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Escola: Polivalente

Professor(a): Nágila
Aluno(a): Vallery Santana De Araújo
Turma: M3TR03
Data: 12/12/2022
Resumo sobre ´´A Era Vargas``
A sociedade brasileira na década de 1920: Ao longo da década de 1920 o
Brasil atravessava um momento de grave crise econômica. A nascente
burguesia industrial brasileira estava descontente com a política
econômica do governo federal, que era dominada pela oligarquia cafeeira
e agro exportadora, exigia medidas que protegessem os produtos
industrializados brasileiros.
A população urbana: A sociedade brasileira moderna e urbana era
formada por grupos distintos como industriais, comerciantes, profissionais
liberais, militares e operários. Esse foram os grupos com maior
participação política e lutaram pelo direito de participar das decisões
econômicas.
 Industriais e classes médias urbanas: Os industriais brasileiros
buscavam o apoio do governo para dinamizar incentivar a
fabricação nacional de produtos como tecidos, calçados, chapéus,
alimentos, implementos agrícolas, entre outros. As classes médias
urbanas por sua vez, eram formadas principalmente por
comerciantes, funcionários públicos e profissionais liberais.
 Os operários: Os operários e organizaram em sindicatos para exigir
melhorias nas condições de trabalho. Eles passaram a promover
greves para reivindicar a diminuição da jornada de trabalho
melhores salários, férias, 13°salário, melhoria nas instalações da
fábrica, e regulamentação do trabalho infantil.
 Os ex-escravos: Os ex-escravos continuaram trabalhando nos
serviços domésticos nas casas das antigas famílias. Trabalhavam
também como ajudantes na construção civil, prestavam serviço nas
ruas ou atuavam como vendedores ambulantes.
A população rural:
 Os "coronéis": As oligarquias locais, cujos principais representantes
eram os "coronéis" dominavam o cenário político das regiões
interioranas do país.
 Os sertanejos: Camponeses, seringueiros mineiros e vaqueiros
também chamados sertanejos, formavam a maior parte da mão de
obra no interior do país. Trabalhavam muitas horas por dia em troca
de baixos salários famílias de sertanejos pobres enfrentavam seca e
a fome.
 Os Cangaceiros: Os cangaceiros eram pessoas que se revoltavam
contra a opressão dos "coronéis" e passavam a viver na ilegalidade,
assaltando e saqueando fazendas e cidades do Sertão nordestino.
Muitas vezes eles ajudavam os necessitados e tinham prestígio
popular por isso.
 Os líderes religiosos: Os líderes religiosos exerciam grande
influência sobre a população e ocupavam uma posição de destaque
na sociedade. Esses religiosos faziam a intermediação entre a
população pobre e os grandes proprietários rurais.
O fim da Primeira República: Na década de 1920 o governo das
oligarquias cafeeiras se enfraqueceu, pois suas decisões políticas e
econômicas provocaram grande descontentamento em diferentes grupos
sociais brasileiros como os operários, as camadas médias urbanas,
pequenos comerciantes, funcionários públicos, tenentes e os latifundiários
que estavam insatisfeitos com o governo.
 O tenentismo: No início da década de 1920 jovens Oficiais do
Exército organizaram uma série de levantes militares que ficou
conhecida como tenentismo. Os tenentes criticavam o sistema
eleitoral brasileiro, o crescimento da dívida externa, o descontrole
das Finanças Públicas e o privilégio dado aos grupos
agroexportadores.
 A coluna Prestes: A coluna Prestes foi um movimento que reuniu
entre 800 e 1500 homens e uma marcha pelo interior do Brasil
entre 1925 e 1927, ao todo foram percorridos mais de 24.000 km.
Durante a marcha a coluna teve que enfrentar as forças legalistas as
doenças tropicais e a carência de armas e alimentos. Após vários
combates e manobras militares os rebeldes se refugiaram na Bolívia
e encerrando sua marcha.
A República Oligárquica em crise: Na sucessão presidencial de 1929
ocorreu um desentendimento entre as oligarquias Paulista e mineira. Os
mineiros esperavam a indicação de Antônio Marcos como candidato à
presidência da república o presidente Washington Luiz porém indicou
Júlio Prestes governador de São Paulo como candidato oficial. A oligarquia
política de Minas Gerais aliou-se ao Rio Grande do Sul e a Paraíba
formando a aliança liberal. Essa aliança lançou a candidatura oposicionista
de Getúlio Vargas para a presidência e de João Pessoa para vice-
presidente. A aliança liberal se fortalecer com o apoio do partido
democrático porém como o governo federal Detinha o controle da
máquina eleitoral Júlio Prestes venceu a eleição.
