaw {5S j e information-gap {IG ) siio eficazes em proporcionar
aos aprendizes oportunidades para negociaro sentido e,
conseqtlentemen- te, focalizar a atenqito no sentido e no forma,
visando desenvolvei a gramâtica e o vocabuldrio da L2.
Aluno A Atuno D
It has a black ii black ceiling:'
Ceiling?
Ceiling?
A black roof ccil in3 black okay?
Yes.
Aluno A Aluno B
There is some arbusts?
Arbusts?
Some plants?
NofThey don’t have any plants.
Aluno A Aluno B
Now when you come to this upstairs you use
=ladder
A ladder
Aluno A Aluno B
It’s a 1 ittle house é you sec
The front of’ thc house yoii see one
“‹•.sccitl‹i” how can I say?
Stairs
Two degrees degrecs
Aluno A Aluno B
Three steps
Stairs?
Aluno A Aluno B
Yes there are two together side by
side so there is a chamine and beside
Aluno A Aluno B
It has it have a stove?
What?
Stove
Yes/What?What is stove? It’s the
Er ...
A part that is bigger than the
house where Sanfn Claus
Yes
A okay okay/and it’s white
Aluno A Aluno B
Into the basket there is a a .
Grape?
?
Crayes
Yes there is some
Some grapes?
grapes “A gente fala
Okay
cacho” Yes some grapes
Some grapes with two leaves two leaves
leaves the leaves of the griipe/
Two leaves''
Yes two leaves one to the right and one
to the left
Okay
One on the right side and one the left side
of the
Okny goon
And beside the the = the grapes
The grap the grape the grape is it grape?
Grapes/
Grapes beside the grapes there’s a pineapple
Aluno A Aluno B
Because you have good jewelery/pottey
Pottery/what is it?
)Professora Aluno
What Charlotte buy? Did buy there?
What Charlotte
What did Charlotte buy?
Professora Aluno
What about David?
Where did he go?
David/He go to America
Pardon?
He went to America
Well/what did he bring?
ReferGncias Bibliogralicas
ASSIS, Ana Antonia de. A. Prers as ci i esourc e for- l‹iitgaage lent itiiig
iii the foreign !•!!s!!•s• • «•• !e.xi: insights l‘rorn an inter:iction-b•ised
study. Unpublished Ph.D. DisseFlillion. University of Pennsylviinia,
Philadelphia, USA, 1995.
t61
COELHO, Rosa A . Be ssa . lii termct io dial h e It a vioii r in f lie
couuiiunirutive t' lnssrr›oni: the effects of tasks .ind participation
patterns on the negotiation of meaning. Disseriaqao inédita de
mestrado. UFF, Niteroi, 1997.
PICA, Teresu; DOUGHTY, Catherine. The role of group work in
classroom second language acquisition. hindie.v iii Secord d
Wngiiage Acquisition, v. 7, p. 233-248, 1985.
DOUGHTY, Catherine; PICA, Teresa. Information gap tasks: an aid
to second language acquisition? TESOL Quorterl y, v. 20, p. 305-
325, 1986.
FOTOS, Sandra; ELLIS, Rod. Communicating about s'• ' mar: a task-
based approach. TESOL Quarlerl y, v. 25, p. 605-628, 1993.
FUTABA, Teru fumi . Second 1 an gu age acquisi t ion thro ugh
negotiation: a case of non-native speakers who share the first
language. Unpublished Ph.D, Dissertation, Un ivers ity of
Pennsylvania, Philadelphia, USA, 1994.
GASS, Susan; VARONIS, E angeline. Task variation and non-
native/ non-native negotiation of meaning. In: GASS, Susan;
MADDEN, Carolyn (Ed.). Input iii Second Language
Acquisition. Rowley, Massachusetts: Newbury House
Publishers, Inc., 1985. p. 149- I6l.
KRASHEN, Stephen. Second language acquisition and z‘econcl
language learning, Oxford: Pergamon Press. 1981.
KRASHEN, Stephen. Principles and F ractice in second faiig•• 8*
acq uisition. Oxford: Pergamon Press, 1982.
LONG. Michael. ftipin, interaction, and second language
acquisition. Unpublished Ph.D. Dissertation, University of
California, Los Angeles, USA, 1980.
LONG, Michael Input, interaction, and second language acquisition.
In: WINITZ, Harris. (Ed.). Annals of the New York Academy of
Scien ces Confe re rice on Nni ive and Fo re igri La ng uage
Acquisition. New York: New York Academy of Sciences,
1981.’ p. 159-278.
