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na Operação de Caldeiras
NR 13 - Treinamento de Segurança
na Operação de Caldeiras
São Luis, MA
1. NOÇÕES DE GRANDEZAS E UNIDADES
1.1. PRESSÃO
A pressão é definida como sendo a relação entre a força exercida por unidade de
área e que atua perpendicularmente sobre uma superfície. Deve-se designar a pressão
como a força exercida por um fluido nas paredes de um recipiente.
F
Ã
A unidade no SI (Sistema Internacional) para
pressão é o Pascal (Pa), equivalente à força de 1
Newton por uma área de 1 metro quadrado. A variação
de pressão aplicada a um fluido contido num recipiente
fechado é transmitida integralmente a todos os pontos
desse líquido.
Portanto, quanto maior a área em que a
Figura 1.1 - Prensa Hidráulica
força é aplicada, maior a intensidade dessa força. Assim, se A2 for 100 vezes maior que
A1, a intensidade da força F2 será 100 vezes maior que a intensidade da força F1. É
importante notar que essa multiplicação não é milagrosa nem infinita. Ela é limitada
pela quantidade de líquido disponível.
A atmosfera terrestre é composta por vários gases, que exercem uma pressão
utilizada para medir pressão a unidade psi (pounds per square inch) que em português
vem a ser libra por polegada quadrada (lb/pol2). Embora esta unidade seja amplamente
utilizada para medir a pressão de componentes pneumáticos e equipamentos
corpo e ao equilíbrio entre a pressão que atua de fora para dentro e de dentro para fora
do corpo. Qualquer variação na pressão externa se transmite integralmente a todo o
corpo, atuando de dentro para fora, de acordo com o Princípio de Pascal. O peso
❖ Barômetro
total da atmosfera. Como o ar é uma mistura muito compressível, esta massa pode
variar significativamente com a altitude; consequentemente, a principal causa de
variação da pressão atmosférica é a altitude.
1.1.2. PRESSÃO INTERNA DE UM VASO
Figura 1. 6 - Pressões
O manômetro metálico tipo Bourdon pode
ser utilizado em postos de gasolina para calibração de pneus (os médicos usam
um sistema semelhante). A pressão medida pelo manômetro metálico tipo Bourdon é
também denominada de pressão manométrica e indica a diferença entre a pressão
A pressão num ponto do sistema fluido pode ser designada em termos absolutos
ou relativos. As pressões absolutas são medidas em relação ao vácuo perfeito (pressão
absoluta nula), enquanto que a pressão relativa é medida em relação à pressão
atmosférica local. Deste modo, uma pressão relativa nula corresponde a uma pressão
igual à pressão atmosférica local. As pressões absolutas são sempre positivas, mas as
pressões relativas podem ser tanto positivas (pressão maior do que a atmosférica
local), quanto negativas (pressão menor do que a atmosférica local). Uma pressão
negativa é também referida como vácuo. Por exemplo, a pressão de 70 kPa (abs.) como
31,33 kPa
(relativa), se a pressão atmosférica local é 101,33kPa, ou com um vácuo de
escala de pressão que adota como zero o vácuo absoluto, o que justifica a afirmação
que nesta escala só existe pressões positivas; teoricamente poderíamos ter a pressão
igual à zero, que representaria a pressão do vácuo absoluto.
A pressão relativa define-se como a diferença entre a pressão absoluta e a
pressão atmosférica. Os aparelhos destinados a medir a pressão relativa são o
manômetro e também o piezômetro. É a escala de pressão que adota como zero a
pressão atmosférica local, o que justifica a afirmação que nesta escala existe: pressões
negativas (depressões ou vácuos técnicos), nulas e positivas. Piezômetro é definido
como um aparelho para avaliar a compressibilidade ou a tensão dos líquidos. É
constituída de um tubo simples de vidro graduado vertical, aberto nos dois lados,
conectado a massa de água.
Abaixo ilustramos a relação entre as pressões atmosférica (barométrica),
Pascal 9,869 X NT6 1 lü'5 7,501 X10'3 1,020 x1o-4 1,019 X10'5 1,45x1o-4
Quando dois corpos A e B, com temperaturas T1 e T2. respectivamente, estão em contato, há um fluxo de
calor do corpo de maior temperatura para o de menor.
Tomemos como exemplo, T1 > T2.
Como medir quantidades de calor? Tudo que vive, desde os micróbios e insetos,
até os elefantes, está continuamente usando energia. Quando você está repousando,
você necessita de pouca energia alimentar. Quando você cava um buraco ou joga
futebol, você necessita mais energia. A energia utilizada para realizar esses trabalhos
provém dos alimentos que você ingere.
palavras com seus conceitos trocados, como no caso da expressão "como está calor
hoje!" onde se usa a palavra calor para expressar a temperatura do ambiente. A partir
disso se deduz que as sensações de quente e frio que temos também não são sensações
façamos uma analogia com duas piscinas, onde relacionamos o volume de água com
calor e os níveis da água nas piscinas relacionaram à
temperatura. Duas piscinas de mesma profundidade e de tamanho diferentes podem ter
o mesmo nível de água.
* Escalas de Temperaturas
Celsius Fahrenheit
Existe uma equação que pode ser usada para fazer estas conversões. Com ela
pode-se transformar °F em °C, K em °C e °F em K, e outras transformações mais que
sejam necessárias. Veja a equação abaixo:
c F — 32 K —273 5 9 5 ” ”
cinética).
