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UNIVERSIDADE METROPOLITANA

Núcleo de Educação a Distância

uu
DE SANTOS

Instrumento:
Violão -
Harmonização

MÚSICA 4
SEMESTRE 1
UNIVERSIDADE METROPOLITANA
Núcleo de Educação a Distância
DE SANTOS
Créditos e Copyright

BRAZIL, Marcelo.

Instrumento: Violão - Harmonização. Marcelo


Brazil. Santos: Núcleo de Educação a Distância da
UNIMES, 2015. 35p. (Material didático. Curso de musica).
Modo de acesso: www.unimes.br
1. Ensino a distância. 2. Música. 3.
Instrumento: Violão - Harmonização. I. Título

CDD 780

Este curso foi concebido e produzido pela Unimes Virtual. Eventuais marcas aqui
publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários.
A Unimes Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste curso
oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em
qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos.
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É proibida a reprodução total ou parcial deste curso, em qualquer mídia ou formato.

MÚSICA 2
UNIVERSIDADE METROPOLITANA
Núcleo de Educação a Distância
DE SANTOS
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
PLANO DE ENSINO

CURSO: Licenciatura em Música


COMPONENTE CURRICULAR: Instrumento: Violão: Harmonização
SEMESTRE: 4º
CARGA HORÁRIA TOTAL: 40 horas

EMENTA
Estudo de técnicas instrumentais aliadas à leitura musical, direcionadas para a
utilização do violão na prática docente. Explicitação dos toques simultâneos com a
mão direita; ritmos de acompanhamento. Estudo das escalas maiores.
Desenvolvimento da leitura harmônica e melódica, acompanhamento e
improvisação.

OBJETIVO GERAL
Iniciar os alunos com técnicas de Harmonização direcionadas para a utilização do
violão na prática docente.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ter contato com técnicas específicas, como: mudanças de posição, pestanas e
escalas;
Ampliar o conhecimento musical por meio de diferentes estilos de música;
Compreender o funcionamento do sistema harmônico.

UNIDADE I
Introdução dos Fundamentos: Posição, Ritmo e Harmonia. Esta unidade tem
como objetivo iniciar técnicas específicas, como: mudanças de posição, pestanas e
escalas e apresentar o funcionamento do sistema harmônico.

MÚSICA 3
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UNIDADE II
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Fundamentos: Ritmos e Transposição: Nesta unidade vamos ampliar o
conhecimento musical por meio de diferentes estilos de música.

UNIDADE III
Escalas Maiores: Esta unidade tem como objetivo desenvolver a técnica com
estudo das Escalas Maiores e Menores.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
GALIFI, G. Iniciação ao violão: opus 41. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010.
PEREIRA, Marco. Cadernos de Harmonia para Violão - Vol. 1, 2 e 3. Rio de
Janeiro: Ed. Garbolights, 2011.
RODRIGUES, Juliano. Violão Para Iniciantes, Intermediários E Avançados. Clube de
Autores, 2013. (eBook)

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
CASTAÑERA, E. Método de violão: violão prático. São Paulo: HMP, 2006.
MARIANI, S. O equilibrista das seis cordas: método de violão para crianças.
Curitiba: Editora da UFPr / Imprensa Oficial do Estado, 2002.
PEREIRA, M. Ritmos brasileiros. Rio de Janeiro: Garbolights, 2007.
SÁ, R. 211 levadas rítmicas: para violão e outros instrumentos de
acompanhamento. São Paulo: Irmãos Vitale, 2002.
TENNANT, Scott. Pumping Nylon: Learn How to Play Guitar with this Classical
Guitarist's Technique Handbook. Alfred Music, 2005. (disponível versão eBook)

METODOLOGIA
As aulas serão desenvolvidas por meio de recursos como: vídeoaulas, fóruns,
atividades individuais, atividades em grupo. O desenvolvimento do conteúdo
programático se dará por leitura de textos, indicação e exploração de sites,
atividades individuais, colaborativas e reflexivas entre os alunos e os professores.

MÚSICA 4
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AVALIAÇÃO
DE SANTOS
A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e apoiado nos
trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como forma de reflexão e
aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados na parte teórica e prática e
habilidades. Prevê ainda a realização de atividades em momentos específicos como fóruns,
chats, tarefas, avaliações à distância e Presencial, de acordo com a Portaria da Reitoria
UNIMES 04/2014.

MÚSICA 5
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Sumário

Aula 01_Pestana 1....................................................................................................................................7


Aula 02_Pestana 2..................................................................................................................................10
Aula 03_Samba e Bossa-Nova ................................................................................................................12
Aula 04_Samba e Bossa-Nova - uma prática .........................................................................................15
Aula 05_Campo Harmônico Menor .......................................................................................................16
Aula 06_Campo Harmônico Menor II ....................................................................................................18
Aula 07_Campo Harmônico Menor - Exercícios ....................................................................................21
Aula 08_Outras levadas de Samba e Bossa-Nova ..................................................................................26
Aula 09_Ritmos Ternários - Valsa e Guarânia ........................................................................................29
Aula 10_Valsa_exercício ........................................................................................................................31
Aula 11_Guarânia ...................................................................................................................................34
Aula 12_Transposição ............................................................................................................................37
Aula 13_Escalas Maiores ........................................................................................................................41
Aula 14_Escalas Maiores - Exercícios .....................................................................................................46
Aula 15_Escalas Menores.......................................................................................................................48
Aula 16_Escalas Menores - Exercícios....................................................................................................57

MÚSICA 6
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Aula 01_Pestana 1

A pestana é um dos recursos fundamentais do violão e consiste em pressionar duas


ou mais cordas com um único dedo, normalmente o indicador. Apesar de ser muito
comum para a montagem de acordes, durante a execução de algumas melodias
pode-se fazer uso da pestana com o objetivo de facilitar o dedilhado e evitar o salto
de um dedo de uma corda para outra na mesma casa do braço. Vejam a ilustração
abaixo:

