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CADERNO DE PALAVRAS CHAVES

MUSICAIS

Projeto formulado afim de auxiliar jovens organistas em seu


estudo de princípios musicais.

Organizado por Profª Hosana Alves.


Última edição, novembro 2021.
Londrina, 2021.

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Música: É a arte dos sons.
Som: É tudo que ouvimos. O som é a matéria prima da música.
Sons naturais: Produzidos pela natureza.

Sons produzidos: Produzidos pela voz ou instrumentos.

Sons musicais: Resultado de vibrações sonoras regulares.

Sons não musicais: Resultado de vibrações sonoras irregulares.

Melodia: É o elemento que movimenta os sons sucessivamente. Compõe um dos três


elementos mais importantes da música.
Ritmo: É o elemento que se baseia na divisão ordenada do tempo. Compõe um dos
três elementos mais importantes da música.
Harmonia: É o elemento que movimenta os sons simultaneamente. Compõe um dos
três elementos mais importantes da música.
Timbre: Propriedade do som que permite reconhecer a origem do som.
Duração: Propriedade do som de ser curto ou longo
Intensidade: Propriedade do som ser fraco ou forte.
Altura: Propriedade do som ser grave, médio ou agudo.

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Figuras: Sinais gráficos que representam a duração de um som musical.

Pausas: Sinais gráficos respectivos às figuras de silêncio que representam a duração


do silêncio.

Partes da figura: Cabeça, haste e bandeirola/colchete.

Semibreve: Figura de maior duração utilizada atualmente. É representada pelo


número 1.

Mínima: Figura de metade do valor da semibreve. É representada pelo número 2.

Semínima: Figura de metade do valor da mínima. É representada pelo número 4.

Colcheia: Figura de metade do valor da semínima. É representada pelo número 8.

Semicolcheia: Figura de metade do valor da colcheia. É representada pelo número

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16.

Fusa: Figura de metade do valor da semicolcheia. É representada pelo número 32.

Semifusa: Figura de metade do valor da fusa. É representada pelo número 64.

Compasso: Agrupamento de tempos.

Compasso binário: Agrupamento de 2 em 2 tempos.

Compasso ternário: Agrupamento de 3 em e tempos.

Compasso quaternário: Agrupamento de 4 em 4 tempos.

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Compasso simples: É o compasso cujo numerador é: 2, 3 ou 4.
Compasso composto: É o compasso cujo numerador é: 6, 9 ou 12.
Barras de compasso: Linhas que representam o compasso.

Barra simples: Linha fina que divide o pentagrama em compassos.

Barra dupla: Duas linhas finas que separam o pentagrama em períodos (estrofe ou
coro). Não possui função de barra de compasso, exceto no final de um período ou
coro quando o compasso é completo.

Barra final: Uma linha fina e uma grossa que indicam o final da música.

Ritornello/Barra de repetição: Uma linha fina e uma grossa com dois pontos,
indicando a repetição de um período já executado.

Casas de ritornelo: Indicadores do número de vezes que um trecho deve ser


repetido, e onde se iniciará a segunda parte da música após a primeira repetição.

Fórmula de compasso: São dois números sobrepostos.

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Numerador (número superior)

Denominador (número inferior)


Número superior: Indica a quantidade de tempos que formará um compasso.
Número inferior: Indica qual figura preencherá um tempo dentro do compasso.
Unidade de tempo (U.T.): É a figura que preenche o tempo dentro do compasso.

Unidade de compasso (U.C.): É a figura que preenche todo o compasso.


Acentuação métrica: É a classificação dos tempos em Forte, Meio-Forte e Fraco do
compasso.

Acento tônico: É o tempo mais forte de uma música.


Metrônomo: Relógio que mede o tempo musical (andamento).
Pentagrama: Conjunto de 5 linhas e 4 espaços, onde se conta de baixo para cima. Do
grego, penta = cinco; grama = linha.

Clave: Sinal gráfico que nomeia a altura e nome das notas.

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Clave de Sol: Escrita na 2ª linha.

Clave de Fá: Escrita na 3ª ou 4ª linha.

Clave de Dó: Escrita na 1ª, 2ª, 3ª ou 4ª linha.

Nota musical: Sinal que representa a altura de um som musical.

