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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

CAMPUS DE RIO PARANAÍBA


AGR 480 – Silvicultura Geral
Prof. : Maria Elisa S. Fernandes

Alternativa de uso de recursos florestais

Ana Claudia Fernandes – 1864


Fernanda Maria Inácio – 3248
Guilherme B. Santos – 3275
Letícia Almeida – 3888
Luiz Fernando – 3856
Introdução

 Sistemas Agroflorestais
 Extrativismo de frutos
 Extrativismo da Piaçava
 Extrativismo da madeira
 Estratégias para o uso sustentável dos recursos florestais da Caatinga

Manejo sustentável

É o uso planejado e adequado dos recursos florestais, permitindo que


uma mesma área possa fornecer, de maneira constante, os recursos
necessários sem a necessidade de destruição de outras áreas.
Sistemas Agroflorestais

 Definição

Os Sistemas Agroflorestais (SAF’s) podem ser definidos como o uso


da terra com espécies agrícolas, florestais e/ou criação de animais em
uma mesma área. Tais espécies podem ser perenes (lenhosas) ou
herbáceas (culturas anuais ou pastagens), tornando possível a
produção de grãos, frutos e fibras sem que haja um impacto ambiental
negativo, devido às interações ecológicas existentes.
Sistemas Agroflorestais

 Classificação dos sistemas agroflorestais

Os Sistemas agroflorestais são classificados de acordo objetivos da


implantação, estrutura e função dos componentes, sendo estes
Sequenciais (Taungya), Simultâneos (Alley Cropping) e Cercas Vivas
(Medrado, 2000).
Sistemas Agroflorestais

 Sistema Taungya

Este Sistema apresenta relação cronológica entre os cultivos arbóreos


(permanentes) e outro agrícola (temporário). O componente florestal
normalmente possui finalidade comercial (madeira, fibra, carvão), já o
componente agrícola é composto por culturas de subsistência, como
feijão e milho, mandioca e arroz, que são cultivados em rotação durante
os dois a três primeiros anos do reflorestamento.
Sistemas Agroflorestais

 Sistema Alley Cropping

Esse Sistema apresenta integração simultânea e contínua de cultivos


anuais e/ou perenes, árvores para obtenção de madeira, frutíferas ou de
uso múltiplo, como fornecer sombra para animais. As espécies agrícolas,
geralmente leguminosas fixadoras de nitrogênio ou espécies capazes de
produzir grande quantidade de biomassa, são consorciadas entre as
linhas plantadas com espécies florestais.
Sistemas Agroflorestais

 Cercas Vivas ou Quebra – vento

Consiste na implantação de fileiras de árvores que podem delimitar uma


propriedade ou servir de proteção para outras plantas ou sistemas
agrícolas integrados. Este sistema permite cortar a direção dos ventos,
para diminuir sua velocidade ou modificar a sua direção. Também
podem proporcionar um microclima favorável para outras culturas
agrícolas, podendo haver um aumento na produção e redução no custo da
cultura.
Extrativismo da Piaçava

 Duas principais espécies produtoras de piaçava ou piaçaba:

 Na Bahia: Attalea funifera Martius;


 Na Amazônia: Leopoldinia piassaba.

Fonte:
https://www.palmpedia.net/wiki/Leopoldinia_piassaba
Extrativismo da Piaçava

 Regiões Norte e Nordeste produzem 89% da piaçava;

 Atividade importante na renda de famílias nessas duas regiões;

 Exploração de piaçava é fundamental para a sobrevivência das


comunidades de baixa renda.
Extrativismo da Piaçava

 A piaçava corresponde a 96% da exploração extrativista de fibras de


palmeiras;

 Estados da Bahia e Amazonas são os maiores produtores;

 Em 2012 a produção nacional foi de aproximadamente 58 mil


toneladas;

 Movimento de 109 milhões de reais.


Extrativismo da Piaçava

 Corte deve ser realizado 1 vez por ano, para obtenção do tamanho de
fibras ideal;

 A coleta é realizada através do corte das fibras, que posteriormente


são desembaraçadas, arrumadas e amarradas em fardos.

Fonte: Guimarães & Silva (2012).


Extrativismo da Piaçava

 Usos da piaçava:
 fabricação de vassouras, enchimento de assentos de veículos,
cordoaria e escovas industriais;

 Subprodutos: palha, borra, palmito, coco e sementes.

Fonte: Guimarães & Silva (2012).


Extrativismo da Piaçava

 Comercialização:
 Preço pago por quilo de fibra ao extrativista.

 Na Bahia: 1,13 R$/kg da fibra não beneficiada e 2,33 R$/kg da fibra


beneficiada;

 No Amazonas: 1,64 R$/kg e 3,81 R$/kg, da fibra não beneficiada e


beneficiada, respectivamente.
Extrativismo da madeira

 O extrativismo de madeira é uma exploração tão importante no país


que para termos de classificação, distingue-se extrativismo vegetal em
madeireiro e não madeireiro;

 Principais espécies: jacarandá, canela, imbuia, sucupira e o mogno.


Extrativismo da madeira

 As madeiras legalmente exploradas são provenientes da Mata de


Araucária, Floresta Amazônica;
 Grande parte da exploração de madeira nessas regiões é feita
ilegalmente, sendo, também, o que acontece na Mata Atlântica onde a
exploração ocorre mesmo sob proteção de lei.

