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MÚSICA
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
Núcleo de Ensino a Distância
Créditos e Copyright
ABDALLA, Thiago.
Instrumento: Violão - Harmonização. / Thiago Abdalla, Santos, 2015.
Atualizado por Thiago Abdalla.2023.
98f.
Este curso foi concebido e produzido pela UNIMES Virtual. Eventuais marcas aqui
publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários.
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SUMÁRIO
Aula 01_Pestanas ..................................................................................................... 4
Aula 02_Samba e Bossa-Nova ................................................................................. 8
Aula 03_Campo Harmônico Menor ......................................................................... 12
Aula 04_Campo Harmônico Menor – Exercícios ..................................................... 18
Aula 05_Outras levadas de Samba e Bossa-Nova.................................................. 23
Aula 06_Ritmos Ternários - Valsa e Guarânia ........................................................ 26
Aula 07_Transposição ............................................................................................. 32
Aula 08_Escalas Maiores ........................................................................................ 36
Aula 09_Escalas Menores ....................................................................................... 43
Aula 10_Princípios de Composição e Improvisação ............................................... 54
Aula 11_Improvisação - Notas de Repouso ............................................................ 59
Aula 12_Exemplo e arranjo para grupo ................................................................... 63
Aula 13_Ideias para acompanhamento ................................................................... 69
Aula 14_Escrita para violão em arranjos ................................................................. 77
Aula 15_Análise de Improviso ................................................................................. 80
Aula 16_Expressão musical .................................................................................... 89
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Aula 01_Pestanas
Muitos fatores podem tornar a execução das pestanas um tanto difícil para os
iniciantes:
- Má postura do corpo;
- Má postura do braço;
- Má postura da mão;
- Mal posicionamento do dedo na escala;
- Força em exagero e mal direcionada;
- Altura das cordas.
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Agora, O acorde A7M (9) poderá ser montado com os dedos 2 e 3, isso deixará
a mão mais relaxada. O primeiro acorde está na sexta casa e o segundo, na sétima.
A melodia é a mesma do exercício anterior transposta para a tonalidade de lá maior
e o ritmo pode ser o mesmo ou qualquer outro quaternário.
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Reparem que agora temos dois acordes com notas presas, portanto, procurem
relaxar a mão enquanto executam o A7M (9). Na pestana indicada (E9sus4), muitos
violonistas utilizam o dedo médio sobre o indicador para melhorar o resultado e
facilitar a execução. Não existe qualquer problema em utilizar esse recurso,
experimente! Abaixo está o arquivo de áudio da melodia acima.
Bons estudos!
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Nesta aula, vamos praticar dois ritmos muito comuns da nossa música, o
Samba e a Bossa Nova.
Na verdade, trata-se de gêneros que tecem relações de estilo entre si. Ambos
têm na síncope a sua principal característica. Esses ritmos são tocados normalmente
em células que ocupam dois compassos binários e, por esse motivo, muitas editoras
de outros países os escrevem em compasso quaternário.
Mas, para iniciarmos nosso aprendizado, vamos utilizar um modelo simplificado onde
cada célula rítmica ocupa apenas um compasso, vejam abaixo:
Antes de tentarmos executar esse ritmo, vamos pensar nas partes independentes
da mão direita. Vamos começar pelo polegar que toca o baixo. Reparem que ele
executa exatamente a pulsação do compasso. Temos aí uma característica da
maioria das batidas de Samba e Bossa Nova: o baixo está exatamente sobre a
pulsação. Vamos começar praticando com a nota lá da quinta corda solta e em um
andamento lento ( ):
Agora vamos acrescentar a esse ritmo a primeira "puxada" dos dedos i, m e a nas
cordas primas soltas. Ela coincide com o primeiro pulso do compasso, vamos tentar:
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Vamos dividir agora essa semínima da puxada em duas colcheias, ou seja, duas
partes iguais:
Para completarmos a batida, vamos acrescentar a terceira puxada. Reparem que ela
está localizada logo após o segundo toque do baixo, ou seja, apenas o primeiro toque
do polegar acontece de forma simultânea a uma puxada dos dedos i, m e a. Vejam:
A batida já está completa, mas com o intuito de melhorar a escrita, não se utiliza a
pausa do segundo pulso e sim a continuação da segunda puxada com ligaduras.