Notas musicais: Notas musicais são sinais gráfico e sonoros que foram criados para
representar as variações da altura do som musical; ou seja, organizar a linguagem
musical e facilitar a composição de melodias.
Escala: Escrita de notas de maneira consecutiva. O termo significa escada em latim.

Notação musical: Conjunto de sinais que representa a escrita musical.

Clave de sol, colcheia


em sol. Escala de Fá
Maior, em 2/4.

Linhas suplementares: Linhas utilizadas quando o pentagrama não é suficiente para


escrever todos os sons musicais. As linhas superiores são contadas de baixo para

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cima, e as inferiores de cima para baixo.

Linha de oitava: Indicação de que uma nota/grupo de notas devem ser executadas
uma oitava acima ou abaixo em relação à posição em que estão escritas.

Diapasão: Instrumento metálico que serve para aferir a afinação dos instrumentos,
determinando sua altura e frequência.

Solfejo: Fala ou canto do nome das notas musicais, marcando o ritmo com a mão e
obedecendo seus valores.

Soprano: Voz mais aguda.


Contralto: Voz menos aguda que o soprano, porém mais aguda que o tenor.
Tenor: Voz mais grave que o contralto, porém menos grave que o baixo.
Baixo: Voz mais grave que o tenor.

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Linguagem rítmica: Forma de divisão musical que busca marcar corretamente as
pulsações e acentuações métricas.

Respiração: Técnica consistente em ter mais ar e mantê-lo por um maior tempo, a


fim de produzir melhor som no solfejo, canto, ou para executar melhor a música em
instrumentos de sopro.

Inspiração: Inspiração do ar, que deve ser calma, relaxada e constante.


Suspensão: Ato de manter a inspiração. Deverá ser realizado de forma relaxada e
com a garganta aberta, como se fosse continuar a respirar. A sensação deve ser
semelhante à de quando retraímos o abdômen.
Expiração: Expiração calma, lenta, e de fluxo constante.
Vírgula maior: Empregada nos fins de frases, indica uma respiração normal.
Vírgula menor: Empregada nas semifrases, indica uma respiração curta;
Levare: Gesto preparatório antecedente ao solfejo.

BPM: Batidas por minuto.


Intervalo: A diferença de altura entre dois sons.

Intervalo simples: Intervalos que estão dentro de uma 8ª.

Intervalo composto: Intervalos que ultrapassam uma 8ª.

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Tom: Intervalo equivalente a soma de dois semitons.

Semitom: Menor intervalo usado na música ocidental.


Semitom diatônico: Formado por notas de nomes e sons diferentes.

Semitom cromático: Formado por notas de nomes iguais e sons diferentes.

Intervalo uníssono: São dois sons da mesma altura, podendo ter nomes de notas
iguais ou diferentes.

Intervalo enarmônico: Intervalo uníssono com nomes de notas diferentes.

Intervalo melódico: Quando as notas são ouvidas sucessivamente. Pode ser


ascendente ou descendente.

Intervalo harmônico: Quando as notas são ouvidas simultaneamente.


Acorde: Escrita ou execução das notas de dois ou mais sons simultaneamente.

Arpejo: Execução sucessiva das notas de um acorde.

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Acidentes: Sinais que modificam a altura de uma nota, sem mudarem de nome.

Bemol: Sinal de alteração que abaixa a altura de uma nota em um semitom.

Sustenido: Sinal de alteração que eleva a altura da nota em um semitom.

Dobrado bemol: Sinal de alteração que abaixa a altura da nota em um tom.

Dobrado sustenido: Sinal de alteração que eleva a altura da nota em um tom.

Bequadro: Anula o efeito de todos os acidentes/sinais de alteração.

Acidentes fixos: São colocados no início do pentagrama, junto a clave.

Acidentes ocorrentes: Aparecem no decorrer da música.

Acidentes de precaução: São usados para evitar um provável erro de leitura.

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Escala cromática: Formada apenas por semitons, com a utilização de acidentes.
Pode ser ascendente ou descendente.

Fermata: Sinal semicircular com um ponto no meio, colocado em cima de uma nota
e prolongando o seu som indeterminadamente.

Fermata suspensiva: Aparece no decorrer de um trecho musical.


Fermata conclusiva: Finaliza um trecho musical
Subdivisão dos tempos: Divisão ou subdivisão dos tempos em partes iguais.
Subdivisão binária: Divisão o tempo em duas partes.