A capacidade das substâncias para conduzir calor (condutividade) varia
consideravelmente. Via de regra, sólidos são melhores condutores que líquidos e
líquidos são melhores condutores que gases. Num extremo, metais são excelentes
condutores de calor e no outro extremo, o ar é um péssimo condutor de calor.
Consequentemente, a condução só é importante entre a superfície da Terra e o ar
Figura 1. 14 - Condução de calor em uma barra Figura 1.15 - Condução de calor em uma
metálica parede de alvenaria
Neste exemplo, o ar quente por ser menos denso que o ar frio sobe, fazendo
assim que o ar frio desça até que haja o equilíbrio térmico, fazendo assim a troca de
calor por convecção.
forma pela qual o sistema Terra-Atmosfera recebe energia do Sol e libera energia para o
espaço. Um corpo negro é aquele que toda a energia radiante que incide sobre ele é
absorvida. Em equilíbrio térmico, um corpo negro emite tanta energia quanto ele
Figura 1.19 - Radiação de calor do sol através do Figura 1.20 - Radiação de calor
espaço através de soldagem
* Radiação ultravioleta
* Radiação infravermelha
mesmo evento.
(fusão) do gelo. Portanto quando um corpo cede ou recebe calor, este pode produzir no
corpo dois efeitos diferentes: variação da temperatura ou mudança de estado.
Calor Especifico
Substancia
(cal/g.C)
Água
1,0
Álcool 0,58
Alumínio
0,22
Ar 0,24
Carbono
0,12
Chumbo 0,031
Cobre 0,094
Ferro 0,11
Gelo 0,5
Hélio 1,25
Hidrogênio 3,4
Latão 0,092
Madeira 0,42
Mercúrio 0,033
Nitrogênio 0,25
Ouro 0,032
Oxigênio
0,22
Prata 0,056
Rochas
0,21
Vidro 0,16
Zinco 0,093
Tabela 1.2 - Tabela de o calor
específico de algumas substâncias à
pressão constante de 1 atm.
* Calor sensível
É aquele que provoca variação da
temperatura.
mudança de estado físico. É representado pela letra L. É medido em caloria por grama
(cal/g).
Para calcular o calor latente é necessário utilizar a seguinte expressão:
Q = m.L
temperatura
Eis um assunto que traz dúvidas a um bom número de pessoas: vapor saturado
versus vapor superaquecido. Qual é mais econômico? Qual é mais eficiente? Onde se
deve aplicar um e outro?
componentes.
Assim, você terá consumido mais combustível para produzir um vapor que
renderá menos na aplicação. Moral da história: manter cada tipo de vapor na aplicação
ideal é a melhor forma de economizar tempo.
Categoria B - Pressão igual ou inferior a 588 kPa ou 5,99 kgf/cm2 e volume igual
ou inferior a 100L;
NR-13 - Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras
As caldeiras podem ser classificadas segundo vários critérios, além dos usados
na NR-13. Os principais critérios utilizados para classificar caldeiras são: posição
relativa dos gases e da água, energético utilizado, posicionamento dos tubos e tipo de
fornalha.
Classificação quanto à localização relativa da água e dos gases:
São caldeiras em que a água circula por dentro de uma tubulação, enquanto os
gases quentes circulam por fora desta tubulação. Geralmente possuem dois
reservatórios, sendo um para água líquida e o outro para água líquida e vapor, sendo
estes interligados por uma série de tubos que compõe a tubulação de troca térmica.
São caldeiras que utilizam combustível sólido como energético. São exemplos
deste tipo as caldeiras a carvão, lenha e bagaço de cana. Estas caldeiras se diferenciam
das outras pela sua fornalha, as quais podem ser projetadas para queima de
combustível pulverizado, queima em grelha ou em leito fluidizado. São caldeiras que
geram grande quantidade de rejeitos.
São caldeiras que utilizam o gás natural, o GLP, o gás de refinaria e gases
residuais de processo. Por ser um tipo de combustível que gera baixo nível de
poluentes, não causa corrosão nas partes frias do equipamento.
São caldeiras que aproveitam o calor sensível dos gases quentes residuais de
A maior vantagem deste tipo de caldeira é a não emissão de gases e outros tipos
de resíduos de combustão, além de outras vantagens relacionadas a não utilização de
combustíveis. O alto custo da energia elétrica tem limitado bastante sua utilização.
□ Corpo
□ Espelhos
□ Feixe Tubular
* Caixa de fumaça
* Feixe Tubular
O fluxo de água por estes tubos pode ser natural, por diferença de densidade, ou
forçado, através da utilização de bombas, sendo esta ultima utilizada quando a caldeira
* Superaquecedor
São equipamentos que aproveitam o calor dos gases quentes que saem da
caldeira para elevar a temperatura do ar para a combustão, aumentando assim a
eficiência da caldeira.
* Pré-aquecedores tubulares
❖ Pré-aquecedores regenerativos
❖ Pré-aquecedores de ar a vapor
❖ Pré-aquecedores de água
❖ Fornalha
* Queimadores
forma da chama. A posição da lança do queimador deve ser de tal forma que o cone de
combustível pulverizado, já em combustão, seja praticamente tangente ao bloco.
