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Crédito Técnica

Módulo I
Guitarra
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MATERIAL DIDÁTICO - GTR INSTITUTO DE MÚSICA


DIREÇÃO GERAL
Marcelo Barbosa

DIREÇÃO PEDAGÓGICA E COORDENAÇÃO


Clóvis Reis

PROFESSOR CONTEUDISTA
Marcelo Barbosa

PROJETO GRÁFICO
Henrique Gera e Fernando Zimmermann

REVISÃO
André Medeiros

DIAGRAMAÇÃO
Pedro Teixeira

www.gtr.com.br

BRASÍLIA ASA NORTE


SCRN 708/9 - Bloco C - Loja 10 - Brasília - DF - 61 3340 8972

BRASÍLIA ASA SUL


SCLS 111 - Bloco A - Loja 10 - Brasília - DF - 61 3245 7140

FLORIANÓPOLIS
Rua Tenente Silveira, 456 - Centro - Florianópolis - SC - 48 3024 0800
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CRÉDITO > TÉCNICA GUITARRA MÓDULO I 3

ÍNDICE

Técnica................................................................................................................................................................................................................5
Precisão.........................................................................................................................................................................................................6
Velocidade....................................................................................................................................................................................................6
Metrônomo..................................................................................................................................................................................................6
Estudo e postura........................................................................................................................................................................................7
Três fases.......................................................................................................................................................................................................9
Ainda sobre técnica...................................................................................................................................................................................9
Concentração...........................................................................................................................................................................................10
Com ou sem drive?.................................................................................................................................................................................10
Grave-se tocando....................................................................................................................................................................................11
Informação................................................................................................................................................................................................11
Mãos ...............................................................................................................................................................................................................12
Mão direita................................................................................................................................................................................................12
Mão esquerda...........................................................................................................................................................................................14
Exercícios...................................................................................................................................................................................................16

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CRÉDITO > TÉCNICA GUITARRA MÓDULO I 5

TÉCNICA
O conceito de técnica é muitas vezes usado de maneira equivocada. É cada vez mais comum os
guitarristas confundirem técnica com velocidade. A verdade é que, a capacidade de tocar frases e
solos rápidos é apenas um dos elementos da técnica e, mesmo assim, apenas se tocados com precisão
e clareza.

Realizar uma tarefa com técnica significa fazê-la da melhor maneira possível e com o menor esforço
necessário. Para isso, o relaxamento do corpo e da mente é imprescindível. Este conceito pode e deve
ser aplicado para qualquer atividade física. Se observarmos um bom boxeador, tenista, ou ainda alguém
que tenha habilidade ao digitar rapidamente em um teclado de computador; todos eles, independente
do trabalho realizado, terão em comum a leveza dos movimentos e a utilização de um nível mínimo de
esforço para a realização do mesmo. Estou aqui descrevendo uma situação ideal e ao mesmo tempo o
que acredito ser o mais conveniente buscar na hora do estudo. É claro que esse grau de relaxamento
varia de pessoa a pessoa e que muitos dos grandes guitarristas que gostamos não têm essa característica
em sua maneira de tocar, mas isso não quer dizer que devemos negligenciar este conceito.

Doenças como LER (Lesão por Esforço Repetitivo) ou tendinite são comuns em guitarristas e a
prática diária com a utilização de força/tensão maiores do que o necessário pode ajudar em muito o
desenvolvimento desse tipo de doença. Além disso, são recomendados alongamentos antes e durante
o estudo e a prática de um esporte qualquer, o que te ajudará a evitar lesões em qualquer parte do
corpo, condicionando músculos, tendões, etc... Então, vale ressaltar que uma prática saudável só trará
benefícios!

Além de melhorar a sua performance no instrumento e de ajudar a evitar lesões em tendões e músculos,
o estudo da técnica dentro deste conceito nos traz uma sonoridade mais fluída. Melhorar o som de
cada nota ao máximo e executar passagens com clareza e fluência é uma importante meta nos estudos
de um músico. Quanto mais relaxado o seu corpo estiver, mais fácil esta árdua tarefa se tornará.

Lembre-se de que alguma força e tensão são necessárias para a efetivação dos movimentos. O que
buscaremos aqui é uma minimização dessa tensão.

Você é o seu melhor professor e a autocorreção a sua maior arma para o seu desenvolvimento técnico.
Observe o seu corpo, a qualquer sinal de tensão maior que a necessária ou em alguma parte do corpo
que nada tem a ver com o movimento realizado pare, respire fundo, relaxe e comece novamente.

Todos os exercícios devem ser estudados primeiramente em andamento excessivamente lento.


Tocando lentamente é mais fácil mantermos o corpo relaxado e também perceber qualquer tensão
desnecessária. Tente gravar em sua mente essa sensação, esse nível de relaxamento e mantê-lo à
medida que você sobe, gradativamente, o andamento em seu metrônomo. A qualquer sinal de tensão,
abaixe a velocidade alguns pontos e relembre a sensação inicial de relaxamento em sua mente. Busque
isso incansavelmente. Falaremos mais sobre a utilização do metrônomo em breve.

Nunca se esqueça de que a técnica é um meio e não um fim. Ela deve existir para servir à música e nos
ajudar a passar uma mensagem. Quando a técnica se torna a própria mensagem, acredite, há algo fora
do lugar.

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6 GUITARRA MÓDULO I CRÉDITO > TÉCNICA

PRECISÃO
Juntamente com o relaxamento, outro elemento técnico de grande importância é a precisão. Conheço
muitos guitarristas extremamente rápidos, mas se formos subtrair deste grupo os que são realmente
precisos, este número cairia violentamente. Alguns grandes exemplos deste elemento dentro da
guitarra rock são Vinnie Moore, Paul Gilbert, Brett Garsed, Kiko Loureiro, entre outros. Ouça qualquer
um desses e perceba como cada nota soa perfeitamente bem e com o time perfeito. Mais uma vez
ressalto que esse é apenas um dos elementos a serem estudados em música e não define se um músico
é melhor ou pior do que outro.