Essa escrita se aproxima de forma precisa do efeito sonoro da batida:
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Áudio: Aula03.5mp3
3 - A parte B traz um acorde de sol menor com sexta (Gm6) e ele deve ser montado
sem tirar o dedo 2 da sexta corda, apenas reposicionando os dedos 1, 3 e 4. Ele é
bem parecido com o G, vejam lá!
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4 - Depois temos o F#m7 que é bem simples para quem faz o A com os dedos 2, 3
e 4: basta colocar o dedo 1 na sexta corda, na nota F#.
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Escala maior:
Tríades:
Fá maior: F - Gm - Am - Bb - C - Dm - Edim - F
Ré menor: Dm - Edim - F - Gm - Am - Bb - C - Dm
Tétrades:
Fá maior: F7M - Gm7 - Am7 - Bb7M - C7 - Dm7 - Em7(b5) - F7M Ré menor: Dm7
- Em7(b5) - F7M - Gm7 - Am7 - Bb7M - C7 - Dm7
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Bons estudos!
Vimos, na aula passada, que podemos construir as tríades e tétrades sobre a
escala menor natural partindo do campo harmônico das escalas maiores. No entanto,
com o desenvolvimento da prática da música tonal ao longo da história, algumas
alterações foram sendo agregadas ao uso da escala menor natural.
Para conseguirmos um acorde maior com sétima, típico das cadências tonais,
é necessário alterar a terça do acorde. Nesse caso, temos que alterar o dó natural
para dó sustenido, vejam:
Dessa forma, temos como dominante um acorde maior com sétima, típico das
cadências tonais. Sua resolução para a tônica fica perfeita pois temos o salto típico
do baixo (quarta ascendente ou quinta descendente) e a resolução do trítono (dó# -
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sol). A escala menor que utiliza o sétimo grau alterado ascendentemente é chamada
de "escala menor harmônica".
Esse campo harmônico, além do acorde dominante maior, também cria uma
tétrade diminuta (C#dim), muito utilizada em música popular. Resolvido o problema
da sensível e do acorde de dominante, surge um outro problema: entre o sexto e o
sétimo graus, surge um intervalo de um tom e meio (sib - dó#), vejam:
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Bem, agora que o estudo dos campos harmônicos menores parece nos ter
levado a uma complexidade que pode dificultar a prática da harmonização, vamos
resumir e simplificar um pouco. Quando aplicados à harmonização de melodias
simples, muitos desses acordes não são utilizados. Quando formos realizar algum
trabalho com melodias menores, utilizaremos apenas os acordes do quadro abaixo:
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Bons estudos!
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I - IV - V - I ou I - II - V - I
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Bons estudos!
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Conforme já foi dito nas aulas anteriores, o samba possui diversas levadas
possíveis no violão. A principal característica delas é o fato de ocuparem dois
compassos e, por esse motivo, muitas publicações de outros países grafam esses
ritmos em compasso quaternário.
Samba
Áudio: “Aula08.1.mp3”
Áudio: “Aula08.2.mp3”
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Áudio: “Aula08.3.mp3”
O violonista Marco Pereira, autor do livro Ritmos Brasileiros, nos traz esse
exemplo:
Áudio: “Aula08.4.mp3”
Bossa Nova
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Áudio: “Aula08.5.mp3”
Áudio: “Aula08.6.mp3”
http://youtu.be/n4-Xp5A92Cg
http://youtu.be/rq3MX7KxP84
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Nessa aula vamos conhecer um pouco mais sobre dois desses ritmos
ternários: a valsa e a guarânia.
Por causa das influências dos ritmos africanos na formação da cultura musical
brasileira, existe uma tendência para os ritmos em compassos binários e
quaternários serem os mais utilizados. No entanto, alguns ritmos ternários são
bastante praticados no Brasil, fortalecidos pelas tradições europeia e sul-americana.
A valsa
https://www.youtube.com/watch?v=j01VPtfRysA#action=share
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https://youtu.be/FrPkVlefSM8
http://youtu.be/SxKLtmLFStY
http://youtu.be/QcemW93lwKU
A guarânia
http://youtu.be/HwYV3OJh5Hw
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Possibilidade 1
Reparem que no tempo 1 temos apenas o polegar tocando o baixo dos acordes
e, na sequência, dois toques (puxadas) com os dedos de forma simultânea.
Pratiquem de forma lenta, mas mantendo uma pulsação definida.