Subdivisão ternária: Divisão do tempo em três partes.

Ponto de aumento: Ponto colocado à direita da figura.

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Ponto de aumento simples: Aumenta metade do valor da figura referente.
Ponto de aumento duplo: Aumenta metade do valor do primeiro ponto.
Ponto de aumento triplo: Aumenta metade do valor do segundo ponto.
Ligadura: Sinal de forma semicircular, colocado acima ou abaixo das figuras. Serve
para unir os sons.

Ligadura de valor: É usada sobre notas da mesma altura, somando-se os valores.

Ligadura de portamento: É usada sobre notas de alturas diferentes, ligando os sons.

Ligadura de fraseado: É usada para indicar as frases musicais.

Síncopa: Prolongação de um som do tempo fraco para o tempo forte, ou parte fraca
do tempo para a parte forte do tempo. Efeito de deslocamento da acentuação
métrica musical.

Síncopa regular: Quando tem figuras com a mesma duração.

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Síncopa irregular: Quando tem figuras com durações diferentes.

Nota sincopada: É aquela em que ocorre a síncope, não deve ser executada mais
forte.

Contratempo: São notas executadas no tempo fraco ou parte fraca do tempo, tendo
pausa no tempo forte ou parte forte do tempo.

Endecagrama: Conjunto de 11 linhas e 10 espaços.

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Dó central: É o dó comum às duas claves, tanto na emissão do som (altura).

Sistema: Conjunto de pentagramas unidos por uma chave ou barra.

Frase(s): Grupos de notas para se formar uma ideia musical completa.

Fraseado: Forma como as frases estão dispostas ao longo da música.


Fraseologia: Estudo de frases que permite compreender bem e executar lições de
métodos e hinos.
Motivo: Trecho de uma obra musical que nos faz reconhecer a melodia da música,
hino etc.

Grupos rítmicos: Agrupamento rítmico da acentuação métrica. Altera conforme as


células do compasso.

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Semifrase: Conjunto de dois ou três motivos, sendo também a divisão da frase.
Ritmos iniciais: Classificação do ritmo que inicia um trecho musical.
Ritmo tético: Quando a melodia inicia no tempo forte (compasso completo).

Ritmo anacrústico: Quando a melodia inicia em uma parte fraca de tempo.

Ritmo acéfalo: Quando a melhoria inicia com pausa.

Ritmos finais/terminação de frase: Forma de terminação de um trecho musical.


Ritmo final masculino: Quando o último som do agrupamento musical inicia no
tempo forte.

Ritmo final feminino: Quando o último som do agrupamento inicia no tempo fraco.

Bi-subdivisão dos tempos: Divisão da subdivisão.

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Escalas diatônicas maiores: Sucessão de oito sons, composta por cinco tons e dois
semitons.
Graus: Notas que compõem a escala musical diatônica.

Função dos graus: Representar as notas na escala.


Escalas maiores com sustenidos: Escala originada a partir da escala de Dó maior,
pegando o V grau ascendente da escala e tornando-o o I grau da escala consecutiva.
O VII grau deve, portanto, sofrer uma alteração ascendente de um semitom.

Escalas maiores com bemóis: Escala originada a partir da escala de Dó maior,


pegando o V grau descendente da escala e tornando-o o I grau da escala consecutiva.
O IV grau deve, portanto, sofrer uma alteração descendente de um semitom.
Escalas diatônicas menores: Escala construída com as mesmas notas da sua relativa
escala maior e mesma armadura de clave, porém sua base está no VI grau da escala
maior.
Armadura de clave: Conjunto de símbolos e números colocados junto a clave.

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Tonalidade: Conjunto de funções de grau de escala;

Tonalidade maior: Quando o intervalo entre o I e o III é de 3ª Maior (2 tons).


Tonalidade menor: Quando o intervalo entre o I e III graus é de 3ª Menor (1/2 tom).
Círculo de quintas: Representação visual da relação que existe entre os sons das
escalas.

Escala modelo maior: Dó maior.

Escala modelo menor: Escala de Lá menor.

Ordem das escalas em # (sustenidos): Dó#, Sol#, Ré#, Lá#, Mi# e Si#.

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Ordem das escalas em b (bemóis): Fá, Sib, Mib, Láb, Réb, Solb e Dób.

