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1. INTRODUÇÃO A SILVICULTURA
A palavra silvicultura provém do latim e quer dizer floresta (silva) e cultivo de árvores
(cultura). Silvicultura é a arte e a ciência que estuda as maneiras naturais e artificiais de
restaurar e melhorar o povoamento nas florestas, para atender às exigências do mercado.
Este estudo pode ser aplicado na manutenção, no aproveitamento e no uso consciente das
florestas.
A silvicultura pode ser definida como prática para o melhor uso da floresta,
considerando o processo de produção, reprodução e cultivo de florestas, levando sempre
em consideração práticas para a preservação e o reflorestamento.
2. A SILVICULTURA NO BRASIL
Na economia brasileira, a atividade florestal sempre teve grande destaque, a
exploração florestal foi uma das primeiras atividades econômicas do país, iniciando-se logo
após a chegada dos portugueses com a exploração do pau-brasil.
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Alguns estados da região Norte, como o Amapá, Roraima, Tocantins e o Pará possuem
consideráveis extensões de florestas plantadas, dada a existência de siderúrgicas e fábricas de
celulose na região. Já no Amazonas, no Acre e em Rondônia, as áreas ainda são pequenas,
mas crescentes. A princípio, o principal produto das florestas plantadas destes estados deve
ser a lenha, para o abastecimento de caldeiras de cerâmicas, frigoríficos, graníferas e
termelétricas, além de fornos de panificadoras e restaurantes.
Não obstante, a crescente demanda por madeira para fins energéticos, o plantio de
árvores para produção de madeira serrada, tratada e painéis de madeira, nos estados da
região Norte, também pode ser uma alternativa economicamente viável, podendo-se
trabalhar em sinergia com o manejo florestal sustentável. Afinal, serrarias, marcenarias e
fábricas painéis de madeira, geralmente, podem beneficiar tanto madeiras nativas quanto
exóticas.
3. ESPÉCIES CULTIVADAS
Em se falando de espécies florestais para cultivo, atualmente, os eucaliptos são os mais
cultivados, ocupando mais de 6,5 milhões de hectares no Brasil (74% do total de florestas
plantadas), segundo a Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (ABRAF).
Com exceção de Roraima, onde a acácia-mangium parece ser preponderante, nos demais
estados da região Norte os eucaliptos também são as principais espécies cultivadas.
Ainda com relação às espécies exóticas, uma espécie que tem sido cada vez mais
plantada na Amazônia Legal é a teca (Tectona grandis), conhecida por sua madeira nobre,
de alto valor de mercado. Já grandes extensões de acácia-mangium existem basicamente
em Roraima. A acácia-mangium, assim como os eucaliptos, é relativamente rústica e
presta-se para a produção de lenha, celulose, madeira serrada e mel. Também é fixadora
de nitrogênio atmosférico, sendo bastante empregada em recuperação de áreas
degradadas. Porém, não há disponibilidade de materiais melhorados e sua aceitação no
mercado regional não é tão alta.
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A coleta deve respeitar alguns requisitos; em florestas naturais a mesma não pode ser
feita todas de uma mesma árvore matriz, sendo recomendado coletar de no mínimo 15 árvores
por espécie, estando distantes entre 50 e 100 metros entre elas, se por acaso as árvores se
localizarem próximas umas das outras, nesse caso deve considera-las como sendo uma
família, devendo colher o fruto de no mínimo 5 grupos de famílias com distâncias variando de
50 a 100 metros, e em 3 árvores diferentes da mesma família. Já se você for coletar sementes
em uma floresta plantada deve-se coletar de um maior número de árvores possíveis, partindo-
se do princípio de que todas possuem a mesma característica genética.
As sementes devem ser coletas em sua época de maturação (varia entre espécies), ou
seja, quando os frutos começam a secar e abrir ou até mesmo mudar sua coloração
(maturação). Deve-se tomar cuidado com os frutos leves ou alados (como é o caso dos ipês)
eles devem ser coletados antes que se abram, pois os mesmo podem ser levados pelo vento.