Possibilidade 2
Possibilidade 3
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Reparem que o autor sugere uma variação no baixo, mas, no momento, não
precisamos nos preocupar com esse detalhe. Experimentem executar o ritmo com a
sequência de acordes abaixo:
Para a prática desse ritmo, foi elaborado um pequeno exercício com um áudio
da melodia logo abaixo:
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A parte A é uma introdução com apenas três acordes. Fiquem atentos às casas
de repetição.
A parte B apresenta um tema simples, possui uma repetição e segue pela letra
C antes de voltar ao início. O B deve ser repetido também da segunda vez (quando
voltarem D.C.). Quando a parte C for executada pela segunda vez, fiquem atentos
ao salto para a Coda.
Os acordes do exercício são simples, mas existe uma pestana para praticarem.
Bons estudos!
REFERÊNCIAS
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Aula 07_Transposição
Reparem que as notas que estão nas cordas soltas também fazem parte do
acorde, elas estão na pestana do instrumento. Agora, montem o mesmo acorde com
os dedos 2, 3 e 4, deixando o dedo 1 (indicador) livre. Se movermos esse acorde
uma casa adiante, precisaremos prender as cordas da casa 1 para mantermos as
relações de notas (intervalos). É como se a pestana do violão tivesse se movido uma
casa. A pestana que fazemos, normalmente com o dedo indicador, simula a pestana
do instrumento. Como andamos uma casa e a escala reproduz a escala cromática,
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Ou os acordes menores:
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reforço para a pestana, sobre o dedo indicador. Para entender melhor, faça o Em
com os dedos 3 e 4 e vá movendo ao longo do braço com a pestana. Percebam que
existe uma casa "vazia" entre a pestana e os dedos presos.
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devem ser tocadas na sequência escolhida ou, pensando de outra forma, aparecem
as notas por onde você deve "passear", criar melodias, criar exercícios etc. A lógica
é pensar sempre em um dedo para cada casa do instrumento, mantendo o polegar
fixo. Vejam o exemplo:
Essa escala, que pode ser feita em qualquer região do braço, tem a
fundamental na sexta corda com o dedo 2, na quarta corda com o dedo 4 e na
primeira com o dedo 2 (círculos brancos). Reparem que a digitação abrange todas
as notas da escala que estão ao alcance dos dedos, mas sugiro que iniciem
praticando da fundamental mais grave, no caso, da sexta corda. Se escolhemos a
nota sol para iniciarmos (dedo 2, corda 6) e seguirmos exatamente a sequência
indicada, pulando as casas vazias, teremos a escala de sol maior. Se iniciarmos uma
casa adiante com a mesma sequência, encontraremos a escala de sol sustenido
maior, mais uma casa e chegaremos na escala de lá maior e assim por diante!
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Leitura Complementar
Acordes, arpejos e escalas para violão e guitarra. Nelson Faria - Editora Lumiar –
1999
EXERCÍCIOS
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Leitura complementar
Acordes, arpejos e escalas para violão e guitarra. Nelson Faria - Editora Lumiar –
1999.
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Bons estudos!
Leitura Complementar
Acordes, arpejos e escalas para violão e guitarra Nelson Faria - Editora Lumiar
– 1999.
Exercícios
Como já vimos nos estudos sobre o campo harmônico, as melodias menores
podem assumir características de cada tipo de escala menor em uma mesma peça.
Logo, se formos improvisar em uma melodia/harmonia desse tipo, temos que mapear
o que acontece em cada trecho e utilizar a escala adequada. Mas, como estamos
apenas conhecendo os desenhos das escalas, vamos estudar um tipo de cada vez.
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Agora vamos praticar cada tipo da escala menor sobre o seu campo harmônico.
Para começar, escolha uma digitação que possibilite tocar duas oitavas completas e
toque quatro vezes (semínima) cada nota da escala como fundamental do acorde
que está ouvindo. Perceba as dissonâncias criadas nos acordes para cada alteração
provocada pelas escalas harmônica e melódica.
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Vamos praticar agora sobre uma sequência simples de acordes em sol menor
extraída do livro A arte da improvisação de Nelson Faria. Repare como o autor indica
qual escala deve ser utilizada sobre cada trecho do exercício. No início parece
complicado, mas aos poucos nos acostumamos com essas mudanças. Basta
lembrar que notas devem ser alteradas para cada escala, sétimo grau para a
harmônica e sexto e sétimo para a melódica. Vamos tentar? Logo abaixo existe o
áudio do exercício.
