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FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

METODOLOGIA DO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA

ISABELLA

CONCEITOS ACERCA DE MÉTODOS DE ENSINO DA LÍNGUA INGLESA

Resende - RJ
2022
CONCEITOS ACERCA DE MÉTODOS DE ENSINO DA LÍNGUA INGLESA

Isabella1

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO: O método de ensino é a principal ferramenta quando o objetivo é ensinar outras línguas,
portanto, o presente estudo tem o objetivo de apresentar métodos de ensino da língua inglesa. Para a
elaboração do estudo, foi utilizada a metodologia de revisão bibliográfica, sendo analisados livros,
revistas e artigos de cunho científico, oriundos de bases de dados presentes na Web, tais como: Google
Scholar, Web of Science e Scientific Electronic Library Online (SciELO). O estudo buscou demonstrar um
esboço histórico do ensino de línguas; o método de tradução; os primórdios dos métodos analíticos; o
método intuitivo; a busca por novos caminhos; o método direto, além da importância da pronúncia em
inglês. Por fim, foi possível concluir que uma grande variedade de abordagens compõe a prática mais
bem sucedida, ajuda a manter toda a atenção dos alunos presentes na aula, incentiva-os, oferece um
ambiente atraente e diminui a ansiedade, timidez, etc. Portanto, a busca por novos métodos no ensino da
língua inglesa que tenham tarefas mais significativas, sugestivas e informativas, pode ser eficaz.

PALAVRAS-CHAVE: Metodologia; Ensino; Língua Inglesa.

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1 INTRODUÇÃO

A tarefa da metodologia é aprimorar o processo de ensino de inglês, capacitando


e facilitando os professores a trabalharem com proficiência. Ensinar envolve uma
análise contínua do próprio trabalho, das experiências de outros professores e a busca
de novos meios para melhorar o ensino.
Ao ensinar uma língua estrangeira, o professor deve pensar nas qualidades
específicas oferecidas aos alunos de uma determinada língua materna. Isso significa
que a metodologia de ensino de inglês deve levar em conta as dificuldades
apresentadas pela língua inglesa para os alunos que irão aprendê-la (GATTEGNO,
2010).
A metodologia de ensino de inglês está relacionada com vários desafios ou
problemas (GATTEGNO, 2010):
1. O que ensinar? Isso significa a quantidade de conhecimento, habilidades e
hábitos que os alunos devem obter no processo de aprendizagem da língua.
2. Quais são os objetivos do ensino? Quando um professor tem certeza do
objetivo de ensinar, ele terá a facilidade de atingir o objetivo pretendido.
3. Como ensinar? Neste caso, pode-se lembrar os princípios sobre os quais se
baseia o ensino de inglês, os meios, métodos e táticas usadas no ensino para alcançar
a conclusão final exigida.
As respostas a essas perguntas definem o escalão da metodologia como ciência.
Como consequência, determina a natureza dos problemas a serem tratados.
Para o sucesso do ensino, são necessárias várias iniciativas pelos professores,
dentre elas: O professor precisa despertar e desenvolver a potencialidade e capacidade
dos alunos para o estudo; ajudar os alunos a desenvolver hábitos através da repetição
frequente; inspirar, despertar o interesse do aluno em estudar; saber como passar de
etapas fáceis para etapas mais difíceis (NEWTON; KUSMIERCZYK, 2011).
Essas são algumas das ideias de ensino de línguas apresentadas por H. E.
Palmer que provaram ser sólidas e eficazes até os dias atuais. E como Robert Lado
(apud SWARBRICK, 2002) enfatizou, ao ensinar inglês deve-se estar ciente dos
seguintes princípios:
 Falar antes de escrever;
 O desenvolvimento de hábitos por meio da prática;
 A abordagem cultural.
Diante do exposto, o presente estudo tem o objetivo de expor métodos de ensino
da língua inglesa. Para a elaboração do estudo, foi realizada uma pesquisa
bibliográfica, a qual se baseou em livros, revistas e artigos de natureza científica, sendo
esses oriundos de bases de dados presentes na Web, tais como: Google Scholar, Web
of Science e Scientific Electronic Library Online (SciELO).