CALDEIRA
Utilizam o próprio vapor da caldeira como meio de impulsão da água. São utilizados em
* Bombas de alimentação
□ Bombas alternativas
movimento linear de um êmbolo ou pistão, que desliza no interior de uma camisa, este
movimento linear, que se dá de forma intermitente e altera o volume de uma câmara
interna da bomba, que possui válvulas para entrada e saída de fluido.
No curso da aspiração, o movimento do elemento mecânico aumenta o volume
da câmara interna, reduzindo assim sua pressão e provocando escoamento de líquido
para seu interior, através das válvulas de admissão. No curso de descarga, o elemento
mecânico reduz o volume da câmara interna, exercendo forças sobre o líquido e
impelindo-o para o tubo de recalque, através das válvulas de descarga. A descarga é
intermitente e as pressões variam periodicamente em cada ciclo.
Estas bombas imprimem pressões muito elevadas, mas sua vazão é baixa,
limitada a 50t/h.
❖ Bombas centrífugas
perpendicular ao fluxo de entrada, que, por sua vez, segue o eixo de rotação do rotor.
As bombas centrífugas imprimem pressões mais baixas que as bombas
alternativas, no entanto, quando utilizam múltiplos estágios podem atingir pressões
Visores de nível
* Boia ou flutuador
Consiste em uma boia presa a um cabo que tem sua extremidade ligada a um
contrapeso. No contrapeso pode ser fixo um ponteiro que indicará diretamente o nível
em uma escala. O deslocamento do cabo pode ainda ser medido por um dispositivo
eletrônico.
Quando o nível do líquido sobe acima da boia, esta é deslocada para cima devido
ao empuxo, em contrapartida, quando o nível do líquido cai abaixo da boia esta é
deslocada para baixo devido ao seu peso. As boias são instaladas de
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Ccrtrapcid
* Sistemas de eletrodos
Estes sistemas são empregados para fornecer indicação apenas quando o nível
atinge certos pontos desejados.
Neste tipo de medição, são comparadas as pressões de dois pontos com alturas
diferentes, um ponto próximo ao topo do equipamento (acima do nível do líquido) e
outro próximo ao fundo do equipamento (abaixo do nível do líquido).
líquido.
tubo Bourdon
O Tubo de Bourdon consiste em um tubo com seção oval, disposto em forma de
"C", espiral ou helicoidal, tem uma de sua extremidade fechada, estando à outra aberta
à pressão a ser medida.
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Com a pressão agindo em seu interior, o tubo tende a tomar uma seção circular
resultando um movimento em sua extremidade fechada. Esse movimento através de
engrenagens é transmitido a um ponteiro que irá indicar uma medida de pressão em
m
Figura 2.17 - Construção básica do manômetro de Bourdon
tipo “C”
* Manômetro fechado
Esse tipo tem duas aplicações típicas. Uma para locais expostos ao tempo e
outra em locais sujeitos a pressões pulsantes.
Este tipo construtivo é adequado para medir a diferença de pressão entre dois
pontos quaisquer do processo. É composto de dois tubos de Bourdon dispostos em
oposição e interligados por articulações mecânicas.
A pressão indicada é resultante da diferença de pressão aplicada em cada
Bourdon.
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sujeitos à alta temperatura e/ou radioativos, a medição de pressão com manômetro tipo
elástico se torna impraticável, pois o Bourdon não é adequado para essa aplicação.
Nesse caso, a solução é recorrer à utilização de algum tipo de isolação para impedir o
contato direto do fluido do processo com o Bourdon.
usado um pote de selagem conforme mostrado na figura. Outro, também com selagem
líquida, porém utilizando um diafragma como selo. O fluido de selagem mais utilizado
nesse caso é a glicerina, por ser inerte a quase todos os fluidos. Este método é o mais
utilizado e já é fornecido pelos fabricantes quando solicitados
Pote de Selagem
Indicador
de Pressão
Líquido
de Selagem
❖ Sifões
Os sifões são utilizados, além de selo, para "isolar" o calor das linhas de vapor de
água ou líquidos muito quentes, cuja temperatura supera o limite previsto para o
instrumento de pressão. O líquido que fica retido na curva do tubo-sifão esfria e é essa
porção de líquido que irá ter contato com o sensor elástico do instrumento, não
❖ Supressor de pressão
* Transmissores pneumáticos
pneumáticos, denominado relé piloto é utilizado para prover a saída de um sinal linear
variável de 0,2 a 1,0 kgf/cm2.
isolador
Entrada de pressão
pressão
b) Sensor Piezoelétrico
A medição de pressão utilizando este tipo de sensor se baseia no fato dos cristais
linear, o que facilita sua utilização. Outro fator importante para sua utilização está no
fato de se utilizar o efeito piezoelétrico de semicondutores, reduzindo assim o tamanho
e peso do transmissor, sem perda de precisão.
de placas paralelas é constituído por duas placas paralelas separadas por um meio
dielétrico, ao sofrer o esforço de pressão, o diafragma móvel (que vem a ser uma das
placas do capacitor) tem sua distância em relação ao diafragma fixo modificada. Isso
❖ Pressostato
podendo ser utilizado também ampola de vidro com mercúrio fechando ou abrindo o
contato que pode ser do tipo normal aberto ou normal fechado.