Fonte: https://amazonia.org.br/2017/03/sistema-visa-pegar-madeira-ilegal-na-origem/
Extrativismo da madeira

 Problemas do desmatamento:
 Problemas ambientais;
 Desfavorece os extrativistas.

 Para extrativistas, a madeira é fonte de renda de longo prazo;

 O extrativismo de madeira começou com as madeiras mais nobres,


como o mogno, mas após seu esgotamento, partiu-se para a
exploração de madeiras de segunda e terceira categoria.
Extrativismo da madeira

 Importância do extrativismo:

 75 polos madeireiros na Amazônia Legal;


 100 mil m3 de madeira em tora todo ano;
 Quase 70 mil empregos diretos.

 Insustentável devido à alta taxa de ilegalidade associada à atividade.

Roma & Andrade (2013)


Extrativismo da madeira

 Usos da madeira explorada:

 As madeiras nobres são utilizadas principalmente na construção de


móveis, instrumentos musicais, construção civil, artigos de luxo, etc.;

 Madeiras menos nobres são utilizadas para lenhas e carvão vegetal,


sendo que o carvão possui fins medicinais ou energéticos.
Estratégias para o uso sustentável dos recursos
florestais da Caatinga

 A vegetação da caatinga possui papel fundamental na vida do


sertanejo;

 Produtos fornecidos:

 Madeireiros (lenha, carvão e estacas);


 Não-madeireiros (frutas, mel, plantas medicinais, sementes)
 Além de servir de alimento para os animais de criação.

GIULIETTI et al. 2002.


Estratégias para o uso sustentável dos recursos
florestais da Caatinga

 O uso inadequado dos recursos florestais;

 Associado ao aumento populacional;

 A não preocupação com a conservação da Caatinga;

 Resulta na destruição da biodiversidade, acarretando perda da


qualidade de vida das populações rurais.

MAIA, 2004.
Estratégias para o uso sustentável dos recursos
florestais da Caatinga
Potencial frutífero

Juazeiro Mangaba Umbu Araticum


(Ziziphus joazeiro) (Hancornia speciosa) (Spondias tuberosa ) (Annona glabra L.)

 Espécies mais exploradas de forma extrativista pela população local;


 Rápida diminuição das populações naturais (ameaças de extinção).
Fontes:
Juazeiro: <http://ciprest.blogspot.com/2018/05/jua-ou-juazeiro-ziziphus-joazeiro.html>.
Mangaba: <http://www.naturezabela.com.br/2017/06/mangaba-hancornia-speciosa.html>.
Umbu: <http://www.cnip.org.br/banco_img/Umbu/spondiastuberosaarruda11.html>.
Araticum: <https://docplayer.com.br/50552278-A-cultura-da-graviola-ligia-broglio-micheletti-estagiaria pae.html>.
Estratégias para o uso sustentável dos recursos
florestais da Caatinga
Potencial madeireiro

Angico branco Sete-cascas Aroeira Imburana


(Albizia hasslerii) (Tabebuia spongiosa) (Schinopsis brasiliensis) (Commiphora leptophloeos)

 A aroeira e o umbuzeiro: proibidas de serem exploradas.

Fontes:
Angico: <http://www.viveiroipe.com.br/?mudas=angico-branco>.
Sete-cascas: <https://www.foap.com/image-photo/tabebuia-tree/page-2l>.
Aroeira: <http://www.arvoresdobiomacerrado.com.br/site/2017/03/30/schinopsis-brasiliensis-engl/>.
Imburama: <https://appverde.wordpress.com/2015/09/30/imburana-commiphora-leptophloeos-2/l>.
Estratégias para o uso sustentável dos recursos
florestais da Caatinga

Meliponicultura

 Criação de abelhas nativas da caatinga que não possuem ferrão;

 A abelha mais utilizada é a jandaíra;

 O mel produzido por esta espécie apresenta alto valor medicinal e de

mercado;

 Excelente alternativa para as populações locais.


Estratégias para o uso sustentável dos recursos
florestais da Caatinga

Produção de mudas da caatinga

 Aumento do desmatamento, ocasionando a falta de recursos naturais

para os setores que utilizam a madeira como matéria prima;

 A produção de mudas de espécies nativas torna-se fundamental para

os projetos de recuperação florestal.


Estratégias para o uso sustentável dos recursos
florestais da Caatinga

Agrofloresta

 Sistema de produção que imita o que a natureza faz normalmente;

 Deixa o solo sempre coberto pela vegetação e muitos tipos de plantas

juntas, umas ajudando as outras;

 Redução de problemas com pragas nem doenças;

 Sem causar erosão;

 Dispensa o uso de produtos fitossanitários.


Estratégias para o uso sustentável dos recursos
florestais da Caatinga

Sistema Agrosilvipastoril

 Conjunto de técnicas agrícolas e manejo de animais em áreas

florestais;

 Tal ação permite um uso mais efetivo da área e maior ganho de renda

com um menor impacto ao meio ambiente.


Estratégias para o uso sustentável dos recursos
florestais da Caatinga

Produtos Artesanais

 Fonte de renda utilizada muitas vezes por mulheres;

 Acrescentam uma renda extra para a família a produção de diversos

produtos artesanais como:

 Sabonete

 Vassouras e chapéus de palha de carnaúba

 Jóias de sementes entre outros produtos.


UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CAMPUS DE RIO PARANAÍBA
AGR 480 – Silvicultura Geral
Prof. : Maria Elisa S. Fernandes

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