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Teoria Musical – II

GRAUS, ACORDES, TRIÁDES, TÉTRADES, ARPEJO


E CAMPO HARMÔNICO
Por Vitor Jesus
Introdução a Teoria Musical II
Graus

u O que são graus

Se você já estudou música, talvez já tenha ouvido falar em “primeiro grau”, “segundo
grau”, etc. E pode ser que isso tenha soado estranho num primeiro momento. Agora você
irá entender o quanto é simples e pode ser muito útil. Se numerarmos a escala de Dó
maior da seguinte forma: Dó (1o grau), Ré (2o grau), Mi (3o grau), Fá (4o grau), Sol (5o
grau), Lá (6o grau), Si (7o grau), poderíamos dizer para um amigo, por exemplo: “toque o
5o grau da escala de Dó maior”, e ele saberia que você está se referindo à nota Sol.

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Graus

u Graus na escala de C (dó maior)


Obs: O primeiro grau é também chamado de “tônica”.

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Graus

u Graus: Diminuta, Aumentada e Justa


Você deve ter percebido que anteriormente mencionamos apenas 7 notas da música
ocidental (C, D, E, F, G, A, B). Mas e se quisermos utilizar uma referência de graus para as
demais notas também (C#, D#, F#, G#, A#)? Para isso existe uma definição mais
abrangente, como veremos agora. A primeira nota é representada pelo primeiro grau,
como já vimos. Esse grau pode ser chamado também de primeiro grau maior.

Vamos utilizar como exemplo de primeiro grau a nota Dó. Nesse caso, a nota Ré é o
segundo grau, também chamado de segundo grau maior. A nota Dó# (ou Réb), nesse
caso, é o segundo grau MENOR. Os nomes “segundo grau menor” e “segundo grau
maior” geralmente são abreviados para “segundo maior” e “segundo menor”, e o mesmo
se aplica aos demais graus maiores e menores. Essa nomenclatura (“maior” e “menor”)
existe para indicar se o intervalo (distância entre as notas) é curto ou longo. Por Vitor Jesus
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Graus

u Graus: Expandindo o conceito para todas as notas, partindo de Dó,


teremos o seguinte:

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Graus

u Graus: Mesma lógica por outra perspectiva

Porque raios existem os nomes “aumentada”,


“justa” e “diminuta”. É apenas uma definição,
e é esse linguajar que você vai encontrar em
qualquer livro de música ou song book.

A lógica é a mesma que vimos para os nomes


“maior” e “menor”. O nome “aumentada”
indica um intervalo mais longo e “diminuta”
indica um intervalo mais curto. “Justa” fica no
meio entre essas duas.

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Graus

u Graus: Intervalo entre os graus

Decorar os intervalos entre cada grau,


irá ajudar você em muitas aplicações
no processo criativo, uma delas é a
formação de acordes em difefrentes
graus de complexidade.

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Graus

u Graus: nomenclatura partindo de outras notas além de Dó:

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Acordes

u O que são acordes


Um acorde é a união de três ou mais notas tocadas ao mesmo tempo. Para facilitar a
nossa vida, cada acorde recebe um nome. Esse nome é baseado nas notas
fundamentais que conhecemos (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si).

São os chamados acordes naturais. Cada um desses acordes é formado por três
notas. E existe uma regrinha para descobrir quem são essas três notas. As notas que
formam os acordes naturais são o primeiro, o terceiro e o quinto graus de suas
respectivas escalas. Mais adiante, iremos aplicar essa regra na prática, para facilitar a
visualização.

Antes disso, vale a pena saber que um acorde pode ser maior, menor ou suspenso.
Essas nomenclaturas estão relacionadas com o terceiro grau.
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Acordes

u Acordes: tríades
Para formar os acordes maiores, você usa o terceiro grau maior, e quando falamos das três
notas que formam os acordes naturais, estamos falando da tríade de cada acorde. Esse
nome existe para representar as notas de formação dos acordes. A definição de tríade
então é essa: três notas que formam os acordes (1o, 3o e 5o graus).

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Acordes

u Acordes maiores

Para formar os acordes maiores, você usa o terceiro grau maior:

cifra

C
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Acordes

u Acordes maiores

Para formar os acordes maiores, você usa o terceiro grau maior:

cifra

G
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Acordes

u Acordes menores

Para formar os acordes menores, você usa o terceiro grau menor:

cifra

Cm
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Acordes

u Acordes menores

Para formar os acordes menores, você usa o terceiro grau menor:

cifra

Gm
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Acordes

u Acordes: trétrades
Expandindo um pouco o conceito, podemos trabalhar com 4 notas em vez de
somente 3, e fazemos isso acrescentando o sétimo grau aos nossos acordes
anteriores. Assim formamos os acordes com sétima. O conjunto dos graus
primeiro, terceiro, quinto e sétimo consistem em uma tétrade. O sétimo grau
pode ser maior ou menor.

