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proclamada por José do Patrocínio na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Desde essa data, o
Brasil já teve seis diferentes repúblicas, a saber:
A atual república brasileira é conhecida como Nova República e está em vigor desde o fim da
Ditadura Militar. Com a Nova República, foi inaugurado um novo período democrático, além
de ter sido redigida e promulgada, em 1988, uma nova Constituição para o Brasil.
Proclamação da República
A década de 1880 vivenciou uma crise política crônica no país. No final desse período, a
conspiração contra a monarquia ganhou força no Exército. Poucos dias antes do golpe que
resultou na Proclamação da República, os conspiradores reuniram-se com o marechal Deodoro
da Fonseca para convencê-lo a aderir ao golpe.
O regime republicano brasileiro tem uma história centenária e, ao longo de sua existência
(como mencionado no início o texto), existiram seis diferentes repúblicas, cada qual com
características distintas.
A Primeira República, também conhecida como República Velha ou República Oligárquica, teve
como grandes características o clientelismo, o mandonismo e o coronelismo. O clientelismo
pode ser definido por uma troca de favores em que alguém concede algo em troca de
benefícios políticos. Já o coronelismo é definido pelo poder exercido pelos coronéis, grandes
proprietários de terra, sobre a população, exigindo-lhe voto como forma de atender aos
interesses da oligarquia. Por fim, o mandonismo é o controle que os grandes proprietários de
terra exerciam sobre a população comum. Outras marcas desse período foram a Política do
Café com Leite e a Política dos Governadores.
Nesse tópico, estamos incluindo tanto a Segunda República (1930-1937) quanto a Terceira
República ou Estado Novo (1937-1945). No caso da Era Vargas, algumas características
importantes foram: a centralização do poder no Executivo, a política de massas de Vargas na
questão trabalhista, o fortalecimento da propaganda política, sobretudo durante o Estado
Novo, e a capacidade de negociação de Vargas, que conseguia conciliar grupos com interesses
diversos em benefício próprio. No caso do Estado Novo, destacam-se ainda o autoritarismo do
governo e a imposição de censura.
A Ditadura Militar, como o nome já sugere, foi um período ditatorial em que o nosso país foi
governado de maneira autoritária pelos militares. A ditadura ficou caracterizada pelo
terrorismo de Estado, isto é, pelas ações de terror praticadas ou incentivadas pelo governo. Os
grandes símbolos desse período foram os sequestros, a tortura e o assassinato de cidadãos por
agentes governamentais ou por milícias apoiadas pelo governo. Houve também casos de
atentado a bomba organizados por agentes do governo, como aconteceu no caso Riocentro.
A ditadura também ficou marcada por uma política econômica que logo de início procurou
combater os direitos dos trabalhadores. Sendo assim, os salários foram mantidos baixos,
houve redução de direitos dos trabalhadores (como aconteceu quando o FGTS foi criado) e as
greves eram duramente reprimidas.
Por fim, os gastos astronômicos dos governos militares contribuíram para aumentar a dívida
externa do Brasil e o crescimento da inflação. A censura e o autoritarismo também eram
marcas fortes desse período, o que impedia um combate transparente à corrupção.
Com o final da ditadura, foi iniciada uma nova fase democrática em nosso país: a Nova
República. Foram marcas da democratização que o Brasil sofreu nesse período o crescimento
da vida partidária e o aumento considerável do número de eleitores, já que podem votar no
Brasil todas as pessoas maiores de 16 anos, incluindo os analfabetos. Outro grande marco
importante desse período foi a Constituição de 1988, conhecida como Constituição Cidadã,
que possui muitos artigos que garantem direitos sociais à população brasileira. Apesar disso,
esse período também é passível de críticas, já que muitas áreas do país, como saúde e
educação, seguem caóticas, e os grandes níveis de corrupção impedem o desenvolvimento do
país.
República Brasileira atual
Com a Nova República, uma nova Constituição foi elaborada e promulgada em 1988.
Como mencionado, a república atual foi iniciada após o fim da ditadura em 1985, quando
Tancredo Neves foi eleito presidente. Infelizmente, Tancredo acabou falecendo, e seu vice,
José Sarney, assumiu a presidência do Brasil. Nesse momento, começaram os esforços dos
políticos para reconstruir a democracia no Brasil após 21 anos de autoritarismo. Com a
Constituição de 1988, ficou determinado que os presidentes teriam mandato de quatro anos
sem reeleição (o direito à reeleição foi implantado durante o primeiro governo de Fernando
Henrique Cardoso). A Constituição de 1988 também garantiu amplos direitos sociais para as
minorias do país, como os indígenas. Porém, apesar das garantias constitucionais, muitos
direitos não têm sido respeitados.
Foram eleitos presidentes nas eleições de 1989, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e
2018. Os presidentes desse período até o presente momento foram: José Sarney, Fernando
Collor de Mello, Itamar Franco, FHC, Lula, Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro.
Alguns historiadores sugerem que a Nova República encerrou-se em 2016 quando houve o
impeachment de Dilma Rousseff, entendido por eles como “golpe parlamentar”. Outros
historiadores discordam dessa análise e afirmam que a Nova República ainda está em vigor.
A Política do Café com Leite e a Política dos Governadores foram colocadas em prática durante
a Primeira República, ou República Velha, que existiu entre 1889 e 1930. A Política do Café
com Leite consistia em um acordo entre as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais para o
revezamento do candidato à Presidência do Brasil. Já a Política dos Governadores surgiu no
governo de Campos Sales (1898-1902) e nela o Governo Federal apoiava a oligarquia mais
forte de cada estado e, em troca, exigia apoio no Poder Legislativo