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13/05/2021 Produtos Florestais Não Madeireiros

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Produtos Florestais Não Madeireiros


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As demandas nacionais por produtos oriundos das orestas do País crescem a cada
dia, seja eles produtos madeireiros ou não madeireiros. O manejo orestal surge
como uma alternativa e solução para a exploração dos recursos da oresta de forma
sustentável de maneira a suprir a demanda, garantindo a conservação dos
remanescentes orestais.    Inclusive, os Produtos Florestais Não Madeireiros
(PFNM’s) tem caído no gosto da população Brasileira e contribuído para a renda de
muitas famílias.
     
  A exploração dos PFNM’s tem se intensi cado nestes últimos anos, devido sua
importância econômica, social e ambiental, por atuar em pequenas propriedades e
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preservar parte da biodiversidade das orestas nativas. Alguns estudos com


populações rurais constataram que a atividade de exploração de PFNM’s pode
proporcionar maior engajamento de pessoas, que passam a ter, na atividade, um
componente de subsistência, como também uma alternativa na complementação da
renda de muitos agricultores.

Os recursos não madeireiros da oresta passaram a ter maior exploração no Brasil


após a Rio 92, evento no qual surgiu o termo sustentabilidade, cujo princípio é que a
ação humana, no presente, não deve comprometer os recursos naturais e a
qualidade de vida das gerações futuras. Mas o conceito vai além disso, incorporando
aspectos de sustentabilidade ambiental, ecológica, social, política, econômica,
demográ ca, cultural, institucional e espacial. As atividades voltadas para a
exploração de PFNM’s é considerada sustentável quando adotadas técnicas de
Manejo Florestal, visando a exploração dos recursos, impactando o mínimo a
oresta e enriquecendo as áreas com o plantio de mais indivíduos das espécies
exploradas. Além disso, considera-se também a contribuição deste serviço para a
geração de renda e empregos a uma comunidade, segurança alimentar, dentre
outros.

Mas, a nal, o que são Produtos Florestais Não Madeireiros? O que podem ser
considerados PFNMs?

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) de ne PFNMs como produtos orestais não


lenhosos de origem vegetal  tais como resina, cipó, óleo, sementes, plantas
ornamentais, plantas medicinais, entre outros, bem como serviços sociais e
ambientais, como reservas extrativistas, sequestro de carbono, conservação
genética e outros benefícios oriundos da manutenção da oresta. Entretanto, a
outros autores denominam PFNMs como produtos de origem vegetal e animal e
podem ser obtidos dos recursos naturais, bem como serviços sociais e ambientais,
como reservas extrativistas, sequestro de carbono, conservação genética e outros
benefícios oriundos da manutenção da oresta. A diferença dos conceitos é so a
implementação de produtos de origem animal oriundos da oresta.

Além dos PFNM’s, também podem ser explorados recursos madeireiros com
nalidades distintas, como serraria, marcenaria, lenha, carvão. Dentre os dois
produtos explorados das orestas, os PFNM’s se diferem basicamente nos seguintes
aspectos dos produtos madeireiros:

- exibem grande variedade de produtos e espécies;

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- o habitat nos quais econômica e ecologicamente os produtos podem ser


obtidos;
- baixo rendimento por unidade de área;
- alto valor monetário somente quando em quantidades consideráveis;
- a exploração (ou coleta) requer intensa mão de obra.

Vale ressaltar que a atividade extrativista vegetal ou exploração dos PFNM’s podem
ser classi cadas em duas categorias distintas, consideradas atividades
autossustentáveis:
Extrativismo de coleta  -  extração do recurso se prende  à coleta sem dani car a
planta mãe;
Extrativismo de aniquilamento -  atividade implica a destruição da planta matriz.