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 UM ESBOÇO HISTÓRICO DO ENSINO DE LÍNGUAS

O ensino de línguas estrangeiras partiu da prática desenvolvida durante séculos


no ensino de latim e grego na Inglaterra e na Europa. Os livros didáticos usados na
Idade Média para o ensino de línguas clássicas baseavam-se apenas nas gramáticas
de Donato e Prisciano. Aelius Donatus foi um gramático romano e professor de retórica
que viveu em meados do século IV. Sua conhecida obra Ars grammatica (elementos da
gramática) foi a gramática latina padrão durante a Idade Média. Prisciano também foi
um gramático da Mauritânia que ensinou latim em Constantinopla no século VI. Seu
Commentari grammatici era um texto padrão e foi escrito em 18 livros, enquanto
Eneida, outro livro, era um tratado sobre acentos e um trabalho sobre as declinações
dos substantivos. Ele traduziu para o latim os preceitos dos gregos que pareciam
adequados. Prisciano frequentemente citava Virgílio Cícero, Plauto e Juvenal. Seu
ensino de gramática foi escrito na forma de perguntas e respostas nas primeiras doze
linhas da Eneida (NEWTON; KUSMIERCZYK, 2011).
Em 1199 Alexandre de Villa Dei, gramático e matemático, versificou a gramática
de Prisciano. Ele publicou 2.645 versos chamados Doctrinale, talvez um dos
tratamentos mais abrangentes de sintaxe e gramática. Durante séculos, esses 2.645
versos foram o único livro didático. Alexander de Villa Dei esclareceu e fez entender a
tradução direta do Antigo Testamento hebraico para o latim. Esta tradução chamada
Bíblia Vulgata tornou as escrituras disponíveis para as pessoas de língua latina na
Europa (HUFEISEN; JESSNER, 2009).
Durante o Renascimento, a impressão de livros trouxe novas tendências no
ensino de línguas. Na época de Henrique VIII, por exemplo, a gramática era ensinada
nas escolas, mas durante o reinado de Roger Ascham (1515-1568), foi introduzido um
novo conceito no campo do ensino. Ele era um estudioso de Yorkshire, escritor didático
e tutor de latim e grego da princesa Elisabeth. Para ele, a gramática deveria ser
ensinada por meio de tradução e versão e não em paradigmas isolados. Para ele, a
tradução da gramática era um meio de fortalecer o ensino e a disciplina (NEWTON;
KUSMIERCZYK, 2011).

2.2 MÉTODO DE TRADUÇÃO

As línguas estrangeiras modernas eram estudadas no formato baseado em


gramática da mesma forma que o latim havia sido ensinado anteriormente. Este método
dominou os estudos de línguas estrangeiras por mais de 300 anos.
De acordo com o método de tradução gramatical, a linguagem é uma síntese de
palavras organizadas em frases de acordo com diferentes regras de diferentes idiomas.
Os alunos deveriam aprender palavras e regras gramaticais e construir frases com base
nelas. As palavras foram agrupadas em listas e as regras foram memorizadas em uma
ordem estrita. Este sistema de aprendizagem de uma língua era muito rígido.
Aprendendo dessa forma, os alunos não foram capazes de abraçar a variedade e a
riqueza da língua falada. Quando o aluno se deparava com a linguagem falada real,
bem diferente das frases construídas artificialmente a que estava acostumado, ficava
completamente perdido (SENTISHCHEVA, 2021).
Também no século XVI, surgiu uma primeira gramática do inglês como língua
estrangeira. Foi intitulado Le Maistre d'Escole Angloise e foi escrito por James Bellot.
Ele contém diálogos familiares para a instrução no idioma inglês. Outra obra do mesmo
tipo foi Grammaire Angloise publicada em 1633. Esses autores trouxeram notas de
modernidade em relação à pronúncia e aos diálogos corretos. Eles não seguiram mais
o caminho da síntese (DEVEDZIC; DEBENHAM; POPOVIC, 2000).
2.3 OS PRIMÓRDIOS DOS MÉTODOS ANALÍTICOS