Muitos fatores podem tornar a execução das pestanas um tanto difícil para os
iniciantes:
- Má postura do corpo;
- Má postura do braço;
- Má postura da mão;
- Mal posicionamento do dedo na escala;
- Força em exagero e mal direcionada;

MÚSICA 7
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- Altura das cordas.
Sobre a postura do corpo já falamos bastante ao longo do curso e ficam valendo
sempre as orientações de relaxamento. No caso da pestana, a postura clássica vai
facilitar bastante a execução sem dificuldades.. O braço deve permanecer relaxado
para poder auxiliar no processo todo e tem um papel fundamental no momento de
apoiar as cordas na escala, ou seja, o braço auxilia a mão para que essa consiga
prender as cordas sem muito esforço.
A mão deve permanecer posicionada de forma a permitir que o dedo indicador fique
reto e normalmente o polegar fica abaixo do centro do braço e de frente ao dedo
indicador. Os dedos polegar e indicador ficam quase paralelos.
O dedo indicador deve ficar paralelo ao traste e firme. Dobrar o dedo diminui a sua
possibilidade de prender as cordas adequadamente. A energia deve ser isolada,
aplicada somente no dedo indicador - os demais dedos ficam a postos para outra
função independente da pestana. Observem também que a superfície do dedo
indicador é irregular, passem o dedo indicador da mão direita sobre ele e perceberão
as irregularidades dos ossos. Por causa disso, com paciência, procurem encontrar a
posição em que seu dedo prende melhor as cordas, movendo-o um pouco para
baixo e para cima (ao longo do traste).
Após encontrarem um posicionamento adequado, surge o momento de prenderem
as cordas e aí vale uma regra fundamental: utilizem apenas a força necessária! As
necessidades musicais regem a gestão da força, ou seja, devemos concentrar a
energia somente nas cordas que devem soar. Evitando gastar energia pressionando
cordas que não estão soando…
Mas importante também é lembrarmos que em um violão onde as cordas estão
muito elevadas, distantes do braço, a realização das pestanas fica bem mais difícil,
principalmente nas primeiras posições. Se possível, procure regular seu instrumento
ou utilize cordas com tensão mais leve.
Antes de concluir essa explicação sobre esse recurso do instrumento, gostaria de
lembrá-los que estamos tratando de uma relação entre o corpo e o instrumento e,
como sabemos, nem todos são iguais. Portanto, as variáveis sobre o que está
exposto acima são infinitas e fica valendo sempre que devem tocar relaxados e com
o mínimo esforço. Caso sintam algum desconforto no momento dos exercícios,

MÚSICA 8
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procurem detectar aonde está o problema e corrijam sempre. O resultado sonoro
das pestanas dos iniciantes nunca é perfeito, tenham paciência e procurem ir
ajustando aos poucos.
Na próxima aula faremos exercícios práticos!
Bons estudos!

MÚSICA 9
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Aula 02_Pestana 2

Vamos agora realizar alguns exercícios com pestanas. Nos diagramas (bracinhos)
elas são normalmente indicadas por uma seta, mas alguns editores de partitura
utilizam um pequeno arco ligando as notas presas. Vejam a partitura abaixo:

Utilizando um ritmo quaternário (levada pop ou balada), toquem os acordes


indicados em um andamento tranquilo (na gravação foi utilizado 70 bpm) e sempre
prestando muita atenção aos detalhes que foram expostos na aula anterior.
Reparem que o acorde A9sus4 pode ser tocado com as cordas soltas do violão e
isso facilita o relaxamento (descanso) da mão para os iniciantes sem perder o
caráter musical. No acorde D7M, procurem realizar a batida apenas nas quatro
primeiras cordas do violão. A melodia é apenas um guia para o exercício, se
desejarem, utilizem o arquivo de áudio abaixo para praticar.
Áudio: Aula_2.1.mp3 (Os áudios dessa aula encontram-se no Ambiente Virtual de
Aprendizagem)

Vamos agora realizar esse outro exercício. O acorde A7M(9) poderá ser montado
com os dedos 2 e 3, isso deixará a mão mais relaxada. O primeiro acorde está na
sexta casa e o segundo, na sétima. A melodia é a mesma do exercício anterior
transposta para a tonalidade de lá maior e o ritmo pode ser o mesmo ou qualquer
outro quaternário.

MÚSICA 10
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Reparem que agora temos dois acordes com notas presas, portanto, procurem
relaxar a mão enquanto executam o A7M(9). Na pestana indicada (E9sus4), muitos
violonistas utilizam o dedo médio sobre o indicador para melhorar o resultado e
facilitar a execução. Não existe qualquer problema em utilizarem esse recurso,
experimentem! Abaixo está o arquivo de áudio da melodia acima.
Áudio: Aula_2.2.mp3 (Os áudios dessa aula encontram-se no Ambiente Virtual de
Aprendizagem)

Pratiquem bastante, utilizem diversos ritmos!


Bons estudos!

MÚSICA 11
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Aula 03_Samba e Bossa-Nova

Vamos aprender e praticar dois ritmos muito comuns da nossa música, o Samba e a
Bossa Nova. Na verdade, a Bossa Nova é um tipo de Samba e ambos tem na
síncope a sua principal característica. Esses ritmos são tocados normalmente em
células que ocupam dois compasso binários e, por esse motivo, muitas editoras de
outros países os escrevem em compasso quaternário.