Existem algumas maneiras das sementes serem coletadas, podendo ser através de
escadas, utilizando podão, equipamento de alpinismo, etc. esses métodos variam muito de
espécie para espécie, terreno e experiência do coletor.
Para a retirada das sementes dos frutos secos caso os mesmos não se abram
naturalmente utiliza-se processos mecânicos como martelos, facas, tesouras, facões e até
mesmo machado (ex. Flamboyant, tamboril, jucá).
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Instalações de um viveiro
Antes de instalar o viveiro é necessário responder à pergunta: por quanto tempo
quero ter esse viveiro ativo? É algo temporário ou de longa duração? Com a resposta em
mente veja abaixo os principais tipos de viveiro e suas características.
Tipos de viveiro
Quanto à sua duração, os viveiros podem ser classificados em temporários e
permanentes, e quanto a proteção do sistema radicular, em viveiros com mudas de raiz
nua (canteiros no chão) ou em recipientes.
Os viveiros temporários
Destinam-se à produção de mudas em determinado local durante apenas certo
período e, cumprindo as finalidades a que se destinaram, são desativados. Esses viveiros
são de instalações simples, geralmente dentro da área de plantio, visando a redução de
custos de transporte das mudas e melhor adaptação das mesmas às condições climáticas
do local. São adequados quando o objetivo for reflorestamento de pequenas áreas, e até
mesmo de grandes áreas, no entanto, longe de outras áreas.
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INFORMAÇÕES IMPORTANTES
- A extensão do viveiro será determinada em função de alguns fatores:
- Quantidade de mudas que serão produzidas para plantio e replantio;
- Densidade de mudas por metro quadrado – em função das espécies;
- Espécies escolhidas e período de rotação das mudas;
- Dimensões dos canteiros e passeios entre eles;
- Dimensão das instalações – galpões e etc.
Escolha do local
O local para a construção de um viveiro deve ser definido depois da análise
cautelosa de diferentes aspectos do ambiente. De preferência, o construtor deve considerar
uma área com as seguintes características:
Inclinação do terreno: o terreno deve ser levemente inclinado (1% a 3%) a fim de
evitar acúmulo de água das chuvas ou mesmo do excesso de irrigação.
Drenagem: o solo deve oferecer boa drenagem, evitando-se solos pedregosos ou
muito argilosos.
Fonte de água: a disponibilidade de fonte de água limpa e permanente deve ser
suficiente para irrigação em qualquer época do ano.
Proximidade das áreas de plantio: a localização deve ser próxima do local onde as
mudas serão plantadas, principalmente no caso de viveiros temporários.
Orientação geográfica: o maior comprimento do viveiro deve ficar no sentido do sol
nascente para o poente (leste-oeste), o que garantirá ambientes totalmente ensolarados na
maior parte do tempo.
Proteção das mudas: o local deve ser cercado para evitar a entrada de animais,
além de implantação de quebra-ventos, que deverá servir para a proteção das mudas, das
sementeiras, dos sombrites e demais instalações do viveiro.
Irrigação
Todo viveiro necessita de água. Assim, deve-se planejar uma boa forma de poder
irrigar as mudas, diariamente. Deve-se molhar o substrato das mudas pelo menos duas
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Adubação
Com a perda que pode acontecer durante a rega, a reposição de nutrientes pode ser
necessária durante o desenvolvimento das mudas, esse processo varia muito para cada
espécie, visto que pode variar a necessidade de determinado nutriente.
5. PROPAGAÇÃO DE MUDAS
Atualmente, o Brasil atingiu grande desenvolvimento do setor florestal obtendo alta
produtividade em suas florestas plantadas, sendo alcançado pelas condições climáticas
favoráveis, qualidade genética das florestas e pelo manejo adequado. A obtenção de
floresta deve ser iniciada com a aquisição de material adequado às condições locais e
finalidade. Esse material deve ser oriundo de um processo de melhoramento que consiste
na seleção e propagação de plantas com as características desejadas, também chamadas
de plantas superiores.
