Você está na página 1de 13

A vinda da Corte para o

Brasil
A transferência da corte portuguesa para o Brasil, em
1808, ocorreu devido a invasão napoleônica. Como Portugal
dependia de seus negócios com a Inglaterra, desobedeceu o
bloqueio continental imposto por Napoleão e foi invadido.
Por sua vez os ingleses queriam a transferência da corte
portuguesa para o Brasil com a intenção de comercializar
livremente com a colônia.

X
Napoleão, imperador da D. João VI, rei de
França Portugal
A família real, acompanhada de 15 mil pessoas, entre elas:

❖ Membros da nobreza
❖ Clero
❖ Militares
❖ Ministros
❖ Conselheiros
❖ Juízes
Trazend
o:
❖ Arquivos do governo
❖ imprensa Partida em 29 de novembro de 1807.
❖ biblioteca Chegada em Salvador em 22 de janeiro de
❖ todo o tesouro real 1808

Tal mudança, escoltada pela Inglaterra, representava a


transferência da coroa, a sede do governo de Portugal para sua
principal colônia, o Brasil.
Mudanças no Brasil
❖ Abertura dos portos às nações amigas: significava o fim do
pacto colonial. Outros, além de Portugal, poderiam negociar
com o Brasil, principalmente a Inglaterra.

❖ Tratados de 1810:
Tratado de Navegação e Comércio: estipulava que seria
cobrado taxas de 15% sobre os produtos ingleses; 16%
para os produtos portugueses e; 24% para as demais
nações.
Tratado de Aliança e Amizade: estipulava a redução da
escravidão, entre outros como a tolerância religiosa no
Brasil.
Mudanças no Brasil
Para transformar o Brasil na sede da coroa, D. João criou os
seguintes órgãos:

Intendência Geral de Polícia;


Casa da Moeda;
Casa da Suplicação (tribunal);
Desembargo do Paço (justiça superior);
Imprensa Régia;
Horto Real (atual Jardim Botânico);
Banco do Brasil;
Real Biblioteca (atual Biblioteca Nacional).

Além disso córregos foram canalizados, aterros e estradas


foram construídas. As principais ruas receberam iluminação
pública.
Mudanças no Brasil

Dom João estava adaptando a


cidade do Rio de Janeiro para torná-la
digna de sediar a coroa portuguesa.
Para isso tinha que torná-la parecida
com uma cidade europeia.
Eventos como saraus, bailes, óperas,
jantares aristocráticos, peças teatrais,
corridas de touro, fogos de artifício e
demais festividades, que antes não
existiam, passaram a ser comuns no Rio
de Janeiro.
O preço foram as desapropriações e
o aumento dos impostos para sustentar
a coroa e a corte.
D. João trouxe de Portugal a cerimônia do “beija-mão”. O rei recebia
seus súditos que pediam favores. Essa era uma forma de dom João
negociar o apoio de muitos proprietários e de outros homens ricos no
Brasil.
Missão artística Francesa
Foi uma comitiva de artistas franceses que chegaram ao
Brasil, convidados por D. João VI, para retratar a corte e a nova
sede do reino. O objetivo também era trazer parte da cultura,
etiqueta e hábitos europeus. Entre os principais artistas
estavam:

▪ Jean-Baptiste Debret (pintor)


▪ Nicolas-Antoine Taunay (pintor)
▪ Grandjean de Montigny (arquiteto) Tauna Debre
y t
Em suas obras Debret retratou o cotidiano comum no
Brasil
BRASIL, Reino unido a Portugal
Quando Napoleão foi derrotado e o Congresso
de Viena restabeleceu os domínios às monarquias
absolutistas, D. João precisava retornar para
Portugal.
Instalado na América e preocupado com possíveis
rebeliões que poderiam provocar a desintegração do
império português, D. João preferiu ficar no Brasil.
Para isso elevou o Brasil, em 1815, de colônia à
categoria de reino, igual a Portugal. Assim poderia
governar oficialmente na nova sede na América.
REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA
Em 1817, o nordeste estava insatisfeito e, entre os
principais motivos, estão:

✔ Problemas econômicos devido ao declínio da


economia da cana-de-açúcar;
✔ Controle do comércio pelos portugueses;
✔ Altos impostos cobrados pela coroa.

A revolução contou com padres, artesãos,


militares, juízes e proprietários, que tomaram o
governo em Recife. Logo Alagoas, Rio Grande do
Norte e Paraíba aderiram ao movimento.
REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA
Os revoltosos queriam:
✔ Proclamar uma república;
✔Elaborar uma constituição;
✔Adotar o liberalismo;
✔Liberdade de imprensa;
✔Tolerância religiosa e;
✔Soberania popular.

A falta de união das elites com os populares,


permitiu que o governo central reagisse e
derrotasse o movimento.
A volta de D. João VI para Portugal
No mesmo ano que a corte foi para o Brasil, 1808, uma
coligação luso-britânica conseguiu derrotar e expulsar os
franceses de Napoleão.
Uma crescente insatisfação ficou no povo português em
relação a ausência do rei, ao comércio e aos benefícios que o
rei deu ao Brasil.
Em 1820 eclodiu a Revolução do Porto, que acabava com o
Absolutismo em Portugal. Os portugueses pediram o retorno
imediato do rei, a elaboração de uma constituição e a
formação das “Cortes”, o parlamento e a recolonização do
Brasil.
Pressionado e temendo perder a coroa, dom João resolveu
retornar à Portugal deixando seu filho dom Pedro no Brasil.

Você também pode gostar