Mas, para iniciarmos nosso aprendizado, vamos utilizar um modelo simplificado


onde cada célula rítmica ocupa apenas um compasso, vejam abaixo:

Antes de tentarmos executar esse ritmo, vamos pensar nas partes independentes
da mão direita. Vamos começar pelo polegar que toca o baixo. Reparem que ele
executa exatamente a pulsação do compasso. Temos aí uma característica da
maioria das batidas de Samba e Bossa Nova: o baixo está exatamente sobre a
pulsação. Vamos começar praticando com a nota lá da quinta corda solta e em um
andamento lento ( ):

(Os áudios dessa aula encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)

Áudio: Aula 03.1.mp3

Agora vamos acrescentar a esse ritmo a primeira "puxada" dos dedos i, m e a nas
cordas primas soltas. Ela coincide com o primeiro pulso do compasso, vamos tentar:

MÚSICA 12
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Áudio: Aula 03.2.mp3
Vamos dividir agora essa semínima da puxada em duas colcheias, ou seja, duas
partes iguais:

Áudio: Aula 03.3.mp3


Para completarmos a batida, vamos acrescentar a terceira puxada. Reparem que ela
está localizada logo após o segundo toque do baixo, ou seja, apenas o primeiro
toque do polegar acontece de forma simultânea a uma puxada dos dedos i, m e a.
Vejam:

A batida já está completa mas, com o intuito de melhorar a escrita, não se utiliza a
pausa do segundo pulso e sim a continuação da segunda puxada com ligaduras.
Essa escrita se aproxima de forma precisa do efeito sonoro da batida:

Áudio: Aula 03.4.mp3


Apesar de bastante simplificada, essa batida já nos permite executar algumas
sequências de acordes com o caráter dos gêneros citados. Vamos experimentar
essa:

MÚSICA 13
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Áudio: Aula03.5mp3
Sugestão de dedos: G/B (1 e 3), Bbdim (1 ,2 e 3), Am7 (1 e 2) e D7 (1, 2 e 3).
Se seguirmos a sugestão de dedos para a montagem dos acordes, a mudança é
bem simples e apenas precisaremos tirá-los totalmente da escala do violão na volta
do D7 para o G/B. Essa sequência, além de boa para treinarmos improvisos, pode
ser utilizada para a música Samba da Benção de Baden Powell e Vinícius de
Moraes.
Pratiquem com outras sequências de acordes!
Bons estudos!

MÚSICA 14
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Aula 04_Samba e Bossa-Nova - uma prática

Agora vamos colocar em prática o ritmo estudado na aula anterior. Vejam a


partitura ‘Aula 4 – Exercício.pdf”:
Lembrem-se que devem praticar apenas os acordes e seguindo o ritmo estudado na
aula 3:

Vamos detalhar alguns aspectos da partitura!


1 - A primeira parte é a introdução e segue os acordes estudados no exercício da
aula 2 (Uso da pestana).
2 - A parte A apresenta alguns acordes já estudados e temos um acorde com sétima
e nona (B7(9)). Esse tipo de acorde é característico do gênero que estamos
estudando, vale a pena praticar com paciência.
3 - A parte B traz um acorde de sol menor com sexta (Gm6) e ele deve ser montado
sem tirar o dedo 2 da sexta corda, apenas reposicionando os dedos 1, 3 e 4. Ele é
bem parecido com o G, vejam lá!
4 - Depois temos o F#m7 que é bem simples para quem faz o A com os dedos 2, 3 e
4: basta colocar o dedo 1 na sexta corda, na nota F#.
5 - Agora vem um momento característico do ritmo da Bossa Nova: a passagem do
F#m7 para o B7(9). Reparem que os dedos 3 e 4 são comuns entre os dois acordes,
portanto, devem permanecer fixos enquanto os dedos 1 e 2 mudam de lugar. Essa
mudança deve ser bem praticada.
6 - E atenção para a repetição existente no final da parte B pois existem casas 1 e 2.
7 - A melodia é apenas uma sugestão, caso alguém queira tocar com algum colega!
8 - No link abaixo segue uma base rítmica com a melodia para quem quiser praticar:
Áudio: Aula 04 Exercício Bossa Nova.mp3

(Os áudios dessa aula encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)

Bons estudos!!

MÚSICA 15
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Aula 05_Campo Harmônico Menor

No semestre passado estudamos as possibilidades de harmonização do campo


harmônico maior. Agora, vamos conhecer um pouco sobre o campo harmônico
menor.
Antes, eu gostaria de lembrar a todos que o enfoque aqui não é o de um curso de
harmonia, mas uma abordagem das possibilidades da utilização do violão na futura
prática profissional de vocês. Saber harmonizar, de uma forma simples, uma
melodia em tom menor será bastante útil.
A escala menor tem uma característica muito interessante: dependendo da
construção da melodia, ela pode aparecer com o sexto e o sétimo grau alterados
ascendentemente em meio tom. Na maioria das vezes, apenas o sétimo grau
aparece alterado.
Vamos começar a nossa prática em Campo Harmônico menor construindo os
acordes sobre uma escala diatônica natural, ou seja, sem alterações. É importante
lembrarmos que uma escala diatônica menor é, assim como a maior, um sequência
de intervalos (em vermelho):

I - T - II - ST - III - T - IV - T - V - ST - VI - T - VII - T - VIII

Uma forma fácil de entendermos a escala menor natural é partirmos do sexto grau
da escala diatônica maior, o chamado tom relativo. Vamos ver um exemplo:

Fá Maior: Fá - Sol - Lá - Sib - Dó - Ré - Mi - Fá


O sexto grau é a nota Ré, logo, se partirmos dela, teremos a escala de Ré menor
natural:

Ré Maior: Ré - Mi - Fá - Sol - Lá - Sib - Dó - Ré


Vendo na pauta, temos:
Escala maior:

MÚSICA 16
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Sua relativa menor:

Seguindo esse raciocínio, se montarmos as tríades ou as tétrades sobre a escala de


Fá maior, teremos também as tríades e tétrades do campo harmônico de ré menor
natural:
Tríades:
Fá maior: F - Gm - Am - Bb - C - Dm - Edim - F
Ré menor: Dm - Edim - F - Gm - Am - Bb - C - Dm

Tétrades:

Fá maior: F7M - Gm7 - Am7 - Bb7M - C7 - Dm7 - Em7(b5) - F7M Ré menor: Dm7 -
Em7(b5) - F7M - Gm7 - Am7 - Bb7M - C7 - Dm7

Esse raciocínio está correto, mas, na prática da música tonal, algumas mudanças
foram agregadas ao uso da escala menor. Isso deu origem às outras escalas
menores que veremos na próxima aula.

Bons estudos!