A aliança liberal toma o poder: A vitória do candidato oficial veio
acompanhada de Protestos. Os militares oposicionistas começaram a
planejar um golpe contra o governo mas os líderes da aliança liberal não
queriam recorrer as armas. Em Julho de 1930 João Pessoa foi assassinado
e esse crime foi utilizado politicamente pelos líderes da aliança liberal,
após convencerem os chefes militares as tropas Rebeldes começaram a
movimentar em 3 de outubro. No dia 23 do mesmo mês os Rebelde
ocupavam a Capital Federal. A Revolução de 1930, como foi denominada
pelos seus idealizadores saiu vitoriosa. Em 3 de Novembro Getúlio Vargas
assumiu a chefia do governo provisório.
A crise de 1929: Com a crise do café em 1929 o governo de Getúlio Vargas
buscou socorrer os cafeicultores ao mesmo tempo em que procurava
contornar a crise financeira investindo nas indústrias. Ele tomou medidas
para conter o excesso de produção proibindo novos plantios e comprando
os estoques para evitar a queda dos preços.
A Era Vargas: ao assumir o poder Getúlio Vargas iniciou um processo de
centralização política suspendendo a constituição, além de fechar o
Congresso Nacional, as assembleias legislativas estaduais e as câmaras
municipais. Assim, passou a controlar os poderes executivos e legislativo
governado por meio de decretos-leis.
A campanha constitucionalista: os paulistas não aceitavam os
interventores militares iniciados por Vargas. As forças oligárquicas
destituídas do Poder começaram a se organizar formando a frente única
Paulista, que se deu em torno da campanha constitucionalista que
reivindicava a volta da legalidade com uma nova constituição. Em 9 de
julho de 1932, teve início em movimento revoltoso exigindo a volta do
regime constitucional que ficou conhecido como Revolução
Constitucionalista. Os paulistas foram Derrotados porém houve
a convocação das eleições para uma assembleia constituinte.
A Constituição de 1934: Em Julho de 1934 foi promulgada a terceira
constituição brasileira. A assembleia constituinte elegeu Vargas como
presidente, com o mandato de 4 anos. A constituição instituiu a justiça do
trabalho, estabeleceu o salário mínimo e regulamentou a jornada de
trabalho em 8 horas diárias. Foram institucionalizadas o voto secreto e o
voto feminino o ensino primário passou a ser obrigatório e os recursos do
subsolo brasileiro foram nacionalizados.
O movimento operário no Brasil: no final do século XIX foram criadas no
Brasil as chamadas ligas operárias, organizações de trabalhadores que
deram origem aos primeiros sindicatos brasileiros, muitas dessas
organizações adotaram os ideais anarquistas como ideologia
predominante, eles buscavam melhorias em suas condições de trabalho,
operários de diversos ramos organizavam as greves nas principais cidades
industriais do Brasil porém a greve era considerada crime o que dificultava
os protestos.
O fortalecimento do comunismo no Brasil: em 1922, foi fundado o
Partido Comunista Brasileiro (PCB) no qual participavam principalmente
Operários, profissionais liberais e funcionários públicos. Esse partido
seguia as novas tendências socialistas inspiradas no comunismo soviético
e passou a atrair grande número de Operários. Porém no mesmo ano ele
foi considerado ilegal pelo governo passando a atuar na clandestinidade.
Em 1935 eles se uniram a diversos grupos políticos contrários ao fascismo,
ao imperialismo e aos latifúndios formando uma nova organização
política, a Aliança Nacional Libertadora (ANL) que defendia a formação de
um governo Popular que garante a liberdade do cidadãos, a proteção aos
pequenas e médias proprietários, a nacionalização em empresas
estrangeiras, o cancelamento da dívida externa e a reforma agrária.
O integralismo: Fundado em 1932 a Ação Integralista Brasileira (AIB)
defendia princípios que estavam resumidos no lema "Deus pátria e
família". Politicamente os integralistas tinham uma nítido influência
fascista, eram nacionalistas, antissocialistas e repudiavam o liberalismo.