Precisão se estuda em andamento lento. Preste atenção à posição de suas mãos e dedos. Toque cada
nota como se fosse única e busque clareza durante toda a execução. Independente do andamento
em que o seu metrônomo estiver, jamais negligencie precisão por velocidade. É importante ter em
mente que com relaxamento e precisão a velocidade vem naturalmente. O problema é que o elemento
velocidade se desenvolve com ou sem o estudo da precisão por isso a necessidade de uma atenção
especial a este quesito em particular.

VELOCIDADE
Como dito anteriormente, a velocidade é um subproduto da precisão. A dica mais preciosa sobre
este tópico é treinar bastante lentamente, tendo como objetivo minimizar os movimentos de ambas
as mãos. Na mão esquerda, concentre-se em manter uma postura correta com as pontas dos dedos
próximas à escala do instrumento. Isso vai minimizar a amplitude do movimento quando você precisar
tocar uma nota, além de economizar energia. Com relação à mão direita, cuide para que a amplitude de
sua palhetada não seja maior do que a necessária. Percorrendo um menor espaço com a palheta você
gastará menos tempo e com isso a sua velocidade também aumentará.

METRÔNOMO
O metrônomo é um aparelho de fundamental importância no desenvolvimento de um músico. Ele marca
o ritmo regularmente em um andamento pré-estabelecido pelo usuário e nos ajuda a desenvolver um
senso rítmico firme e apurado. O andamento escolhido é definido por um número em BPMs (batidas
ou beats por minuto). Obviamente, com o andamento em 60 bpms você terá exatamente um beat por
segundo.

Além disso, o metrônomo serve para medirmos a nossa evolução técnica, pois com ele podemos saber
até qual andamento conseguimos tocar algo hoje e daqui a uma semana por exemplo. E também
nos auxilia a estabelecer metas de forma pontual. O estabelecimento de metas é um recurso muito
importante e largamente utilizado em diversas áreas. Trazendo isso para a nossa realidade, podemos,
por exemplo, escolher um exercício que começaremos a estudar em 60 bpms e estabelecer que
treinaremos diariamente este exercício até conseguirmos tocá-lo em 100 bpms. É aconselhável que se
faça planilhas com anotações dos objetivos e da evolução diária. Apesar de parecer algo meio psicótico,
é de grande ajuda!

Tenha a certeza de que com a utilização de um metrônomo o seu desenvolvimento será pelos menos
duas vezes mais rápido do que sem ele.

Existem diversos tipos de metrônomo, se possível, opte por um digital. Os metrônomos à corda, além do
inconveniente de se ter que parar de estudar para dar a corda no mesmo, costumam atrasar o andamento
quando a corda está quase acabando. Além disso, pulam de andamento em andamento de forma pré-
estabelecida, não permitindo que o usuário suba o andamento 1 em 1 BPM. Em alguns casos, como
andamentos rápidos, subir dois ou três pontos no metrônomo é bem difícil, imagine 6 ou 8...

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CRÉDITO > TÉCNICA GUITARRA MÓDULO I 7

Existem diversas maneiras de se trabalhar com o metrônomo e dependendo do tempo que temos
disponível para o estudo ou da passagem a ser estudada escolheremos uma. Alguns exemplos a seguir:
»» Se você tem bastante tempo e precisa trabalhar uma passagem específica, pode começar em um andamento lento, como
60 bpms e de 2 em 2 minutos subir 5 pontos no metrônomo. Ou pode passar menos tempo em cada andamento ou ainda
subir menos de 5 pontos. Tudo depende de você, do que você está estudando e do tempo que vai dedicar ao estudo da
passagem. Em subdivisões como a sextina e a fusa (respectivamente seis e oito notas a cada beat do metrônomo, no caso
do compasso 4/4) subir de cinco em cinco pontos pode ser muito. Talvez três em três ou até um em um, dependendo do
andamento, funcione melhor. Já quando tocamos semínimas ou colcheias, cinco pontos no metrônomo não parece tanto
assim. Com o uso frequente você começará a entender esses macetes e tudo isso ficará bem claro pra você.

»» Vamos supor que você esteja estudando uma frase e que o seu limite nela é em 130 bpms. Quando você chegar a 130
pode agir de duas maneiras: (1)abaixar novamente o andamento para 100, por exemplo, e começar a subir gradualmente
de novo; ou (2) quando chegar a 130, abaixar desta vez para 110 e continuar subindo e trabalhando sempre perto do seu
limite.

»» A outra ideia é forçar ainda mais este limite. Se você chegou a 130 e não está executando bem a frase neste andamento,
abaixe alguns pontos, digamos pra 120 e em seguida salte para 138. Obviamente será impossível executar a frase nesse
andamento, porém quando você abaixar o andamento para 130 bpms novamente, o mesmo parecerá mais fácil.

ESTUDO E POSTURA
Para nós que passamos ou passaremos boa parte de nossa vida tocando e estudando o instrumento,
a definição de um posicionamento do corpo para o estudo além de otimizar o nosso aprendizado nos
ajuda a evitar problemas de coluna muito comuns aos guitarristas. Guitarristas profissionais chegam
a passar oito horas por dia estudando guitarra. Em muitas das vezes a posição escolhida para estudo
é em pé para que se treine da forma como se pretende fazer um show, e é comum que não se consiga
executar tão bem algumas passagens em pé tanto quanto sentado.

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8 GUITARRA MÓDULO I CRÉDITO > TÉCNICA

Neste ponto, podemos aproveitar uma escola já consolidada no estudo da postura ideal para treino, a
escola do violão clássico. Dela podemos extrair excelentes informações para o treino da guitarra.

