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CENA COLÉGIOS

UNIDADE CENTRO R.O

SOCIOLOGIA

MATHEUS GOMES BARBOSA

TURMA: 2001

AS FORMAS DE GOVERNO NO BRASIL:

SUAS CARACTERÍSTICAS E O SISTEMA DE VOTO

Rio das Ostras

2023
“O meu ideal político é a democracia, para que todo o homem seja respeitado como
indivíduo e nenhum venerado.”
— Albert Einstein
O PERÍODO MONÁRQUICO, o qual perdurou no Brasil por 67 anos, contendo
três fases de governo: o Primeiro Reinado, governado por D. Pedro I; o Período
Regencial, governado por regentes enquanto D. Pedro II não alcançava a maioridade e o
Segundo Reinado, governado por D. Pedro II após o Golpe da Maioridade.
O Estado Monárquico Brasileiro advém da colonização
portuguesa às terras brasileiras que dizimou povos indígenas e
explorou os recursos naturais do território brasileiro. Após o
ataque francês a Portugal, a coroa portuguesa (D. João XI) “fugiu”
de Napoleão e migrou ao Brasil, um refúgio. Porém, ao voltar pra
Portugal a fim de resistir ao ataque francês, liderado por Napoleão
Bonaparte, D. João XI deixou seu filho, Pedro, no Brasil, o mesmo
tornou-se o primeiro Imperador do Brasil. Logo, tornou-se Dom Pedro I. O voto, nesse
contexto, não elegia os Imperadores, mas, elegia os representantes do Poder Legislativo
e Executivo. Para ser considerado um eleitor apto, o cidadão deveria pertencer ao sexo
masculino e ter no mínimo 25 anos. Essa idade mínima só não era válida no caso dos
homens casados, clérigos, militares e bacharéis formados.
O Primeiro Reinado:
 Processo de independência da nação brasileira;
 Intensificação do mercado escravista;
 Economia voltada na exportação de açúcar, algodão e cana-de-açúcar;
 Guerra da Cisplatina (Brasil derrotado).
O Período Regencial:
 Diversas revoltas populares (Malês, Sabinada, Cabanagem, Balaiada e
Farroupilha);
 Período conturbado entre a sociedade brasileira;
 Golpe da Maioridade.
O Segundo Reinado
 Guerra do Paraguai;
 Abolição da escravatura;
 Descontentamento da Igreja (que tinha grande influência no país, já que o
Brasil era oficialmente católico), Exército e a elite brasileira com o Império.

“Independência ou Morte”, por Pedro Américo


(1888)
O ESTADO OLIGÁRQUICO, também conhecido como período da “política do
café com leite”, que consistia na troca de
oligarquias ao poder brasileira, ora a oligarquia de
São Paulo era dona do poder, ora a oligarquia de
Minas Gerais exercia o poder brasileiro. Essa
política iniciou com o governo de Campos Sales, a
oligarquia de São Paulo tinha muita influência do
contexto agrário, haja vista que era uma grande
potência do café, enquanto Minas Gerais era uma
grande potência do leite. Podiam votar todos os
homens com mais de 21 anos que não fossem analfabetos, religiosos e militares. Mesmo
tendo o direito de voto estendido a mais pessoas, pouca parcela da população
participava das eleições.

Esse período político é marcado por algumas características:


 Coronelismo (Imposição dos militares à população a fim de ganho de voto,
através da compra ou da opressão);
 Revezamento entre as oligarquias de São Paulo-Minas Gerais ao poder;
 Perdurou no Brasil por 41 anos.

Capa do jornal “Careta” de 1925, referente à


política do café com leite.
A ERA VARGAS foi um período que sucede o Estado Oligárquico, ou Era Vargas
foi o período no qual Getúlio Vargas governou o Brasil, marcado por ser o governo que
dá sim à política do café com leite e pela sua “aproximação”
com a parcela popular brasileira, afinal, Getúlio Vargas é
conhecido ser “pai dos pobres”, mas também “mãe dos ricos”.
A Era Vargas é dividida em três fases, são elas: Governo
Provisório, Governo Constitucional e Estado Novo. O sistema
eleitoral, durante esse período, passou a ser secreto (grande
reivindicação do movimento tenentista). Outrossim, o aumento
de políticas populistas na na Era Vargas, fizeram com que
aumentassem assim a popularidade de Vargas diante das
camadas mais populares do Brasil.

Governo Provisório:
 Centralização do poder (fechamento do Congresso Nacional e do Senado)
 Criação do Ministério da Educação e Saúde e do Ministério do Trabalho, da
Indústria e do Comércio.

Governo Constitucional:
 Plano Cohen;
 Voto secreto;
 Eleições de 1938 canceladas.

Estado Novo:
 Criação do DIP (Departamento de Imprensa e propaganda);
 Posicionamento de Vargas diante da 2º Guerra Mundial;
 Suicídio de Vargas.