O levante comunista de 1935: contrários à legalidade da ANL e para
combater o governo Vargas, comunistas civis e militares iniciaram o
movimento revolucionário. Militares aderiram ao levante comunista como
ficou conhecido esse movimento. O movimento foi sufocado pelas tropas
legalistas do exército e seus participantes foram presos. Vargas utilizou o
exemplo do levante comunista que foi chamado de "intentona
comunista", como justificativa para aumentar a perseguição a grupos
políticos contrários ao seu governo. A situação se agravou com a criação
da comissão de repressão ao comunismo. Foram suspensos os direitos
civis e as pessoas consideradas " inimigas da nação" passaram a ser
sistematicamente perseguidas.
O estado novo: enquanto eram organizadas as campanhas para as
eleições presidenciais previstas para 1938, Getúlio Vargas se empenhava
em articulações políticas para permanecer no poder. Um suposto plano
para implantar o comunismo no Brasil conhecido como pano Cohen, foi
utilizado pela propaganda política de Vargas. No dia 10 de novembro de
1937, com o pretexto de combater a ameaça comunista Vargas aplicou um
golpe político dando início a um governo autoritário que ficou conhecido
como Estado Novo. Depois disso Getúlio Vargas fechou o Senado e a
Câmara dos Deputados, suspendeu os direitos constitucionais, extinguiu
os partidos políticos e ortogou uma nova constituição em 1937, apelidada
de "Polaca", que reforçava o poder do presidente, aumentava a influência
do governo federal e reduzia a autonomia dos governos estaduais. Muito
dos elementos da "Polaca" foram inspirados na Constituição do governo
fascista. A constituição do Estado Novo tinha como princípios a afirmação
do nacionalismo econômico e o controle governamental sobre o
sindicatos de trabalhadores.
A situação econômica: a economia brasileira deixou de ser
exclusivamente agrária e exportadora, nessa época grandes Comerciantes
latifundiários passaram a investir nas implantações de indústrias no Brasil
voltadas ao mercado interno. A intervenção do Governo na indústria, no
comércio na agricultura foi marcante. No setor agrícola, incentivou o
cultivo de produtos diversificados.
Repressão política: Getúlio Vargas utilizou diversos mecanismo de
controle social. Durante o estado novo, o governo interferiu em vários
aspectos da vida social do país. A repressão política e a censura, aliadas ao
uso em massa da propaganda e dos meios de comunicação, tornaram-se
marcantes no regime ditatorial de Vargas. Houve perseguição a quem se
opunha ao governo. Políticos liberais ou comunistas, estavam sobre
constante vigilância política, muitos opositores do regime foram presos,
torturados, exilados ou assassinados. Por meio do Departamento de
Imprensa e Propaganda (DIP), criada em 1939, o governo Vargas submetia
a censura todos os órgãos de comunicação do país, como rádio, os jornais
e as revistas o objetivo era impedir a disseminação nos lares brasileiros de
"conteúdos nocivos" aos interesses do governo.
Controle dos sindicatos: além do uso de violência física e da propaganda
ideológica, o estado também monitorava a sociedade. O governo adotou
medidas importantes que amenizaram a péssima situação do trabalho dos
trabalhadores da época como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
considerado uma das grandes realizações do estado novo. Foi criada em
1943 e garante os direitos como salário mínimo, férias remunerada,
jornada de trabalho de 8 horas diárias, pagamento de horas extras e
descanso semanal remunerado, além de leis específicas para as mulheres
e jovens trabalhadores. Embora a CLT tenha sido resultado de uma luta
Operária de várias décadas, o estado novo apresentou como benefício
oferecido pelo governo aos trabalhadores. Por causa de sua política
populista Getúlio Vargas conquistou o apoio das massas passando a ser
chamado de "pai dos pobres".
A era do rádio: em 1923 foi fundada a primeira estação de rádio no Brasil.
O sucesso do rádio no Brasil foi tão grande que logo governantes
perceberam que poderia utilizar esse poderoso meio de comunicação para
transmitir e padronizar os valores culturais brasileiros. O governo então
comprou jornais e rádios e passou a utilizar como meio de afirmação da
política getulista e da cultura nacional. A partir do golpe do estado novo e
especialmente depois da criação do DIP as emissoras de rádio passaram a
ser fiscalizadas e censuradas por funcionários do governo.
A hora do Brasil: a partir de 1938 foi ao ar o programa a Hora do Brasil
que vinculava notícias sobre os fatos políticos do país as ações diárias do
presidente, além de temas sobre a história do Brasil. A partir de 1939
todas as estações de rádio foram obrigadas a transmitir a hora do Brasil,
no entanto o programa não obteve muito sucesso entre os ouvintes e
recebeu o apelido de "fala sozinho".

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