MÚSICA 17
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Aula 06_Campo Harmônico Menor II

Vimos, na aula passada, que podemos construir as tríades e tétrades sobre a escala
menor natural partindo do campo harmônico das escalas maiores. No entanto, com
o desenvolvimento da prática da música tonal ao longo da história, algumas
alterações foram sendo agregadas ao uso da escala menor natural.
A primeira dela é a alteração ascendente do sétimo grau. Isso resolve dois
problemas: a criação de uma nota "sensível" no sétimo grau, ou seja, com um
intervalo de meio tom para a fundamental, e a transformação do acorde do quinto
grau em um acorde maior com sétima, típico das cadências tonais.
Reparem que, no campo harmônico menor natural, o acorde de quinto grau é menor:

Para conseguirmos um acorde maior com sétima, típico das cadências tonais, é
necessário alterar a terça do acorde. Nesse caso, temos que alterar o dó natural
para dó sustenido, vejam:

Dessa forma, temos como dominante um acorde maior com sétima, típico das
cadências tonais. Sua resolução para a tônica fica perfeita pois temos o salto típico
do baixo (quarta ascendente ou quinta descendente) e a resolução do trítono (dó# -
sol). A escala menor que utiliza o sétimo grau alterado ascendentemente é chamada
de "escala menor harmônica".

MÚSICA 18
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Reparem que a alteração não aparece na armadura de clave e sim como acidente
ocorrente.
O problema é que, se vamos trabalhar com o dó#, todos os outros acordes do
campo harmônico que possuem a nota dó devem, a princípio, ser alterados também.
Temos, então, um novo campo harmônico:

Esse campo harmônico, além do acorde dominante maior, também cria uma tétrade
diminuta (C#dim), muito utilizada em música popular. Resolvido o problema da
sensível e do acorde de dominante, surge um outro problema: entre o sexto e o
sétimo graus, surge um intervalo de um tom e meio (sib - dó#), vejam:

Na construção de melodias, esse intervalo pode causar dificuldades, principalmente


para a voz. Então, criou-se a prática de se elevar o sexto grau em algum momentos,
principalmente nas melodias ascendentes. Isso cria uma nova escala menor, a
"melódica":

MÚSICA 19
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Em melodias simples, essa alteração aparece eventualmente, raramente na música
inteira. Mas, no momentos em que temos o sexto grau alterado, precisamos utilizar
acordes diferentes, onde essa alteração esteja presente. Isso cria um novo campo
harmônico:

Bem, agora que o estudo dos campos harmônicos menores parece ter nos levado a
uma complexidade que pode dificultar a prática da harmonização, vamos resumir e
simplificar um pouco. Quando aplicados à harmonização de melodias simples,
muitos desses acordes não são utilizados. Quando formos realizar algum trabalho
com melodias menores, utilizaremos apenas os acordes do quadro abaixo:

Reparem que os acordes do primeiro e quarto graus aparecem sem as sétimas,


apenas as tríades. Em melodias menores simples, é bastante comum utlizá-los
dessa forma, pois a sétima cria uma instabilidade que acaba não funcionando muito
bem. Na próxima aula faremos alguns exercícios de harmonização.
Bons estudos!

MÚSICA 20
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Aula 07_Campo Harmônico Menor - Exercícios

Agora que já conhecemos um pouco sobre o campo harmônico menor, chegou o


momento de colocarmos em prática. Mas, antes, precisamos conhecer e entender
um recurso muito utilizado nas harmonizações, inclusive nas mais simples. É a
utilização dos acordes de dominante secundários. Esse recurso pode ser utilizado
para qualquer acorde dos campos harmônicos estudados, de tonalidades maiores
ou menores.
Sabemos que o acorde de dominante com sétima é um acorde que "prepara" o
seguinte, cria uma sensação de tensão que precisa ser resolvida. Isso acontece pela
existência de uma dissonância muito forte causada pelo trítono, intervalo de três
tons que aparece entre a terça do acorde e a sétima menor. Quando estamos no
quinto grau de um campo harmônico, essa tensão resolve bem na tônica. É a
cadência mais comum nas harmonizações simples.
Exemplo em Sol maior:
V7 - D7 ( ré - fá# - lá - dó)
I - G ( sol - si - ré)
A resolução do trítono (fá# - dó) consiste em conduzir a nota fá# para o sol e o dó
para o si, ambos por meio tom.

Esse tipo de preparação-resolução é a base da música tonal e, por funcionar tão


bem para o primeiro grau, pode-se utilizar para todos os graus do campo harmônico.
Resumindo: cada acorde do campo harmônico pode ter seu próprio acorde de
preparação, chamado de dominante secundário. Vamos ver um exemplo em lá
maior:

MÚSICA 21
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No campo harmônico menor, o processo é igual. O dominante secundário não tem


muito efeito sobre o acorde meio diminuto (m7(b5)) e, na prática, é evitado.
Bem, essa explicação sobre o dominante secundário é oportuna nesse momento,
pois mesmo as harmonizações mais simples em tonalidades menores costumam
utilizar esse recurso, principalmente no momento de seguir para o quarto grau.
Vejam um exemplo com uma canção infantil bem conhecida:

Reparem que antes de chegarmos ao quarto grau (Am), a melodia apresenta um


acidente ocorrente, uma nota que não pertence à escala. Essa é uma indicação
clara de que, naquele ponto, precisamos de um acorde que não é do
campo harmônico e, na maioria das vezes, é possível utilizar um dominante
secundário.
De uma forma geral, as harmonizações de melodias em tons menores são bem
simples e utilizam quase sempre as mesmas cadências:
I - IV - V - I ou I - II - V - I

MÚSICA 22
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É importante lembrar que o acorde do segundo grau é um meio diminuto e que,
antes de seguir para o quarto grau, pode aparecer a preparação deste, o V7/IV (
quinto com sétima do quarto).
Vamos praticar nessa pequena melodia em lá menor:

Reparem que aparecem algumas notas com acidentes ocorrentes. O sol# do


compasso 10 é o sétimo grau alterado (escala menor harmônica) e o dó# do
compasso 4 pode indicar a necessidade de utilizarmos um acorde que não faz parte
do campo harmônico. No compasso 6 temos um bequadro de precaução, apenas
para avisar que o dó voltou a ser natural. Ouçam a melodia:

(Os áudios dessa aula encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)

Áudio “Aula 07.1.mp3”


Sabendo que estamos em lá menor, seguindo a tabela da aula anterior, podemos
mapear os acordes que provavelmente serão utilizados na harmonizacão:
I - Am, II - Bm7(b5), III - C ou C7M, IV - Dm, V - E7, VI - F ou F7M, VII - G7
ou G#dim.
Uma primeira opção de harmonização pode ser a seguinte:

MÚSICA 23
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O processo é o mesmo das melodias maiores, ou seja, buscando respeitar as


cadências mais comuns, vamos combinando as notas da melodia com as notas que
formam os acordes. Reparem que no compasso 4 foi possível utilizar o dominante
do quarto o grau, o A7 para preparar o Dm.
Áudio: “Aula 07.2.mp3”
Vamos ver outra possibilidade:

MÚSICA 24
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Agora optei por utilizar mais de um acorde em alguns compassos, explorando as
cadências II - V - I. No compasso 8, utilizei novamente o dominante secundário para
preparar o Dm.
Áudio: “Aula 07.3.mp3”
Sugiro que pratiquem outras possibilidades de harmonização com essa melodia ou
em outras conhecidas. Também podem criar melodias e ir harmonizando, é um
ótimo exercício.

Bons estudos!

MÚSICA 25
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Aula 08_Outras levadas de Samba e Bossa-Nova

Conforme já foi dito nas aulas anteriores, o samba possui diversas levadas possíveis
no violão. A principal característica delas é o fato de ocuparem dois compassos e,
por esse motivo, muitas publicações de outros países grafam esses ritmos em
compasso quaternário.
Nessa aula, além de conhecermos essas levadas escritas na pauta, poderemos
também ouvir o áudio. (Para ouvir o áudio sem sair da página, clique com o botão
direito do mouse sobre o link e escolha "abrir em uma nova janela" ou "abrir em uma
nova aba".)

Samba
Segundo o autor do livro 211 Levadas Rítmicas, Renato de Sá, existem as seguintes
opções:

(Os áudios dessa aula encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)

Áudio: “Aula08.1.mp3”

Áudio: “Aula08.2.mp3”

MÚSICA 26
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Áudio: “Aula08.3.mp3”
O violonista Marco Pereira, autor do livro Ritmos Brasileiros, nos traz esse exemplo:

Áudio: “Aula08.4.mp3”
Reparem como o último exemplo traz a antecipação da síncope no início da célula.
Segundo alguns autores, essa é a forma mais correta de se tocar ao samba, mas,
também pode variar de acordo com o ritmo da melodia.
Bossa Nova
Vemos ver os exemplos apresentados pelo autor Marco Pereira:

MÚSICA 27
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Áudio: “Aula08.5.mp3”
Nesse primeiro exemplo, ele apresenta a célula com a antecipação no início. Em
seguida, ele mostra a possibilidade de ser tocada de forma invertida:

Áudio: “Aula08.6.mp3”
Alguns vídeos bem interessantes mostram algumas formas de se tocar o samba.
Veja nossas indicações de vídeos:
Dicas para Mão Direita com Candô - Samba
http://youtu.be/n4-Xp5A92Cg
Aula de violão - Batida de Samba - Joao Bosco
http://youtu.be/rq3MX7KxP84

MÚSICA 28
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Aula 09_Ritmos Ternários - Valsa e Guarânia

Por causa das influências dos ritmos africanos na formação da cultura musical
brasileira, existe uma tendência para os ritmos em compassos binários e
quaternários serem os mais utilizados. No entanto, alguns ritmos ternários são
bastante praticados no Brasil, fortalecidos pelas tradições europeia e
sulamericana. Nessa aula vamos conhecer um pouco mais sobre dois desses ritmos
ternários: a valsa e a guarânia.
A valsa
De origem europeia, a valsa chegou ao Brasil no início do século 19 e, apesar da
sua origem como dança, também foi praticada e desenvolvida apenas como música
instrumental. Em seu livro de partituras "Valsas Brasileiras", o violonista Marco
Pereira afirma:
"No Brasil, a Valsa tem sido tratada com a mesma intensidade e da mesma maneira
por praticamente todos os nossos grandes compositores eruditos: Villa-Lobos,
Camargo Guarnieri, Francisco Mignone e Carlos Gomes são apenas alguns dos
nomes que podemos citar para exemplificar esse fato. A valsa brasileira adquiriu,
durante este século, características próprias e uma grande coerência no seu
processo evolutivo (linhas melódicas e estruturas harmônicas).
Como forma de criação não erudita, a Valsa tem favorecido muito a ampliação do
repertório musical brasileiro, especialmente a valsa popular muitas vezes composta
por músicos leigos comumente sem a formação acadêmica tradicional. Nomes
como: Alfredo Vianna Filho (Pixinguinha), Aníbal Augusto Sardinha (Garoto), Atílio
Bernardini, Sivuca, Chico Buarque, Antonio Carlos Jobim, Zequinha de Abreu, José
Alves da Silva (Aimoré), Ataulfo Alves, Armando Neves (Armandinho), Waldir
Azevedo, Ari Barroso, Luis Bonfá, Silvio Caldas, Américo Jacomino (Canhoto),
Romeu Seibel (Chiquinho do Acordeão), Nicolino Cópia (Copinha), Edu Lobo,
Chiquinha Gonzaga, Jacob Pick Bittencourt (Jacob do Bandolim), Anacleto de
Medeiros, Luperce Miranda, João Pernambuco, Noel Rosa, Ernesto dos Santos
(Donga), José Barbosa da Silva (Sinhô) e Baden Powell são excelentes exemplos de
músicos de grande talento que demonstraram, muitas vezes, seu potencial criativo
através da composição de valsas.