Vamos tentar nos aproximar ao máximo da postura em pé, porém estaremos sentados. Ainda com
a guitarra pendurada pela correia, encostando entre as pernas (mais próximo da posição em que a
guitarra fica quando estamos tocando em pé) e apoiando as costas, consequentemente apoiando a
coluna no encosto da cadeira. Pronto! Agora estamos com a coluna reta, as pernas formando um ângulo
de 90º em relação às costas e minimizamos os riscos à saúde.

A posição convencional que é usada para tocar quando se está sentado, apesar de bem confortável, é
muito distante da posição real de performance e muitas vezes acabamos não aproveitando 100% do
que estudamos por conta de uma mudança na posição dos braços e mãos em um show ou ensaio em
pé. Para que a guitarra permanecesse pendurada pela correia, e não apoiada na perna enquanto se está
sentado, talvez seja necessário abrir um pouco mão do visual rock`n roll, com a guitarra na altura do
joelho, mas também sem chegar ao extremo de um Tom Morello, por exemplo. Caso ainda assim a sua
opção seja tocar com a guitarra apoiada na perna, é aconselhável que se apoie na perna esquerda (no
caso dos destros), como um violonista clássico faria. Essa posição ainda será muito mais próxima da que
você usa quando toca em pé e ainda assim, você pode treinar sentado.

Ainda sobre este assunto, é válido ressaltar a importância da cadeira. Se você puder investir em uma
cadeira de boa qualidade, isso pode fazer uma grande diferença. Em primeiro lugar, quanto mais
confortável a sua cadeira for, mais tempo você terá vontade de ficar nela. Lembre-se que passaremos
muito tempo de nossas vidas estudando sentados. O apoio para as costas deve ser firme e de preferência
regulável. O ideal é que a cadeira seja um pouco mais alta do que as cadeiras convencionais. Desta
forma, será mais fácil de apoiar a guitarra na correia e não na perna.

Essas são dicas que se seguidas facilitam a vida do guitarrista, mas que não são irrefutáveis.

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CRÉDITO > TÉCNICA GUITARRA MÓDULO I 9

TRÊS FASES
Visando mais uma vez otimizar o tempo de estudo, vamos dividir o estudo da técnica em três fases
bem distintas. Lembre-se de jamais passar para a fase seguinte sem antes ter realmente concluído a
anterior!

1) Aprendendo: nessa primeira fase estaremos tirando o trecho musical que será estudado.
Nela não usaremos metrônomo e tocaremos bem lentamente visando entender e decorar o que
será tocado. Caso o trecho seja longo divida-o em partes menores e decore cada parte antes de
juntar todas.

2) Automatizando: aqui já usaremos o metrônomo em andamento bem lento. Repita diversas vezes
o trecho a ser estudado a fim de automatizar os movimentos. Em andamentos mais rápidos não
teremos tempo para pensar entre uma nota e outra e por isso o movimento dos dedos já deve
estar automatizado.

3) Aumentando a velocidade: agora aos poucos aumente o andamento. Somente agora o nosso foco
será aumentar a velocidade gradativamente. Lembre-se de em qualquer andamento soar limpo
e preciso.

Obviamente, esse processo serve para coisas novas que iremos estudar. Se você já sabe a passagem de
cabeça porque a estudou a semana inteira, pode ir diretamente para a fase 3 e colocar o metrônomo e
os dedos para funcionar.

AINDA SOBRE TÉCNICA


É importante ressaltar ainda que a palavra técnica define também diferentes maneiras de tocar
a guitarra. Existem dezenas de técnicas como palhetada alternada, sweep picking, two hands, pitch
harmonic, chicken picking, e falaremos futuramente mais profundamente sobre algumas delas. Temos
técnicas predominantes no estilo de cada guitarrista e também em cada estilo musical, sendo que cada
uma possibilita uma nova gama de sonoridades. Não se limite ao estudo de apenas uma das técnicas,
tampouco limite o seu tempo de estudo exclusivamente a esse quesito musical. Além de técnica,
muitas outras matérias devem ser estudadas e desenvolvidas, como composição, harmonia, percepção,
leitura, arranjo, repertório, dentre tantos outros. Saiba organizar o seu tempo de estudo de maneira
que você cresça musicalmente de forma equilibrada. Não adianta você ter uma técnica muito boa, mas
não conseguir tirar uma harmonia simples de ouvido, por exemplo.

Música tem tudo a ver com expressão! A expressividade e uma boa técnica devem servir pra ajudar
na hora de nos expressarmos através do instrumento. Infelizmente, muita música é composta calcada
simplesmente na técnica. É como se o compositor escrevesse uma música na qual ele pudesse usar um
lick rápido aprendido por ele. Isso é artisticamente inconcebível e devemos parar pra pensar qual a
verdadeira função da técnica em nossa música e da música na vida das pessoas. Sem dúvida, chegaremos
à conclusão de que a música é um veículo, uma forma de conduzir os sons que ouço em minha cabeça
com a menor limitação possível.

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10 GUITARRA MÓDULO I CRÉDITO > TÉCNICA

CONCENTRAÇÃO
Apesar de alguns guitarristas pregarem o estudo da técnica enquanto assistem TV, nem sempre esta é
a melhor opção. Normalmente o fato de muitas vezes a repetição ser meramente mecânica faz com que
alguns músicos preguem que não existe a necessidade de uma atenção total, podendo haver a prática
enquanto se assiste a um filme ou se lê uma revista.

A verdade é que qualquer atividade rende mais quando feita com 100% de atenção. Não há dúvida
de que trinta minutos de estudo sério e focado renda mais do que uma hora ou mais de treino sem
atenção. Apenas com a atenção integral poderemos perceber nuances que muitas vezes passariam
despercebidas e que podem fazer toda a diferença.