❖ Fusível térmico
* Válvulas de Segurança
São válvulas calibradas para abrir a uma pressão definida, descarregando, assim,
* Intertravamento
- Nível baixo;
- Falha na chama;
□ Detectores de chama
distância suficiente para atingir uma superfície fotossensível. O resultado obtido altera o
fluxo de elétrons do sensor, cujo sinal é amplificado para operar um relé.
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□ Analisadores
baseiam-se na absorção dos raios infravermelhos por estes gases. São exemplo de
analisadores:
- CO - gases de combustão;
- pH - água da caldeira;
□ Desaeradores
caldeira, promovem a remoção dos gases dissolvidos, nocivos às partes sob pressão.
Esse processo é realizado ao fazer a água passar em contracorrente com um fluxo de
vapor que aquece a água e os gases nela contidos.
□ Sopradores de fuligem
* Tubulações
As linhas de água, óleo, vapor e condensado devem ser isoladas para evitar a
perda de calor para o ambiente. Além do isolamento, as linhas de óleo exigem o
tracejamento com vapor ou elétrico, para garantir a circulação e a viscosidade no bico
* Válvulas
* Válvulas de Bloqueio
São utilizadas para controlar o fluxo que passa pela tubulação onde estão
instaladas, podendo trabalhar em qualquer posição de abertura parcial. O fluxo é
controlado através da variação da restrição imposta pela válvula à passagem do fluido,
por meio da variação da abertura da válvula.
- Válvula de quebra-vácuo.
□ Purgadores
se forma nas linhas de vapor. Lembramos que seu funcionamento é muito importante,
pois, se o mesmo não estiver funcionando, pode acumular condensado e ocasionar
golpes de aríete. Isso pode danificar as linhas e equipamentos. Ainda, se o purgador
estiver dando passagem direta de vapor, estaremos perdendo rendimento no ciclo
térmico, pois a maior troca térmica ocorre quando há mudança de estado.
□ Filtros
□ Tiragem natural
positiva na fornalha.
* Chaminés
* Ventiladores e exaustores
3. OPERAÇÃO DE CALDEIRAS
3.1. PARTIDA E PARADA
* Partida da caldeira
• Inspeção
engraxados;
- Verificar se os internos do tubulão estão devidamente fixados e os tubos
estão desobstruídos;
aberto e fechado;
- Verificar se a água de refrigeração de mancais das bombas está circulando
em quantidade suficiente;
- Verificar as juntas de todas as portinholas;
• Teste pneumático
• Enchimento
O enchimento deve ser feito com água de qualidade, o mais próxima possível da
exigida para o serviço normal. A diferença de temperatura dessa água e a temperatura
dos tubulões não deve ser muita alta para evitar tensões.
• Teste hidrostático
Este teste é feito para detectar vazamentos na parte de água da caldeira. Deve
ser feito antes da primeira operação da caldeira, após a mesma ter sofrido reparos ou
em intervalos especificados durante sua vida útil.
A água usada para o teste deve ser completamente drenada das partes que não
são destinadas a contê-la em operação normal (superaquecedores). Os grampos das
válvulas de segurança devem ser removidos. O nível do tubulão deve ser drenado até o
• Secagem do refratário
própria caldeira, fazendo-se rodízio entre os queimadores para que o calor seja
distribuído uniformemente dentro da fornalha. Durante esse período, os vents devem
permanecer abertos.
• Cuidados na partida
necessário.
O teste das válvulas de segurança deve ser feito antes de colocar a caldeira em
linha para ter certeza que as mesmas abram a pressões determinadas.
• Parada da caldeira
Antes da parada da caldeira, deve ser feita uma ramonagem completa com o
objetivo de eliminar depósitos de fuligem. Supondo que exista outra
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caldeira no sistema, a carga da caldeira que vai parar deve ser gradativamente reduzida
até atingir-se a pressão de combustível mínima no maçarico, quando então será
apagada. Se a caldeira estiver queimando um óleo pesado, aproveitar esta oportunidade
para lavar as linhas de óleo e os maçaricos primeiramente com um combustível mais
leve.(normalmente diesel) e, após, com vapor.
Logo que o combustível tenha sido apagado, a caldeira deverá ser abafada
(ventiladores parados e dampers fechados) de forma a permitir que a caldeira esfrie tão
devagar e uniformemente quanto possível. O aceleramento da despressurização através
de drenos e vents e o esfriamento através da passagem de grandes quantidades de ar
frio devem ser evitados para impedir tensões desnecessárias. A válvula de saída deve
ser fechada. Quando a pressão cair a 2kg/cm2, os vents do tubulão deverão ser abertos
para evitar a formação de vácuo dentro da caldeira devido à condensação total do
vapor.
A caldeira não deverá ser esvaziada até que a fornalha atinja a temperatura em
que um homem possa entrar e permanecer dentro. Se a caldeira tiver que ser liberada
para manutenção, providenciar remoção dos maçaricos, bloqueio e raqueteamento das
linhas e abertura das bocas de visita.
3.2.1. TEMPERATURA
caldeira.
- Excesso de ar
vazão de vapor.
- Tipo de combustível
O controle pelo lado dos gases pode ser feito através de fornalhas germinadas,
da posição dos maçaricos ou pela recirculação ou desvio dos gases.