Em âmbito mundial, os PFNM’s vem ganhado destaque pelos inúmeros benefícios


que tem trazido as comunidades rurais que trabalham com estes produtos, por
gerarem rendas as famílias, forma de subsistência e para
propósitos culturais e sociais, como também a população urbana que industrializa
esses produtos, gerando empregos, renda a população e segurança alimentar, por
muitos desses alimentos de origem orestal serem saudáveis a saúde humana.
Principalmente, o benefício ambiental proporcionado pelo PFNM’s é enorme, pois
estimula a conservação de orestas e sua biodiversidade, oferecendo uma série de
serviços ambientais que podem vim a amenizar várias mudanças climáticas que
ocorrem no planeta. Os principais benefícios dos PFNM’s são:

- Fonte alternativa de renda a comunidades rurais;


- Subsistência rural;
- Geração de empregos;
- Conservação de Florestas, oferecendo serviços ambientais e sociais a
sociedade;
- Segurança Alimentar;

A exploração dos PFNM’s se dão também em áreas de plantios comerciais, como em


Sistemas Agro orestais e Florestas Plantadas para obtenção destes produtos.  

Principais PFNMs do Brasil   


   
O Brasil é caracterizado por ser um país com ampla extensão territorial, sendo
54,4% do seu território coberto por orestas nativas. Possui clima tropical,
proporcionando condições edafoclimáticas para o desenvolvimento de orestas em

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todo o país. Associado a este fator, estão os produtos oferecidos pelas as orestas,
que condicionam renda a milhares de brasileiros.

Com sua in nidade de biomas (Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica,


Caatinga, Pampa e Pantanal) podem ser encontrados uma in nidade de PFNM’s com
características distintas e diversas nalidades: alimentícia, cosméticos, artesanais,
medicinais, utilidades entre outras. As diferentes condições edafoclimáticas
in uenciarão na formação das orestas com sionomias distintas.

Porcentagem de cobertura orestal natural por bioma (2012)


Fonte: Brasil. MMA (2007b), adaptado / SFB. GEIF.

O potencial de PFNM’s no país vem crescendo conforme a demanda, o


aumento da exploração de novos produtos não madeireiros em orestas ou do
cultivo em Sistemas Agro orestais. É enorme a quantidade de PFNM’s e os serviços
oferecidos pelos biomas brasileiros a disposição das comunidades rurais que podem
ser utilizados para diversos ns. Dentre os biomas, a Amazônia é o bioma que
possui maior potencial para exploração de PFNM’s, devido a sua grande
biodiversidade de espécies vegetais e animais, importância ambiental diferenciada
em âmbito nacional e internacional, por conta da manutenção do clima no planeta,
os serviços oferecidos como sequestro de carbono e proteção da sua
biodiversidade.

O potencial de PFNM’s no país vem crescendo conforme a demanda, o aumento da

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exploração de novos produtos não madeireiros em orestas ou do cultivo em


Sistemas Agro orestais. É enorme a quantidade de PFNM’s e os serviços oferecidos
pelos biomas brasileiros a disposição das comunidades rurais que podem ser
utilizados para diversos ns. Dentre os biomas, a Amazônia é o bioma que possui
maior potencial para exploração de PFNM’s, devido a sua grande biodiversidade de
espécies vegetais e animais, importância ambiental diferenciada em âmbito nacional
e internacional, por conta da manutenção do clima no planeta, os serviços
oferecidos como sequestro de carbono e proteção da sua biodiversidade.

Dados do Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), mostram que a


participação de produtos não madeireiros na extração vegetal contribui com cerca
de 1,5 bilhão de reais, enquanto os PFNM’s oriundos de atividades silviculturais
contribuíram com cerca de 292,2 milhões de reais. O grupo de produtos Alimentícios
foi o que apresentou o maior valor da produção extrativa não madeireira em 2015,
participando com 69,4% do valor total obtido, seguido pelas Ceras (14,8%),
Oleaginosos (8,3%), Fibras (7,0%) e demais grupos (0,5%).Os PFNM’s que obtiveram
maior valor de produção em 2015, segundo o IBGE, foram, respectivamente: nos
Alimentícios, o açaí (R$ 480,6 milhões), a erva-mate nativa (R$ 396,3 milhões) e a
castanha-do-pará (R$ 107,4 milhões); nas Ceras, o pó de carnaúba (R$ 195,6
milhões); nos Oleaginosos, as amêndoas de babaçu (R$ 107,7 milhões); e, nas Fibras,
a piaçava (R$ 101,3 milhões).