Assim como a TV, a internet com os seus atrativos, como redes sociais e chats são terríveis vilões que
operam contra o rendimento do estudo. A tentação de se manter uma conversa e a desculpa de que
isso pode ser feito entre uma série e outra de um exercício acabam tomando grande parte do tempo de
estudo e ao mesmo tempo tirando a atenção do estudante. O ideal é que nesse momento de estudo a
sua única preocupação seja a guitarra e seu desenvolvimento, mesmo que em determinado momento
você separe alguns minutos para a diversão, o que é extremamente saudável.

Outra dica importante sobre concentração é que todos nós temos um poder limitado de para isso.
Quanto mais o tempo passa, mais difícil se torna estar realmente focado no que estamos fazendo. Isso
se aplica para qualquer tipo de prática, pois a mente adora viajar. Especialistas indicam que o ideal é
intercalar o tempo de estudo com pequenas pausas. Isso nos ajuda a manter a concentração e qualidade
do estudo por mais tempo. É aconselhável e saudável fazer uma pausa de 5 a 10 minutos a cada 1 hora
de estudo. Durante esta pausa, você pode levantar e esticar as pernas, ir ao banheiro, tomar um copo de
água ou até fazer um telefonema (coisa que se deve evitar durante o tempo de prática). Você perceberá
que este pequeno intervalo fará uma boa diferença quando retomar o estudo.

COM OU SEM DRIVE?


Um questionamento comum entre os estudantes de guitarra é se devemos estudar com ou sem
distorção. Na realidade, as duas maneiras têm seus prós e contras. Com o som limpo, a guitarra fica
menos sensível e devemos caprichar um pouco mais nas palhetadas e ligados para que as notas soem
claramente. Isso se torna de certa forma uma resistência e quando ligamos o drive e tocamos a frase tudo
parece bem mais fácil. Com o drive ligado precisamos fazer bem menos esforço para palhetar e por isso
a tensão requerida diminui, tornando a execução mais fácil. Ao mesmo tempo, com drive a sensibilidade
da guitarra faz com que ruídos não desejados muitas vezes apareçam. Harmônicos ou cordas soltas,
que sem o drive não escutaríamos, tornam-se evidentes, e por essa razão é de fundamental importância
que estudemos também com ele ligado, desenvolvendo a técnica do mutting. Um guitarrista de rock,
por exemplo, acaba dedicando mais do seu tempo estudando com drive do que sem.

Lembre-se que existem algumas frases calcadas em técnicas específicas que não conseguiríamos
executar de maneira eficaz sem o uso do drive. Bons exemplos disso são frases com muitos ligados e
tappings. Nestes casos, se você tiver muita dificuldade de estudar com o som limpo, uma boa redução
no ganho de sua distorção já servirá para você ter que se esforçar um pouco mais e com isso melhorar
a sua técnica.

Não é aconselhável o uso de efeitos como Delay, Chorus, Phaser ou qualquer outro na hora de estudar
técnica. Tais efeitos podem encobrir certas sujeiras ou más execuções de trechos e isso não é nem de
longe o nosso objetivo. Neste momento, o mais importante é identificar os nossos erros e pontos fracos
para poder trabalhá-los. Portanto, nada que possa mascarar o nosso som será bem vindo.

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CRÉDITO > TÉCNICA GUITARRA MÓDULO I 11

GRAVE-SE TOCANDO
Como dito anteriormente, você é seu melhor professor e por isso gravar-se tocando é uma ferramenta
magnífica para uma autoanálise efetiva. Você não precisa de uma estação completa de gravação.
Qualquer gravador de fita K7 ou de MP3 servirá para isso. Grave, volte para o início da gravação e
se ouça tocando, prestando atenção aos detalhes que podem ser melhorados. As vantagens advindas
deste tipo de processo são ilimitadas.

INFORMAÇÃO
Outra tendência em alunos e jovens aprendizes de hoje, fruto da abertura para a importação e da
internet, é o mau aproveitamento das informações disponíveis.

Na década de 1980, ninguém usava internet e o mercado do Brasil ainda era fechado para a importação.
Eram outros tempos e nada bons para os sedentos por material didático. Por volta dos anos 1990
algumas vídeo-aulas passaram a ser encontradas para venda ou através de amigos que traziam de fora
do país. Dentre elas, a primeira vídeo-aula do Paul Gilbert, do Frank Gambale... além de livros como
Speed Picking do Frank Gambale. Por ser um material raro, quem o possuía estudava cada exercício,
cada frase e cada explicação contida neles. O mesmo acontecia com os CDs do Joe Satriani, como o
Surfing with the Alien, Steve Vai, entre outros guitarristas que passaram a aparecer no mercado
brasileiro.

Tudo isso ocorreu porque a quantidade de informação disponível era tão pouca que éramos obrigados
a devorar cada detalhe que chegava em nossas mãos. Era um mal que vinha para o bem. Atualmente
as pessoas encontram livros e vídeo-aulas de grandes instrumentistas em qualquer boa livraria
especializada ou mesmo na internet. O mesmo ocorre com os CDs, o acesso é tamanho que muitas
vezes não se tem o tempo necessário para escutar tudo o que se tem. A informação acaba chegando
em pedaços, estuda-se dez páginas de um livro e cinco de outro, assiste-se uma vez ou menos cada
aula-vídeo e aprende-se trechos de músicas ao invés de músicas inteiras. É como se nos tornássemos
especialistas em generalidades, sabendo um pouco de cada coisa e muito de nada.

Mais uma vez o foco e a concentração no material que está sendo estudado se mostram muito
importantes e juntamente com ele a perseverança. Muito trabalho é necessário para se digerir e
assimilar a matéria de um bom livro ou o vídeo de uma música e esse trabalho, se levado a sério, traz
grandes resultados.