A propagação das mudas pode ser realizada de duas maneiras via semente ou via
clonagem (propagação vegetativa).
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Micro-propagação
Esse método de propagação vegetativa é baseado nas técnicas de cultura de
tecidos e é realizado a partir de calos, órgãos, células e protoplastos. A cultura de tecidos
consiste em cultivar segmentos da planta em tubos de ensaio que contenham soluções
nutritivas e hormônios na dosagem adequada para o desenvolvimento. Após o termino da
fase de desenvolvimento em tubos de ensaio, as plantas passarão por aclimatização e
posteriormente serão levadas ao campo. Nesse sistema é possível obter com rapidez a
produção de um grande número de mudas idênticas.
Macro-propagação
O método de macro-propagação é baseado nos métodos convencionais de estaquia
e enxertia.
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SEMEADURA EM SEMENTEIRAS
Neste sistema as sementes são semeadas em canteiros para posteriormente serem
repicadas em recipientes, onde completarão o seu desenvolvimento. O processo de
semeadura em sementeiras já foi a prática mais utilizada para a produção de mudas
florestais, devido a grande oferta de mão-de-obra, e dos projetos de reflorestamento que na
sua maioria, não apresentavam grandes dimensões. Hoje este processo ainda é utilizado
para espécies que levam muito tempo para germinar, espécies que apresentam
germinação desuniforme ou que possuem sementes muito pequenas.
Entre as desvantagens:
A repicagem requer cuidados especiais no manuseio das mudas, evitando-se danos
principalmente ao sistema radicular;
Exigência de condições climáticas adequadas (dias úmidos e nublados) para o processo de
repicagem;
Utilização de um aparato de cobertura (sombrite ou ripado) para os canteiros de mudas
recém repicadas;
O custo de produção final da muda se torna um pouco superior.
PRODUÇÃO DO SUBSTRATO
O substrato utilizado para formar o leito de semeadura deve ser constituído de uma
mistura de terra arenosa, terra argilosa e esterco curtido na proporção de 2:1:1. A terra
deve ser retirada do subsolo, a uma profundidade de + 20 cm, a fim de se evitar a
ocorrência de propágulos de microrganismos e de sementes de ervas daninhas. Esta deve
ser peneirada em peneirões com malha de 1,5 cm. Deve-se dar preferência ao uso do
esterco curtido, que devido ao processo da compostagem, já eliminou parte dos
microrganismos patogênicos e disponibilizou parcialmente os nutrientes. Na ausência de
esterco o mesmo pode ser substituído por 2 a 4 kg de NPK (6:15:6) por m3 de mistura.
SEMEADURA
Após o preparo da sementeira com o substrato, inicia-se a semeadura, que pode ser
de duas formas:
a) A lanço: para sementes pequenas;
b) Em sulcos: para sementes maiores.
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A época mais apropriada para semeadura varia de acordo com os seguintes aspectos:
•Espécie;
•Taxa de crescimento;
•Riqueza do solo utilizado;
•Clima local.
Após a semeadura, as sementes são cobertas com uma fina camada de substrato,
seguida de uma cobertura morta, a fim de proteger as sementes pré-germinadas dos raios
solares, ventos, pingos d’água, além de manter a umidade. Alguns materiais que podem
ser utilizados para cobertura morta são: Casca de arroz; Capim picado; Serragem.
RETIRADA DE MUDAS
Deve ser feita por meio de uma espátula ou ferramenta semelhante. A permanência
das plântulas na sementeira, desde a germinação até sua repicagem varia de espécie para
espécie, de acordo com as seguintes características:
Eucalyptus spp: 3 a 4 cm de altura ou 2 a 3 pares de folhas, e no máximo 35 dias após a
semeadura.