Con ra os principais PFNM's do Brasil:

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Sobre a distribuição da exploração dos PFNM’s, O extrativismo vegetal não


madeireiro, em sua maioria, se concentra na Região Norte, com destaque para o açaí
(93,1%) e a castanha-do-pará (94,9%), e na Região Nordeste, onde ressaltam as
produções de amêndoas de babaçu (99,7%), bras de piaçava (96,1%) e pó de
carnaúba (100,0%). Na Região Sul, sobressaem apenas dois produtos: erva-mate
(99,9%) e pinhão (85,5%). A exploração dos PFNM’s também é destaque no brasil,
estando concentrada nas Regiões Sudeste e Sul – a de cascas de acácia-negra só é
encontrada na Região Sul, enquanto as produções de folhas de eucalipto (94,7%) e
de resina (73,7%) estão na Região Sudeste.

Manejo dos PFNM’s

Antes de iniciar os trabalhos exploratórios dos PFNMs, é necessário que um técnico


ou o empreendedor capacitado no assunto, esteja ciente quais serão as práticas
adotadas no manejo dos produtos não madeireiros e quais serão os produtos
obtidos, considerando-os parte do agronegócio regional. Além disso, deverão ser
considerados aspectos como: concorrentes; fornecedores de insumos; canais de

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distribuição; oscilação das demandas nos principais segmentos do mercado; e as


expectativas que o cliente tem em relação ao produto esperado.

Levando em consideração todos os aspectos citados anteriormente, o tomador de


decisão deve construir uma ampla base de dados, para que possa ponderar sobre
os seguintes aspectos: mercado; manejo da espécie orestal; concorrentes;
armazenamento/bene ciamento; quali cação da mão-de-obra; aspectos
sócioculturais da comunidade; política econômica; política orestal nacional e
regional; transporte da produção/acesso à área do manejo orestal; e aspectos
ambientais do manejo.

São precisos cinco passos básicos para o manejo dos produtos não madeireiros:

1- Planejamento inicial (recolha de toda informação básica e bibliográ ca possível da


área, como mapas, mapas de solo, dados climatológicos, tipologia preliminar
orestal e outros levantamentos);

2-  Inventários orestais detalhados (considerando distribuição, abundância dos


diferentes recursos e tipologia orestal);

3-  Seleção das espécies a serem manejadas (considerando fatores econômicos e


sociais e potencial de manejo. Esta avaliação de potencial será baseada nas
características do ciclo de vida da planta, tipos de recursos produzidos, abundância
em consideração às diferentes tipologias orestais e estrutura de população);

4-  Rendimento do manejo (tem o objetivo de prover uma razoável estimativa da


quantidade de recurso que pode ser produzida em bases sustentáveis em um
habitat particular. Neste caso deverá se selecionar amostras e métodos de análise
adequados);

5-  De nição nal do método de manejo a ser utilizado. Subsequentemente as


“aproximações” e ajustes e correto monitoramento irão de nir o manejo mais
correto dos produtos.

Por: Luciano C. J. França | Editorial Central Florestal

Com informações de:

Açai. Disponível em: http://www.arara.fr/BBACAI.html. Acesso em 20 de março de 2017.

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de março de 2017.

Babaçu. Disponível em: http://www.cerratinga.org.br/babacu/. Acesso em 20 de março de 2017.

Carnaúba. Disponível em: http://www.cerratinga.org.br/carnauba/. Acesso em 20 de março de 2017.

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http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/manejo_florestal/arvore/CONT000gf13h1zn02wx5ok0dnrsvxgsiymuq.html. Acesso em 21 de março de 2017.

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