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12 GUITARRA MÓDULO I CRÉDITO > TÉCNICA

MÃOS

MÃO DIREITA

(M)
Anular (A)

)
Médio

(I
or
)

d
o (m

ica
Ind
íni m
M

)
(P
g ar
le
Po

Normalmente seguraremos a palheta com os dedos polegar e indicador da mão direita. Devemos
buscar o posicionamento mais próximo da mão relaxada e mudar apenas o necessário para segurar a
palheta. Observe as imagens a seguir:

Outro assunto importante é a escolha da palheta a ser usada. Existem diversas marcas, modelos e
tamanhos e a opção é muito pessoal. A dica é que não usamos normalmente uma palheta muito mole
para tocar guitarra. Teste algumas e veja com qual você se sente mais confortável ao tocar.

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CRÉDITO > TÉCNICA GUITARRA MÓDULO I 13

Na hora de ferir a corda, a palheta pode encostar-se a ela paralelamente, ou na diagonal, com uma
inclinação de aproximadamente 45 graus para frente. A escolha entre essas duas formas é também
pessoal, pois ambas funcionam muito bem. Note que existe uma pequena diferença de som de uma
forma para a outra de palhetar. Como cada pessoa tem a sua fisiologia, cabe mais uma vez a você testar
e descobrir o que funciona melhor no seu caso.

Existem basicamente três formas bastante usadas para palhetar a corda:

1 - Movimentando os dedos que seguram a palheta (polegar e indicador) flexionando-os e


voltando a esticá-los.

2 - Movimentando o pulso.

3 - Movimentando o braço.

Cabe ao guitarrista a experimentação, e o gosto pessoal na escolha da melhor forma de palhetar.

Símbolos para palhetas

= Palhetada para baixo

= Palhetada para cima

Inside/outside Picking

Quando palhetamos mudando de cordas, dois fenômenos podem ocorrer. Você pode palhetar as cordas
“por dentro” (palhetada interna ou inside picking) ou “por fora” (palhetada externa ou outside picking)

Ambos os casos são muito comuns e devem ser estudados cautelosamente.

Para entender melhor imagine que o diagrama abaixo representa duas cordas quaisquer de sua guitarra.

Interna (inside) Externa (outside)

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14 GUITARRA MÓDULO I CRÉDITO > TÉCNICA

MÃO ESQUERDA

(2) (3)
(1)

Médio

Anula
I nd
(4)
ica

Mín
r
do

imo
r
(P)

Po
le ga
r

Os dedos da mão esquerda são representados por números começando do dedo indicador, representado
pelo número 1, subindo ordenadamente até o mindinho, representado pelo número 4.

Quando necessário tais números podem aparecer sobre a partitura ou tablatura, representando os
dedos da mão esquerda a serem usados para tocar cada uma das notas. Os símbolos de palhetada
podem vir sob ou sobre a tablatura. Veja o exemplo:

Mão esquerda 1 3 4 2 4 1 2
8 10
12 18
9 11 12

Mão direita

Para posicionarmos a mão esquerda ao tocar o instrumento, usaremos o mesmo conceito usado para a
direita. Manteremos a posição desta mão o mais próxima da posição relaxada.

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CRÉDITO > TÉCNICA GUITARRA MÓDULO I 15

É importante ressaltar que, no caso da mão esquerda, teremos duas maneiras muito usadas pelos
guitarristas que serão descritas a seguir:

1) Posição “clássica”: Nesta posição a mão e os dedos ficarão o mais “de frente” possível com o
braço do instrumento. Todos os dedos devem estar devidamente arqueados, cortando quase
perpendicularmente as cordas e a palma da sua mão estará relativamente longe do braço da
guitarra. Ajuda imaginar que na parte inferior do braço temos um cabo elétrico que se sua mão
encostar levará um choque. Essa posição é muito usada quanto utilizamos técnicas de ligado,
arpejos e tudo que envolva uma certa abertura entre os dedos da mão esquerda.

2) Posição “taco de baseball”: Como o próprio nome já insinua, nesta posição a sua mão fica
posicionada como se o braço da guitarra fosse um taco de baseball. Nela, a palma da sua
mão encosta-se na madeira do braço e os dedos cruzam as cordas formando um ângulo de
aproximadamente 40 graus. O seu polegar muitas vezes aparece sobre a parte superior do
braço da guitarra e muitos guitarristas o usam para tocar os baixos dos acordes, como Hendrix
fazia. Essa posição é muito usada em passagens nas quais usamos bends e vibratos, por dar
mais firmeza à execução dos mesmos.

Dito isto, vale ressaltar que ambas as posições têm suas vantagens e desvantagens e que teremos que
estar sempre alternando entre uma e outra, dependendo da passagem a ser tocada.

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16 GUITARRA MÓDULO I CRÉDITO > TÉCNICA

EXERCÍCIOS
A série de exercícios a seguir é isoladamente para a mão direita (palhetada). A mão esquerda repousará
sobre o braço da guitarra sem fazer força, apenas abafando as cordas para que a guitarra emita um som
percussivo ao ser tocada pela palheta. Lembre-se de manter o sentido da palhetada em todos os casos
sempre alternado e iniciar sempre com uma palhetada para baixo.

Atenção para um detalhe importante: nos exemplos 1.2 e 1.3, onde temos um número par de palhetadas
por corda, repetiremos o mesmo padrão de palhetada em cada corda. Já os exercícios 1.1 e 1.3, por
possuírem um número impar de palhetadas, são um pouco mais complexos e invertem o sentido da
palhetada a cada mudança de corda.