O fim da Era Vargas deu-se pelo suicídio de Getúlio Vargas com um tiro em seu
peito na madrugada de 24 de agosto de 1954, após ter sido informado de que os Altos
Comandos Militares exigiam o seu licenciamento do cargo de presidente da República
como condição para a solução da crise política.

“SAIO DA VIDA PARA ENTRAR NA HISTÓRIA”


A REPÚBLICA, através da Carta Magna de 1946 marca o primeiro momento do
Brasil diante de um ideal prático oficialmente democrático, entre os principais direitos
assegurados são inscritos: o restabelecimento dos direitos individuais, o fim da censura
e da pena de morte. A Carta também devolveu a independência ao Executivo,
Legislativo e Judiciário e restabeleceu o equilíbrio entre esses poderes, assim como
Monstesquieu acreditava que deveria ser, além de dar autonomia a estados e municípios.
O sistema eleitoral dizia que todos
Com o avançar do conflito entre União Soviética e Estados Unidos, a Guerra Fria, a
política mundial tornou-se muito polarizada (assim como nesse último período eleitoral
brasileiro, Lula x Bolsonaro), Entretanto, isso acarretou na polarização da política
brasileira, gerando uma “quase guerra civil”, o país então encontrou-se dividido entre os
opositores de Jango, João Goulart, e os seus defensores.
Diante disso, ocorreu o GOLPE MILITAR DE 1964, no dia 01/04/1964, deposto
Jango de seu cargo, de presidente.

Manifestações pró-regime militar, em 1964 Último discurso de João Goulart, Jango como
presidente.

“Grupos de pressão que hoje controlam facções


políticas, agências de publicidade e órgãos de cúpula
das classes empresariais”. [...] “O presidente não
vacilará um instante sequer na execução de todas as
leis e todos os decretos”.
- João Goulart, em seu último discurso.
A DITADURA MILITAR consistiu em um grupo de militares, que apoiados por
parcela da mídia e da população, conseguiram o domínio do país, ignorando todas as
normas e leis da Constituição de 1946. Por contrapartida, o regime militar instaurou os
Atos Institucionais, que visavam “legalizar” atos de violência e tortura. "Ao todo, foram
emitidos 17 atos institucionais, entre 1964 a 1969. Contudo, a população não tinha o
direito de voto para a escolha do presidente do Brasil.
A ditadura, no total, teve 5 presidentes: Castelo Branco, Costa e Silva, Médici,
Geisel e, por fim, João Figueiredo. A ditadura é marcada pelo alto número de pessoas
assassinadas e que foram presas pelo governo, simplesmente por fazerem oposição
diante do regime que no Brasil regia. Dentre os presos e/ou exilados políticos, temos
grandes nomes da sociedade atual: Lula, Dilma Rousseff, Abdias do Nascimento, Chico
Buarque e etc.
No entanto, o declínio do regime se instaurou no ano de 1979, quando foi outorgada
a Lei da Anistia, que tornava mais possível o retorno de muito perseguidos políticos da
época. Ao fim da ditadura, algumas medidas que eram comuns antes da Ditadura militar
retornaram, como: o pluripartidarismo e as eleições para governadores e prefeitos.

Assassinato de Carlos Marighella, em seu carro,


4 de novembro de 1969.

Carlos Marighella, “O inimigo número um da


Ditadura Militar”

"Quero ser apenas um entre os milhões de brasileiros


que resistem"
- Carlos Marighella
A Nova República é o movimento de redemocratização da sistema político
brasileiro que, através da Constituição Federal de 1988´, instaurou novamente o estado
democrático brasileiro. O sistema eleitoral assegura o poder do povo as pessoas maiores
de 16 anos (facultativo) a todos os cidadãos brasileiros, tirando os presos que foram
condenados por sentença criminal transita em julgado, que tem como punição a retirada
de seus direitos políticos, como o voto.

A apologia à ditadura militar já é crime no Brasil, previsto na Lei de Segurança


Nacional (Lei 7.170/83)

Contudo, o primeiro presidente da Nova República seria Tancredo Neves, que foi
eleito, de forma indireta, mas faleceu antes mesmo de assumir o cargo. Portanto, o
primeiro presidente da Nova República Brasileira foi José Sarney, que encaminhou a
redemocratização do país. Entretanto, a fim de eleições diretas a população se juntou em
um pacto (pactualismo) em diversas manifestações de um movimento chamado:
“Diretas Já!”. A partir disso, o Brasil tem até hoje eleições de cunho direto para
presidente. Com isso, encerro este trabalho porquê daí a diante sua memória já te ajuda
a recordar os principais fatos e curiosidade sobre o contexto político brasileiro.

Movimento “Diretas Já!”, 1983.

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