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Campo Harmônico

u Arpejo
Arpejo é quando as notas de um determinado acorde são tocadas uma após a outra. Por
exemplo, as notas que formam o acorde de Dó maior são: C, E, G. Quando tocamos essas 3
notas separadamente, formamos o arpejo de Dó, e quando tocamos essas 3 notas ao
mesmo tempo, formamos o acorde de Dó. Todo acorde, por mais complexo que seja, tem
um arpejo. Essa técnica pode ser usada para embelezar alguma harmonia ou ainda servir
como trecho de um solo.

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Campo Harmônico

u O que é campo harmônico

Campo harmônico é um conjunto de acordes formados a partir de uma


determinada escala. Tome como exemplo a escala de dó maior: C, D, E, F, G, A, B.
Para cada nota dessa escala, iremos montar um acorde. Vamos ter, portanto, sete
acordes, que serão os acordes do campo harmônico de dó maior. Como faremos
isso?

Para cada nota da escala, o acorde respectivo será formado utilizando o primeiro,
o terceiro e o quinto graus (contados a partir dessa nota, em cima dessa mesma
escala).

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Campo Harmônico

u Campo harmônico
O primeiro acorde do campo harmônico de dó maior é formado então pelas notas
C, E, G (repare que esse é o acorde de dó maior, pois E é a terça maior de Dó).

Agora vamos montar o acorde da próxima nota da escala, que é D. O primeiro


grau é o próprio D. O terceiro grau, contando a partir de D, nessa escala, é F. O
quinto grau, contando a partir de D, é A. Portanto, o segundo acorde do nosso
campo harmônico é formado pelas notas D, F e A (repare que esse é o acorde de
Ré menor, pois a nota F é a terça menor de D).

Você deve estar percebendo até aqui que estamos montando os acordes do
campo harmônico pensando nas tríades e utilizando somente as notas que
aparecem na escala em questão (escala de dó maior). Por Vitor Jesus
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Campo Harmônico

u Campo harmônico
Depois de montar a triíade, observamos se a terça de cada acorde ficou maior ou menor.
Você pode também conferir a quinta de cada acorde, mas vai notar que ela sempre vai
acabar sendo a quinta justa, exceto no último acorde, que cairá naturalmente na quinta
diminuta.

Por Vitor Jesus


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Campo Harmônico

u Campo harmônico

Muito bem, você acabou de aprender como se forma um campo harmônico. Mas para
que isso serve afinal? Um campo harmônico serve para muitas coisas, e nesse momento
vamos nos focar no ponto mais básico: ele serve para definir a tonalidade de uma música.

Provavelmente você já deve ter ouvido a pergunta: “Em que tom está essa música?”. A
tonalidade de uma música depende dos acordes presentes nela. Se uma música contém
os acordes do campo harmônico maior de dó, significa que a música está em dó maior.
Com isso, sabemos que a escala a ser utilizada para fazer um solo, improvisar, criar riffs, etc.
em cima da música é a escala de dó maior.

Por Vitor Jesus


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Campo Harmônico

u Campo harmônico

Conhecer os campos harmônicos tem uma grande utilidade: esse conhecimento


permite que saibamos as notas que podemos usar para fazer arranjos em cima de
uma determinada música. Conhecendo bem os desenhos das escalas, nada
impede que possamos criar solos e arranjos automaticamente (habilidade
conhecida como improviso).

Espero que isso tenha motivado você a continuar nosso estudo de campo
harmônico, tendo visto a importância e utilidade desse conhecimento.

Por Vitor Jesus


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Campo Harmônico

u Conceitos importantes

Riff: É uma gíria muito utilizada no mundo da guitarra para descrever um pequeno
trecho executado nesse instrumento. Por exemplo, a introdução da música Sweet
Child O' Mine do Guns N' Roses é um riff. Geralmente, o riff é um trecho repetido
mais de uma vez na música. Qualquer coisa pode ser um riff, até mesmo uma
determinada levada riítmica em um acorde. Riff é um termo bem genérico.

Frase musical: É um determinado trecho de um solo. Uma frase passa a ideia de


começo e fim, tendo algum sentido ou significado, como ocorre no idioma
português. A frase é um termo mais utilizado no contexto de solos, enquanto a
definição de riff é mais abrangente e faz mais sentido para trechos repetitivos.
Por Vitor Jesus
Introdução a Teoria Musical II
Campo Harmônico

u Conceitos importantes

Acidente: É toda nota que não pertence a uma determinada escala ou tonalidade. Por
exemplo, observe a escala de Dó maior:

C, D, E, F, G, A, B
As notas C#, D#, F#, G#, A# são chamadas de acidentes, nesse caso, pois não pertence a
essa escala. Coincidentemente, como a escala de Dó maior não possui nenhuma nota
com sustenido (ou bemol), os acidentes todos aparecem com essas alterações. Agora, se a
escala em questão fosse Mi maior:

E, F#, G#, A, B, C#, D#


Os acidentes seriam as notas: F, G, A#, C, D.
Por Vitor Jesus

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