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HISTÓRIA DO BRASIL

A Independência do Brasil
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A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

A Independência do Brasil ocorreu no dia 07 de Setembro de 1822.


Durante o período Joanino, algumas independências haviam acontecido:
• Quebra do Pacto Colonial (1808);
• Elevação do Brasil a Reino Unido (1815).

Apesar desses acontecimentos, o Brasil ainda era um território português. A des-


peito da elevação do Brasil à categoria de Reino Unido, o seu rei era Dom João VI (assu-
miu o reinado por aclamação).
Emancipação Política
Após 07 de Setembro de 1822, do ponto de vista político, o Brasil deixou de ter vín-
culo jurídico e político com Portugal.
O Partido Brasileiro, formado pela aristocracia rural, pelos burocratas, pelos comer-
ciantes brasileiros e pelos portugueses com vínculos ou negócios no Brasil e que eram
contra a recolonização.
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Por mais que ocorresse, durante o período joanino, uma predominância da influên-
cia dos portugueses, também já existia no Brasil uma elite ativa, nascida no Brasil e que,
com o passar do tempo, ao beber do conhecimento de teorias como o Iluminismo, come-
çaram a disseminar a ideia de uma maior autonomia e protagonismo da coroa.
A elite brasileira, por não querer uma independência popular (independência que
emanasse do povo), aproximou-se de Dom Pedro I. A intenção da elite brasileira era pro-
mover uma independência que não alterasse o seu status quo (status social).
Convencido pelos brasileiros, Dom Pedro afastou ministros portugueses e estabele-
ceu um ministério brasileiro sob liderança de José Bonifácio. Com isso, houve uma res-
trição às decisões vindas de Portugal.
A presença de Dom Pedro I foi exigida por Portugal, já que o príncipe era o herdeiro
direto ao trono português. Porém, mediante a centenas de pedidos e pressões brasilei-
ras, o jovem regente decidiu permanecer no país. (Dia do Fico – 09/01/1822).
Com a decisão que determinou a sua permanência no Brasil, Dom Pedro ganhou uma
simpatia ainda maior da elite brasileira.
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O novo ministério criado por Dom Pedro I estabeleceu, em maio de 1822, o “Cumpra-
-se”, decreto pelo qual as ordens de Portugal só seriam executadas dentro do território
brasileiro com a expressa autorização do príncipe regente.

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A recusa a comparecer perante a Corte Portuguesa, a decisão de Dom Pedro I de


permanecer no Brasil e a restrição das ordens vindas de Portugal fizeram com que Dom
Pedro I, ainda como príncipe regente, recebesse, por parte da Câmara do Rio de Janeiro,
a alcunha de Defensor Perpétuo do Brasil.
Em Junho de 1822, estando o Brasil ainda vinculado a Portugal, Dom Pedro I convo-
cou uma Assembleia Constituinte para elaborar a lei básica que deveria regulamentar a
vida dos brasileiros, tornando cada vez mais inevitável uma confrontação com Portugal.
Diante das ações de Dom Pedro I, os portugueses intensificaram as ações para a colo-
nização. Em alguns lugares do Brasil, muitos movimentos questionavam os portugueses,
por meio da propagação de um sentimento antilusitano.
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PRINCESA LEOPOLDINA

“No Rio de Janeiro, a princesa Leopoldina era empossada como regente: cabia a ela
presidir o conselho de ministros e dar audiências públicas no lugar do esposo – sempre ao
lado de José Bonifácio, a cabeça do gabinete.”
Schwarcz, Lilia Moritz; Starling, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia (p.361). Compa-
nhia das Letras. Edição do Kindle.

 Obs.: Quando Dom Pedro I estava em viagem, quem governava a nação era a
Princesa Leopoldina, que era empossada como regente.
 A Princesa Leopoldina era uma mulher intelectualizada e educada desde muito
cedo a ser uma rainha.

“O príncipe está decidido, mas não tanto quanto eu desejava. (...) Muito me tem cus-
tado alcançar isto tudo: só desejava insuflar uma decisão mais firme”, escreve Dona Leo-
poldina, em janeiro de 1822, a seu secretário particular.

 Obs.: Como se pode ver, Dona Leopoldina não queria ser apenas uma princesa
regente, ou uma princesa consorte: ela almejava ser rainha do Império Brasileiro.

Diante da ameaça de invasão portuguesa, Dom Pedro declarou a “Independência do


Brasil” em 07/09/1822.

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 Obs.: Quando a Corte Portuguesa percebeu toda a movimentação de independência


do Brasil, houve um desejo de recolonização. Nesse sentido, a Corte portuguesa
ameaçou invadir o território brasileiro.
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Infelizmente, a população ficou completamente à margem do processo de emancipa-


ção. As notícias sobre a independência demoraram a chegar em todas as regiões, devido à
falta de tecnologia para a divulgação de informações (como a que temos hoje). Contudo,
na consolidação e nas guerras de independência, houve o envolvimento dos populares.
“As elites brasileiras que tomaram o poder em 1822 compunham-se de fazendeiros,
comerciantes e membros de sua clientela, ligados à economia de importação e exportação
e interessados na manutenção das estruturas tradicionais de produção cujas bases eram
o sistema de trabalho escravo e a grande propriedade. Após a Independência, reafirma-
ram a tradição agrária da economia brasileira; opuseram-se às débeis tentativas de alguns
grupos interessados em promover o desenvolvimento da indústria nacional e resistiram às
pressões inglesas visando abolir o tráfico de escravos. Formados na ideologia da Ilustra-
ção, expurgaram o pensamento liberal das suas feições mais radicais, talhando para uso
próprio uma ideologia essencialmente conservadora e antidemocrática.”
Da monarquia à república: momentos decisivos/Emília Viotti da Costa. – 6. ed. –
São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999.
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 Obs.: Após a consumação do processo de independência, a elite brasileira, mergulhada


em ideais autonomistas e liberais e influenciada pelo iluminismo europeu, optou
por manter-se escravagista.
 A elite brasileira não via problemas em ser administrada por um rei ou por um
imperador. Ao contrário do que acontecia na América, o Brasil não se tornou uma
República, mas um Império. Após a Independência, o Brasil transformou-se em
um Reino brasileiro governado por um português, esposo de uma austríaca.
 Após a Independência, o Brasil se manteve como um país essencialmente agrário
exportador de produtos primários, com práticas escravagistas, latifundiário e com
uma elite vinculada ao Governo.

��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Admilson Costa.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.

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