Pinus spp: deve ser realizada após a queda do tegumento das sementes e o aparecimento
das primeiras acículas;
Demais espécies: 2 a 3 pares de folhas, uma vez que a altura é muito variável entre as
espécies.
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outros tipos de recipientes onde a escolha do ideal a ser utilizado vai depender da espécie,
das condições disponíveis do produtor e da produção esperada.
Principais vantagens, em comparação com a produção em raiz nua:
Diminui o choque provocado pelo plantio;
Melhor adaptação a sítios mais secos;
Possibilidade de estender a estação de plantio;
Replantio das falhas, na mesma estação de plantio;
Resolve o problema da produção de mudas para algumas
espécies. As desvantagens são:
Mais difíceis de serem manuseadas;
Maior peso para o transporte;
Oferece maior dificuldade em operações mecanizadas para o plantio;
Dependendo do recipiente, exigem trabalho manual mais intensivo;
Custo mais elevado de produção, transporte e plantio.
Na escolha do recipiente que se vai utilizar, alguns aspectos físicos devem ser
observados para a qualidade das mudas produzidas:
a) Forma: a forma do recipiente deve evitar o crescimento das raízes em forma
espiral, estrangulada, ou de qualquer outro problema. Indícios de recipientes inadequados
podem ser visualizados com a curvatura na base do fuste da muda e a inclinação da árvore
adulta, decorrentes de problemas no sistema radicular.
SUBSTRATO
Sua principal função é sustentar a planta e fornecer-lhe nutrientes, água e oxigênio.
É composto por três fases, sendo elas:
•Sólida: constituído de partículas minerais e orgânicas;
•Líquida: formada pela água, na qual encontram-se os nutrientes, sendo chamada de
solução do solo;
•Gasosa: constituída pelo ar, a atmosfera do substrato. Estes dois últimos são inteiramente
dependentes dos espaços livres no solo (poros), podendo ser classificados ainda como
macroporos e microporos.
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PREPARO DO SUBSTRATO
Para o preparo do substrato, alguns pontos devem ser observados: não deve ser
muito compacto, para não prejudicar a aeração e o desenvolvimento das raízes; apresentar
substâncias orgânicas, para melhorar a agregação e aumentar a capacidade de troca
catiônica e a retenção de água; e deve estar isento de sementes de plantas indesejáveis,
de pragas e de microrganismos patogênicos. São descritos abaixo, alguns componentes
que podem ser usados na constituição do substrato:
Esterco bovino: quando bem curtido, muito contribui para melhorar as condições
físicas, químicas e biológicas do substrato, além de fornecer vários nutrientes essenciais às
plantas. Ele aumenta a capacidade de troca catiônica, a capacidade de retenção de água,
a porosidade do solo e a agregação do substrato, as quais são mais importantes que os
elementos químicos e nutrientes adicionados pelo esterco. O
valor do esterco como fertilizante depende de vários fatores, dentre os quais o grau de
decomposição em que se encontra e os teores que ele apresenta de diversos
elementos essenciais às plantas. O esterco bem curtido é útil misturado com outros
substratos, proporcionando resultados semelhantes ao do composto orgânico, porém
inferiores.
Moinha de carvão vegetal: é um subproduto do processo de carvoejamento, uma
vez que se constitui de partículas finas que não são aproveitadas pelas empresas
produtoras de ferro-gusa. Na produção de mudas utilizando tubetes, a moinha é um
excelente produto para ser misturado com outros substratos, principalmente os orgânicos.
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Terra de subsolo: deve-se dar preferência aos solos areno-argilosos, pois estes
apresentam boa agregação, permitem uma boa drenagem da água, não apresentam
problemas para o desenvolvimento das raízes, possui boa capacidade de reter umidade e
apresentam coesão necessária para a agregação ao sistema radicular. É utilizada
principalmente com mudas que são produzidas em sacos plásticos. É importante se fazer
uma análise química, para verificar a necessidade ou não, de uma correção do pH, uma
vez que espécies folhosas desenvolvem-se melhor em solos com pH na faixa de 6,0 a 6,5.