Áudio: “Aula16.5.mp3”
Bons estudos!
Leitura Complementar
Acordes, arpejos e escalas para violão e guitarra - Nelson Faria - Editora Lumiar –
1999.
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I) Conceito
II) A Iniciação
Não há nada mais subjetivo do que o processo criativo, por isso iremos
encará-lo como um artesanato, como um fazer repetitivo buscando a excelência em
cada peça.
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Escolha se quer desenvolver uma música com uma parte apenas e várias
repetições ou intercalar com outras partes (forma rondó) como acontece no Choro
Brasileiro, por exemplo. Números pares de compassos sempre trazem mais
estabilidade e previsibilidade a sua composição, o que deixa o ouvinte satisfeito.
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Não tenha medo de excluir ideias que não funcionam, faça uma “limpeza” em
sua composição e enxugue suas ideias para que a peça não vire uma “colcha de
retalhos”.
IMPROVISAÇÃO
I) Conceito
II) Pré-requisitos
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b) Relações escala/acorde
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a)
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Criando um acompanhamento
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https://www.youtube.com/watch?v=wyLjbMBpGDA
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Por exemplo:
Deste ponto podemos introduzir uma parte mais criativa, que complemente e
enriqueça as estruturas elementares com base na própria harmonia.
Por exemplo:
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Harmonicamente - já que a maior parte das notas desta voz ser a fundamental, 3 a,
5a e/ou 7a dos acordes de G (Sol, Si, Ré), G7 (Sol, Si, Ré, Fá), D7 (Ré, Fá#, Lá, Dó)
e C (Dó, Mi, Sol, Si).
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Intervalos de terças:
Dando prosseguimento ao arranjo de Asa Branca, faremos o arranjo de
melodias em ‘terças’, uma prática muito comum na música popular, tanto nacional
quanto internacional. É uma ferramenta simples e que pode ficar muito interessante
em pequenos arranjos instrumentais ou com cantores.
O primeiro passo é preciso identificar a tonalidade da peça, utilizando a
armadura de clave correspondente à tonalidade:
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Note que o padrão rítmico não é de fácil leitura, mas ao ouvi-lo juntamente
com um metrônomo, percebe-se que é realmente intuitivo.
Assim, os alunos assimilarão com facilidade.
A seguir veja como ficou a partitura com os violões 1 - fazendo o "papel" do baixo -
e 2.
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2) Como uma partitura com indicações básicas, também conhecidas ‘chord chart’
ou como ‘fakebook’; muito comum em arranjos de música popular. Neste formato
há a notação em cifras acima da pauta e a indicação do ritmo é feita na pauta.
Notação Rítmica
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Em alguns casos, a partitura pode ter a notação rítmica mais complexa, exigindo
o músico maior atenção e estudo prévio de como fará a condução rítmica. Por outro
lado, algumas partituras têm menos informações na notação rítmica, dando liberdade
ao músico para que improvise ou use elementos do seu vocabulário.
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Nesta aula iremos ler e analisar um improviso que inicialmente é simples, com
a harmonia baseada em uma tonalidade sem acidentes. Porém, em um compasso
há um acorde que não pertence à tonalidade.
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Nesse caso, imaginemos uma turma com 12 crianças que, ao entrar em sala,
já estão com seus instrumentos afinados e prontos para realizar o seguinte
procedimento didático:
1. Logo no início da aula, toda a turma pode tocar o polegar na nota Mi (6 a corda
solta), fazendo a região grave da música, com a atenção à facilidade do movimento:
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a. Neste caso, a técnica fica com os dedos indicador, médio e anular. Caso bem
distinto ao bordão, que é tocado pelo polegar;
a. Diferentes ritmos e notas podem ser propostos por cada aluno, dependendo da
vontade e do preparo de cada um. Contudo, não é essencial trabalhar clichês ou
frases predeterminadas e nem melodias complexas. A ideia é que todos consigam
apreciar a relação das notas melódicas com o acompanhamento;
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Parte B
Parte A Parte B
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REFERÊNCIAS
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1
Melhoramentos. Dicionário Michaelis. Disponível em:
http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=express%C3%A3o
2Baker, N., Paddison, M., & Scruton, R. (2001). Expression. Grove Music Online. Retrieved 19 Nov.