Standard tuning
Exemplo1.1
= 120 - Uma nota por corda

S-Gt

X
X X
X X
X X
Standard tuning X X
X

= 120
1

S-Gt

X X
X X X X
X X X X X X
X X X X X X
X X X X
X X

Standard tuning

=Exemplo
120 1.2 - Duas notas por corda

S-Gt

X X
X X X X
X X X X
X X X X
X X X X
X X

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CRÉDITO > TÉCNICA GUITARRA MÓDULO I 17

Standard tuning
Variação:
= 120

S-Gt

X XX X
XX XX XX XX
XX XX XX XX XX XX
XX XX XX XX XX XX
XX XX XX XX
XX XX

Standard tuning

= 120
Exemplo 1.3 - Três palhetadas por corda
3 3
1 3 3
3 3
S-Gt 3 3

3
3 3

X X X
X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X

Standard tuning

Variação:
= 120

3 3 3
1 3 3 3
3 3
S-Gt 3

3
3 3

X X X
X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X
X X X

3 3 3
4 3 3 3
3 3
3

3 3

X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X
X X X

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18 GUITARRA MÓDULO I CRÉDITO > TÉCNICA

Standard tuning
Exemplo 1.4 - Quatro palhetadas por corda
= 120
1

S-Gt

XXXX
XXXX XXXX
XX XX XXX X
XX XX XXXX
XX XX XXXX
XX XX XXXX

Standard
Standard tuning
tuning
Variação
=
= 120
120
11

S-Gt
S-Gt

X
XXXX
XXX
X
XXXX
XXX X
XXXX
XXX
X
XXXX
XXX X X XX X
XXXX
XXX X X X
XX X XX
X
XXXX
XXXXXXX X
XXXX
XXX X X XX
X
XXXX
XXX XXXX
X X X
XX X XX

44

X
X X
X X
X X
X X X X X X
X X
X X
X X
X X X X X
X X X X X X X X X X
X X X X
X X
X
X X
X X
X X
X X
X X
X X
X X
X X X X X X
X X
X X
X X
X X X X X
X X X X X X X X X X X X
X X X X

Os exemplos da série 2 são para a mão esquerda. Neles não nos preocuparemos com a mão direita.
Você pode tocar as notas com os dedos da mão direita, ou com a palheta do jeito que preferir. Só o que
importa é que todas as notas soem perfeitamente e que você mantenha o mesmo ritmo entre as notas.

No exemplo 2.1 começamos de uma forma que se assemelha a uma escada a partir da casa 10.
Cada dedo vai cuidar de uma casa, começando pelo dedo 1 na corda D. Neste exercício alternamos
sucessivamente as posições dos dedos 1 com 2 e 3 com 4 formando diversos acordes de sonoridades no
mínimo bizarras. A cada ciclo completo descemos uma casa e realizamos o mesmo exercício na próxima
posição. À medida que chegamos perto do começo do braço as casas serão maiores, o que exige uma
abertura maior dos dedos, dificultando a execução. A chave para a eficiência deste tipo de exercício é
mover os dois dedos em questão sem tirar da corda os dedos que não estão sendo movidos. Execute-os
extremamente devagar, movendo única e exclusivamente os dedos necessários. Após atingir a primeira
casa passe para o próximo grupo de quatro cordas (B,G,D e A) e faça o mesmo procedimento. Por último
toque o exercício nas cordas mais graves (G,D,A e E).

Iniciaremos trocando a posição dos dedos que estão nas cordas 1 e 2 e em seguida os das cordas 3 e 4.
Standard tuning

Exemplo 2.1
= 120
1/1
1

S-Gt

13 13 12 12
12 12 13 13
11 10 10 11
10 11 11 10

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CRÉDITO > TÉCNICA GUITARRA MÓDULO I 19

O exemplo 2.2 segue a mesma linha do anterior, mas, desta vez, você inverterá as posições dos dedos
ímpares com as dos dedos pares.
Standard tuning

= Exemplo
120 2.2

S-Gt

13 11 11 13
12 12 10 10
11 13 13 11
10 10 12 12

O exemplo 2.3 altera dos dedos “de dentro” (2 e 3) com os “de fora”(1 e 4)
Standard tuning

= Exemplo
120 2.3

S-Gt

13 13 10 10
12 11 11 12
11 12 12 11
10 10 13 13

O próximo exemplo inverte todos os grupos de duas cordas adjacentes formando um ciclo de acordes
bizarros que se repetem depois de 12 posições. Não se esqueça de, ao terminar a sequência, voltar ao
primeiro acorde, completando-a.
Standard tuning

= Exemplo
120 2.4

S-Gt

13 12 12 12 11 11 11 10 10 10 13 13 13
12 13 11 11 12 10 10 11 13 13 10 12 12
11 11 13 10 10 12 13 13 11 12 12 10 11
10 10 10 13 13 13 12 12 12 11 11 11 10

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20 GUITARRA MÓDULO I CRÉDITO > TÉCNICA

Agora combinaremos mãos esquerda e direita.

Os acordes estão notados nos diagramas a seguir. A tablatura logo abaixo indica como o exercício deve
ser tocado, palhetando sempre alternadamente.

Exemplo 3.1

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CRÉDITO > TÉCNICA GUITARRA MÓDULO I 21

Eis os Shapes dos acordes usados no exemplo 3.1. Atenção para a escolha dos dedos da mão esquerda.

1
2
3

2
3

3
1
2

4
3

2
3
3
2
2

3
4
3

Nos exemplos 3.2 e 3.3 usaremos o shape mais conhecido da escala pentatônica para executar duas
palhetadas por corda. Lembre-se :

Shape Escala pentatônica

Exemplo 3.2

Exemplo 3.3

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22 GUITARRA MÓDULO I CRÉDITO > TÉCNICA

Agora executaremos três notas por corda usando, para isso, um shape da escala maior.