Para a retirada da terra deve-se remover uma camada superficial de aproximadamente 20
cm, para que a terra a ser usada no viveiro não seja acompanhada por sementes de
plantas indesejáveis.
Serragem: é um resíduo de serraria raramente usado, onde, por ser orgânico, pode
ser usado na produção do composto e em cobertura morta para viveiros. A qualidade da
serragem por sua vez vai depender da espécie de origem. Isto porque a serragem pode
conter resina, tanino, terebentina, muito comum em serragem de coníferas e que podem
ser tóxicas as plantas. Outro fator a ser considerado é de que a serragem, por apresentar
relação elevada de C/N (851/1), é um produto de compostagem muito lenta, sendo assim
importante que a serragem a ser utilizada no viveiro esteja bem decomposta.
Dormência forçada descreve a dormência que resulta das condições em que as sementes
viáveis não germinam por alguma limitação ambiental mas que germinam após a remoção
do factor inibitório da germinação.
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Substâncias inibidoras: são substâncias existentes nas sementes que podem impedir a
sua germinação.
Escarificação mecânica: é a abrasão das sementes sobre uma superfície áspera (lixa,
piso áspero etc.). É utilizado para facilitar a absorção de água pela semente.
9. PREPARO DO SOLO
Na área florestal, para a obtenção e manutenção de uma boa produtividade, alguns
critérios quanto ao plantio florestal devem ser seguidos, dos quais se destacam práticas de
combate a formiga cortadeira, controle de mato competição, preparo de solo, adubação,
plantio e irrigação.
Combate à formiga
As formigas cortadeiras são apontadas como uma das principais pragas florestais. O
combate às formigas pode ser dividido em três fases:
a) Inicial: realizado em toda a área a ser plantada. Quando o combate inicial for feito
após a limpeza da área, é indicado que se aguarde um período de aproximadamente 60
dias entre a operação de limpeza e o combate;
b) Repasse: operação que visa combater os formigueiros que não foram totalmente
extintos e é realizado por volta de 60 dias após o combate inicial, antes do plantio em toda
a área; e
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As iscas granuladas são as mais utilizadas na área florestal devido a fácil aplicação,
baixo custo, alto rendimento em áreas limpas e menor perigo aos aplicadores. Os dois
princípios ativos usados para a produção de iscas encontrados no comércio são
sulfluramida e fipronil. Estes princípios ativos participam com 0,3 a 0,5% da isca, sendo que
o restante é composto de material que funciona como atrativo para as formigas.
Capina
A mato competição é um dos fatores limitantes ao estabelecimento de florestas no
Brasil, afetando o desenvolvimento das culturas florestais através da competição por água,
luz e nutrientes.
Na aplicação em área total são utilizadas barras de aspersão que cobrem grande
superfície.
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Preparo do solo
Atualmente o preparo do solo é realizado com base no conceito de cultivo mínimo,
devido a rápida evolução da silvicultura nas décadas de 80 e 90. O preparo do solo tem
como objetivo a diminuição da resistência do solo à expansão das raízes e maior
aproveitamento da água melhorando a condução e desenvolvimento do sistema radicular.
Adubação
A adubação é uma prática que visa suprir as demandas nutricionais das plantas, na
busca por maior produção. No Brasil, as maiores limitações nutricionais têm sido
observadas quanto ao elemento P.
Calagem
Calagem é uma etapa do preparo do solo para cultivo florestal na qual se aplica
calcário com o objetivo de elevar os teores de cálcio e magnésio. Para sua aplicação é
indicado que seja feita com antecedência ao plantio (aproximadamente dois meses) e
realizada a lanço na superfície do solo.