Ao lado dessas obras seguiram-se novas concepções de ensino de línguas. Um


deles foi o método analítico. Os defensores desse método eram da opinião de que o
ensino de uma língua deveria começar pelo texto escrito e por sua análise para ensinar
suas palavras e regras. O precursor desse método analítico foi Wolfgang Radke ou
Ratichius (1571-1635). Suas ideias ultrapassaram a época em que viveu. De acordo
com seu conceito tudo tinha que ser ensinado por sequência lógica. O texto foi
apresentado primeiro, depois a gramática. Primeiro foi dado o exemplo, depois a regra.
Não havia memorização. Também não apresentou explicações linguísticas. Em vez
disso, ele apresentou textos coerentes. Esses textos foram discutidos pela primeira vez.
Seguiu-se uma análise detalhada que levou ao aprendizado de palavras e regras
gramaticais fundamentais. É óbvio que a capacidade de falar sobre gramática e recitar
suas regras é muito diferente da capacidade de falar e entender a língua. Para ele, a
tradução é uma habilidade valiosa em si mesma, mas não um substituto para a prática
do idioma (DEVEDZIC; DEBENHAM; POPOVIC, 2000).

2.4 O MÉTODO INTUITIVO

Comenius (1592-1671) ou Jan Amos Komensky é um nome que não deve ser
esquecido, mas amplamente apresentado, pois suas ideias significaram uma verdadeira
revolução no domínio do ensino de línguas estrangeiras. Comenius nasceu na Morávia
em 1592 e é conhecido hoje como o pai da educação moderna. Quanto ao método de
ensino, ele defendia que o crescimento espiritual e emocional estava profundamente
ligado um ao outro. Ele propôs o método intuitivo baseado na intuição direta de objetos
e imagens. Os elementos ópticos e acústicos, os estímulos visuais e auditivos, as
palavras e as imagens devem trabalhar em conjunto. De acordo com Comenius, a
língua deve ser ensinada como a língua nativa por meio de conversas instigantes. Em
seu livro Orbis Pictus, Comenius lançou as bases do ensino intuitivo de uma língua
estrangeira. E seu método intuitivo significou uma transição de métodos obsoletos para
os mais interessantes e eficazes (SENTISHCHEVA, 2021; BERNHARDT, 2010).
2.5 A BUSCA POR NOVOS CAMINHOS

Novos caminhos no ensino de uma língua estrangeira foram introduzidos ao


longo dos séculos vindouros. Jean Joseph Jacotot, um professor que ensinava francês
introduziu o procedimento de textos bilíngues. Em suas aulas lia duas vezes, em voz
alta e devagar, certo texto que já estava traduzido em francês. Os alunos
acompanhariam a leitura em tradução bilíngue. Em seguida, os alunos foram solicitados
a dividir o texto em partes menores, depois em frases e em palavras e ao final em letras
e sons. Para ele, esse era o padrão natural para ensinar uma língua estrangeira
(MAYNARD, 2012; HERRELL; JORDAN, 2012).
Mas foi François Gouin, professor de latim que viveu na França no século XIX,
quem apontou as insuficiências dos métodos de ensino de seu tempo. A história conta
que ele foi para a Alemanha estudar alemão e depois de várias tentativas de
memorização, primeiro verbos e palavras e depois um livro inteiro de conversas. No
entanto, ele não era capaz de entender ou conversar em alemão, embora estudasse
muito. Desapontado, ele voltou para a França e, para seu grande espanto, descobriu
que seu sobrinho de três anos falava muito mais em francês do que ele em alemão. Ele
descobriu uma nova maneira de estudar uma língua estrangeira e estabeleceu a base
de um novo método, chamado Série Gouin. Ele destacou que no ensino de línguas
estrangeiras deve-se começar pela percepção auditiva. Isso significa que o principal
órgão para aprender é o ouvido e não o olho. Assim, para a aquisição de uma língua
estrangeira o melhor meio é ouvir e não ler (GRIMM; MEYER; VOLKMANN, 2015).
As pessoas sempre se expressam em frases, então a base no estudo de uma
língua não pode ser a palavra isolada. Além disso, de acordo com Gouin, o ensino de
regras gramaticais abstratas é inútil. As diferentes categorias gramaticais devem ser
ensinadas por séries de frases contendo os respectivos padrões gramaticais.