Shape da escapa maior:

Exemplo 3.4

Exemplo 3.5

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CRÉDITO > TÉCNICA GUITARRA MÓDULO I 23

O exemplo 3.6 trabalha com quatro notas por corda. Este exercício é extremamente importante e eficaz
por trabalhar todos os dedos da mão esquerda de maneira igualitária. Serve muito bem como exercício
de aquecimento também.

Exemplo 3.6

Exemplo 3.7

Agora aprenderemos alguns exercícios para desenvolver a sincronia entre as mãos e a independência
dos dedos da mão esquerda.

Acredito que o exercício de técnica mais difundido em materiais didáticos para guitarra seja o
seguinte:

1234 2134 3124 4123


1243 2143 3142 4132
1324 2314 3214 4213
1342 2341 3241 4231
1423 2413 3412 4312
1432 2431 3421 4321

À primeira vista pode parecer apenas uma lista com as 24 possíveis combinações matemáticas para os
números 1,2,3 e 4. De fato, além disso, essa é uma sequência de exercícios cromáticos que nos ajudará
muito no desenvolvimento da coordenação motora e independência dos dedos.

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24 GUITARRA MÓDULO I CRÉDITO > TÉCNICA

Exercícios cromáticos são muito úteis por trabalhar todos os dedos da mão esquerda de maneira
equilibrada.

Cada um dos números refere-se a um dedo da mão esquerda, e neste primeiro momento, também ao
número da casa que o dedo tocará. (dedo 1 na casa 1, dedo 2 na 2 etc...)

Lembre-se de, só tirar o dedo de sua posição quando necessário realizando o menor movimento
possível, tentando manter as pontas dos dedos próximas à escala do instrumento.

Lembre-se de palhetar alternadamente.

O primeiro exercício dessa sequência seria:


Standard tuning

E-Gt

12 34 1 2 3 4
12 34 1 2 3 4
12 34 12 3 4
12 3 4 1 2 3 4
12 3 4 1 2 3 4
1 2 3 4

Note que neste primeiro exercício, usamos a combinação 1234 e descemos e subimos o braço na
Standard mesma
tuning casa. Isto deve ser feito com todas as 24 combinações. Se fôssemos usar a combinação 3241
=por
120 exemplo teríamos o seguinte:

E-Gt

32 14 3 2 1 4
32 14 3 2 1 4
32 14 32 1 4
32 1 4 3 2 1 4
32 1 4 3 2 1 4
3 2 1 4

Dependendo da dificuldade que você sentir e também do seu tempo disponível para estudar, você
pode fazer todos os exercícios diariamente ou uma “coluna” por dia.

Note que temos quatro colunas e que cada uma começa com um dedo. Marque no método as
combinações que achar mais difícil e dê uma atenção especial a elas.

Um próximo passo poderia ser andar de casa em casa com os exercícios pelo braço.

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CRÉDITO > TÉCNICA GUITARRA MÓDULO I 25

A sequência 1234 (usaremos apenas ela para nossos exemplos, mas faça com todas, ok?) ficaria assim:
Standard tuning

E-Gt

1234 2 3 4 5
1234 2 3 4 5
1234 2 3 4 5
1234 23 4 5
12 3 4 2 3 4 5
1 2 3 4 2 3 4 5

3 4 5 6 4 5 6 7
3 4 5 6 4 5 6 7
3 4 5 6 4 5 6 7
3 4 5 6 4 5 6 7
3 4 5 6 4 5 6 7
3 4 5 6 4 5 6 7

Você pode definir uma casa até onde subir e depois fazer o processo inverso, voltando à região
original. Sinta-se livre para brincar com essas sequências.

Outra possibilidade é trabalhar com a coluna que começa com o dedo 1, a que começa com o dedo 4, e
Standard tuning
ir mudando a sequência a cada mudança de corda.
1

E-Gt

1234 5 4 3 2
1243 5 4 2 3
1324 5 3 4 2
13 4 2 53 2 4
14 2 3 5 2 4 3
1 4 3 2 5 2 3 4

Note que começamos na corda E (aguda) com as seis sequências da coluna que inicia com o dedo 1.
Ao chegar à sexta corda, andamos uma casa pra frente e iniciamos as sequências que iniciam com o
dedo 4. No início esse tipo de exercício nos deixa um pouco confusos, mas logo se torna natural.

Lembre-se:

“A repetição é a mãe do aprendizado.”

Outra variação possível é mantermos as sequências, e mudar de corda antes de tocar as quatro notas.
Standard tuning
No próximo exemplo, mudamos de corda já na segunda nota.
1

S-Gt

1 2 3 4
2 3 4 1 2 3 4 1
2 3 4 1 2 3 4 1
2 3 4 1 2 3 4 1
2 3 4 1 2 3 4 1
2 3 4 1
1/1

Note que a partir da segunda notas é como se estivéssemos tocando a sequência 2341. A diferença é
a disposição das notas nos tempos e a palhetada.

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26 GUITARRA MÓDULO I CRÉDITO > TÉCNICA

Standard tuning

=Agora
120 vamos mudar de corda depois da segunda nota.

S-Gt

12 3 4
3 4 1 2 3 4 1 2
3 4 1 2 3 4 1 2
3 4 1 2 3 4 1 2
3 4 1 2 3 4 1 2
3 4 1 2

Standard tuning

Seguindo a mesma lógica, teríamos a mudança de corda após a terceira nota:


= 120

S-Gt

1 2 3 4
4 1 2 3 4 1 2 3
4 1 2 3 4 1 2 3
4 1 2 3 4 1 2 3
4 1 2 3 4 1 2 3
4 1 2 3

Standard tuning

Uma possibilidade um pouco mais radical seria usar saltos de cordas.