Pelo lado do vapor, o controle de temperatura pode ser feito através de injeção
de água ou pelo by pass de parte ou de todo vapor em trocadores de calor. O controle
de temperatura por injeção de água pode ser feito com água de alimentação ou com
vapor saturado condensado. Pode ainda ser feito entre estágios do superaquecedor ou
na saída de vapor da caldeira. A utilização de vapor saturado condensado tem a
vantagem de não adicionar contaminantes ao vapor (sílica), e a utilização do controle
entre estágios do superaquecedor traz a vantagem de evitar o arraste de água em
razão da necessidade da passagem do vapor pelo segundo estágio. O equipamento
utilizado para controle de temperatura nesse caso é chamado de "lldesuperaquecedor"
ou "llatemperador". O controle de temperatura por permutador também tem a
vantagem de não adicionar contaminantes.
estabelecer qual caldeira ira responder mais rapidamente a uma variação na pressão.
As caldeiras de queima mista (óleo e gás) normalmente têm um arranjo que permite a
queima prioritária do gás disponível.
são:
- Material particulado;
- Óxidos de nitrogênio.
* Material particulado
numa mistura de cinzas com produtos de corrosão das partes metálicas de fornos e
caldeiras impregnadas de acido sulfúrico condensado dos gases de combustão. Essa
fuligem originará a chamada "chuva ácida". O uso de
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* Monóxido de carbono
* Óxidos de nitrogênio
Em fornalhas que queimam com alta temperatura (carvão mineral, óleo e gás
natural), prevalece a formação de óxidos de nitrogênio térmico. Em fornalhas que
queimam com temperaturas relativamente baixas (carvão betuminoso, turfa e
* Óxidos de enxofre
Essa temperatura deve ser mantida o mais baixa possível, buscando melhorar o
no entanto, o ponto de orvalho dos gases de combustão impõe limites práticos para
esta redução de temperatura.
O ponto de orvalho dos gases de combustão pode ser calculado ou obtido através
de gráficos. Esse dado é determinante para obtermos a temperatura mínima a ser
* Resfriamento da purga
Toda água devolvida ao esgoto, em uma indústria em que não haja tratamento
de efluentes, deve ter uma temperatura próxima da temperatura natural do ponto de
deságue para evitar a poluição térmica do curso de água receptor.
esgoto pluvial. Algumas indústrias possuem um sistema de esgoto oleoso que sofre
tratamento antes do descarte. Aquelas que não o possuem devem obrigatoriamente
instalar caixa separadora de óleo normatizada pelas secretarias estaduais de meio
ambiente.
vapor para seus consumidores sem maiores consequências. Deve então o operador
sanar o problema e providenciar o reacendimento da caldeira.
geradores de emergência ou baterias para o caso dos relés e válvulas solenóides. Todas
as válvulas de controle podem ser operadas manualmente do local ou utilizados os seus
desvios. Câmaras de vídeo, dentro da fornalha, monitoram constantemente a chama
das caldeiras de modo que o operador possa antecipar uma ação corretiva em caso de
perceber alguma anormalidade.
Isso não significa que as caldeiras tenham que continuar operando a qualquer
custo, passando por cima até da segurança. No caso de ser necessário o apagamento
de uma caldeira, o sistema poderá ser alimentado por outras caldeiras, pois até neste
caso elas são redundantes. Para condicionar a carga do sistema a essa nova situação,
existem válvulas motorizadas comandadas a distância que permitem o isolamento de
O sistema como um todo é planejado para evitar falhas, mas isso também não
significa que elas não ocorram. Têm-se observado que elas ocorrem principalmente em
liberações de equipamentos para manutenção. Para se minimizar isso, procura-se
planejar cuidadosamente cada liberação.
pequeno porte que operem em regime descontínuo, que podem partir e parar uma ou
mais vezes por dia, neste caso, a vistoria deve ser realizada a cada partida.
Como parte da vistoria diária, o operador da caldeira deve:
- Testar pilotos;
- Testar alarmes;
fornos, etc.
* Nível baixo
saindo pela chaminé. Quando o rompimento de um tubo for de ordem a exigir a retirada
da unidade, deve-se imediatamente apagar os queimadores, parar os ventiladores e
bloquear a saída de vapor da caldeira, bloqueando a alimentação de água. Esses
procedimentos devem ser adotados o mais rapidamente possível para prevenir uma
queda brusca na pressão e na temperatura de saturação. A seguir, deve-se ajustar uma
vazão de ar mínima através da caldeira com a finalidade de arrastar o vapor que está
vazando para dentro da fornalha e evitar o resfriamento desnecessário e desigual das
partes sujeitas a pressão.
E sabido que se o tubulão de vapor - sem água, porém ainda quente - for
esfriado pela água de alimentação relativamente fria, estará sujeito a sérias tensões.
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* Explosão na fornalha
fornalha. Ele pode ter várias causas como: temperatura inadequada do óleo,
provocando combustão parcial; parada repentina dos ventiladores; formação de coque
incandescente dentro da fornalha; entupimento da chaminé; falhas de ignição; e falha
de atomização.
Para evitar isto o operador deve:
pura na natureza. Além disso, a água pode apresentar materiais em suspensão, como
argila, óleos, etc., causando problemas para geração de vapor, como incrustações ou
corrosão. Por isso é muito importante verificar a qualidade da água de alimentação.
- Temperatura elevada;
- pH adequado.