LONG, Michael. Linguistic and conversational adjustments to non-
native speakers. Studies in Secotld Language Acquisition, v. 5,
n.2, p. 177-193, 1983.
t62
LONG. Mich.rel ; PORTS IN. Pairici.i. Grotip wtirk. interlanguage t:ilk.
and sectind litn uiigc .tcc}uisiti on. TKSGL Qiuu-lc•rl s, '. I *). n. 2. p.
207-228. 1 '985.
LOSCH Kh", Lester; BL Eh'-\*ROMAN, ltt›liert. Grammar and task-
based methodology. In: GASS. Susan ; CR OO KES. Graham.
(Ed.). Tci.vk.v rmcl lent uage lecii‘ii iii fi: i nteg riit i rig theory and
practice. London: Multilingual Miittcrs, 1'993, l 23-67.
LYSTER, Roy ; R ANTA, Leila. Cor i ective I’eetlback and learner
uptake: negotiiition ol’ form in commtiniciitivc classrooms. Stiiclie.v
iii Secoitcl Lcin fringe AccpiiSitioii, . 1 '9, p. 37-6i6. 1997.
NOBUYOSHI, J.; ELLIS. Rod. Focused coiniiiunicaiion tasks and
second lanqu:ige acquisiton. Eitglisli Lriitg aci gr Tecicliiiig
J‹auriiul, Oxford: Oxford University Press, v. 47, n.3. p. 203-
10, 1993.
OLIVEIRA. Ana Larissa A. M. de. A iitter‹ip â‹1 tItl‘H i!GS clO lfSO ‹•
iaiefa› c-oitiuiticatii'a.v e ci siia sigitificâitcia J›‹irci o ensiito rle
fli- s••a estrcingeira. Disserta ao de mestrado inédita.
Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiab3, 1997.
PICA, Teresa. Interlanguage adjustments as an outcome of NS-NNS
negotiated interaction. Lringun$e L‹•aiviiiiy, v. 37, p. 563-593,1587.
PICA, Teresa. Second language learning through interaction: Multiple
perspectives. In: REG.AN, Vera, (Ed.). C£›tticllIflf)l £JW’ £lflpl OtlC!IC.$
to secoittl lvii gaciMr nccJtii.sirioit. Dublin: Uni varsity Collcge Dub-
lin Press, 1998. p.l 1 -32.
PICA, Teresa: DOUGHTY, Catherine. The role of group work in
classroom second 1 an guage accjuisition. Sr in:lies in Secr›iirl
*-••!!g• iaq e Acc iii.Simon, v. 7, n. 2, p. 233-248, 1985.
PI CA, Teresa ; HOLLI DAY, LI ojd ; LEW IS , Nor a;
MORGENTHAL ER; Lynel le. Comprehensible output as an
outcome o I“ 1 ingtiistic dcniands on the lc:truer. Stiiclies iii Secc›iicl
Lait J unge AccJai.sitioii, v. 11, n.1, p. 63-°90. l9bS.
PlCA, Teresa; KA NAG Y, Ruth; FALODU N, Joseph Sola.
Choosing and using communication tasks for second langtiagc
rcscarcli antl teaching. In: GASS, Susan and CROOKES,
Graham. (Etl.). Fr.st.v uiicl lciiigiiage lrcii itiit y. integrating
theory and practice. London: Multilinguil Arbiters, 1993. p. 9-34.
PORTER, Patricia. How lcarners tal k to ciicli other”. i nl» ut and
interaction in task-center ed discussions. I n: DAY, Richard, (Ed.).
lC›3
Talking to leai ii: conversation in second language acquisition.
Rowley, Massachusetts: Newbury House Publishers, Inc., 1986.
p. 200-224.
SCHMIDT, Richard; FROTH, Sylvia. Developing basic conversation
ability in a second language: a case study of an adult learner of
Portuguese. In: DAY, Richard (Ed.). Talking to learn.
conversation in second language acquisition. Rowley,
Massachusetts: Newbury House Publishers, Inc., 1986. p. 237-
326.
S WA IN, M erril. Comu nicative competen ce: some roles of
comprehensible input and comprehensible output in its
development. In: GASS, Susan and MADDEN, Carolyn, (Ed.).
input in Second Laiigua8e Acqfiixirioii, Rowley, Massachusetts:
Newbury House Publishers, Inc„ 1985, p. 235-256.
VARONIS, Evangeline; GASS, Susan. Non-native/non-native
conversations: a model for negotiation of meaning. Applied
Linguistics, v. 6, n.1, p. 1-90, 1985.
VYGOTSKY, Leon S. Mind in secret y. the development of higher
psychological processes. Cambridge, MA: Harvard University
Press, 1978.
WAGNER-GOUGH, J.; HATCH, Evelyn. The importance of input
data in second language studies. Language Learning, v. 25, n.2,
p. 297-307, 1975.
Colaboradoras
ISBN 85-87Q76-5b-6
|josfiin ” •
llll