2019, from
https://www.oxfordmusiconline.com/grovemusic/view/10.1093/gmo/9781561592630.001.0001/omo-
9781561592630-e-0000009138.
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Expressões de tempo:
Lento – devagar
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GLOSSÁRIO
Agitato (It.: ‘agitado’, ‘inquieto’; agitare, ‘agitar’, ‘excitar’). De acordo com Fallows
(2011), é uma indicação de andamento (e humor) encontrada, sobretudo como uma
qualificação do allegro ou presto. Ele foi pouco usado antes do século XIX, embora
Koch (Musikalisches Lexikon, 1802) deu a ele um artigo substancial, observando seu
uso como uma indicação independente. Ele, também, alertou que, ocasio- nalmente,
é indevidamente entendido como aumento no andamento.
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Disponível em: https://guitarcoop.com.br/en/loja/books/24-preludios-e-fugas-para-dois-violoes/
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aumentativo tres animé). Para fins musicais, é provável que o adjetivo animoso
(‘audaz’, ‘espirituoso’) e sua forma adverbial, animose, devem ser entendidos da
mesma forma. Todos são usados em músicas do século XVIII. Animando (‘tornando–
se mais animada’, ‘ficando mais rápido’; o gerúndio do animare) é mais comum ao
século XIX (FALLOWS, 2011).
A piacere (It.: ‘ao gosto’). Uma indicação que o intérprete pode interpretar a
passagem marcada à sua maneira. Geralmente, precede uma cadência ou
momentos cadenciados, em solos vocais e ins- trumentais. O termo indica que as
alterações, tanto de ritmo quanto de expressão, ficam à vontade do intérprete
(FALLOWS, 2011).
Brillante (It.: ‘reluzente’, ‘brilhante’). Para Fallows (2011), brillante é uma indicação
de humor associada a andamentos, como: Allegro brillante ou brillantissimo allegro
molto vivace (cena de aber- tura de La Traviata, Verdi). Encontrada desde no
Dictionnaire de Brossard (1703) e na maioria dos dicionários subsequentes. No
século XIX, o termo equivalente em francês, brillant, tornou–se moda para títulos de
peças virtuosísticas, como no Rondo brillante op.62, de Weber, e as Variações
brillantes op. 12, de Chopin.
Burlesco, Burlesca (It.: ‘burlesco’, ‘caricato’, ‘ridículo’ e ‘cô- mico’), de acordo com
Michaelis (2009).
Cantabile (It.: ‘cantável’). Uma palavra usada em contextos musicais para dizer ‘em
um estilo cantável’ e, portanto, que representa um ideal em determinados tipos de
performance. Esta indicação de andamento e de expressão aparece desde o início
do século XVIII. Em Musikalisches Lexikon, em Koch (1802), é mencionado seu uso
como uma indicação de andamento para uma baixa moderada de velocidade, no
meio da peça. Como título, ele é usado na ópera italiana do século XIX para a
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primeira seção lenta da ária dupla, seguida pelo tempo di mezzo e cabaletta
(FALLOWS, 2011).
Os próximos três termos foram retirados do “The Oxford Dictionary of Music” (2011)
Chiaro, Chiara (It.). Claro, sem confusão. Portanto, Chiaramente, límpido, com
distinção;
Décidé (Fr.), deciso (It.). Decidido. Com a decisão (ou seja, com firmeza, não
frouxamente). Aumentativo: decisissimo.
Dolce (It.) / Doux (Fr.): Dolce (It.: ‘doce’). De acordo com Fallows (2011), é,
originalmente, uma indicação de humor e de performance e não de intensidade.
Apesar de que, em 1768, Rousseau (artigo ‘doux’ do Dictionnaire) disse que dolce,
doux e piano também significavam simplesmente ‘silencioso’, embora ele
acrescentasse que alguns puristas italianos consideram que dolce poderia, também,
significar più soave, correspondendo mais ou menos para o louré francês.
Provavelmente, todas as três palavras foram usadas bastante vagamente nos
séculos XVII e XVIII, embora o piano já tivesse começado a desenvolver sua tradição
no século XVII. No século XIX, dolce foi, muitas vezes, usado como uma indicação
de alternativa para tocar tranquilamente. O aumentativo dolcissimo, também, é
comum e, muitas vezes, abreviado para dolciss.