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Plantio
Em áreas onde foi realizada a subsolagem ou coveamento, o plantio pode ser feito
por meio de plantadeiras ou “chuchos”. Para o caso de ocorrência de cupim, a prevenção
ao ataque é realizada através da imersão das mudas em solução contendo cupinicida
antes de serem enviadas para o plantio. A muda deve ser colocada com o coleto ao nível
do solo, devendo ser pressionada junto à altura do mesmo para mantê-la firme ao chão e
não deixar bolsões de ar. Todas as embalagens, tubete ou saco plástico, devem ser
recolhidas e depositadas em locais apropriados.
Irrigação
A aplicação de água no solo tem finalidade de fornecer às mudas a umidade
necessária ao seu desenvolvimento. A irrigação no campo pode ser realizada quando o
plantio se dá em épocas secas, sendo recomendado acima de 3 litros de água por planta.
Como a irrigação é uma prática silvicultural cara, surgiram algumas alternativas como o
hidrogel, que retém a água de irrigação por maior período de tempo, disponibilizando-a de
maneira gradativa para as plantas, o que resulta na diminuição da mortalidade das mudas. A
aplicação mais prática do hidrogel é na cova de plantio e hidratado.
Replantio
O replantio deve ser realizado quando o índice de mortalidade das mudas
ultrapassar 5 %, no período de 15 a 30 dias após o plantio. Os mesmos tratos culturais
descritos acima para o plantio, devem ser seguidos também para o replantio. O período
estipulado para o replantio não deve ser ultrapassado, pois caso ocorra, as mudas
transplantadas possivelmente serão sombreadas, prejudicando seu desenvolvimento.
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TALHADIA
É a condução do crescimento dos brotos nas cepas da floresta recém cortada,
dando-se início a um novo ciclo florestal, sendo somente aplicável às espécies florestais
que tenham capacidade de brotar após o seu corte. A utilização deste sistema justifica-se
por proporcionar menores custos na produção madeireira, produção de madeira de
menores dimensões, dispensa de preparo de solo e aquisição de mudas, e ciclos de cortes
mais curtos com antecipação de retornos financeiros mais rápidos.
DESRAMA
É uma operação visa à obtenção de toras sem a presença de nós, melhorando a
qualidade e aumentando o valor da madeira. Esta operação é realizada em diferentes
momentos na floresta, dependendo do seu potencial produtivo, a qual também determinará
a altura limite de desrama. A eliminação dos galhos é uma prática aplicada às florestas que
visam à produção de madeira para movelaria, pisos, produção de chapas laminadas etc.
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provocar perda de qualidade visual, também implica em perda qualidade nas propriedades
mecânicas da madeira.
DESBASTES
O desbaste é uma atividade silvicultural que tem como objetivo a remoção de
algumas árvores de forma a favorecer o crescimento das árvores remanescentes. Essa
retirada visa, portanto, diminuir a competição existente entre as plantas, disponibilizando
maior quantidade de recursos, principalmente água e luz. Com maior quantidade de
recursos as árvores remanescentes irão apresentar maiores taxas de crescimento,
produzindo toras com maiores diâmetros em um menor período de tempo, deste modo
essa atividade deve ser compatível com os objetivos de produção. O programa de
desbastes é realizado em ciclos longos de corte, no qual se retiram gradativamente as
árvores, não deixando a floresta totalmente exposta.
Nas florestas plantadas, podem ser utilizados dois tipos de desbaste: o sistemático e
o seletivo.
Desbaste sistemático: Consiste na retirada das plantas sem prévia avaliação, por exemplo,
retirada de uma em cada 4 linhas de plantio. Os desbastes sistemáticos são mais
recomendáveis para povoamentos altamente uniformes, nos quais as árvores pouco se
diferenciaram entre si. Por isso, caso seja aplicado em povoamentos de menor uniformidade, a
sua utilização acarreta em perda de indivíduos superiores. Esse sistema é mais simples e as
principais vantagens são a facilidade de execução, sem a necessidade de selecionar as
árvores e menos custo de extração. A desvantagem é a menor produtividade do plantio, pois
sem seleção, são retiradas também árvores com bom crescimento.