2.6 O MÉTODO DIRETO

Na segunda metade do século XIX, a polêmica sobre o ensino de uma língua


estrangeira deu origem ao Movimento Reformista, que compreendia ideias de reforma
dos sistemas da velha escola. O ensino do inglês como segunda língua representou um
impulso principal. Nas últimas décadas do século XIX, como consequência dos
problemas econômicos na Europa, cada vez mais pessoas tentaram encontrar meios
de vida nos EUA, Austrália e Canadá, mas especialmente nos Estados Unidos da
América. Naturalmente, milhões de pessoas tiveram que aprender inglês rapidamente e
ao mesmo tempo com sucesso, pois era o meio de comunicação no novo país
escolhido. Como os antigos métodos não eram mais satisfatórios, o problema da
reforma do ensino de línguas tornou-se bastante importante. O termo genérico Método
Direto tornou-se conhecido e os adeptos deste método enfatizaram a importância da
aquisição da língua falada. Harold Palmer, o conhecido linguista, deve ser mencionado,
pois sua abordagem ao ensino de inglês é única. Ele apontou que a gramática não é a
melhor maneira de ensinar uma língua. Suas aulas e conversas estruturadas eram
chamadas de “método oral”. Em suas aulas ele ensinava a língua inglesa através de
exercícios orais. Ele considerou que o material de leitura dado em aula deveria consistir
em diálogos e textos relacionados. Todas as descrições e narrativas devem ser fáceis e
naturais, ao mesmo tempo devem ser também interessantes (THALER, 2016;
SCRIVENER, 2010).
Enquanto isso, a busca por novos caminhos continuou. As polêmicas sobre o
ensino de línguas estrangeiras andavam de mãos dadas com a ideia de reformar os
antigos sistemas escolares. Nas aulas a língua materna começou a ser quase
totalmente excluída no ensino do inglês. A concepção de que imitar os sons e proferir
as palavras e frases à medida que são ouvidas tornou-se muito mais importante. Um
método que não empregava a mediação da língua materna ganhou terreno. Neste
caso, como a língua materna foi completamente excluída do ensino, não foi utilizada
nenhuma tradução. O significado das palavras foi explicado por intuição direta,
representação por meio de desenhos, figuras que foram associadas à palavra
estrangeira. As noções abstratas foram explicadas por paráfrase, por sinônimos ou
antônimos ou simplesmente por dedução do significado do texto. A pronúncia correta
era muito importante e as regras gramaticais eram secundárias. A gramática foi
alcançada pela prática. Os alunos receberam textos e não frases desconexas para
provar certas regras gramaticais. Já em 1878 um método direto foi aplicado por M.D.
Berlitz e no século 20 o método foi introduzido em muitas escolas. No entanto,
empregar esse método não acostumou os alunos o trabalho independente e, ao mesmo
tempo, o significado das palavras ensinadas nesta forma de método direto nem sempre
foi compreendido (SCRIVENER, 2010).