MÚSICA 29
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Desde o início do século (XX) até os dias de hoje, a valsa popular tem sido um
fio condutor através do qual se conta a história de nossa música." Alguns exemplos
de valsa ao violão:

FABIO ZANON PLAYS ANTONIO CARLOS JOBIM


https://www.youtube.com/watch?v=j01VPtfRysA#action=share
VALSA EM SOL DO MEIO-DIA - Paulinho Nogueira
http://youtu.be/2eIHirtmT50
Dilermando Reis - Se ela Perguntar
http://youtu.be/SxKLtmLFStY
Esse próximo vídeo dá algumas demonstrações de variações do ritmo de valsa no
violão:
Valsa - Levadas de Choro - Abdallah Harati (www.abdallahharati.com)
http://youtu.be/QcemW93lwKU
A guarânia
Segundo alguns historiadores, a guarânia foi introduzida no Brasil pelos paraguaios
no século XIX e incorporada pela música popular brasileira na primeira metade do
século XX. Executada com muita frequência pelos violeiros, também pode ser
utilizada para o violão. Vejam alguns exemplos:
Almir Sater - Trem do Pantanal.avi
http://youtu.be/HwYV3OJh5Hw
Nas próximas aulas vamos realizar alguns exercícios com os ritmos ternários.
Bons estudos!

MÚSICA 30
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Aula 10_Valsa_exercício

Agora que já conhecemos um pouco sobre esse gênero, vamos praticar! Vejam a
sequência de acordes abaixo:

É uma sequência de fácil execução pois os acordes de Bbdim e A7 são muito


parecidos. Como sugestão, faça o Bbdim com os dedos 1, 2 e 3 e para chegar ao
A7, basta tirar o dedo 1. Para o Dm, eu costumo utilizar os dedos 1, 2 e 4, considero
essa combinação mais cômoda. Algumas pessoas preferem utilizar os dedos 1, 2 e
3, experimentem.
Possibilidade 1
Essa é a forma mais fácil de se executar uma valsa:

Reparem que no tempo 1 temos apenas o polegar tocando o baixo dos acordes e,
na sequência, dois toques (puxadas) com os dedos de forma simultânea. Pratiquem
de forma lenta mas mantendo uma pulsação definida.
Possibilidade 2
Nessa segunda possibilidade, já temos um tipo de levada que mistura o toque
simultâneo com o dedilhado:

MÚSICA 31
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Reparem que agora o dedo indicador toca sozinho, marcando o contratempo dos
pulsos do compassos.
Possibilidade 3
Agora temos a valsa dedilhada em sua forma mais simples. Também é possível
variar a sequência dos dedos i, m e a, experimentem outras possibilidades.

A sequência de acordes acima faz parte da composição Valsinha de autoria


de Chico Buarque e Vinícius de Moraes, é o trecho inicial do acompanhamento. Para
quem não conhece, segue o vídeo abaixo:
(Vídeos e áudios dessa aula encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)

Valsinha - Chico Buarque


Agora, vamos tentar executar o acompanhamento da pequena valsa abaixo. Baixe
na plataforma o arquivo em pdf: Valsa - Exercício
Áudio: “Aula 10 – Exercício Valsa.mp3”
Para esse exercício, vocês devem tocar apenas os acordes. A melodia é apenas um
guia para tornar o trabalho mais musical e interessante. Reparem que a peça tem
uma pequena introdução (letra A) com os acordes C7M e F7M que são bem
parecidos, é uma mudança simples se utilizarem os dedos 2 e 3 para montar o
acorde de C7M.

MÚSICA 32
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Na letra B aparecem outros acordes: o Dm7 pode ser montado com os dedos 1, 2 e
3 ou com uma pequena pestana e o Em7 que pode ser montado com os dedos 2, 3
e 4 ou com apenas um dedo (2), como mostra o diagrama. No final da letra B,
aparece o acorde de G9sus4. Esse tipo de acordes, chamados suspensos, possuem
a quarta no lugar da terça, como se essa estivesse suspensa, elevada em meio tom.
É um tipo de acorde muito comum em música popular e aparece com várias
cifragens diferentes, inclusive como um acorde invertido, por exemplo, o G9sus4
pode aparecer como F/G. Reparem que, conforme está sugerido no exercício, ele
tem a tríade de fá maior (fá-lá-dó) com o baixo na nota sol. Coloquem o dedo 3 no
baixo e montem o resto do acorde com os dedos 1, 2 e 4.
Na letra C, temos o acorde de Am, já conhecido, e o acorde de D7/F#, um acorde
invertido que faz a ligação do baixo entre os acordes F7M e G9sus4. Utilizem o dedo
2 no baixo e montem o restante com os dedos 1 e 3. Na passagem do D7/F# para o
G9sus4, o dedo 1 permanece na nota dó.
Fiquem atentos também à forma, às repetições e ao salto para a coda. Logo estará
disponível o áudio da melodia para facilitar o trabalho.
Bons estudos!

PEREIRA, M. Ritmos brasileiros. Rio de Janeiro: Garbolights,2007.


SÁ, R. 211 levadas rítmicas: para violão e outros instrumentos de acompanhamento.
São Paulo: Irmãos Vitale, 2002.

MÚSICA 33
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Aula 11_Guarânia

Como já vimos, a Guarânia é um ritmo ternário e, segundo o autor Renato Sá, a


forma mais simples de executá-la é a seguinte:

Reparem que o autor sugere uma variação no baixo mas, no momento, não
precisamos nos preocupar com esse detalhe. Experimentem executar o ritmo com a
sequência de acordes abaixo:

Para a prática desse ritmo, foi elaborado um pequeno exercício com um áudio da
melodia logo abaixo:

MÚSICA 34
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A parte A é uma introdução com apenas três acordes. Fiquem atentos às casas de
repetição.
A parte B apresenta um tema simples, possui uma repetição e segue pela letra C
antes de voltar ao início. O B deve ser repetido também da segunda vez (quando
voltarem D.C.). Quando a parte C for executada pela segunda vez, fiquem atentos
ao salto para a Coda.
Os acordes do exercício são simples, mas existe uma pestana para praticarem.
Bons estudos!

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PEREIRA, M. Ritmos brasileiros. Rio de Janeiro: Garbolights,2007. SÁ, R. 211
levadas rítmicas: para violão e outros instrumentos de acompanhamento. São Paulo:
Irmãos Vitale, 2002.