11. COLHEITA
A atenção das empresas florestais e consumidores de madeira com relação a
colheita florestal sempre foi muito grande por causa da alta representatividade nos custos
de produção e elevada demanda de mão-de-obra.
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12. CARREGAMENTO
O carregamento dos caminhões pode ser executado com tratores adaptados com
grua ou com carregadores especiais para a área florestal, como por exemplo os
carregadores florestais.
13. ARMAZENAGEM
A armazenagem é uma das principais fases do processamento da madeira. Desde
o seu corte até o uso final, a madeira passa por várias etapas de armazenamento. Durante
este período, as peças de madeira, sejam elas verdes ou secas, devem receber um
cuidado todo especial.
A madeira quando armazenada deve receber alguns cuidados específicos, estando
ela verde ou seca, bruta ou beneficiada ou ainda empilhada adequadamente ou não. Os
principais cuidados que se deve ter com a madeira à armazenar são basicamente dois.
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ARMAZENAGEM AO AR LIVRE
Nesta prática de armazenagem da madeira, deve-se ter o cuidado de escolher um
local bem drenado, ventilado, livre de vegetação ou detritos que possam restringir a
movimentação do ar principalmente ao próximo ao solo e também locais que não
apresentem riscos de incêndios. As pilhas de madeira devem ser colocadas sobre suportes
a uma distância mínima de 40 a 50 cm do solo.
ARMAZENAGEM EM GALPÕES
A estocagem em galpões promove uma maior e melhor proteção à madeira em
relação àquelas estocadas ao ar livre. Além de fornecerem uma maior proteção contra as
intempéries, os galpões dispensam gastos extras com lonas para coberturas temporárias e
com mão de obra para colocação, retirada e manutenção deste tipo de cobertura. Os
galpões podem ser abertos ou fechados.
Os galpões abertos são aqueles que não possuem paredes laterais, entretanto,
existem alguns que podem ser abertos em um ou mais lados, permanecendo os demais
fechados. São excelentes para a proteção de madeira verde ou parcialmente seca.
Dependendo das condições climáticas locais, podem ser usados inclusive para armazenar
madeiras secas em estufas.
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áreas degradadas; são fontes de energia renovável e contribuem para a redução das
emissões de gases causadores do Efeito Estufa por serem estoques naturais de carbonos.
EXEMPLOS
Os produtos florestais vão desde os mais curiosos como molho barbecue,
sorvetes, xaropes, cremes de leite, sucos, ração canina, esmaltes, capsulas de remédios,
repelentes naturais, desinfetantes, sabão, filtros de purificação, roupas, tecidos, cosméticos
e fraldas, até os mais evidentes como lápis, papéis, embalagens, painéis de madeira, pisos
laminados, livros e cadernos; passando também pelos combustíveis, solventes, adesivos,
tintas, conservantes, fibras de carbono, energia, mantas asfálticas, entre outros.
15. DENDROLOGIA
Definição:
A Dendrologia (do grego dendro = árvore e logia = estudo) é o ramo da Engenharia
Florestal e Botânica que supre essa necessidade. Dentre seus principais objetivos
destacam-se:
Nomenclatura de árvores – Como as árvores são nomeadas por meio da nomenclatura
científica, nomes comuns e termos botânicos;
Classificação de árvores – As características das principais famílias botânicas e como as
árvores são classificadas em famílias, gêneros e outros grupos;
Reconhecimento de árvores – Reconhecimento de espécies arbóreas a partir de suas
características morfológicas, chaves e manuais;
Distribuição das árvores – Como as árvores são distribuídas nas zonas climáticas e
formações florestais;
Importância das espécies florestais – A importância ecológica e econômica de espécies
arbóreas.