A alimentação de água com boa qualidade elimina grande parte dos problemas
que normalmente ocorrem em geradores de vapor. Posteriormente, fica a cargo do
tratamento químico interno a qualidade da água na caldeira.
Diversas impurezas são encontradas na água. Geralmente, nas águas que são
Muitas incrustações são formadas por precipitação de óxidos de ferro (ferrugem) que,
na sua forma cristalina, geram incrustações de alta aderência.
Externos:
- Clarificação
- Abrandamento
- Desmineralização
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- Desgaseificação
- A base de fosfato
- A base de quelatos
- Sulfito de sódio
- Hidrazina
- Soda
❖ Métodos externos
• Clarificação
□ Abrandamento
• Desmineralização
propriedade de, quando em contato com soluções de íons, trocar esses íons por
outros de sua própria estrutura sem que haja alterações de suas
características estruturais. Existem dois tipos de trocadores: de cátions e de
ânions.
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• Desgaseificação
forma, são eliminados os gases dissolvidos. Pode ser utilizado vapor direto
para o aquecimento da água a ser desgaseificada.
• Remoção de sílica
❖ Métodos internos
• Eliminação da dureza
□ Controle do pH e da alcalinidade
feita pela reação entre certos agentes redutores e o O2. Os dois produtos mais
usados são o sulfito de sódio e a hidrazÍna.
Parâmetro
Pressão de Trabalho da Caldeira
Até 13 13,1 a 20 20,1 a 30 30,1 a 40 40,1 a 50 50,1 a 60
PH 11,0 11,0 11,0 10,5 10,5 10,0
Dureza 0 0 0 0 0 0
Alc.M. < 800 < 700 <600 <500 <400 <300
Orange
(C/CaC03)
Alc. 150- 300 150- 250 100-150 80 - 120 30 - 120 80 - 120
Hidróxida
(C/CaCOí)
<250 <200 Água desmineralizada
Cloretos
(C/CI)
Posfatos 30-80 30-60 30 - 60 20-50 20-40 15 - 30
(C/PO4)
Sulfito 60-40 60-40 60 - 40 60 - 40 20-40 20-40
(c/so3)
Sólidos 3000 3000 2500
2000 2000 2000
totais
Obs.: Valores em mg/l
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- pH;
- Alcalinidade;
- Dureza;
- Fosfatos;
- Sulfitos ou hidrazina;
- Cloretos;
- Sólidos totais.
Para caldeiras de alta pressão, utiliza-se pelo menos uma análise diária da
água da caldeira, sendo analisados todos os itens acima mencionados.
Cuidados especiais devem ser tomados com a coleta da amostra para análise.
Antes da coleta deve ser feita uma purga para que seja eliminado qualquer
depósito nos tubos e no fundo da caldeira. Deve ser previsto também o
resfriamento da amostra de água coletada para melhorar sua concentração.
Caso a análise não seja feita imediatamente, é necessário evitar o contato
com o ar.
pode ser conseguido colocando-se uma bomba dosadora ligada junto com a
bomba de alimentação.
Quando se trata de uma caldeira nova, ou que foi submetida a extensos trabalhos de
manutenção na fornalha, antes de colocá-la em operação normal, é
* Limpeza química
* Sopragem
linhas. Isto é feito elevando-se a pressão da caldeira até a pressão normal de trabalho e
abrindo a válvula de saída da caldeira para a atmosfera de modo que todo vapor gerado
seja descarregado. Esse procedimento deve ser repetido várias vezes até que a
* Hibernação
Quando a caldeira tiver que ser mantida fora de operação por um período
semanalmente. Pelo lado dos gases, coloca-se uma lona para impedir a passagem de ar
pelo interior da caldeira e distribui-se em diversos pontos recipientes com silica-gel ou
cal virgem e lâmpadas.
* Mandrilamento
* Válvulas de segurança
* Queimadores
_ «w _~ _
Figura 5.1 - Vítima de acidente com caldeira, apresentando queimaduras pelo corpo
Figura 5.6 Corte transversal de uma Figura 5.7 - Incêndio provocado por
caldeira. (Detalhe da espessura da chapa falha em caldeira
do corpo)
tantas vezes menor quanto for o aumento da pressão. A massa comprimida de fluido
procura então, ocupar um espaço maior através de fendas e rupturas. Isso é
conseguido pela explosão, quando, por algum motivo, a resistência do recipiente que o
Isso ocorre com muita frequência nas caldeiras flamotubulares, em que tubos
expandidos nos espelhos são deixados com comprimento excessivo para dentro das
caixas (câmaras) de reversão. Esses prolongamentos exagerados prejudicam a reversão
de fluxo dos gases quentes, determinando pontos de superaquecimento, cuja
consequência certa é o aparecimento de fissuras nos tubos e/ou nas regiões entre furos
dos espelhos.
NR - 13 - Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras
* Incrustações
fazendo com que o aço absorva mais calor sensível e aumentando sua temperatura de
forma proporcional à quantidade de calor recebida. Nos casos de incrustações
generalizadas há um agravamento da situação para manter-se a água na temperatura
O contato da água com o aço é fundamental para mantê-Io refrigerado. Por isso,
é essencial que o calor recebido pelas superfícies de aquecimento seja transferido para
água, sem provocar aumento excessivo da temperatura do aço, pois no lado da água, o
processo de vaporização acontece à pressão constante.
superiores a 150 bar, é justificável o uso de bombas para forçar a circulação da água.