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Aula 12_Transposição

Uma das características mais importantes do violão é a possibilidade de


transportarmos, ao longo do braço, acordes, escalas e melodias, mantendo a
mesma sequência de dedos. Em uma linguagem popular, podemos transpor os
"desenhos" de escalas, melodias e acordes. Conhecer essa lógica do instrumento
amplia as possibilidades de mudarmos rapidamente a tonalidade de uma peça e
também agiliza o aprendizado de acordes em diversas posições.
Vamos ver um exemplo! Montem o acorde de mi maior (E) na primeira posição, com
os dedos 1, 2 e 3:

Reparem que as notas que estão nas cordas soltas também fazem parte do acorde,
elas estão na pestana do instrumento. Agora, montem o mesmo acorde com os
dedos 2, 3 e 4, deixando o dedo 1 (indicador) livre. Se movermos esse acorde uma
casa adiante, precisaremos prender as cordas da casa 1 para mantermos as
mesmas relações de notas (intervalos). É como se a pestana do violão tivesse se
movido uma casa. A pestana que fazemos, normalmente com o dedo indicador,
simula a pestana do instrumento. Como andamos uma casa e a escala reproduz a
escala cromática, temos agora o acorde de fá maior (F). Repetindo o processo,
encontraremos os acordes de F#, G, G#, A, etc. Vejam abaixo:

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Agora, utilizando o mesmo raciocínio, podemos encontrar os acordes com sétima,


vejam:

Ou os acordes menores:

Para os acordes menores, é comum utilizarmos os dedos 3 e 4 quando precisamos


da pestana e até, se for o caso, podemos utilizar o dedo médio como um reforço
para a pestana, sobre o dedo indicador. Para entender melhor, faça o Em com os
dedos 3 e 4 e vá movendo ao longo do braço com a pestana. Percebam que existe
uma casa "vazia" entre a pestana e os dedos presos.
Vamos experimentar com o acorde a lá maior (A). O processo é o mesmo, vejam:

MÚSICA 38
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Agora com acorde menores e com sétima:

Para os acordes com o baixo na quarta corda, o processo é o mesmo:

MÚSICA 39
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Pensando dessa forma e conhecendo o processo, ao invés de decorarmos uma
infinidade de acordes, podemos tocar em qualquer posição e em qualquer
tonalidade partindo dos acordes na primeira posição. Experimentem com outros
acordes!
Bons estudos!

MÚSICA 40
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Aula 13_Escalas Maiores

Como já vimos na aula passada, a estrutura do violão permite que as formações


(digitações) de acordes e escalas possam ser transportadas ao longo do braço do
instrumento. Para as escalas é comum encontrarmos o termo "desenho" para se
referir à sequência de dedos utilizados para cada digitação de uma escala. Embora
seja muito importante conhecer as notas da escala que está tocando, memorizar o
desenho da escala é uma ferramenta útil e nos permite resolver problemas de
digitação de melodias, improvisar e estudar de uma forma mais prazerosa. Além
disso, através do estudo das escalas, aprofundamos o nosso conhecimento do
braço do instrumento.
Antes de iniciarmos, segue uma explicação de como interpretar os diagramas das
escalas. Quando olhamos um diagrama para um acorde, lá estão indicadas as notas
presas e soltas, na prática estão indicadas as casas onde os dedos devem estar
fixos, vejam:

Para esse acorde, temos as cordas 1, 2 e 6 soltas e as cordas 3, 4 e 5 presas. No


momento de tocarmos o acorde de E nessa posição, os seus dedos devem estar
fixos nessa formação. No diagrama de uma escala aparecem todas as notas que
devem ser tocadas na sequência escolhida ou, pensando de outra forma, aparecem
as notas por onde você deve "passear", criar melodias, criar exercícios, etc. A lógica

MÚSICA 41
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é pensar sempre em um dedo para cada casa do instrumento, mantendo o polegar
fixo. Vejam o exemplo:

Essa escala, que pode ser feita em qualquer região do braço, tem a fundamental na
sexta corda com o dedo 2, na quarta corda com o dedo 4 e na primeira com o dedo
2 (círculos brancos). Reparem que a digitação abrange todas as notas da escala que
estão ao alcance dos dedos, mas sugiro que iniciem praticando da fundamental mais
grave, no caso, da sexta corda. Se escolhemos a nota sol para iniciarmos (dedo 2,
corda 6) e seguirmos exatamente a sequência indicada, pulando as casas vazias,
teremos a escala de sol maior. Se iniciarmos uma casa adiante com a mesma
sequência, encontraremos a escala de sol sustenido maior, mais uma casa e
chegaremos na escala de lá maior e assim por diante!
Para a escala maior, temos cinco digitações básicas, vamos conhecer!
1 - Com a fundamental na sexta corda:

MÚSICA 42
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Reparem que a segunda digitação proposta exige uma mudança de posição, ou


seja, em algum momento devemos mudar a posição da mão em relação ao braço.
Para essa digitação, isso acontece na terceira corda.

2 - Com a fundamental na quinta corda:

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A primeira das digitações exige mudança de posição.


3 - Com a fundamental na quarta corda:

MÚSICA 44
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Essa também exige mudança de posição.
Certamente que existem outras possibilidades, mas acredito que essas já
possibilitam um bom aprendizado e um bom material para a prática das digitações
das escalas maiores.

Bons estudos!

Acordes, arpejos e escalas para violão e guitarra


Nelson Faria - Editora Lumiar - 1999

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Aula 14_Escalas Maiores - Exercícios

Agora que já conhecemos as digitações das escalas maiores, vamos praticá-las


com o objetivo de memorizarmos as digitações. Uma das formas mais prazerosas é
quando temos uma base harmônica que nos dá a possibilidade de criarmos
sonoridades diversas e percebermos as relações entre as notas e os acordes.