= 120

S-Gt

1 2 3 4
1 2 3 4
4 1 2 3 4 1 2 3
4 1 2 3 4 1 2 3
4 1 2 3
4 1 2 3

Standard tuning

=Mais
120 algumas possibiliades abaixo:

S-Gt

1 2 4 4 1
2 3 4 1
1 2 3 4
2 3 4 1
1 2 3 4
2 3 4 1

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CRÉDITO > TÉCNICA GUITARRA MÓDULO I 27

Standard tuning

= 120

S-Gt

1 2 3 4 1
3 4 1 2
1 2 3 4
3 4 1 2
1 2 3 4
3 4 1 2

Standard tuning

= 120

S-Gt

1 2 3 4 1
4 1 2 3
1 2 3 4
4 1 2 3
1 2 3 4
4 1 2 3

Nos próximos dois exercícios, imaginaremos as sequências 1234 e 4321 como ciclos que, começando
de cada um de seus números, geram as seguintes sequências:

1234, 2341, 3412, 4123 e 4321, 3214, 2134, 1432


Standard tuning

= Aplicando
120 a apenas uma corda teremos:

S-Gt

1 2 3 4 2 3 4 1 3 4 2 3 4 1 2 3 4 3 2 1 3 2 1 4 2 1 4 3 1 4 3 2

Que tal fazer o mesmo em todas as cordas? Fácil, não é?


Standard tuning

Que tal então mudar de corda a cada sequência de quatro notas?


= 120

S-Gt

12 34 3 4 1 2
23 41 2 3 4 1
34 12 12 3 4
41 2 3 1 4 3 2
43 2 1 2 1 4 3
3 2 1 4
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28 GUITARRA MÓDULO I CRÉDITO > TÉCNICA

Standard tuning

= Misturando
120 um pouco as coisas podemos chegar ao seguinte padrão melódico.

S-Gt

1 2 1 2 3 4
1 2 12 3 4 3 4
1 2 12 3 4 3 4
12 12 3 4 3 4
12 1234 34
12 3 4 34

Standard tuning

A mesma idéia em sua forma descendente seria:


= 120

S-Gt

43 2 1 2 1
43 432 1 2 1
43 4 3 2 1 2 1
4 3 4 3 2 1 2 1
4 3 43 2 1 2 1
4 3 4 3 2 1

Agora vamos nos ater apenas a uma corda por vez. Combinaremos as sequências 1234 e 4321 na
mesma corda com mudanças de posições. A cada quatro notas andaremos uma casa uma vez para
Standard tuning
frente e outra para trás.
= 120
1

S-Gt

1 2 3 4 5 4 3 2

1/1

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CRÉDITO > TÉCNICA GUITARRA MÓDULO I 29

Standard tuning

Levando=a120
mesma idéia em frente na mesma corda.

S-Gt

1 2 3 4 5 4 3 2 3 4 5 6 7 6 5 4 5 6 7 8 9 8 7 6 7 8 9 10 11 10 9 8

9 10 1112 1312 1110 111213 1415 141312 1112 13 14 13 12 11 10 9 10 1112 1110 9 8 7 8 9 10 9 8 7 6 5 6 7 8 7 6 5 4

3 4 5 6 5 4 3 2 1

Combinando
Standard tuningesta idéia com algumas mudanças de cordas temos uma versão diagonal deste mesmo
exercício.= 120

S-Gt

5 6 7 8 9 8 7 6
3 4 5 6 7 6 5 4 5 6 7 8
1 2 3 4 5 4 3 2 3 4 5 6

1112 13 14 1514 13 12
9 10 11 12 13 12 11 10 1112 13 14 15 14 13 12 11 12 13 14 13 12 1110
7 8 9 101110 9 8 9 101112
7 8 9 10

1/1

1312 1110 9 10 1112 1110 9 8


1110 9 8 7 8 9 10 9 8 7 6
9 8 7 6 5 6 7 8 7 6 5 4
7 6 5 4 3 4 5 6 5 4 3 2

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30 GUITARRA MÓDULO I CRÉDITO > TÉCNICA

Standard tuning
Essa seria uma versão do mesmo exercício, começando pela primeira corda:
= 120
1

S-Gt

1 2 3 4 5 4 3 2
5 4 3 2 3 4 5 6 7 6 5 4
7 6 5 4 5 6 7 8 9 8 7 6

9 8 7 6 7 8 9 10 11 10 9 8
11 10 9 8 9 10 11 12 13 12 11 10
13 12 11 10 11 12 13 14

7 8 9 10 9 8 7 6
9 10 11 12 11 10 9 8 7 8 9 10
11 12 13 14 13 12 11 10 9 10 11 12

3 4 5 6 5 4 3 2
5 6 7 8 7 6 5 4 3 4 5 6
5 6 7 8

Standard tuning
Sugiro ainda a digitação da Escala Cromática propriamente dita, sem saltos ou repetições de notas
=apenas
120 para efeito de conhecimento.

S-Gt

1 2 3 4 4 3 2 1
23 4 5 5 4 3 2
2345 54 3 2
3456 6 5 43
4567 7 6 5 4
56 7 8 8 7 6 5

Standard tuning
Ok, ok, ainda muito fácil, né? Vamos tentar algo diferente do que já fizemos:
= 120

S-Gt 1/1

34 2 3 1 2 1
4 342312 1
4 34 2 3 1 2 1
4 3 4 2 3 1 2 1
4 34 2 3 1 2 1
4 3 4 2 3 1 2

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CRÉDITO > TÉCNICA GUITARRA MÓDULO I 31

Standard tuning

A forma ascendente do mesmo exercício seria:


= 120
1

S-Gt

1 2 1 3 2 4 3
1 21 3 2 4 3 4
1 2 1 3 2 4 3 4
1 21 3 2 4 3 4
1 213243 4
21 3 2 43 4

Mais uma variação cromática:

1/1

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