É necessário que cada tubo seja atravessado por uma quantidade de água
suficiente para refrigerá-Io, pois é preciso encontrar um bom equilíbrio da vazão de
água. A rugosidade, as corrosões e os depósitos internos são fatores que reduzem a
Diminui Aumenta
combustão combustão
Pressão Pressão
tends a
aumenta tende a diminuir
r
/Vapor \ é
Consumido
Nivei
AGUA AGUA
tenoe a descer
máximo fornecimento de energia, pois são comandados pela pressão de vapor e isso
pode ser desastroso para a caldeira. Na posição de manual, o risco de falta de água
está relacionado a procedimentos inadequados do operador, que, por exemplo, não
aumenta a vazão de água quando o nível tende a baixar. Falhas desse tipo em geral
acontecem por falsas indicações de nível ou por imperícia na operação da caldeira.
são realizados de forma deficiente. Isso poderá fornecer indicações de nível incorretas
para o operador ou para os instrumentos responsáveis pelo suprimento de água.
pois em virtude da queda brusca de pressão, bolhas de vapor que se formam sob a
superfície da água se expandem, dando origem a uma falsa indicação de nível alto, o
que reduz a vazão de entrada de água. Além disso, como o pressostato sente a baixa
pressão, o sinal que ele envia para os dispositivos de combustão é no sentido de fazer
aumentar o fornecimento de combustível, isso tenderá a agravar a condição de risco de
acidente.
* Choques térmicos
aquelas que possuem queimadores com potência excessiva ou queimadores que operam
em on-off, ou seja, que não modulam a chama. As incrustações das superfícies também
favorecem os efeitos dos choques térmicos.
Outras situações de ocorrência de choques térmicos são quando a caldeira é
alimentada com água fria («80°C) ou com entrada de água quente nas regiões frias. Os
problemas com choques térmicos acontecem com mais frequência com as caldeiras
flamotubulares, especialmente com aquelas com câmara de reversão traseira seca.
Falha operacional pode também contribuir para a ocorrência de choques
térmicos. Isso pode acontecer quando após uma redução excessiva do nível de água,
por um motivo qualquer e com parte da superfície de aquecimento sem refrigeração, o
operador faz injetar água na tentativa de restabelecer o nível normal. Em situações
como esta, deve-se adotar como medida correta a cessação imediata do abastecimento
* Defeito de mandrilagem
A mandrilagem é a operação de expansão dos tubos junto aos furos dos espelhos
da caldeira. A expansão é feita, portanto, nas extremidades dos tubos por meio de um
dispositivo cônico chamado mandril e que gira em tomo de seu eixo axial. Através da
mandrilagem os tubos ficam ancorados, com a estanqueidade devida, nos espelhos das
- Grupo 2 - Cavidades
Sem dúvidas, qualquer que seja o processo de soldagem, esse deve ser
executado por soldadores qualificados e segundo processos reconhecidos por
normas técnicas específicas.
Figura 5.21 - Respectivas imagens de tratamento Térmico de Alívio de Tensões (TTAT), Tipos de Ensaios
Não Destrutivos (NDT): Líquido Penetrante (LP); Partícula Magnética (PM); Ultrassom e Raio-X
superficiais.
❖ Corrosão
detectam sua evolução por que não é acompanhada por elevação de pressão
de trabalho. A corrosão avançada das partes da caldeira, pode ser causa de
explosões até mesmo em pressões inferiores à PMTA - Pressão Máxima de
A corrosão nas caldeiras pode ocorrer tanto nas partes em contato com a
água (corrosão interna), como nas partes em contato com os gases (corrosão
externa).
* Corrosão interna
* Corrosão galvânica
menos aerada. Como na pilha galvânica, o ano do, nesse caso, é também a
região que apresenta corrosão mais severa, e, sendo localizada, viabilizará o
aparecimento de pites (cavidade na superfície metálica com fundo angular e
* Corrosão salina
* Fragilidade cáustica
❖ Corrosão externa
nas caldeiras que queimam óleo como carvão. Outro problema de corrosão
ocorre nas caldeiras que operam com cinzas fundidas, que permitem o ataque
do O2, destruindo a camada protetora de magnetita.
combustão o S02 e o S03 (em menor quantidade). O S02 por sua vez pode
oxidar-se em S03 por ação direta do O2 ou por oxidação direta catalítica ao
contato dos depósitos existentes sobre as superfícies de aquecimento. Para os
combustíveis contendo enxofre na ordem de 3%, o teor de S03 nos gases de
combustão varia entre 20 a 80 ppm (partes por milhão) em massa.
atinge o ponto de orvalho. Esse depende das pressões parciais do H20 e do S03
nos gases de combustão, porém pode variar de 90 a 160°C. A condensação das
gotas de H2S04 pode, desta forma, acontecer nas partes finais das caldeiras
aquatubulares, ou seja, no economizador, no pré-aquecedor de ar e na
chaminé.