Exercício 1 - Consonâncias e dissonâncias


A ideia é executarmos todas as notas da escala sobre um mesmo acorde,
percebendo as relações sonoras que surgem.
Pratiquem a escala de sol maior começando da sexta corda com o dedo 2 (vide aula
anterior). A escala deverá ser executada até a nota sol da primeira corda, passando
por duas oitavas. No áudio do link abaixo existe uma sequência de 16 compassos
com o acorde de sol maior. Toquem quatro vezes cada nota da escala (semínimas),
alternando o dedos da mão direita, seguindo a sequência da escala. Percebam o
resultado sonoro de cada nota da escala sobre o acorde de sol maior. Identifiquem
as notas que estão tocando e a sua relação intervalar com a fundamental, se elas
fazem parte da tríade ou não, etc.
Criem outros exercícios com a mesma sequência de acordes.
(Os áudios dessa aula encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)

Áudio: “Aula 14.1.mp3”

Exercício 2 - Tocando sobre o campo harmônico

Agora vamos tocar a escala sobre o campo harmônico maior e perceber as relações
sonoras com cada um desses acordes. Ainda sobre a escala de sol, na mesma
digitação anterior, se seguirem a ordem das notas estarão tocando a fundamental de
cada acorde, experimentem com o áudio do link abaixo:

MÚSICA 46
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Agora experimentem seguir as notas da escala iniciando de um outra nota, a terça
(si) ou a sétima maior (fá#). Se utilizarmos uma digitação na região mais aguda,
iniciando com o sol na quinta corda por exemplo, vamos obter outras sonoridades.
Áudio: “Aula14.2.mp3”
Exercício 3 - Tocando padrões melódicos
Uma maneira interessante e bastante aplicada nos estudos de escalas é a
utilização de padrões melódicos. A proposta é criar uma célula e conduzi-la ao longo
da escala. Exemplo:

Podem ser criados inúmeros padrões, como em terças ou arpejos:

Criem sequências harmônicas e inventem outros padrões. Um ótimo exercício é


realizar o padrão bem lentamente falando (ou solfejando) o nome da nota que está
tocando, auxilia bastante na memorização das notas no braço do violão e também
contribui para os estudos de solfejo e percepção.
Bons estudos!

Acordes, arpejos e escalas para violão e guitarra


Nelson Faria - Editora Lumiar - 1999

MÚSICA 47
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Aula 15_Escalas Menores

Temática: Escalas Menores

Da mesma forma como acontece com as escalas maiores, as digitações das escalas
menores formam desenhos ao longo do braço do violão. Vamos conhecer esses
desenhos para os três tipos de escala menor. Se tiverem dúvidas sobre como
interpretar os diagramas, consultem a aula anterior.

Escala menor natural

Fundamental na sexta corda

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Fundamental na quinta corda

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Fundamental na quarta corda

Escala menor harmônica


Fundamental na sexta corda

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Fundamental na quinta corda

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Fundamental na quarta corda

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Escala menor melódica


Fundamental na sexta corda

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Fundamental na quinta corda

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Fundamental na quarta corda

Reparem que muitas digitações de escalas menores exigem mudanças de posição,


ou seja, pratiquem com calma e paciência.
Bons estudos!

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Acordes, arpejos e escalas para violão e guitarra


Nelson Faria - Editora Lumiar - 1999

MÚSICA 56
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Aula 16_Escalas Menores - Exercícios

Como já vimos nos estudos sobre o campo harmônico, as melodias menores podem
assumir características de cada tipo de escala menor em uma mesma peça. Logo,
se formos improvisar em um melodia/harmonia desse tipo, temos que mapear o que
acontece em cada trecho e utilizar a escala adequada. Mas, como estamos apenas
conhecendo os desenhos das escalas, vamos estudar um tipo de cada vez.

Exercício 1 - Consonâncias e dissonâncias


Assim como fizemos com a escala maior, podemos experimentar a sonoridade de
cada nota da escala sobre o seu acorde de tônica. Reparem o efeito de consonância
quando tocamos uma nota da tríade e o efeitos dissonantes das outras notas sobre
o acorde. Vamos praticar com a escala de lá menor.
No link abaixo, existe um sequência de 16 compassos com o acorde de Am.
Experimente a escala menor natural, a harmônica e a melódica. Fale o nome de
cada nota que está tocando, isso ajudará na memorização das notas no braço do
instrumento e também na definição de cada intervalo que está soando sobre o
acorde de lá menor.
(Os áudios dessa aula encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)

Áudio: “Aula 16.1.mp3”

Exercício 2 - Tocando sobre o campo harmônico


Agora vamos praticar cada tipo da escala menor sobre o seu campo harmônico.
Para começar, escolha uma digitação que possibilite tocar duas oitavas completas e
toque quatro vezes (semínima) cada nota da escala como fundamental do acorde
que está ouvindo. Perceba as dissonâncias criadas nos acordes para cada alteração
provocada pelas escalas harmônica e melódica.

Áudio: “Aula 16.2.mp3” Menor Natural


Áudio: “Aula 16.3.mp3” Menor Harmônica
Áudio: “Aula 16.4.mp3” Menor Melódica

MÚSICA 57
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Exercício 3 - Tocando padrões melódicos
Seguindo os mesmo exemplos dos exercícios realizados para as escalas maiores,
pratique alguns padrões melódicos, explore as possibilidades de intervalos e
arpejos.
Exercício 4 - Praticando sobre uma sequência harmônica
Vamos praticar agora sobre um sequência simples de acordes em sol menor
extraída do livro A arte da improvisação de Nelson Faria. Repare como o autor
indica qual escala deve ser utilizada sobre cada trecho do exercício. No início parece
complicado, mas aos poucos nos acostumamos com essas mudanças. Basta
lembrar que notas devem ser alteradas para cada escala, sétimo grau para a
harmônica e sexto e sétimo para a melódica. Vamos tentar? Logo abaixo existe o
áudio do exercício.

Áudio: “Aula16.5.mp3”
Pratiquem bastante e descubram todas as sonoridades das escalas menores.
Bons estudos!

A arte da improvisação - Nelson Faria - Editora Lumiar - 1991


Acordes, arpejos e escalas para violão e guitarra - Nelson Faria - Editora Lumiar -
1999

MÚSICA 58

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