Delicato (It.: ‘delicado’, ‘fraco’). Uma indicação de expressão também utilizada para
direcionalidade intensidade e de performance (FALLOWS, 2011).
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Gai (Fr.: ‘feliz’, ‘alegre’). Indicação de andamento. Rousseau (apud Fallows, 2011),
em 1768, o comparou com allegro. Couperin o utilizou com a ortografia gay, como
fez Rameau; e também se encontram os advérbios gaiment, gayment, como
designações de andamento e humor. Ocasionalmente, compositores italianos
utilizam gajo ou gaio.
Grave (It., Fr.: ‘pesado’, ‘sério’). Uma indicação tanto de andamento, quanto de
humor. No século XVII, não havia distinção clara entre adagio e grave. Sua forma
adverbial, em francês, é gravement, que também foi utilizado por Johann Sebastian
Bach. No século XVIII, seu significado aproxima–se de andante. O teórico Koch
(Musikalisches Lexikon, 1802, apud Fallows, 2011), no artigo ‘Con gravità’, disse que
se deve utilizar duplo–ponto em movimentos graves.
Marcato (It.), marqué (Fr.): (It.: ‘marcado’, ‘enfatisado’, ‘acentuados’). Uma indicação
de performance, que parece ter sido rara antes do século XIX. Seu uso principal é
chamar a atenção para o sujeito ou melodia, quando ele está numa posição que pode
ser passado despercebido; ou quando há dois temas que são apresentadas com
destaque. O marcatissimo, no aumentativo, é raramente usado, mas é encontrado
(FALLOWS, 2011).
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Mesto (It.: ‘triste’, ‘pesaroso’, ‘desanimado’). De acordo com Fallows (2011), o termo
designa andamento ou humor é utilizada, principalmente, no repertório do século
XIX.
Pastoral, Pastorale. De acordo com The Oxford Dictionary of Music (2011), é um tipo
de composição instrumental ou vocal, geralmente, em 6/8 ou 12/8, sugere assuntos
rústicos e bucólicos, constantemente pela imitação dos foles dos pastores.
Pomposo (It.: ‘pomposo’, ‘solene’). De acordo com Fallows (2011), é uma designação
de tempo (e humor), mas, mais frequentemente, uma qualificação para tais
denominações. O teórico Koch (Musikalisches Lexikon, 1802) indicou que, como
grave, pomposo implica na utilização do duplo–ponto; mas sua palavra não é
autoritária e não deve ser aplicável universalmente.
Scorrevole (It.: 1 ‘corrente’, ‘fluente’, ‘fluido’. 2 ‘ágil’, ‘desen- volto’ Michaelis, 2009).
Semplice (It.: ‘simples’, ‘normal’). Como destaca Fallows (2011), é uma indicação
que, na música barroca, denota que a passagem deve ser executada sem qualquer
ornamento ou desvio. Variantes do termo, sugerindo menos formalidade, são
semplicemente e con semplicità.
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Sostenuto (It.: ‘sustentado’; sostenere). Uma indicação, que tem sido usada para
designar um estilo de tocar e como uma indicação ou modificação de andamento. A
abreviação sost é comum. É, ocasionalmente, utilizado para indicar uma
desaceleração. As palavras sostenende e sostenente (gerúndio), também, são
encontradas e são, talvez, mais precisas. Isto porque o pedal ‘sostenuto’, do piano,
é aquele que sustenta a notas, levantando os abafadores das cordas do instrumento
(FALLOWS, 2011).
Squillante, squillanti (It.). Ressonante. Aplicado aos címbalos, ou seja, deve dar a
sensação de um instrumento suspenso e tocado com baquetas (Grove Music Online,
2011).
Strepitoso (It.: ‘ruidoso’, ‘intenso’). Como indica Fallows (2011), é uma indicação para
tocar vigorosamente. O termo é usado tanto em indicações de andamento quanto de
expressão. Aparece em passagens de bravura no repertório virtuoso pianístico,
assim como em momentos de regozijo.
Volante (It.). (1) Voando. Exemplo: veloz e leve. (2) Ao violino, é certo toque de arco
no qual o arco pula da corda, assemelhando–se ao staccato.
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https://youtu.be/d5AGQAk8DqY
Procure interpretar as peças que tocar e instigue seus alunos na busca por
diferentes formas de se interpretar um texto musical.
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