Ordem de tons e semitons de uma escala maior: Tom, Tom, Semitom, Tom, Tom,
Tom e Semitom (T.T.ST.T.T.T.ST).

Ordem de tons e semitons de uma escala menor: Tom, Semitom, Tom, Tom,
Semitom, Tom e Tom (T.ST.T.T.ST.T.T).
Tetracordes: Divisão da escala em 2 partes. Cada parte possui 4 notas, havendo o
tetracorde superior e inferior;

Diferenças escala menor e maior: A diferença está na classificação do I ao III que é


de 3ª Maior ou 3ª menor, e na ordem dos semitons da escala.
Quiálteras: Grupos de figuras que não obedecem à divisão normal do compasso, ou à
subdivisão normal de seus tempos.

Tercinas: Grupo de três notas, substituindo o lugar de quatro;

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Quatrinas: Grupo de quatro notas, substituindo o lugar de quatro.
Quintinas: Grupo de cinco notas, substituindo o lugar de quatro;
Sextinas: Grupo de seis notas, substituindo o lugar de quatro.

Hemíolas: Grupos alterados onde se colocam menos figuras do que normalmente


caberiam.

Compasso composto: Compasso cuja unidade de tempo tem uma subdivisão


ternária.

Fórmula do compasso composto: Número superior: 6, 9 ou 12. Número inferior: 2,


4, 8, etc..
Unidade de movimento (U.M.) /Figura de movimento: Figura que preencherá o
movimento (6, 8, 12)
Unidade de som (U.S.): Figura que preencherá todo um compasso ternário
composto.

Movimento: Vale 1/3 no compasso

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Andamento: Movimento lento e rápido dos sons. O estudo da velocidade dos sons é
chamado de cinética musical ou agógica.

Poco rall: Poco rallentando¸ diminuir um pouco a velocidade no trecho marcado.


Andamento lento: Em torno de 60 bpm.
Andamento moderado: Em torno de 80 a 100.
Andamento rápido: Acima de 120.
Andamento agógico: Variação do andamento de uma obra musical que poderá ser
momentânea.
Dinâmica: Variedade da intensidade dos sons. Trata-se do colorido musical,
utilizando-se de sinais e abreviaturas.

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Articulação: Maneira de como se pronuncia as notas musicais.
Legato: Execução ligada.

Stacatto: Execução de sons destacados.

Portato/Non Legato: Execução semiligada.

Tenuto: Execução sustentada da intensidade e do valor completo da nota.

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Martelato: Execução com acento muito forte, como a batida de um martelo.

Expressão: É o conjunto das características de uma composição musical que podem


variar de acordo com a interpretação.
Solene: Pomposo, magnífico.
Interpretação: Executar com virtuosidade.
Dinâmica: entre mf e f.
Majestoso: Suntuoso, grandioso, imponente. Executar com grandiosidade, mantendo
o equilíbrio de som.
Interpretação: Executar com grandiosidade, mantendo o equilíbrio de som, sem
exagerar na intensidade.
Dinâmica: entre mf e f.
Com júbilo: Com grande alegria ou contentamento. Executar de forma alegre,
atentando-se a velocidade indicada.
Interpretação: Executar com o som alegre, observando a velocidade indicada.
Dinâmica: entre mf e f.
Com veneração: Ato ou efeito de venerar, com respeito e devoção.
Interpretação: Executar com o som suave.
Dinâmica: entre p e f.
Com submissão: Ato ou efeito se submeter-se, obediência voluntária. Executar com
equilíbrio de sonoridade.
Interpretação: Executar com equilíbrio de sonoridade.
Dinâmica: entre pp e mf.
Com humildade: Virtude que dá o reconhecimento das próprias fraquezas. Executar
o som de forma delicada.
Interpretação: Executar com o som delicado.
Dinâmica: entre pp e mf.
Compassos alternados: Junção de dois ou mais compassos de fórmulas diferentes,
tocados de forma alternada.

Este caderno não é um objeto oficial de estudos, foi formulado por alunas de música
com a intenção de fixar e memorizar conceitos chaves. Em caso de erros ou inverdades,
sinalize a inadequação no caderno e busque comunicar a professora assim que possível.
Referências:
CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL. Método de Teoria e Solfejo. CCB, São
Paulo, 2014
Londrina, 2020.

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