* Cavitação
pressão, ou, o que é mais grave, não abrem no momento em que necessita sua
abertura. É importante observar que, normalmente, a válvula de segurança
opera após o sistema de pressão máxima não ter funcionado. Ou seja, se a
As explosões no lado dos gases são originadas por uma reação química,
ou seja, pelo processo de combustão. Esse processo além de ocorrer
exotermicamente, acontece em um tempo muito pequeno, cuja consequência é
o aumento rápido e violento da pressão em um espaço restrito. As explosões
dessa natureza acontecem com frequência nas caldeiras que operam com
combustíveis líquidos e gasosos. As névoas de líquidos inflamáveis ou de óleos
combustíveis aquecidos apresentam comportamento similar às dispersões
gasosas inflamáveis. Quando entram em contato com o ar, formam uma
mistura que entra em combustão instantânea, se a relação ar/combustível
estiver dentro do limite de inflamabilidade do combustível e se houver uma
últimos anos, existindo hoje, caldeiras que possuem câmaras de vídeo para
que o operador possa observar e exercer à distância, e confortavelmente
sentado à frente de um painel, o controle das fornalhas, do nível, dos sistemas
de alimentação, etc. Entretanto, essas não são em geral, as condições
frequentemente encontradas. Em termos ergonômico, o corpo de um operador
de caldeira é solicitado muitas vezes por movimentos desordenados e
Figura 5.26 - Alimentação de caldeira: manual e automática, Atuação de Válvula de Segurança (PSV),
provocando grandes ruídos respectivamente
Figura 5.27 - Chaminé de Caldeira a combustível sólido e Operação de Caldeira a combustível sólido
NR-13 - Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo
BRASILEIRAS
privado ou misto, sem fins lucrativos, que, entre outras, tem atividades
reconhecidas no campo da Normalização em um dado domínio setorial,
credenciado pela ABNT segundo critérios aprovados pelo CONMETRO. Todo
objetivo e prazo determinado, para tratar do assunto não coberto pelo âmbito
de atuação dos Comitês Técnicos.
órgãos públicos de administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos
Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela CLT e o
seu não cumprimento acarretará ao empregador a aplicação das penalidades
* NR - 1 - Disposições Gerais
* NR - 2 Inspeção Prévia
São eles:
• Exame admisisional;
• Exame periódico;
• Exame demissional;
NR-13 - Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo
• Exames complementares.
* NR - 8 - Edificações
- FÍSICOS;
- QUÍMICOS;
- BIOLÓGICOS;
- RISCOS ERGONÔMICOS;
- RISCOS DE ACIDENTES.
❖ NR - 14 - Fornos
NR - 17 - Ergonomia
NR - 13 - Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras
* NR - 19 - Explosivos
inflamáveis.
NR-13 - Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo
* NR - 25 - Resíduos Industriais
estadual e municipal.
NR - 13 - Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras
* NR - 26 - Sinalização de Segurança
item das normas. Estas gradações são divididas por número de empregados,
risco na segurança e risco em medicina do trabalho. O agente da fiscalização,
baseado em critérios técnicos, autua o estabelecimento, faz a notificação,
portuários em operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais
trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e instalações
NR-13 - Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo
* NR 35 - Trabalho em altura
avaliação, controle e
13.4 Caldeiras
13.4.1.4 Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil
seguintes informações:
- código de projeto e ano de edição;
- especificação dos materiais;
- características funcionais;
- dados dos dispositivos de segurança;
- ano de fabricação;
- categoria da caldeira;
b) Registro de Segurança, em conformidade com o item 13.4.1.9;
c) Projeto de Instalação, em conformidade com o item 13.4.2.1;
de segurança da caldeira;
b) as ocorrências de inspeções de segurança inicial, periódica e
extraordinária, devendo constar a condição operacional da caldeira, o nome
reservatórios para partida com até 2000 l (dois mil litros) de capacidade;
b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente
desobstruídas, sinalizadas e dispostas em direções
distintas;
c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não
possam ser bloqueadas;
d) dispor de sensor para detecção de vazamento de gás quando se
tratar de caldeira a combustível gasoso;
e) não ser utilizada para qualquer outra finalidade;
f) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à
manutenção da caldeira, sendo que, para guarda-corpos
vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de
pessoas;
g) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material
particulado, provenientes da combustão, para fora da área de operação,
atendendo às normas ambientais vigentes;
h) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes e ter
sistema de iluminação de emergência.
predominante no estabelecimento.
controles, desde que não seja reduzida a segurança operacional, e que esteja
prevista nos procedimentos formais de operação e manutenção, ou com
justificativa formalmente documentada, com prévia análise técnica e
respectivas medidas de contingência para mitigação dos riscos elaborada pelo
responsável técnico do processo, com anuência do PH.
externo.
categoria;
máximos:
a) 24 (vinte e quatro) meses para as caldeiras de recuperação de álcalis;
b) 24 (vinte e quatro) meses para as caldeiras das categorias B e C;
b) categoria da caldeira;
c) tipo da caldeira;
d) tipo de inspeção executada;
e) data de início e término da inspeção;
f) descrição das inspeções, exames e testes executados;
g) registros fotográficos do exame interno da caldeira;
h) resultado das inspeções e providências;
i) relação dos itens desta NR que não estão sendo atendidos;
j) recomendações e providências necessárias;
k) parecer conclusivo quanto à integridade da caldeira até a próxima
inspeção;
l) data prevista para a nova inspeção de segurança da caldeira;
m) nome legível, assinatura e número do registro no conselho
profissional do PH e nome legível e assinatura de técnicos que participaram da
inspeção.