2.7 A IMPORTÂNCIA DA PRONÚNCIA EM INGLÊS

A linguagem não pode ser separada do som. Pode-se até dizer que a linguagem
é som. Quando falamos ou cantamos, usamos nossas gargantas para produzir sons. A
garganta é o centro da criação do som. A menos que sejamos capazes de emitir sons e
ouvi-los adequadamente, não podemos nos comunicar em um idioma, mesmo que seja
a língua materna ou estrangeira (NEWTON; KUSMIERCZYK, 2011).
A pronúncia dos sons em um idioma inclui acento, ritmo e entonação. Cada
idioma tem seu próprio sistema de pronúncia específico. Na primeira infância, não é
difícil para nós adquirir a entonação e a pronúncia específica de nossas línguas nativas.
Não precisamos de instrução formal. No entanto, é bem diferente com uma língua
estrangeira que queremos dominar. A dificuldade começa quando o aprendiz de uma
segunda língua passa inconscientemente os sons do ritmo e da entonação de sua
língua nativa para a nova língua que está aprendendo (SIDDIG, 2020; HUFEISEN;
JESSNER, 2009).
Alguns sons são semelhantes em dois idiomas e por isso serão facilmente
adquiridos. Outros sons precisarão de mais atenção e por isso terão que ser
amplamente praticados até se tornarem hábitos. O aprendizado adequado da pronúncia
constitui a base para um maior sucesso no domínio do inglês. O ensino da pronúncia
exige por parte do professor vários exames e análises.
Primeiro, a pronúncia não pode ser aprendida por mera imitação por todos.
Existem alunos excepcionalmente talentosos que podem adquirir uma boa pronúncia
apenas ouvindo o som do inglês. Mas nem todos são tão talentosos. A maioria dos
alunos precisam de ajuda adicional. Eles devem ser ensinados como os sons são
produzidos. Desta forma, ao poder de verificação do ouvido soma-se o poder
construtivo de colocar os órgãos vocais em certas posições, de modo a produzir certos
sons. O movimento da língua não pode ser visto, está quase o tempo todo escondido
da vista. Os enunciados complexos e difíceis que compõem os sons da fala podem ser
reproduzidos adequadamente pela escuta, pela imitação e, principalmente, pela
descrição de sua formação (NEWTON; KUSMIERCZYK, 2011).
Explicações teóricas laboriosas não devem ser usadas extensivamente. Em vez
disso, devem ser dados conselhos práticos curtos para a posição dos lábios, língua,
abertura entre os maxilares, etc. Diagramas juntamente com indicações da posição da
língua ou abertura da boca são importantes. Esses diagramas ou descrições são tais
que mostram as relações exatas do som estrangeiro com certos sons conhecidos na
língua materna. No ensino dos sons, compará-los com os sons da língua materna
ajudará os alunos a perceber o que é semelhante ou o que é diferente e também o que
é peculiar nos sons do inglês. Dicionários de pronúncia em inglês são de grande ajuda
tanto para o professor quanto para o aluno no aprendizado dos sons. Explicações sobre
a pronúncia com diagramas e transcrições fonéticas podem ser encontradas em alguns
dicionários. Talvez um dos melhores seja o Dicionário de Pronúncia Inglês de Daniel
Jones, que registra com grande precisão a pronúncia. No entanto, a pronúncia
representada neste dicionário é aquela usada no sul da Inglaterra ou ouvida na BBC
(NEWTON; KUSMIERCZYK, 2011).
Outro trabalho muito abrangente e detalhado sobre a pronúncia,
significativamente do ponto de vista do aluno estrangeiro, é An Outline Of English
Phonetics, de Daniel Jones. Este extenso trabalho cobre em detalhes todos os itens
relativos à pronúncia, os órgãos da fala, métodos experimentais, respiração e voz,
estresse, entonação. Ele contém uma descrição minuciosa sobre como aprender vogais
e consoantes, juntamente com uma lista de ilustrações sobre órgãos da fala, posição da
língua e posição dos lábios. Isso pode ser de grande ajuda para o professor (SIDDIG,
2020).
No que diz respeito à transcrição fonética, Jones a define como um sistema claro
e simples de representação da pronúncia por meio da escrita. Os símbolos fonéticos
serão uma ajuda preciosa para os alunos na correta pronúncia das palavras. Na aula,
quando os alunos são capazes de emitir o som e conhecer sua representação fonética
do som, o professor então organiza e apresenta os sons em palavras monossilábicas
simples e pronunciadas repetidamente em uníssono e também individualmente. Em
algumas escolas, há meio século, na Romênia, cursos de treinamento em aulas de
inglês eram realizados para aquisição de sons antes de iniciar o ensino da língua. Tais
cursos tiveram resultados muito bons porque o método utilizado para treinar a memória
auditiva consistia no “ditado sem sentido”. Primeiramente, o professor ensina a
transcrição fonética e pratica os sons. Então, ele dita palavras sem sentido com sons
que ele quer treinar. Os alunos escrevem o que acham que ouvem por meio do sistema
fonético. Quando eles cometem um erro, o professor repete a palavra como ele
originalmente pronunciada e depois da forma escrita pelos alunos. Ele repete as duas
pronúncias várias vezes até que os alunos ouçam claramente a natureza do erro. Tais
aulas de treinamento auditivo tinham o objetivo de auxiliar os alunos na audição da
língua e impactar na impressão acústica em sua memória por meio da repetição
(SIDDIG, 2020).