ECOLOGIA
- Autecologia
distribuição geográfica natural, exigências de sítio (condições macro e microclimáticas
e edáficas),biologia reprodutiva e estratégias de reprodução.
- Sinecologia
posição e função das árvores nas comunidades de plantas, as interações com outras
plantas e a fauna.
Aspectos históricos
histórico da ocorrência das espécies e de sua distribuição geográfica.
ECONOMIA
- Importância econômica das árvores utilização artesanal e industrial (histórica e atual) de
seus produtos; cultivo das espécies para fins produtivos e de conservação (recuperação).
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FICHA DENDROLÓGICA
Taxonomia
Família, gênero, espécie;
Nomes populares.
Características morfológicas
Aspecto geral (hábito);
Tronco, raízes, ramificação;
Folhas;
Flores e Inflorescências;
Frutos e sementes.
Biologia reprodutiva
Fenologia;
Vetores de polinização;
Vetores de dispersão;
Estratégia de reprodução.
Habitat / Autecologia
Região bioclimática, solo, exposição,
Preferências de sitio (encosta, topo de morro, várzea);
Estádio sucessional, grupo ecológico.
Distribuição geográfica
Centro, limites;
Ocorrência atual e histórica; refúgios.
Emprego da madeira ou de outros produtos
Características físicas/químicas do lenho;
Emprego atual e histórico;
Uso industrial, artesanal e potencial.
Silvicultura (cultivo e manejo)
Coleta e armazenamento de sementes;
Germinação, quebra de dormência;
Produção de mudas;
Crescimento e produção;
Tratamentos silviculturais; Melhoramento;
Uso p/ arborização urbana;
Uso p/ recuperação de áreas degradadas;
Uso medicinal;
Pragas e doenças.
16. DENDROMETRIA
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a. objetivos comerciais - visando estimar com precisão o que se retira das florestas
na compra e venda de material.
Tipos de medidas
a. Medida direta - refere-se às medidas feitas diretamente sobre a árvore, como o
DAP, a CAP, o comprimento de toras, a espessura de casca, e outras. Estamos nesse
caso fazendo uma determinação, que é diferente de estimação que implica em medição
indireta ou estimativa.
b. Medida indireta - são medidas que estão fora do alcance do medidor, muitas
vezes feita com auxílio de instrumentos óticos, como a altura da árvore em pé, a área basal
e o diâmetro a várias alturas, usando o relascópio de Bitterlich, e outras.
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Um anel é constituido por uma parte mais escura chamada lenho de verão ou
tardio, constituido por um maior número de células por unidade de área, e uma parte mais
clara formada no inicio da estação denominada lenho inicial ou de primavera. A formação
destes anéis requer um período de estiagem ou de frio. A existência de irregularidade entre
o período seco e o úmido pode levar à formação de falsos anéis, o que pode prejudicar
uma estimativa correta da idade das árvores.
REFERENCIAS
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agroenergia/arvore/CONT000fmcbqcwh0
2wyiv80kxlb36vbkge01.html
https://www.totvs.com/blog/a-silvicultura-no-brasil/
https://www.portaldoagronegocio.com.br/artigo/silvicultura-para-a-amazonia
http://www.centralflorestal.com.br/2017/09/silvicultura-as-sementes-e-os-viveiros.html
https://www.ipef.br/silvicultura/producaomudaspropagacao.asp
http://home.furb.br/lschorn/silvi/2/Apostila%20Silvicultura.PDF
http://www.ci.esapl.pt/miguelbrito/fisiologia/page11.html
https://www.ebah.com.br/content/ABAAAficYAA/dendrometria-dendrologia
https://www.ipef.br/silvicultura/plantio.asp
https://www.ipef.br/silvicultura/manejo.asp
http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=468&subject=Silvicult
ura&title=Produtividade%20do%20plantio%20ao%20transporte
http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=517&subject=Armaze
https://www.iba.org/produtos-florestais
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