3 CONCLUSÃO

O desejo e o prazer de compartilhar conhecimento com as pessoas é primordial.


Esse desejo de compartilhar pode inspirar o professor a se tornar o melhor método de
ensino em sala de aula. Ao ensinar os alunos, a aprendizagem real de uma língua
estrangeira abre a mente para o conhecimento de novos mundos.
No que diz respeito aos métodos de ensino, uma grande variedade de
abordagens compõe a prática mais bem sucedida, ajuda a manter toda a atenção dos
alunos presentes na aula, incentiva-os, oferece um ambiente atraente e diminui a
ansiedade, timidez, etc. Por fim, destaca-se que nem todos os alunos compartilham o
mesmo desejo de estudar uma língua estrangeira e às vezes é um pouco difícil para um
professor dar uma aula, mesmo que esteja muito entusiasmado ao dar a aula. Como
existem muitos tipos de alunos e cada um deles tem seu próprio caráter e ritmos e
estilos de aprendizado, não é fácil prender a atenção de todos. Alguns alunos podem
assimilar a informação imediatamente, já outros podem demorar mais tempo. O estilo
de aprendizagem que se adapta a um aluno não se adapta a outro. Além disso, apenas
alguns alunos estão mais dispostos a participar das aulas, enquanto a maioria são
participantes passivos. Sendo assim, a melhor coisa a fazer em sala de aula com os
alunos não é pedir-lhes uma memorização mecânica, mas sempre procurar novos
métodos que tenham tarefas mais significativas, que sejam sugestivas e informativas.

REFERÊNCIAS

BERNHARDT, Elizabeth B. Teaching other languages. Geneva: International


Academy of Education, 2010.

DEVEDZIC, Vladan; DEBENHAM, John; POPOVIC, Dušan. Teaching formal languages


by an intelligent tutoring system. Journal of Educational Technology & Society, v. 3,
n. 2, p. 36-49, 2000.

GATTEGNO, Caleb. O senso comum do ensino de línguas estrangeiras.


Educational Solutions World, 2010.

GRIMM, Nancy; MEYER, Michael; VOLKMANN, Laurenz. Teaching English. Narr


Francke Attempto Verlag, 2015.

HERRELL, Adrienne L.; JORDAN, Michael. 50 strategies for teaching English


language learners. Boston, MA: pearson, 2012.

HUFEISEN, Britta; JESSNER, Ulrike. Aprender e ensinar vários idiomas. Manual de


Comunicação e Aprendizagem de Línguas Estrangeiras, v. 6, p. 109, 2009.

MAYNARD, Sally. Teaching foreign languages in the primary school. Routledge,


2012.

NEWTON, Jonathan; KUSMIERCZYK, Ewa. Teaching second languages for the


workplace. Annual Review of Applied Linguistics, v. 31, p. 74-92, 2011.

SCRIVENER, Jim. Ensinando gramática inglesa. Macmillan Education, 2010.


SENTISHCHEVA, Elena Alexandrovna. Organizational competence in the teaching
foreign languages. In: Youth and science: a step towards success. p. 301-304. 2021.
SIDDIG, Babikir. Social media in teaching of languages. International Journal of
Emerging Technologies in Learning (iJET), v. 15, n. 12, p. 72-80, 2020.

SWARBRICK, Ann (Ed.). Teaching modern languages. Routledge, 2002.

THALER, Engelbert. Ensinando literatura inglesa. UTB, 2016.

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